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Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :JONAS ALEXANDRE SOARES IMPTE.(S) :FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO HC Nº 91.629 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONCURSO MATERIAL E CONCURSO FORMAL – DISTINÇÃO BÁSICA. Os institutos diferem sob o ângulo da ação ou da omissão, pressupondo o primeiro mais de uma, enquanto o segundo requer ação ou omissão única. EXTORSÃO – CAIXA ELETRÔNICO – NUMERÁRIO – ROUBO – SUBTRAÇÃO DE OUTROS BENS DA VÍTIMA. Vindo o agente, no mesmo contexto, a praticar extorsão, compelindo a vítima a sacar numerário em caixa eletrônico e dela subtraindo outros bens – roubo –, tem-se, ante a ação única, concurso formal e não material. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em conceder, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pela Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597810. Supremo Tribunal Federal DJe 06/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :JONAS ALEXANDRE SOARES IMPTE.(S) :FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO HC Nº 91.629 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pela Assessoria: O paciente foi condenado, por infração do disposto nos artigos 157, § 2º, incisos I e II, e 158, § 1º, combinado com o artigo 69, todos do Código Penal, à pena de 20 anos de reclusão, a ser cumprida no regime inicialmente fechado, e sessenta dias- multa. Mantida a sentença pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a defesa impetrou habeas no Superior Tribunal, requerendo a redução das penas impostas ao paciente, com o afastamento do concurso material, aplicando-se o formal, pois não estavam configurados os maus antecedentes e a reincidência no momento da prática delituosa. A Ministra Jane Silva, Desembargadora convocada do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, indeferiu monocraticamente a ordem, por entender que a via do habeas somente permite a verificação da dosimetria quando estão aparentes as irregularidades, vedando-a quando necessário adentrar o exame das provas. A inicial deste habeas volta-se contra essa decisão. O Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597811. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :JONAS ALEXANDRE SOARES IMPTE.(S) :FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO HC Nº 91.629 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pela Assessoria: O paciente foi condenado, por infração do disposto nos artigos 157, § 2º, incisos I e II, e 158, § 1º, combinado com o artigo 69, todos do Código Penal, à pena de 20 anos de reclusão, a ser cumprida no regime inicialmente fechado, e sessenta dias- multa. Mantida a sentença pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a defesa impetrou habeas no Superior Tribunal, requerendo a redução das penas impostas ao paciente, com o afastamento do concurso material, aplicando-se o formal, pois não estavam configurados os maus antecedentes e a reincidência no momento da prática delituosa. A Ministra Jane Silva, Desembargadora convocada do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, indeferiu monocraticamente a ordem, por entender que a via do habeas somente permite a verificação da dosimetria quando estão aparentes as irregularidades, vedando-a quando necessário adentrar o exame das provas. A inicial deste habeas volta-se contra essa decisão. O Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597811. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 Relatório HC 98.960 / RJ impetrante sustenta o excesso na dosimetria da pena, pois o Juízo Criminal, ao fixá-la, levou em conta a existência de diversas anotações na folha de antecedentes criminais, para então assentar a ausência de primariedade e de bons antecedentes. Aduz que, à época da prolação da sentença, o paciente era primário, ante a inexistência de trânsito em julgado de qualquer outro processo-crime. Ainda que assim não fosse, haveria de ser reconhecida a inconstitucionalidade do disposto no artigo 61, inciso I, do Código Penal, no que determina seja considerado o delito anterior, para fins de reincidência, punindo-se o acusado, duas vezes, pelo mesmo fato. Pede a concessão da ordem visando anular a sentença condenatória, determinando-se que outra seja proferida com observância dos critérios estabelecidos no artigo 59 do Código Penal, especialmente das condições favoráveis ao paciente no momento da consumação do crime. Vossa Excelência determinou a realização de diligências, ante a deficiência da instrução processual, e solicitou informações (folha 14). As diligências foram cumpridas e as informações prestadas (folha 21 a 45). A Procuradoria Geral da República, no parecer de folha 49 a 51, manifestou-se no sentido do indeferimento da ordem, por não vislumbrar erro no processo de individualização da pena e não ser possível utilizar o habeas corpus para questionar o merecimento, ou não, da sanção penal. Para assim concluir, destacou que, não sendo da mesma espécie os crimes de roubo e extorsão, o caso é de concurso material (Código Penal, artigo 69); para os delitos de roubo e extorsão qualificados, a pena- base foi a mesma, fixada em sete anos de reclusão, considerada a vida pregressa desabonadora. Incidindo o aumento de um terço pelo crime qualificado, chegou-se a nove anos e quatro meses. Diante da reincidência, majorou-se a pena em seis meses, totalizando a sanção penal em vinte anos de reclusão. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597811. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ impetrante sustenta o excesso na dosimetria da pena, pois o Juízo Criminal, ao fixá-la, levou em conta a existência de diversas anotações na folha de antecedentes criminais, para então assentar a ausência de primariedade e de bons antecedentes. Aduz que, à época da prolação da sentença, o paciente era primário, ante a inexistência de trânsito em julgado de qualquer outro processo-crime. Ainda que assim não fosse, haveria de ser reconhecida a inconstitucionalidade do disposto no artigo 61, inciso I, do Código Penal, no que determina seja considerado o delito anterior, para fins de reincidência, punindo-se o acusado, duas vezes, pelo mesmo fato. Pede a concessão da ordem visando anular a sentença condenatória, determinando-se que outra seja proferida com observância dos critérios estabelecidos no artigo 59 do Código Penal, especialmente das condições favoráveis ao paciente no momento da consumação do crime. Vossa Excelência determinou a realização de diligências, ante a deficiência da instrução processual, e solicitou informações (folha 14). As diligências foram cumpridas e as informações prestadas (folha 21 a 45). A Procuradoria Geral da República, no parecer de folha 49 a 51, manifestou-se no sentido do indeferimento da ordem, por não vislumbrar erro no processo de individualização da pena e não ser possível utilizar o habeas corpus para questionar o merecimento, ou não, da sanção penal. Para assim concluir, destacou que, não sendo da mesma espécie os crimes de roubo e extorsão, o caso é de concurso material (Código Penal, artigo 69); para os delitos de roubo e extorsão qualificados, a pena- base foi a mesma, fixada em sete anos de reclusão, considerada a vida pregressa desabonadora. Incidindo o aumento de um terço pelo crime qualificado, chegou-se a nove anos e quatro meses. Diante da reincidência, majorou-se a pena em seis meses, totalizando a sanção penal em vinte anos de reclusão. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597811. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 Relatório HC 98.960 / RJ Aduz que o aumento de seis meses pela reincidência, que deveria ser considerado na segunda fase, foi agregado depois da qualificadora, em descompasso com o artigo 68 do Código Penal. Entretanto, diz da ausência de prejuízo para o paciente, que, na verdade, teria sido beneficiado, porquanto o aumento de um terço da qualificadora incidira sobre a agravante. Lancei visto no processo em 14 de outubro de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 25 seguinte, isso objetivando a ciência do impetrante. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597811. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ Aduz que o aumento de seis meses pela reincidência, que deveria ser considerado na segunda fase, foi agregado depois da qualificadora, em descompasso com o artigo 68 do Código Penal. Entretanto, diz da ausência de prejuízo para o paciente, que, na verdade, teria sido beneficiado, porquanto o aumento de um terço da qualificadora incidira sobre a agravante. Lancei visto no processo em 14 de outubro de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 25 seguinte, isso objetivando a ciência do impetrante. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597811. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Eis a narração do procedimento criminoso, tal como transcrito, na sentença, o trecho respectivo, reproduzido da denúncia: Consta dos autos do IP 066/99 da 79ª Delegacia Policial que aos vinte e dois dias de outubro de 1999, por volta de 21h40min, na localidade denominada Charitas, nesta cidade de Niterói, os ora denunciados, livre e conscientemente, constrangeram Rodrigo Kelly Amim, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, a que se dirigisse a um “Caixa Eletrônico” onde, utilizando um cartão de crédito da vítima, lograram arrecadar a quantia de R$ 260,00 em espécie. Naquele contexto, os denunciados também se apoderaram de um relógio, um cordão de ouro, um talonário de cheque e a carteira de identidade da vítima. [...] Ao que tudo indica, na peça primeira da ação penal, o Ministério Público apenas requereu a condenação presente o tipo do artigo 158, § 1º, do Código Penal – extorsão. Em alegações finais, veio a pleitear fosse o ora paciente condenado também por roubo qualificado. O Juízo assentou o concurso material. Observem estarem a extorsão e o roubo em título único – ”Dos crimes contra o patrimônio”. São da mesma espécie, muito embora diferentes. Essa premissa é conducente à conclusão de incidir o disposto no artigo 70 do referido Código. Houve ação única, resultando dela dois crimes – a extorsão quanto ao saque no caixa eletrônico e, a um só tempo, a subtração, mediante violência contra a pessoa, do relógio, do cordão de ouro, de um talonário de cheque e da carteira de identidade da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597812. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Eis a narração do procedimento criminoso, tal como transcrito, na sentença, o trecho respectivo, reproduzido da denúncia: Consta dos autos do IP 066/99 da 79ª Delegacia Policial que aos vinte e dois dias de outubro de 1999, por volta de 21h40min, na localidade denominada Charitas, nesta cidade de Niterói, os ora denunciados, livre e conscientemente, constrangeram Rodrigo Kelly Amim, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, a que se dirigisse a um “Caixa Eletrônico” onde, utilizando um cartão de crédito da vítima, lograram arrecadar a quantia de R$ 260,00 em espécie. Naquele contexto, os denunciados também se apoderaram de um relógio, um cordão de ouro, um talonário de cheque e a carteira de identidade da vítima. [...] Ao que tudo indica, na peça primeira da ação penal, o Ministério Público apenas requereu a condenação presente o tipo do artigo 158, § 1º, do Código Penal – extorsão. Em alegações finais, veio a pleitear fosse o ora paciente condenado também por roubo qualificado. O Juízo assentou o concurso material. Observem estarem a extorsão e o roubo em título único – ”Dos crimes contra o patrimônio”. São da mesma espécie, muito embora diferentes. Essa premissa é conducente à conclusão de incidir o disposto no artigo 70 do referido Código. Houve ação única, resultando dela dois crimes – a extorsão quanto ao saque no caixa eletrônico e, a um só tempo, a subtração, mediante violência contra a pessoa, do relógio, do cordão de ouro, de um talonário de cheque e da carteira de identidade da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 98.960 / RJ vítima. Ainda sob o ângulo da existência de crimes da mesma espécie, confiram que os artigos 157 e 158 do Código Penal estão no Capítulo II do Título II, que versa sobre o roubo e a extorsão. Ora, a definição do concurso formal abrange o episódio no que o artigo 70 preceitua: Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. Os crimes foram cometidos contra o patrimônio e em um único acontecimento: a submissão da vítima à violência perpetrada. Assim, não se trata, no caso, de desígnios autônomos. Ainda que se pudesse entendê- los praticados em mais de uma ação, haveria a continuidade delitiva ante as condições de tempo, lugar e maneira de execução, chegando-se a acréscimo idêntico ao estabelecido para o concurso formal. Repito: ocorreu a subtração, por meio de grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, de quantia em espécie mediante o saque em caixa eletrônico, apoderando-se os agentes de um relógio, de um cordão de ouro, de um talonário de cheque e da carteira de identidade da vítima. Insubsistente surge a observância do concurso material ao invés do formal. Os dois crimes possuem o mesmo balizamento em termos de pena. Para o roubo qualificado, prevê-se o mínimo de quatro anos e o máximo de dez, com aumento de um terço – prática por duas ou mais pessoas ou com emprego de arma de fogo. Isso também se verifica quanto à extorsão. Então, considero a pena-base fixada de sete anos de reclusão e 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597812. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ vítima. Ainda sob o ângulo da existência de crimes da mesma espécie, confiram que os artigos 157 e 158 do Código Penal estão no Capítulo II do Título II, que versa sobre o roubo e a extorsão. Ora, a definição do concurso formal abrange o episódio no que o artigo 70 preceitua: Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. Os crimes foram cometidos contra o patrimônio e em um único acontecimento: a submissão da vítima à violência perpetrada. Assim, não se trata, no caso, de desígnios autônomos. Ainda que se pudesse entendê- los praticados em mais de uma ação, haveria a continuidade delitiva ante as condições de tempo, lugar e maneira de execução, chegando-se a acréscimo idêntico ao estabelecido para o concurso formal. Repito: ocorreu a subtração, por meio de grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, de quantia em espécie mediante o saque em caixa eletrônico, apoderando-se os agentes de um relógio, de um cordão de ouro, de um talonário de cheque e da carteira de identidade da vítima. Insubsistente surge a observância do concurso material ao invés do formal. Os dois crimes possuem o mesmo balizamento em termos de pena. Para o roubo qualificado, prevê-se o mínimo de quatro anos e o máximo de dez, com aumento de um terço – prática por duas ou mais pessoas ou com emprego de arma de fogo. Isso também se verifica quanto à extorsão. Então, considero a pena-base fixada de sete anos de reclusão e 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 98.960 / RJ sessenta dias-multa, aumentada de um terço em razão da qualificadora, chegando-se a nove anos e quatro meses de reclusão e oitenta dias-multa. No caso, em visão até mais favorável ao acusado, observou-se a agravante após a causa de aumento. Essa parte da sentença, por não consubstanciar o habeas ação de mão dupla, não pode sofrer alteração. Em síntese, levando em conta a pena fixada pelo Juízo para cada um dos crimes – dez anos de reclusão e oitenta dias-multa –, majoro-a em um sexto em virtude de dois terem sido os crimes praticados. Com isso, concluo pela pena final de onze anos e oito meses de reclusão e noventa e três dias-multa. É como voto, assentando que nada há a retocar, no título condenatório, quanto às circunstâncias judiciais e que a problemática da agravante, de ter-se efetuado o cálculo com a causa de aumento, não pode ser modificada. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597812. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ sessenta dias-multa, aumentada de um terço em razão da qualificadora, chegando-se a nove anos e quatro meses de reclusão e oitenta dias-multa. No caso, em visão até mais favorável ao acusado, observou-se a agravante após a causa de aumento. Essa parte da sentença, por não consubstanciar o habeas ação de mão dupla, não pode sofrer alteração. Em síntese, levando em conta a pena fixada pelo Juízo para cada um dos crimes – dez anos de reclusão e oitenta dias-multa –, majoro-a em um sexto em virtude de dois terem sido os crimes praticados. Com isso, concluo pela pena final de onze anos e oito meses de reclusão e noventa e três dias-multa. É como voto, assentando que nada há a retocar, no título condenatório, quanto às circunstâncias judiciais e que a problemática da agravante, de ter-se efetuado o cálculo com a causa de aumento, não pode ser modificada. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1597812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, essa questão dos sequestros relâmpagos, em que se leva a vítima aos caixas eletrônicos, tem sido muito debatida na doutrina mais atualizada, mas, de toda a sorte, o debate se situa na eleição de um dos tipos penais, nunca no concurso material desses tipos. Para uns é roubo, para outros é extorsão. No tocante à figura penal, à luz da moderna teoria finalista, no meu modo de entender, a figura mais se assemelha ao roubo com essas qualificadoras que Vossa Excelência acaba... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Diferente porque as penas foram as mesmas e são idênticas presentes os tipos. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Sim, mas quer dizer, no iter criminis, o objetivo, a ação finalista é roubar, é o roubo, a violência para subtrair o que tiver na caixa, o que estiver no pulso, enfim. Então, farei a juntada de um voto por escrito, porque essa é uma matéria nova e muito interessante. Acompanho o voto do Ministro Marco Aurélio. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1577162. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, essa questão dos sequestros relâmpagos, em que se leva a vítima aos caixas eletrônicos, tem sido muito debatida na doutrina mais atualizada, mas, de toda a sorte, o debate se situa na eleição de um dos tipos penais, nunca no concurso material desses tipos. Para uns é roubo, para outros é extorsão. No tocante à figura penal, à luz da moderna teoria finalista, no meu modo de entender, a figura mais se assemelha ao roubo com essas qualificadoras que Vossa Excelência acaba... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Diferente porque as penas foram as mesmas e são idênticas presentes os tipos. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Sim, mas quer dizer, no iter criminis, o objetivo, a ação finalista é roubar, é o roubo, a violência para subtrair o que tiver na caixa, o que estiver no pulso, enfim. Então, farei a juntada de um voto por escrito, porque essa é uma matéria nova e muito interessante. Acompanho o voto do Ministro Marco Aurélio. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1577162. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Também acompanho o Relator, neste caso, por tratar-se de concurso material e não formal, portanto, tal como bem explicitado. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mais um viva: ora, viva! Avançamos. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Mas, neste caso, apesar de haver o sequestro, na verdade, foi um meio pelo qual ele se valeu para chegar ao que ele queria, que era exatamente obter o ganho, o roubo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Subjugaram-no mediante arma, levaram-no ao caixa, utilizaram o cartão, retiraram a quantia de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) em pecúnia e aproveitaram, para não perder a viagem, para subtrair o relógio, entre outros objetos. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Subjugaram-no e levaram-no ao caixa - era o que ele queria - e, depois, aproveitaram e levaram o relógio. Mas, neste caso, não seriam duas ações, seria a mesma ação. Tenho todo o cuidado, até em outros casos em que isso não fica tão bem caracterizado, de considerar que houve, em alguns casos em que se deixa a pessoa...Já tivemos um caso aqui, há dois anos, talvez, em que a pessoa ficou durante algum tempo no porta-malas, parece-me, e aí se caracterizou um outro comportamento. Neste caso, não. Ele o levou até o caixa para extrair-lhe a quantia e, na hora, aproveitou... Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1583676. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Também acompanho o Relator, neste caso, por tratar-se de concurso material e não formal, portanto, tal como bem explicitado. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mais um viva: ora, viva! Avançamos. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Mas, neste caso, apesar de haver o sequestro, na verdade, foi um meio pelo qual ele se valeu para chegar ao que ele queria, que era exatamente obter o ganho, o roubo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Subjugaram-no mediante arma, levaram-no ao caixa, utilizaram o cartão, retiraram a quantia de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) em pecúnia e aproveitaram, para não perder a viagem, para subtrair o relógio, entre outros objetos. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Subjugaram-no e levaram-no ao caixa - era o que ele queria - e, depois, aproveitaram e levaram o relógio. Mas, neste caso, não seriam duas ações, seria a mesma ação. Tenho todo o cuidado, até em outros casos em que isso não fica tão bem caracterizado, de considerar que houve, em alguns casos em que se deixa a pessoa...Já tivemos um caso aqui, há dois anos, talvez, em que a pessoa ficou durante algum tempo no porta-malas, parece-me, e aí se caracterizou um outro comportamento. Neste caso, não. Ele o levou até o caixa para extrair-lhe a quantia e, na hora, aproveitou... Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1583676. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 98.960 / RJ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O Ministério Público apontou a ocorrência no mesmo contexto. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - No mesmo contexto? Então seria uma ação com as duas consequências: o roubo do caixa e o roubo do relógio. Por isso, neste caso, acho que, realmente, a melhor configuração foi essa dada pelo Relator, que eu acompanho. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1583676. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O Ministério Público apontou a ocorrência no mesmo contexto. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - No mesmo contexto? Então seria uma ação com as duas consequências: o roubo do caixa e o roubo do relógio. Por isso, neste caso, acho que, realmente, a melhor configuração foi essa dada pelo Relator, que eu acompanho. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1583676. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 Aditamento ao Voto 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO ADITAMENTO AO VOTO DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO (ART. 157, § 2, INCISOS I E II, CP) E EXTORSÃO MAJORADA (ART. 158, § 1º, CP). CONFIGURAÇÃO DE CONCURSO FORMAL. UNIDADE DE AÇÃO. AUSÊNCIA DE DESÍGNIOS AUTÔNOMOS. INTENÇÃO DE “ROUBAR”. CRIMES DA MESMA ESPÉCIE. INCIDÊNCIA VIRTUAL DA CONTINUIDADE DELITIVA. ORDEM CONCEDIDA. 1. O concurso formal de crimes (art. 70 do Código Penal) reclama, para sua configuração, unidade de ação, o que não se confunde com unidade de ato, porquanto uma ação, única sob o ângulo finalista, pode desdobrar-se em vários atos (FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: Parte Geral, 15. ed., Forense: 1995, p. 349) 2. A incidência de concurso formal resta afastada em caso de autonomia de desígnios, porquanto, nesse caso, uma ação única corresponde a diversas ações, pelo componente subjetivo que a inspira, ou seja, vontade deliberadamente dirigida aos diversos fins, motivo pelo qual não se justifica a diminuição da pena, subsistindo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 98.960 RIO DE JANEIRO ADITAMENTO AO VOTO DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO (ART. 157, § 2, INCISOS I E II, CP) E EXTORSÃO MAJORADA (ART. 158, § 1º, CP). CONFIGURAÇÃO DE CONCURSO FORMAL. UNIDADE DE AÇÃO. AUSÊNCIA DE DESÍGNIOS AUTÔNOMOS. INTENÇÃO DE “ROUBAR”. CRIMES DA MESMA ESPÉCIE. INCIDÊNCIA VIRTUAL DA CONTINUIDADE DELITIVA. ORDEM CONCEDIDA. 1. O concurso formal de crimes (art. 70 do Código Penal) reclama, para sua configuração, unidade de ação, o que não se confunde com unidade de ato, porquanto uma ação, única sob o ângulo finalista, pode desdobrar-se em vários atos (FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: Parte Geral, 15. ed., Forense: 1995, p. 349) 2. A incidência de concurso formal resta afastada em caso de autonomia de desígnios, porquanto, nesse caso, uma ação única corresponde a diversas ações, pelo componente subjetivo que a inspira, ou seja, vontade deliberadamente dirigida aos diversos fins, motivo pelo qual não se justifica a diminuição da pena, subsistindo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 Aditamento ao Voto HC 98.960 / RJ íntegra a culpabilidade pelos fatos diversos. 3. A doutrina clássica revela a virtude da sua justeza ao asseverar que “embora sejam plúrimos [os atos] externamente, subjetivamente constituem unidade para o autor, que pretende ‘roubar’” (Damásio E. De Jesus. Direito Penal: Parte Especial, 23. ed. rev. e atual., v. 2., São Paulo: Saraiva, 2000, p. 347). 4. In casu, o paciente e corréus foram condenados por terem exigido, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, que a vítima se dirigisse a um caixa eletrônico e, utilizando de cartão bancário, sacasse e lhes entregasse a quantia de R$ 260,00 em espécie e, no mesmo contexto fático, se apoderaram de outros objetos da vítima, evidenciando-se uma só manifestação de vontade, qual seja, a de apoderar-se de todos os bens em poder da vítima, tratando-se, pois, de ação única, o que afasta a autonomia de desígnios entre os crimes de roubo e extorsão. 5. Ademais, a circunstância de o roubo e a extorsão tratarem-se de crimes da mesma espécie autoriza a incidência da continuidade delitiva, na forma do art. 71 do CP, sendo certo que o aumento de pena – no patamar mínimo porquanto dois os crimes envolvidos no caso concreto – seria o mesmo daquele alusivo ao concurso formal, ou seja, de um sexto. 6. Ordem concedida para reconhecer o concurso formal entre os crimes de roubo e 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ íntegra a culpabilidade pelos fatos diversos. 3. A doutrina clássica revela a virtude da sua justeza ao asseverar que “embora sejam plúrimos [os atos] externamente, subjetivamente constituem unidade para o autor, que pretende ‘roubar’” (Damásio E. De Jesus. Direito Penal: Parte Especial, 23. ed. rev. e atual., v. 2., São Paulo: Saraiva, 2000, p. 347). 4. In casu, o paciente e corréus foram condenados por terem exigido, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, que a vítima se dirigisse a um caixa eletrônico e, utilizando de cartão bancário, sacasse e lhes entregasse a quantia de R$ 260,00 em espécie e, no mesmo contexto fático, se apoderaram de outros objetos da vítima, evidenciando-se uma só manifestação de vontade, qual seja, a de apoderar-se de todos os bens em poder da vítima, tratando-se, pois, de ação única, o que afasta a autonomia de desígnios entre os crimes de roubo e extorsão. 5. Ademais, a circunstância de o roubo e a extorsão tratarem-se de crimes da mesma espécie autoriza a incidência da continuidade delitiva, na forma do art. 71 do CP, sendo certo que o aumento de pena – no patamar mínimo porquanto dois os crimes envolvidos no caso concreto – seria o mesmo daquele alusivo ao concurso formal, ou seja, de um sexto. 6. Ordem concedida para reconhecer o concurso formal entre os crimes de roubo e 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 Aditamento ao Voto HC 98.960 / RJ extorsão. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX: Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão que implicou o indeferimento liminar da ordem, ante as limitações inerentes à via processual, no que inviabilizam o revolvimento do conjunto fático-probatório a fim de verificar ilegalidade na dosimetria da pena. Consta nos autos que o paciente foi condenado pela prática dos crimes dos arts. 157, § 2º, incisos I e II (roubo circunstanciado) e 158, § 1º (extorsão majorada), em concurso material, resultando em uma pena total de 20 anos de reclusão, mais 60 dias-multa – pena de 10 anos para cada delito. Nesta impetração, sustenta-se que, à época da prolação da sentença, o paciente era primário, porquanto inexistente condenação transitada em julgado contra ele, alegando ainda a inconstitucionalidade do art. 61, I, do Código Penal e a configuração de concurso formal no caso concreto. Requer seja anulada a sentença condenatória, determinando-se que outra seja proferida com a observância do art. 59 do Código Penal. O Ministério Público Federal opinou pela denegação da ordem. É o relato do processo. Passo a votar. Cuida-se de habeas corpus em que se discute qual a espécie de concurso de crimes (material ou formal), mais adequada em se tratando de roubo praticado no mesmo contexto da extorsão. Com efeito, dispõe o art. 70 do Código Penal, verbis: Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica- se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Deveras, da leitura do dispositivo supracitado, decorre que, para a 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ extorsão. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX: Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão que implicou o indeferimento liminar da ordem, ante as limitações inerentes à via processual, no que inviabilizam o revolvimento do conjunto fático-probatório a fim de verificar ilegalidade na dosimetria da pena. Consta nos autos que o paciente foi condenado pela prática dos crimes dos arts. 157, § 2º, incisos I e II (roubo circunstanciado) e 158, § 1º (extorsão majorada), em concurso material, resultando em uma pena total de 20 anos de reclusão, mais 60 dias-multa – pena de 10 anos para cada delito. Nesta impetração, sustenta-se que, à época da prolação da sentença, o paciente era primário, porquanto inexistente condenação transitada em julgado contra ele, alegando ainda a inconstitucionalidade do art. 61, I, do Código Penal e a configuração de concurso formal no caso concreto. Requer seja anulada a sentença condenatória, determinando-se que outra seja proferida com a observância do art. 59 do Código Penal. O Ministério Público Federal opinou pela denegação da ordem. É o relato do processo. Passo a votar. Cuida-se de habeas corpus em que se discute qual a espécie de concurso de crimes (material ou formal), mais adequada em se tratando de roubo praticado no mesmo contexto da extorsão. Com efeito, dispõe o art. 70 do Código Penal, verbis: Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica- se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Deveras, da leitura do dispositivo supracitado, decorre que, para a 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 Aditamento ao Voto HC 98.960 / RJ configuração de concurso formal, a premissa básica é a unidade de ação, o que não se confunde com unidade de ato, porquanto uma ação pode desdobrar-se em vários atos, consoante doutrina clássica sobre o tema: Ação é comportamento voluntário dirigido a um fim (cf. nº 123, supra). Não se confunde com ato, que é o movimento corpóreo. Uma só ação pode ser constituída de vários atos, que ganham unidade por serem uma só manifestação da vontade. Assim, quem efetua vários disparos para matar a vítima pratica uma só ação, embora realize diversos atos. (FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: Parte Geral, 15. ed., Forense: 1995, p. 349) Outrossim, para reconhecer-se a incidência de concurso formal, os crimes não podem ser resultantes de desígnios autônomos, porquanto, na lição de Fragoso: Nesse caso, uma ação única corresponde a diversas ações, pelo componente subjetivo que a inspira. A solução jurídica é aqui a mesma do concurso material, com a soma das penas. Entendeu o legislador que, havendo desígnios autônomos, ou seja, vontade deliberadamente dirigida aos diversos fins, não se justifica a diminuição da pena, porque subsiste íntegra a culpabilidade pelos fatos diversos. (Lições de Direito Penal: Parte Geral, 15. ed., Forense: 1995, p. 349) In casu, o paciente e corréus foram condenados por terem exigido, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, que a vítima se dirigisse a um caixa eletrônico e, utilizando de cartão bancário, sacasse e lhes entregasse a quantia de R$ 260,00 em espécie e, no mesmo contexto fático, se apoderaram de um relógio, um cordão de ouro, um talonário de cheque e a carteira de identidade da vítima. Consectariamente, evidenciou-se uma só manifestação de vontade, qual seja, a de apoderar-se de todos os bens da vítima passíveis de apossamento, tratando-se, pois, de ação única, o que afasta a autonomia 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ configuração de concurso formal, a premissa básica é a unidade de ação, o que não se confunde com unidade de ato, porquanto uma ação pode desdobrar-se em vários atos, consoante doutrina clássica sobre o tema: Ação é comportamento voluntário dirigido a um fim (cf. nº 123, supra). Não se confunde com ato, que é o movimento corpóreo. Uma só ação pode ser constituída de vários atos, que ganham unidade por serem uma só manifestação da vontade. Assim, quem efetua vários disparos para matar a vítima pratica uma só ação, embora realize diversos atos. (FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: Parte Geral, 15. ed., Forense: 1995, p. 349) Outrossim, para reconhecer-se a incidência de concurso formal, os crimes não podem ser resultantes de desígnios autônomos, porquanto, na lição de Fragoso: Nesse caso, uma ação única corresponde a diversas ações, pelo componente subjetivo que a inspira. A solução jurídica é aqui a mesma do concurso material, com a soma das penas. Entendeu o legislador que, havendo desígnios autônomos, ou seja, vontade deliberadamente dirigida aos diversos fins, não se justifica a diminuição da pena, porque subsiste íntegra a culpabilidade pelos fatos diversos. (Lições de Direito Penal: Parte Geral, 15. ed., Forense: 1995, p. 349) In casu, o paciente e corréus foram condenados por terem exigido, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, que a vítima se dirigisse a um caixa eletrônico e, utilizando de cartão bancário, sacasse e lhes entregasse a quantia de R$ 260,00 em espécie e, no mesmo contexto fático, se apoderaram de um relógio, um cordão de ouro, um talonário de cheque e a carteira de identidade da vítima. Consectariamente, evidenciou-se uma só manifestação de vontade, qual seja, a de apoderar-se de todos os bens da vítima passíveis de apossamento, tratando-se, pois, de ação única, o que afasta a autonomia 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 Aditamento ao Voto HC 98.960 / RJ de desígnios entre os crimes de roubo e extorsão. É que, nos precisos termos utilizados por Damásio, “embora sejam plúrimos [os atos] externamente, subjetivamente constituem unidade para o autor, que pretende ‘roubar’” (Direito Penal: Parte Especial, 23. ed. rev. e atual., v. 2., São Paulo: Saraiva, 2000, p. 347). Ademais, é notória a semelhança entre os tipos de roubo e extorsão, como noticia Rogério Greco: “há muito tempo as discussões sobre a diferença entre o roubo e a extorsão vêm dividindo a doutrina e a jurisprudência, exatamente pelo fato de serem muito parecidos” (Curso de Direito Penal: parte especial, v. 3, 6. ed., Niterói, RJ: Impetus, 2009, p. 106). Essa similitude é relevante na medida em que evidencia que o roubo e a extorsão são crimes da mesma espécie, autorizando até mesmo o reconhecimento da continuidade delitiva no caso concreto, na forma do art. 71 do CP, hipótese em que o aumento de pena, no patamar mínimo porquanto dois os crimes envolvidos, seria o mesmo daquele alusivo ao concurso formal, ou seja, de um sexto. Ex positis, acompanho o relator na concessão da ordem. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Supremo Tribunal Federal HC 98.960 / RJ de desígnios entre os crimes de roubo e extorsão. É que, nos precisos termos utilizados por Damásio, “embora sejam plúrimos [os atos] externamente, subjetivamente constituem unidade para o autor, que pretende ‘roubar’” (Direito Penal: Parte Especial, 23. ed. rev. e atual., v. 2., São Paulo: Saraiva, 2000, p. 347). Ademais, é notória a semelhança entre os tipos de roubo e extorsão, como noticia Rogério Greco: “há muito tempo as discussões sobre a diferença entre o roubo e a extorsão vêm dividindo a doutrina e a jurisprudência, exatamente pelo fato de serem muito parecidos” (Curso de Direito Penal: parte especial, v. 3, 6. ed., Niterói, RJ: Impetus, 2009, p. 106). Essa similitude é relevante na medida em que evidencia que o roubo e a extorsão são crimes da mesma espécie, autorizando até mesmo o reconhecimento da continuidade delitiva no caso concreto, na forma do art. 71 do CP, hipótese em que o aumento de pena, no patamar mínimo porquanto dois os crimes envolvidos, seria o mesmo daquele alusivo ao concurso formal, ou seja, de um sexto. Ex positis, acompanho o relator na concessão da ordem. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1589206. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 98.960 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : JONAS ALEXANDRE SOARES IMPTE.(S) : FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 91.629 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma concedeu, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568744 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 98.960 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : JONAS ALEXANDRE SOARES IMPTE.(S) : FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 91.629 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma concedeu, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568744 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1607248
2011-10-25T00:00:00
2011-12-06T00:00:00
A Turma concedeu, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
HABEAS CORPUS
CONCURSO MATERIAL E CONCURSO FORMAL – DISTINÇÃO BÁSICA. Os institutos diferem sob o ângulo da ação ou da omissão, pressupondo o primeiro mais de uma, enquanto o segundo requer ação ou omissão única. EXTORSÃO – CAIXA ELETRÔNICO – NUMERÁRIO – ROUBO – SUBTRAÇÃO DE OUTROS BENS DA VÍTIMA. Vindo o agente, no mesmo contexto, a praticar extorsão, compelindo a vítima a sacar numerário em caixa eletrônico e dela subtraindo outros bens – roubo –, tem-se, ante a ação única, concurso formal e não material.
sjur202410
Número de páginas: 16. Análise: 12/01/2012, KBP. Revisão: 26/01/2012, ACG.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
98960
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00059 ART-00061 INC-00001 ART-00070 \r\n PAR-ÚNICO ART-00071 ART-00157 PAR-00002\r\n INC-00001 INC-00002 ART-00158 PAR-00001\r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 98960
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PACTE.(S) : JONAS ALEXANDRE SOARES IMPTE.(S) : FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 91.629 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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De Jesus", "Dam", "ásio E. 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.858 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA IMPTE.(S) :SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS 177408 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PACIENTE CONDENADO PELO CRIME DE PECULATO. DESCLASSIFICAÇÃO PARA O DELITO PREVISTO NO ART. 1º, I, DO DECRETO-LEI 201/1967. FIXAÇÃO DA MESMA PENA PARA O PACIENTE E CORRÉU. OFENSA AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. INOCORRÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS COMUNS AOS CORRÉUS E RELATIVAS AO FATO CRIMINOSO EM SI. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA. I – Esta Corte já assentou entendimento no sentido de que não viola o princípio da individualização da pena a fixação da mesma pena-base para corréus se as circunstâncias judiciais são comuns. Precedentes. II – De acordo com a jurisprudência desta Corte, somente em situações excepcionais é que se admite o reexame dos fundamentos da dosimetria levada a efeito pelo juiz a partir do sistema trifásico, o que não se verifica no caso sob exame. III – A reprimenda fixada, definitivamente, em três anos de reclusão em regime semiaberto não desbordou os lindes da proporcionalidade e da razoabilidade, não havendo, a meu ver, flagrante ilegalidade ou teratologia que justifiquem a concessão da ordem, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). IV – Ordem denegada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548829. Supremo Tribunal Federal DJe 17/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão HC 108.858 / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548829. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548829. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 25/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.858 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA IMPTE.(S) :SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS 177408 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Sergio Luiz Fanelli de Lima Junior em favor de SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC 177.408/SP, Rel. Min. Laurita Vaz. O impetrante narra, de início, que o paciente, Procurador Jurídico da Prefeitura de Águas de São Pedro/SP e o corréu Luiz Antônio de Mitry Filho, então Prefeito daquela municipalidade, foram condenados às penas de seis anos de reclusão, em regime inicial fechado, mais noventa dias- multa, pela prática do crime previsto no art. 312 do Código Penal (peculato). Prossegue afirmando que, inconformado, o paciente interpôs apelação, alegando, basicamente, afronta ao princípio da individualização da pena, uma vez que ambos os corréus, apesar de ostentarem situações jurídicas diversas, receberam a mesma pena, não tendo o édito condenatório analisado as respectivas participações nos fatos, o que acarretaria sua nulidade. Relata, em seguida, que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo deu provimento ao recurso para desclassificar o crime para o previsto no art. 1º, I, do Decreto-lei 201/1967 e reduzir a reprimenda imposta aos réus Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548830. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.858 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA IMPTE.(S) :SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS 177408 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Sergio Luiz Fanelli de Lima Junior em favor de SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC 177.408/SP, Rel. Min. Laurita Vaz. O impetrante narra, de início, que o paciente, Procurador Jurídico da Prefeitura de Águas de São Pedro/SP e o corréu Luiz Antônio de Mitry Filho, então Prefeito daquela municipalidade, foram condenados às penas de seis anos de reclusão, em regime inicial fechado, mais noventa dias- multa, pela prática do crime previsto no art. 312 do Código Penal (peculato). Prossegue afirmando que, inconformado, o paciente interpôs apelação, alegando, basicamente, afronta ao princípio da individualização da pena, uma vez que ambos os corréus, apesar de ostentarem situações jurídicas diversas, receberam a mesma pena, não tendo o édito condenatório analisado as respectivas participações nos fatos, o que acarretaria sua nulidade. Relata, em seguida, que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo deu provimento ao recurso para desclassificar o crime para o previsto no art. 1º, I, do Decreto-lei 201/1967 e reduzir a reprimenda imposta aos réus Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548830. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório HC 108.858 / SP para três anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, e cancelar a pena de multa, o que ensejou a oposição de embargos de declaração. Destaca, nesse passo, que, embora tenham sido recebidos os declaratórios, a suposta violação ao princípio da individualização da pena não foi reconhecida. A defesa manejou, então, recursos especial e extraordinário, os quais não foram admitidos, o que deu ensejo ao ajuizamento dos competentes agravos de instrumento. Contra as decisões das Cortes Superiores, que não conheceram dos recursos, foram interpostos agravos regimentais, aos quais foi negado provimento. Ainda irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, sendo a ordem denegada. É contra essa decisão que se insurge o impetrante. Alega, em suma, a nulidade da sentença condenatória, maculada pela afronta ao princípio constitucional da individualização da pena. Argumenta, em seguida, que embora os atos atribuíveis a cada um dos réus sejam diversos, a pena imposta foi idêntica, sem a devida valoração da conduta de cada um. Diz, em acréscimo, que o juízo de primeiro grau, ao prolatar a sentença condenatória, utilizou-se de fatos atribuídos ao corréu para agravar a pena do paciente, quais sejam, a alteração de notas fiscais e dispensa de licitação, atos inerentes ao cargo de prefeito. Requer, ao final, o deferimento de medida liminar para suspender o cumprimento da pena restritiva de liberdade. No mérito, postula a 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548830. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP para três anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, e cancelar a pena de multa, o que ensejou a oposição de embargos de declaração. Destaca, nesse passo, que, embora tenham sido recebidos os declaratórios, a suposta violação ao princípio da individualização da pena não foi reconhecida. A defesa manejou, então, recursos especial e extraordinário, os quais não foram admitidos, o que deu ensejo ao ajuizamento dos competentes agravos de instrumento. Contra as decisões das Cortes Superiores, que não conheceram dos recursos, foram interpostos agravos regimentais, aos quais foi negado provimento. Ainda irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, sendo a ordem denegada. É contra essa decisão que se insurge o impetrante. Alega, em suma, a nulidade da sentença condenatória, maculada pela afronta ao princípio constitucional da individualização da pena. Argumenta, em seguida, que embora os atos atribuíveis a cada um dos réus sejam diversos, a pena imposta foi idêntica, sem a devida valoração da conduta de cada um. Diz, em acréscimo, que o juízo de primeiro grau, ao prolatar a sentença condenatória, utilizou-se de fatos atribuídos ao corréu para agravar a pena do paciente, quais sejam, a alteração de notas fiscais e dispensa de licitação, atos inerentes ao cargo de prefeito. Requer, ao final, o deferimento de medida liminar para suspender o cumprimento da pena restritiva de liberdade. No mérito, postula a 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548830. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório HC 108.858 / SP concessão da ordem para declarar a nulidade absoluta da decisão condenatória, a fim de que outra seja proferida. Em 14/6/2011, indeferi a medida liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548830. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP concessão da ordem para declarar a nulidade absoluta da decisão condenatória, a fim de que outra seja proferida. Em 14/6/2011, indeferi a medida liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548830. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 25/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.858 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão ora questionado foi assim ementado: “HABEAS CORPUS. PENAL. PECULATO. INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA. UTILIZAÇÃO DOS MESMOS FUNDAMENTOS PARA AGRAVAR AS PENAS-BASE DOS CORRÉUS. CIRCUNSTÂNCIAS IDÊNTICAS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA. 1. Não viola o princípio da individualização da pena a utilização dos mesmos fundamentos para fixar a reprimenda dos corréus quando todas as circunstâncias negativamente valoradas são comuns aos acusados, mormente quando relativas ao fato delituoso, como in casu. 2. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 3. Ordem denegada”. Conforme relatado, o impetrante sustenta a nulidade da sentença condenatória por violação ao princípio da individualização da pena, ao argumento de que o magistrado sentenciante impôs idêntica reprimenda ao paciente e a corréu, deixando de analisar a conduta de cada um. A irresignação, entretanto, não procede. Inicialmente, rememoro a imputação feita ao paciente: “Segundo a inicial, os réus receberam um cheque doado pelo Grande Hotel – Senac, preenchido naquele valor de R$ 24.400,00 (vinte e quatro mil e quatrocentos reais). Com tal cheque adquiriram, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.858 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão ora questionado foi assim ementado: “HABEAS CORPUS. PENAL. PECULATO. INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA. UTILIZAÇÃO DOS MESMOS FUNDAMENTOS PARA AGRAVAR AS PENAS-BASE DOS CORRÉUS. CIRCUNSTÂNCIAS IDÊNTICAS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA. 1. Não viola o princípio da individualização da pena a utilização dos mesmos fundamentos para fixar a reprimenda dos corréus quando todas as circunstâncias negativamente valoradas são comuns aos acusados, mormente quando relativas ao fato delituoso, como in casu. 2. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 3. Ordem denegada”. Conforme relatado, o impetrante sustenta a nulidade da sentença condenatória por violação ao princípio da individualização da pena, ao argumento de que o magistrado sentenciante impôs idêntica reprimenda ao paciente e a corréu, deixando de analisar a conduta de cada um. A irresignação, entretanto, não procede. Inicialmente, rememoro a imputação feita ao paciente: “Segundo a inicial, os réus receberam um cheque doado pelo Grande Hotel – Senac, preenchido naquele valor de R$ 24.400,00 (vinte e quatro mil e quatrocentos reais). Com tal cheque adquiriram, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.858 / SP sem licitação, um caminhão (Mercedes Benz, azul, ano 1985, placas GOT-1890), pertencentes a Orlando Baltieri. O cheque foi depositado na conta desse, o qual ficou com R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais), que era o preço ajustado, devolvendo o excedente, R$ 1.400,00 (um mil e quatrocentos reais) nas mãos de Sérgio Luiz. A compra e venda não constou de qualquer documento dos arquivos do Município. Ainda conforme a inicial, foi realizado um negócio simulado, 'adquirindo-se' aquele mesmo caminhão, sendo que a compra foi documentada por meio de nota fiscal falsificada (expedida em nome de José Bueno Alcântara – ME), tendo sido emitidos dois cheques, um no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e outro no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), depositados na conta de 'terceiros estranhos ao negócio' (Elizabete Helena Hetesi e Renato Alcebíades Lopes). Em síntese, são os termos da inicial”. Pois bem. Em que pese o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ter reformado o édito condenatório para desclassificar as condutas imputadas e diminuir a sanção imposta, a leitura da sentença de primeiro grau permite concluir que a fixação da mesma pena-base aos corréus decorreu da identidade das circunstâncias consideradas na primeira etapa da dosimetria da pena, em especial as atinentes ao fato criminoso em si ou dele decorrentes, conforme se verifica pelo trecho seguinte da sentença: "(…) 1. Há sérios indícios de que os réus possuem personalidade voltada para a prática de crimes perpetrados contra Administração Pública. Tal conclusão é possível a partir da análise dos documentos que instruem o apenso de antecedentes, os quais dão conta que os acusados ostentam outros processos envolvendo peculatos e ilícitos contra a administração pública. As circunstâncias do crime também militam em detrimento dos réus, porquanto, na condição de Prefeito e Procurador do município, deveriam ser os acusados os primeiros a zelarem pelos interesses do erário municipal. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP sem licitação, um caminhão (Mercedes Benz, azul, ano 1985, placas GOT-1890), pertencentes a Orlando Baltieri. O cheque foi depositado na conta desse, o qual ficou com R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais), que era o preço ajustado, devolvendo o excedente, R$ 1.400,00 (um mil e quatrocentos reais) nas mãos de Sérgio Luiz. A compra e venda não constou de qualquer documento dos arquivos do Município. Ainda conforme a inicial, foi realizado um negócio simulado, 'adquirindo-se' aquele mesmo caminhão, sendo que a compra foi documentada por meio de nota fiscal falsificada (expedida em nome de José Bueno Alcântara – ME), tendo sido emitidos dois cheques, um no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e outro no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), depositados na conta de 'terceiros estranhos ao negócio' (Elizabete Helena Hetesi e Renato Alcebíades Lopes). Em síntese, são os termos da inicial”. Pois bem. Em que pese o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ter reformado o édito condenatório para desclassificar as condutas imputadas e diminuir a sanção imposta, a leitura da sentença de primeiro grau permite concluir que a fixação da mesma pena-base aos corréus decorreu da identidade das circunstâncias consideradas na primeira etapa da dosimetria da pena, em especial as atinentes ao fato criminoso em si ou dele decorrentes, conforme se verifica pelo trecho seguinte da sentença: "(…) 1. Há sérios indícios de que os réus possuem personalidade voltada para a prática de crimes perpetrados contra Administração Pública. Tal conclusão é possível a partir da análise dos documentos que instruem o apenso de antecedentes, os quais dão conta que os acusados ostentam outros processos envolvendo peculatos e ilícitos contra a administração pública. As circunstâncias do crime também militam em detrimento dos réus, porquanto, na condição de Prefeito e Procurador do município, deveriam ser os acusados os primeiros a zelarem pelos interesses do erário municipal. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.858 / SP Ao invés disso, os réus, fazendo uso indevido de seus cargos, apropriaram-se da quantia mencionada na inicial. Por isso, sua conduta acaba tendo uma maior repercussão social negativa, servindo até mesmo de estímulo para que outros agentes públicos descumpram seus deveres. O modo de operação também denota uma maior culpabilidade, bem acima da média verificada nessa espécie de delito. Para a prática do crime houve dispensa ilegal de licitação, notadamente quanto ao caminhão adquirido de Orlando Baltieri. Fora isso, também houve a adulteração de notas fiscais. (…) 4. Consequências do crime. Os valores desviados da prefeitura, atualizados, chegam a quase R$ 50.000,00, o que consiste numa soma bastante elevada, principalmente levando em conta o tamanho e a capacidade econômica, o qual, ressalto, tem menos de cinco mil habitantes. Péssima conduta pessoal dos acusados, os quais assediaram testemunhas, dentre elas Paulo Zanatta e Mauro Miranda, prejudicando a marcha processual, sendo que a testemunha Mauro chegou a sofrer sérias represálias" (grifos meus). O Tribunal bandeirante, por sua vez, ao dar parcial provimento ao recurso de apelação interposto pela defesa, desclassificou o delito para o previsto no art. 1º, I1, do Decreto-lei 201/1967, tendo assentado, no tocante à pena-base, o que se segue: 1 “Art. 1º São crimes de responsabilidade do Prefeito Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores: I – apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio; (…) § 1º Os crimes definidos neste artigo são de ação pública, punidos os dos itens I e II, com a pena de reclusão, de dois a doze anos, e os demais, com a pena de detenção, de três meses a três anos”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP Ao invés disso, os réus, fazendo uso indevido de seus cargos, apropriaram-se da quantia mencionada na inicial. Por isso, sua conduta acaba tendo uma maior repercussão social negativa, servindo até mesmo de estímulo para que outros agentes públicos descumpram seus deveres. O modo de operação também denota uma maior culpabilidade, bem acima da média verificada nessa espécie de delito. Para a prática do crime houve dispensa ilegal de licitação, notadamente quanto ao caminhão adquirido de Orlando Baltieri. Fora isso, também houve a adulteração de notas fiscais. (…) 4. Consequências do crime. Os valores desviados da prefeitura, atualizados, chegam a quase R$ 50.000,00, o que consiste numa soma bastante elevada, principalmente levando em conta o tamanho e a capacidade econômica, o qual, ressalto, tem menos de cinco mil habitantes. Péssima conduta pessoal dos acusados, os quais assediaram testemunhas, dentre elas Paulo Zanatta e Mauro Miranda, prejudicando a marcha processual, sendo que a testemunha Mauro chegou a sofrer sérias represálias" (grifos meus). O Tribunal bandeirante, por sua vez, ao dar parcial provimento ao recurso de apelação interposto pela defesa, desclassificou o delito para o previsto no art. 1º, I1, do Decreto-lei 201/1967, tendo assentado, no tocante à pena-base, o que se segue: 1 “Art. 1º São crimes de responsabilidade do Prefeito Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores: I – apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio; (…) § 1º Os crimes definidos neste artigo são de ação pública, punidos os dos itens I e II, com a pena de reclusão, de dois a doze anos, e os demais, com a pena de detenção, de três meses a três anos”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.858 / SP “(...) Com relação à fixação da pena-base, merecem acolhida parcial os recursos dos réus, uma vez que a circunstância de os réus apresentarem a condição de servidores públicos é elementar do crime, onde se pressupõe uma lesão ao bem jurídico tutelado, que é a Administração Pública, particularmente em relação ao seu interesse patrimonial e moral. Houve, no entanto, no caso concreto, uma circunstância judicial desfavorável aos réus, e neste ponto temos que concordar com o magistrado prolator da sentença, que foi o modo de execução do crime, extremamente lesivo ao bem jurídico tutelado, envolvendo falsificação de documentos, forjamento de procedimento de dispensa de licitação, bem como envolvimento de terceiros” (grifos meus). Vê-se, pois, que o acórdão estadual acertadamente deixou de considerar, na fixação da reprimenda, a condição de agentes públicos dos réus, a qual, como se sabe, é elementar do crime previsto no Decreto-lei 201/1967, não podendo, desta feita, ser considerada no cálculo da pena. Por outro lado, assentou, também, que o modo de execução de delito deveria ser sopesado em desfavor dos acusados, porque extremamente lesivo à moralidade pública. Nesse contexto, entendo que, após os reparos feitos pela Corte estadual na dosimetria da sanção, não há falar em nulidade do édito condenatório, pois, como já mencionado, a circunstância judicial valorada em desfavor dos réus – modus operandi - está relacionada ao fato delituoso e lhes é comum. Destaco, por oportuno, que, embora não tenha sido consignado no acórdão da Corte paulista, a atuação do paciente na empreitada criminosa foi intensa e revestida de alto grau de reprovabilidade. É o que se infere dos seguintes excertos do decreto condenatório: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP “(...) Com relação à fixação da pena-base, merecem acolhida parcial os recursos dos réus, uma vez que a circunstância de os réus apresentarem a condição de servidores públicos é elementar do crime, onde se pressupõe uma lesão ao bem jurídico tutelado, que é a Administração Pública, particularmente em relação ao seu interesse patrimonial e moral. Houve, no entanto, no caso concreto, uma circunstância judicial desfavorável aos réus, e neste ponto temos que concordar com o magistrado prolator da sentença, que foi o modo de execução do crime, extremamente lesivo ao bem jurídico tutelado, envolvendo falsificação de documentos, forjamento de procedimento de dispensa de licitação, bem como envolvimento de terceiros” (grifos meus). Vê-se, pois, que o acórdão estadual acertadamente deixou de considerar, na fixação da reprimenda, a condição de agentes públicos dos réus, a qual, como se sabe, é elementar do crime previsto no Decreto-lei 201/1967, não podendo, desta feita, ser considerada no cálculo da pena. Por outro lado, assentou, também, que o modo de execução de delito deveria ser sopesado em desfavor dos acusados, porque extremamente lesivo à moralidade pública. Nesse contexto, entendo que, após os reparos feitos pela Corte estadual na dosimetria da sanção, não há falar em nulidade do édito condenatório, pois, como já mencionado, a circunstância judicial valorada em desfavor dos réus – modus operandi - está relacionada ao fato delituoso e lhes é comum. Destaco, por oportuno, que, embora não tenha sido consignado no acórdão da Corte paulista, a atuação do paciente na empreitada criminosa foi intensa e revestida de alto grau de reprovabilidade. É o que se infere dos seguintes excertos do decreto condenatório: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.858 / SP “(...) Nesse ponto, ressalto que não há qualquer motivo concreto para duvidar da idoneidade das informações prestadas por Mauro Miranda. Tal testemunha teve sua credibilidade questionada pela Defesa, a qual chegou a apresentar contradita por motivo de inimizade para com os réus. Entretanto, não há nos autos uma única prova sequer que demonstre tal inimizade. O que na verdade ocorreu foi uma série de represálias em detrimento de Mauro Miranda, feitas em função daquelas primeiras declarações prestadas no inquérito civil da Promotoria de Justiça de São Pedro. Mauro esclareceu que, em 19 de junho de 1999, foi procurado por Sérgio Fanelli o qual pediu a ele que alterasse seu depoimento: 'pois as declarações até então prestadas comprometiam o co-réu Luiz de Mitry' (fls. 2.980). Todavia, Mauro manteve a coerência de suas informações, inclusive quando da diligência de acareação realizada pela autoridade policial, confrontando Mauro e Antonio Pereira de Moraes (termo de acareação – fls. 543/544). Naquela oportunidade, Mauro disse que: 'realmente recebeu o cheque das mãos de Antonio Pereira de Moraes... Sérgio Luiz Fanelli de Lima o procurou em junho do ano passado, pedindo-lhe para mudar seu depoimento na Justiça, pois a história não poderia ser contada do modo como vem sendo' (fls.543). (…) Por ter mantido sua versão, Mauro sofreu represálias, tendo relatado que: 'teve sua concessão revogada (exploração de carrinhos para recreação em Águas de São Pedro), seu estabelecimento foi lacrado e seus carrinhos foram apreendidos', tudo isso depois de ter informado a Sérgio Fanelli naquele dia 19 de junho de 1.999, que não mudaria seu depoimento (fls. 2979/2981). (…) O outro cheque emitido pela prefeitura, também assinado por Luiz de Mitry, preenchido no valor de R$ 8.000,00, acabou sendo 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP “(...) Nesse ponto, ressalto que não há qualquer motivo concreto para duvidar da idoneidade das informações prestadas por Mauro Miranda. Tal testemunha teve sua credibilidade questionada pela Defesa, a qual chegou a apresentar contradita por motivo de inimizade para com os réus. Entretanto, não há nos autos uma única prova sequer que demonstre tal inimizade. O que na verdade ocorreu foi uma série de represálias em detrimento de Mauro Miranda, feitas em função daquelas primeiras declarações prestadas no inquérito civil da Promotoria de Justiça de São Pedro. Mauro esclareceu que, em 19 de junho de 1999, foi procurado por Sérgio Fanelli o qual pediu a ele que alterasse seu depoimento: 'pois as declarações até então prestadas comprometiam o co-réu Luiz de Mitry' (fls. 2.980). Todavia, Mauro manteve a coerência de suas informações, inclusive quando da diligência de acareação realizada pela autoridade policial, confrontando Mauro e Antonio Pereira de Moraes (termo de acareação – fls. 543/544). Naquela oportunidade, Mauro disse que: 'realmente recebeu o cheque das mãos de Antonio Pereira de Moraes... Sérgio Luiz Fanelli de Lima o procurou em junho do ano passado, pedindo-lhe para mudar seu depoimento na Justiça, pois a história não poderia ser contada do modo como vem sendo' (fls.543). (…) Por ter mantido sua versão, Mauro sofreu represálias, tendo relatado que: 'teve sua concessão revogada (exploração de carrinhos para recreação em Águas de São Pedro), seu estabelecimento foi lacrado e seus carrinhos foram apreendidos', tudo isso depois de ter informado a Sérgio Fanelli naquele dia 19 de junho de 1.999, que não mudaria seu depoimento (fls. 2979/2981). (…) O outro cheque emitido pela prefeitura, também assinado por Luiz de Mitry, preenchido no valor de R$ 8.000,00, acabou sendo 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.858 / SP depositado na conta de Renato Alcebíades Lopes, o qual sacou o dinheiro, entregando a quantia ao acusado Sérgio Fanelli, que na época ocupava o cargo de de Procurador Geral do Município. Renato asseverou que: 'recebeu um cheque no valor de R$ 8.000,00, da Caixa Econômica Federal da cidade de Águas de São Pedro, personalizado em nome a prefeitura municipal de Águas de São Pedro, o qual estava nominal a um terceiro, cujo nome não se recorda... recebeu o referido cheque diretamente da pessoa do doutor Sérgio Fanelli... Sérgio pediu para que depositasse o cheque em sua conta bancária a fim do mesmo ser compensado e devolvido em espécie para ele... após a compensação entregou todo o dinheiro para o doutor Sérgio Fanelli' (fls. 497). (…) Um outro aspecto de toda a empreitada delituosa, concerne ao fato de que jamais houve duas caçambas. A caçamba compactadora instalada no caminhão comprado de Orlando Baltieri é aquela que já tinha sido adquirida da prefeitura de São Pedro e que foi dada pelos acusados como 'inservível' (decreto municipal – fls 1163/1164). (…) Ainda nesse desiderato, é forçoso mencionar s declarações prestadas por Marli Aparecida Barboza (então vice-prefeita), a qual, perante a autoridade policial, informou que 'em conversa informal com o Procurador Sérgio Luiz Fanelli de Lima o mesmo afirmou que, em verdade, a caçamba atual de lixo era a caçamba velha que havia sido adquirida da prefeitura de São Pedro e que portanto não existia uma caçamba nova' (fls. 481). Marli disse ainda que o gerente do Grande Hotel 'sabia de tudo'. Tal conversa foi gravada e o respectivo laude de degravação corrobora as informações de Marli. Dentre os diversos dizeres incriminadores contidos em tal laudo, imputados a Fanelli, é possível ressaltar, dentre outras, a afirmação de que: 'que a história da caçamba é essa... já tá tudo no caixa, no meu caixa dois'” (grifos meus). 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP depositado na conta de Renato Alcebíades Lopes, o qual sacou o dinheiro, entregando a quantia ao acusado Sérgio Fanelli, que na época ocupava o cargo de de Procurador Geral do Município. Renato asseverou que: 'recebeu um cheque no valor de R$ 8.000,00, da Caixa Econômica Federal da cidade de Águas de São Pedro, personalizado em nome a prefeitura municipal de Águas de São Pedro, o qual estava nominal a um terceiro, cujo nome não se recorda... recebeu o referido cheque diretamente da pessoa do doutor Sérgio Fanelli... Sérgio pediu para que depositasse o cheque em sua conta bancária a fim do mesmo ser compensado e devolvido em espécie para ele... após a compensação entregou todo o dinheiro para o doutor Sérgio Fanelli' (fls. 497). (…) Um outro aspecto de toda a empreitada delituosa, concerne ao fato de que jamais houve duas caçambas. A caçamba compactadora instalada no caminhão comprado de Orlando Baltieri é aquela que já tinha sido adquirida da prefeitura de São Pedro e que foi dada pelos acusados como 'inservível' (decreto municipal – fls 1163/1164). (…) Ainda nesse desiderato, é forçoso mencionar s declarações prestadas por Marli Aparecida Barboza (então vice-prefeita), a qual, perante a autoridade policial, informou que 'em conversa informal com o Procurador Sérgio Luiz Fanelli de Lima o mesmo afirmou que, em verdade, a caçamba atual de lixo era a caçamba velha que havia sido adquirida da prefeitura de São Pedro e que portanto não existia uma caçamba nova' (fls. 481). Marli disse ainda que o gerente do Grande Hotel 'sabia de tudo'. Tal conversa foi gravada e o respectivo laude de degravação corrobora as informações de Marli. Dentre os diversos dizeres incriminadores contidos em tal laudo, imputados a Fanelli, é possível ressaltar, dentre outras, a afirmação de que: 'que a história da caçamba é essa... já tá tudo no caixa, no meu caixa dois'” (grifos meus). 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.858 / SP Assim, não viola o princípio da individualização da pena a sentença que fixa aos corréus a mesma pena-base quando fundada em circunstâncias judiciais comuns a eles. A corroborar essa assertiva, transcrevo a ementa do HC 93.234/SP, Rel. Min. Eros Grau: “HABEAS CORPUS. INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. NULIDADE DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INEXISTÊNCIA. INADEQUAÇÃO DO HABEAS CORPUS PARA EXAME DE FATOS E PROVAS. 1. Os vícios resultantes da individualização da pena acarretam apenas a nulidade parcial da sentença, não afetando o juízo condenatório. 2. O habeas corpus não é a via processual adequada ao exame dos fatos e provas que influíram na fixação da pena. 3. Inexistência, no caso, de vício formal na sentença, eis que o Juiz analisou as circunstâncias legais e particulares para a fixação da pena de cada corréu. 4. O fato de o cálculo da pena, na primeira fase, ter sido realizado de forma conjunta para os réus, deu-se em razão das circunstâncias judiciais, que motivaram o aumento da pena, serem idênticas em relação a eles. Ordem denegada” (grifos meus). Por outro lado, tenho que a reprimenda fixada, definitivamente, em três anos de reclusão, em regime semiaberto, pela prática de um delito em que a pena abstratamente cominada vai de dois a doze anos de reclusão, não desbordou os lindes da proporcionalidade e da razoabilidade, não havendo, a meu ver, flagrante ilegalidade ou teratologia que justifiquem a concessão da ordem, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente” (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). No mesmo sentido, cito, entre outros, os seguintes precedentes de ambas as Turmas deste Tribunal: 95.864/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 95.679/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie. Na mesma esteira manifestou-se o Ministério Público Federal, que 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP Assim, não viola o princípio da individualização da pena a sentença que fixa aos corréus a mesma pena-base quando fundada em circunstâncias judiciais comuns a eles. A corroborar essa assertiva, transcrevo a ementa do HC 93.234/SP, Rel. Min. Eros Grau: “HABEAS CORPUS. INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. NULIDADE DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INEXISTÊNCIA. INADEQUAÇÃO DO HABEAS CORPUS PARA EXAME DE FATOS E PROVAS. 1. Os vícios resultantes da individualização da pena acarretam apenas a nulidade parcial da sentença, não afetando o juízo condenatório. 2. O habeas corpus não é a via processual adequada ao exame dos fatos e provas que influíram na fixação da pena. 3. Inexistência, no caso, de vício formal na sentença, eis que o Juiz analisou as circunstâncias legais e particulares para a fixação da pena de cada corréu. 4. O fato de o cálculo da pena, na primeira fase, ter sido realizado de forma conjunta para os réus, deu-se em razão das circunstâncias judiciais, que motivaram o aumento da pena, serem idênticas em relação a eles. Ordem denegada” (grifos meus). Por outro lado, tenho que a reprimenda fixada, definitivamente, em três anos de reclusão, em regime semiaberto, pela prática de um delito em que a pena abstratamente cominada vai de dois a doze anos de reclusão, não desbordou os lindes da proporcionalidade e da razoabilidade, não havendo, a meu ver, flagrante ilegalidade ou teratologia que justifiquem a concessão da ordem, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente” (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). No mesmo sentido, cito, entre outros, os seguintes precedentes de ambas as Turmas deste Tribunal: 95.864/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 95.679/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie. Na mesma esteira manifestou-se o Ministério Público Federal, que 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.858 / SP teceu as seguintes considerações: “(...) O acórdão do Tribunal estadual, ao individualizar a pena e fixar a pena-base acima do mínimo, considerou como circunstância judicial desfavorável, comum aos corréus: 'o modo de execução do crime, extremamente lesivo ao bem jurídico tutelado, envolvendo falsificação de documentos, forjamento de procedimento de dispensa de licitação, bem como envolvimento de terceiros'. Tal o quadro, não cabe falar em ofensa ao princípio da individualização da pena: 'o fato de o cálculo da pena, na primeira fase, ter sido realizado de forma conjunta para os réus, deu-se em razão das circunstâncias judiciais, que motivaram o aumento da pena, serem idênticas em relação a eles' (HC 93.234/SP, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, Dje de 25.04.2008; RHC 83.072/RJ, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 26.03.2004; HC 70.931/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 06.05.1994)”. Por fim, em consulta ao andamento processual do agravo de instrumento interposto nesta Corte pelo paciente (AI 781.732/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia) em face da decisão que não admitiu o recurso extraordinário, verifico que foi negado seguimento ao recurso, sendo tal decisum mantido pela Primeira Turma deste Supremo Tribunal no agravo regimental que se seguiu. Em 10/5/2010 foi certificado o trânsito em julgado da condenação. Logo, como tenho reiteradamente assentado, salvo em hipóteses excepcionais de evidente teratologia ou de flagrante cerceamento de defesa, que impliquem em grave prejuízo para o réu, considero que o habeas corpus, em que pese configurar remédio constitucional de largo espectro, não pode ser empregado como sucedâneo de revisão criminal. Ante o exposto, denego a ordem. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Supremo Tribunal Federal HC 108.858 / SP teceu as seguintes considerações: “(...) O acórdão do Tribunal estadual, ao individualizar a pena e fixar a pena-base acima do mínimo, considerou como circunstância judicial desfavorável, comum aos corréus: 'o modo de execução do crime, extremamente lesivo ao bem jurídico tutelado, envolvendo falsificação de documentos, forjamento de procedimento de dispensa de licitação, bem como envolvimento de terceiros'. Tal o quadro, não cabe falar em ofensa ao princípio da individualização da pena: 'o fato de o cálculo da pena, na primeira fase, ter sido realizado de forma conjunta para os réus, deu-se em razão das circunstâncias judiciais, que motivaram o aumento da pena, serem idênticas em relação a eles' (HC 93.234/SP, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, Dje de 25.04.2008; RHC 83.072/RJ, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 26.03.2004; HC 70.931/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 06.05.1994)”. Por fim, em consulta ao andamento processual do agravo de instrumento interposto nesta Corte pelo paciente (AI 781.732/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia) em face da decisão que não admitiu o recurso extraordinário, verifico que foi negado seguimento ao recurso, sendo tal decisum mantido pela Primeira Turma deste Supremo Tribunal no agravo regimental que se seguiu. Em 10/5/2010 foi certificado o trânsito em julgado da condenação. Logo, como tenho reiteradamente assentado, salvo em hipóteses excepcionais de evidente teratologia ou de flagrante cerceamento de defesa, que impliquem em grave prejuízo para o réu, considero que o habeas corpus, em que pese configurar remédio constitucional de largo espectro, não pode ser empregado como sucedâneo de revisão criminal. Ante o exposto, denego a ordem. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1548831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.858 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA IMPTE.(S) : SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 177408 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567363 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.858 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA IMPTE.(S) : SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 177408 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567363 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1573876
2011-10-25T00:00:00
2011-11-17T00:00:00
Ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL. PACIENTE CONDENADO PELO CRIME DE PECULATO. DESCLASSIFICAÇÃO PARA O DELITO PREVISTO NO ART. 1º, I, DO DECRETO-LEI 201/1967. FIXAÇÃO DA MESMA PENA PARA O PACIENTE E CORRÉU. OFENSA AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. INOCORRÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS COMUNS AOS CORRÉUS E RELATIVAS AO FATO CRIMINOSO EM SI. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA. I – Esta Corte já assentou entendimento no sentido de que não viola o princípio da individualização da pena a fixação da mesma pena-base para corréus se as circunstâncias judiciais são comuns. Precedentes. II – De acordo com a jurisprudência desta Corte, somente em situações excepcionais é que se admite o reexame dos fundamentos da dosimetria levada a efeito pelo juiz a partir do sistema trifásico, o que não se verifica no caso sob exame. III – A reprimenda fixada, definitivamente, em três anos de reclusão em regime semiaberto não desbordou os lindes da proporcionalidade e da razoabilidade, não havendo, a meu ver, flagrante ilegalidade ou teratologia que justifiquem a concessão da ordem, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). IV – Ordem denegada.
sjur201595
- Acórdãos citados: HC 93234, HC 94655, HC 95679, RHC 95864. - Veja AI 781732 AgR do STF. Número de páginas: 14. Análise: 24/11/2011, ACG. Revisão: 30/11/2011, IMC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
108858
[ "LEG-FED DEL-000201 ANO-1967\r\n ART-00001 INC-00001 PAR-00001 \r\n DECRETO-LEI" ]
HC
acordaos
HC 108858
[ "" ]
PACTE.(S) : SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA IMPTE.(S) : SERGIO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 177408 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 858", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 177408", "H", "C 94. 655 / MT", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 858 SÃO PAULO", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 177408", "H", "C 177. 408 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 858 SÃO PAULO", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 177408", "H", "C 177. 408 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 858", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 858", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "C 93. 234 / SP", "H", "C 94. 655 / MT", "95", ".", "86", "4", "/", "SE", "H", "C 95. 679 / RJ", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 93. 234 / SP", "H", "C 94. 655 / MT", "95", ".", "86", "4", "/", "SE", "H", "C 95. 679 / RJ", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 93. 234 / SP", "R", "HC 83. 072 / RJ", "H", "C 70. 931 / RJ", "A", "I 781. 732 / SP", "H", "C 108. 858 / SP", "H", "C 93. 234 / SP", "R", "HC 83. 072 / RJ", "H", "C 70. 931 / RJ", "A", "I 781. 732 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 858", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 177408", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 858", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 177408" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. 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[UNK], I1, do Decreto- lei 201 / 1967", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto", "-", "lei 201 / 1967", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto", "-", "lei 201 / 1967", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "Prefeitura de Águas de São Pedro / SP", "Prefeitura de Águas de São Pedro /", "SP", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "Águas de São Pedro", "Águas de São Pedro", "Águas de São Pedro", "Águas de São Pedro", "São Pedro", "São Pedro", "Águas de São Pedro", "Águas de São Pedro", "São Pedro", "prefeitura", "São Pedro", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura 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LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COAT", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Sergio Luiz Fanelli de Lima Junior", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA", "Lau", "rita Vaz", "Luiz Antônio de Mitry Filho", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Sergio Luiz Fanelli de Lima Junior", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA", "Lau", "rita Vaz", "Luiz Antônio de Mitry Filho", "Edson Oliveira de Almeida", "Edson Oliveira de Almeida", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Orlando Baltieri", "Sérgio Luiz", "José Bueno Alcântara", "Eliza", "be", "te Helena Hetesi", "Renato Alcebíades Lopes", "Orlando Baltieri", "Sérgio Luiz", "José Bueno Alcântara", "Eliza", "be", "te Helena Hetesi", "Renato Alcebíades Lopes", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Orlando Baltieri", "Paulo Zanatta", "Mauro Miranda", "Mauro", "Orlando Baltieri", "Paulo Zanatta", "Mauro Miranda", "Mauro", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Mauro Miranda", "Mauro Miranda", "Mauro", "Sérgio Fanelli", "Luiz de Mitry", "Mauro", "Mauro", "Antonio Pereira de Moraes", "Mauro", "Antonio Pereira de Moraes", "Sérgio Luiz Fanelli de Lima", "Mauro", "Sérgio Fanelli", "Luiz de Mitry", "Mauro Miranda", "Mauro Miranda", "Mauro", "Sérgio Fanelli", "Luiz de Mitry", "Mauro", "Mauro", "Antonio Pereira de Moraes", "Mauro", "Antonio Pereira de Moraes", "Sérgio Luiz Fanelli de Lima", "Mauro", "Sérgio Fanelli", "Luiz de Mitry", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Renato Alcebíades Lopes", "Sérgio Fanelli", "Renato", "Sérgio Fanelli", "Sérgio", "Sérgio Fanelli", "Orlando Baltieri", "Mar", "li Aparecida Barboza", "Sérgio Luiz Fanelli de Lima", "Mar", "li", "Mar", "li", "Fan", "elli", "Renato Alcebíades Lopes", "Sérgio Fanelli", "Renato", "Sérgio Fanelli", "Sérgio", "Sérgio Fanelli", "Orlando Baltieri", "Mar", "li Aparecida Barboza", "Sérgio Luiz Fanelli de Lima", "Mar", "li", "Mar", "li", "Fan", "elli", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Ellen Gracie", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Ellen Gracie", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Er", "os Grau", "Nelson Jobim", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Cá", "r", "men", "Lúcia", "Er", "os Grau", "Nelson Jobim", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Cá", "r", "men Lúcia", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR COAT", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA", "SE", "R", "G", "IO LUIZ FANELLI DE LIMA JUNIOR", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab" ], "TEMPO": [ "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "11", "/", "2011", "25 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "6", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "6", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.784 MARANHÃO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO MARANHÃO ADV.(A/S) :JOSÉ EYMARD LOGUERCIO AGDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :MARCOS ULHOA DANI Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Trabalhista. Engenheiro profissional liberal. Enquadramento como bancário. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ayres Britto na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579461. Supremo Tribunal Federal DJe 09/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.784 MARANHÃO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO MARANHÃO ADV.(A/S) :JOSÉ EYMARD LOGUERCIO AGDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :MARCOS ULHOA DANI R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso, ao fundamento de que a natureza da matéria versada nos autos reveste-se de índole infraconstitucional. No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que há matéria constitucional em debate. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579462. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.784 MARANHÃO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO MARANHÃO ADV.(A/S) :JOSÉ EYMARD LOGUERCIO AGDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :MARCOS ULHOA DANI R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso, ao fundamento de que a natureza da matéria versada nos autos reveste-se de índole infraconstitucional. No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que há matéria constitucional em debate. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579462. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.784 MARANHÃO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão. Visa apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com firme jurisprudência desta Corte segundo a qual a discussão relativa ao enquadramento funcional de categoria demandaria o revolvimento fático-probatório e a análise de dispositivos inseridos na Consolidação das Leis Trabalhistas e estatutos próprios, donde se conclui que eventual ofensa à Constituição Federal, se ocorrente, dar-se-ia de maneira indireta ou reflexa. Inviável, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, além dos julgamentos mencionados na decisão agravada, cito os seguintes precedentes: AI-AgR 756.374, de minha relatoria, 2ª Turma, DJe 8.2.2011; AI-AgR 748.973, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 14.12.2010; AI-AgR 672.092, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 19.12.2007, cuja ementa dispõe: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INOCORRÊNCIA. DECISÃO FUNDAMENTADA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A controvérsia acerca da limitação à data-base da categoria, na fase de execução da condenação ao pagamento de diferenças salariais decorrentes de plano econômico, situa-se no âmbito infraconstitucional. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - Ausência de novos argumentos. IV - Agravo regimental improvido.” Além disso, ressalto que este Tribunal entende não ser cabível a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551571. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.784 MARANHÃO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão. Visa apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com firme jurisprudência desta Corte segundo a qual a discussão relativa ao enquadramento funcional de categoria demandaria o revolvimento fático-probatório e a análise de dispositivos inseridos na Consolidação das Leis Trabalhistas e estatutos próprios, donde se conclui que eventual ofensa à Constituição Federal, se ocorrente, dar-se-ia de maneira indireta ou reflexa. Inviável, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, além dos julgamentos mencionados na decisão agravada, cito os seguintes precedentes: AI-AgR 756.374, de minha relatoria, 2ª Turma, DJe 8.2.2011; AI-AgR 748.973, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 14.12.2010; AI-AgR 672.092, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 19.12.2007, cuja ementa dispõe: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INOCORRÊNCIA. DECISÃO FUNDAMENTADA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A controvérsia acerca da limitação à data-base da categoria, na fase de execução da condenação ao pagamento de diferenças salariais decorrentes de plano econômico, situa-se no âmbito infraconstitucional. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - Ausência de novos argumentos. IV - Agravo regimental improvido.” Além disso, ressalto que este Tribunal entende não ser cabível a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551571. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES AI 826.784 AGR / MA interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade (art. 5º, inciso II, CF), quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Enunciado de Súmula 636 do STF). Sobre o tema, confiram-se o RE-AgR 592.234, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 19.10.2011; e o AI-AgR 841.852, rel. Min. Luiz Fux, DJe 28.9.2011, este último com acórdão assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 3. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e o do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a aferição da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 4. Agravo regimental a que nega provimento.” Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551571. Supremo Tribunal Federal AI 826.784 AGR / MA interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade (art. 5º, inciso II, CF), quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Enunciado de Súmula 636 do STF). Sobre o tema, confiram-se o RE-AgR 592.234, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 19.10.2011; e o AI-AgR 841.852, rel. Min. Luiz Fux, DJe 28.9.2011, este último com acórdão assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 3. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e o do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a aferição da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 4. Agravo regimental a que nega provimento.” Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551571. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.784 PROCED. : MARANHÃO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO MARANHÃO ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : MARCOS ULHOA DANI Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1609926 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.784 PROCED. : MARANHÃO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO MARANHÃO ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : MARCOS ULHOA DANI Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1609926 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1615948
2011-10-25T00:00:00
2011-12-09T00:00:00
Negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Trabalhista. Engenheiro profissional liberal. Enquadramento como bancário. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento
sjur202636
- Acórdãos citados: AI 756374 AgR, AI 748973 AgR, AI 672092 AgR, RE 592234 AgR, AI 841852 AgR. Número de páginas: 5. Análise: 16/01/2012, AMS.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
826784
null
AI-AgR
acordaos
AI 826784 AgR
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AGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO MARANHÃO ADV.(A/S) : MARCOS ULHOA DANI ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 826. 784", "R", "R", "E", "G", "V", "O DE INSTRUMENTO 826. 784", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 826. 784", "A", "I", "-", "Ag", "R 756. 374", "A", "I", "-", "Ag", "R 748. 973", "A", "I", "-", "Ag", "R 672. 092", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 826. 784", "A", "I", "-", "Ag", "R 756. 374", "A", "I", "-", "Ag", "R 748. 973", "A", "I", "-", "Ag", "R 672. 092", "A", "I 826. 784", "A", "G", "R", "/", "MA", "En", "unciado de Súmula 636 do STF", "R", "E", "-", "Ag", "R 592. 234", "A", "I", "-", "Ag", "R 841. 852", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 / STF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 596. 682", "A", "I 808. 361", "A", "I 804. 854- AgR", "A", "I 756. 336- AgR", "A", "I 826. 784 AG", "R", "/", "MA", "En", "unciado de Súmula 636 do STF", "R", "E", "-", "Ag", "R 592. 234", "A", "I", "-", "Ag", "R 841. 852", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 / STF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 596. 682", "A", "I 808. 361", "A", "I 80", "4", ".", "85", "4", "-", "Ag", "R", "A", "I 756. 336- AgR", "V", "O DE INSTRUMENTO 826. 784", "R", "E", "G. NO", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 826. 784" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Cons", "oli", "dação das Leis Trabalhistas", "Constituição Federal", "AR", "T. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO", "art. 93, IX, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Cons", "oli", "dação das Leis Trabalhistas", "Constituição Federal", "AR", "T. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO", "art. 93, IX, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 /", "art. [UNK], inciso II, CF", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], inciso II, CF", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "MA", "RA", "N", "H", "ÃO", "ES", "TA", "DO DO MARANHÃO", "Brasília", "MA", "RA", "N", "H", "ÃO", "ES", "TA", "DO DO MARANHÃO", "MA", "RA", "N", "H", "ÃO", "ES", "TA", "DO DO MARANHÃO", "MA", "RA", "MA", "RA", "N", "H", "ÃO", "ES", "TA", "DO DO MARANHÃO", "MA", "RA", "N", "H", "ÃO", "ES", "TA", "DO DO MARANHÃO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS", "CA", "IX", "A ECONÔMICA FEDERAL", "CE", "F", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "DI", "CA", "TO", "CA", "IX", "A ECONÔMICA FEDERAL", "CE", "F", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DOS", "CA", "IX", "A ECONÔMICA F", "CE", "F", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DOS EMPREGADOS", "CA", "IX", "A ECONÔMICA FEDERAL", "CE", "F", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DOS EMPREGADOS E", "CA", "IX", "A ECONÔMICA FEDERAL", "CE", "F", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "G", "IL", "MA", "R MENDES", "J", "OS", "É EYMARD LOGUERCIO", "MA", "RC", "OS ULHOA DANI", "Ay", "res Britto", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "J", "OS", "É EYMARD LOGUERCIO AGDO", "MA", "RC", "OS ULHOA DANI", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "J", "OS", "É EYMARD LOGUERCIO", "MA", "RC", "OS ULHOA DANI", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "MA", "RA", "N", "H", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Dias Toffoli", "Ricardo Lewandowski", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Dias Toffoli", "Ricardo Lewandowski", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Ricardo Lewandowski", "Luiz Fux", "Carlos Britto", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Ellen Gracie", "Ricardo Lewandowski", "Luiz Fux", "Carlos Britto", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Ellen Gracie", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "J", "OS", "É EYMARD LOGUERCIO", "MA", "RC", "OS ULHOA DANI", "Joaquim Barbosa", "res Britto", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "J", "OS", "É EYMARD LOGUERCIO", "MA", "RC", "OS ULHOA DANI", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab" ], "TEMPO": [ "25", "/", "10", "/", "2011", "25 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "12", "/", "2011", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "8", ".", "2", ".", "2011", "14", ".", "12", ".", "2010", "19", ".", "12", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "8", ".", "2", ".", "2011", "14", ".", "12", ".", "2010", "19", ".", "12", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", ".", "10", ".", "2011", "28", ".", "9", ".", "2011", "21", "/", "10", "/", "10", "08", "/", "09", "/", "10", "24", "/", "11", "/", "2010", "22", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", ".", "10", ".", "2011", "28", ".", "9", ".", "2011", "21", "/", "10", "/", "10", "08", "/", "09", "/", "10", "24", "/", "11", "/", "2010", "22", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.209 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Inovação recursal. Inadmissibilidade. Ausência de prequestionamento. 1. A recorrente inovou a discussão relativa à constitucionalidade das taxas de conservação, limpeza e combate a sinistros nos embargos de declaração opostos na origem e continuou inovando em sede de recurso extraordinário e, agora, no regimental. Ausência de debate e decisões prévios. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento, com aplicação de multa. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563074. Supremo Tribunal Federal DJe 30/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.209 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela União contra decisão por mim proferida, vazada nos seguintes termos: “Vistos. O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS interpõe recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – SÃO PAULO X INSS – RITO/PROCEDIMENTO CONVERTIDO /APROVEITADO DE EXECUÇÃO FISCAL PARA O DOS PRECATÓRIOS – IPTU INDEVIDO, SOB IMUNIDADE, NÃO PROVADA, PELO EXEQÜENTE, A NÃO- UTILIZAÇÃO DO IMÓVEL PARA SEUS FINS ESSENCIAIS – TAXAS DEVIDAS, AUSENTE IMUNIDADE E INCOMPROVADA A COINCIDÊNCIA ENTRE AS BASES DE CÁLCULO – PARCIAL PROCEDÊNCIA AOS EMBARGOS. 1. Efetivamente deve se sujeitar a execução por quantia certa em face de devedor solvente, quando a Fazenda Pública em ambos os pólos, ao procedimento Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.209 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela União contra decisão por mim proferida, vazada nos seguintes termos: “Vistos. O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS interpõe recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – SÃO PAULO X INSS – RITO/PROCEDIMENTO CONVERTIDO /APROVEITADO DE EXECUÇÃO FISCAL PARA O DOS PRECATÓRIOS – IPTU INDEVIDO, SOB IMUNIDADE, NÃO PROVADA, PELO EXEQÜENTE, A NÃO- UTILIZAÇÃO DO IMÓVEL PARA SEUS FINS ESSENCIAIS – TAXAS DEVIDAS, AUSENTE IMUNIDADE E INCOMPROVADA A COINCIDÊNCIA ENTRE AS BASES DE CÁLCULO – PARCIAL PROCEDÊNCIA AOS EMBARGOS. 1. Efetivamente deve se sujeitar a execução por quantia certa em face de devedor solvente, quando a Fazenda Pública em ambos os pólos, ao procedimento Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório RE 602.209 AGR / SP executivo mais específico, mais consentâneo com o perfil dos contendores: logo, entre a execução fiscal e o rito estampado nos arts. 730/731, do CPC, indiscutivelmente mais específico e adequado este último ao caso em tela, primordialmente em função da regra da indisponibilidade dos bens públicos. Precedentes. 2. Já tendo se exaurido o arco instrutório, nenhuma perda a conversão de um procedimento em outro ocasiona: ao contrário, está-se a prestigiar o dogma do aproveitamento dos atos processuais e o da efetividade processual. 3. A r. sentença terminativa merece ser superada e, em prosseguimento, o meritum causae deve ser afetado (§3º do art. 515, CPC), vez que não postuladas outras provas. 4. Exprimem as imunidades limitações constitucionais proibitivas ao Poder de Tributar, encartada sua sede mais expressiva, então, dentro da Seção pertinente, na Lei Maior (art. 150, inciso VI). 5. Razão assiste ao INSS, em seu intento de não recolher IPTU, pois claramente abrangida esta espécie tributária pelo alcance da imunidade recíproca, vez que se trata de imposto sobre patrimônio. 6. Realmente estende-se a vedação firmada no art. 150, inciso VI, alínea ‘a’, da Magna Carta, consoante seu § 2º, à figura das autarquias, cujo fim institucional, em essência e por sua lei instituidora, é a prestação do Seguro Social no País, incumbindo, sim, e ao oposto, ao erário municipal/exeqüente/apelante apontar acaso algum bem do acervo autárquico se ponha de fora de tal plexo de finalidades. 7. Como se extrai dos autos, ante o não-cumprimento de referido ônus por parte da Municipalidade envolvida, claramente indevido o IPTU no caso vertente. 8. De rigor o afastamento da afirmada imunidade ao pagamento de taxa descrita na CDA do apenso, vez que 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Supremo Tribunal Federal RE 602.209 AGR / SP executivo mais específico, mais consentâneo com o perfil dos contendores: logo, entre a execução fiscal e o rito estampado nos arts. 730/731, do CPC, indiscutivelmente mais específico e adequado este último ao caso em tela, primordialmente em função da regra da indisponibilidade dos bens públicos. Precedentes. 2. Já tendo se exaurido o arco instrutório, nenhuma perda a conversão de um procedimento em outro ocasiona: ao contrário, está-se a prestigiar o dogma do aproveitamento dos atos processuais e o da efetividade processual. 3. A r. sentença terminativa merece ser superada e, em prosseguimento, o meritum causae deve ser afetado (§3º do art. 515, CPC), vez que não postuladas outras provas. 4. Exprimem as imunidades limitações constitucionais proibitivas ao Poder de Tributar, encartada sua sede mais expressiva, então, dentro da Seção pertinente, na Lei Maior (art. 150, inciso VI). 5. Razão assiste ao INSS, em seu intento de não recolher IPTU, pois claramente abrangida esta espécie tributária pelo alcance da imunidade recíproca, vez que se trata de imposto sobre patrimônio. 6. Realmente estende-se a vedação firmada no art. 150, inciso VI, alínea ‘a’, da Magna Carta, consoante seu § 2º, à figura das autarquias, cujo fim institucional, em essência e por sua lei instituidora, é a prestação do Seguro Social no País, incumbindo, sim, e ao oposto, ao erário municipal/exeqüente/apelante apontar acaso algum bem do acervo autárquico se ponha de fora de tal plexo de finalidades. 7. Como se extrai dos autos, ante o não-cumprimento de referido ônus por parte da Municipalidade envolvida, claramente indevido o IPTU no caso vertente. 8. De rigor o afastamento da afirmada imunidade ao pagamento de taxa descrita na CDA do apenso, vez que 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 602.209 AGR / SP alega a autarquia/embargante/apelada estar abrangida, no particular debatido, pela imunidade recíproca, esta prescrita pela alínea a do inciso VI do art. 150, CF. 9. No âmbito de sua atuação limitadora ao exercício legislativo da tributação, deve a compreensão das imunidades – inclusive evidentemente a sob apreço – ser praticada nos estritos termos em que constitucionalmente positivada cada qual. Claramente aquele dispositivo delimita o alcance objetivo da enfocada proibição constitucional tributante, de tal arte que, acaso desejasse o constituinte plena liberação dos entes federados, por exemplo, ao império de pagamento de todo e qualquer tributo (esta, como se recorda, a modalidade de receita pública mais destacada), puramente assim teria construído sua dicção, valendo-se apenas do substantivo ‘tributo’. 10. Como emana do citado comando constitucional proibitivo, este elegeu alguns impostos, de molde a não sofrerem os entes federativos cobrança a respeito destes, identificando-os, indiciariamente, como impostos sobre a renda, sobre o patrimônio e sobre os serviços. 11. Pertence a guerreada taxa a âmbito totalmente distinto do atinente aos ’impostos’, em nada implicando com aquele alcance da Lei Maior, a abraçar impostos sobre renda, patrimônio e serviços. 12. Nenhuma mácula na angulação analisada, constata-se na conduta administrativa, legítima que se encontra a sujeição da parte apelada, em tese, ao recolhimento de taxas. 13. Inocorre coincidência de base de cálculo entre ditas taxas e o IPTU: a base daquelas se põe sobre o custo da atividade aqui suportada pelo Poder Público, ao passo que dito imposto recai sobre o valor venal da coisa. A tanto também se depreende por meio da CDA, sobre a qual não logra a parte contribuinte demonstrar o contrário. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Supremo Tribunal Federal RE 602.209 AGR / SP alega a autarquia/embargante/apelada estar abrangida, no particular debatido, pela imunidade recíproca, esta prescrita pela alínea a do inciso VI do art. 150, CF. 9. No âmbito de sua atuação limitadora ao exercício legislativo da tributação, deve a compreensão das imunidades – inclusive evidentemente a sob apreço – ser praticada nos estritos termos em que constitucionalmente positivada cada qual. Claramente aquele dispositivo delimita o alcance objetivo da enfocada proibição constitucional tributante, de tal arte que, acaso desejasse o constituinte plena liberação dos entes federados, por exemplo, ao império de pagamento de todo e qualquer tributo (esta, como se recorda, a modalidade de receita pública mais destacada), puramente assim teria construído sua dicção, valendo-se apenas do substantivo ‘tributo’. 10. Como emana do citado comando constitucional proibitivo, este elegeu alguns impostos, de molde a não sofrerem os entes federativos cobrança a respeito destes, identificando-os, indiciariamente, como impostos sobre a renda, sobre o patrimônio e sobre os serviços. 11. Pertence a guerreada taxa a âmbito totalmente distinto do atinente aos ’impostos’, em nada implicando com aquele alcance da Lei Maior, a abraçar impostos sobre renda, patrimônio e serviços. 12. Nenhuma mácula na angulação analisada, constata-se na conduta administrativa, legítima que se encontra a sujeição da parte apelada, em tese, ao recolhimento de taxas. 13. Inocorre coincidência de base de cálculo entre ditas taxas e o IPTU: a base daquelas se põe sobre o custo da atividade aqui suportada pelo Poder Público, ao passo que dito imposto recai sobre o valor venal da coisa. A tanto também se depreende por meio da CDA, sobre a qual não logra a parte contribuinte demonstrar o contrário. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório RE 602.209 AGR / SP 14. Parcial provimento ao apelo e ao reexame para, superado o tema procedimental, em mérito, o julgamento de parcial procedência aos embargos, para exclusão tão- somente da cobrança a título de IPTU, suportando a Municipalidade envolvida honorários advocatícios de 10 % sobre a diferença excluída em prol do INSS, atualizados monetariamente até o seu efetivo desembolso, tanto quanto se sujeitando o INSS ao pagamento de honorários advocatícios de 10% sobre o tributo remanescente em cobrança, atualizados monetariamente até o seu efetivo desembolso, em favor do Município implicado.’ Alega a inconstitucionalidade da cobrança das taxas de limpeza, taxa de conservação, taxa de combate a sinistros, por afronta ao art. 145, II, §1° e §2°, da CF/88, pois ‘os serviços foram prestados uti universi’ (fl. 151), e que relação às já mencionadas taxas e em relação a contribuição de melhoria, ‘referidas exações, embora denominadas de taxas e contribuição de melhoria tem natureza de imposto’ e, assim, ‘não podem ser exigidas do INSS em função da imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, CF/88’ (fl. 151). Os agravos de instrumento que tramitavam no Superior Tribunal de Justiça tiveram seguimento negado, com transito em julgado, conforme informações prestadas (fls. 219/230). Decido. Quanto à alegada violação ao art. 145, II, §1° e §2°, da CF/88, tem-se a ausência do imprescindível prequestionamento, haja vista que a ora recorrente passou a tratar do tema tão somente nos embargos de declaração (fls. 101/104) interpostos contra acórdão prolatado (fls. 76/83), que não tratou do tema, pois tal discussão não havia sido levantada nem na inicial (fls. 03/10), nem na apelação (fls. 66/70). Incidência das súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Quanto a aventada ofensa ao art. 150, VI, ‘a’, da Carta Magna, carece de razão a recorrente. Esta Corte tem entendimento firmado no sentido de que a 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Supremo Tribunal Federal RE 602.209 AGR / SP 14. Parcial provimento ao apelo e ao reexame para, superado o tema procedimental, em mérito, o julgamento de parcial procedência aos embargos, para exclusão tão- somente da cobrança a título de IPTU, suportando a Municipalidade envolvida honorários advocatícios de 10 % sobre a diferença excluída em prol do INSS, atualizados monetariamente até o seu efetivo desembolso, tanto quanto se sujeitando o INSS ao pagamento de honorários advocatícios de 10% sobre o tributo remanescente em cobrança, atualizados monetariamente até o seu efetivo desembolso, em favor do Município implicado.’ Alega a inconstitucionalidade da cobrança das taxas de limpeza, taxa de conservação, taxa de combate a sinistros, por afronta ao art. 145, II, §1° e §2°, da CF/88, pois ‘os serviços foram prestados uti universi’ (fl. 151), e que relação às já mencionadas taxas e em relação a contribuição de melhoria, ‘referidas exações, embora denominadas de taxas e contribuição de melhoria tem natureza de imposto’ e, assim, ‘não podem ser exigidas do INSS em função da imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, CF/88’ (fl. 151). Os agravos de instrumento que tramitavam no Superior Tribunal de Justiça tiveram seguimento negado, com transito em julgado, conforme informações prestadas (fls. 219/230). Decido. Quanto à alegada violação ao art. 145, II, §1° e §2°, da CF/88, tem-se a ausência do imprescindível prequestionamento, haja vista que a ora recorrente passou a tratar do tema tão somente nos embargos de declaração (fls. 101/104) interpostos contra acórdão prolatado (fls. 76/83), que não tratou do tema, pois tal discussão não havia sido levantada nem na inicial (fls. 03/10), nem na apelação (fls. 66/70). Incidência das súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Quanto a aventada ofensa ao art. 150, VI, ‘a’, da Carta Magna, carece de razão a recorrente. Esta Corte tem entendimento firmado no sentido de que a 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório RE 602.209 AGR / SP imunidade prevista neste dispositivo constitucional alberga tão somente os impostos, não se estendendo às taxas municipais. Nesse sentido: ‘CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ECT - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: C.F., art. 150, VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: DISTINÇÃO. TAXAS: IMUNIDADE RECÍPROCA: INEXISTÊNCIA. I. - As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem atividade econômica. A ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca: C.F., art. 22, X; C.F., art. 150, VI, a. Precedentes do STF: RE 424.227/SC, 407.099/RS, 354.897/RS, 356.122/RS e 398.630/SP, Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma. II. - A imunidade tributária recíproca -- C.F., art. 150, VI, a -- somente é aplicável a impostos, não alcançando as taxas. III. - R.E. conhecido e improvido’ (RE 364.202/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/10/04). No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI 846.622/RS, Rel. Min. Cármem Lúcia, Dje 2/8/11; Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.” Alega a União que a orientação consolidada nesta Corte, no sentido de que a imunidade recíproca não se estende às taxas municipais, não estaria a impedir o conhecimento e provimento do recurso extraordinário, sob o argumento de que o “caso concreto revela cobrança de taxas de conservação, limpeza e de combate a sinistros, hipótese diversa daquela tratada no aresto e nas decisões ínsitas à v. decisão ora agravada.” Sustenta que as taxas supracitadas são inconstitucionais por se 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Supremo Tribunal Federal RE 602.209 AGR / SP imunidade prevista neste dispositivo constitucional alberga tão somente os impostos, não se estendendo às taxas municipais. Nesse sentido: ‘CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ECT - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: C.F., art. 150, VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: DISTINÇÃO. TAXAS: IMUNIDADE RECÍPROCA: INEXISTÊNCIA. I. - As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem atividade econômica. A ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca: C.F., art. 22, X; C.F., art. 150, VI, a. Precedentes do STF: RE 424.227/SC, 407.099/RS, 354.897/RS, 356.122/RS e 398.630/SP, Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma. II. - A imunidade tributária recíproca -- C.F., art. 150, VI, a -- somente é aplicável a impostos, não alcançando as taxas. III. - R.E. conhecido e improvido’ (RE 364.202/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/10/04). No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI 846.622/RS, Rel. Min. Cármem Lúcia, Dje 2/8/11; Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.” Alega a União que a orientação consolidada nesta Corte, no sentido de que a imunidade recíproca não se estende às taxas municipais, não estaria a impedir o conhecimento e provimento do recurso extraordinário, sob o argumento de que o “caso concreto revela cobrança de taxas de conservação, limpeza e de combate a sinistros, hipótese diversa daquela tratada no aresto e nas decisões ínsitas à v. decisão ora agravada.” Sustenta que as taxas supracitadas são inconstitucionais por se 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Relatório RE 602.209 AGR / SP referirem a “atividades estatais que se traduzem em prestação de utilidades inespecíficas, indivisíveis e insuscetíveis de serem vinculadas a determinado contribuinte.” Sobre o prequestionamento da questão constitucional suscitada, aduz que a primeira oportunidade que teve para suscitar o tema foi quando da oposição dos embargos de declaração opostos do acórdão recorrido. É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Supremo Tribunal Federal RE 602.209 AGR / SP referirem a “atividades estatais que se traduzem em prestação de utilidades inespecíficas, indivisíveis e insuscetíveis de serem vinculadas a determinado contribuinte.” Sobre o prequestionamento da questão constitucional suscitada, aduz que a primeira oportunidade que teve para suscitar o tema foi quando da oposição dos embargos de declaração opostos do acórdão recorrido. É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563071. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.209 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O agravo regimental não merece prosperar. A União inova nas suas razões de agravo regimental, tal como o fez quando da interposição do recurso extraordinário, ao pretender que esta Corte se pronuncie sobre a questão da constitucionalidade das taxas de conservação, limpeza e combate a sinistros, sob o enfoque dos arts. 145, II, § 2º; e 150, I, da Constituição Federal. Por pertinente, transcrevo o trecho do acórdão proferido nos embargos de declaração opostos na origem (fl. 113): “De fato, se traz o apelo o exame do que discutido, evidente isso a conduzir aos embargos, não à execução, esta em si a não comportar julgamento, com efeito. Logo, inova o INSS indesculpavelmente em seus declaratórios, desejando ‘discutir’ espécies de taxas, quando seus embargos não desceram a tanto.” Com efeito, a União não suscitou a questão relativa às espécies de taxas e sua constitucionalidade nos embargos à execução, tampouco nas contrarrazões de apelação. Inovou nos embargos de declaração opostos na origem, continuou inovando em sede de recurso extraordinário e, agora, no regimental. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. Nesse sentido, o RE nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 6/3/08. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental e aplico multa de 5% sobre o valor da causa, na forma do art. 557, § 2º, do Código Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563072. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.209 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O agravo regimental não merece prosperar. A União inova nas suas razões de agravo regimental, tal como o fez quando da interposição do recurso extraordinário, ao pretender que esta Corte se pronuncie sobre a questão da constitucionalidade das taxas de conservação, limpeza e combate a sinistros, sob o enfoque dos arts. 145, II, § 2º; e 150, I, da Constituição Federal. Por pertinente, transcrevo o trecho do acórdão proferido nos embargos de declaração opostos na origem (fl. 113): “De fato, se traz o apelo o exame do que discutido, evidente isso a conduzir aos embargos, não à execução, esta em si a não comportar julgamento, com efeito. Logo, inova o INSS indesculpavelmente em seus declaratórios, desejando ‘discutir’ espécies de taxas, quando seus embargos não desceram a tanto.” Com efeito, a União não suscitou a questão relativa às espécies de taxas e sua constitucionalidade nos embargos à execução, tampouco nas contrarrazões de apelação. Inovou nos embargos de declaração opostos na origem, continuou inovando em sede de recurso extraordinário e, agora, no regimental. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. Nesse sentido, o RE nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 6/3/08. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental e aplico multa de 5% sobre o valor da causa, na forma do art. 557, § 2º, do Código Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563072. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 602.209 AGR / SP de Processo Civil. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563072. Supremo Tribunal Federal RE 602.209 AGR / SP de Processo Civil. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563072. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.209 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568784 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.209 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568784 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1595218
2011-10-25T00:00:00
2011-11-30T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Inovação recursal. Inadmissibilidade. Ausência de prequestionamento. 1. A recorrente inovou a discussão relativa à constitucionalidade das taxas de conservação, limpeza e combate a sinistros nos embargos de declaração opostos na origem e continuou inovando em sede de recurso extraordinário e, agora, no regimental. Ausência de debate e decisões prévios. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento, com aplicação de multa.
sjur202108
- Acórdão citado: RE 408537 AgR. Número de páginas: 10. Análise: 23/01/2012, GVS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
602209
[ "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 602209 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 209", "S", "úm", "ulas [UNK] 282 e 356 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 209", ".", "REG. NO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 209", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 602. 209", "A", "G", "R", "/", "SP", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 424. 227 / SC", "40", "7", ".", "09", "9", "/", "RS", "35", "4", ".", "89", "7", "/", "RS", "35", "6", ".", "122", "/", "RS", "39", "8", ".", "63", "0", "/", "SP", "R", "E 364. 202 / RS", "A", "I 846. 622 / RS", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 424. 227 / SC", "40", "7", ".", "09", "9", "/", "RS", "35", "4", ".", "89", "7", "/", "RS", "35", "6", ".", "122", "/", "RS", "39", "8", ".", "63", "0", "/", "SP", "R", "E 364. 202 / RS", "A", "I 846. 622 / RS", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 209", "R", "E [UNK] 408. 537- AgR", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 209", "R", "E [UNK] 408. 537- AgR", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "R", "E 602. 209 AGR / SP", "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 209", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 209" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 730 / 731, do CPC", "§ [UNK] do art. 515, CPC", "Lei Maior", "art. 150, inciso VI", "art. 150, inciso VI, alínea ‘ a ’, da Magna Carta", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 730 / 731, do CPC", "§ [UNK] do art. 515, CPC", "Lei Maior", "art. 150, inciso VI, alínea ‘ a ’, da Magna Carta", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "al", "íne", "a a do inciso VI do art. 150, CF.", "Lei Maior", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "al", "íne", "a a do inciso VI do art. 150, CF.", "Lei Maior", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 145, II, § 1° e § 2°, da CF / 88", "art. 150, VI, a, CF / 88", "art. 145, II, § 1° e § 2°, da CF / 88", "art. 150, VI, ‘ a ’, da Carta Magna", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 145, II, § 1° e § 2°, da CF / 88", "art. 150, VI, a, CF / 88", "art. 145, II, § 1° e § 2°, da CF / 88", "art. 150, VI, ‘ a ’, da Carta Magna", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C. F., art. 150, VI, a", "C. F.", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 145, II, § [UNK]; e 150, I, da Constituição Federal", "art. 557, § [UNK], do Código", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 145, II, § [UNK]; e 150, I, da Constituição Federal", "art. 557, § [UNK], do Código Documento", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "País", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "PR", "OC", "UR", "AD", "OR", "IA", "-", "G", "ER", "AL DA FAZENDA NACIONAL", "M", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "PR", "OC", "UR", "AD", "OR", "IA", "-", "G", "ER", "AL DA FAZENDA NACIONAL", "M", "União", "Instituto Nacional do Seguro Social", "IN", "SS", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "IN", "SS", "Fazenda Pública", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "PR", "OC", "UR", "AD", "OR", "IA", "-", "G", "ER", "AL DA FAZENDA NACIONAL", "União", "Instituto Nacional do Seguro Social", "IN", "SS", "Tribunal Regional 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"IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "PR", "OC", "UR", "AD", "OR", "IA", "-", "G", "ER", "AL DA FAZENDA NACIONAL", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "PR", "OC", "UR", "AD", "OR", "IA", "-", "GER", "AL DA FAZENDA NACIONAL", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "D", "IA", "S TOFFOLI", "Cá", "r", "men Lúcia", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Carlos Velloso", "Carlos Velloso", "Cá", "r", "mem Lúcia", "Carlos Velloso", "Carlos Velloso", "Cá", "r", "mem Lúcia", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Ce", "zar Peluso", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Ce", "zar Peluso", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian" ], "TEMPO": [ "25", "/", "10", "/", "2011", "25 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", "/", "11", "/", "2011", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "10", "/", "04", "2", "/", "8", "/", "11", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "10", "/", "04", "2", "/", "8", "/", "11", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.944 BAHIA RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :LUIZ ANTÔNIO ATHAYDE SOUTO ADV.(A/S) :JOSÉ ANTÔNIO GARRIDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO SAGRADA FAMÍLIA ADV.(A/S) :OTONEY REIS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. GRAVAÇÃO DE CONVERSA TELEFÔNICA REALIZADA POR UM DOS INTERLOCUTORES. UTILIZAÇÃO EM PROCESSO JUDICIAL. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. CONTROVÉRSIA REFERENTE À NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA. ALEGAÇÃO DE OFENSA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. 1. É lícita a prova produzida a partir de gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, quando não existir causa legal de sigilo ou de reserva da conversação. 2. Não caracteriza cerceamento de defesa a decisão que, motivadamente, indefere determinada diligência probatória. Precedentes: AIs 382.214, da relatoria do ministro Celso de Mello; e 144.548-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence. Agravo regimental desprovido. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621303. Supremo Tribunal Federal DJe 19/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão RE 630.944 AGR / BA A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621303. Supremo Tribunal Federal RE 630.944 AGR / BA A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.944 BAHIA RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :LUIZ ANTÔNIO ATHAYDE SOUTO ADV.(A/S) :JOSÉ ANTÔNIO GARRIDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO SAGRADA FAMÍLIA ADV.(A/S) :OTONEY REIS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão pela qual neguei seguimento ao recurso extraordinário porque: a) o aresto impugnado afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (AI 560.223-AgR); b) não vulnera as garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa a decisão que, motivadamente, indefere determinada diligência probatória (AI 144.548-AgR). 2. Pois bem, a parte agravante reitera as alegações expendidas no apelo extremo e pugna pelo provimento do recurso. 3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * MOM/ Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621304. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.944 BAHIA RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :LUIZ ANTÔNIO ATHAYDE SOUTO ADV.(A/S) :JOSÉ ANTÔNIO GARRIDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO SAGRADA FAMÍLIA ADV.(A/S) :OTONEY REIS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão pela qual neguei seguimento ao recurso extraordinário porque: a) o aresto impugnado afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (AI 560.223-AgR); b) não vulnera as garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa a decisão que, motivadamente, indefere determinada diligência probatória (AI 144.548-AgR). 2. Pois bem, a parte agravante reitera as alegações expendidas no apelo extremo e pugna pelo provimento do recurso. 3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * MOM/ Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.944 BAHIA V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Eis o teor da decisão agravada (fls. 659-661): “Trata-se de recurso extraordinário, manejado com suporte na alínea ‘a’ do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Acórdão assim ementado, na parte que interessa ao deslinde da causa (fls. 405): ‘APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA COM PEDIDO DE DANO MORAL E MATERIAL. CONTRATO VERBAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. VALORES PAGOS EM DINHEIRO SEM CONTRA RECIBO. USURPAÇÃO. GRAVAÇÃO DE CONVERSAÇÃO TELEFÔNICA. PROVA LÍCITA. PRELIMINAR REJEITA. AGRAVO RETIDO IMPROVIDO. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. […] Mérito – confirmado por meio de provas testemunhal e pericial em gravação de conversação telefônica, que o réu se apropriou indevidamente de valores em dinheiro destinado à formação de uma Fundação, impõe-se à restituição, com juros e correção, a título de dano material, constituindo, ainda, em dano moral, o vexame e abalo da imagem e bom nome da autora, a reclamar a obrigação de indenizar, não merecendo reforma a sentença que o arbitrou em valores módicos. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621305. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.944 BAHIA V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Eis o teor da decisão agravada (fls. 659-661): “Trata-se de recurso extraordinário, manejado com suporte na alínea ‘a’ do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Acórdão assim ementado, na parte que interessa ao deslinde da causa (fls. 405): ‘APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA COM PEDIDO DE DANO MORAL E MATERIAL. CONTRATO VERBAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. VALORES PAGOS EM DINHEIRO SEM CONTRA RECIBO. USURPAÇÃO. GRAVAÇÃO DE CONVERSAÇÃO TELEFÔNICA. PROVA LÍCITA. PRELIMINAR REJEITA. AGRAVO RETIDO IMPROVIDO. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. […] Mérito – confirmado por meio de provas testemunhal e pericial em gravação de conversação telefônica, que o réu se apropriou indevidamente de valores em dinheiro destinado à formação de uma Fundação, impõe-se à restituição, com juros e correção, a título de dano material, constituindo, ainda, em dano moral, o vexame e abalo da imagem e bom nome da autora, a reclamar a obrigação de indenizar, não merecendo reforma a sentença que o arbitrou em valores módicos. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO RE 630.944 AGR / BA APELO IMPROVIDO.’ 2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa aos incisos X, XII, LV e LVI do art. 5º da Magna Carta. 3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque a decisão recorrida afina com a jurisprudência desta nossa Casa de Justiça, firmada no sentido de que é lícita a prova produzida a partir de gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, quando não existe causa legal de sigilo ou de reserva da conversação. Leia-se, a propósito, a ementa do AI 560.223-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRAVAÇÃO AMBIENTAL FEITA POR UM INTERLOCUTOR SEM CONHECIMENTO DOS OUTROS: CONSTITUCIONALIDADE. AUSENTE CAUSA LEGAL DE SIGILO DO CONTE ÚDO DO DIÁLOGO. PRECEDENTES. 1. A gravação ambiental meramente clandestina, realizada por um dos interlocutores, não se confunde com a interceptação, objeto cláusula constitucional de reserva de jurisdição. 2. É lícita a prova consistente em gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se não há causa legal específica de sigilo nem de reserva da conversação. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido.’ 4. Outros precedentes: AI 578.858-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e RE 402.717-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso. 5. De mais a mais, ressalto que a jurisprudência do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621305. Supremo Tribunal Federal RE 630.944 AGR / BA APELO IMPROVIDO.’ 2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa aos incisos X, XII, LV e LVI do art. 5º da Magna Carta. 3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque a decisão recorrida afina com a jurisprudência desta nossa Casa de Justiça, firmada no sentido de que é lícita a prova produzida a partir de gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, quando não existe causa legal de sigilo ou de reserva da conversação. Leia-se, a propósito, a ementa do AI 560.223-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRAVAÇÃO AMBIENTAL FEITA POR UM INTERLOCUTOR SEM CONHECIMENTO DOS OUTROS: CONSTITUCIONALIDADE. AUSENTE CAUSA LEGAL DE SIGILO DO CONTE ÚDO DO DIÁLOGO. PRECEDENTES. 1. A gravação ambiental meramente clandestina, realizada por um dos interlocutores, não se confunde com a interceptação, objeto cláusula constitucional de reserva de jurisdição. 2. É lícita a prova consistente em gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se não há causa legal específica de sigilo nem de reserva da conversação. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido.’ 4. Outros precedentes: AI 578.858-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e RE 402.717-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso. 5. De mais a mais, ressalto que a jurisprudência do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO RE 630.944 AGR / BA Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que não vulnera as garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa a decisão que, motivadamente, indefere determinada diligência probatória. Precedentes: AIs 144.548- AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; e 382.214, da relatoria do ministro Celso de Mello. Ante o exposto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.” 6. Muito bem. Após reexaminar a controvérsia, concluo que as razões recursais não se mostram aptas à alteração do equacionamento jurídico dado ao caso. 7. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão agravada à jurisprudência firmada por esta nossa Casa de Justiça, nego provimento ao agravo regimental. 8. É como voto. * * * * * * * * * * * * 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621305. Supremo Tribunal Federal RE 630.944 AGR / BA Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que não vulnera as garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa a decisão que, motivadamente, indefere determinada diligência probatória. Precedentes: AIs 144.548- AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; e 382.214, da relatoria do ministro Celso de Mello. Ante o exposto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.” 6. Muito bem. Após reexaminar a controvérsia, concluo que as razões recursais não se mostram aptas à alteração do equacionamento jurídico dado ao caso. 7. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão agravada à jurisprudência firmada por esta nossa Casa de Justiça, nego provimento ao agravo regimental. 8. É como voto. * * * * * * * * * * * * 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1621305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.944 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO ATHAYDE SOUTO ADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO GARRIDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO SAGRADA FAMÍLIA ADV.(A/S) : OTONEY REIS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S) Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567394 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.944 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO ATHAYDE SOUTO ADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO GARRIDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO SAGRADA FAMÍLIA ADV.(A/S) : OTONEY REIS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S) Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567394 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1642177
2011-10-25T00:00:00
2011-12-19T00:00:00
Agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. GRAVAÇÃO DE CONVERSA TELEFÔNICA REALIZADA POR UM DOS INTERLOCUTORES. UTILIZAÇÃO EM PROCESSO JUDICIAL. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. CONTROVÉRSIA REFERENTE À NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA. ALEGAÇÃO DE OFENSA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. 1. É lícita a prova produzida a partir de gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, quando não existir causa legal de sigilo ou de reserva da conversação. 2. Não caracteriza cerceamento de defesa a decisão que, motivadamente, indefere determinada diligência probatória. Precedentes: AIs 382.214, da relatoria do ministro Celso de Mello; e 144.548-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence. Agravo regimental desprovido.
sjur203274
- Acórdãos citados: AI 144548 AgR, AI 560223 AgR. - Decisões monocráticas citadas: AI 382214. Número de páginas: 7. Análise: 23/01/2012, GVS.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
630944
null
RE-AgR
acordaos
RE 630944 AgR
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AGTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO ATHAYDE SOUTO ADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO GARRIDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO SAGRADA FAMÍLIA ADV.(A/S) : OTONEY REIS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.294 SERGIPE RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :THAIS LOPES SEIXAS PEREIRA ADV.(A/S) :ROSÂNGELA SILVA MARIANO Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Estabilidade provisória. Gestante. 3. Cargo em comissão. 4. Benefício constitucionalmente assegurado. Precedentes do STF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ayres Britto na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551642. Supremo Tribunal Federal DJe 16/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.294 SERGIPE RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :THAIS LOPES SEIXAS PEREIRA ADV.(A/S) :ROSÂNGELA SILVA MARIANO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em agravo de instrumento contra decisão de minha lavra na qual neguei seguimento ao recurso, ao fundamento de que a matéria versada nos autos tem jurisprudência assentada na Corte. No agravo regimental, sustenta-se que “Às servidoras públicas ocupantes de cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, não se aplica o direito à estabilidade provisória conferida às empregadas gestantes pela Constituição Federal”. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551643. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.294 SERGIPE RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :THAIS LOPES SEIXAS PEREIRA ADV.(A/S) :ROSÂNGELA SILVA MARIANO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em agravo de instrumento contra decisão de minha lavra na qual neguei seguimento ao recurso, ao fundamento de que a matéria versada nos autos tem jurisprudência assentada na Corte. No agravo regimental, sustenta-se que “Às servidoras públicas ocupantes de cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, não se aplica o direito à estabilidade provisória conferida às empregadas gestantes pela Constituição Federal”. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551643. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.294 SERGIPE V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Nas razões do agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal. A parte agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão. Visa apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência desta Corte segundo a qual o Estado deve dispensar efetiva proteção à maternidade e ao nascituro. Com efeito, o art. 10, II, “b”, do ADCT estabeleceu, em favor da empregada gestante, estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez (AI-ED 448.572, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 16.12.2010). Desse modo, as servidoras públicas e empregadas gestantes, independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença- maternidade e à estabilidade provisória, conforme o art. 7º, XVIII, da Constituição e o art. 10, II, “b”, do ADCT. Nesse sentido, confira-se, além dos precedentes citados na decisão monocrática, o AI-AgR 804.574, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.9.2011, cuja ementa dispõe: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CARGO EM COMISSÃO. SERVIDORA GESTANTE. EXONERAÇÃO. DIREITO À INDENIZAÇÃO. 1. As servidoras públicas e empregadas gestantes, inclusive as contratadas a título precário, independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença-maternidade de cento e vinte dias e à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551644. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.294 SERGIPE V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Nas razões do agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal. A parte agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão. Visa apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência desta Corte segundo a qual o Estado deve dispensar efetiva proteção à maternidade e ao nascituro. Com efeito, o art. 10, II, “b”, do ADCT estabeleceu, em favor da empregada gestante, estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez (AI-ED 448.572, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 16.12.2010). Desse modo, as servidoras públicas e empregadas gestantes, independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença- maternidade e à estabilidade provisória, conforme o art. 7º, XVIII, da Constituição e o art. 10, II, “b”, do ADCT. Nesse sentido, confira-se, além dos precedentes citados na decisão monocrática, o AI-AgR 804.574, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.9.2011, cuja ementa dispõe: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CARGO EM COMISSÃO. SERVIDORA GESTANTE. EXONERAÇÃO. DIREITO À INDENIZAÇÃO. 1. As servidoras públicas e empregadas gestantes, inclusive as contratadas a título precário, independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença-maternidade de cento e vinte dias e à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551644. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES RE 612.294 AGR / SE Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551644. Supremo Tribunal Federal RE 612.294 AGR / SE Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1551644. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.294 PROCED. : SERGIPE RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : THAIS LOPES SEIXAS PEREIRA ADV.(A/S) : ROSÂNGELA SILVA MARIANO Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567390 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.294 PROCED. : SERGIPE RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : THAIS LOPES SEIXAS PEREIRA ADV.(A/S) : ROSÂNGELA SILVA MARIANO Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567390 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1571534
2011-10-25T00:00:00
2011-11-16T00:00:00
Negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Estabilidade provisória. Gestante. 3. Cargo em comissão. 4. Benefício constitucionalmente assegurado. Precedentes do STF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur201541
- Acórdãos citados: AI 448572 ED, AI 804574 AgR. Número de páginas: 5. Análise: 06/12/2011, TRX.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
612294
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00007 INC-00018 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED ADCT \r\n ART-00010 INC-00002 LET-B \r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS" ]
RE-AgR
acordaos
RE 612294 AgR
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AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : THAIS LOPES SEIXAS PEREIRA ADV.(A/S) : ROSÂNGELA SILVA MARIANO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 294", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 294", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 294", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 294", "A", "I", "-", "E", "D 448. 572", "A", "I", "-", "Ag", "R", "80", "4", ".", "57", "4", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612.", "A", "I", "-", "E", "D 448.", "57", "2", "A", "I", "-", "Ag", "R 804. 574", "R", "E 612. 294 AGR /", "SE", "R", "E 612. 294 AGR / SE", "2", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 294", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 294" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 10, II, “ b ”, do ADCT", "art. [UNK], XVIII, da Constituição", "art. 10, II, “ b ”, do ADCT", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 10, II, “ b ”, do ADCT", "art. [UNK], XVIII, da Constituição", "art. 10, II, “ b ”, do ADCT", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2.", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SE", "R", "G", "IP", "E", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "Brasília", "SE", "R", "G", "IP", "E", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "SE", "R", "G", "IP", "E", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE", "ES", "TA", "DO DE SERGIPE" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "ST", "F", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "G", "IL", "MA", "R MENDES", "T", "HA", "IS LOPES SEIXAS PEREIRA", "R", "OS", "Â", "NG", "EL", "A SILVA MARIANO", "Ay", "res Britto", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "T", "HA", "IS LOPES SEIXAS PEREIRA", "R", "OS", "Â", "NG", "EL", "A SILVA MARIANO", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "T", "HA", "IS LOPES SEIXAS PEREIRA", "R", "OS", "Â", "NG", "EL", "A SILVA MARIANO", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Celso de Mello", "Luiz Fux", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Celso de Mello", "Luiz Fux", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "SE", "R", "G", "IP", "E", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "T", "HA", "IS LOPES SEIXAS PEREIRA A", "R", "OS", "Â", "NG", "EL", "A SILVA MARIANO", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab", "SE", "R", "G", "IP", "E", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "T", "HA", "IS LOPES SEIXAS PEREIRA", "R", "OS", "Â", "NG", "EL", "A SILVA MARIANO", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab" ], "TEMPO": [ "25", "/", "10", "/", "2011", "25 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "11", "/", "2011", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "16", ".", "12", ".", "2010", "16", ".", "9", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "16", ".", "12", ".", "2010", "16", ".", "9", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.316 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :CLOTILDES DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELO MACIEL ÁVILA E OUTRO(A/S) EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Gratificação Provisória. MP nº 1.587/97 convertida na Lei nº 9.651/98. Extensão a inativos. Natureza da vantagem. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem decidiu que a Gratificação Provisória deveria ser estendida aos inativos por força do art. 40, § 8º, da Constituição Federal, haja vista o seu caráter genérico. 2. A reforma do acórdão recorrido demandaria a interpretação da legislação infraconstitucional aplicável e o reexame dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565822. Supremo Tribunal Federal DJe 01/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 552.316 AGR / RJ MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565822. Supremo Tribunal Federal RE 552.316 AGR / RJ MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565822. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.316 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :CLOTILDES DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELO MACIEL ÁVILA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Comissão Nacional de Energia Nuclear interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou seguimento ao recurso extraordinário (fls. 257 a 264), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Comissão Nacional de Energia Nuclear interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO PROVISÓRIA INSTITUÍDA PELA MP 1.585/97. EXTENSÃO AOS INATIVOS. - A Gratificação Provisória (GP) instituída pela Medida Provisória nº 1.858, de 09/09/97, sucessivamente reeditada e afinal convertida na Lei nº 9.651/98, em benefício de Procuradores e Advogados de autarquias e fundações públicas federais, Assistentes Jurídicos e Defensores Públicos, consubstancia, em essência, reajuste geral na remuneração de todos e não vantagem de caráter individual ou relativa à natureza e ao local de trabalho. Portanto, deve ser estendida aos inativos, em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.316 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :CLOTILDES DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELO MACIEL ÁVILA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Comissão Nacional de Energia Nuclear interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou seguimento ao recurso extraordinário (fls. 257 a 264), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Comissão Nacional de Energia Nuclear interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO PROVISÓRIA INSTITUÍDA PELA MP 1.585/97. EXTENSÃO AOS INATIVOS. - A Gratificação Provisória (GP) instituída pela Medida Provisória nº 1.858, de 09/09/97, sucessivamente reeditada e afinal convertida na Lei nº 9.651/98, em benefício de Procuradores e Advogados de autarquias e fundações públicas federais, Assistentes Jurídicos e Defensores Públicos, consubstancia, em essência, reajuste geral na remuneração de todos e não vantagem de caráter individual ou relativa à natureza e ao local de trabalho. Portanto, deve ser estendida aos inativos, em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 552.316 AGR / RJ cumprimento à Constituição Federal, art.40, § 8º, sob pena de haver quebra do princípio da soberania. Precedentes do STJ (ROMS 7500/RJ). - Apelação provida’ (fl. 131). Opostos embargos de declaração (fls. 136 a 139), foram rejeitados (fls. 161 a 164). Alega a recorrente violação dos artigos 2º, 40, § 8º, e 37, inciso X, da Constituição Federal, uma vez que ‘a natureza jurídica desta gratificação é propter laborem, já que a sua concessão é inerente ao efetivo exercício das funções relativas ao cargo ocupado’ (fl. 190). Contra-arrazoado (fls. 202 a 212), o recurso extraordinário (fls. 183 a 196) foi admitido (fls. 229/230). Decido. Anote-se, inicialmente, que a recorrente foi intimado do acórdão dos embargos de declaração em 9/6/03, conforme expresso na certidão de folha 167, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A irresignação não merece prosperar. No tocante ao artigo 37, inciso X, da Constituição Federal, apontado como violado, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Por outro lado, o Tribunal de origem, interpretando a legislação infraconstitucional pertinente e as provas que permeiam a lide, concluiu que ‘a vantagem consubstancia, em essência, reajuste geral na remuneração de todos os Procuradores Autárquicos e não vantagem de caráter individual ou relativa à 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Supremo Tribunal Federal RE 552.316 AGR / RJ cumprimento à Constituição Federal, art.40, § 8º, sob pena de haver quebra do princípio da soberania. Precedentes do STJ (ROMS 7500/RJ). - Apelação provida’ (fl. 131). Opostos embargos de declaração (fls. 136 a 139), foram rejeitados (fls. 161 a 164). Alega a recorrente violação dos artigos 2º, 40, § 8º, e 37, inciso X, da Constituição Federal, uma vez que ‘a natureza jurídica desta gratificação é propter laborem, já que a sua concessão é inerente ao efetivo exercício das funções relativas ao cargo ocupado’ (fl. 190). Contra-arrazoado (fls. 202 a 212), o recurso extraordinário (fls. 183 a 196) foi admitido (fls. 229/230). Decido. Anote-se, inicialmente, que a recorrente foi intimado do acórdão dos embargos de declaração em 9/6/03, conforme expresso na certidão de folha 167, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A irresignação não merece prosperar. No tocante ao artigo 37, inciso X, da Constituição Federal, apontado como violado, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Por outro lado, o Tribunal de origem, interpretando a legislação infraconstitucional pertinente e as provas que permeiam a lide, concluiu que ‘a vantagem consubstancia, em essência, reajuste geral na remuneração de todos os Procuradores Autárquicos e não vantagem de caráter individual ou relativa à 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório RE 552.316 AGR / RJ natureza e ao local de trabalho, não havendo óbices a sua extensão aos inativos’ (fl. 115). A jurisprudência da Corte está consolidada no sentido de que a discussão acerca da possibilidade de extensão aos inativos e pensionistas de gratificação concedida aos servidores em atividade, bem como sobre a natureza jurídica da vantagem, está restrita à interpretação da legislação infraconstitucional e ao reexame dos fatos e provas que compõem a lide, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÍDICA [GDAJ]. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. FATOS E PROVAS. INVIABILIDADE DO RECURSO. 1. O Tribunal de origem decidiu que a Gratificação de Desempenho de Atividade Jurídica --- GDAJ --- não deve ser estendida aos inativos, vez que não possui caráter geral. 2. Entendimento diverso exigiria o reexame de legislação infraconstitucional e do conjunto fático- probatório, procedimento vedado nesta instância. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 510.309/RJ- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 5/6/08). No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 436.857/PE, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 25/11/09; AI nº 627.125/RJ, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 10/8/09; e RE nº 431.135/RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/6/09. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.” 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Supremo Tribunal Federal RE 552.316 AGR / RJ natureza e ao local de trabalho, não havendo óbices a sua extensão aos inativos’ (fl. 115). A jurisprudência da Corte está consolidada no sentido de que a discussão acerca da possibilidade de extensão aos inativos e pensionistas de gratificação concedida aos servidores em atividade, bem como sobre a natureza jurídica da vantagem, está restrita à interpretação da legislação infraconstitucional e ao reexame dos fatos e provas que compõem a lide, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÍDICA [GDAJ]. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. FATOS E PROVAS. INVIABILIDADE DO RECURSO. 1. O Tribunal de origem decidiu que a Gratificação de Desempenho de Atividade Jurídica --- GDAJ --- não deve ser estendida aos inativos, vez que não possui caráter geral. 2. Entendimento diverso exigiria o reexame de legislação infraconstitucional e do conjunto fático- probatório, procedimento vedado nesta instância. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 510.309/RJ- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 5/6/08). No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 436.857/PE, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 25/11/09; AI nº 627.125/RJ, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 10/8/09; e RE nº 431.135/RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/6/09. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.” 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório RE 552.316 AGR / RJ Aduz a agravante, in verbis, que: “(...) a decisão recorrida ofende o princípio constitucional da legalidade e os dispositivos constitucionais dispostos nos arts. 37 e 40, parágrafo 8º, dentre outros. Ademais, mesmo que haja fundamento infra, entendemos que, diante do Princípio da Hierarquia das Normas e da Supremacia da Constituição, não há como considerar que uma questão infraconstitucional tenha força para, por si só, manter o acórdão recorrido, pois a norma constitucional pertinente sempre deverá ser considerada. (...) Quanto à negativa do recurso extraordinário sob a fundamentação da necessidade de análise probatória, entendemos que tal argumentação não procede, uma vez que esta Corte já julgou casos semelhantes, analisando tão somente a legislação acerca da matéria. (...) Conquanto esse Colendo Tribunal já tenha se manifestado sobre o pagamento da GDAJ aos servidores inativos, na presente lide, discute-se acerca da gratificação provisória, a qual possui normativo completamente diverso” (fls. 260 e 264). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Supremo Tribunal Federal RE 552.316 AGR / RJ Aduz a agravante, in verbis, que: “(...) a decisão recorrida ofende o princípio constitucional da legalidade e os dispositivos constitucionais dispostos nos arts. 37 e 40, parágrafo 8º, dentre outros. Ademais, mesmo que haja fundamento infra, entendemos que, diante do Princípio da Hierarquia das Normas e da Supremacia da Constituição, não há como considerar que uma questão infraconstitucional tenha força para, por si só, manter o acórdão recorrido, pois a norma constitucional pertinente sempre deverá ser considerada. (...) Quanto à negativa do recurso extraordinário sob a fundamentação da necessidade de análise probatória, entendemos que tal argumentação não procede, uma vez que esta Corte já julgou casos semelhantes, analisando tão somente a legislação acerca da matéria. (...) Conquanto esse Colendo Tribunal já tenha se manifestado sobre o pagamento da GDAJ aos servidores inativos, na presente lide, discute-se acerca da gratificação provisória, a qual possui normativo completamente diverso” (fls. 260 e 264). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565820. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.316 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) sobressai evidente a natureza genérica da remuneração, não se afigurando razoável a exclusão dos apelantes, inativados na condição de Procuradores Autárquicos Federais. A vantagem consubstancia, em essência, reajuste geral na remuneração de todos os Procuradores Autárquicos e não vantagem de caráter individual ou relativa à natureza e ao local de trabalho, não havendo óbices a sua extensão aos inativos. Assim sendo, na espécie, pena de haver quebra do princípio da isonomia, deve a Gratificação Provisória ser estendida aos seus ocupantes inativos da mesma área. (...) Por tais motivos, dou provimento à apelação para, reformando o julgado, assegurar aos impetrantes-apelantes o recebimento da Gratificação Provisória (GP) instituída pela Medida Provisória nº 1.585, de 09/09/97, sucessivamente reeditada e afinal convertida na Lei nº 9.651, de 27/05/98, enquanto perdurar o direito à percepção da vantagem para os servidores ativos do quadro de advogados da CNEN” (fls. 115/116). Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal de origem decidiu que a Gratificação Provisória deveria ser estendida aos inativos por força do art. 40, § 8º, haja vista o seu caráter genérico. Assim, para se chegar a entendimento diverso sobre a natureza da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565819. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.316 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) sobressai evidente a natureza genérica da remuneração, não se afigurando razoável a exclusão dos apelantes, inativados na condição de Procuradores Autárquicos Federais. A vantagem consubstancia, em essência, reajuste geral na remuneração de todos os Procuradores Autárquicos e não vantagem de caráter individual ou relativa à natureza e ao local de trabalho, não havendo óbices a sua extensão aos inativos. Assim sendo, na espécie, pena de haver quebra do princípio da isonomia, deve a Gratificação Provisória ser estendida aos seus ocupantes inativos da mesma área. (...) Por tais motivos, dou provimento à apelação para, reformando o julgado, assegurar aos impetrantes-apelantes o recebimento da Gratificação Provisória (GP) instituída pela Medida Provisória nº 1.585, de 09/09/97, sucessivamente reeditada e afinal convertida na Lei nº 9.651, de 27/05/98, enquanto perdurar o direito à percepção da vantagem para os servidores ativos do quadro de advogados da CNEN” (fls. 115/116). Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal de origem decidiu que a Gratificação Provisória deveria ser estendida aos inativos por força do art. 40, § 8º, haja vista o seu caráter genérico. Assim, para se chegar a entendimento diverso sobre a natureza da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565819. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 552.316 AGR / RJ vantagem, haveria a necessidade da interpretação da legislação infraconstitucional pertinente e do reexame do conjunto fático-probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. 1. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO PROVISÓRIA. MEDIDA PROVISÓRIA 1.587/1997, CONVERTIDA NA LEI 9.651/1998. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. 2. NATUREZA DA VANTAGEM. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que as vantagens de natureza genérica, concedidas ao pessoal da ativa, são extensíveis aos aposentados e pensionistas, em nome do princípio da isonomia, nos termos do § 8º do art. 40 (na redação anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas a servidores públicos é de índole eminentemente infraconstitucional. Agravo regimental desprovido” (AI nº 802.545/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 21/3/11). “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO PROVISÓRIA. EXTENSÃO. LEI 9.651/98. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. Concluir de forma diversa do assentado no julgado do Tribunal de origem demandaria a prévia análise de fatos (Súmula STF 279) e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 9.651/98), hipóteses inviáveis em sede extraordinária. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido” (AI nº 603.160/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565819. Supremo Tribunal Federal RE 552.316 AGR / RJ vantagem, haveria a necessidade da interpretação da legislação infraconstitucional pertinente e do reexame do conjunto fático-probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. 1. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO PROVISÓRIA. MEDIDA PROVISÓRIA 1.587/1997, CONVERTIDA NA LEI 9.651/1998. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. 2. NATUREZA DA VANTAGEM. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que as vantagens de natureza genérica, concedidas ao pessoal da ativa, são extensíveis aos aposentados e pensionistas, em nome do princípio da isonomia, nos termos do § 8º do art. 40 (na redação anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas a servidores públicos é de índole eminentemente infraconstitucional. Agravo regimental desprovido” (AI nº 802.545/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 21/3/11). “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO PROVISÓRIA. EXTENSÃO. LEI 9.651/98. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. Concluir de forma diversa do assentado no julgado do Tribunal de origem demandaria a prévia análise de fatos (Súmula STF 279) e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 9.651/98), hipóteses inviáveis em sede extraordinária. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido” (AI nº 603.160/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565819. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 552.316 AGR / RJ Ellen Gacie, DJe de 8/10/10). “RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação Provisória. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279 e 280. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República” (RE nº 400.641/RN, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 18/12/09). Nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565819. Supremo Tribunal Federal RE 552.316 AGR / RJ Ellen Gacie, DJe de 8/10/10). “RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação Provisória. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279 e 280. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República” (RE nº 400.641/RN, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 18/12/09). Nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1565819. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.316 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : CLOTILDES DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELO MACIEL ÁVILA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568777 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.316 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : CLOTILDES DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELO MACIEL ÁVILA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568777 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1597182
2011-10-25T00:00:00
2011-12-01T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Gratificação Provisória. MP nº 1.587/97 convertida na Lei nº 9.651/98. Extensão a inativos. Natureza da vantagem. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem decidiu que a Gratificação Provisória deveria ser estendida aos inativos por força do art. 40, § 8º, da Constituição Federal, haja vista o seu caráter genérico. 2. A reforma do acórdão recorrido demandaria a interpretação da legislação infraconstitucional aplicável e o reexame dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.
sjur202182
- Acórdãos citados: RE 400641, AI 603160 AgR, AI 802545 AgR. Número de páginas: 10. Análise: 06/01/2012, KBP. Revisão: 27/01/2012, ACG.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
552316
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00040 PAR-00008 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-009651 ANO-1998\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-FED MPR-001587 ANO-1997\r\n MEDIDA PROVISÓRIA\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 552316 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : CLOTILDES DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELO MACIEL ÁVILA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 552. 316", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "R", "E 552. 316", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 552. 316", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 552. 316", "R", "E 552. 316", "R", "OM", "S 7500 / RJ", "Que", "st", "Ag", "ravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "R", "OM", "S 7500 / RJ", "Ag", "ravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "R", "E [UNK] 510. 309 / RJ- AgR", "R", "E [UNK] 436. 857 / PE", "A", "I [UNK] 627. 125 / RJ", "R", "E [UNK] 431. 135 / RJ", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "S", "úm", "ula [UNK] 279 desta Corte", "R", "E [UNK] 510. 309 / RJ- AgR", "R", "E [UNK] 436. 857 / PE", "A", "I [UNK] 627. 125 / RJ", "R", "E [UNK] 431. 135 / RJ", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 552. 316", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 552. 316", "R", "E 552. 316", "A", "G", "R /", "RJ", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "A", "I [UNK] 802. 545 / DF- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 279", "S", "úm", "ula STF 279", "A", "I [UNK] 603. 160 / RJ- AgR", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "A", "I [UNK] 802. 545 / DF- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 279", "S", "úm", "ula STF 279", "A", "I [UNK] 603. 160 / RJ- AgR", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "R", "E [UNK] 400. 641 / RN", "R", "E 552. 316 AGR / RJ", "R", "E [UNK] 400. 641 / RN", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 552. 316", "Á", "RI", "O 552. 316" ], "LEGISLACAO": [ "MP [UNK] 1. 587 / 97", "Lei [UNK] 9. 651 / 98", "art. 40, § [UNK], da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP 1. 585 / 97", "Med", "ida Provisória [UNK] 1. 858", "Lei [UNK] 9. 651 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP 1. 585 / 97", "Med", "ida Provisória [UNK] 1. 858", "Lei [UNK] 9. 651 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal, art. 40, § [UNK]", "artigos [UNK], 40, § [UNK], e 37, inciso X, da Constituição Federal", "artigo 37, inciso X, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal, art. 40, § [UNK]", "artigos [UNK], 40, § [UNK], e 37, inciso X, da Constituição Federal", "artigo 37, inciso X, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557, caput, do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557, caput, do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Med", "ida Provisória [UNK] 1. 585", "Lei [UNK] 9. 651", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Med", "ida Provisória [UNK] 1. 585", "Lei [UNK] 9. 651", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "M", "ED", "ID", "A PROVISÓRIA 1. 587 / 1997", "L", "EI 9. 651 / 1998", "§ [UNK] do art. 40", "EC 41 / 2003", "L", "EI 9. 651 / 98", "Lei 9. 651 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "M", "ED", "ID", "A PROVISÓRIA 1. 587 / 1997", "L", "EI 9. 651 / 1998", "§ [UNK] do art. 40 ( na redação anterior à", "EC 41 / 2003 ) da Magna Carta", "L", "EI 9. 651 / 98", "Lei 9. 651 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 40, § [UNK], da CF", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 40, § [UNK], da CF", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO DE JANEIRO", "Brasília", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CO", "MI", "SS", "ÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR", "CN", "EN", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "A", "G", "R", "/", "RJ", 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"P", "-", "Brasil", "Supremo", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CO", "MI", "SS", "ÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR", "CN", "EN", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CO", "MI", "SS", "ÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR", "CN", "EN", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "D", "IA", "S TOFFOLI", "C", "LO", "TI", "L", "DE", "S DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE", "MA", "RC", "EL", "O MACIEL ÁVILA", "Cá", "r", "men Lúcia", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "C", "LO", "TI", "L", "DE", "S DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE", "MA", "RC", "EL", "O MACIEL ÁVILA", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "C", "LO", "TI", "L", "DE", "S DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE", "MA", "RC", "EL", "O MACIEL ÁVILA", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Er", "os Grau", "Joaquim Barbosa", "Ellen Gracie", "Cá", "r", "men Lúcia", "Er", "os Grau", "Joaquim Barbosa", "Cá", "r", "men Lúcia", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "res Britto", "res Britto", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Ellen Gacie", "Ce", "zar Peluso", "Ellen Gacie", "Ce", "zar Peluso", "D", "IA", "S TOFFOLI", "C", "LO", "TI", "L", "DE", "S DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE", "MA", "RC", "EL", "O MACIEL ÁVILA", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian", "D", "IA", "S TOFFOLI", "C", "LO", "TI", "L", "DE", "S DO AMARAL LINHARES GOMES LEITE", "MA", "RC", "EL", "O MACIEL ÁVILA", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian" ], "TEMPO": [ "25", "/", "10", "/", "2011", "25 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", "/", "12", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "09", "/", "09", "/", "97", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2011", "09", "/", "09", "/", "97", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", "/", "6", "/", "03", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", "/", "6", "/", "03", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "5", "/", "6", "/", "08", "25", "/", "11", "/", "09", "10", "/", "8", "/", "09", "16", "/", "6", "/", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "5", "/", "6", "/", "08", "25", "/", "11", "/", "09", "10", "/", "8", "/", "09", "16", "/", "6", "/", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", 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Ementa e Acórdão 11/05/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.4n SANTA CATARINA RELATOR PACTE.(S) IMPTE.(S) COATOR(NS)(ES) MIN. DIAS TOFFOLl VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES RICARDO BRANDT NASCHENWENG SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTiÇA Primeira EMENTA Habeas corpus. Processual penal. Homicídio triplamente qualificado. Prisão preventiva devidamente fundamentada na garantia da ordem pública. Gravidade concreta demonstrada pelo modus operandl. Periculosidade do paciente. Cautelaridade suficientemente demonstrada. Precedentes. 1. A análise da segregação cautelar do paciente, mantida na sentença de pronúncia, com o reconhecimento de que permanecem incólumes os fundamentos da preventiva, autoriza o reconhecimento de que existem fundamentos concretos e suficientes para justificar a privação processual da liberdade do paciente, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal. 2. É da jurisprudência da Corte o entendimento segundo o qual, "quando da maneira de execução do delito sobressair a extrema periculosidade do agente, abre-se ao decreto de prisão a possibilidade de estabelecer um vínculo funcional entre o modus operandí do suposto crime e a garantia da ordem pública" (HC nO 97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 27/11/09). 3. Habeas corpus denegado. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Turma do Supremo Tribunal F:deral, sob a Presidência do Sr. Ministro~ Doc&Jlnt~C\i~~ado digitalmente conforme MP n° 2.200-212001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrOnico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 641300 Supremo Tribunal Federal DJe 28/10/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão HC 101.477/ SC Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em indeferir o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. 2 Doc~13~td%~do digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/0812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira· rCP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 641300 Supremo Tribunal Federal HC 101.477/ SC Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em indeferir o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. 2 Doc~13~td%~do digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/0812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira· rCP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 641300 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 11/05/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.477 SANTA CATARINA RELATOR PACTE.(S) IMPTE.(S) COATOR(NS)(ES) MIN. DIAS TOFFOLl VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES RICARDO BRANDT NASCHENWENG SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTiÇA RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLl: Habeas corpus eletrônico, com pedido de liminar, impetrado pelos advogados Ricardo Brandt Naschenweng e Édson Carvalho em favor de Vagner de Oliveira Fernandes, buscando a revogação da prisão preventiva do paciente. Apontam como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nO 92.184/SC, Relatora a Ministra Laurita Vaz, impetrado àquela Corte com o mesmo objetivo ora pretendido. Os impetrantes sustentam, em síntese, que a segregação cautelar do paciente, mantida na sentença de pronúncia, é desprovida de fundamentos concretos que a justifiquem, alegando que '~ revolta da população, o risco à integridade física do Paciente, a periculosidade latente, a prática anterior de delito contra a própria família e o depoimento prestado pela ex-esposa externando seu temor, não servem para fundamentar a prisão cautelar decretada e mantida até os dias atuais (sob a roupagem de prisão processual)" (p. 9 da inicial). Asseveram, ainda, que: "( .. .) não há nos autos qualquer informação sobre a periculosidade ou os antecedentes do Paciente, a demonstrar ser ele uma pessoa agressiva e com um currículo criminoso registrando a prática de outros atos ilícitos. Bem verdade que a magistrada que decretou a prisão fez menção a um crime supostamente praticado pelo Paciente contra familiar seu. Todavia, do processo não se extrai essa conclusão, senão vejamos. Foi juntado aos autos rol de antecedentes e outras ocorrências (doc. 9), do qual se extrai a seguinte informação: NADA CONSTA. Também se encontra juntado aos autos certidão de antecedentes criminais (doc. 10) com informações que contrariam o devido processo legal e o princípio da legalidade, pois indicam que K< Paciente fez transações penais nos processos que tramitaram n 1 Doc~'t~tdWsRfr.7ado digitalmente conforme MP n° 2.200·212001 de 24/08/2001. que institui a Infra-estrutura de Chaves Publicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarOocumento.asp sob o número 641298 ~ _______________________________________________ J Supremo Tribunal Federal 11/05/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.477 SANTA CATARINA RELATOR PACTE.(S) IMPTE.(S) COATOR(NS)(ES) MIN. DIAS TOFFOLl VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES RICARDO BRANDT NASCHENWENG SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTiÇA RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLl: Habeas corpus eletrônico, com pedido de liminar, impetrado pelos advogados Ricardo Brandt Naschenweng e Édson Carvalho em favor de Vagner de Oliveira Fernandes, buscando a revogação da prisão preventiva do paciente. Apontam como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nO 92.184/SC, Relatora a Ministra Laurita Vaz, impetrado àquela Corte com o mesmo objetivo ora pretendido. Os impetrantes sustentam, em síntese, que a segregação cautelar do paciente, mantida na sentença de pronúncia, é desprovida de fundamentos concretos que a justifiquem, alegando que '~ revolta da população, o risco à integridade física do Paciente, a periculosidade latente, a prática anterior de delito contra a própria família e o depoimento prestado pela ex-esposa externando seu temor, não servem para fundamentar a prisão cautelar decretada e mantida até os dias atuais (sob a roupagem de prisão processual)" (p. 9 da inicial). Asseveram, ainda, que: "( .. .) não há nos autos qualquer informação sobre a periculosidade ou os antecedentes do Paciente, a demonstrar ser ele uma pessoa agressiva e com um currículo criminoso registrando a prática de outros atos ilícitos. Bem verdade que a magistrada que decretou a prisão fez menção a um crime supostamente praticado pelo Paciente contra familiar seu. Todavia, do processo não se extrai essa conclusão, senão vejamos. Foi juntado aos autos rol de antecedentes e outras ocorrências (doc. 9), do qual se extrai a seguinte informação: NADA CONSTA. Também se encontra juntado aos autos certidão de antecedentes criminais (doc. 10) com informações que contrariam o devido processo legal e o princípio da legalidade, pois indicam que K< Paciente fez transações penais nos processos que tramitaram n 1 Doc~'t~tdWsRfr.7ado digitalmente conforme MP n° 2.200·212001 de 24/08/2001. que institui a Infra-estrutura de Chaves Publicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarOocumento.asp sob o número 641298 ~ _______________________________________________ J Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório HC 101.4n ISC Juizado Especial Criminal da Comarca de Anita Garibaldi sob os números 003.02.000499-3 e 003.05.000057-0, enquanto que o art. 76, § 4°, da Lei n° 9.099/95 prescreve que a aceitação da transação não importará em reincidência e será registrada apenas para Impedir a concessão de novo benefício no prazo fixado em lei. ao afirmar: Por sua vez, o § 6° do mesmo dispositivo legal é taxativo [ ... ] § 6° A impOsição da sanção de que trata o § 4° deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo civil.f ... ] (destacamos). A perturbação da ordem pública, há que se destacar, quando admitida não perdura eternamente, de modo a autorízar a segregação cautelar por longo período. Com o lapso temporal transcorrido entre a data do crime e os dias, certamente o clamor popular já se dissipou. Nesse sentido, já decidiu a Egrégia Primeira Turma do STF, de cujo voto proferido pelo ex-Ministro SEPÚL VEDA PERTENCE se extrai a seguinte passagem: A jurisprudência do Tribunal - com raras exceções - tem sido rigorosamente avessa a expedientes do gênero: assim, por exemplo, temos proclamado que nem a gravidade abstrata do crime, ainda quando qualificado de hediondo (v.g., HC 65.950, Rezek, RTJ 128/147; HC 67.850, Pertence, RTJ 131/667; HC 76.730, 10.3.98, Ga/vão: HC 79.204, Pertence, 1.6.99), nem a reprovabilidade do fato, nem o consequente clamor público (HC 71.289, Galvão, 9.8.94) justificam por si sós a prisão preventiva, se não se demonstra em concreto a ocorrência do per/cu/um libertatis, que é a medida da necessidade cautelar que a legitima. (STF, Primeira Turma, RHC 79.200-61BA, rei. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 22/06/99) (destacamos). No mesmo sentido vai a decisão com a seguinte ementada, transcrita apenas no ponto que interessa ao presente caso: f ... i IV. Prisão preventiva: motivação inidônea. 1. Não constituem fundamentos inidôneos à prisão preventiva a invocação da gravidade abstrata ou concreta do delito imputação, definido ou não como hediondo - muitas vezes, inconscientemente antecipação da punição",:". pre_,,,C\< DoafuTe~taOJs~Hado digitalmente conrorme MP n° 2.200-2/2001 de 24108/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira -ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o numero 641298 L-_____________________________________________________________________ ~ Supremo Tribunal Federal HC 101.4n ISC Juizado Especial Criminal da Comarca de Anita Garibaldi sob os números 003.02.000499-3 e 003.05.000057-0, enquanto que o art. 76, § 4°, da Lei n° 9.099/95 prescreve que a aceitação da transação não importará em reincidência e será registrada apenas para Impedir a concessão de novo benefício no prazo fixado em lei. ao afirmar: Por sua vez, o § 6° do mesmo dispositivo legal é taxativo [ ... ] § 6° A impOsição da sanção de que trata o § 4° deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo civil.f ... ] (destacamos). A perturbação da ordem pública, há que se destacar, quando admitida não perdura eternamente, de modo a autorízar a segregação cautelar por longo período. Com o lapso temporal transcorrido entre a data do crime e os dias, certamente o clamor popular já se dissipou. Nesse sentido, já decidiu a Egrégia Primeira Turma do STF, de cujo voto proferido pelo ex-Ministro SEPÚL VEDA PERTENCE se extrai a seguinte passagem: A jurisprudência do Tribunal - com raras exceções - tem sido rigorosamente avessa a expedientes do gênero: assim, por exemplo, temos proclamado que nem a gravidade abstrata do crime, ainda quando qualificado de hediondo (v.g., HC 65.950, Rezek, RTJ 128/147; HC 67.850, Pertence, RTJ 131/667; HC 76.730, 10.3.98, Ga/vão: HC 79.204, Pertence, 1.6.99), nem a reprovabilidade do fato, nem o consequente clamor público (HC 71.289, Galvão, 9.8.94) justificam por si sós a prisão preventiva, se não se demonstra em concreto a ocorrência do per/cu/um libertatis, que é a medida da necessidade cautelar que a legitima. (STF, Primeira Turma, RHC 79.200-61BA, rei. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 22/06/99) (destacamos). No mesmo sentido vai a decisão com a seguinte ementada, transcrita apenas no ponto que interessa ao presente caso: f ... i IV. Prisão preventiva: motivação inidônea. 1. Não constituem fundamentos inidôneos à prisão preventiva a invocação da gravidade abstrata ou concreta do delito imputação, definido ou não como hediondo - muitas vezes, inconscientemente antecipação da punição",:". pre_,,,C\< DoafuTe~taOJs~Hado digitalmente conrorme MP n° 2.200-2/2001 de 24108/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira -ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o numero 641298 L-_____________________________________________________________________ ~ Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório HC 101.477/ SC 2. Ademais, ainda que se admitissem, em tese, os apelos à ordem pública, que estaria comprometida pela repercussão social do fato " ou mesmo pelo denominado 'temor social', essa motivação, no caso, se teria esvaído por completo pelo decurso de quase 6 anos da prisão dos Pacientes. [ ... ] (STF, Primeira Turma, HC 90.064-0/SP, rei. Min. Sepúlveds Pertence, DJ 08/05/2007). A mesma situação encontra-se aqui presente. A prisão preventiva decretada e mantida até os dias atuais não decorre de nenhuma preocupação com a manutenção da ordem pública, que jamais veio a ser perturbada pelo Paciente" (p. 10/11 da inicial). Ao final, requerem o deferimento de liminar "para colocar o Paciente imediatamente em liberdade" e, no mérito, que "seja reconhecido o constrangimento ilegal imposto ao Paciente diante da ausência dos motivos ensejadores da segregação, para o fim de conceder a ordem de habeas corpus, confirmando os efeitos da liminar deferida (. .. )"(p. 15 da inicial). Indeferi o pedido de liminar e estando os autos devidamente instruídos com o inteiro teor da decisão ora questionada, dispensei as informações da autoridade apontada como coatora. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi, manifestou-se pela denegação da ~rdem. m E o relatóriO\ \ _ 3 DocJn1ê~td%aRlado digitalmente conforme MP n° 2.200·212001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Publicas Brasileira· ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico htlp:l/v.ww.stf.jus.br/portalfautenticacaolautenticarDocumento.asp sob o número 64129B Supremo Tribunal Federal HC 101.477/ SC 2. Ademais, ainda que se admitissem, em tese, os apelos à ordem pública, que estaria comprometida pela repercussão social do fato " ou mesmo pelo denominado 'temor social', essa motivação, no caso, se teria esvaído por completo pelo decurso de quase 6 anos da prisão dos Pacientes. [ ... ] (STF, Primeira Turma, HC 90.064-0/SP, rei. Min. Sepúlveds Pertence, DJ 08/05/2007). A mesma situação encontra-se aqui presente. A prisão preventiva decretada e mantida até os dias atuais não decorre de nenhuma preocupação com a manutenção da ordem pública, que jamais veio a ser perturbada pelo Paciente" (p. 10/11 da inicial). Ao final, requerem o deferimento de liminar "para colocar o Paciente imediatamente em liberdade" e, no mérito, que "seja reconhecido o constrangimento ilegal imposto ao Paciente diante da ausência dos motivos ensejadores da segregação, para o fim de conceder a ordem de habeas corpus, confirmando os efeitos da liminar deferida (. .. )"(p. 15 da inicial). Indeferi o pedido de liminar e estando os autos devidamente instruídos com o inteiro teor da decisão ora questionada, dispensei as informações da autoridade apontada como coatora. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi, manifestou-se pela denegação da ~rdem. m E o relatóriO\ \ _ 3 DocJn1ê~td%aRlado digitalmente conforme MP n° 2.200·212001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Publicas Brasileira· ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico htlp:l/v.ww.stf.jus.br/portalfautenticacaolautenticarDocumento.asp sob o número 64129B Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.477 I SC VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLl: Conforme relatado, volta·se esta impetração contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem no HC nQ 92.184/SC, Relatora a Ministra Laurlta Vaz, impetrado àquela Corte com o mesmo objetivo ora pretendido. Consta nos autos que, após ter cometido o homicídio de sua cunhada, o paciente teve a sua prisão preventiva decretada pela Juíza plantonista da Comarca de Anita Garibaldi/RS, nos termos seguintes: "( ... ) Verifico presentes os pressupostos da prisão preventiva. A materialidade é inconteste, estando o corpo neste momento no IML de Lages. Existem indícios suficientes de autoria, porquanto o filho da vítima, Sr. Rodrigo Fernandes Suppi verificou uma mensagem de voz gravada no seu aparelho celular, identificando a voz da vítima e a do agressor, no momento da prática do delito, reconhecendo a voz do agressor como sendo, a princípio, a do seu tio, ora representado. A vítima era esposa do Escrivão Judicial desta Comarca, sendo que o crime foi cometido com brutalidade, dentro da residência da vítima, tendo sido desferidos vários golpes com instrumento cortante, causando grande revolta da comunidade, que já organizou, inclusive, passeata para a próxima segunda-feira, motivo pelo qual a prisão preventiva se faz necessária para a garantia da ordem pública. Ademais, considerando a existência de parentesco entre a vítima e o representado, a prisão preventiva se faz necessária também para a própria garantia da integridade física do mesmo, diante da grande revolta popular e dos familiares. Por outro lado, a segregação cautelar se faz necessária para a garantia da instrução criminal, uma vez que solto poderá prejudicar a investigação policial, desfazendo ou escondendo os elementos relacionados com a prática do delito, cometido nesta data, no final da tarde. Também é de conhecimento deste Juízo que o representado já respondeu a procedimento criminal pela prática de delito contra a própria família. Pelo exposto, DECRETO a prisão preventiva de VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES, para garantia da ordem pública e para garantia da investigação criminal" (doc. 2 - grifei). Houve, ainda, pedido de revogação da prisão preventiva, indeferido nos termos que se seguem: ~ 4 DocJfn"'ê~td~el?fudo digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/0812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira -ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portaUautenticacao/autenticarDocumento.asp sob o nümero 641299 Supremo Tribunal Federal HC 101.477 I SC VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLl: Conforme relatado, volta·se esta impetração contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem no HC nQ 92.184/SC, Relatora a Ministra Laurlta Vaz, impetrado àquela Corte com o mesmo objetivo ora pretendido. Consta nos autos que, após ter cometido o homicídio de sua cunhada, o paciente teve a sua prisão preventiva decretada pela Juíza plantonista da Comarca de Anita Garibaldi/RS, nos termos seguintes: "( ... ) Verifico presentes os pressupostos da prisão preventiva. A materialidade é inconteste, estando o corpo neste momento no IML de Lages. Existem indícios suficientes de autoria, porquanto o filho da vítima, Sr. Rodrigo Fernandes Suppi verificou uma mensagem de voz gravada no seu aparelho celular, identificando a voz da vítima e a do agressor, no momento da prática do delito, reconhecendo a voz do agressor como sendo, a princípio, a do seu tio, ora representado. A vítima era esposa do Escrivão Judicial desta Comarca, sendo que o crime foi cometido com brutalidade, dentro da residência da vítima, tendo sido desferidos vários golpes com instrumento cortante, causando grande revolta da comunidade, que já organizou, inclusive, passeata para a próxima segunda-feira, motivo pelo qual a prisão preventiva se faz necessária para a garantia da ordem pública. Ademais, considerando a existência de parentesco entre a vítima e o representado, a prisão preventiva se faz necessária também para a própria garantia da integridade física do mesmo, diante da grande revolta popular e dos familiares. Por outro lado, a segregação cautelar se faz necessária para a garantia da instrução criminal, uma vez que solto poderá prejudicar a investigação policial, desfazendo ou escondendo os elementos relacionados com a prática do delito, cometido nesta data, no final da tarde. Também é de conhecimento deste Juízo que o representado já respondeu a procedimento criminal pela prática de delito contra a própria família. Pelo exposto, DECRETO a prisão preventiva de VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES, para garantia da ordem pública e para garantia da investigação criminal" (doc. 2 - grifei). Houve, ainda, pedido de revogação da prisão preventiva, indeferido nos termos que se seguem: ~ 4 DocJfn"'ê~td~el?fudo digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/0812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira -ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portaUautenticacao/autenticarDocumento.asp sob o nümero 641299 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC101.477/SC "(. .. ) o delito em tela causou grande clamor social, haja vista que a vítima era pessoa bem relacionada na comunidade, o que motivou passeatas na cidade, onde manifestantes pediam 'Justiça'. Verifica-se das testemunhas ouvidas na data de ontem, principalmente no depoimento prestado pela ex-esposa do acusado (separaram-se logo após a audiência de oitiva das testemunhas de acusação), que se trata de pessoa desequilibrada, cuja soltura não dará a resposta esperada pelo Poder Judiciário. Acrescente-se que a ex-esposa, Sra. Marlene de Oliveira, teme por sua segurança e de seus filhos acaso o acusado reste solto. ( .. .) Ninguém melhor do que a ex-esposa do acusado para dizer se solto o mesmo poderá representar algum perigo, ou mesmo in viabilizar a aplicação da lei penal. Há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria, tanto que a acusado confessou o delito, de sorte que os motivos ensejadores da sua custódia permanecem inalterados. ( .. .) A prisão preventiva foi estritamente necessária, eis que a acusado foi detido Ioga em seguida ao cometimento, em tese, do crime. Assim, a segregação deve ser mantida para garantia da ordem pública, situação que perdura diante dos indicias firmes da autoria e materialidade. Sob outro aspecto, temas que a pacata comunidade anitense não está acostumada com a violência, de onde se deduz que há necessidade de um posicionamento firme do Poder Judiciário para coibir esse tipo de prática. Importante ressaltar que o fato do acusado ser primário, ter residência fixa não são óbices à decretação1nanutenção da segregação processual, quando ocorrentes qualquer das circunstâncias previstas no artigo 312 do Código de Processa Penal" (doc. 3). Posteriormente, foi ele denunciado e pronunciado pelos crimes de homiCídio triplamente qualificado (art. 121, § 2', incisos I, 111 e IV, do Código Penal) e violação de domicílio (art. 150 do Código Penal), sendo mantida sua segregação cautelar (doc. 12). Questionando a prisão do paciente, foram impetrados habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (doc. 7) e ao Superior Tribunal de Justiça (doc. 8), sem êxito, no entanto. No Superior Tribunal de Justiça, a ordem foi denegada sob os seguintes fundamentos: ~ 5 DocuÍ\-i't~tJBM~P&do digitalmente confonne MP n° 2.200-212001 de 24/0812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira -ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://wvffl.stf.jus.br/portal/autenticacaolautenticarDocumento.asp sob o número 641299 Supremo Tribunal Federal HC101.477/SC "(. .. ) o delito em tela causou grande clamor social, haja vista que a vítima era pessoa bem relacionada na comunidade, o que motivou passeatas na cidade, onde manifestantes pediam 'Justiça'. Verifica-se das testemunhas ouvidas na data de ontem, principalmente no depoimento prestado pela ex-esposa do acusado (separaram-se logo após a audiência de oitiva das testemunhas de acusação), que se trata de pessoa desequilibrada, cuja soltura não dará a resposta esperada pelo Poder Judiciário. Acrescente-se que a ex-esposa, Sra. Marlene de Oliveira, teme por sua segurança e de seus filhos acaso o acusado reste solto. ( .. .) Ninguém melhor do que a ex-esposa do acusado para dizer se solto o mesmo poderá representar algum perigo, ou mesmo in viabilizar a aplicação da lei penal. Há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria, tanto que a acusado confessou o delito, de sorte que os motivos ensejadores da sua custódia permanecem inalterados. ( .. .) A prisão preventiva foi estritamente necessária, eis que a acusado foi detido Ioga em seguida ao cometimento, em tese, do crime. Assim, a segregação deve ser mantida para garantia da ordem pública, situação que perdura diante dos indicias firmes da autoria e materialidade. Sob outro aspecto, temas que a pacata comunidade anitense não está acostumada com a violência, de onde se deduz que há necessidade de um posicionamento firme do Poder Judiciário para coibir esse tipo de prática. Importante ressaltar que o fato do acusado ser primário, ter residência fixa não são óbices à decretação1nanutenção da segregação processual, quando ocorrentes qualquer das circunstâncias previstas no artigo 312 do Código de Processa Penal" (doc. 3). Posteriormente, foi ele denunciado e pronunciado pelos crimes de homiCídio triplamente qualificado (art. 121, § 2', incisos I, 111 e IV, do Código Penal) e violação de domicílio (art. 150 do Código Penal), sendo mantida sua segregação cautelar (doc. 12). Questionando a prisão do paciente, foram impetrados habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (doc. 7) e ao Superior Tribunal de Justiça (doc. 8), sem êxito, no entanto. No Superior Tribunal de Justiça, a ordem foi denegada sob os seguintes fundamentos: ~ 5 DocuÍ\-i't~tJBM~P&do digitalmente confonne MP n° 2.200-212001 de 24/0812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira -ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://wvffl.stf.jus.br/portal/autenticacaolautenticarDocumento.asp sob o número 641299 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI · .' HC 101.477/ SC "HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMiCíDIO TRIPLAMENTE OUALlFICADO. PRISÃO PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DEMONSTRADA PELO MODUS OPERANDI. PERICULOSIDADE DO PACIENTE. ,. O decreto de prisão preventiva está suficientemente fundamentado, visto que comprovou, à luz dos dados fáticos e jurídicos presentes na ação penal, os pressupostos da custódia cautelar, diante da gravidade, o que evidencia a necessidade de proteção da ordem pública. 2. Precedentes desta Corte Superior. 3. Ordem denegada". Essa é a decisão contra a qual se insurgem os impetrantes neste writ. Pelo que se tem na decisão proferida pela Ouinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra nenhuma ilegalidade, abuso de poder ou teratologia que justifique a concessão da ordem. Com efeito, o acórdão proferido por aquela Corte de Justiça encontra-se suficientemente motivado, restando justificada a formação do convencimento. Ademais, entendo que a segregação cautelar do paciente, mantida na sentença de pronúncia, com o reconhecimento de que permanecem incólumes os fundamentos da preventiva (doc. 12), não demonstra ilegalidade flagrante, tendo em vista a existência, na espécie, de fundamentos justificadores daquela privação processual, uma vez que, como demonstrado, revestia-se da necessária cautelaridade. De outra parte, conforme bem ressaltou a Ministra Laurita Vaz em seu voto, "no decreto prisional, foi demonstrado, ainda, a periculosidade latente do ora Paciente, extraída pelo fato de já ter respondido criminalmente por delito praticado contra a própria família, bem como pelo depoimento prestado por sua esposa, que afirmou temer por sua integridade física e de seus filhos, caso o acusado permaneça em liberdade, por se tratar de pessoa desequilibrada. Portanto, sem querer antecipar qualquer juízo de valor a respeito da responsabilidade, ou não, do Paciente, pelos fatos que lhe são imputados, o certo é que o decreto de prisão preventiva, com os elementos concretos contidos nos autos, evidencia a necessidade da custódia cautelar, diante da gravidade em concreto da conduta imputada e da periculosidade do ora Paciente, como forma de garantia da ordem pública". Ressalte-se que esta Primeira Turma já se manifestou no sentido de que, "quando da maneira de execução do d:lito sobressair a extrema periculosidade d0(f Doc~mTe~tJ~lsg?~ado digitalmente conforme MP n° 2.200-212001 de 2410812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, O documento pode ser acessado no endereço eletrônico hHp://VMI'N.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o numero 641299 Supremo Tribunal Federal · .' HC 101.477/ SC "HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMiCíDIO TRIPLAMENTE OUALlFICADO. PRISÃO PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DEMONSTRADA PELO MODUS OPERANDI. PERICULOSIDADE DO PACIENTE. ,. O decreto de prisão preventiva está suficientemente fundamentado, visto que comprovou, à luz dos dados fáticos e jurídicos presentes na ação penal, os pressupostos da custódia cautelar, diante da gravidade, o que evidencia a necessidade de proteção da ordem pública. 2. Precedentes desta Corte Superior. 3. Ordem denegada". Essa é a decisão contra a qual se insurgem os impetrantes neste writ. Pelo que se tem na decisão proferida pela Ouinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra nenhuma ilegalidade, abuso de poder ou teratologia que justifique a concessão da ordem. Com efeito, o acórdão proferido por aquela Corte de Justiça encontra-se suficientemente motivado, restando justificada a formação do convencimento. Ademais, entendo que a segregação cautelar do paciente, mantida na sentença de pronúncia, com o reconhecimento de que permanecem incólumes os fundamentos da preventiva (doc. 12), não demonstra ilegalidade flagrante, tendo em vista a existência, na espécie, de fundamentos justificadores daquela privação processual, uma vez que, como demonstrado, revestia-se da necessária cautelaridade. De outra parte, conforme bem ressaltou a Ministra Laurita Vaz em seu voto, "no decreto prisional, foi demonstrado, ainda, a periculosidade latente do ora Paciente, extraída pelo fato de já ter respondido criminalmente por delito praticado contra a própria família, bem como pelo depoimento prestado por sua esposa, que afirmou temer por sua integridade física e de seus filhos, caso o acusado permaneça em liberdade, por se tratar de pessoa desequilibrada. Portanto, sem querer antecipar qualquer juízo de valor a respeito da responsabilidade, ou não, do Paciente, pelos fatos que lhe são imputados, o certo é que o decreto de prisão preventiva, com os elementos concretos contidos nos autos, evidencia a necessidade da custódia cautelar, diante da gravidade em concreto da conduta imputada e da periculosidade do ora Paciente, como forma de garantia da ordem pública". Ressalte-se que esta Primeira Turma já se manifestou no sentido de que, "quando da maneira de execução do d:lito sobressair a extrema periculosidade d0(f Doc~mTe~tJ~lsg?~ado digitalmente conforme MP n° 2.200-212001 de 2410812001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, O documento pode ser acessado no endereço eletrônico hHp://VMI'N.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o numero 641299 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI .. . . ' HC 101.477/ se agente, abre-se ao decreto de prisão a possibilidade de estabelecer um vínculo funcional entre o modus operandi do suposto crime e a garantia da ordem pública" (HC nº 97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 27/11/09). Aliás, outro não foi o entendimento do Ministério Público Federal ao consignar, in verbls, que: "( .. .) In casu, a prisão cautelar do paciente foi inicialmente decretada para a garantia tanto da instrução criminal, quanto da ordem pública, considerando a personalidade do paciente e a brutalidade com a qual o homicídio foi praticado: com recurso que impossibilitou a defesa - surpresa - e mediante vários golpes de arma branca desferidos contra a vítima, cuja morte sobreveio após a longa e excessiva perda de sangue, revelando a crueldade do crime em comento. Em que pese já haver sentença de pronúncia, há que se aguardar a instrução final do feito na sessão do juri, além do que a necessidade de garantia da ordem pÚblica permaneceu inalterada, sobretudo pela revelação da personalidade instável do paciente, representando a sua liberdade risco à integridade física não s6 de sua ex-esposa, como de seus filhos e outros familiares. Esse temor, ao contrário do que pretendem demonstrar os impetrantes, se justifica em elementos constantes dos autos, sobretudo pela gravidade concreta do homicídio praticado, de forma triplamente qualificada, contra sua própria ex-cunhada. O que a jurisprudência veda é a decretação da prisão preventiva com base na gravidade abstrata do crime, o que não ocorre no caso em comento dada a existência de provas cabais de materialidade e indícios suficientes de autoria, revela dores da crueldade e da gravidade concreta dos atos praticados pelo paciente". Com essas considerações, denego a ordem. É como voto. ~. 7 Docu~~~tJ~2s~Plado digitalmente conforme MP n° 2.200-212001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - 'CP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico htlp:llwww.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 641299 Supremo Tribunal Federal .. . . ' HC 101.477/ se agente, abre-se ao decreto de prisão a possibilidade de estabelecer um vínculo funcional entre o modus operandi do suposto crime e a garantia da ordem pública" (HC nº 97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 27/11/09). Aliás, outro não foi o entendimento do Ministério Público Federal ao consignar, in verbls, que: "( .. .) In casu, a prisão cautelar do paciente foi inicialmente decretada para a garantia tanto da instrução criminal, quanto da ordem pública, considerando a personalidade do paciente e a brutalidade com a qual o homicídio foi praticado: com recurso que impossibilitou a defesa - surpresa - e mediante vários golpes de arma branca desferidos contra a vítima, cuja morte sobreveio após a longa e excessiva perda de sangue, revelando a crueldade do crime em comento. Em que pese já haver sentença de pronúncia, há que se aguardar a instrução final do feito na sessão do juri, além do que a necessidade de garantia da ordem pÚblica permaneceu inalterada, sobretudo pela revelação da personalidade instável do paciente, representando a sua liberdade risco à integridade física não s6 de sua ex-esposa, como de seus filhos e outros familiares. Esse temor, ao contrário do que pretendem demonstrar os impetrantes, se justifica em elementos constantes dos autos, sobretudo pela gravidade concreta do homicídio praticado, de forma triplamente qualificada, contra sua própria ex-cunhada. O que a jurisprudência veda é a decretação da prisão preventiva com base na gravidade abstrata do crime, o que não ocorre no caso em comento dada a existência de provas cabais de materialidade e indícios suficientes de autoria, revela dores da crueldade e da gravidade concreta dos atos praticados pelo paciente". Com essas considerações, denego a ordem. É como voto. ~. 7 Docu~~~tJ~2s~Plado digitalmente conforme MP n° 2.200-212001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - 'CP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico htlp:llwww.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 641299 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 11/05/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.477 SANTA CATARINA O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia para divergir. Penso que peca o pronunciamento do Juízo quanto à preventiva. Essa espécie de prisão é sempre excepcional. O certo é apurar para, depois, prender e não prender para, depois, apurar. Apontou-se a materialidade do crime e os indícios de autoria. Esses elementos, por si sós, não são suficientes a respaldar a preventiva. A seguir, também se lançou um elemento neutro: a vítima seria esposa do escrivão judicial da comarca – um elemento totalmente neutro. Houve referência ao clamor público, mas este, segundo os pronunciamentos do Tribunal, não serve de base à preventiva. Mencionou-se que a prisão visaria preservar a intangibilidade física do acusado. Ele prefere ficar solto, mesmo correndo algum risco quanto a uma vindita. Por último, fez-se referência à circunstância de já ter o paciente respondido a procedimento criminal, sem se apontar o resultado, considerado o delito que teria praticado contra a própria família. Não vejo, Presidente, base para chegar-se, tendo em conta esses fundamentos, à inversão da ordem natural das coisas: prendendo para depois apurar e se julgar. Há a problemática mencionada pelo relator. Não é causa de pedir o excesso de prazo? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não, não é causa de pedir. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Então, concedo a ordem como pleiteada. Vencido quanto à concessão da ordem, vou adiante para não placitar uma prisão preventiva, sem culpa formada, que já perdura por três anos. Concedo, nessa parte, vencido na primeira, a ordem de ofício. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 589329. Supremo Tribunal Federal 11/05/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.477 SANTA CATARINA O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia para divergir. Penso que peca o pronunciamento do Juízo quanto à preventiva. Essa espécie de prisão é sempre excepcional. O certo é apurar para, depois, prender e não prender para, depois, apurar. Apontou-se a materialidade do crime e os indícios de autoria. Esses elementos, por si sós, não são suficientes a respaldar a preventiva. A seguir, também se lançou um elemento neutro: a vítima seria esposa do escrivão judicial da comarca – um elemento totalmente neutro. Houve referência ao clamor público, mas este, segundo os pronunciamentos do Tribunal, não serve de base à preventiva. Mencionou-se que a prisão visaria preservar a intangibilidade física do acusado. Ele prefere ficar solto, mesmo correndo algum risco quanto a uma vindita. Por último, fez-se referência à circunstância de já ter o paciente respondido a procedimento criminal, sem se apontar o resultado, considerado o delito que teria praticado contra a própria família. Não vejo, Presidente, base para chegar-se, tendo em conta esses fundamentos, à inversão da ordem natural das coisas: prendendo para depois apurar e se julgar. Há a problemática mencionada pelo relator. Não é causa de pedir o excesso de prazo? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não, não é causa de pedir. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Então, concedo a ordem como pleiteada. Vencido quanto à concessão da ordem, vou adiante para não placitar uma prisão preventiva, sem culpa formada, que já perdura por três anos. Concedo, nessa parte, vencido na primeira, a ordem de ofício. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 589329. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 11/05/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.477 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (PRESIDENTE) - Data venia, faço uma outra leitura da prisão preventiva e também da complexidade do feito que justifica essa dilação no prazo processual um tanto quanto inusitada. Então, acompanho o Relator. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 636430. Supremo Tribunal Federal 11/05/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.477 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (PRESIDENTE) - Data venia, faço uma outra leitura da prisão preventiva e também da complexidade do feito que justifica essa dilação no prazo processual um tanto quanto inusitada. Então, acompanho o Relator. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 636430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 101.477 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES IMPTE.(S) : RICARDO BRANDT NASCHENWENG COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Ministro Ayres Britto. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 11.05.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Ausente, justificadamente, o Ministro Ayres Britto. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 564839 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 101.477 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES IMPTE.(S) : RICARDO BRANDT NASCHENWENG COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Ministro Ayres Britto. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 11.05.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Ausente, justificadamente, o Ministro Ayres Britto. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 564839 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=778135
2010-05-11T00:00:00
2010-10-28T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Ministro Ayres Britto. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 11.05.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA Habeas corpus. Processual penal. Homicídio triplamente qualificado. Prisão preventiva devidamente fundamentada na garantia da ordem pública. Gravidade concreta demonstrada pelo modus operandi. Periculosidade do paciente. Cautelaridade suficientemente demonstrada. Precedentes. 1. A análise da segregação cautelar do paciente, mantida na sentença de pronúncia, com o reconhecimento de que permanecem incólumes os fundamentos da preventiva, autoriza o reconhecimento de que existem fundamentos concretos e suficientes para justificar a privação processual da liberdade do paciente, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal. 2. É da jurisprudência da Corte o entendimento segundo o qual, "quando da maneira de execução do delito sobressair a extrema periculosidade do agente, abre-se ao decreto de prisão a possibilidade de estabelecer um vínculo funcional entre o modus operandi do suposto crime e a garantia da ordem pública" (HC nº 97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 27/11/09). 3. Habeas corpus denegado.
sjur183975
- Acórdão citado: HC 97688. - Veja HC 92184 do STJ. Número de páginas: 12. Análise: 09/11/2010, ACG. Revisão: 11/11/2010, MMR.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
101477
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00121 PAR-00002 INC-00001 INC-00003\r\n INC-00004 ART-00150 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 101477
[ "" ]
PACTE.(S) : VAGNER DE OLIVEIRA FERNANDES IMPTE.(S) : RICARDO BRANDT NASCHENWENG COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 4", "H", "C nO 97. 688 / MG", "H", "C 101. 477 / SC", "H", "C 101. 477 / SC", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 477", "H", "C nO 92. 184 / SC", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 477", "H", "C nO 92. 184 / SC", "H", "C 101. 4n ISC", "3", ".", "05", ".", "000", "05", "7", "-", "0", "H", "C 65. 950", "H", "C 67. 850", "H", "C 76. 730", "H", "C 79. 204", "H", "C 71. 289", "R", "HC 79. 200- 61BA", "H", "C 101. 4n ISC", "H", "C 65. 950", "R", "T", "J 128 / 147", "H", "C 67. 850", "R", "T", "J 131 / 667", "H", "C 76. 730", "H", "C 79. 204", "H", "C 71. 289", "R", "HC 79. 200- 61BA", "H", "C 101. 477 / SC", "H", "C 90. 064- 0 / SP", "H", "C 101. 477 / SC", "H", "C 90. 064- 0 / SP", "H", "C 101. 477 I SC", "H", "C nQ 92. 184 / SC", "H", "C 101. 477 I SC", "H", "C nQ 92. 184 / SC", "H", "C", "10", "1", ".", "47", "7", "/", "SC", "H", "C101. 477 / SC", "H", "C 101. 477 / SC", "H", "C 101. 477 / SC", "H", "C 101. 477 / se", "H", "C [UNK] 97. 688 / 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 105.352 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :JOSÉ CARLOS PSCHEIDT ADV.(A/S) :DAISY CRISTINE NEITZKE HEUER EMBDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA Embargos de declaração em habeas corpus. Questões afastadas pela decisão embargada. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade. 1. No julgamento do habeas corpus, enfrentaram-se adequadamente as questões postas pela impetrante, não estando presente nenhum dos vícios do art. 619 do Código de Processo Penal. 2. Embargos de declaração rejeitados. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569923. Supremo Tribunal Federal DJe 29/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 105.352 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :JOSÉ CARLOS PSCHEIDT ADV.(A/S) :DAISY CRISTINE NEITZKE HEUER EMBDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O paciente, por sua advogada, opõe embargos declaratórios ao acórdão publicado no DJe de 11/10/11 cuja ementa lavrou-se nos termos seguintes: “Habeas corpus. Processual penal. Receptação qualificada, supressão de sinal identificador de veículo automotor e corrupção ativa. Fuga do distrito da culpa. Prisão preventiva. Fundamentação idônea. Garantia da aplicação da lei penal. Cautelaridade suficientemente demonstrada. Precedentes. Ordem denegada. 1. A análise da segregação cautelar do paciente autoriza o reconhecimento de que existem fundamentos concretos e suficientes para justificar a privação processual da sua liberdade, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, especialmente em razão da sua evasão do distrito da culpa. 2. Habeas corpus denegado.” Alega o embargante, em síntese, que “no que se refere ao argumento que a defesa não levou a petição diretamente para despacho, data vênia, que é contraditória, primeiramente, porque ao contrário do amplo acesso nessa Suprema Corte, nem sempre esse fácil acesso repete-se nos Juízos de primeiro grau, pois como muito se ouve no estado de Santa Catarina, não raras vezes, é mais fácil ser atendido por um Ministro dos Tribunais Superiores do que por Juízes de primeiro grau” (Anexo nº 21 - fl. 5 – destaque conforme o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569920. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 105.352 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :JOSÉ CARLOS PSCHEIDT ADV.(A/S) :DAISY CRISTINE NEITZKE HEUER EMBDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O paciente, por sua advogada, opõe embargos declaratórios ao acórdão publicado no DJe de 11/10/11 cuja ementa lavrou-se nos termos seguintes: “Habeas corpus. Processual penal. Receptação qualificada, supressão de sinal identificador de veículo automotor e corrupção ativa. Fuga do distrito da culpa. Prisão preventiva. Fundamentação idônea. Garantia da aplicação da lei penal. Cautelaridade suficientemente demonstrada. Precedentes. Ordem denegada. 1. A análise da segregação cautelar do paciente autoriza o reconhecimento de que existem fundamentos concretos e suficientes para justificar a privação processual da sua liberdade, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, especialmente em razão da sua evasão do distrito da culpa. 2. Habeas corpus denegado.” Alega o embargante, em síntese, que “no que se refere ao argumento que a defesa não levou a petição diretamente para despacho, data vênia, que é contraditória, primeiramente, porque ao contrário do amplo acesso nessa Suprema Corte, nem sempre esse fácil acesso repete-se nos Juízos de primeiro grau, pois como muito se ouve no estado de Santa Catarina, não raras vezes, é mais fácil ser atendido por um Ministro dos Tribunais Superiores do que por Juízes de primeiro grau” (Anexo nº 21 - fl. 5 – destaque conforme o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório HC 105.352 ED / SC original). Destaca, ainda, que, “não bastasse isso, conforme se infere dos autos e salientando pela defesa na sustentação oral, durante a fase de investigação, em que não há nenhuma notícia, nenhuma certidão no sentido de que o paciente, antes da decretação de sua prisão foi procurado pela Autoridade Policial, para fins de se poder afirmar que estaria em local incerto e não sabido, entendo, haver contraditação (sic) quando se afirma que ser (sic) ‘incontroverso que não foi localizado em quaisquer dos endereços informados (especialmente na sede de sua empresa), visto que, até a presente data, encontra-se foragido’, pois como seu viu foi considerado em local incerto e não sabido, MUITO ANTES de qualquer certificação quanto a a sua não localização” (Anexo nº 21 - fl. 5 – destaques conforme o original). Assevera, ainda, que “por outro lado, igualmente, houve omissão quanto ao argumento da defesa de absolvição de corréu em relação ao artigo 311, do Código Penal, por ausência de materialidade, de tal forma, que a acusação subsistente, seria somente receptação qualificada e corrupção ativa o que leva ao abrandamento da acusação a possibilitar que o embargante responda a ação penal em liberdade”(Anexo nº 21 - fl. 6 – destaque conforme o original). Ao final, pede o recebimento dos “presentes embargos, atribuindo-se efeitos INFRINGENTES para fins de se ACOMPANHAR O VOTO VENCIDO e assim, REVOGAR A PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE para que possa responder em liberdade a ação penal, comparecendo perante o Juízo para fins de ser interrogatório em audiência de instrução e julgamento, ocasião em que poderá ser proferida a sentença, deliberando-se sobre a possibilidade de o paciente recorrer ou não em liberdade” (Anexo nº 21 - fl. 6). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569920. Supremo Tribunal Federal HC 105.352 ED / SC original). Destaca, ainda, que, “não bastasse isso, conforme se infere dos autos e salientando pela defesa na sustentação oral, durante a fase de investigação, em que não há nenhuma notícia, nenhuma certidão no sentido de que o paciente, antes da decretação de sua prisão foi procurado pela Autoridade Policial, para fins de se poder afirmar que estaria em local incerto e não sabido, entendo, haver contraditação (sic) quando se afirma que ser (sic) ‘incontroverso que não foi localizado em quaisquer dos endereços informados (especialmente na sede de sua empresa), visto que, até a presente data, encontra-se foragido’, pois como seu viu foi considerado em local incerto e não sabido, MUITO ANTES de qualquer certificação quanto a a sua não localização” (Anexo nº 21 - fl. 5 – destaques conforme o original). Assevera, ainda, que “por outro lado, igualmente, houve omissão quanto ao argumento da defesa de absolvição de corréu em relação ao artigo 311, do Código Penal, por ausência de materialidade, de tal forma, que a acusação subsistente, seria somente receptação qualificada e corrupção ativa o que leva ao abrandamento da acusação a possibilitar que o embargante responda a ação penal em liberdade”(Anexo nº 21 - fl. 6 – destaque conforme o original). Ao final, pede o recebimento dos “presentes embargos, atribuindo-se efeitos INFRINGENTES para fins de se ACOMPANHAR O VOTO VENCIDO e assim, REVOGAR A PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE para que possa responder em liberdade a ação penal, comparecendo perante o Juízo para fins de ser interrogatório em audiência de instrução e julgamento, ocasião em que poderá ser proferida a sentença, deliberando-se sobre a possibilidade de o paciente recorrer ou não em liberdade” (Anexo nº 21 - fl. 6). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 105.352 SANTA CATARINA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não está presente nenhuma das hipóteses autorizadoras da oposição do recurso declaratório. O aresto embargado não incorreu em contradição ou omissão, tendo-se decidido, fundamentadamente, todas as questões postas a julgamento, nos limites necessários ao deslinde do feito. O embargante pretende, efetivamente, um novo julgamento da causa, fim a que não se prestam os embargos declaratórios. Ressalte-se que a questão trazida nos presentes embargos já foi rechaçada no julgado embargado, no qual se denegou a ordem justamente por se entender que não houve na espécie constrangimento ilegal decorrente da decretação da prisão preventiva do paciente. No primeiro ponto, o embargante apoia-se no voto do Ministro Marco Aurélio para afirmar que não estaria adequadamente fundamentado o decreto prisional. A Turma julgadora, porém, por maioria, chegou à conclusão oposta. Transcrevo, a esse respeito, parte do voto vencedor na parte que interessa: “(...) Ademais, em uma análise do decreto prisional em questão tenho que existiria, na espécie, fundamento plausível suficiente para justificar a privação processual da liberdade do paciente, porque revestido da necessária cautelaridade, mormente se considerarmos a sua fuga do distrito da culpa, ocorrida ainda na fase inquisitorial. Ao contrário do alegado, é possível concluir que o decreto prisional está escorado em argumentação idônea, que demonstra a presença dos requisitos necessários à manutenção da prisão preventiva, notadamente a da garantia da aplicação da lei penal, uma vez que expressamente consignado naquele Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569921. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 105.352 SANTA CATARINA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não está presente nenhuma das hipóteses autorizadoras da oposição do recurso declaratório. O aresto embargado não incorreu em contradição ou omissão, tendo-se decidido, fundamentadamente, todas as questões postas a julgamento, nos limites necessários ao deslinde do feito. O embargante pretende, efetivamente, um novo julgamento da causa, fim a que não se prestam os embargos declaratórios. Ressalte-se que a questão trazida nos presentes embargos já foi rechaçada no julgado embargado, no qual se denegou a ordem justamente por se entender que não houve na espécie constrangimento ilegal decorrente da decretação da prisão preventiva do paciente. No primeiro ponto, o embargante apoia-se no voto do Ministro Marco Aurélio para afirmar que não estaria adequadamente fundamentado o decreto prisional. A Turma julgadora, porém, por maioria, chegou à conclusão oposta. Transcrevo, a esse respeito, parte do voto vencedor na parte que interessa: “(...) Ademais, em uma análise do decreto prisional em questão tenho que existiria, na espécie, fundamento plausível suficiente para justificar a privação processual da liberdade do paciente, porque revestido da necessária cautelaridade, mormente se considerarmos a sua fuga do distrito da culpa, ocorrida ainda na fase inquisitorial. Ao contrário do alegado, é possível concluir que o decreto prisional está escorado em argumentação idônea, que demonstra a presença dos requisitos necessários à manutenção da prisão preventiva, notadamente a da garantia da aplicação da lei penal, uma vez que expressamente consignado naquele Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569921. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 105.352 ED / SC decisum que ‘trata-se de indivíduo que, segundo a autoridade policial, foragiu para a cidade de Curitiba, no Paraná, mas está em endereço ignorado’. Embora avente a defesa haver protocolado, perante o Juízo de origem, petição em que o paciente se colocava à disposição para esclarecimentos acerca dos fatos, bem como haver anexado cópia do contrato social da empresa de que o paciente é sócio - o que demonstraria o exercício de atividade lícita -, além de comprovante de seu endereço, tudo isso antes da decretação da prisão preventiva, é certo que não há demonstração inequívoca de que tivesse, de fato, o paciente comparecido a Juízo para fazê-lo, assim como é incontroverso que não foi localizado em quaisquer dos endereços informados (especialmente na sede de sua empresa), visto que, até a presente data, encontra-se foragido. Aparentemente, aquele petitório, formalizado pela defesa tão logo ciente do pedido de prisão que a autoridade policial endereçou ao Juízo, consistia apenas em uma cautela processual, para o caso de eventual deferimento do pedido, como de fato ocorreu. Ademais, pela relevância da questão, é pouco verossímil que, havendo seriedade de propósitos por parte do paciente em sua proposição, se limitasse a defesa ao simples protocolo daquela petição, deixando de levá-la diretamente a despacho perante o Magistrado (cf. se vê de fls. 137/138 do anexo de instrução 6). Essa circunstância, a meu ver, ao contrário do que se sustenta, demonstra claramente sua intenção de se furtar à aplicação da lei penal. (…) Anoto que esta Suprema Corte já se manifestou no sentido de que ‘a evasão após a prática delitiva é fundamento idôneo para a segregação cautelar para resguardar a aplicação da lei penal’ (HC nº 90.162/RJ, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 29/6/07). Perfilhando esse entendimento, RHC nº 102.963/RJ, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 6/8/10; HC nº 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569921. Supremo Tribunal Federal HC 105.352 ED / SC decisum que ‘trata-se de indivíduo que, segundo a autoridade policial, foragiu para a cidade de Curitiba, no Paraná, mas está em endereço ignorado’. Embora avente a defesa haver protocolado, perante o Juízo de origem, petição em que o paciente se colocava à disposição para esclarecimentos acerca dos fatos, bem como haver anexado cópia do contrato social da empresa de que o paciente é sócio - o que demonstraria o exercício de atividade lícita -, além de comprovante de seu endereço, tudo isso antes da decretação da prisão preventiva, é certo que não há demonstração inequívoca de que tivesse, de fato, o paciente comparecido a Juízo para fazê-lo, assim como é incontroverso que não foi localizado em quaisquer dos endereços informados (especialmente na sede de sua empresa), visto que, até a presente data, encontra-se foragido. Aparentemente, aquele petitório, formalizado pela defesa tão logo ciente do pedido de prisão que a autoridade policial endereçou ao Juízo, consistia apenas em uma cautela processual, para o caso de eventual deferimento do pedido, como de fato ocorreu. Ademais, pela relevância da questão, é pouco verossímil que, havendo seriedade de propósitos por parte do paciente em sua proposição, se limitasse a defesa ao simples protocolo daquela petição, deixando de levá-la diretamente a despacho perante o Magistrado (cf. se vê de fls. 137/138 do anexo de instrução 6). Essa circunstância, a meu ver, ao contrário do que se sustenta, demonstra claramente sua intenção de se furtar à aplicação da lei penal. (…) Anoto que esta Suprema Corte já se manifestou no sentido de que ‘a evasão após a prática delitiva é fundamento idôneo para a segregação cautelar para resguardar a aplicação da lei penal’ (HC nº 90.162/RJ, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 29/6/07). Perfilhando esse entendimento, RHC nº 102.963/RJ, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 6/8/10; HC nº 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569921. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 105.352 ED / SC 99.492/PE, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 12/3/10; HC nº 100.785/RR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 12/2/10; e HC nº 97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 27/11/09, entre outros. Por fim, destaco que a presença de condições subjetivas favoráveis a ele não obsta a segregação cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar a sua manutenção. Nesse sentido: HC nº 90.330/PR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 27/6/08; e HC nº 93.901/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 27/6/08, entre outros.” Não se prestam os embargos à pretendida rediscussão desse tema. Também no que se refere à suposta omissão quanto à afirmação de que faltaria materialidade em relação ao delito previsto no art. 311 do CP – o qual é imputado ao paciente -, pelo qual o corréu veio a ser absolvido perante o juízo de origem, verifico que esse tema, apenas relatado em caráter superveniente à impetração, em nada afeta os fundamentos pelos quais foi mantida a prisão cautelar. Note-se, ainda, que as demais infrações pelas quais o paciente está sendo processado - receptação qualificada e corrupção ativa - cominam penas máximas superiores a 4 anos de reclusão, comportando, assim, a prisão preventiva se presentes os seus requisitos (art. 312 do Código de Processo Penal). Pelos argumentos apresentados no presente recurso, percebe-se que o embargante pretende obter uma segunda chance de ter a causa decidida em seu favor. É notório que não há nenhum dos vícios do art. 619 do Código de Processo Penal. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569921. Supremo Tribunal Federal HC 105.352 ED / SC 99.492/PE, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 12/3/10; HC nº 100.785/RR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 12/2/10; e HC nº 97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 27/11/09, entre outros. Por fim, destaco que a presença de condições subjetivas favoráveis a ele não obsta a segregação cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar a sua manutenção. Nesse sentido: HC nº 90.330/PR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 27/6/08; e HC nº 93.901/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 27/6/08, entre outros.” Não se prestam os embargos à pretendida rediscussão desse tema. Também no que se refere à suposta omissão quanto à afirmação de que faltaria materialidade em relação ao delito previsto no art. 311 do CP – o qual é imputado ao paciente -, pelo qual o corréu veio a ser absolvido perante o juízo de origem, verifico que esse tema, apenas relatado em caráter superveniente à impetração, em nada afeta os fundamentos pelos quais foi mantida a prisão cautelar. Note-se, ainda, que as demais infrações pelas quais o paciente está sendo processado - receptação qualificada e corrupção ativa - cominam penas máximas superiores a 4 anos de reclusão, comportando, assim, a prisão preventiva se presentes os seus requisitos (art. 312 do Código de Processo Penal). Pelos argumentos apresentados no presente recurso, percebe-se que o embargante pretende obter uma segunda chance de ter a causa decidida em seu favor. É notório que não há nenhum dos vícios do art. 619 do Código de Processo Penal. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569921. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 105.352 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : JOSÉ CARLOS PSCHEIDT ADV.(A/S) : DAISY CRISTINE NEITZKE HEUER EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568752 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 105.352 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : JOSÉ CARLOS PSCHEIDT ADV.(A/S) : DAISY CRISTINE NEITZKE HEUER EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568752 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1593394
2011-10-25T00:00:00
2011-11-29T00:00:00
A Turma rejeitou os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS
EMENTA Embargos de declaração em habeas corpus. Questões afastadas pela decisão embargada. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade. 1. No julgamento do habeas corpus, enfrentaram-se adequadamente as questões postas pela impetrante, não estando presente nenhum dos vícios do art. 619 do Código de Processo Penal. 2. Embargos de declaração rejeitados.
sjur201961
Número de páginas: 7. Análise: 13/12/2011, IMC. Revisão: 14/12/2011, KBP.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
105352
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00311 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 ART-00619 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL" ]
HC-ED
acordaos
HC 105352 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : JOSÉ CARLOS PSCHEIDT ADV.(A/S) : DAISY CRISTINE NEITZKE HEUER EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.082 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :RICARDO MENDONZA PONHÉ IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006). DOSIMETRIA DA PENA. APELAÇÃO PROVIDA PARCIALMENTE PARA DETERMINAR A APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO § 4º DO ART. 33 DA LEI DE DROGAS EM 1/3 (UM TERÇO). ALEGAÇÃO DE BIS IN IDEN, CONSIDERADA A VALORAÇÃO DA QUANTIDADE DE DROGA NA PRIMEIRA E TERCEIRA FASES DA DOSIMETRIA DA PENA. INEXISTÊNCIA. APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DA LEI DE ENTORPECENTES EM 2/3 (DOIS TERÇOS) E CONSEQUENTE CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM RESTRITIVA DE DIREITOS, NOS TERMOS DO ART. 44 DO CÓDIGO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. DOSIMETRIA DA PENA ESCORREITA. 1. O bis in idem ocorre quando valorada duplamente duas circunstâncias prejudiciais ao réu na dosimetria da pena. 2. In casu, o Juiz ateve-se às circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, sem qualquer alusão à quantidade da droga apreendida, para fixar a pena-base acima do mínimo legal e, de resto, deixou de aplicar a causa de diminuição da pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006, resultando daí, obviamente, a impossibilidade da ocorrência de bis in idem. 3. A causa de diminuição da pena foi aplicada pelo Tribunal de Justiça em 1/3 (um terço), ao prover parcialmente o apelo da defesa, sob o fundamento de que a quantidade de entorpecente apreendida impedia redução maior, consoante o disposto no artigo 40 da Lei de Entorpecentes, verbis: “O juiz, na fixação das penas, considerará, com Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564749. Supremo Tribunal Federal DJe 17/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão HC 109.082 / MS preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do acusado.” 4. A Primeira Turma desta Corte decidiu, no HC n. 104.195/MS, de que fui relator, DJe de 10/06/2011, que “A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010 e HC 94.559, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010).” 5. A dosimetria da pena não merece reparo, por isso que a redução média de 1/3, entre a proporção de 1/6 e 2/3, é significativa e não poderia dar-se no grau máximo em razão da expressiva quantidade de entorpecente apreendida, que não pode ser relegada. 6. A pretendida conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, apesar de encontrar apoio na jurisprudência desta Corte, resta prejudicada ante o desacolhimento da tese de bis in idem e da aplicação da causa de redução do § 4º do art. 33 no máximo previsto, do que decorre a impossibilidade de chegar-se à pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos de reclusão e à consequente aplicação do artigo 44 do Código Penal. 7. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564749. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do acusado.” 4. A Primeira Turma desta Corte decidiu, no HC n. 104.195/MS, de que fui relator, DJe de 10/06/2011, que “A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010 e HC 94.559, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010).” 5. A dosimetria da pena não merece reparo, por isso que a redução média de 1/3, entre a proporção de 1/6 e 2/3, é significativa e não poderia dar-se no grau máximo em razão da expressiva quantidade de entorpecente apreendida, que não pode ser relegada. 6. A pretendida conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, apesar de encontrar apoio na jurisprudência desta Corte, resta prejudicada ante o desacolhimento da tese de bis in idem e da aplicação da causa de redução do § 4º do art. 33 no máximo previsto, do que decorre a impossibilidade de chegar-se à pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos de reclusão e à consequente aplicação do artigo 44 do Código Penal. 7. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.082 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :RICARDO MENDONZA PONHÉ IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado contra ata Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça consubstanciado em acórdão cuja ementa possui o seguinte teor: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/06. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. CONSIDERÁVEL QUANTIDADE DE DROGA. CRIME PRATICADO DENTRO DE TRANSPORTE PÚBLICO. CAUSA DE AUMENTO. AFASTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. A quantidade e a natureza da droga, embora não sejam, por si sós, fundamentos aptos a afastar a incidência da causa de diminuição de pena, prevista no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, devem ser consideradas na aferição do quantum de diminuição a ser aplicado, a teor do disposto no artigo 42 da Lei nº 11.343/06. 2. Na hipótese, o Tribunal de origem fundamentou, de forma concreta, a aplicação da causa de redução de pena no percentual de 1/3, notadamente pela grande quantidade da droga apreendida (672 g de cocaína), inexistindo, portanto, o alegado constrangimento ilegal. 3. De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior de Justiça, a causa de aumento do artigo 40, III, da Lei nº Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.082 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :RICARDO MENDONZA PONHÉ IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado contra ata Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça consubstanciado em acórdão cuja ementa possui o seguinte teor: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/06. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. CONSIDERÁVEL QUANTIDADE DE DROGA. CRIME PRATICADO DENTRO DE TRANSPORTE PÚBLICO. CAUSA DE AUMENTO. AFASTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. A quantidade e a natureza da droga, embora não sejam, por si sós, fundamentos aptos a afastar a incidência da causa de diminuição de pena, prevista no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, devem ser consideradas na aferição do quantum de diminuição a ser aplicado, a teor do disposto no artigo 42 da Lei nº 11.343/06. 2. Na hipótese, o Tribunal de origem fundamentou, de forma concreta, a aplicação da causa de redução de pena no percentual de 1/3, notadamente pela grande quantidade da droga apreendida (672 g de cocaína), inexistindo, portanto, o alegado constrangimento ilegal. 3. De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior de Justiça, a causa de aumento do artigo 40, III, da Lei nº Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório HC 109.082 / MS 11.343/2006 deve incidir nos casos em que o agente se utiliza de transporte público, com grandes aglomerações de pessoas, para passarem desapercebidos, tornando a traficância mais fácil e ágil, bastando, para sua incidência, o simples uso desse tipo de transporte, independentemente da distribuição da droga naquele local. Assim, é irrelevante se o paciente ofereceu ou tentou disponibilizar a substância entorpecente para os outros passageiros, pois o local utilizado para o tráfico, por si só, já faz incidir a majorante. 4. Ordem denegada.” O paciente foi condenado à pena de 7 (sete) anos, 9 (nove) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime inicial fechado, e 778 (setecentos e setenta e oito) dias-multa, à razão de 1/30 do salário-mínimo, pela prática do crime descrito no art. 33 c/c o art. 40, III, da Lei n. 11.3431. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul proveu parcialmente recurso de apelação da defesa para aplicar a causa de diminuição de que trata o art. 33, § 4º da Lei nº 11.343/062, em 1/3 (um terço), totalizando a 1 Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: III – a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos. 2 Art. 33 (omissis) § 4º. Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS 11.343/2006 deve incidir nos casos em que o agente se utiliza de transporte público, com grandes aglomerações de pessoas, para passarem desapercebidos, tornando a traficância mais fácil e ágil, bastando, para sua incidência, o simples uso desse tipo de transporte, independentemente da distribuição da droga naquele local. Assim, é irrelevante se o paciente ofereceu ou tentou disponibilizar a substância entorpecente para os outros passageiros, pois o local utilizado para o tráfico, por si só, já faz incidir a majorante. 4. Ordem denegada.” O paciente foi condenado à pena de 7 (sete) anos, 9 (nove) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime inicial fechado, e 778 (setecentos e setenta e oito) dias-multa, à razão de 1/30 do salário-mínimo, pela prática do crime descrito no art. 33 c/c o art. 40, III, da Lei n. 11.3431. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul proveu parcialmente recurso de apelação da defesa para aplicar a causa de diminuição de que trata o art. 33, § 4º da Lei nº 11.343/062, em 1/3 (um terço), totalizando a 1 Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: III – a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos. 2 Art. 33 (omissis) § 4º. Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório HC 109.082 / MS pena de 5 (cinco) anos, 2 (dois) meses e sete dias de reclusão. Daí a impetração de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça visando à aplicação da causa de diminuição em seu máximo, ou seja, em 2/3 (dois), sob o fundamento de que o paciente é primário, possui bons antecedentes e não há comprovação nos autos de que se dedique a atividade criminosa. Citando o precedente desta Corte firmado no HC n. 106.313/MG, Rel. o Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 07/04/2011, a impetrante sustenta constituir inegável bis in idem a valoração da quantidade de droga para exasperar a pena-base, na primeira fase da dosimetria, e para aplicar a causa de diminuição do § 4º do art. 33 aquém do que faria jus o paciente (1/3, em vez de 2/3), na terceira fase. O segundo fundamento da impetração depende do acolhimento do primeiro, ou seja, da aplicação da causa de diminuição em 2/3, a alcançar- se pena privativa de liberdade inferior a 4 (quatro) anos e, consequentemente, a possibilidade de conversão em pena restritiva de direitos, na forma do que prevê o art. 44 do Código Penal. A impetrante cita vários precedentes desta Corte nesse sentido. Requer a concessão da ordem a fim de “aplicar o redutor da pena do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 em seu patamar máximo de 2/3 e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art. 44 do Código Penal”. O Ministério Público Federal manifestou em parecer resumido nos termos seguintes: “TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PACIENTE agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS pena de 5 (cinco) anos, 2 (dois) meses e sete dias de reclusão. Daí a impetração de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça visando à aplicação da causa de diminuição em seu máximo, ou seja, em 2/3 (dois), sob o fundamento de que o paciente é primário, possui bons antecedentes e não há comprovação nos autos de que se dedique a atividade criminosa. Citando o precedente desta Corte firmado no HC n. 106.313/MG, Rel. o Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 07/04/2011, a impetrante sustenta constituir inegável bis in idem a valoração da quantidade de droga para exasperar a pena-base, na primeira fase da dosimetria, e para aplicar a causa de diminuição do § 4º do art. 33 aquém do que faria jus o paciente (1/3, em vez de 2/3), na terceira fase. O segundo fundamento da impetração depende do acolhimento do primeiro, ou seja, da aplicação da causa de diminuição em 2/3, a alcançar- se pena privativa de liberdade inferior a 4 (quatro) anos e, consequentemente, a possibilidade de conversão em pena restritiva de direitos, na forma do que prevê o art. 44 do Código Penal. A impetrante cita vários precedentes desta Corte nesse sentido. Requer a concessão da ordem a fim de “aplicar o redutor da pena do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 em seu patamar máximo de 2/3 e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art. 44 do Código Penal”. O Ministério Público Federal manifestou em parecer resumido nos termos seguintes: “TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PACIENTE agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório HC 109.082 / MS CONDENADO EM PRIMEIRO GRAU. INCURSÃO NOS ARTS. 33, CAPUT, 40, INCISO III, AMBOS DA LEI Nº 11.343/2006. APELAÇÃO DA DEFESA PARCIALMENTE PROVIDA PELO TJ/MS. DIMINUIÇÃO DA PENA. INCIDÊNCIA DO § 4º, ART. 33, LEI 11.343/06 (FRAÇÃO DE 1/3). WRIT NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA VISANDO À APLICAÇÃO DA ATENUANTE NO PATAMAR MÁXIMO (2/3) E EXCLUSÃO DA CAUSA DE AUMENTO DO ART. 40, III. ORDEM DENEGADA. HABEAS CORPUS NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ALEGANDO BIS IN IDEM: O MESMO FUNDAMENTO (QUANTIDADE RELEVANTE DA DROGA) SERVIU PARA MAJORAR A PENA-BASE E PARA LIMITAR A MINORANTE DO §4º, ART. 33 NO PATAMAR DE 1/3. PLEITO DE NOVA DIMINUIÇÃO DA REPRIMENDA E SUBSTITUIÇÃO DA SANÇÃO CORPORAL POR RESTRITIVA DE DIREITOS. ARGUIÇÕES TOTALEMENTE IMPROCEDENTES. DECISÕES A QUO IRRETOCÁVEIS. DOSIMETRIA ESCORREITA. SUBSTITUIÇÃO DE PENA. INVIABILIDADE. PARECER PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM.” É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS CONDENADO EM PRIMEIRO GRAU. INCURSÃO NOS ARTS. 33, CAPUT, 40, INCISO III, AMBOS DA LEI Nº 11.343/2006. APELAÇÃO DA DEFESA PARCIALMENTE PROVIDA PELO TJ/MS. DIMINUIÇÃO DA PENA. INCIDÊNCIA DO § 4º, ART. 33, LEI 11.343/06 (FRAÇÃO DE 1/3). WRIT NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA VISANDO À APLICAÇÃO DA ATENUANTE NO PATAMAR MÁXIMO (2/3) E EXCLUSÃO DA CAUSA DE AUMENTO DO ART. 40, III. ORDEM DENEGADA. HABEAS CORPUS NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ALEGANDO BIS IN IDEM: O MESMO FUNDAMENTO (QUANTIDADE RELEVANTE DA DROGA) SERVIU PARA MAJORAR A PENA-BASE E PARA LIMITAR A MINORANTE DO §4º, ART. 33 NO PATAMAR DE 1/3. PLEITO DE NOVA DIMINUIÇÃO DA REPRIMENDA E SUBSTITUIÇÃO DA SANÇÃO CORPORAL POR RESTRITIVA DE DIREITOS. ARGUIÇÕES TOTALEMENTE IMPROCEDENTES. DECISÕES A QUO IRRETOCÁVEIS. DOSIMETRIA ESCORREITA. SUBSTITUIÇÃO DE PENA. INVIABILIDADE. PARECER PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM.” É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.082 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Colhe-se da sentença o trecho alusivo à fixação da pena-base. “[...] Considerando a culpabilidade do réu, que se revela intensa pela reprovabilidade de seu ato, à sua conduta social desviada da normalidade, à sua personalidade desajustada e desagregadora, aos motivos egoísticos do crime, que causam danos irreversíveis e de grande potencial ofensivo à família e à sociedade como um todo, com consequências deletérias de toda ordem; aos crimes conexos que geram o tráfico ilícito de entorpecente, que ajuda a manter a criminalidade, financiando outros crimes, que só foi interrompido por circunstâncias alheias a sua vontade, fixo a pena base acima do mínimo legal em 08 (oito) anos de reclusão e 800 (oitocentos) dias-multa à razão de 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos, ao dia, corrigidos.” O juiz ateve-se às circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, sem qualquer menção à quantidade e à natureza da droga apreendida. No que tange à causa de diminuição da pena, prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, Sua Excelência assentou o quanto se segue: “Por fim cumpre observar que a causa de redução prevista no artigo 33, III, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, não pode ser aplicada, vez que o acusado integra organização criminosa, com distribuição de tarefas, tanto é que ele era o encarregado pelo transporte da droga, enquanto que existe um financiador da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.082 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Colhe-se da sentença o trecho alusivo à fixação da pena-base. “[...] Considerando a culpabilidade do réu, que se revela intensa pela reprovabilidade de seu ato, à sua conduta social desviada da normalidade, à sua personalidade desajustada e desagregadora, aos motivos egoísticos do crime, que causam danos irreversíveis e de grande potencial ofensivo à família e à sociedade como um todo, com consequências deletérias de toda ordem; aos crimes conexos que geram o tráfico ilícito de entorpecente, que ajuda a manter a criminalidade, financiando outros crimes, que só foi interrompido por circunstâncias alheias a sua vontade, fixo a pena base acima do mínimo legal em 08 (oito) anos de reclusão e 800 (oitocentos) dias-multa à razão de 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos, ao dia, corrigidos.” O juiz ateve-se às circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, sem qualquer menção à quantidade e à natureza da droga apreendida. No que tange à causa de diminuição da pena, prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, Sua Excelência assentou o quanto se segue: “Por fim cumpre observar que a causa de redução prevista no artigo 33, III, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, não pode ser aplicada, vez que o acusado integra organização criminosa, com distribuição de tarefas, tanto é que ele era o encarregado pelo transporte da droga, enquanto que existe um financiador da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 109.082 / MS atividade ilícita, bem como o respectivo fornecedor.” Resulta incontroverso que a quantidade da droga não serviu à exasperação da pena-base, bem assim que o juiz não aplicou a causa de diminuição da pena de que trata o art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, não há, obviamente, espaço para afirmar-se a existência de bis in idem. A quantidade da droga foi, sim, ponderada pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, ao acolher a tese de aplicação da causa da diminuição da pena, diminuindo-a em 1/3, e não em 2/3, como pretendido pela defesa, com fundamento no artigo 42 da Lei de Entorpecentes, verbis: Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do acusado.” A propósito, esse entendimento está em harmonia com o precedente desta Turma firmado no HC n. 104.195/MS, de que fui relator, DJe de 10/06/2011), cuja ementa ostenta o seguinte teor: “EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO. AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO TERATOLÓGICA A ENSEJAR A SUBSTITUIÇÃO DA AÇÃO AUTÔNOMA DE IMPUGNAÇÃO PELO RECURSO CABÍVEL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006). DOSIMETRIA DA PENA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL E AUMENTADA EM RAZÃO DA QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA. CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. PENA REDUZIDA EM 1/6 (UM SEXTO) EM DECISÃO FUNDAMENTADA NA 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS atividade ilícita, bem como o respectivo fornecedor.” Resulta incontroverso que a quantidade da droga não serviu à exasperação da pena-base, bem assim que o juiz não aplicou a causa de diminuição da pena de que trata o art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, não há, obviamente, espaço para afirmar-se a existência de bis in idem. A quantidade da droga foi, sim, ponderada pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, ao acolher a tese de aplicação da causa da diminuição da pena, diminuindo-a em 1/3, e não em 2/3, como pretendido pela defesa, com fundamento no artigo 42 da Lei de Entorpecentes, verbis: Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do acusado.” A propósito, esse entendimento está em harmonia com o precedente desta Turma firmado no HC n. 104.195/MS, de que fui relator, DJe de 10/06/2011), cuja ementa ostenta o seguinte teor: “EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO. AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO TERATOLÓGICA A ENSEJAR A SUBSTITUIÇÃO DA AÇÃO AUTÔNOMA DE IMPUGNAÇÃO PELO RECURSO CABÍVEL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006). DOSIMETRIA DA PENA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL E AUMENTADA EM RAZÃO DA QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA. CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. PENA REDUZIDA EM 1/6 (UM SEXTO) EM DECISÃO FUNDAMENTADA NA 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 109.082 / MS QUANTIDADE DE DROGAS APREENDIDA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER NA DOSIMETRIA DA PENA. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus, ação autônoma de impugnação, não é admissível como substitutivo do recurso próprio, o RHC, tampouco para aferir a exatidão da dosimetria da pena. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010, e HC 94.559, Segunda Turma, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010. 2. A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010 e HC 94.559, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010). 3. In casu: a) a paciente foi condenada a 7 (sete) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa pela prática do crime tipificado no artigo 33, caput, c/c art. 40, inciso V, da Lei n. 11.343/2006 (tráfico interestadual de entorpecentes), em razão de ter sido presa com quase um quilo de cocaína; b) o TJ/MS negou provimento ao apelo da defesa, mantendo a condenação; c) o Superior Tribunal de Justiça procedeu à nova dosimetria da pena, afastando as circunstâncias judiciais concernentes à culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos e circunstâncias do crime, do que resultou a pena-base no mínimo legal (cinco anos de reclusão), que, em razão da quantidade de entorpecente passou para 6 (seis) anos de reclusão e (seiscentos) dias-multa. d) reconheceu, na fase intermediária, a atenuante da confissão espontânea, reduzindo a pena ao mínimo legal e, passo seguinte, aplicou a agravante prevista no art. 40, inc. V da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS QUANTIDADE DE DROGAS APREENDIDA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER NA DOSIMETRIA DA PENA. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus, ação autônoma de impugnação, não é admissível como substitutivo do recurso próprio, o RHC, tampouco para aferir a exatidão da dosimetria da pena. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010, e HC 94.559, Segunda Turma, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010. 2. A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010 e HC 94.559, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010). 3. In casu: a) a paciente foi condenada a 7 (sete) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa pela prática do crime tipificado no artigo 33, caput, c/c art. 40, inciso V, da Lei n. 11.343/2006 (tráfico interestadual de entorpecentes), em razão de ter sido presa com quase um quilo de cocaína; b) o TJ/MS negou provimento ao apelo da defesa, mantendo a condenação; c) o Superior Tribunal de Justiça procedeu à nova dosimetria da pena, afastando as circunstâncias judiciais concernentes à culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos e circunstâncias do crime, do que resultou a pena-base no mínimo legal (cinco anos de reclusão), que, em razão da quantidade de entorpecente passou para 6 (seis) anos de reclusão e (seiscentos) dias-multa. d) reconheceu, na fase intermediária, a atenuante da confissão espontânea, reduzindo a pena ao mínimo legal e, passo seguinte, aplicou a agravante prevista no art. 40, inc. V da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 109.082 / MS Lei 11.343/2660, chegando-se à pena-base de 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão, mais 583 (quinhentos e oitenta e três) dias-multa. e) afastou, na terceira fase da dosimetria, a consideração feita pelo juízo processante no sentido de que inquéritos e processos em andamento impedem a aplicação causa de diminuição especial da pena prevista no art. 33, § 4º da Lei 11.343/2006. Fê-lo com fundamento no princípio da presunção de inocência, reduzindo a pena em 1/6, num intervalo de 1/6 a 2/3, afirmando que a redução mínima deveu-se à quantidade de droga apreendida, "aliada a outras circunstâncias próprias do caso concreto", circunstâncias não sujeitas à ponderação desta Corte. 4. Preliminar de não conhecimento ultrapassada. 5. Ordem denegada.” Ainda no mesmo sentido o RHC nº 106.719/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Dje de25/03/2011, verbis: “O juiz não está obrigado a aplicar o máximo da redução prevista, quando presentes os requisitos para a concessão desse benefício, tendo plena liberdade de aplicar a redução no patamar conforme seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime, segundo as peculiaridades de cada caso concreto. Do contrário, seria inócua a previsão legal de um patamar mínimo e um máximo”. In casu, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul proveu a apelação do paciente para aplicar a causa de diminuição da pena, nos termos do voto condutor, verbis: “Em análise detida dos autos, constatou-se que o apelante Ricardo Mendonza Ponhé faz jus à aplicação da causa de diminuição de pena, uma vez que preenche os requisitos exigidos pela lei, é primário, de bons antecedentes e não há nos autos comprovação de que se dedique a atividades criminosas. A par dessas considerações, reformo a decisão a quo, para minorar a pena aplicada em 1/3, nos termos do § 4º da Lei 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS Lei 11.343/2660, chegando-se à pena-base de 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão, mais 583 (quinhentos e oitenta e três) dias-multa. e) afastou, na terceira fase da dosimetria, a consideração feita pelo juízo processante no sentido de que inquéritos e processos em andamento impedem a aplicação causa de diminuição especial da pena prevista no art. 33, § 4º da Lei 11.343/2006. Fê-lo com fundamento no princípio da presunção de inocência, reduzindo a pena em 1/6, num intervalo de 1/6 a 2/3, afirmando que a redução mínima deveu-se à quantidade de droga apreendida, "aliada a outras circunstâncias próprias do caso concreto", circunstâncias não sujeitas à ponderação desta Corte. 4. Preliminar de não conhecimento ultrapassada. 5. Ordem denegada.” Ainda no mesmo sentido o RHC nº 106.719/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Dje de25/03/2011, verbis: “O juiz não está obrigado a aplicar o máximo da redução prevista, quando presentes os requisitos para a concessão desse benefício, tendo plena liberdade de aplicar a redução no patamar conforme seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime, segundo as peculiaridades de cada caso concreto. Do contrário, seria inócua a previsão legal de um patamar mínimo e um máximo”. In casu, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul proveu a apelação do paciente para aplicar a causa de diminuição da pena, nos termos do voto condutor, verbis: “Em análise detida dos autos, constatou-se que o apelante Ricardo Mendonza Ponhé faz jus à aplicação da causa de diminuição de pena, uma vez que preenche os requisitos exigidos pela lei, é primário, de bons antecedentes e não há nos autos comprovação de que se dedique a atividades criminosas. A par dessas considerações, reformo a decisão a quo, para minorar a pena aplicada em 1/3, nos termos do § 4º da Lei 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 109.082 / MS 11.343/06, relevando a significativa quantidade de drogas, e torno-a definitiva em 5 (cinco) anos e 02 (dois) meses e 7 (sete) dias de reclusão e pagamento de 519 (quinhentos e dezenove) dias-multa, à razão de 1/30 do salário mínimo, vigente à época dos fatos. Ante o exposto, com o parecer, dou provimento parcial ao recurso para que seja aplicada a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06.” Destarte, nada a reparar na dosimetria da pena, por isso que a redução média de 1/3, entre 1/6 e 2/3, é significativa e não poderia dar-se no grau máximo em razão da expressiva quantidade de entorpecente apreendida, que não pode ser relegada. A pretendida conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, apesar de encontrar apoio na jurisprudência desta Corte, resta prejudicada ante o desacolhimento da tese do bis in idem e da aplicação da causa de redução do § 4º do art. 33 no máximo previsto, do que decorre a impossibilidade de chegar-se à pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos de reclusão e a consequente aplicação do artigo 44 do Código Penal. Ex positis, denego a ordem. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Supremo Tribunal Federal HC 109.082 / MS 11.343/06, relevando a significativa quantidade de drogas, e torno-a definitiva em 5 (cinco) anos e 02 (dois) meses e 7 (sete) dias de reclusão e pagamento de 519 (quinhentos e dezenove) dias-multa, à razão de 1/30 do salário mínimo, vigente à época dos fatos. Ante o exposto, com o parecer, dou provimento parcial ao recurso para que seja aplicada a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06.” Destarte, nada a reparar na dosimetria da pena, por isso que a redução média de 1/3, entre 1/6 e 2/3, é significativa e não poderia dar-se no grau máximo em razão da expressiva quantidade de entorpecente apreendida, que não pode ser relegada. A pretendida conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, apesar de encontrar apoio na jurisprudência desta Corte, resta prejudicada ante o desacolhimento da tese do bis in idem e da aplicação da causa de redução do § 4º do art. 33 no máximo previsto, do que decorre a impossibilidade de chegar-se à pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos de reclusão e a consequente aplicação do artigo 44 do Código Penal. Ex positis, denego a ordem. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.082 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : RICARDO MENDONZA PONHÉ IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568762 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.082 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : RICARDO MENDONZA PONHÉ IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568762 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1573689
2011-10-25T00:00:00
2011-11-17T00:00:00
A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006). DOSIMETRIA DA PENA. APELAÇÃO PROVIDA PARCIALMENTE PARA DETERMINAR A APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO § 4º DO ART. 33 DA LEI DE DROGAS EM 1/3 (UM TERÇO). ALEGAÇÃO DE BIS IN IDEN, CONSIDERADA A VALORAÇÃO DA QUANTIDADE DE DROGA NA PRIMEIRA E TERCEIRA FASES DA DOSIMETRIA DA PENA. INEXISTÊNCIA. APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DA LEI DE ENTORPECENTES EM 2/3 (DOIS TERÇOS) E CONSEQUENTE CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM RESTRITIVA DE DIREITOS, NOS TERMOS DO ART. 44 DO CÓDIGO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. DOSIMETRIA DA PENA ESCORREITA. 1. O bis in idem ocorre quando valorada duplamente duas circunstâncias prejudiciais ao réu na dosimetria da pena. 2. In casu, o Juiz ateve-se às circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, sem qualquer alusão à quantidade da droga apreendida, para fixar a pena-base acima do mínimo legal e, de resto, deixou de aplicar a causa de diminuição da pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006, resultando daí, obviamente, a impossibilidade da ocorrência de bis in idem. 3. A causa de diminuição da pena foi aplicada pelo Tribunal de Justiça em 1/3 (um terço), ao prover parcialmente o apelo da defesa, sob o fundamento de que a quantidade de entorpecente apreendida impedia redução maior, consoante o disposto no artigo 40 da Lei de Entorpecentes, verbis: “O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do acusado.” 4. A Primeira Turma desta Corte decidiu, no HC n. 104.195/MS, de que fui relator, DJe de 10/06/2011, que “A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010 e HC 94.559, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010).” 5. A dosimetria da pena não merece reparo, por isso que a redução média de 1/3, entre a proporção de 1/6 e 2/3, é significativa e não poderia dar-se no grau máximo em razão da expressiva quantidade de entorpecente apreendida, que não pode ser relegada. 6. A pretendida conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, apesar de encontrar apoio na jurisprudência desta Corte, resta prejudicada ante o desacolhimento da tese de bis in idem e da aplicação da causa de redução do § 4º do art. 33 no máximo previsto, do que decorre a impossibilidade de chegar-se à pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos de reclusão e à consequente aplicação do artigo 44 do Código Penal. 7. Ordem denegada.
sjur201596
- Acórdãos citados: HC 104195, RHC 106719. Número de páginas: 12. Análise: 28/11/2011, MMR. Análise: 14/12/2011, ACG.
LUIZ FUX
Primeira Turma
109082
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00044 ART-00059 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 PAR-00004 ART-00042 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 109082
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PACTE.(S) : RICARDO MENDONZA PONHÉ IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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MENDONZA PONHÉ", "L", "U", "I", "Z FUX", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "L", "U", "I", "Z FUX", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ricardo Mendonza Ponhé", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ricardo Mendonza Ponhé", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "R", "IC", "AR", "DO MENDONZA PONHÉ", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian", "L", "U", "I", "Z FUX", "R", "IC", "AR", "DO MENDONZA PONHÉ", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian" ], "TEMPO": [ "25", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.555 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :JOAQUIM RODRIGUES COSTA IMPTE.(S) :MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. LEI 11.719/2008 QUE DEU NOVA REDAÇÃO AO ART. 400 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. NOVO INTERROGATÓRIO. REALIZAÇÃO. PRETENSÃO. DESCABIMENTO. NULIDADE. ALEGAÇÃO. PREJUÍZO. INEXISTÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – O interrogatório do paciente ocorreu em data anterior à publicação da Lei 11.719/2008, o que, pela aplicação do princípio do tempus regit actum, exclui a obrigatoriedade de renovação do ato validamente praticado sob a vigência de lei anterior. II – Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que não se declara a nulidade de ato processual se a alegação não vier acompanhada da prova do efetivo prejuízo sofrido pelo réu. Precedentes. III - Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, indeferir o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 28 de setembro de 2010. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730952. Supremo Tribunal Federal DJe 15/10/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.555 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :JOAQUIM RODRIGUES COSTA IMPTE.(S) :MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Maria Cláudia de Seixas e André Santos Rocha da Silva em favor de JOAQUIM RODRIGUES COSTA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC 152.456/SP, Rel. Min. Felix Fischer. Narra a inicial que o paciente foi denunciado pela suposta prática do delito tipificado no art. 302, caput, do Código de Trânsito Brasileiro. Em 12/5/2008, a denúncia foi recebida e determinada a expedição de carta precatória para o interrogatório do réu, sendo o ato realizado em 30/7/2008. Com o advento da Lei 11.719/2008, que alterou o disposto no art. 400 do Código de Processo Penal, os impetrantes requereram a realização de novo interrogatório do ora paciente, sendo o pleito inicialmente deferido, mas posteriormente revogado pelo juiz. Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, posteriormente, outro no STJ, sendo denegada a ordem em ambas as impetrações. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurgem os impetrantes. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730954. Supremo Tribunal Federal 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.555 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :JOAQUIM RODRIGUES COSTA IMPTE.(S) :MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Maria Cláudia de Seixas e André Santos Rocha da Silva em favor de JOAQUIM RODRIGUES COSTA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC 152.456/SP, Rel. Min. Felix Fischer. Narra a inicial que o paciente foi denunciado pela suposta prática do delito tipificado no art. 302, caput, do Código de Trânsito Brasileiro. Em 12/5/2008, a denúncia foi recebida e determinada a expedição de carta precatória para o interrogatório do réu, sendo o ato realizado em 30/7/2008. Com o advento da Lei 11.719/2008, que alterou o disposto no art. 400 do Código de Processo Penal, os impetrantes requereram a realização de novo interrogatório do ora paciente, sendo o pleito inicialmente deferido, mas posteriormente revogado pelo juiz. Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, posteriormente, outro no STJ, sendo denegada a ordem em ambas as impetrações. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurgem os impetrantes. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730954. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório HC 104.555 / SP Sustentam, em síntese, que o paciente sofre constrangimento ilegal pela não realização de novo interrogatório ao final da audiência de instrução e julgamento, nos termos previstos pela novel redação conferida ao art. 400 do Código de Processo Penal. Afirmam que, não obstante a absolvição do réu, teria ocorrido prejuízo, ao argumento de que, se houvesse novo interrogatório, as alegações das testemunhas da acusação seriam justificadas e o Ministério Público não interporia recurso de apelação, como o fez. Asseveram, dessa forma, que: “(...) o cerceamento dado ao Paciente de não ser interrogado ao final do processo, acabou por tolher a oportunidade de exercer sua autodefesa, de tal forma prejuízo suporta este, pois, como dito, se tal ocorresse o ilustre Promotor de Justiça não haveria por apelar da sentença proferida e já que interpôs recurso de apelação, condenação poderá sobrevir” (fl. 4). Argumentam, ainda, que a nova redação do art. 400 é norma de caráter processual, motivo pelo qual exige aplicação imediata aos processos em andamento, independentemente se há benefício ou prejuízo do réu. Ressaltam, assim, que a alteração trazida pela Lei 11.719/2008 determina que o interrogatório do acusado dar-se-á ao final da audiência de instrução, somente após a declaração do ofendido, oitivas de testemunhas e esclarecimentos de peritos, rito procedimental que não foi observado pelo magistrado. Requerem, ao final, a concessão de medida liminar para determinar a suspensão da Ação Penal 55/2007, em trâmite na Vara Judicial da Comarca de Viradouro/SP, inclusive a subida dos autos para o Tribunal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730954. Supremo Tribunal Federal HC 104.555 / SP Sustentam, em síntese, que o paciente sofre constrangimento ilegal pela não realização de novo interrogatório ao final da audiência de instrução e julgamento, nos termos previstos pela novel redação conferida ao art. 400 do Código de Processo Penal. Afirmam que, não obstante a absolvição do réu, teria ocorrido prejuízo, ao argumento de que, se houvesse novo interrogatório, as alegações das testemunhas da acusação seriam justificadas e o Ministério Público não interporia recurso de apelação, como o fez. Asseveram, dessa forma, que: “(...) o cerceamento dado ao Paciente de não ser interrogado ao final do processo, acabou por tolher a oportunidade de exercer sua autodefesa, de tal forma prejuízo suporta este, pois, como dito, se tal ocorresse o ilustre Promotor de Justiça não haveria por apelar da sentença proferida e já que interpôs recurso de apelação, condenação poderá sobrevir” (fl. 4). Argumentam, ainda, que a nova redação do art. 400 é norma de caráter processual, motivo pelo qual exige aplicação imediata aos processos em andamento, independentemente se há benefício ou prejuízo do réu. Ressaltam, assim, que a alteração trazida pela Lei 11.719/2008 determina que o interrogatório do acusado dar-se-á ao final da audiência de instrução, somente após a declaração do ofendido, oitivas de testemunhas e esclarecimentos de peritos, rito procedimental que não foi observado pelo magistrado. Requerem, ao final, a concessão de medida liminar para determinar a suspensão da Ação Penal 55/2007, em trâmite na Vara Judicial da Comarca de Viradouro/SP, inclusive a subida dos autos para o Tribunal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730954. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório HC 104.555 / SP bandeirante, até o julgamento definitivo deste writ. No mérito, pedem a concessão da ordem para que seja determinada a realização de novo interrogatório do paciente, com a consequente anulação de todos os atos posteriores ao despacho que revogou a designação de novo interrogatório. Em 24/6/2010, indeferi a liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730954. Supremo Tribunal Federal HC 104.555 / SP bandeirante, até o julgamento definitivo deste writ. No mérito, pedem a concessão da ordem para que seja determinada a realização de novo interrogatório do paciente, com a consequente anulação de todos os atos posteriores ao despacho que revogou a designação de novo interrogatório. Em 24/6/2010, indeferi a liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730954. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.555 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão ora questionado tem a seguinte ementa: “PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 302, CAPUT, DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. APLICAÇÃO DO ART. 400 DO CPP COM A NOVA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI N° 11.719/08. NORMA DE NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA. VALIDADE DO INTERROGATÓRIO DO RÉU REALIZADO SOB A VIGÊNCIA DE LEI ANTERIOR. PRINCÍPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM. I - A norma de natureza processual possui aplicação imediata, consoante determina o art. 2° do CPP, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, consagrando o princípio do tempus regit actum (Precedentes). II - Assim, nesta linha, o art. 400 do CPP, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.719/08, - regra de caráter eminentemente processual -, possui aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos processuais realizados em observância ao rito procedimental anterior. III - Portanto, não há que se falar em cerceamento de defesa na espécie por ausência de realização de novo interrogatório do ora paciente ao final da audiência de instrução e julgamento, pois o referido ato processual foi validamente realizado pelo Juízo processante antes do advento da novel legislação em observância ao rito procedimental vigente à época, não possuindo a lei processual penal efeito retroativo. Ordem denegada”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730955. Supremo Tribunal Federal 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.555 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão ora questionado tem a seguinte ementa: “PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 302, CAPUT, DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. APLICAÇÃO DO ART. 400 DO CPP COM A NOVA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI N° 11.719/08. NORMA DE NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA. VALIDADE DO INTERROGATÓRIO DO RÉU REALIZADO SOB A VIGÊNCIA DE LEI ANTERIOR. PRINCÍPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM. I - A norma de natureza processual possui aplicação imediata, consoante determina o art. 2° do CPP, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, consagrando o princípio do tempus regit actum (Precedentes). II - Assim, nesta linha, o art. 400 do CPP, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.719/08, - regra de caráter eminentemente processual -, possui aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos processuais realizados em observância ao rito procedimental anterior. III - Portanto, não há que se falar em cerceamento de defesa na espécie por ausência de realização de novo interrogatório do ora paciente ao final da audiência de instrução e julgamento, pois o referido ato processual foi validamente realizado pelo Juízo processante antes do advento da novel legislação em observância ao rito procedimental vigente à época, não possuindo a lei processual penal efeito retroativo. Ordem denegada”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730955. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 104.555 / SP Não vislumbro, no presente caso, constrangimento ilegal, abuso de poder ou teratologia, que justifique a concessão da ordem. Conforme relatado, os impetrantes pretendem a renovação do interrogatório do ora paciente, o qual, sustentam, deve ser praticado ao final da audiência de instrução e julgamento, nos termos da Lei 11.719/2008, que deu nova redação ao art. 400 do Código de Processo Penal. A pretensão não merece prosperar. Como se sabe, nos termos do art. 2º do Código de Processo Penal, a lei adjetiva penal tem eficácia imediata, preservando-se os atos praticados anteriormente à sua vigência, isso porque vigora, no processo penal, o princípio “tempus regit actum” segundo o qual são plenamente válidos os atos processuais praticados sob a vigência de lei anterior, uma vez que as normas processuais penais não possuem efeito retroativo. Nessa esteira, é o magistério de Eugênio Pacelli: “Já no que se refere às leis processuais no tempo, segue-se a regra de toda legislação processual: aplicam-se de imediato, desde a sua vigência, respeitando, porém, a validade dos atos realizados sob o império da legislação anterior.” 1 Ora, a referida lei, publicada em 23/6/2008, entrou em vigor 60 (sessenta) dias após, portanto, em 22/8/2008. Colho dos autos que o interrogatório do paciente foi realizado em 30/7/2008 - data anterior à vigência do novel diploma processual - de modo que não há falar em cerceamento de defesa, porquanto o ato foi 1 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 10. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. p. 18. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730955. Supremo Tribunal Federal HC 104.555 / SP Não vislumbro, no presente caso, constrangimento ilegal, abuso de poder ou teratologia, que justifique a concessão da ordem. Conforme relatado, os impetrantes pretendem a renovação do interrogatório do ora paciente, o qual, sustentam, deve ser praticado ao final da audiência de instrução e julgamento, nos termos da Lei 11.719/2008, que deu nova redação ao art. 400 do Código de Processo Penal. A pretensão não merece prosperar. Como se sabe, nos termos do art. 2º do Código de Processo Penal, a lei adjetiva penal tem eficácia imediata, preservando-se os atos praticados anteriormente à sua vigência, isso porque vigora, no processo penal, o princípio “tempus regit actum” segundo o qual são plenamente válidos os atos processuais praticados sob a vigência de lei anterior, uma vez que as normas processuais penais não possuem efeito retroativo. Nessa esteira, é o magistério de Eugênio Pacelli: “Já no que se refere às leis processuais no tempo, segue-se a regra de toda legislação processual: aplicam-se de imediato, desde a sua vigência, respeitando, porém, a validade dos atos realizados sob o império da legislação anterior.” 1 Ora, a referida lei, publicada em 23/6/2008, entrou em vigor 60 (sessenta) dias após, portanto, em 22/8/2008. Colho dos autos que o interrogatório do paciente foi realizado em 30/7/2008 - data anterior à vigência do novel diploma processual - de modo que não há falar em cerceamento de defesa, porquanto o ato foi 1 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 10. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. p. 18. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730955. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 104.555 / SP realizado nos moldes da legislação vigente à época. Nesse sentido menciono, entre outros, os seguintes precedentes desta Corte: RHC 88.512/SP, Rel. Ministro Cezar Peluso, HC 97.313/GO, Rel. Min. Ellen Gracie, HC 90.963/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, HC 91.140/PE, Rel. Min. Eros Grau. Ainda que assim não fosse, esta Corte vem adotando o entendimento de que somente se declara nulidade de ato processual se houver demonstração de efetivo prejuízo sofrido pela parte. É o que se extrai, v.g., do HC 85.155/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, no qual se assentou que a demonstração do prejuízo, a teor do art. 563 do CPP, é essencial à alegação de nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que (...)o âmbito normativo do dogma fundamental da disciplina das nulidades pas de nullité sans grief compreende as nulidades absolutas. Mesma orientação foi adotada no julgamento do HC 82.899/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, o qual porta a seguinte ementa: “AÇÃO PENAL. Processo. (...). Ausência de prejuízo ao réu. Nulidade inexistente. HC denegado. Precedentes. Não há, no processo penal, nulidade ainda que absoluta, quando do vício alegado não haja decorrido prejuízo algum ao réu ” (grifos meus). Verifico, porém, que o impetrante não se desincumbiu de tal ônus. Ao contrário, da leitura da inicial, infere-se que o paciente foi absolvido da imputação que lhe foi feita, razão pela qual é de se repelir a pretensão ora veiculada ante a inexistência de prejuízo. Pelo exposto, denego a ordem. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730955. Supremo Tribunal Federal HC 104.555 / SP realizado nos moldes da legislação vigente à época. Nesse sentido menciono, entre outros, os seguintes precedentes desta Corte: RHC 88.512/SP, Rel. Ministro Cezar Peluso, HC 97.313/GO, Rel. Min. Ellen Gracie, HC 90.963/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, HC 91.140/PE, Rel. Min. Eros Grau. Ainda que assim não fosse, esta Corte vem adotando o entendimento de que somente se declara nulidade de ato processual se houver demonstração de efetivo prejuízo sofrido pela parte. É o que se extrai, v.g., do HC 85.155/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, no qual se assentou que a demonstração do prejuízo, a teor do art. 563 do CPP, é essencial à alegação de nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que (...)o âmbito normativo do dogma fundamental da disciplina das nulidades pas de nullité sans grief compreende as nulidades absolutas. Mesma orientação foi adotada no julgamento do HC 82.899/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, o qual porta a seguinte ementa: “AÇÃO PENAL. Processo. (...). Ausência de prejuízo ao réu. Nulidade inexistente. HC denegado. Precedentes. Não há, no processo penal, nulidade ainda que absoluta, quando do vício alegado não haja decorrido prejuízo algum ao réu ” (grifos meus). Verifico, porém, que o impetrante não se desincumbiu de tal ônus. Ao contrário, da leitura da inicial, infere-se que o paciente foi absolvido da imputação que lhe foi feita, razão pela qual é de se repelir a pretensão ora veiculada ante a inexistência de prejuízo. Pelo exposto, denego a ordem. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730955. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.555 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : JOAQUIM RODRIGUES COSTA IMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 28.09.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 742660 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.555 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : JOAQUIM RODRIGUES COSTA IMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 28.09.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 742660 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=747350
2010-09-28T00:00:00
2010-10-15T00:00:00
A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 28.09.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. LEI 11.719/2008 QUE DEU NOVA REDAÇÃO AO ART. 400 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. NOVO INTERROGATÓRIO. REALIZAÇÃO. PRETENSÃO. DESCABIMENTO. NULIDADE. ALEGAÇÃO. PREJUÍZO. INEXISTÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I - O interrogatório do paciente ocorreu em data anterior à publicação da Lei 11.719/2008, o que, pela aplicação do princípio do tempus regit actum, exclui a obrigatoriedade de renovação do ato validamente praticado sob a vigência de lei anterior. II - Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que não se declara a nulidade de ato processual se a alegação não vier acompanhada da prova do efetivo prejuízo sofrido pelo réu. Precedentes. III - Ordem denegada.
sjur183436
- Acórdãos citados: HC 82899, HC 85155, RHC 88512, HC 90963, HC 91140, HC 97313. - Veja HC 152456 do STJ. Número de páginas: 8. Análise: 20/10/2010, ACG. Revisão: 22/10/2010, MMR.
RICARDO LEWANDOWSKI
Primeira Turma
104555
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00002\r\n ART-00400 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11719/2008\r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-011719 ANO-2008\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 104555
[ "" ]
PACTE.(S) : JOAQUIM RODRIGUES COSTA IMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 555", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 555", "H", "C 152. 456 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 555", "H", "C 152. 456 / SP", "H", "C 104. 555 / SP", "Ação Penal 55 / 2007", "H", "C 104. 555 / SP", "Ação Penal 55 / 2007", "H", "C 104. 555 / SP", "H", "C 104. 555 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 555", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 555", "S", "H", "C 104. 555 / SP", "H", "C 104. 555 / SP", "H", "C 104. 555 / SP", "R", "HC 88. 512 / SP", "H", "C 97. 313 / GO", "H", "C 90. 963 / SP", "H", "C 91. 140 / PE", "H", "C 85. 155 / SP", "H", "C 82. 899 / SP", "H", "C 104. 555 / SP", "R", "HC 88. 512 / SP", "H", "C 97. 313 / GO", "H", "C 90. 963 / SP", "H", "C 91. 140 / PE", "H", "C 85. 155 / SP", "H", "C 82. 899 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 555", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 555" ], "LEGISLACAO": [ "L", "EI 11. 719 / 2008", "AR", "T. 400 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL", "Lei 11. 719 / 2008", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 302, caput, do Código de Trânsito", "Lei 11. 719 / 2008", "art. 400 do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 302, caput, do Código de Trânsito Brasileiro", "Lei 11. 719 / 2008", "art. 400 do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 400 do Código de Processo Penal", "Lei 11. 719 / 2008", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 400 do Código de Processo Penal", "Lei 11. 719 / 2008", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 302, CAPUT, DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO", "AR", "T. 400 DO CPP", "L", "EI N° 11. 719 / 08", "art. 2° do CPP", "art. 400 do CPP", "Lei n° 11. 719 / 08", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "H", "ABEA", "AR", "T. 302, CAPUT, DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO", "AR", "T. 400 DO CPP", "L", "EI N° 11. 719 / 08", "art. 2° do CPP", "art. 400 do CPP", "Lei n° 11. 719 / 08", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 11. 719 / 2008", "art. 400 do Código de Processo Penal", "art. 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[UNK] do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 563 do CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 563 do CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "S", "Estado", "S", "ÃO PAULO", "Var", "a Judicial da Comarca de Viradouro / SP", "Coma", "r", "ca de Viradouro / SP", "Tribunal", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "Rio de Janeiro", "Rio de Janeiro", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério Público", "Var", "a Judicial da", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Lu", "men Juris", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Lu", "men Juris", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", 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"R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Eug", "ênio Pacelli", "O", "L", "IV", "EI", "RA, Eugênio Pacelli de", "Eug", "ênio Pacelli", "O", "L", "IV", "EI", "RA, Eugênio Pacelli de", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ce", "zar Peluso", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Ellen Gracie", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Ellen Gracie", "Ce", "zar Peluso", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM RODRIGUES COSTA", "MA", "RI", "A CLÁUDIA DE SEIXAS", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Wagner Mathias", "Fab", "iane Duarte", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM RODRIGUES COSTA", "MA", "RI", "A CLÁUDIA DE SEIXAS", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Wagner Mathias", "Fab", "iane Duarte" ], "TEMPO": [ "28", "/", "09", "/", "2010", "28 de setembro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", "/", "10", "/", "2010", "28", "/", "09", "/", "2010", "12", "/", "5", "/", "2008", "30", "/", "7", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "09", "/", "2010", "12", "/", "5", "/", "2008", "30", "/", "7", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "6", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "6", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "6", "/", "2008", "22", "/", "8", "/", "2008", "30", "/", "7", "/", "2008", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "6", "/", "2008", "22", "/", "8", "/", "2008", "30", "/", "7", "/", "2008", "2008", ".", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.653 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :LUIZ ANTÔNIO GRACIOLLI ADV.(A/S) :JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público. Prequestionamento. Ausência. Lei Complementar nº 857/99/SP. Licença- prêmio. Conversão em pecúnia. ADI nº 2.887/SP-STF. Direito adquirido. Requisitos. Concessão. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Os dispositivos constitucionais tidos como violados não foram examinados pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Esta Corte, no julgamento da ADI nº 2.887/SP, declarou parcialmente procedente a ação proposta em face da LC nº 857/99/SP para assegurar a conversão das licenças-prêmio não gozadas em pecúnia aos servidores que já houvessem implementado as condições legais para aquisição desse benefício. 3. Para dissentir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem de que o agravado já havia implementado os requisitos necessários ao gozo do direito, quando do advento da LC nº 857/99, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e o conjunto fático-probatório dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576345. Supremo Tribunal Federal DJe 29/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão AI 768.653 AGR / SP Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576345. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576345. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.653 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :LUIZ ANTÔNIO GRACIOLLI ADV.(A/S) :JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 273 a 283 – fax e 286 a 296 – original) contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 268 a 270), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' - UNESP interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos XXXVI e LV, 37, caput, e 93, inciso IX da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Décima Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: 'Servidor Público. Universidade Júlio Mesquita Filho. Licença-prêmio. Indenização por período aquisitivo anterior à Lei Complementar 857, de 20.05.99. Direito ressalvado na própria lei. Recurso provido' (fl. 91). Opostos embargos de declaração (fls. 95 a 102), foram rejeitados (fls.103 a 107). Decido. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.653 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :LUIZ ANTÔNIO GRACIOLLI ADV.(A/S) :JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 273 a 283 – fax e 286 a 296 – original) contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 268 a 270), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' - UNESP interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos XXXVI e LV, 37, caput, e 93, inciso IX da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Décima Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: 'Servidor Público. Universidade Júlio Mesquita Filho. Licença-prêmio. Indenização por período aquisitivo anterior à Lei Complementar 857, de 20.05.99. Direito ressalvado na própria lei. Recurso provido' (fl. 91). Opostos embargos de declaração (fls. 95 a 102), foram rejeitados (fls.103 a 107). Decido. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório AI 768.653 AGR / SP Não merece prosperar a irresignação. No que se refere aos artigos 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Por outro lado, o acórdão recorrido não diverge do entendimento do Plenário desta Corte que, ao apreciar a ADI nº 2.887/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, na qual se pleiteava a declaração de inconstitucionalidade do artigo único do ato transitório da Lei Complementar nº 857/99 do Estado de São Paulo, julgou constitucional a parte da norma que preservou as 'situações jurídicas já constituídas até a data da Lei Complementar nº 857, de 20 de maio de 1999, do Estado de São Paulo'. O acórdão desse julgado ficou assim ementado: 'PROJETO - INICIATIVA - SERVIDOR PÚBLICO - DIREITOS E OBRIGAÇÕES. A iniciativa é do Poder Executivo, conforme dispõe a alínea 'c' do inciso II do § 1º do artigo 61 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - SERVIDOR DO ESTADO - EMENDA - AUMENTO DE DESPESA. Resultando da emenda apresentada e aprovada aumento de despesa, tem-se a inconstitucionalidade, consoante a regra do inciso I do artigo 63 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - EMENDA - POSSIBILIDADE. Se de um lado é possível haver emenda em projeto de iniciativa do Executivo, indispensável é que não se altere, na essência, o que proposto, devendo o ato emanado da Casa Legislativa guardar pertinência com o objetivo visado. PROJETO - COMPETÊNCIA DO EXECUTIVO - EMENDA - PRESERVAÇÃO DE DIREITO ADQUIRIDO. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP Não merece prosperar a irresignação. No que se refere aos artigos 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Por outro lado, o acórdão recorrido não diverge do entendimento do Plenário desta Corte que, ao apreciar a ADI nº 2.887/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, na qual se pleiteava a declaração de inconstitucionalidade do artigo único do ato transitório da Lei Complementar nº 857/99 do Estado de São Paulo, julgou constitucional a parte da norma que preservou as 'situações jurídicas já constituídas até a data da Lei Complementar nº 857, de 20 de maio de 1999, do Estado de São Paulo'. O acórdão desse julgado ficou assim ementado: 'PROJETO - INICIATIVA - SERVIDOR PÚBLICO - DIREITOS E OBRIGAÇÕES. A iniciativa é do Poder Executivo, conforme dispõe a alínea 'c' do inciso II do § 1º do artigo 61 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - SERVIDOR DO ESTADO - EMENDA - AUMENTO DE DESPESA. Resultando da emenda apresentada e aprovada aumento de despesa, tem-se a inconstitucionalidade, consoante a regra do inciso I do artigo 63 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - EMENDA - POSSIBILIDADE. Se de um lado é possível haver emenda em projeto de iniciativa do Executivo, indispensável é que não se altere, na essência, o que proposto, devendo o ato emanado da Casa Legislativa guardar pertinência com o objetivo visado. PROJETO - COMPETÊNCIA DO EXECUTIVO - EMENDA - PRESERVAÇÃO DE DIREITO ADQUIRIDO. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório AI 768.653 AGR / SP Emenda a projeto do Executivo que importe na ressalva de direito já adquirido segundo a legislação modificada não infringe o texto da Constituição Federal assegurador da iniciativa exclusiva. LICENÇA-PRÊMIO - TRANSFORMAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER EM OBRIGAÇÃO DE DAR - ALTERAÇÃO NORMATIVA - VEDAÇÃO - OBSERVÂNCIA. Afigura-se constitucional diploma que, a um só tempo, veda a transformação da licença-prêmio em pecúnia e assegura a situação jurídica daqueles que já tenham atendido ao fator temporal, havendo sido integrado no patrimônio o direito adquirido ao benefício de acordo com as normas alteradas pela nova regência' (DJ de 6/8/04). Ressalte-se que no caso em tela o acórdão atacado destacou, expressamente, que: 'No entanto, a Lei Complementar 857, de 20/05/99, ao impedir, de forma expressa, a conversão de licença-prêmio em pecúnia, autorizou que ela se desse quando criou exceção, também expressa, no artigo único de sua Disposição Transitória, ressalvados os períodos aquisitivos anteriores a 31/12/99. Os períodos aquisitivos comprovados pelo autor são anteriores a esse termo, previstos na exceção acima referida, que tem como termo final a data de 07/04/99' (fl. 92). Nego provimento ao agravo. Publique-se.” Insiste a agravante que teriam sido violados os arts. 5º, incisos XXXVI e LV; 37, caput; e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Alega que a ofensa aos arts. 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição foi devidamente demonstrada, uma vez que “a questão constitucional decorre de decisão contrária a uma proferida, COM EFEITO VINCULANTE, pois em Ação Direta de Inconstitucionalidade, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP Emenda a projeto do Executivo que importe na ressalva de direito já adquirido segundo a legislação modificada não infringe o texto da Constituição Federal assegurador da iniciativa exclusiva. LICENÇA-PRÊMIO - TRANSFORMAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER EM OBRIGAÇÃO DE DAR - ALTERAÇÃO NORMATIVA - VEDAÇÃO - OBSERVÂNCIA. Afigura-se constitucional diploma que, a um só tempo, veda a transformação da licença-prêmio em pecúnia e assegura a situação jurídica daqueles que já tenham atendido ao fator temporal, havendo sido integrado no patrimônio o direito adquirido ao benefício de acordo com as normas alteradas pela nova regência' (DJ de 6/8/04). Ressalte-se que no caso em tela o acórdão atacado destacou, expressamente, que: 'No entanto, a Lei Complementar 857, de 20/05/99, ao impedir, de forma expressa, a conversão de licença-prêmio em pecúnia, autorizou que ela se desse quando criou exceção, também expressa, no artigo único de sua Disposição Transitória, ressalvados os períodos aquisitivos anteriores a 31/12/99. Os períodos aquisitivos comprovados pelo autor são anteriores a esse termo, previstos na exceção acima referida, que tem como termo final a data de 07/04/99' (fl. 92). Nego provimento ao agravo. Publique-se.” Insiste a agravante que teriam sido violados os arts. 5º, incisos XXXVI e LV; 37, caput; e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Alega que a ofensa aos arts. 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição foi devidamente demonstrada, uma vez que “a questão constitucional decorre de decisão contrária a uma proferida, COM EFEITO VINCULANTE, pois em Ação Direta de Inconstitucionalidade, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório AI 768.653 AGR / SP pelo Supremo Tribunal Federal” e que “ao contrário do decidido pela r. decisão monocrática agravada, houve a oposição de embargos de declaração sim, razão pela qual não há como se alegar a aplicação da Súmula 356 do STF, pois nesses embargos há uma discussão da questão constitucional” (fls. 294/295). Aduz, ainda, in verbis, que: “Assim é que, repita-se, não há como imaginar – como faz o recorrido -, que o v. Acórdão exarado pelo E. Supremo Tribunal Federal na ADIn nº 2887-1, ao declarar a inconstitucionalidade da Lei Complementar nº 857/99, sem redução do texto, excluindo as situações jurídicas já constituídas, lhe conferiu algum direito. (...) A divergência é total e absoluta, devendo prevalecer, evidentemente, a decisão vinculante do Supremo Tribunal Federal, pois somente tem direito a conversão da licença- prêmio em pecúnia quem no dia 31 de dezembro de 1999 já tinha o direito adquirido a essa conversão e não quem tenha mera expectativa, como é o caso do recorrido. De fato, é incontroverso que no dia 31 de dezembro de 1999 o agravado não tinha direito a essa conversão em pecúnia, logo, não há como conferir-lhe o direito de converter tempo de licença-prêmio em pecúnia, sob pena de se transgredir o ordenamento jurídico vigente, com a conseqüente infringência ao efeito vinculante da decisão do Supremo Tribunal Federal” (fls. 292 a 294). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP pelo Supremo Tribunal Federal” e que “ao contrário do decidido pela r. decisão monocrática agravada, houve a oposição de embargos de declaração sim, razão pela qual não há como se alegar a aplicação da Súmula 356 do STF, pois nesses embargos há uma discussão da questão constitucional” (fls. 294/295). Aduz, ainda, in verbis, que: “Assim é que, repita-se, não há como imaginar – como faz o recorrido -, que o v. Acórdão exarado pelo E. Supremo Tribunal Federal na ADIn nº 2887-1, ao declarar a inconstitucionalidade da Lei Complementar nº 857/99, sem redução do texto, excluindo as situações jurídicas já constituídas, lhe conferiu algum direito. (...) A divergência é total e absoluta, devendo prevalecer, evidentemente, a decisão vinculante do Supremo Tribunal Federal, pois somente tem direito a conversão da licença- prêmio em pecúnia quem no dia 31 de dezembro de 1999 já tinha o direito adquirido a essa conversão e não quem tenha mera expectativa, como é o caso do recorrido. De fato, é incontroverso que no dia 31 de dezembro de 1999 o agravado não tinha direito a essa conversão em pecúnia, logo, não há como conferir-lhe o direito de converter tempo de licença-prêmio em pecúnia, sob pena de se transgredir o ordenamento jurídico vigente, com a conseqüente infringência ao efeito vinculante da decisão do Supremo Tribunal Federal” (fls. 292 a 294). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576342. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.653 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, os arts. 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas. Ressalte-se, também, que os dispositivos mencionados não foram objetos dos embargos de declaração opostos pela recorrente. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anotem-se os seguintes julgados: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.653 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, os arts. 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas. Ressalte-se, também, que os dispositivos mencionados não foram objetos dos embargos de declaração opostos pela recorrente. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anotem-se os seguintes julgados: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 768.653 AGR / SP Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes DJ de 3/3/06). No mais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “No entanto, a Lei Complementar 857, de 20/05/99, ao impedir, de forma expressa, a conversão da licença-prêmio em pecúnia, autorizou que ela se desse quando criou exceção, também expressa, no artigo único de sua Disposição Transitória, ressalvados os períodos aquisitivos anteriores a 31/12/99. Os períodos aquisitivos comprovados pelo autor são anteriores a esse termo, previstos na exceção acima referida, que têm como termo final a data de 07/04/99. (...) Os documentos de fls. 113/118, bem como o inteiro teor do v. acórdão acima mencionado (fls. 119/139), trazidos por cópia pela ré, referentes ao julgamento da referida ação de inconstitucionalidade vão de encontro ao que ela pretendeu e vão ao encontro da tese do autor, em evidente interpretação que o favorece. Diante disso, não se pode refugir ao pedido do autor porque, como ele susteve desde a petição inicial, ficou assegurado o direito de conversão em pecúnia da licença, cujo período aquisitivo fosse anterior à data em que passou a vigorar a Lei Complementar 857/99, motivo por que, pelo meu 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes DJ de 3/3/06). No mais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “No entanto, a Lei Complementar 857, de 20/05/99, ao impedir, de forma expressa, a conversão da licença-prêmio em pecúnia, autorizou que ela se desse quando criou exceção, também expressa, no artigo único de sua Disposição Transitória, ressalvados os períodos aquisitivos anteriores a 31/12/99. Os períodos aquisitivos comprovados pelo autor são anteriores a esse termo, previstos na exceção acima referida, que têm como termo final a data de 07/04/99. (...) Os documentos de fls. 113/118, bem como o inteiro teor do v. acórdão acima mencionado (fls. 119/139), trazidos por cópia pela ré, referentes ao julgamento da referida ação de inconstitucionalidade vão de encontro ao que ela pretendeu e vão ao encontro da tese do autor, em evidente interpretação que o favorece. Diante disso, não se pode refugir ao pedido do autor porque, como ele susteve desde a petição inicial, ficou assegurado o direito de conversão em pecúnia da licença, cujo período aquisitivo fosse anterior à data em que passou a vigorar a Lei Complementar 857/99, motivo por que, pelo meu 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 768.653 AGR / SP voto, julgo procedente o pedido...” (fls. 92/93). É certo que o Tribunal de origem aplicou à lide o entendimento adotado pelo Tribunal Pleno desta Corte, no julgamento da ADI nº 2.887/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, cuja ementa adiante se lê: “PROJETO - INICIATIVA - SERVIDOR PÚBLICO - DIREITOS E OBRIGAÇÕES. A iniciativa é do Poder Executivo, conforme dispõe a alínea 'c' do inciso II do § 1º do artigo 61 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - SERVIDOR DO ESTADO - EMENDA - AUMENTO DE DESPESA. Resultando da emenda apresentada e aprovada aumento de despesa, tem-se a inconstitucionalidade, consoante a regra do inciso I do artigo 63 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - EMENDA - POSSIBILIDADE. Se de um lado é possível haver emenda em projeto de iniciativa do Executivo, indispensável é que não se altere, na essência, o que proposto, devendo o ato emanado da Casa Legislativa guardar pertinência com o objetivo visado. PROJETO - COMPETÊNCIA DO EXECUTIVO - EMENDA - PRESERVAÇÃO DE DIREITO ADQUIRIDO. Emenda a projeto do Executivo que importe na ressalva de direito já adquirido segundo a legislação modificada não infringe o texto da Constituição Federal assegurador da iniciativa exclusiva. LICENÇA-PRÊMIO - TRANSFORMAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER EM OBRIGAÇÃO DE DAR - ALTERAÇÃO NORMATIVA - VEDAÇÃO - OBSERVÂNCIA. Afigura-se constitucional diploma que, a um só tempo, veda a transformação da licença-prêmio em pecúnia e assegura a situação jurídica daqueles que já tenham atendido ao fator temporal, havendo sido integrado no patrimônio o direito adquirido ao benefício de acordo com as normas alteradas pela nova regência” (DJ de 6/8/04). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP voto, julgo procedente o pedido...” (fls. 92/93). É certo que o Tribunal de origem aplicou à lide o entendimento adotado pelo Tribunal Pleno desta Corte, no julgamento da ADI nº 2.887/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, cuja ementa adiante se lê: “PROJETO - INICIATIVA - SERVIDOR PÚBLICO - DIREITOS E OBRIGAÇÕES. A iniciativa é do Poder Executivo, conforme dispõe a alínea 'c' do inciso II do § 1º do artigo 61 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - SERVIDOR DO ESTADO - EMENDA - AUMENTO DE DESPESA. Resultando da emenda apresentada e aprovada aumento de despesa, tem-se a inconstitucionalidade, consoante a regra do inciso I do artigo 63 da Constituição Federal. PROJETO - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO EXECUTIVO - EMENDA - POSSIBILIDADE. Se de um lado é possível haver emenda em projeto de iniciativa do Executivo, indispensável é que não se altere, na essência, o que proposto, devendo o ato emanado da Casa Legislativa guardar pertinência com o objetivo visado. PROJETO - COMPETÊNCIA DO EXECUTIVO - EMENDA - PRESERVAÇÃO DE DIREITO ADQUIRIDO. Emenda a projeto do Executivo que importe na ressalva de direito já adquirido segundo a legislação modificada não infringe o texto da Constituição Federal assegurador da iniciativa exclusiva. LICENÇA-PRÊMIO - TRANSFORMAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER EM OBRIGAÇÃO DE DAR - ALTERAÇÃO NORMATIVA - VEDAÇÃO - OBSERVÂNCIA. Afigura-se constitucional diploma que, a um só tempo, veda a transformação da licença-prêmio em pecúnia e assegura a situação jurídica daqueles que já tenham atendido ao fator temporal, havendo sido integrado no patrimônio o direito adquirido ao benefício de acordo com as normas alteradas pela nova regência” (DJ de 6/8/04). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 768.653 AGR / SP Na ocasião, decidiu-se que o artigo único da Disposição Transitória da LC nº 857/99 deveria ser interpretado de molde a conciliar a vedação de aumento de despesa, haja vista ser fruto de emenda parlamentar à norma de iniciativa privativa do Poder Executivo, com a garantia constitucional do direito adquirido, razão pela qual julgou-se parcialmente procedente a ação direta para assegurar a conversão das licenças-prêmio ainda não gozadas em pecúnia aos servidores que já houvessem implementado as condições legais para aquisição desse benefício até a modificação legislativa introduzida pela referida lei complementar. Esse é o caso dos presentes autos, uma vez que o Tribunal de Justiça concluiu, com base na legislação infraconstitucional e nos fatos e nas provas dos autos, que o agravado já havia implementado o direito à licença-prêmio de acordo com as normas vigentes à época quando do advento da LC nº 857/99. Assim, para acolher a tese da agravante de que o agravado não teria direito adquirido, mas mera expectativa de direito, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e o conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, os seguinte precedentes: “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO. LICENÇA-PRÊMIO. CONVERSÃO EM PECÚNIA. LEI 9.527/97. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. SÚMULA STF 636. 1. O Tribunal de origem aferiu a aplicabilidade do conteúdo da Lei Federal 9.527/97, que alterou o art. 87 da Lei 8.112/90, recepcionada pela Lei Distrital 197/91 e que previa a possibilidade da conversão da 'licença-prêmio' em pecúnia. 2. É inadmissível o recurso extraordinário no qual, a pretexto de ofensa ao princípio da legalidade, pretende-se a exegese de legislação infraconstitucional. Ofensa à Constituição 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP Na ocasião, decidiu-se que o artigo único da Disposição Transitória da LC nº 857/99 deveria ser interpretado de molde a conciliar a vedação de aumento de despesa, haja vista ser fruto de emenda parlamentar à norma de iniciativa privativa do Poder Executivo, com a garantia constitucional do direito adquirido, razão pela qual julgou-se parcialmente procedente a ação direta para assegurar a conversão das licenças-prêmio ainda não gozadas em pecúnia aos servidores que já houvessem implementado as condições legais para aquisição desse benefício até a modificação legislativa introduzida pela referida lei complementar. Esse é o caso dos presentes autos, uma vez que o Tribunal de Justiça concluiu, com base na legislação infraconstitucional e nos fatos e nas provas dos autos, que o agravado já havia implementado o direito à licença-prêmio de acordo com as normas vigentes à época quando do advento da LC nº 857/99. Assim, para acolher a tese da agravante de que o agravado não teria direito adquirido, mas mera expectativa de direito, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e o conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, os seguinte precedentes: “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO. LICENÇA-PRÊMIO. CONVERSÃO EM PECÚNIA. LEI 9.527/97. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. SÚMULA STF 636. 1. O Tribunal de origem aferiu a aplicabilidade do conteúdo da Lei Federal 9.527/97, que alterou o art. 87 da Lei 8.112/90, recepcionada pela Lei Distrital 197/91 e que previa a possibilidade da conversão da 'licença-prêmio' em pecúnia. 2. É inadmissível o recurso extraordinário no qual, a pretexto de ofensa ao princípio da legalidade, pretende-se a exegese de legislação infraconstitucional. Ofensa à Constituição 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 768.653 AGR / SP Federal meramente reflexa ou indireta, de exame inviável nesta sede recursal. Súmula STF 636. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 478.700/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17/4/09). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. LICENÇA-PRÊMIO: CONVERSÃO EM PECÚNIA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 2.887. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 676.224/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/4/09). Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Supremo Tribunal Federal AI 768.653 AGR / SP Federal meramente reflexa ou indireta, de exame inviável nesta sede recursal. Súmula STF 636. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 478.700/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17/4/09). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. LICENÇA-PRÊMIO: CONVERSÃO EM PECÚNIA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 2.887. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 676.224/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/4/09). Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1576343. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.653 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO GRACIOLLI ADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568843 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.653 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO GRACIOLLI ADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568843 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1593111
2011-10-25T00:00:00
2011-11-29T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público. Prequestionamento. Ausência. Lei Complementar nº 857/99/SP. Licença-prêmio. Conversão em pecúnia. ADI nº 2.887/SP-STF. Direito adquirido. Requisitos. Concessão. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Os dispositivos constitucionais tidos como violados não foram examinados pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Esta Corte, no julgamento da ADI nº 2.887/SP, declarou parcialmente procedente a ação proposta em face da LC nº 857/99/SP para assegurar a conversão das licenças-prêmio não gozadas em pecúnia aos servidores que já houvessem implementado as condições legais para aquisição desse benefício. 3. Para dissentir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem de que o agravado já havia implementado os requisitos necessários ao gozo do direito, quando do advento da LC nº 857/99, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e o conjunto fático-probatório dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido.
sjur202030
- Acórdãos citados: ADI 2887 - Tribunal Pleno, RE 411859 AgR, RE 478700 AgR, AI 594612 AgR, AI 676224 AgR. Número de páginas: 12. Análise: 05/01/2012, MMR. Revisão: 17/01/2012, KBP.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
768653
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00055 ART-00093 INC-00009\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n", "LEG-EST LCP-000857 ANO-1999\r\n LEI COMPLEMENTAR, SP" ]
AI-AgR
acordaos
AI 768653 AgR
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AGTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - UNESP PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO GRACIOLLI ADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO
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{ "JURISPRUDENCIA": [ ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768. 653", "A", "DI [UNK] 2. 887 / SP", "A", "DI [UNK] 2. 887 / SP", "S", "úm", "ulas [UNK] 636", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "A", "I 768. 653", "A", "G", "R", "/", "SP", "A", "G", ".", "R", "E", "G. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768. 65", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768. 653", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "A", "DI [UNK] 2. 887 / SP", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "A", "DI [UNK] 2. 887 / SP", "A", "I 768. 653", "A", "I 768. 653", "A", "G", "R", "/", "SP", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "S", "úm", "ula 356 do STF", "A", "DI", "n [UNK] 2887- 1", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "S", "úm", "ula 356 do STF", "A", "DI", "n [UNK] 2887- 1", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768. 653", "S", "úm", "ulas [UNK] 282 e 356 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 E 356 DO STF", "S", "Ú", "M", "ULA 45", "S", "úm", "ula 282 e 356 do STF", "S", "úm", "ula 454 do STF", "S", "úm", "ulas [UNK] 282 e 356 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 E 356 DO STF", "S", "Ú", "M", "S", "úm", "ula 282 e 356 do STF", "S", "úm", "ula 454 do STF", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "A", "I [UNK] 594. 612 / RJ- AgR", "R", "E [UNK] 411. 859 / AL- AgR", "A", "I 768. 653", "A", "G", "R", "/", "A", "I [UNK] 594. 612 / RJ- AgR", "R", "E [UNK] 411. 859 / AL- AgR", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "A", "DI [UNK] 2. 887 / SP", "A", "I 768. 653 AG", "R /", "SP", "A", "DI [UNK] 2. 887 / SP", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "S", "úm", "ulas [UNK] 636", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 636", "A", "I 768. 653", "A", "G", "R / SP", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 636", "A", "I 768. 653 AGR / SP", "S", "úm", "ula STF 636. 3", "R", "E [UNK] 478. 700 / DF- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FED", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 2. 887", "A", "I [UNK] 676. 224 / SP- AgR", "A", "I 768. 653 AGR / SP Federal", "S", "úm", "ula STF 636", "R", "E [UNK] 478. 700 / DF- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 2. 887", "A", "I [UNK] 676. 224 / SP- AgR", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 768. 653", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 768. 653" ], "LEGISLACAO": [ "Lei Complementar [UNK] 857 / 99 /", "SP", "L", "C [UNK] 857 / 99 / SP", "L", "C [UNK] 857 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos [UNK], incisos XXXVI e LV, 37, caput, e 93, inciso IX da Constituição Federal", "Lei Complementar 857", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos [UNK], incisos XXXVI e LV, 37, caput, e 93, inciso IX da Constituição Federal", "Lei Complementar 857", "MP n° 2.", "200", "-", "2", "/", "2001", "artigos [UNK], inciso LV, e 93, inciso IX", "Lei Complementar [UNK] 857", "al", "íne", "a ' c ' do inciso II do § [UNK] do artigo 61 da Constituição Federal", "inc", "iso I do artigo 63 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos [UNK], inciso LV, e 93, inciso IX", "Lei Complementar [UNK] 857 / 99", "Lei Complementar [UNK] 857", "inc", "iso I do artigo 63 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "Lei Complementar 857", "art", "s. [UNK], incisos XXXVI e LV; 37, caput; e 93, inciso IX, da Constituição Federal", "art", "s. [UNK], inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "Lei Complementar 857", "art", "s. [UNK], incisos XXXVI e LV; 37, caput; e 93, inciso IX, da Constituição Federal", "art", "s. [UNK], inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei Complementar [UNK] 857 /", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. [UNK], inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. [UNK], inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], LXIX e 97, da Carta Magna", "Constituição", "Lei Complementar 857", "Lei Complementar 857 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], LXIX e 97, da Carta Magna", "Constituição", "Lei Complementar 857", "Lei Complementar 857 / 99", "MP n°", "al", "íne", "a ' c ' do inciso II do § [UNK] do artigo 61 da Constituição Federal", "inc", "iso I do artigo 63 da Constituição Federal", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "al", "íne", "a ' c ' do inciso II do § [UNK] do artigo 61 da Constituição Federal", "inc", "iso I do artigo 63 da Constituição Federal", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo único da Disposição Transitória da LC [UNK] 857 / 99", "L", "C [UNK] 857 / 99", "L", "EI 9. 527 / 97", "Lei Federal 9. 527 / 97", "art. 87 da Lei 8. 112 / 90", "Lei Distrital 197 / 91", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo único da Disposição Transitória da LC [UNK] 857 / 99", "L", "C [UNK] 857 / 99", "L", "EI 9. 527 / 97", "Lei Federal 9. 527 / 97", "art. 87 da Lei 8. 112 / 90", "Lei Distrital 197 / 91", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, § [UNK], c / c arts. 14, inc. 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.369 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :ANDRÉ LUIS CAMARGO IMPTE.(S) :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA Habeas corpus. Processual penal. Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei nº 9.099/95). Iniciativa privativa do titular da ação penal. Proposta não formulada pelo Parquet em razão da existência de outro processo criminal em curso contra o réu. Recusa que ensejou a aplicação subsidiária do disposto no art. 28 do CPP. Súmula 696 do STF. Alegação de inconstitucionalidade da vedação ao sursis processual com fundamento na existência de outros processos em curso contra o réu, ainda não transitados em julgado, por suposta violação ao princípio da presunção de inocência. Questão não analisada na decisão impugnada. Impossibilidade de conhecimento do writ sob essa óptica. Dupla supressão de instância. Ordem parcialmente conhecida e denegada. 1. Não há falar em direito subjetivo do paciente: a imprescindibilidade do assentimento do Ministério Público está conectada estreitamente à titularidade da ação penal pública, a qual a Constituição lhe confiou privativamente (CF, art. 129, I). Precedentes. 2. A apreciação sobre a legalidade da recusa do Ministério Público ao oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo em razão de o paciente responder a um outro processo penal ainda não transitado em julgado não foi apreciada nas instâncias anteriores, de sorte que seu conhecimento, de forma originária, neste ensejo, configuraria verdadeira supressão de instância. Precedentes. 3. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa medida, denegado. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569949. Supremo Tribunal Federal DJe 28/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão HC 101.369 / SP ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conhecer, em parte, da ordem de habeas corpus e, nessa parte, a denegar, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569949. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conhecer, em parte, da ordem de habeas corpus e, nessa parte, a denegar, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569949. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.369 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :ANDRÉ LUIS CAMARGO IMPTE.(S) :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Habeas corpus, sem pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de André Luis Camargo, buscando que “seja restabelecida a decisão de primeiro grau que concedeu ao paciente a suspensão condicional do processo por entender presentes seus requisitos (...)” (fl. 7). Aponta como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto no Recurso Especial nº 919.637/SP, da relatoria do Ministro Nilson Naves. A impetrante afirma, de início, que o paciente sofre constrangimento ilegal, “uma vez que o MP sustentou a negativa de concessão da suspensão condicional do processo, tão só no fato de o indiciado responder a outro processo” (fl. 4). Assim, “o réu estaria sendo punido antecipadamente por um crime que talvez nem tivesse praticado, ou, caso tivesse, ainda poderia ser absolvido por qualquer excludente ou outro motivo” (fl. 5). Alega, também, que “não há de se aplicar o art. 28 do CPP de forma analógica, uma vez que nada há que impeça a concessão ex officio da suspensão condicional do processo, como bem fez e fundamentou o magistrado que julgou a causa” (fl. 6). Pede, finalmente, seja concedida a ordem “para que seja restabelecida a decisão de primeiro grau que concedeu ao paciente a suspensão condicional do processo por entender presentes seus requisitos” (fl. 7). Em 12/11/09, não havendo pedido de liminar a ser apreciado, solicitei informações à autoridade apontada como coatora e ao Tribunal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569947. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.369 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :ANDRÉ LUIS CAMARGO IMPTE.(S) :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Habeas corpus, sem pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de André Luis Camargo, buscando que “seja restabelecida a decisão de primeiro grau que concedeu ao paciente a suspensão condicional do processo por entender presentes seus requisitos (...)” (fl. 7). Aponta como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto no Recurso Especial nº 919.637/SP, da relatoria do Ministro Nilson Naves. A impetrante afirma, de início, que o paciente sofre constrangimento ilegal, “uma vez que o MP sustentou a negativa de concessão da suspensão condicional do processo, tão só no fato de o indiciado responder a outro processo” (fl. 4). Assim, “o réu estaria sendo punido antecipadamente por um crime que talvez nem tivesse praticado, ou, caso tivesse, ainda poderia ser absolvido por qualquer excludente ou outro motivo” (fl. 5). Alega, também, que “não há de se aplicar o art. 28 do CPP de forma analógica, uma vez que nada há que impeça a concessão ex officio da suspensão condicional do processo, como bem fez e fundamentou o magistrado que julgou a causa” (fl. 6). Pede, finalmente, seja concedida a ordem “para que seja restabelecida a decisão de primeiro grau que concedeu ao paciente a suspensão condicional do processo por entender presentes seus requisitos” (fl. 7). Em 12/11/09, não havendo pedido de liminar a ser apreciado, solicitei informações à autoridade apontada como coatora e ao Tribunal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569947. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório HC 101.369 / SP de Justiça do Estado de São Paulo, que foram devidamente prestadas (fls. 140 e 163 a 456). O Ministério Público Federal, pelo parecer do ilustre Subprocurador- Geral da República Dr. Wagner Gonçalves, opinou pela denegação da ordem (fls. 461 a 466). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569947. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP de Justiça do Estado de São Paulo, que foram devidamente prestadas (fls. 140 e 163 a 456). O Ministério Público Federal, pelo parecer do ilustre Subprocurador- Geral da República Dr. Wagner Gonçalves, opinou pela denegação da ordem (fls. 461 a 466). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569947. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.369 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, o presente habeas corpus volta-se contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto pela Defensoria Pública da União no Recurso Especial nº 919.637/SP, da relatoria do Ministro Nilson Naves. Narra a impetrante, na inicial, que: “(...) O juiz de primeiro grau concedeu de ofício a suspensão condicional do processo ao ora paciente por entender que a titularidade do oferecimento da benesse não é exclusiva do Ministério Público e por vislumbrar presentes os requisitos autorizadores. Irresignado, o Ministério Público interpôs recurso de Apelação perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, alegando ser o titular do oferecimento da suspensão condicional do processo, tendo em vista a aplicação analógica do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal. Ao analisar o recurso ministerial, o TJSP negou provimento à unanimidade, mantendo na íntegra a decisão do juiz monocrático. Inconformado, o Ministério Público de São Paulo interpôs Recurso Especial perante o Egrégio Superior Tribunal de Justiça, ocasião na qual, monocraticamente aquele Tribunal lhe deu provimento para determinar a remessa dos autos ao Procurador-Geral da Justiça de São Paulo, nos termos do art. 28 do CPP. Por sua vez, a Defesa interpôs Agravo Regimental para fazer com que a Turma analisasse o pedido e que a decisão fosse revista favoravelmente ao réu. Não foi o que aconteceu, ao Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.369 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, o presente habeas corpus volta-se contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto pela Defensoria Pública da União no Recurso Especial nº 919.637/SP, da relatoria do Ministro Nilson Naves. Narra a impetrante, na inicial, que: “(...) O juiz de primeiro grau concedeu de ofício a suspensão condicional do processo ao ora paciente por entender que a titularidade do oferecimento da benesse não é exclusiva do Ministério Público e por vislumbrar presentes os requisitos autorizadores. Irresignado, o Ministério Público interpôs recurso de Apelação perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, alegando ser o titular do oferecimento da suspensão condicional do processo, tendo em vista a aplicação analógica do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal. Ao analisar o recurso ministerial, o TJSP negou provimento à unanimidade, mantendo na íntegra a decisão do juiz monocrático. Inconformado, o Ministério Público de São Paulo interpôs Recurso Especial perante o Egrégio Superior Tribunal de Justiça, ocasião na qual, monocraticamente aquele Tribunal lhe deu provimento para determinar a remessa dos autos ao Procurador-Geral da Justiça de São Paulo, nos termos do art. 28 do CPP. Por sua vez, a Defesa interpôs Agravo Regimental para fazer com que a Turma analisasse o pedido e que a decisão fosse revista favoravelmente ao réu. Não foi o que aconteceu, ao Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP analisar o Agravo, a Turma negou-lhe provimento para confirmar a decisão monocrática que havia dado provimento ao Recurso Especial interposto pelo parquet” (fl. 3). A decisão monocrática do Ministro Nilson Naves, que deu provimento ao Recurso Especial nº 919.637/SP do Ministério Público estadual, está assim fundamentada: “André Luiz Camargo foi denunciado por coação no curso do processo. Em audiência, o Ministério Público negou o oferecimento da suspensão condicional do processo, todavia o Juiz da 1ª Vara Criminal de Botucatu ofertou, de ofício, a benesse. À apelação ministerial o Tribunal de Justiça de São Paulo negou provimento nos seguintes termos: ‘Ao contrário do alegado pelo recorrente, em suas brilhantes razões, a propositura do benefício previsto no art. 89, da Lei 9.099/95, não é atribuição exclusiva do Ministério Público, sendo incabível a aplicação, por analogia, da regra inserta no art. 28, do CPP. (...) In casu, entendendo o MM. Juiz a quo, diferentemente do douto Promotor de Justiça, que estavam presentes os requisitos necessários, propôs o benefício em tela, o qual foi aceito pelo acusado e seu defensor, suspendendo-se o processo por dois anos. Em que pese o crédito de opiniões contrárias, esta relatoria entende não ser exclusiva do Ministério Público a titularidade da proposta da suspensão condicional do processo como instituída na Lei dos Juizados Especiais Criminais, podendo o Juiz agir de ofício. Já no tocante à transação penal prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, entendo que o Magistrado não pode agir de ofício, contrariando opinião ofertada pelo Ministério Público. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP analisar o Agravo, a Turma negou-lhe provimento para confirmar a decisão monocrática que havia dado provimento ao Recurso Especial interposto pelo parquet” (fl. 3). A decisão monocrática do Ministro Nilson Naves, que deu provimento ao Recurso Especial nº 919.637/SP do Ministério Público estadual, está assim fundamentada: “André Luiz Camargo foi denunciado por coação no curso do processo. Em audiência, o Ministério Público negou o oferecimento da suspensão condicional do processo, todavia o Juiz da 1ª Vara Criminal de Botucatu ofertou, de ofício, a benesse. À apelação ministerial o Tribunal de Justiça de São Paulo negou provimento nos seguintes termos: ‘Ao contrário do alegado pelo recorrente, em suas brilhantes razões, a propositura do benefício previsto no art. 89, da Lei 9.099/95, não é atribuição exclusiva do Ministério Público, sendo incabível a aplicação, por analogia, da regra inserta no art. 28, do CPP. (...) In casu, entendendo o MM. Juiz a quo, diferentemente do douto Promotor de Justiça, que estavam presentes os requisitos necessários, propôs o benefício em tela, o qual foi aceito pelo acusado e seu defensor, suspendendo-se o processo por dois anos. Em que pese o crédito de opiniões contrárias, esta relatoria entende não ser exclusiva do Ministério Público a titularidade da proposta da suspensão condicional do processo como instituída na Lei dos Juizados Especiais Criminais, podendo o Juiz agir de ofício. Já no tocante à transação penal prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, entendo que o Magistrado não pode agir de ofício, contrariando opinião ofertada pelo Ministério Público. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP Tratando-se de suspensão condicional do processo, não se vislumbra reparo algum a ser efetuado na r. decisão monocrática. Não há falar, também, em aplicação analógica da regra do art. 28, do CPP. Havendo descompasso entre a opinião do Ministério Público e a do Poder Judiciário quanto ao oferecimento, ou não, da suspensão condicional do processo, são inaplicáveis as disposições inseridas no art. 28 do CPP que se reservam aos casos de divergência relativa à propositura da ação. A concessão do benefício, como direito público subjetivo que é, deve sofrer fiscalização do Magistrado que, observados critérios estritamente legais, dirá ser caso, ou não, de aplicação. Diante do exposto, nega-se provimento ao recurso, mantendo-se íntegra a r. decisão de Primeiro Grau.’ Sobreveio este especial, fundado nas alíneas a e c, no qual o Ministério Público alega que, ‘ao deixar, pois, de lado o texto expresso do artigo 89 da Lei nº 9.099/95, a Egrégia Décima Sétima Câmara Extraordinária Criminal negou, indubitavelmente, vigência à lei federal’. Admitido o recurso e subindo os autos ao Superior Tribunal, o Ministério Público Federal (Subprocurador-Geral Wagner Natal) ofereceu parecer de ementa seguinte: ‘Recurso especial. Suspensão condicional do processo. Concessão. Prerrogativa do MP. Interpretação analógica do art. 28 do CPP. Oferecimento do benefício. Pessoa respondendo a outro processo. Art. 89 da Lei 9.099/95. Provimento. - A proposta da suspensão condicional do processo é prerrogativa exclusiva do Ministério Público, não podendo o juiz, ex officio, formalizá-la. - Caso haja divergência entre o Magistrado e o 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP Tratando-se de suspensão condicional do processo, não se vislumbra reparo algum a ser efetuado na r. decisão monocrática. Não há falar, também, em aplicação analógica da regra do art. 28, do CPP. Havendo descompasso entre a opinião do Ministério Público e a do Poder Judiciário quanto ao oferecimento, ou não, da suspensão condicional do processo, são inaplicáveis as disposições inseridas no art. 28 do CPP que se reservam aos casos de divergência relativa à propositura da ação. A concessão do benefício, como direito público subjetivo que é, deve sofrer fiscalização do Magistrado que, observados critérios estritamente legais, dirá ser caso, ou não, de aplicação. Diante do exposto, nega-se provimento ao recurso, mantendo-se íntegra a r. decisão de Primeiro Grau.’ Sobreveio este especial, fundado nas alíneas a e c, no qual o Ministério Público alega que, ‘ao deixar, pois, de lado o texto expresso do artigo 89 da Lei nº 9.099/95, a Egrégia Décima Sétima Câmara Extraordinária Criminal negou, indubitavelmente, vigência à lei federal’. Admitido o recurso e subindo os autos ao Superior Tribunal, o Ministério Público Federal (Subprocurador-Geral Wagner Natal) ofereceu parecer de ementa seguinte: ‘Recurso especial. Suspensão condicional do processo. Concessão. Prerrogativa do MP. Interpretação analógica do art. 28 do CPP. Oferecimento do benefício. Pessoa respondendo a outro processo. Art. 89 da Lei 9.099/95. Provimento. - A proposta da suspensão condicional do processo é prerrogativa exclusiva do Ministério Público, não podendo o juiz, ex officio, formalizá-la. - Caso haja divergência entre o Magistrado e o 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP Representante do Parquet, os autos devem ser encaminhados ao Procurador-Geral de Justiça, por interpretação analógica do artigo 28 do CPP. - A suspensão condicional do processo não pode ser oferecida caso o eventual beneficiário esteja sendo processado criminalmente (art. 89 da Lei 9.099/95). - Precedentes do STF e do STJ. - Parecer pelo conhecimento e provimento do recurso.’ Decido. Eis trecho do que dispõe a Lei nº 9.099/95 em seu art. 89: ‘Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos...’ O ato de propositura da suspensão do processo, como se vê, é da competência ministerial, e não da competência de autoridade judiciária, tanto que, aqui no Superior Tribunal, já se escreveu que, não sendo parte, é inadmissível venha o juiz ‘a oferecer o sursis processual ex officio ou a requerimento da defesa’. Ainda: ‘A eventual divergência entre o órgão de acusação e o órgão julgador acerca da concessão do sursis processual se resolve, na hipótese de recusa de proposta, pela aplicação do mecanismo previsto no art. 28 do C.P.P’ (REsp- 450.546, Ministro Felix Fischer, DJ de 7.4.03). A Terceira Seção e a 6ª Turma também já se manifestaram sobre o tema, conforme se depreende destes julgados: ‘Criminal. Embargos de divergência em recurso especial. Lei nº 9.099/95. Proposta de suspensão condicional do processo. Prerrogativa do Ministério Público. Embargos providos. I. É prerrogativa exclusiva do Ministério Público a iniciativa para a proposta de suspensão condicional do processo, sendo descabida, em tese, a sua realização pelo 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP Representante do Parquet, os autos devem ser encaminhados ao Procurador-Geral de Justiça, por interpretação analógica do artigo 28 do CPP. - A suspensão condicional do processo não pode ser oferecida caso o eventual beneficiário esteja sendo processado criminalmente (art. 89 da Lei 9.099/95). - Precedentes do STF e do STJ. - Parecer pelo conhecimento e provimento do recurso.’ Decido. Eis trecho do que dispõe a Lei nº 9.099/95 em seu art. 89: ‘Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos...’ O ato de propositura da suspensão do processo, como se vê, é da competência ministerial, e não da competência de autoridade judiciária, tanto que, aqui no Superior Tribunal, já se escreveu que, não sendo parte, é inadmissível venha o juiz ‘a oferecer o sursis processual ex officio ou a requerimento da defesa’. Ainda: ‘A eventual divergência entre o órgão de acusação e o órgão julgador acerca da concessão do sursis processual se resolve, na hipótese de recusa de proposta, pela aplicação do mecanismo previsto no art. 28 do C.P.P’ (REsp- 450.546, Ministro Felix Fischer, DJ de 7.4.03). A Terceira Seção e a 6ª Turma também já se manifestaram sobre o tema, conforme se depreende destes julgados: ‘Criminal. Embargos de divergência em recurso especial. Lei nº 9.099/95. Proposta de suspensão condicional do processo. Prerrogativa do Ministério Público. Embargos providos. I. É prerrogativa exclusiva do Ministério Público a iniciativa para a proposta de suspensão condicional do processo, sendo descabida, em tese, a sua realização pelo 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP Julgador. II. Embargos providos para cassar o acórdão recorrido e encaminhar os autos à Procuradoria-Geral de Justiça, na forma do art. 28 do CPP.’ (EREsp-164.261, Ministro Gilson Dipp, DJ de 17.6.02.) ‘1.'O Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal consolidaram entendimento no sentido da inadmissibilidade de concessão de ofício da suspensão condicional do processo, devendo eventual discordância entre magistrado e Ministério Público ser resolvida por intermédio da aplicação analógica do artigo 28 do Código de Processo Penal.' (REsp 254.249/SP, da minha Relatoria, in DJ 27/8/2001). 2. 'Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.' (Súmula do STF, Enunciado nº 696). 3. Recurso especial provido.’ (REsp-539.073, Ministro Hamilton Carvalhido, DJ de 6.12.04.) Posto isso, à vista do art. 557, § 1º-A, do Cód. de Pr. Civil, aplicado analogicamente, por força do art. 3º do Cód. de Pr. Penal, dou provimento ao recurso especial para cassar o acórdão que confirmou a decisão que suspendera o processo, bem como determinar a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça de São Paulo (Cód. de Pr. Penal, art. 28)” (fls. 100 a 102). Contra essa decisão foi interposto pela impetrante competente agravo regimental no REsp nº 919.637/SP), o qual não foi provido pela Sexta Turma, em acórdão assim ementado: “Coação no curso do processo (caso). Alegação de 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP Julgador. II. Embargos providos para cassar o acórdão recorrido e encaminhar os autos à Procuradoria-Geral de Justiça, na forma do art. 28 do CPP.’ (EREsp-164.261, Ministro Gilson Dipp, DJ de 17.6.02.) ‘1.'O Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal consolidaram entendimento no sentido da inadmissibilidade de concessão de ofício da suspensão condicional do processo, devendo eventual discordância entre magistrado e Ministério Público ser resolvida por intermédio da aplicação analógica do artigo 28 do Código de Processo Penal.' (REsp 254.249/SP, da minha Relatoria, in DJ 27/8/2001). 2. 'Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.' (Súmula do STF, Enunciado nº 696). 3. Recurso especial provido.’ (REsp-539.073, Ministro Hamilton Carvalhido, DJ de 6.12.04.) Posto isso, à vista do art. 557, § 1º-A, do Cód. de Pr. Civil, aplicado analogicamente, por força do art. 3º do Cód. de Pr. Penal, dou provimento ao recurso especial para cassar o acórdão que confirmou a decisão que suspendera o processo, bem como determinar a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça de São Paulo (Cód. de Pr. Penal, art. 28)” (fls. 100 a 102). Contra essa decisão foi interposto pela impetrante competente agravo regimental no REsp nº 919.637/SP), o qual não foi provido pela Sexta Turma, em acórdão assim ementado: “Coação no curso do processo (caso). Alegação de 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP prescrição (improcedência). Suspensão condicional do processo (Lei nº 9.099⁄95). Propositura (legitimidade do Ministério Público). Promotor de justiça (recusa). Art. 28 do Cód. de Pr. Penal (aplicação). Procurador-Geral de Justiça (remessa dos autos). Agravo regimental (desprovimento)” (fl. 117). É contra essa decisão que se insurge a impetrante neste writ. Como já sedimentado na jurisprudência desta Suprema Corte e do Superior Tribunal de Justiça, não há falar em direito subjetivo do paciente: a imprescindibilidade do assentimento do Ministério Público está conectada estreitamente à titularidade da ação penal pública, a qual a Constituição lhe confiou privativamente (CF, art. 129, I). Daí que, conforme o entendimento pacífico deste Supremo Tribunal, não cabe a suspensão condicional do processo se o Ministério Público, de forma devidamente fundamentada, como no caso, deixa de propô-la, e o Juiz concorda com a recusa (v.g., RE nº 422.441/SC, Primeira Turma, da relatoria do Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 17/9/04; RE nº 296.185/RS, Segunda Turma, da relatoria do Ministro Néri da Silveira, DJ de 22/2/05; HC nº 75.343/MG, Tribunal Pleno, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 18/6/01; HC nº 84.342/RJ, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Ayres Britto, DJ de 23/6/06; HC nº 84.935/GO, Segunda Turma, da relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 20/5/05; HC nº 75.441/SP, Segunda Turma, da relatoria do Ministro Maurício Corrêa, DJ de 2/2/01). Lembro, ainda, a lição de Guilherme de Souza Nucci (Leis Penais e Processuais Penais Comentadas. 5. ed. São Paulo: RT, 2010. p. 862) no sentido de que “[o] Proponente é exclusivamente o órgão acusatório. Cabe ao Ministério Público, como regra, a proposta de suspensão condicional do processo, desde que entenda preenchidos os requisitos legais. Se não o fizer, é incabível a substituição pelo magistrado e muito menos pelo próprio acusado. Porém, se o promotor (ou procurador da República) atuar sem justificativa plausível, deve o juiz valer-se do disposto no art. 28 do CPP, por analogia, remetendo-se o feito ao Procurador-Geral de Justiça (ou à Câmara Criminal na esfera federal) para que decida qual é o melhor rumo a tomar. Concordando com o membro do Ministério 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP prescrição (improcedência). Suspensão condicional do processo (Lei nº 9.099⁄95). Propositura (legitimidade do Ministério Público). Promotor de justiça (recusa). Art. 28 do Cód. de Pr. Penal (aplicação). Procurador-Geral de Justiça (remessa dos autos). Agravo regimental (desprovimento)” (fl. 117). É contra essa decisão que se insurge a impetrante neste writ. Como já sedimentado na jurisprudência desta Suprema Corte e do Superior Tribunal de Justiça, não há falar em direito subjetivo do paciente: a imprescindibilidade do assentimento do Ministério Público está conectada estreitamente à titularidade da ação penal pública, a qual a Constituição lhe confiou privativamente (CF, art. 129, I). Daí que, conforme o entendimento pacífico deste Supremo Tribunal, não cabe a suspensão condicional do processo se o Ministério Público, de forma devidamente fundamentada, como no caso, deixa de propô-la, e o Juiz concorda com a recusa (v.g., RE nº 422.441/SC, Primeira Turma, da relatoria do Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 17/9/04; RE nº 296.185/RS, Segunda Turma, da relatoria do Ministro Néri da Silveira, DJ de 22/2/05; HC nº 75.343/MG, Tribunal Pleno, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 18/6/01; HC nº 84.342/RJ, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Ayres Britto, DJ de 23/6/06; HC nº 84.935/GO, Segunda Turma, da relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 20/5/05; HC nº 75.441/SP, Segunda Turma, da relatoria do Ministro Maurício Corrêa, DJ de 2/2/01). Lembro, ainda, a lição de Guilherme de Souza Nucci (Leis Penais e Processuais Penais Comentadas. 5. ed. São Paulo: RT, 2010. p. 862) no sentido de que “[o] Proponente é exclusivamente o órgão acusatório. Cabe ao Ministério Público, como regra, a proposta de suspensão condicional do processo, desde que entenda preenchidos os requisitos legais. Se não o fizer, é incabível a substituição pelo magistrado e muito menos pelo próprio acusado. Porém, se o promotor (ou procurador da República) atuar sem justificativa plausível, deve o juiz valer-se do disposto no art. 28 do CPP, por analogia, remetendo-se o feito ao Procurador-Geral de Justiça (ou à Câmara Criminal na esfera federal) para que decida qual é o melhor rumo a tomar. Concordando com o membro do Ministério 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP Público de primeiro grau, insistirá no prosseguimento normal da demanda; concordando com o juiz, deve designar outro membro da instituição para ofertar a proposta”. Nesse sentido a Súmula 696 desta Suprema Corte, in verbis: “REUNIDOS OS PRESSUPOSTOS LEGAIS PERMISSIVOS DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, MAS SE RECUSANDO O PROMOTOR DE JUSTIÇA A PROPÔ-LA, O JUIZ, DISSENTINDO, REMETERÁ A QUESTÃO AO PROCURADOR-GERAL, APLICANDO-SE POR ANALOGIA O ART. 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.” No que tange à discussão quanto ao mérito da recusa do Ministério Público para o oferecimento da proposta, a saber, o fato de estar o paciente respondendo a outro processo penal, verifico que o tema não foi tratado, quer pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, quer pelo Superior Tribunal de Justiça, de sorte que eventual manifestação sobre o tema neste ensejo, per saltum, implicaria em dupla supressão de instância, o que é inadmissível, razão pela qual, nessa parte, não conheço da impetração. Nesse mesmo sentido: “Habeas corpus. Constitucional e Processual Penal. Reclamação. Decisão de Relator do Superior Tribunal de Justiça. Questões não analisadas na decisão reclamada. Negativa de seguimento. Impossibilidade de conhecimento do habeas corpus. Dupla supressão de instâncias. Inviável a concessão de habeas corpus de ofício. Habeas corpus não conhecido. Precedentes. 1. Assentado, nos autos, que a reclamação teve seguimento negado pelo eminente Ministro Relator do Superior Tribunal de Justiça porque as questões nela suscitadas, e trazidas no presente habeas corpus, não teriam sido objeto da decisão reclamada (HC nº 49.329/SP). Com efeito, a apreciação desses temas, de forma originária, neste momento, configuraria verdadeira supressão de instância, não admitida pela jurisprudência desta Corte. 2. O preenchimento dos requisitos 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP Público de primeiro grau, insistirá no prosseguimento normal da demanda; concordando com o juiz, deve designar outro membro da instituição para ofertar a proposta”. Nesse sentido a Súmula 696 desta Suprema Corte, in verbis: “REUNIDOS OS PRESSUPOSTOS LEGAIS PERMISSIVOS DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, MAS SE RECUSANDO O PROMOTOR DE JUSTIÇA A PROPÔ-LA, O JUIZ, DISSENTINDO, REMETERÁ A QUESTÃO AO PROCURADOR-GERAL, APLICANDO-SE POR ANALOGIA O ART. 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.” No que tange à discussão quanto ao mérito da recusa do Ministério Público para o oferecimento da proposta, a saber, o fato de estar o paciente respondendo a outro processo penal, verifico que o tema não foi tratado, quer pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, quer pelo Superior Tribunal de Justiça, de sorte que eventual manifestação sobre o tema neste ensejo, per saltum, implicaria em dupla supressão de instância, o que é inadmissível, razão pela qual, nessa parte, não conheço da impetração. Nesse mesmo sentido: “Habeas corpus. Constitucional e Processual Penal. Reclamação. Decisão de Relator do Superior Tribunal de Justiça. Questões não analisadas na decisão reclamada. Negativa de seguimento. Impossibilidade de conhecimento do habeas corpus. Dupla supressão de instâncias. Inviável a concessão de habeas corpus de ofício. Habeas corpus não conhecido. Precedentes. 1. Assentado, nos autos, que a reclamação teve seguimento negado pelo eminente Ministro Relator do Superior Tribunal de Justiça porque as questões nela suscitadas, e trazidas no presente habeas corpus, não teriam sido objeto da decisão reclamada (HC nº 49.329/SP). Com efeito, a apreciação desses temas, de forma originária, neste momento, configuraria verdadeira supressão de instância, não admitida pela jurisprudência desta Corte. 2. O preenchimento dos requisitos 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP objetivos e subjetivos para a progressão de regime prisional, ou, ainda, os motivos pelos quais teria o paciente regredido de regime, não podem ser afirmados sem exame minucioso de material fático-probatório, o que impossibilita a concessão de habeas corpus de ofício. 3. Habeas corpus não conhecido” (HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07); “PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. QUESTÃO NÃO APRECIADA PELAS INSTÂNCIAS INFERIORES. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO PELO STF. APLICAÇÃO DO PRIVILÉGIO PREVISTO NO § 2º DO ART. 155 DO CP AO FURTO QUALIFICADO. PRECEDENTES. WRIT CONHECIDO EM PARTE. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. Inicialmente, verifico que a alegação referente ao princípio da insignificância, sequer foi analisada pelas instâncias inferiores. 2. Inviável, portanto, a análise deste pedido pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de supressão de instância, em afronta às normas constitucionais de competência. 3. Considero que o critério norteador deve ser o da verificação da compatibilidade entre as qualificadoras (CP, art. 155, § 4°) e o privilégio (CP, art. 155, § 2°). E, a esse respeito, no segmento do crime de furto, não há incompatibilidade entre as regras constantes dos dois parágrafos referidos. 4. Levando em consideração a primariedade dos pacientes e o pequeno valor da coisa furtada, entendo aplicável ao caso concreto a causa de diminuição prevista no § 2º do art. 155 do Código Penal. 5. Ante o exposto, conheço em parte do presente habeas corpus e, na parte conhecida, concedo parcialmente a ordem, somente para aplicar a causa de diminuição prevista no § 2º do art. 155 do Código Penal” (HC nº 98.220/RS, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09). Também perfilhando esse entendimento: HC nº 96.977/PA, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/09; HC nº 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP objetivos e subjetivos para a progressão de regime prisional, ou, ainda, os motivos pelos quais teria o paciente regredido de regime, não podem ser afirmados sem exame minucioso de material fático-probatório, o que impossibilita a concessão de habeas corpus de ofício. 3. Habeas corpus não conhecido” (HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07); “PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. QUESTÃO NÃO APRECIADA PELAS INSTÂNCIAS INFERIORES. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO PELO STF. APLICAÇÃO DO PRIVILÉGIO PREVISTO NO § 2º DO ART. 155 DO CP AO FURTO QUALIFICADO. PRECEDENTES. WRIT CONHECIDO EM PARTE. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. Inicialmente, verifico que a alegação referente ao princípio da insignificância, sequer foi analisada pelas instâncias inferiores. 2. Inviável, portanto, a análise deste pedido pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de supressão de instância, em afronta às normas constitucionais de competência. 3. Considero que o critério norteador deve ser o da verificação da compatibilidade entre as qualificadoras (CP, art. 155, § 4°) e o privilégio (CP, art. 155, § 2°). E, a esse respeito, no segmento do crime de furto, não há incompatibilidade entre as regras constantes dos dois parágrafos referidos. 4. Levando em consideração a primariedade dos pacientes e o pequeno valor da coisa furtada, entendo aplicável ao caso concreto a causa de diminuição prevista no § 2º do art. 155 do Código Penal. 5. Ante o exposto, conheço em parte do presente habeas corpus e, na parte conhecida, concedo parcialmente a ordem, somente para aplicar a causa de diminuição prevista no § 2º do art. 155 do Código Penal” (HC nº 98.220/RS, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09). Também perfilhando esse entendimento: HC nº 96.977/PA, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/09; HC nº 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.369 / SP 96.220/PR, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1º/7/09; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07. Ante o exposto, voto pelo conhecimento parcial da impetração e, nessa medida, pela denegação da ordem. 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Supremo Tribunal Federal HC 101.369 / SP 96.220/PR, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1º/7/09; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07. Ante o exposto, voto pelo conhecimento parcial da impetração e, nessa medida, pela denegação da ordem. 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1569946. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 101.369 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : ANDRÉ LUIS CAMARGO IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma conheceu, em parte, da ordem de habeas corpus e, nessa parte, a denegou, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568748 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 101.369 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : ANDRÉ LUIS CAMARGO IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma conheceu, em parte, da ordem de habeas corpus e, nessa parte, a denegou, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568748 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1590338
2011-10-25T00:00:00
2011-11-28T00:00:00
A Turma conheceu, em parte, da ordem de habeas corpus e, nessa parte, a denegou, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
HABEAS CORPUS
EMENTA Habeas corpus. Processual penal. Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei nº 9.099/95). Iniciativa privativa do titular da ação penal. Proposta não formulada pelo Parquet em razão da existência de outro processo criminal em curso contra o réu. Recusa que ensejou a aplicação subsidiária do disposto no art. 28 do CPP. Súmula 696 do STF. Alegação de inconstitucionalidade da vedação ao sursis processual com fundamento na existência de outros processos em curso contra o réu, ainda não transitados em julgado, por suposta violação ao princípio da presunção de inocência. Questão não analisada na decisão impugnada. Impossibilidade de conhecimento do writ sob essa óptica. Dupla supressão de instância. Ordem parcialmente conhecida e denegada. 1. Não há falar em direito subjetivo do paciente: a imprescindibilidade do assentimento do Ministério Público está conectada estreitamente à titularidade da ação penal pública, a qual a Constituição lhe confiou privativamente (CF, art. 129, I). Precedentes. 2. A apreciação sobre a legalidade da recusa do Ministério Público ao oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo em razão de o paciente responder a um outro processo penal ainda não transitado em julgado não foi apreciada nas instâncias anteriores, de sorte que seu conhecimento, de forma originária, neste ensejo, configuraria verdadeira supressão de instância. Precedentes. 3. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa medida, denegado.
sjur201903
- Acórdãos citados: HC 75343 - Tribunal Pleno, HC 75441, HC 84342, HC 84935, HC 90654, HC 92264, HC 96220, HC 96977, HC 98220, RE 296185, RE 422441. - Veja REsp 919637 do STJ. Número de páginas: 14. Análise: 12/12/2011, KBP. Revisão: 30/01/2012, SEV.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
101369
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00129 INC-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00028 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-009099 ANO-1995\r\n ART-00089 \r\n LJE-1995 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000696 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
HC
acordaos
HC 101369
[ "" ]
PACTE.(S) : ANDRÉ LUIS CAMARGO IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 369", "S", "úm", "ula 696 do STF", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 369", "Rec", "urso Especial [UNK] 919. 637 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 369", "Rec", "urso Especial [UNK] 919. 637 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 369", "Rec", "urso Especial [UNK] 919. 637 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 369", "Rec", "urso Especial [UNK] 919. 637 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "Rec", "urso Especial [UNK] 919. 637 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "Rec", "urso Especial [UNK] 919. 637 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "R", "Es", "p- 450. 546", "H", "C 101. 369 / SP", "R", "Es", "p- 450. 546", "H", "C 101. 369 / SP", "E", "RE", "s", "p", "- 164. 261", "R", "Es", "p 254. 249 / SP", "S", "úm", "ula do STF, Enunciado [UNK] 696", "R", "Es", "p", "-", "539", ".", "073", "C", "ód", "R", "Es", "p [UNK] 919. 637 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "E", "RE", "s", "p- 164. 261", "R", "Es", "p 254. 249 / SP", "S", "úm", "ula do STF", "R", "Es", "p- 539. 073", "R", "Es", "p [UNK] 919. 637 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "R", "E [UNK] 422. 441 / SC", "R", "E [UNK] 296. 185 / RS", "H", "C [UNK] 75. 343 / MG", "H", "C [UNK] 84. 342 / RJ", "H", "C [UNK] 84. 935 / GO", "H", "C [UNK] 75. 441 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "R", "E [UNK] 422. 441 / SC", "R", "E [UNK] 296. 185 / RS", "H", "C [UNK] 75. 343 / MG", "H", "C [UNK] 84. 342 / RJ", "H", "C [UNK] 84. 935 / GO", "H", "C [UNK] 75. 441 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "S", "úm", "ula 696 desta Suprema Corte", "H", "C [UNK] 49. 329 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "S", "úm", "ula 696 desta Suprema Corte", "H", "C [UNK] 49. 329 / SP", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "C [UNK] 92. 264 / SP", "H", "C [UNK] 98. 220 / RS", "H", "C [UNK] 96. 977 / PA", "H", "C", "H", "C 101. 369 / SP", "H", "C [UNK] 92. 264 / SP", "H", "C [UNK] 98. 220 / RS", "H", "C [UNK] 96. 977 / PA", "H", "C 101. 369 / SP 96. 220 / PR", "H", "C [UNK] 90. 654 / SP", "H", "C 101. 369 / SP 96. 220 / PR", "H", "C [UNK] 90. 654 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 369", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 101. 369" ], "LEGISLACAO": [ "art. 89 da Lei [UNK] 9. 099 / 95", "art. 28 do CPP", "Constituição", "C", "F, art. 129, I", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28 do CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28 do CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28 do Código de Processo Penal", "art. 28 do CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28 do Código de Processo Penal", "art. 28 do CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 89, da Lei 9. 099 / 95", "art. 28, do CPP", "Lei dos Juizados Especiais Criminais", "art. 76 da Lei 9. 099 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 89, da Lei 9. 099 / 95", "art. 28, do CPP", "Lei dos Juizados Especiais Criminais", "art. 76 da Lei 9. 099 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28, do CPP", "art. 28 do CPP", "artigo 89 da Lei [UNK] 9. 099 / 95", "art. 28 do CPP", "Art. 89 da Lei 9. 099 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28, do CPP", "art. 28 do CPP", "artigo 89 da Lei [UNK] 9. 099 / 95", "art. 28 do CPP", "Art. 89 da Lei 9. 099 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 28 do CPP", "art. 89 da Lei 9. 099 / 95", "Lei [UNK] 9. 099 / 95", "art. 28 do C. P. P", "Lei [UNK] 9. 099 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 28 do CPP", "art. 89 da Lei 9. 099 / 95", "Lei [UNK] 9. 099 / 95", "art. 28 do C. P. P", "Lei [UNK] 9. 099 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28 do CPP.", "artigo 28 do Código de Processo Penal", "art. 28 do Código de Processo Penal", "art. 557, § [UNK]- A, do Cód. de Pr. Civil", "art. [UNK] do Cód. de Pr. Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 28 do CPP.", "artigo 28 do Código de Processo Penal", "art. 28 do Código de Processo Penal", "art. 557, § [UNK]- A, do Cód. de Pr. Civil", "art. [UNK] do Cód. de Pr. Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 9. 099⁄95", "Constituição", "C", "F, art. 129, I", "Lei", "art. 28 do CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 9. 099⁄95", "Art. 28 do Cód. de Pr. 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.253 REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI REQTE.(S) :GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) :JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES ADV.(A/S) :ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ROBERTA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO QUEIROZ ADV.(A/S) :PEDRO IVO RODRIGUES VELLOSO CORDEIRO ADV.(A/S) :MARCELO TURBAY FREIRIA ADV.(A/S) :LILIANE DE CARVALHO GABRIEL EMENTA: EXTRADIÇÃO INSTRUTÓRIA REQUERIDA PELO GOVERNO DO PERU. I - Tratado de Extradição firmado entre Brasil e Peru. II - Processamento do pedido de acordo com a Lei 6.815/1980. Requisitos formais atendidos. III - Dupla tipicidade e punibilidade. IV - Extradição deferida. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, deferir a extradição instrutória, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563574. Supremo Tribunal Federal DJe 19/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 25/10/2011 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.253 REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI REQTE.(S) :GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) :JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES ADV.(A/S) :ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ROBERTA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO QUEIROZ ADV.(A/S) :PEDRO IVO RODRIGUES VELLOSO CORDEIRO ADV.(A/S) :MARCELO TURBAY FREIRIA ADV.(A/S) :LILIANE DE CARVALHO GABRIEL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): O Governo do Peru, com amparo no Tratado de Extradição assinado com o Brasil em 25 de agosto de 2003, solicita a extradição de JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES, em vista da ordem de prisão expedida pela Primeira Turma Criminal Suprema do Superior Tribunal de Justiça de Lima Norte, pela suposta prática do crime de violação sexual de menor de 14 (quatorze) anos de idade, consoante o teor da Nota Verbal nº 105/11 de fls. 4-165 do anexo PPE. Em 23.12.2010, por entender presentes os pressupostos autorizadores, o MM. Presidente do Supremo Tribunal, Ministro Cezar Peluso, decretou a prisão preventiva do requerido, a qual foi concretizada em 22.2.2011 (fls. 37-38 e 48 da PPE 657 anexa). Interrogado às fls. 177/181, o extraditando ofertou defesa técnica, na qual, em síntese, alega que: (i) o Estado requerente não traduziu documentos indispensáveis à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563575. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.253 REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI REQTE.(S) :GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) :JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES ADV.(A/S) :ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ROBERTA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO QUEIROZ ADV.(A/S) :PEDRO IVO RODRIGUES VELLOSO CORDEIRO ADV.(A/S) :MARCELO TURBAY FREIRIA ADV.(A/S) :LILIANE DE CARVALHO GABRIEL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): O Governo do Peru, com amparo no Tratado de Extradição assinado com o Brasil em 25 de agosto de 2003, solicita a extradição de JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES, em vista da ordem de prisão expedida pela Primeira Turma Criminal Suprema do Superior Tribunal de Justiça de Lima Norte, pela suposta prática do crime de violação sexual de menor de 14 (quatorze) anos de idade, consoante o teor da Nota Verbal nº 105/11 de fls. 4-165 do anexo PPE. Em 23.12.2010, por entender presentes os pressupostos autorizadores, o MM. Presidente do Supremo Tribunal, Ministro Cezar Peluso, decretou a prisão preventiva do requerido, a qual foi concretizada em 22.2.2011 (fls. 37-38 e 48 da PPE 657 anexa). Interrogado às fls. 177/181, o extraditando ofertou defesa técnica, na qual, em síntese, alega que: (i) o Estado requerente não traduziu documentos indispensáveis à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563575. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório EXT 1.253 / ** instrução do pedido, a saber, dois depoimentos da vítima, ata de recebimento de foto de documento, e a acta de verificación; (ii) as provas realizadas durante a instrução não são suficientes para amparar a conclusão de que houve relação sexual entre o extraditando e a menor; (iii) não havendo base para a manutenção da prisão do extraditando, deve ocorrer a respectiva revogação. Ao final, o extraditando requereu a tradução dos documentos juntados às fls. 20-21, 32-34, 35-37 e 38-39, bem como a expedição de alvará de soltura em seu favor. O Ministério Público Federal, em parecer lavrado às fls. 217-223, opina pelo deferimento do pedido de extradição. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563575. Supremo Tribunal Federal EXT 1.253 / ** instrução do pedido, a saber, dois depoimentos da vítima, ata de recebimento de foto de documento, e a acta de verificación; (ii) as provas realizadas durante a instrução não são suficientes para amparar a conclusão de que houve relação sexual entre o extraditando e a menor; (iii) não havendo base para a manutenção da prisão do extraditando, deve ocorrer a respectiva revogação. Ao final, o extraditando requereu a tradução dos documentos juntados às fls. 20-21, 32-34, 35-37 e 38-39, bem como a expedição de alvará de soltura em seu favor. O Ministério Público Federal, em parecer lavrado às fls. 217-223, opina pelo deferimento do pedido de extradição. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563575. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 25/10/2011 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.253 REPÚBLICA DO PERU V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, entendo que a extradição é de ser deferida. O pedido extradicional, formalmente instruído com as peças obrigatórias, foi deduzido por Estado que possui competência para a instrução e o julgamento do extraditando pelos fatos narrados no documento específico, conforme preceitua o art. 78, I, da Lei 6.815/1980. As infrações imputadas não possuem conotação política, o que afasta o óbice do art. 77 da citada Lei. Também não remanesce dúvida no que concerne à identidade do requerido. Considero que o Estado requerente atendeu ao disposto no art. 80 da referida Lei 6.815/1980, uma vez que o pedido vem instruído com o decreto de prisão e os demais documentos exigidos pela Lei nº 6.815/80, havendo indicações seguras sobre o local, data, natureza e circunstâncias dos fatos delituosos, com cópia dos textos legais pertinentes, traduzidos para o português, de modo a permitir ao Supremo Tribunal Federal o exame seguro da legalidade da pretensão extradicional. Nesse sentido, as diligências requeridas pelo extraditando (tradução dos documentos juntados às fls. 20-21, 32-34, 35-37 e 38-39), mostram-se despiciendas para a devida conclusão do processo de extradição. Aliás, anoto que essas diligências, dizendo respeito ao próprio mérito da ação penal que tramita no Peru, demonstram a intenção da defesa de promover o exame aprofundado do quadro probatório que alicerça o pedido, o que não é viável pelas regras brasileiras que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.253 REPÚBLICA DO PERU V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, entendo que a extradição é de ser deferida. O pedido extradicional, formalmente instruído com as peças obrigatórias, foi deduzido por Estado que possui competência para a instrução e o julgamento do extraditando pelos fatos narrados no documento específico, conforme preceitua o art. 78, I, da Lei 6.815/1980. As infrações imputadas não possuem conotação política, o que afasta o óbice do art. 77 da citada Lei. Também não remanesce dúvida no que concerne à identidade do requerido. Considero que o Estado requerente atendeu ao disposto no art. 80 da referida Lei 6.815/1980, uma vez que o pedido vem instruído com o decreto de prisão e os demais documentos exigidos pela Lei nº 6.815/80, havendo indicações seguras sobre o local, data, natureza e circunstâncias dos fatos delituosos, com cópia dos textos legais pertinentes, traduzidos para o português, de modo a permitir ao Supremo Tribunal Federal o exame seguro da legalidade da pretensão extradicional. Nesse sentido, as diligências requeridas pelo extraditando (tradução dos documentos juntados às fls. 20-21, 32-34, 35-37 e 38-39), mostram-se despiciendas para a devida conclusão do processo de extradição. Aliás, anoto que essas diligências, dizendo respeito ao próprio mérito da ação penal que tramita no Peru, demonstram a intenção da defesa de promover o exame aprofundado do quadro probatório que alicerça o pedido, o que não é viável pelas regras brasileiras que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EXT 1.253 / ** disciplinam a extradição. Portanto, apenas no procedimento criminal que tramita no Peru é que o extraditando poderá exercer, com a devida extensão, o contraditório e a ampla defesa. Assim, não há falar-se em suposta insuficiência das provas colhidas no curso da instrução. Ressalto não se estar agindo às cegas. Com efeito, o mandado de prisão emitido pelas autoridades peruanas (fl. 28 da PPE 657) faz menção à prova testemunhal, às declarações da vítima, à Certidão Médica Legal e ao resultado do relatório de psicologia forense. Tais elementos coligados caracterizam, no mínimo, relevantes indícios de autoria e de materialidade acerca dos fatos imputados ao extraditando. Tenho que as imputações descritas no pedido ostentam dupla tipicidade. Noticia a Nota Verbal 105/11 que ao extraditando é impingida a prática de violação sexual de uma menor de quatorze anos, “aproveitando-se de sua condição de tio casado com sua tia, que quando chegava ao Brasil permanecia na vivenda da mãe da agravada localizada na Avenida Tupac Amaru 3688, local onde aconteceram os fatos de violação de sua indenidade sexual conforme acredita-se no depoimento da agravada. Fato que foi produzido desde que a agravada tinha onze anos de idade aproximativamente no ano 1996 até o mês de janeiro de 1999”. (fl. 115). Dessa narrativa depreende-se que o delito tipificado pelo art. 173 do Código Penal peruano corresponde ao tipo penal de estupro com presunção de violência da lei brasileira (CP, art. 213 c/c art. 224, a, na redação original). Quanto à eventual ocorrência de prescrição, segundo as observações da Procuradoria Geral da República: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Supremo Tribunal Federal EXT 1.253 / ** disciplinam a extradição. Portanto, apenas no procedimento criminal que tramita no Peru é que o extraditando poderá exercer, com a devida extensão, o contraditório e a ampla defesa. Assim, não há falar-se em suposta insuficiência das provas colhidas no curso da instrução. Ressalto não se estar agindo às cegas. Com efeito, o mandado de prisão emitido pelas autoridades peruanas (fl. 28 da PPE 657) faz menção à prova testemunhal, às declarações da vítima, à Certidão Médica Legal e ao resultado do relatório de psicologia forense. Tais elementos coligados caracterizam, no mínimo, relevantes indícios de autoria e de materialidade acerca dos fatos imputados ao extraditando. Tenho que as imputações descritas no pedido ostentam dupla tipicidade. Noticia a Nota Verbal 105/11 que ao extraditando é impingida a prática de violação sexual de uma menor de quatorze anos, “aproveitando-se de sua condição de tio casado com sua tia, que quando chegava ao Brasil permanecia na vivenda da mãe da agravada localizada na Avenida Tupac Amaru 3688, local onde aconteceram os fatos de violação de sua indenidade sexual conforme acredita-se no depoimento da agravada. Fato que foi produzido desde que a agravada tinha onze anos de idade aproximativamente no ano 1996 até o mês de janeiro de 1999”. (fl. 115). Dessa narrativa depreende-se que o delito tipificado pelo art. 173 do Código Penal peruano corresponde ao tipo penal de estupro com presunção de violência da lei brasileira (CP, art. 213 c/c art. 224, a, na redação original). Quanto à eventual ocorrência de prescrição, segundo as observações da Procuradoria Geral da República: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EXT 1.253 / ** “Consoante a legislação peruana, a prescrição ocorrerá em tempo igual ao máximo da pena fixada pela lei para o delito, se a pena for privativa de liberdade (fl. 119). Considerando que a pena máxima atribuída pela legislação estrangeira, ao crime imputado ao extraditando, havido entre os anos de 1996 e 1997, é de 20 anos, o lapso prescricional somente ocorrerá a partir de 2016. Já, em relação aos fatos praticados entre os anos de 1998 e 1999, cuja pena máxima é de 30 anos, o transcurso do prazo dar-se-á em 2028 e 2029 (fls. 117/119). Nos termos da lei brasileira, também não há que se falar em prescrição. A pena máxima cominada ao delito de estupro, acrescida do aumento de metade em virtude do art. 226, II, do CP, é de 15 anos. A tal montante de pena aplica-se o prazo prescricional de 20 anos, consoante o disposto no art. 109, I, do Código Penal. Assim, a prescrição só será atingida a partir do ano de 2016” (fls. 219-220). Anoto, todavia, que o órgão ministerial considerou em seu cálculo a incidência da causa de aumento de metade da pena, segundo a redação dada pela Lei 11.106/2005 ao art. 226, inc. II, do Código Penal, norma essa que, além de refletir reprimenda mais rigorosa, passou a vigorar após os fatos tidos por delituosos. Logo, penso ser de rigor analisar o lapso prescricional com fulcro na previsão de aumento que vigorava pela época dos fatos, ou seja, um quarto da pena. Feitos os cálculos, em meu sentir, a prescrição não se manifesta. Com efeito, majorando-se a pena máxima de 10 (dez) anos de um quarto, chega-se ao total de 12 (doze) anos e 6 (seis) meses, o que, à luz do art. 109, inc. II, do Código Penal, resulta num prazo de 16 (dezesseis anos). No caso em apreço, os delitos supostamente iniciaram-se em 1996 e perduraram até janeiro de 1999 (fl. 115). Assim, mesmo que a prescrição tenha tido início de 2011, seu término apenas ocorrerá em janeiro de 2015. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Supremo Tribunal Federal EXT 1.253 / ** “Consoante a legislação peruana, a prescrição ocorrerá em tempo igual ao máximo da pena fixada pela lei para o delito, se a pena for privativa de liberdade (fl. 119). Considerando que a pena máxima atribuída pela legislação estrangeira, ao crime imputado ao extraditando, havido entre os anos de 1996 e 1997, é de 20 anos, o lapso prescricional somente ocorrerá a partir de 2016. Já, em relação aos fatos praticados entre os anos de 1998 e 1999, cuja pena máxima é de 30 anos, o transcurso do prazo dar-se-á em 2028 e 2029 (fls. 117/119). Nos termos da lei brasileira, também não há que se falar em prescrição. A pena máxima cominada ao delito de estupro, acrescida do aumento de metade em virtude do art. 226, II, do CP, é de 15 anos. A tal montante de pena aplica-se o prazo prescricional de 20 anos, consoante o disposto no art. 109, I, do Código Penal. Assim, a prescrição só será atingida a partir do ano de 2016” (fls. 219-220). Anoto, todavia, que o órgão ministerial considerou em seu cálculo a incidência da causa de aumento de metade da pena, segundo a redação dada pela Lei 11.106/2005 ao art. 226, inc. II, do Código Penal, norma essa que, além de refletir reprimenda mais rigorosa, passou a vigorar após os fatos tidos por delituosos. Logo, penso ser de rigor analisar o lapso prescricional com fulcro na previsão de aumento que vigorava pela época dos fatos, ou seja, um quarto da pena. Feitos os cálculos, em meu sentir, a prescrição não se manifesta. Com efeito, majorando-se a pena máxima de 10 (dez) anos de um quarto, chega-se ao total de 12 (doze) anos e 6 (seis) meses, o que, à luz do art. 109, inc. II, do Código Penal, resulta num prazo de 16 (dezesseis anos). No caso em apreço, os delitos supostamente iniciaram-se em 1996 e perduraram até janeiro de 1999 (fl. 115). Assim, mesmo que a prescrição tenha tido início de 2011, seu término apenas ocorrerá em janeiro de 2015. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EXT 1.253 / ** A prescrição parcial, portanto, não impede a extradição, embora deva ser considerada em relação aos delitos por ela já abarcados. Diante desse quadro, presentes os requisitos legais elencados na Lei 6.815/1980 e no Tratado de Extradição firmado entre Brasil e o Peru, defiro o pedido de extradição, devendo ser observada, no caso de condenação pelos crimes que motivaram o pedido, a detração do período que o extraditando permaneceu preso no Brasil, bem como o lapso prescricional de 16 (dezesseis) anos. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Supremo Tribunal Federal EXT 1.253 / ** A prescrição parcial, portanto, não impede a extradição, embora deva ser considerada em relação aos delitos por ela já abarcados. Diante desse quadro, presentes os requisitos legais elencados na Lei 6.815/1980 e no Tratado de Extradição firmado entre Brasil e o Peru, defiro o pedido de extradição, devendo ser observada, no caso de condenação pelos crimes que motivaram o pedido, a detração do período que o extraditando permaneceu preso no Brasil, bem como o lapso prescricional de 16 (dezesseis) anos. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563576. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. AYRES BRITTO 25/10/2011 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.253 REPÚBLICA DO PERU VOTO O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Também acompanho o Relator. Presentes os requisitos da dupla tipicidade e punibilidade, entendo que as condições de procedibilidade do pedido extradicional também se fazem presentes. O caso, portanto, como diria o Ministro Celso de Mello, é de franca extraditabilidade do requerido, do extraditando. # # # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1639008. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.253 REPÚBLICA DO PERU VOTO O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Também acompanho o Relator. Presentes os requisitos da dupla tipicidade e punibilidade, entendo que as condições de procedibilidade do pedido extradicional também se fazem presentes. O caso, portanto, como diria o Ministro Celso de Mello, é de franca extraditabilidade do requerido, do extraditando. # # # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1639008. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EXTRADIÇÃO 1.253 PROCED. : REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI REQTE.(S) : GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) : JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ROBERTA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO QUEIROZ ADV.(A/S) : PEDRO IVO RODRIGUES VELLOSO CORDEIRO ADV.(A/S) : MARCELO TURBAY FREIRIA ADV.(A/S) : LILIANE DE CARVALHO GABRIEL Decisão: extradição instrutória deferida, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567311 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EXTRADIÇÃO 1.253 PROCED. : REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI REQTE.(S) : GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) : JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ROBERTA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO QUEIROZ ADV.(A/S) : PEDRO IVO RODRIGUES VELLOSO CORDEIRO ADV.(A/S) : MARCELO TURBAY FREIRIA ADV.(A/S) : LILIANE DE CARVALHO GABRIEL Decisão: extradição instrutória deferida, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1567311 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1642275
2011-10-25T00:00:00
2011-12-19T00:00:00
Extradição instrutória deferida, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.10.2011.
EXTRADIÇÃO
Ementa: Extradição instrutória requerida pelo Governo do Peru. I - Tratado de Extradição firmado entre Brasil e Peru. II - Processamento do pedido de acordo com a Lei 6.815/1980. Requisitos formais atendidos. III - Dupla tipicidade e punibilidade. IV - Extradição deferida.
sjur203119
- Veja PPE 657 do STF. - Legislação estrangeira citada: art. 173 do Código Penal do Peru. Número de páginas: 9. Análise: 14/02/2012, SEV. Revisão: 28/02/2012, ACG.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
1253
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00109 INC-00002 ART-00213 \r\n ART-00224 LET-A\r\n ART-00226 INC-00002 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11106/2005\r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-006815 ANO-1980\r\n ART-00077 ART-00078 INC-00001 ART-00080\r\n EE-1980 ESTATUTO DO ESTRANGEIRO\r\n", "LEG-FED LEI-011106 ANO-2005\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-INT TTD ANO-2003\r\n TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E PERU\r\n", "LEG-FED DLG-000071 ANO-2006\r\n APROVA O TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E PERU\r\n DECRETO LEGISLATIVO\r\n", "LEG-FED DEC-005853 ANO-2006\r\n PROMULGA O TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E PERU\r\n DECRETO" ]
Ext
acordaos
Ext 1253
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REQTE.(S) : GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) : JUAN MELQUIADES PORTAL PAREDES ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : ROBERTA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO QUEIROZ ADV.(A/S) : PEDRO IVO RODRIGUES VELLOSO CORDEIRO ADV.(A/S) : MARCELO TURBAY FREIRIA ADV.(A/S) : LILIANE DE CARVALHO GABRIEL
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Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA IMPTE.(S) :ANTONIO CARLOS ALVES CARVALHO ADV.(A/S) :CLAUDISMAR ZUPIROLI IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO LIT.PAS.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. IMPOSIÇÃO DE MULTAS. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE EXERCÍCIO FINANCEIRO. INABILITAÇÃO DE EX-GESTORES DE EMPRESA PÚBLICA PARA O EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 1. A inabilitação do Impetrante não teve suporte em fatos ou imputações novas e sobre as quais não exerceu as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 2. Sanção que decorre do reconhecimento da gravidade do conjunto de irregularidades praticadas ao longo do exercício financeiro. 3. Segurança denegada. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em denegar a segurança, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 25 de outubro de 2011. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575543. Supremo Tribunal Federal DJe 25/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA IMPTE.(S) :ANTONIO CARLOS ALVES CARVALHO ADV.(A/S) :CLAUDISMAR ZUPIROLI IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO LIT.PAS.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por Antônio Carlos Alves Carvalho, em 3.2.2011, contra ato do Tribunal de Contas da União, que inabilitou o Impetrante para o exercício de cargo em comissão e função de confiança na Administração Pública por cinco anos (Processo TC n. 009.880/2004-9, Acórdão TCU n. 1.805/2010). 2. Em 2004, o Tribunal de Contas da União iniciou o exame das contas apresentadas pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – Dataprev referentes ao exercício de 2003 (Processo TC n. 009.880/2004-9). Esse processo teve seu andamento sobrestado em razão da Tomada de Contas Especial n. 004.020/2004, instaurada devido às irregularidades apontadas em auditoria realizada naquela empresa no período em que o Impetrante era diretor de negócios (2003-2004). Em 2005, o Tribunal de Contas da União instaurou nova tomada de contas (Processo TC n. 012.633), com o objetivo de verificar a regularidade das contratações realizadas pela Dataprev nas áreas de publicidade, propaganda, consultoria, terceirização e informática, de modo a subsidiar os trabalhos das comissões parlamentares mistas de inquérito “dos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575544. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA IMPTE.(S) :ANTONIO CARLOS ALVES CARVALHO ADV.(A/S) :CLAUDISMAR ZUPIROLI IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO LIT.PAS.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por Antônio Carlos Alves Carvalho, em 3.2.2011, contra ato do Tribunal de Contas da União, que inabilitou o Impetrante para o exercício de cargo em comissão e função de confiança na Administração Pública por cinco anos (Processo TC n. 009.880/2004-9, Acórdão TCU n. 1.805/2010). 2. Em 2004, o Tribunal de Contas da União iniciou o exame das contas apresentadas pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – Dataprev referentes ao exercício de 2003 (Processo TC n. 009.880/2004-9). Esse processo teve seu andamento sobrestado em razão da Tomada de Contas Especial n. 004.020/2004, instaurada devido às irregularidades apontadas em auditoria realizada naquela empresa no período em que o Impetrante era diretor de negócios (2003-2004). Em 2005, o Tribunal de Contas da União instaurou nova tomada de contas (Processo TC n. 012.633), com o objetivo de verificar a regularidade das contratações realizadas pela Dataprev nas áreas de publicidade, propaganda, consultoria, terceirização e informática, de modo a subsidiar os trabalhos das comissões parlamentares mistas de inquérito “dos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório MS 30.322 / DF Correios” e da “Compra de Votos”. Em 6.8.2008, o Plenário do Tribunal de Contas da União rejeitou as justificativas apresentadas pelo Impetrante e por outros gestores da Dataprev e aplicou-lhes multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) (Acórdão n. 1.573/2008, Processo TC n. 012.633/2005-8). No julgamento da Tomada de Contas Especial n. 004.020/2004, realizado em 17.3.2009, a 1ª Câmara do Tribunal de Contas da União impôs ao Impetrante e a outros gestores da Dataprev nova multa (Acórdão TCU n. 1.011/2009), fixada em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). 3. O Impetrante informa que essas decisões teriam transitado em julgado e que, embora discordasse das sanções aplicadas, “estava envidando esforços no sentido de solucionar o pagamento dos débitos apurados, sem que houvesse maior repercussão de tais condenações” (fl. 3). No entanto, em 28.7.2010, ao retomar o julgamento do Processo TC n. 009.880/2004-9, o Plenário do Tribunal de Contas da União teria decidido agravar as sanções, inabilitando-o para o exercício de cargos em comissão e funções de confiança na Administração Pública pelo período de cinco anos (Acórdão n. 1.805/2010). 4. O Impetrante alega, em essência, que o Processo TC n. 009.880/2004 teria tramitado sem que ele fosse citado para integrar o polo passivo e apresentar justificativas, o que contrariaria o art. 5º, inc. LV, da Constituição da República e as Leis n. 8.443/1992 e 9.784/1999. Sustenta que o Ministro Relator teria afastado a necessidade de nova audiência dos gestores responsabilizados, ao argumento de que eles já haviam se defendido das mesmas imputações em processos anteriores e que a valoração da gravidade de seus atos, quando avaliados em conjunto, competiria ao Tribunal de Contas da União. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575544. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF Correios” e da “Compra de Votos”. Em 6.8.2008, o Plenário do Tribunal de Contas da União rejeitou as justificativas apresentadas pelo Impetrante e por outros gestores da Dataprev e aplicou-lhes multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) (Acórdão n. 1.573/2008, Processo TC n. 012.633/2005-8). No julgamento da Tomada de Contas Especial n. 004.020/2004, realizado em 17.3.2009, a 1ª Câmara do Tribunal de Contas da União impôs ao Impetrante e a outros gestores da Dataprev nova multa (Acórdão TCU n. 1.011/2009), fixada em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). 3. O Impetrante informa que essas decisões teriam transitado em julgado e que, embora discordasse das sanções aplicadas, “estava envidando esforços no sentido de solucionar o pagamento dos débitos apurados, sem que houvesse maior repercussão de tais condenações” (fl. 3). No entanto, em 28.7.2010, ao retomar o julgamento do Processo TC n. 009.880/2004-9, o Plenário do Tribunal de Contas da União teria decidido agravar as sanções, inabilitando-o para o exercício de cargos em comissão e funções de confiança na Administração Pública pelo período de cinco anos (Acórdão n. 1.805/2010). 4. O Impetrante alega, em essência, que o Processo TC n. 009.880/2004 teria tramitado sem que ele fosse citado para integrar o polo passivo e apresentar justificativas, o que contrariaria o art. 5º, inc. LV, da Constituição da República e as Leis n. 8.443/1992 e 9.784/1999. Sustenta que o Ministro Relator teria afastado a necessidade de nova audiência dos gestores responsabilizados, ao argumento de que eles já haviam se defendido das mesmas imputações em processos anteriores e que a valoração da gravidade de seus atos, quando avaliados em conjunto, competiria ao Tribunal de Contas da União. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório MS 30.322 / DF Ressalta que, embora a autoridade apontada como coatora tenha-se limitado ao exame do conjunto das irregularidades já apreciadas, não havendo novas imputações ao Impetrante, o agravamento das penas impostas nos processos finalizados deveria ser precedido do contraditório e da ampla defesa, pois “poderia[m] surgir desdobramentos (...) [que] afet[assem] de modo inexorável sua própria vida e a de sua família, inviabilizando (...) a continuidade do exercício de suas atuais atividades profissionais” (fl. 21) no Ministério da Educação. Assevera que “as impropriedades eventualmente existentes nas contas da DATAPREV (exercício financeiro de 2003) já haviam sido objeto de apreciação (...) [n]as Tomadas de Contas [n. 004.020/2004 e 012.633/2005-8], tendo o Corte aplicado (...) as penas que entendeu necessárias (...), esgotado sua jurisdição administrativa em relação ao dito exercício. Incid[iria] (...) o instituto da coisa julgada (...), que imped[iria] qualquer inovação (...) na esfera jurídica do Impetrante”(fl. 22). Pede seja declarada a nulidade da Tomada de Contas n. 009.880/2004-9 e do Acórdão TCU n. 1805/2010, “promov[endo] a reabertura de todos os prazos para defesa” (fl. 24). 5. Em 7.2.2011, indeferi a medida liminar requerida nesta ação (DJe 14.2.2011). 6. O Tribunal de Contas da União prestou informações em 23.2.2011. 7. Em 1º.9.2011, a Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575544. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF Ressalta que, embora a autoridade apontada como coatora tenha-se limitado ao exame do conjunto das irregularidades já apreciadas, não havendo novas imputações ao Impetrante, o agravamento das penas impostas nos processos finalizados deveria ser precedido do contraditório e da ampla defesa, pois “poderia[m] surgir desdobramentos (...) [que] afet[assem] de modo inexorável sua própria vida e a de sua família, inviabilizando (...) a continuidade do exercício de suas atuais atividades profissionais” (fl. 21) no Ministério da Educação. Assevera que “as impropriedades eventualmente existentes nas contas da DATAPREV (exercício financeiro de 2003) já haviam sido objeto de apreciação (...) [n]as Tomadas de Contas [n. 004.020/2004 e 012.633/2005-8], tendo o Corte aplicado (...) as penas que entendeu necessárias (...), esgotado sua jurisdição administrativa em relação ao dito exercício. Incid[iria] (...) o instituto da coisa julgada (...), que imped[iria] qualquer inovação (...) na esfera jurídica do Impetrante”(fl. 22). Pede seja declarada a nulidade da Tomada de Contas n. 009.880/2004-9 e do Acórdão TCU n. 1805/2010, “promov[endo] a reabertura de todos os prazos para defesa” (fl. 24). 5. Em 7.2.2011, indeferi a medida liminar requerida nesta ação (DJe 14.2.2011). 6. O Tribunal de Contas da União prestou informações em 23.2.2011. 7. Em 1º.9.2011, a Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. O Impetrante sustenta, em essência, que, ao inabilitá-lo para o exercício de cargo em comissão e função de confiança por cinco anos, o Tribunal de Contas da União teria deixado de observar o contraditório, a ampla defesa e a coisa julgada (Processo TC n. 009.880/2004-9, Acórdão TCU n. 1805/2010). Pondera que, embora a autoridade apontada como coatora tenha-se limitado ao exame do conjunto das irregularidades já apreciadas no julgamento das Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e n. 12.633/2005-8, não havendo novas imputações ao Impetrante, o agravamento das penas a ele impostas naqueles processos finalizados deveria ser precedido do contraditório e da ampla defesa. 2. Em 28.7.2010, no julgamento do Processo TC n. 009.880/2004-9, que examinava a prestação de contas da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – Dataprev referente ao exercício de 2003, o Plenário do Tribunal de Contas da União julgou irregulares as contas e decidiu inabilitar Antônio Carlos Alves Carvalho, Carlos Alberto Jacques de Castro e José Jairo Ferreira Cabral, ex-gestores daquela empresa, para o exercício de cargos em comissão e funções de confiança na Administração Pública por cinco anos. Naquela assentada, o Ministro Relator acolheu os pareceres da unidade técnica e do representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União: “Adoto como relatório a instrução fls. 741/755, com a qual manifestaram-se de acordo o Gerente e o Titular da Secex/RJ: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. O Impetrante sustenta, em essência, que, ao inabilitá-lo para o exercício de cargo em comissão e função de confiança por cinco anos, o Tribunal de Contas da União teria deixado de observar o contraditório, a ampla defesa e a coisa julgada (Processo TC n. 009.880/2004-9, Acórdão TCU n. 1805/2010). Pondera que, embora a autoridade apontada como coatora tenha-se limitado ao exame do conjunto das irregularidades já apreciadas no julgamento das Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e n. 12.633/2005-8, não havendo novas imputações ao Impetrante, o agravamento das penas a ele impostas naqueles processos finalizados deveria ser precedido do contraditório e da ampla defesa. 2. Em 28.7.2010, no julgamento do Processo TC n. 009.880/2004-9, que examinava a prestação de contas da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – Dataprev referente ao exercício de 2003, o Plenário do Tribunal de Contas da União julgou irregulares as contas e decidiu inabilitar Antônio Carlos Alves Carvalho, Carlos Alberto Jacques de Castro e José Jairo Ferreira Cabral, ex-gestores daquela empresa, para o exercício de cargos em comissão e funções de confiança na Administração Pública por cinco anos. Naquela assentada, o Ministro Relator acolheu os pareceres da unidade técnica e do representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União: “Adoto como relatório a instrução fls. 741/755, com a qual manifestaram-se de acordo o Gerente e o Titular da Secex/RJ: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 30.322 / DF '(...) Inicialmente, faremos a análise da diligência. (...) Posteriormente, apresentaremos os fatos de que tratam os TC 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8 e sua repercussão no julgamento de mérito das contas dos responsáveis neste processo. (...) A gravidade e a materialidade das ocorrências são suficientes para macular a gestão dos responsáveis. Entretanto, não cabe, a nosso ver, aplicação de multa no presente processo, uma vez que os responsáveis já foram apenados no processo de tomada de contas especial mencionado. 45. A esse respeito, bem como sobre a ausência de previsão para realização de nova audiência para fins de julgamento de mérito das contas, reproduzimos a seguir trecho do Voto condutor do Acórdão nº 1481/2005-1ª Câmara (...) “6. Quanto à suposta necessidade de uma nova audiência do responsável, alegada pelo MP/TCU, (...) torno a dizer que o responsável já foi chamado em audiência para cada uma das irregularidades aqui examinadas, mesmo as relativas a processos conexos de fiscalização. Não há previsão regimental para nova defesa, agora do conjunto dos atos considerados irregulares, cujo juízo acerca da sua gravidade é atribuição deste Tribunal. Não podendo mais se defender quanto ao mérito de cada uma das irregularidades constatadas, não vejo justificativas para que se conceda ao responsável a prerrogativa de argumentar sobre ou se defender da maior ou menor gravidade de seus atos avaliados conjuntamente. 7. A prosperar a tese da instauração do contraditório exclusivamente para o conjunto dos atos de gestão (...) poder-se-ia alegar também a necessidade de nova audiência mesmo nas contas ordinárias cujos méritos não são influenciados por irregularidades apuradas em processos conexos, uma vez que, de maneira geral, por questões de ordem prática, a apuração, defesa e análise das irregularidades ali constatadas são feitas individualmente, para, somente ao final do exame, serem avaliadas em seu conjunto para gradação da irregularidade da gestão. (...) 6. Da mesma forma, neste processo, não há necessidade de nova manifestação do responsável, uma vez que, em relação a cada irregularidade verificada, já houve a devida constituição do contraditório e a possibilidade de ampla defesa pelos gestores. (...) 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF '(...) Inicialmente, faremos a análise da diligência. (...) Posteriormente, apresentaremos os fatos de que tratam os TC 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8 e sua repercussão no julgamento de mérito das contas dos responsáveis neste processo. (...) A gravidade e a materialidade das ocorrências são suficientes para macular a gestão dos responsáveis. Entretanto, não cabe, a nosso ver, aplicação de multa no presente processo, uma vez que os responsáveis já foram apenados no processo de tomada de contas especial mencionado. 45. A esse respeito, bem como sobre a ausência de previsão para realização de nova audiência para fins de julgamento de mérito das contas, reproduzimos a seguir trecho do Voto condutor do Acórdão nº 1481/2005-1ª Câmara (...) “6. Quanto à suposta necessidade de uma nova audiência do responsável, alegada pelo MP/TCU, (...) torno a dizer que o responsável já foi chamado em audiência para cada uma das irregularidades aqui examinadas, mesmo as relativas a processos conexos de fiscalização. Não há previsão regimental para nova defesa, agora do conjunto dos atos considerados irregulares, cujo juízo acerca da sua gravidade é atribuição deste Tribunal. Não podendo mais se defender quanto ao mérito de cada uma das irregularidades constatadas, não vejo justificativas para que se conceda ao responsável a prerrogativa de argumentar sobre ou se defender da maior ou menor gravidade de seus atos avaliados conjuntamente. 7. A prosperar a tese da instauração do contraditório exclusivamente para o conjunto dos atos de gestão (...) poder-se-ia alegar também a necessidade de nova audiência mesmo nas contas ordinárias cujos méritos não são influenciados por irregularidades apuradas em processos conexos, uma vez que, de maneira geral, por questões de ordem prática, a apuração, defesa e análise das irregularidades ali constatadas são feitas individualmente, para, somente ao final do exame, serem avaliadas em seu conjunto para gradação da irregularidade da gestão. (...) 6. Da mesma forma, neste processo, não há necessidade de nova manifestação do responsável, uma vez que, em relação a cada irregularidade verificada, já houve a devida constituição do contraditório e a possibilidade de ampla defesa pelos gestores. (...) 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 30.322 / DF Além disso, verificados indícios de malversação de recursos públicos, cabe ao responsável apresentar seus esclarecimentos sobre os fatos e não opinar sobre as conseqüências dessas anormalidades na sua gestão. Este juízo é exclusividade do órgão de controle.” (...) Acolho, na íntegra, os pareceres proferidos, que adoto como razões e decidir. O nobre representante do Parquet (...) assim resumiu o que foi tratado nos autos: '2. Os presentes autos (...) aguarda [vam] a apreciação do TC nº 004.020/2004-4, (...) onde foram apontados diversos indícios de irregularidades ocorridas durante os exercícios de 2003/2004 (...) 3. Conforme relatado, o referido processo foi apreciado em 2009, por meio do Acórdão nº 1.011/2009-1ª Câmara (fls. 618/619), no qual o TCU julgou irregulares as contas dos Srs. Antônio Carlos Alves Carvalho, Carlos Alberto Jacques de Castro e José Jairo Ferreira Cabral e aplicou-lhes a multa (...) no valor de R$ 25.000,00 (...) 4. Dentre essas irregularidades, destaco a contratação da empresa Cobra Tecnologia S/A, sem justificativa razoável de interesse público para atuar como intermediária da empresa Unisys do Brasil Ltda. Nesse caso, houve a atuação do Ministério Público Federal, o que levou o ressarcimento pela Cobra à Dataprev de mais de R$ 5 milhões, em razão de pagamentos indevidos pela intermediação. 5. (...) 7. A contratação da empresa Cobra pela Dataprev, como integradora de soluções, nada mais fez que onerar os cofres públicos, já que os serviços eram prestados efetivamente pela Unisys (...) 10. Anoto, ainda, que existem outros Acórdãos em que o TCU apenou com multa os responsáveis da Dataprev, devido a diferentes irregularidades identificadas (...) 11. No Acórdão nº 1.573/2008-Plenário, foi apontada a ocorrência de irregularidade no exercício de 2003, relacionada à realização da Concorrência nº 003/2003, sem que houvesse levantamentos e estudos prévios que demonstrassem a necessidade e conveniência da aquisição de 4.000 pontos de função de serviços de desenvolvimento e explicassem a elevação dos gastos anuais de R$ 375.000,00 para R$ 1.801.600,00. Em razão desta e de outras irregularidades, o Tribunal decidiu por aplicar uma multa individual 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF Além disso, verificados indícios de malversação de recursos públicos, cabe ao responsável apresentar seus esclarecimentos sobre os fatos e não opinar sobre as conseqüências dessas anormalidades na sua gestão. Este juízo é exclusividade do órgão de controle.” (...) Acolho, na íntegra, os pareceres proferidos, que adoto como razões e decidir. O nobre representante do Parquet (...) assim resumiu o que foi tratado nos autos: '2. Os presentes autos (...) aguarda [vam] a apreciação do TC nº 004.020/2004-4, (...) onde foram apontados diversos indícios de irregularidades ocorridas durante os exercícios de 2003/2004 (...) 3. Conforme relatado, o referido processo foi apreciado em 2009, por meio do Acórdão nº 1.011/2009-1ª Câmara (fls. 618/619), no qual o TCU julgou irregulares as contas dos Srs. Antônio Carlos Alves Carvalho, Carlos Alberto Jacques de Castro e José Jairo Ferreira Cabral e aplicou-lhes a multa (...) no valor de R$ 25.000,00 (...) 4. Dentre essas irregularidades, destaco a contratação da empresa Cobra Tecnologia S/A, sem justificativa razoável de interesse público para atuar como intermediária da empresa Unisys do Brasil Ltda. Nesse caso, houve a atuação do Ministério Público Federal, o que levou o ressarcimento pela Cobra à Dataprev de mais de R$ 5 milhões, em razão de pagamentos indevidos pela intermediação. 5. (...) 7. A contratação da empresa Cobra pela Dataprev, como integradora de soluções, nada mais fez que onerar os cofres públicos, já que os serviços eram prestados efetivamente pela Unisys (...) 10. Anoto, ainda, que existem outros Acórdãos em que o TCU apenou com multa os responsáveis da Dataprev, devido a diferentes irregularidades identificadas (...) 11. No Acórdão nº 1.573/2008-Plenário, foi apontada a ocorrência de irregularidade no exercício de 2003, relacionada à realização da Concorrência nº 003/2003, sem que houvesse levantamentos e estudos prévios que demonstrassem a necessidade e conveniência da aquisição de 4.000 pontos de função de serviços de desenvolvimento e explicassem a elevação dos gastos anuais de R$ 375.000,00 para R$ 1.801.600,00. Em razão desta e de outras irregularidades, o Tribunal decidiu por aplicar uma multa individual 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 30.322 / DF aos responsáveis da Dataprev no valor de R$ 5.000,00. (...) 14. Nas presentes contas, a unidade técnica, em vista das ocorrências relatadas nos TCs nº 004.020/2004-4 e nº 012.633/2005- 8, propõe a irregularidade das contas dos Srs. José Jairo Ferreira Cabral, Carlos Alberto Jacques de Castro e Antônio Carlos Alves Carvalho. (...) 15. Assim, pela gravidade das irregularidades descritas nos autos e em diferentes processos já apreciados por este Tribunal, que resultaram na aplicação de duas ou mais multas aos responsáveis, entendo pertinente (...) a declaração de inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública dos Srs. José Jairo Ferreira Cabral, Antônio Carlos Alves Carvalho e Carlos Alberto Jacques de Castro”. Os responsáveis já foram diversas vezes apenados pelo TCU em razão de atos praticados no exercício de 2003. As diversas irregularidades detectadas são graves o bastante para macular as contas dos gestores no exercício, bem como para ensejar a aplicação da sanção alvitrada pelo Parquet (...) acolho integralmente a análise da unidade instrutiva” (grifos nossos). 3. Ao examinar as Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8, o Tribunal de Contas da União rejeitou as justificativas e as alegações da defesa apresentadas pelo Impetrante e por outros ex- gestores da Dataprev e, em razão das irregularidades constatadas, aplicou-lhes multas que totalizaram R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Ao analisar o Processo TC n. 009.880/2004-9, cujo objeto não se limitava aos fatos específicos examinados naquelas tomadas de contas, mas se referia ao conjunto de todos os atos praticados pelos ex-gestores no exercício de 2003, a autoridade apontada como coatora decidiu que a sucessão de irregularidades constatadas no período exigia a inabilitação dos gestores responsáveis. Embora as irregularidades inicialmente apuradas nas Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8 fossem, isoladamente, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF aos responsáveis da Dataprev no valor de R$ 5.000,00. (...) 14. Nas presentes contas, a unidade técnica, em vista das ocorrências relatadas nos TCs nº 004.020/2004-4 e nº 012.633/2005- 8, propõe a irregularidade das contas dos Srs. José Jairo Ferreira Cabral, Carlos Alberto Jacques de Castro e Antônio Carlos Alves Carvalho. (...) 15. Assim, pela gravidade das irregularidades descritas nos autos e em diferentes processos já apreciados por este Tribunal, que resultaram na aplicação de duas ou mais multas aos responsáveis, entendo pertinente (...) a declaração de inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública dos Srs. José Jairo Ferreira Cabral, Antônio Carlos Alves Carvalho e Carlos Alberto Jacques de Castro”. Os responsáveis já foram diversas vezes apenados pelo TCU em razão de atos praticados no exercício de 2003. As diversas irregularidades detectadas são graves o bastante para macular as contas dos gestores no exercício, bem como para ensejar a aplicação da sanção alvitrada pelo Parquet (...) acolho integralmente a análise da unidade instrutiva” (grifos nossos). 3. Ao examinar as Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8, o Tribunal de Contas da União rejeitou as justificativas e as alegações da defesa apresentadas pelo Impetrante e por outros ex- gestores da Dataprev e, em razão das irregularidades constatadas, aplicou-lhes multas que totalizaram R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Ao analisar o Processo TC n. 009.880/2004-9, cujo objeto não se limitava aos fatos específicos examinados naquelas tomadas de contas, mas se referia ao conjunto de todos os atos praticados pelos ex-gestores no exercício de 2003, a autoridade apontada como coatora decidiu que a sucessão de irregularidades constatadas no período exigia a inabilitação dos gestores responsáveis. Embora as irregularidades inicialmente apuradas nas Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8 fossem, isoladamente, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 30.322 / DF insuficientes para a aplicação de uma sanção mais severa que a imposição de multa, o conjunto dessas irregularidades, no entendimento do Tribunal de Contas da União, foi suficiente para macular a gestão da Dataprev no período e ensejar a inabilitação de seus ex-gestores. 4. Essa sanção não teve suporte em fatos ou imputações novas sobre as quais o Impetrante não exerceu as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Ao contrário, respaldou-se apenas nos fatos que já haviam sido exaustivamente analisados e discutidos em processos anteriores, cujas conclusões não poderiam mais ser desconstituídas, e no juízo de que a sucessão de irregularidades praticadas ao longo de 2003 seria grave e reclamaria a inabilitação dos responsáveis para o exercício de cargo ou função pública por cinco anos. Nesse sentido, a Procuradoria-Geral da República destacou: “Com efeito, as Tomadas de Contas Especiais 004.020/2004-4 e 12.633/2005-8 destinaram-se a apurar fatos específicos praticados pelo impetrante no exercício de 2003, os quais foram considerados irregulares e serviram de base para o julgamento o conjunto dos atos praticados no desempenho na gestão pública na prestação de contas relativas ao mesmo ano - TC 009.880/2004-9. Assim, uma vez que as ocorrências que justificaram a aplicação das multas, ao impetrante, nas Tomadas de Contas Especiais, estavam contidas na gestão pública do mesmo exercício (2003) (fls. 741/755 e 757/758), julgada ilegal, antieconômica e contrária às normas legais e regulamentares de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, na Prestação de Contas 009.880/2004-9, tornou-se despicienda a intimação, nestes autos, para apresentação de justificativas, que não poderiam ser diferentes das já apresentadas nas TCEs, inclusive, em razão do trânsito em julgado ocorrido nestes processos. (...) Portanto, se nas TCEs foram examinadas todas as irregularidades e as justificativas apresentadas, desnecessária a citação em processo conexo, que examinou o conjunto destas mesmas 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF insuficientes para a aplicação de uma sanção mais severa que a imposição de multa, o conjunto dessas irregularidades, no entendimento do Tribunal de Contas da União, foi suficiente para macular a gestão da Dataprev no período e ensejar a inabilitação de seus ex-gestores. 4. Essa sanção não teve suporte em fatos ou imputações novas sobre as quais o Impetrante não exerceu as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Ao contrário, respaldou-se apenas nos fatos que já haviam sido exaustivamente analisados e discutidos em processos anteriores, cujas conclusões não poderiam mais ser desconstituídas, e no juízo de que a sucessão de irregularidades praticadas ao longo de 2003 seria grave e reclamaria a inabilitação dos responsáveis para o exercício de cargo ou função pública por cinco anos. Nesse sentido, a Procuradoria-Geral da República destacou: “Com efeito, as Tomadas de Contas Especiais 004.020/2004-4 e 12.633/2005-8 destinaram-se a apurar fatos específicos praticados pelo impetrante no exercício de 2003, os quais foram considerados irregulares e serviram de base para o julgamento o conjunto dos atos praticados no desempenho na gestão pública na prestação de contas relativas ao mesmo ano - TC 009.880/2004-9. Assim, uma vez que as ocorrências que justificaram a aplicação das multas, ao impetrante, nas Tomadas de Contas Especiais, estavam contidas na gestão pública do mesmo exercício (2003) (fls. 741/755 e 757/758), julgada ilegal, antieconômica e contrária às normas legais e regulamentares de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, na Prestação de Contas 009.880/2004-9, tornou-se despicienda a intimação, nestes autos, para apresentação de justificativas, que não poderiam ser diferentes das já apresentadas nas TCEs, inclusive, em razão do trânsito em julgado ocorrido nestes processos. (...) Portanto, se nas TCEs foram examinadas todas as irregularidades e as justificativas apresentadas, desnecessária a citação em processo conexo, que examinou o conjunto destas mesmas 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 30.322 / DF irregularidades, sob pena de mácula ao princípio da razoável duração do feito” (grifos nossos). Não há que se falar, portanto, em desrespeito ao contraditório e à ampla defesa, pois não poderia o Impetrante rediscutir os fatos e as irregularidades constatadas no julgamento das Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8, cujas decisões não eram mais passíveis de impugnação. 5. Não procede, de igual modo, o argumento segundo o qual as penas de multa aplicadas nessas tomadas de contas especiais impediriam a aplicação de nova pena no julgamento do Processo TC n. 009.880/2004- 9. Isso porque o objeto de exame desses processos foi distinto. Nesse sentido, o Tribunal de Contas da União esclareceu: “as tomadas de contas especiais (…) destinaram-se à apuração de fatos específicos, de forma isolada, (…) já o processo de prestação de contas (…) foi autuado com o objetivo de avaliar e julgar o desempenho e a conformidade da gestão (...), ou seja, aprecia-se o conjunto dos atos de gestão praticados pelos administradores em determinado exercício. Assim, enquanto nos processos de tomadas de contas especiais (…) os atos que lhe deram origem foram apreciados isoladamente, no processo de prestação de contas tais atos (já reputados irregulares) são examinados em conjunto e em confronto com os demais atos de gestão a ele atribuídos, com vistas à formação do juízo de mérito sobre a gestão do responsável (…), a qual é julgada irregulares, regulares ou regulares com ressalva (...) Ou seja, verifica-se se o apurado nas tomadas de contas especiais tem o condão de macular o conjunto da gestão do responsável” (grifos nossos). O Processo TC n. 009.880/2004-9 teve como objeto a prestação de contas da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF irregularidades, sob pena de mácula ao princípio da razoável duração do feito” (grifos nossos). Não há que se falar, portanto, em desrespeito ao contraditório e à ampla defesa, pois não poderia o Impetrante rediscutir os fatos e as irregularidades constatadas no julgamento das Tomadas de Contas Especiais n. 004.020/2004-4 e 012.633/2005-8, cujas decisões não eram mais passíveis de impugnação. 5. Não procede, de igual modo, o argumento segundo o qual as penas de multa aplicadas nessas tomadas de contas especiais impediriam a aplicação de nova pena no julgamento do Processo TC n. 009.880/2004- 9. Isso porque o objeto de exame desses processos foi distinto. Nesse sentido, o Tribunal de Contas da União esclareceu: “as tomadas de contas especiais (…) destinaram-se à apuração de fatos específicos, de forma isolada, (…) já o processo de prestação de contas (…) foi autuado com o objetivo de avaliar e julgar o desempenho e a conformidade da gestão (...), ou seja, aprecia-se o conjunto dos atos de gestão praticados pelos administradores em determinado exercício. Assim, enquanto nos processos de tomadas de contas especiais (…) os atos que lhe deram origem foram apreciados isoladamente, no processo de prestação de contas tais atos (já reputados irregulares) são examinados em conjunto e em confronto com os demais atos de gestão a ele atribuídos, com vistas à formação do juízo de mérito sobre a gestão do responsável (…), a qual é julgada irregulares, regulares ou regulares com ressalva (...) Ou seja, verifica-se se o apurado nas tomadas de contas especiais tem o condão de macular o conjunto da gestão do responsável” (grifos nossos). O Processo TC n. 009.880/2004-9 teve como objeto a prestação de contas da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 30.322 / DF Dataprev no exercício de 2003 e, portanto, o exame de todos os atos praticados no período por seus ex-gestores. Em razão das diversas falhas constatadas naquelas tomadas de contas especias, que apuravam fatos pontuais, o Tribunal de Contas da União julgou irregulares as contas apresentadas e decidiu inabilitar o Impetrante para o exercício de cargo em comissão ou função comissionada, nos termos da Lei n. 8.443/1992, que dispõe: “Art. 60. Sem prejuízo das sanções previstas na seção anterior e das penalidades administrativas, aplicáveis pelas autoridades competentes, por irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União, sempre que este, por maioria absoluta de seus membros, considerar grave a infração cometida, o responsável ficará inabilitado, por um período que variará de cinco a oito anos, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública” (grifos nossos). Assim, diante da distinção entre os objetos dos processos em foco e a independência das sansões neles aplicadas, não se há reconhecer qualquer ilegalidade no ato apontado como coator. 6. Pelo exposto, voto no sentido de denegar a segurança. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Supremo Tribunal Federal MS 30.322 / DF Dataprev no exercício de 2003 e, portanto, o exame de todos os atos praticados no período por seus ex-gestores. Em razão das diversas falhas constatadas naquelas tomadas de contas especias, que apuravam fatos pontuais, o Tribunal de Contas da União julgou irregulares as contas apresentadas e decidiu inabilitar o Impetrante para o exercício de cargo em comissão ou função comissionada, nos termos da Lei n. 8.443/1992, que dispõe: “Art. 60. Sem prejuízo das sanções previstas na seção anterior e das penalidades administrativas, aplicáveis pelas autoridades competentes, por irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União, sempre que este, por maioria absoluta de seus membros, considerar grave a infração cometida, o responsável ficará inabilitado, por um período que variará de cinco a oito anos, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública” (grifos nossos). Assim, diante da distinção entre os objetos dos processos em foco e a independência das sansões neles aplicadas, não se há reconhecer qualquer ilegalidade no ato apontado como coator. 6. Pelo exposto, voto no sentido de denegar a segurança. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, anoto ainda que o impetrante teve a oportunidade de se manifestar em processos conexos sobre as irregularidades pelas quais foi condenado e sem prejuízos sobre a doutrina no sentido de que a anulação, nesses casos, na decisão do Tribunal de Contas, configuraria um profundo desprestígio ao princípio da moralidade administrativa, mercê da ausência de argumentos que evidenciam algum equívoco da sanção imposta. Acompanho Vossa Excelência. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1577177. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, anoto ainda que o impetrante teve a oportunidade de se manifestar em processos conexos sobre as irregularidades pelas quais foi condenado e sem prejuízos sobre a doutrina no sentido de que a anulação, nesses casos, na decisão do Tribunal de Contas, configuraria um profundo desprestígio ao princípio da moralidade administrativa, mercê da ausência de argumentos que evidenciam algum equívoco da sanção imposta. Acompanho Vossa Excelência. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1577177. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA IMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS ALVES CARVALHO ADV.(A/S) : CLAUDISMAR ZUPIROLI IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO LIT.PAS.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma denegou a segurança, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568742 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA MANDADO DE SEGURANÇA 30.322 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA IMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS ALVES CARVALHO ADV.(A/S) : CLAUDISMAR ZUPIROLI IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO LIT.PAS.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma denegou a segurança, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568742 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1585678
2011-10-25T00:00:00
2011-11-25T00:00:00
A Turma denegou a segurança, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
MANDADO DE SEGURANÇA
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. IMPOSIÇÃO DE MULTAS. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE EXERCÍCIO FINANCEIRO. INABILITAÇÃO DE EX-GESTORES DE EMPRESA PÚBLICA PARA O EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 1. A inabilitação do Impetrante não teve suporte em fatos ou imputações novas e sobre as quais não exerceu as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 2. Sanção que decorre do reconhecimento da gravidade do conjunto de irregularidades praticadas ao longo do exercício financeiro. 3. Segurança denegada.
sjur201844
- Veja Tomadas de Contas Especiais 004.020/2004-4, 009.880/2004-9, 12633/2005-8 e Acórdão 1805/2010 do TCU. Número de páginas: 13. Análise: 12/12/2011, KBP. Revisão: 15/12/2011, SEV.
CÁRMEN LÚCIA
Primeira Turma
30322
[ "LEG-FED LEI-008443 ANO-1992\r\n ART-00060 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
MS
acordaos
MS 30322
[ "" ]
IMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS ALVES CARVALHO ADV.(A/S) : CLAUDISMAR ZUPIROLI IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO LIT.PAS.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1. 805 / 2010", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "ada", "Processo TC n. 012. 633", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1. 805 / 2010", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Tom", "ada de Contas Especial n. 004. 020 / 2004", "-", "Processo TC n. 012. 633", "MS 30. 322 / DF", "Ac", "ór", "dão n. 1. 573 / 2008", "Processo TC n. 012. 633 / 2005- 8", "Tom", "ada de Contas Especial n. 004. 020 / 2004", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1. 011 / 2009", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Ac", "ór", "dão n. 1. 805 / 2010", "Processo TC n. 009. 880 / 2004", "MS 30. 322 / DF", "Ac", "ór", "dão n. 1. 573 / 2008", "Processo TC n. 012. 633 / 2005- 8", "Tom", "ada de Contas Especial n. 004. 020 / 2004", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1. 011 / 2009", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Ac", "ór", "dão n. 1. 805 / 2010", "Processo TC n. 009. 880 / 2004", "MS 30. 322 / DF", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "Tom", "ada de Contas n. 009. 880 /", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1805 / 2010", "MS 30. 322 / DF", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "Tom", "ada de Contas n. 009. 880 / 2004- 9", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1805 / 2010", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1805 / 2010", "Tom", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004- 4", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Ac", "ór", "dão TCU n. 1805 / 2010", "Tom", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004- 4", "n", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "MS 30. 322 / DF", "4", ".", "02", "0", "/", "2004", "-", "4", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "Ac", "ór", "dão [UNK] 1481 / 2005", "MS 30. 322 / DF", "T", "C 004. 020 / 2004- 4", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "Ac", "ór", "dão [UNK] 1481 / 2005", "MS 30. 322 / DF", "T", "C [UNK] 004. 020 / 2004- 4", "Ac", "ór", "dão [UNK] 1. 011 / 2009", "Ac", "ór", "dão [UNK] 1. 573 / 2008", "MS 30. 322 / DF", "T", "C [UNK] 004. 020 / 2004- 4", "Ac", "ór", "dão [UNK] 1. 011 / 2009", "Ac", "ór", "dão [UNK] 1. 573 / 2008", "MS 30. 322 / DF", "T", "C", "s [UNK] 004. 020 / 2004- 4", "[UNK] 012. 633 / 2005- 8", "Tom", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004- 4", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "Tom", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004", "-", "4", "01", "2", ".", "63", "3", "/ 2005", "-", "8", "MS 30. 322 / DF", "T", "C", "s [UNK] 004. 020 / 2004- 4", "[UNK] 012. 633 / 2005- 8", "Tom", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004- 4", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "T", "C n. 009. 880 / 2004- 9", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004- 4", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "MS 30. 322 / DF", "Tom", "adas de Contas Especiais 004. 020 / 2004- 4", "12", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "T", "C 009. 880 / 2004- 9", "Pres", "tação", "MS 30. 322 / DF", "Tom", "adas de Contas Especiais 004. 020 / 2004- 4", "12", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "T", "C 009. 880 / 2004- 9", "Pres", "tação de Contas 009. 880 / 2004- 9", "MS 30. 322 / DF", "Tom", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004- 4", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "Processo T", "Processo", "T", "C n. 009. 880 / 2004- 9", "MS 30. 322 / DF", "Tom", "adas de Contas Especiais n. 004. 020 / 2004- 4", "01", "2", ".", "63", "3", "/", "2005", "-", "8", "Processo TC n. 009. 880 / 2004- 9", "T", "C n. 009. 880 / 2004- 9", "MS 30. 322 / DF", "MS 30. 322 / DF", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 30. 322" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], inc. LV, da Constituição da República", "Lei", "s n. 8. 443 / 1992", "9", ".", "78", "4", "/", "1999", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], inc. LV, da Constituição da República", "Lei", "s n. 8. 443 / 1992", "9", ".", "78", "4", "/", "1999", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "n. 004. 020 / 2004", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "n. 12. 633 / 2005- 8", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 8. 443 / 1992", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 8. 443 / 1992", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Brasília", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO 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Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ministério da Educação", "D", "AT", "AP", "RE", "V", "Tribunal de Contas da União", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério da Educação", "D", "AT", "AP", "RE", "V", "Tribunal de Contas da União", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de Contas da União", "Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social", "Data", "pre", "v", "Ple", "nário do Tribunal de Contas da União", "Ministério Público", "Tribunal de Contas da União", "Sec", "ex", "/", "RJ", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de 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"Tribunal de Contas da União", "Tribunal de Contas da União", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de Contas", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de Contas", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "T", "RI", "B", "UN", "AL DE CONTAS DA UNIÃO", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "T", "RI", "B", "UN", "AL DE CONTAS DA UNIÃO", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "C", 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Castro", "José Jairo Ferreira Cabral", "Antônio Carlos Alves Carvalho", "Carlos Alberto Jacques de Castro", "José Jairo Ferreira Cabral", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "José Jairo Ferreira Cabral", "Carlos Alberto Jacques de Castro", "Antônio Carlos Alves Carvalho", "José Jairo Ferreira Cabral", "Antônio Carlos Alves Carvalho", "Carlos Alberto Jacques de Castro", "José Jairo Ferreira Cabral", "Carlos Alberto Jacques de Castro", "Antônio Carlos Alves Carvalho", "José Jairo Ferreira Cabral", "Antônio Carlos Alves Carvalho", "Carlos Alberto Jacques de Castro ”", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "AN", "TO", "N", "IO CARLOS ALVES CARVALHO", "C", "LA", "U", "DI", "S", "MA", "R ZUPIROLI IMPDO", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen 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Ementa e Acórdão 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 SÃO PAULO RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE AGTE.(S) :PEDRO NAVISKAS ADV.(A/S) :DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) :JANDYRA ASTORINO RIBEIRO ADV.(A/S) :DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) :VERA HELENA DE OLIVEIRA RODRIGUES ADV.(A/S) :MARIA CRISTINA LAPENTA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO INTDO.(A/S) :AIRTON MOREIRA DE PAULA ADV.(A/S) :FÁBIO MARTINS RAMOS INTDO.(A/S) :ODETE LAVEZO PEREIRA ADV.(A/S) :MARIA APARECIDA CABESTRÉ INTDO.(A/S) :SYLVIO BALLERINI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JARBAS PINTO DA SILVA INTDO.(A/S) :NEYDE RUIZ DE PALACIOS BOJART E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FRANCISCO ELOY DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :TIAGO CAMPOS ROSA EMENTAS: 1. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. Efeito Multiplicador. Lesão à economia pública. Ocorrência. Pendência de inúmeros pedidos idênticos formulados por outros Estados. Pedido deferido. Agravo regimental improvido. Precedente. O chamado “efeito multiplicador”, que provoca lesão à economia pública, é fundamento suficiente para deferimento de pedido de suspensão. 2. Servidor público. Inativo. Remuneração. Proventos de aposentadoria. Vantagem pecuniária incorporada. Não sujeição ao teto previsto no art. 37, XI, da CF. Inadmissibilidade. Suspensão de Segurança deferida. Agravo improvido. Precedentes. A percepção de proventos ou remuneração por servidores públicos acima do limite estabelecido no art. 37, XI, da Constituição da República, na redação da EC nº 41/2003, caracteriza lesão à ordem pública. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550786. Supremo Tribunal Federal DJe 17/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão SS 4.446 AGR / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro CEZAR PELUSO, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria e nos termos do voto do Relator, em negar provimento aos recursos de agravo, contra o voto do Senhor Ministro MARCO AURÉLIO. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro JOAQUIM BARBOSA e, neste julgamento, os Senhores Ministros CELSO DE MELLO, AYRES BRITTO e DIAS TOFFOLI. Brasília, 20 de outubro de 2011. Ministro CEZAR PELUSO Presidente e Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550786. Supremo Tribunal Federal SS 4.446 AGR / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro CEZAR PELUSO, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria e nos termos do voto do Relator, em negar provimento aos recursos de agravo, contra o voto do Senhor Ministro MARCO AURÉLIO. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro JOAQUIM BARBOSA e, neste julgamento, os Senhores Ministros CELSO DE MELLO, AYRES BRITTO e DIAS TOFFOLI. Brasília, 20 de outubro de 2011. Ministro CEZAR PELUSO Presidente e Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550786. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 SÃO PAULO RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE AGTE.(S) :PEDRO NAVISKAS ADV.(A/S) :DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) :JANDYRA ASTORINO RIBEIRO ADV.(A/S) :DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) :VERA HELENA DE OLIVEIRA RODRIGUES ADV.(A/S) :MARIA CRISTINA LAPENTA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO INTDO.(A/S) :AIRTON MOREIRA DE PAULA ADV.(A/S) :FÁBIO MARTINS RAMOS INTDO.(A/S) :ODETE LAVEZO PEREIRA ADV.(A/S) :MARIA APARECIDA CABESTRÉ INTDO.(A/S) :SYLVIO BALLERINI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JARBAS PINTO DA SILVA INTDO.(A/S) :NEYDE RUIZ DE PALACIOS BOJART E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FRANCISCO ELOY DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :TIAGO CAMPOS ROSA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE): Trata-se de três agravos regimentais, interpostos mediante as Petições avulsas nºs 65.876/2011, 65.884/2011 e 65.964/2011, contra decisão por mim proferida, nos termos seguintes: “1. Trata-se de pedido de suspensão de segurança, ajuizado pelo Estado de São Paulo, com a finalidade de sustar a execução das decisões proferidas pelos Juízos das 1ª, 2ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª Varas da Fazenda Pública da Capital, nos autos dos mandados de segurança a seguir relacionados: 1. 0035495-97.2010.8.26.0053; 2. 0035981-82.2010.8.26.0053; Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550787. Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 SÃO PAULO RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE AGTE.(S) :PEDRO NAVISKAS ADV.(A/S) :DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) :JANDYRA ASTORINO RIBEIRO ADV.(A/S) :DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) :VERA HELENA DE OLIVEIRA RODRIGUES ADV.(A/S) :MARIA CRISTINA LAPENTA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO INTDO.(A/S) :AIRTON MOREIRA DE PAULA ADV.(A/S) :FÁBIO MARTINS RAMOS INTDO.(A/S) :ODETE LAVEZO PEREIRA ADV.(A/S) :MARIA APARECIDA CABESTRÉ INTDO.(A/S) :SYLVIO BALLERINI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JARBAS PINTO DA SILVA INTDO.(A/S) :NEYDE RUIZ DE PALACIOS BOJART E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FRANCISCO ELOY DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :TIAGO CAMPOS ROSA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE): Trata-se de três agravos regimentais, interpostos mediante as Petições avulsas nºs 65.876/2011, 65.884/2011 e 65.964/2011, contra decisão por mim proferida, nos termos seguintes: “1. Trata-se de pedido de suspensão de segurança, ajuizado pelo Estado de São Paulo, com a finalidade de sustar a execução das decisões proferidas pelos Juízos das 1ª, 2ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª Varas da Fazenda Pública da Capital, nos autos dos mandados de segurança a seguir relacionados: 1. 0035495-97.2010.8.26.0053; 2. 0035981-82.2010.8.26.0053; Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550787. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório SS 4.446 AGR / SP 3. 0009785-75.2010.8.26.0053; 4. 0040275-80.2010.8.26.0053; 5. 0005601-76.2010.8.26.0053; 6. 1174/2010 (625.01.2010.014021-8); 7. 0037129-31.2010.8.26.0053 e; 8. 0032826-08.2009.8.26.0053. Os julgados impugnados determinaram ao recorrente abster-se de aplicar o redutor salarial implementado pelo Decreto estadual nº 48.407/2004 sobre os estipêndios dos autores -, servidor público estadual ativos, inativos e pensionistas. O Tribunal de Justiça a quo desproveu o agravo regimental interposto da decisão que indeferiu pedido de suspensão lá formulado ( 0582678-69.2010.8.26.0000 ). Alega o requerente, em síntese, grave lesão à ordem e à economia públicas e potencial efeito multiplicador. Sustenta ameaça às finanças do Estado, além de manifesta contrariedade à ordem constitucional. 2. É caso de suspensão . De acordo com o regime legal de contracautela (Leis nºs 12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF), compete a esta Presidência suspender execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. A cognição do pedido exige, contudo, demonstração da natureza constitucional da controvérsia (cf. Rcl nº 497-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Plenário, DJ de 6.4.2001; SS nº 2.187- AgR, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 21.10.2003 e; SS nº 2.465, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 20.10.2004). Está preenchido o requisito, pois em jogo, aqui, suposta violação ao art. 37, XI, da Constituição da República, com a redação dada pela EC nº 41/2003, e que teria sido afrontado pelo Tribunal de Justiça local ao afastar o teto remuneratório. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550787. Supremo Tribunal Federal SS 4.446 AGR / SP 3. 0009785-75.2010.8.26.0053; 4. 0040275-80.2010.8.26.0053; 5. 0005601-76.2010.8.26.0053; 6. 1174/2010 (625.01.2010.014021-8); 7. 0037129-31.2010.8.26.0053 e; 8. 0032826-08.2009.8.26.0053. Os julgados impugnados determinaram ao recorrente abster-se de aplicar o redutor salarial implementado pelo Decreto estadual nº 48.407/2004 sobre os estipêndios dos autores -, servidor público estadual ativos, inativos e pensionistas. O Tribunal de Justiça a quo desproveu o agravo regimental interposto da decisão que indeferiu pedido de suspensão lá formulado ( 0582678-69.2010.8.26.0000 ). Alega o requerente, em síntese, grave lesão à ordem e à economia públicas e potencial efeito multiplicador. Sustenta ameaça às finanças do Estado, além de manifesta contrariedade à ordem constitucional. 2. É caso de suspensão . De acordo com o regime legal de contracautela (Leis nºs 12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF), compete a esta Presidência suspender execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. A cognição do pedido exige, contudo, demonstração da natureza constitucional da controvérsia (cf. Rcl nº 497-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Plenário, DJ de 6.4.2001; SS nº 2.187- AgR, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 21.10.2003 e; SS nº 2.465, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 20.10.2004). Está preenchido o requisito, pois em jogo, aqui, suposta violação ao art. 37, XI, da Constituição da República, com a redação dada pela EC nº 41/2003, e que teria sido afrontado pelo Tribunal de Justiça local ao afastar o teto remuneratório. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550787. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório SS 4.446 AGR / SP se reveste de índole constitucional. Verifico, no caso, a caracterização do chamado efeito multiplicador, com risco de grave lesão à economia pública. É que esta Presidência tem sido provocada a decidir inúmeros pedidos de suspensão idênticos, muitos deles contra decisões que envolvem vários interessados. Algumas decisões concessivas da suspensão já foram submetidas ao Plenário desta Corte: SS nº 3259-AgR, DJE de 16.5.2008; SS nº 2932-AgR, DJE de 25.4.2008; SS nº 2660-AgR, DJE de 2.5.2008; STA nº 48- AgR, DJE de 25.4.2008, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Plenário). Em outros casos houve apenas decisão monocrática: STA nº 455, de minha relatoria, DJE de 4.8.2010; SS nº 4181, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJE de 30.4.2010; STA nº 206, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 22.2.2008; SS nº 2902, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 29.3.2006. 3. Ante o exposto, defiro o pedido , para suspender a execução das decisões proferidas pelos Juízos das 1ª, 2ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª Varas da Fazenda Pública da Capital, nos autos dos mandados de segurança a seguir relacionados: 1. 0035495-97.2010.8.26.0053; 2. 0035981-82.2010.8.26.0053; 3. 0009785-75.2010.8.26.0053; 4. 0040275-80.2010.8.26.0053; 5. 0005601-76.2010.8.26.0053; 6. 1174/2010 (625.01.2010.014021-8); 7. 0037129-31.2010.8.26.0053 e; 8. 0032826-08.2009.8.26.0053, até seu trânsito em julgado ou ulterior deliberação desta Corte”. Os recorrentes aduzem, em síntese, que a potencialidade de causar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança ou à economia públicas não estaria presente nos mandados de segurança objeto desta suspensão. Pedem, por fim, seja reconsiderada a decisão agravada, com o consequente provimento do recurso. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550787. Supremo Tribunal Federal SS 4.446 AGR / SP se reveste de índole constitucional. Verifico, no caso, a caracterização do chamado efeito multiplicador, com risco de grave lesão à economia pública. É que esta Presidência tem sido provocada a decidir inúmeros pedidos de suspensão idênticos, muitos deles contra decisões que envolvem vários interessados. Algumas decisões concessivas da suspensão já foram submetidas ao Plenário desta Corte: SS nº 3259-AgR, DJE de 16.5.2008; SS nº 2932-AgR, DJE de 25.4.2008; SS nº 2660-AgR, DJE de 2.5.2008; STA nº 48- AgR, DJE de 25.4.2008, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Plenário). Em outros casos houve apenas decisão monocrática: STA nº 455, de minha relatoria, DJE de 4.8.2010; SS nº 4181, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJE de 30.4.2010; STA nº 206, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 22.2.2008; SS nº 2902, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 29.3.2006. 3. Ante o exposto, defiro o pedido , para suspender a execução das decisões proferidas pelos Juízos das 1ª, 2ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª Varas da Fazenda Pública da Capital, nos autos dos mandados de segurança a seguir relacionados: 1. 0035495-97.2010.8.26.0053; 2. 0035981-82.2010.8.26.0053; 3. 0009785-75.2010.8.26.0053; 4. 0040275-80.2010.8.26.0053; 5. 0005601-76.2010.8.26.0053; 6. 1174/2010 (625.01.2010.014021-8); 7. 0037129-31.2010.8.26.0053 e; 8. 0032826-08.2009.8.26.0053, até seu trânsito em julgado ou ulterior deliberação desta Corte”. Os recorrentes aduzem, em síntese, que a potencialidade de causar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança ou à economia públicas não estaria presente nos mandados de segurança objeto desta suspensão. Pedem, por fim, seja reconsiderada a decisão agravada, com o consequente provimento do recurso. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550787. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MINISTRO PRESIDENTE 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE): 1. Inviáveis os recursos. A parte agravante não logrou convelir os fundamentos da decisão agravada, cujo teor subsiste invulnerável aos argumentos do recurso, os quais nada acrescentaram à compreensão e ao desate da quaestio iuris. Esta Corte pacificou entendimento segundo o qual configura lesão à ordem pública a possibilidade de os agravantes perceberem seus proventos ou remuneração acima do limite estabelecido no art. 37, XI, da Constituição da República, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 41/2003. Nesse sentido, cite-se: SS nº 2583-AgR; SS nº 2973-AgR; SS nº 2663-AgR; SS nº 2932-AgR e, SS nº 2447-AgR, Plenário, Rel. ELLEN GRACIE, DJ 25.4.2008, este último assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. OCORRÊNCIA DE GRAVE LESÃO À ORDEM PÚBLICA, CONSIDERADA EM TERMOS DE ORDEM JURÍDICO-CONSTITUCIONAL. TETO. SUBTETO. ART. 37, XI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, REDAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. DECRETO ESTADUAL 48.407/04. 1. Os agravantes não lograram infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados para o deferimento do pedido de suspensão. 2. No presente caso, a imediata execução da decisão impugnada impede, em princípio, a aplicação da regra inserta no art. 37, XI, da Constituição da República, que integra o conjunto normativo estabelecido pela Emenda Constitucional 41/2003. 3. Na suspensão de segurança não se aprecia o mérito do processo principal, mas tão-somente a ocorrência dos aspectos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550788. Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE): 1. Inviáveis os recursos. A parte agravante não logrou convelir os fundamentos da decisão agravada, cujo teor subsiste invulnerável aos argumentos do recurso, os quais nada acrescentaram à compreensão e ao desate da quaestio iuris. Esta Corte pacificou entendimento segundo o qual configura lesão à ordem pública a possibilidade de os agravantes perceberem seus proventos ou remuneração acima do limite estabelecido no art. 37, XI, da Constituição da República, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 41/2003. Nesse sentido, cite-se: SS nº 2583-AgR; SS nº 2973-AgR; SS nº 2663-AgR; SS nº 2932-AgR e, SS nº 2447-AgR, Plenário, Rel. ELLEN GRACIE, DJ 25.4.2008, este último assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. OCORRÊNCIA DE GRAVE LESÃO À ORDEM PÚBLICA, CONSIDERADA EM TERMOS DE ORDEM JURÍDICO-CONSTITUCIONAL. TETO. SUBTETO. ART. 37, XI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, REDAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. DECRETO ESTADUAL 48.407/04. 1. Os agravantes não lograram infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados para o deferimento do pedido de suspensão. 2. No presente caso, a imediata execução da decisão impugnada impede, em princípio, a aplicação da regra inserta no art. 37, XI, da Constituição da República, que integra o conjunto normativo estabelecido pela Emenda Constitucional 41/2003. 3. Na suspensão de segurança não se aprecia o mérito do processo principal, mas tão-somente a ocorrência dos aspectos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550788. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MINISTRO PRESIDENTE SS 4.446 AGR / SP relacionados à potencialidade lesiva do ato decisório em face dos interesses públicos relevantes consagrados em lei, quais sejam, a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas. 4. Possibilidade de ocorrência do denominado "efeito multiplicador". 5. Precedentes do Plenário. 6. Agravo regimental improvido”. É evidente que a repetição de idênticos pedidos de suspensão, formulados por mais de quatro Estados federados, caracteriza o chamado efeito multiplicador, com notória lesão à economia pública (SS nº 1836- AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 11.10.2001), fundamento que seria suficiente, portanto, para procedência do pedido de suspensão. Aliás, oportuno advertir que o disposto no art. 544, §§ 3º e 4º, e no art. 557, ambos do Código de Processo Civil, desvela o grau da autoridade que o ordenamento jurídico atribui, em nome da segurança jurídica, às súmulas e, posto que não sumulada, à jurisprudência dominante, sobretudo desta Corte, as quais não podem desrespeitadas nem controvertidas sem graves razões jurídicas capazes de lhes autorizar revisão ou reconsideração. De modo que o inconformismo sistemático, manifestado em recurso carente de fundamentos novos, pode ser visto como abuso do poder recursal. 2. Ante o exposto, nego provimento aos agravos. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550788. Supremo Tribunal Federal SS 4.446 AGR / SP relacionados à potencialidade lesiva do ato decisório em face dos interesses públicos relevantes consagrados em lei, quais sejam, a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas. 4. Possibilidade de ocorrência do denominado "efeito multiplicador". 5. Precedentes do Plenário. 6. Agravo regimental improvido”. É evidente que a repetição de idênticos pedidos de suspensão, formulados por mais de quatro Estados federados, caracteriza o chamado efeito multiplicador, com notória lesão à economia pública (SS nº 1836- AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 11.10.2001), fundamento que seria suficiente, portanto, para procedência do pedido de suspensão. Aliás, oportuno advertir que o disposto no art. 544, §§ 3º e 4º, e no art. 557, ambos do Código de Processo Civil, desvela o grau da autoridade que o ordenamento jurídico atribui, em nome da segurança jurídica, às súmulas e, posto que não sumulada, à jurisprudência dominante, sobretudo desta Corte, as quais não podem desrespeitadas nem controvertidas sem graves razões jurídicas capazes de lhes autorizar revisão ou reconsideração. De modo que o inconformismo sistemático, manifestado em recurso carente de fundamentos novos, pode ser visto como abuso do poder recursal. 2. Ante o exposto, nego provimento aos agravos. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1550788. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 SÃO PAULO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço a Vossa Excelência uma elucidação, um esclarecimento, quanto a este agravo, porque o enunciado apenas se refere ao efeito multiplicador. Deve ser questão alusiva a servidor público, não é? O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - É um caso de proventos de aposentadoria em que se incorporou vantagem superior ao teto. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Peço vênia, neste caso, para divergir e prover o agravo. A matéria deve ser enfrentada no processo em que proferida, na origem, a decisão. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1568994. Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 SÃO PAULO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço a Vossa Excelência uma elucidação, um esclarecimento, quanto a este agravo, porque o enunciado apenas se refere ao efeito multiplicador. Deve ser questão alusiva a servidor público, não é? O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E RELATOR) - É um caso de proventos de aposentadoria em que se incorporou vantagem superior ao teto. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Peço vênia, neste caso, para divergir e prover o agravo. A matéria deve ser enfrentada no processo em que proferida, na origem, a decisão. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1568994. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE AGTE.(S) : PEDRO NAVISKAS ADV.(A/S) : DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) : JANDYRA ASTORINO RIBEIRO ADV.(A/S) : DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) : VERA HELENA DE OLIVEIRA RODRIGUES ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO INTDO.(A/S) : AIRTON MOREIRA DE PAULA ADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS RAMOS INTDO.(A/S) : ODETE LAVEZO PEREIRA ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA CABESTRÉ INTDO.(A/S) : SYLVIO BALLERINI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JARBAS PINTO DA SILVA INTDO.(A/S) : NEYDE RUIZ DE PALACIOS BOJART E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : FRANCISCO ELOY DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : TIAGO CAMPOS ROSA Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Cezar Peluso (Presidente), negou provimento aos recursos de agravo, contra o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello, Ayres Britto e Dias Toffoli. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1539003 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.446 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE AGTE.(S) : PEDRO NAVISKAS ADV.(A/S) : DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) : JANDYRA ASTORINO RIBEIRO ADV.(A/S) : DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) : VERA HELENA DE OLIVEIRA RODRIGUES ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO INTDO.(A/S) : AIRTON MOREIRA DE PAULA ADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS RAMOS INTDO.(A/S) : ODETE LAVEZO PEREIRA ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA CABESTRÉ INTDO.(A/S) : SYLVIO BALLERINI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JARBAS PINTO DA SILVA INTDO.(A/S) : NEYDE RUIZ DE PALACIOS BOJART E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : FRANCISCO ELOY DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : TIAGO CAMPOS ROSA Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Cezar Peluso (Presidente), negou provimento aos recursos de agravo, contra o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello, Ayres Britto e Dias Toffoli. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1539003 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1573691
2011-10-20T00:00:00
2011-11-17T00:00:00
O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Cezar Peluso (Presidente), negou provimento aos recursos de agravo, contra o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello, Ayres Britto e Dias Toffoli. Plenário, 20.10.2011.
AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA
Ementas: 1. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. Efeito Multiplicador. Lesão à economia pública. Ocorrência. Pendência de inúmeros pedidos idênticos formulados por outros Estados. Pedido deferido. Agravo regimental improvido. Precedente. O chamado “efeito multiplicador”, que provoca lesão à economia pública, é fundamento suficiente para deferimento de pedido de suspensão. 2. Servidor público. Inativo. Remuneração. Proventos de aposentadoria. Vantagem pecuniária incorporada. Não sujeição ao teto previsto no art. 37, XI, da CF. Inadmissibilidade. Suspensão de Segurança deferida. Agravo improvido. Precedentes. A percepção de proventos ou remuneração por servidores públicos acima do limite estabelecido no art. 37, XI, da Constituição da República, na redação da EC nº 41/2003, caracteriza lesão à ordem pública.
sjur201589
- Acórdãos citados: SS 1836 AgR, SS 2447 AgR - Tribunal Pleno, SS 2583 AgR - Tribunal Pleno, SS 2663 AgR - Tribunal Pleno, SS 2932 AgR - Tribunal Pleno, SS 2973 AgR - Tribunal Pleno. Número de páginas: 9. Análise: 28/11/2011, IMC. Revisão: 29/11/2011, KBP.
CEZAR PELUSO (Presidente)
Tribunal Pleno
4446
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 INC-00011 REDAÇÃO DADA PELA EMC-41/2003\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000041 ANO-2003\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00003 PAR-00004 ART-00557\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
SS-AgR
acordaos
SS 4446 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : PEDRO NAVISKAS ADV.(A/S) : DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) : JANDYRA ASTORINO RIBEIRO ADV.(A/S) : DANIEL PEDRAZ DELGALLO AGTE.(S) : VERA HELENA DE OLIVEIRA RODRIGUES ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO INTDO.(A/S) : AIRTON MOREIRA DE PAULA ADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS RAMOS INTDO.(A/S) : ODETE LAVEZO PEREIRA ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA CABESTRÉ INTDO.(A/S) : SYLVIO BALLERINI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JARBAS PINTO DA SILVA INTDO.(A/S) : NEYDE RUIZ DE PALACIOS BOJART E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : FRANCISCO ELOY DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : TIAGO CAMPOS ROSA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "S", "US", "PE", "N", "S", "ÃO DE SEGURANÇA 4. 446", "Em", "enta", "Ac", "ór", "dão SS 4. 446", "A", "G", "R / SP", "SS 4. 446 AGR / SP", "S", "US", "PE", "N", "S", "ÃO DE SEGURANÇA 4. 446", "Pet", "ições avulsas [UNK] 65. 876 / 2011", "65", ".", "88", "4", "/", "2011", "65", ".", "96", "4", "/", "2011", "1", ".", "00", "35", "49", "5", "-", "97", ".", "2010", ".", "8", ".", "26", ".", "00", "53", "2", ".", "00", "35", "98", "1", "-", "82", ".", "2010", ".", "8", ".", "26", ".", "00", "53", "R", "E", "G", ".", "NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4. 446", "Pet", "ições avulsas [UNK] 65. 876 / 2011", "65", ".", "88", "4", "/", "2011", "65", ".", "96", "4", "/", "2011", "1", ".", "00", "35", "49", "5", "-", "97", ".", "2010", ".", "8", ".", "26", ".", "00", "53", "2", ".", "00", "35", "98", "1", "-", "82", ".", "2010", ".", "8", ".", "26", ".", "00", "53", "Rela", "tório SS 4. 446", "A", "G", "R", "/", "SP", "3", ".", "000", "97", "85", "-", "75", ".", "2010", ".", "8", ".", 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}
Ementa e Acórdão 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.967 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ROBERTO WANDERLEY NOGUEIRA ADV.(A/S) : RENATA CAVALCANTI WANDERLEY NOGUEIRA INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS E M E N T A: MANDADO DE INJUNÇÃO – MAGISTRADO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I) - INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO - LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI” - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - PRETENDIDA IMPOSIÇÃO DE MULTA À PARTE RECORRENTE (CPC, ART. 17 E 18, C/C O ART. 557, § 2º) - AUSÊNCIA DE INTUITO MANIFESTAMENTE PROCRASTINATÓRIO – RECORRENTE QUE NÃO AGE COMO “IMPROBUS LITIGATOR” - ATITUDE MALICIOSA QUE NÃO SE PRESUME – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598260 Supremo Tribunal Federal DJe 05/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 25 Ementa e Acórdão MI 1.967 AgR / DF 2 julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, rejeitados os pedidos da parte agravada, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Brasília, 20 de outubro de 2011. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598260 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 2 julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, rejeitados os pedidos da parte agravada, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Brasília, 20 de outubro de 2011. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598260 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 25 Relatório 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.967 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ROBERTO WANDERLEY NOGUEIRA ADV.(A/S) : RENATA CAVALCANTI WANDERLEY NOGUEIRA INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que concedeu a ordem injuncional deduzida pela parte ora recorrida. A decisão, por mim proferida, está assim ementada (fls. 75): “MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA. DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I). INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL. CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO. OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598522 Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.967 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ROBERTO WANDERLEY NOGUEIRA ADV.(A/S) : RENATA CAVALCANTI WANDERLEY NOGUEIRA INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que concedeu a ordem injuncional deduzida pela parte ora recorrida. A decisão, por mim proferida, está assim ementada (fls. 75): “MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA. DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I). INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL. CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO. OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598522 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 25 Relatório MI 1.967 AgR / DF 2 INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO. A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO. LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA ‘INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI’. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MANDADO DE INJUNÇÃO CONHECIDO E DEFERIDO.” Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 107/121). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação do Egrégio Plenário desta Suprema Corte, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598522 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 2 INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO. A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO. LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA ‘INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI’. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MANDADO DE INJUNÇÃO CONHECIDO E DEFERIDO.” Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 107/121). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação do Egrégio Plenário desta Suprema Corte, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598522 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 3 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, pois a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo próprio texto constitucional. Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 3 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, pois a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo próprio texto constitucional. Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 4 espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões: “MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).” (MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005) Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado. O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 4 espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões: “MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).” (MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005) Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado. O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 5 Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum. Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador. É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 5 Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum. Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador. É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 6 adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 6 adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 7 Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente: “(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei) O caso ora em exame também versa situação prevista no § 4º do art. 40 da Constituição, cujo inciso I trata da aposentadoria especial reconhecida a servidores públicos que sejam “portadores de deficiência” e que igualmente sofrem, à semelhança dos servidores públicos que exercem atividades reputadas insalubres ou perigosas, as mesmas conseqüências lesivas decorrentes da omissão normativa que já se prolonga de maneira irrazoável. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 7 Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente: “(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei) O caso ora em exame também versa situação prevista no § 4º do art. 40 da Constituição, cujo inciso I trata da aposentadoria especial reconhecida a servidores públicos que sejam “portadores de deficiência” e que igualmente sofrem, à semelhança dos servidores públicos que exercem atividades reputadas insalubres ou perigosas, as mesmas conseqüências lesivas decorrentes da omissão normativa que já se prolonga de maneira irrazoável. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 8 Tenho para mim, presente esse contexto, que a situação exposta não obsta a concessão do “writ” injuncional, eis que, também nessa hipótese (vale dizer, na hipótese de o agente estatal ser, ele próprio, portador de deficiência), persiste a mora na regulamentação legislativa da aposentadoria especial – tal como o reconheceu, em seu parecer, a douta Procuradoria-Geral da República (fls. 70) -, o que torna aplicáveis, segundo entendo, por identidade de razões, os precedentes estabelecidos por esta Suprema Corte. Esse entendimento – segundo o qual é lícito aplicar-se, por analogia, o art. 57 da Lei nº 8.213/91, a servidor público portador de deficiência – foi inteiramente acolhido pelo eminente Ministro EROS GRAU (MI 1.613/DF), pela eminente Ministra ELLEN GRACIE (MI 1.737/DF) e por mim próprio (MI 1.656/DF e MI 3.322/DF), valendo reproduzir, no ponto, fragmento da seguinte decisão: “Trata-se de mandado de injunção coletivo no qual se pretende assegurar o exercício do direito de aposentadoria especial ante a inexistência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, que autoriza a fixação de um regime diferenciado de aposentação em favor dos servidores públicos portadores de deficiência ou que exerçam atividades arriscadas ou prejudiciais à saúde e à integridade física. 2. A matéria em debate passou por uma recente evolução jurisprudencial e está, com base nessa nova orientação, integralmente equacionada pelo Plenário desta Suprema Corte. Na sessão de 30.08.2007, o Plenário desta Casa, por ocasião do julgamento do Mandado de Injunção 721, rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu presentes no texto do art. 40, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 8 Tenho para mim, presente esse contexto, que a situação exposta não obsta a concessão do “writ” injuncional, eis que, também nessa hipótese (vale dizer, na hipótese de o agente estatal ser, ele próprio, portador de deficiência), persiste a mora na regulamentação legislativa da aposentadoria especial – tal como o reconheceu, em seu parecer, a douta Procuradoria-Geral da República (fls. 70) -, o que torna aplicáveis, segundo entendo, por identidade de razões, os precedentes estabelecidos por esta Suprema Corte. Esse entendimento – segundo o qual é lícito aplicar-se, por analogia, o art. 57 da Lei nº 8.213/91, a servidor público portador de deficiência – foi inteiramente acolhido pelo eminente Ministro EROS GRAU (MI 1.613/DF), pela eminente Ministra ELLEN GRACIE (MI 1.737/DF) e por mim próprio (MI 1.656/DF e MI 3.322/DF), valendo reproduzir, no ponto, fragmento da seguinte decisão: “Trata-se de mandado de injunção coletivo no qual se pretende assegurar o exercício do direito de aposentadoria especial ante a inexistência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, que autoriza a fixação de um regime diferenciado de aposentação em favor dos servidores públicos portadores de deficiência ou que exerçam atividades arriscadas ou prejudiciais à saúde e à integridade física. 2. A matéria em debate passou por uma recente evolução jurisprudencial e está, com base nessa nova orientação, integralmente equacionada pelo Plenário desta Suprema Corte. Na sessão de 30.08.2007, o Plenário desta Casa, por ocasião do julgamento do Mandado de Injunção 721, rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu presentes no texto do art. 40, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 9 § 4º, da Carta Magna tanto o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos nele referidos, como o dever estatal de regulamentação desse mesmo direito. Decidiu o Supremo Tribunal Federal, naquela assentada, que, diante da incontestável mora legislativa, a eficácia da referida norma constitucional e a garantia do exercício do direito nela proclamado deveriam ser alcançadas por meio da aplicação integrativa, no que couber, do art. 57 da Lei 8.213, de 24.07.1991, que dispõe sobre os requisitos e condições para a obtenção de aposentadoria especial pelos trabalhadores vinculados ao regime geral de previdência social sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. (...). ...................................................... Ratificado, nos mesmos termos, o referido entendimento em 1º.07.2008, por ocasião do julgamento plenário do Mandado de Injunção 758, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 26.09.2008, sobreveio, em 15.04.2009, o julgamento dos Mandados de Injunção 788 e 795, de que foram relatores, respectivamente, os eminentes Ministros Carlos Britto e Cármen Lúcia. ...................................................... 3. Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente conferida pelo Plenário desta Casa de apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (DJe 22.05.2009), concedo a ordem injuncional para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Carta Magna, assegurar aos servidores públicos estaduais filiados ao impetrante o direito de ter os seus pedidos administrativos de aposentadoria especial concretamente analisados pela autoridade competente, mediante a aplicação integrativa do art. 57 da Lei Federal 8.213/91.” (MI 1.737/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Registro, ainda, que o Supremo Tribunal Federal, em sucessivas decisões, vem reafirmando essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 9 § 4º, da Carta Magna tanto o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos nele referidos, como o dever estatal de regulamentação desse mesmo direito. Decidiu o Supremo Tribunal Federal, naquela assentada, que, diante da incontestável mora legislativa, a eficácia da referida norma constitucional e a garantia do exercício do direito nela proclamado deveriam ser alcançadas por meio da aplicação integrativa, no que couber, do art. 57 da Lei 8.213, de 24.07.1991, que dispõe sobre os requisitos e condições para a obtenção de aposentadoria especial pelos trabalhadores vinculados ao regime geral de previdência social sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. (...). ...................................................... Ratificado, nos mesmos termos, o referido entendimento em 1º.07.2008, por ocasião do julgamento plenário do Mandado de Injunção 758, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 26.09.2008, sobreveio, em 15.04.2009, o julgamento dos Mandados de Injunção 788 e 795, de que foram relatores, respectivamente, os eminentes Ministros Carlos Britto e Cármen Lúcia. ...................................................... 3. Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente conferida pelo Plenário desta Casa de apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (DJe 22.05.2009), concedo a ordem injuncional para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Carta Magna, assegurar aos servidores públicos estaduais filiados ao impetrante o direito de ter os seus pedidos administrativos de aposentadoria especial concretamente analisados pela autoridade competente, mediante a aplicação integrativa do art. 57 da Lei Federal 8.213/91.” (MI 1.737/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Registro, ainda, que o Supremo Tribunal Federal, em sucessivas decisões, vem reafirmando essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 10 RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas no § 4º do art. 40 da Constituição, o direito à aposentadoria especial: “DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. § 4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo. 2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio. 3. Mandado de injunção deferido nesses termos.” (MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei) “MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 10 RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas no § 4º do art. 40 da Constituição, o direito à aposentadoria especial: “DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. § 4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo. 2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio. 3. Mandado de injunção deferido nesses termos.” (MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei) “MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 11 Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator: “31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado. ................................................... 34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador. 35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos. ................................................... 37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial. 38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 11 Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator: “31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado. ................................................... 34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador. 35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos. ................................................... 37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial. 38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 12 atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei) A constatação objetiva de que se registra, na espécie, hipótese de mora inconstitucional, apta a instaurar situação de injusta omissão geradora de manifesta lesividade à posição jurídica dos beneficiários da cláusula constitucional inadimplida (CF, art. 40, § 4º), justifica, plenamente, a intervenção do Poder Judiciário, notadamente a do Supremo Tribunal Federal. Não tem sentido que a inércia dos órgãos estatais, evidenciadora de comportamento manifestamente inconstitucional, possa ser paradoxalmente invocada, pelo próprio Poder Público, para frustrar, de modo injusto (e, portanto, inaceitável), o exercício de direito expressamente assegurado pela Constituição. Admitir-se tal situação equivaleria a legitimar a fraude à Constituição, pois, em última análise, estar-se-ia a sustentar a impossibilidade de o Judiciário, não obstante agindo em sede injuncional (CF, art. 5º, LXXI), proceder à colmatação de uma omissão flagrantemente inconstitucional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 12 atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei) A constatação objetiva de que se registra, na espécie, hipótese de mora inconstitucional, apta a instaurar situação de injusta omissão geradora de manifesta lesividade à posição jurídica dos beneficiários da cláusula constitucional inadimplida (CF, art. 40, § 4º), justifica, plenamente, a intervenção do Poder Judiciário, notadamente a do Supremo Tribunal Federal. Não tem sentido que a inércia dos órgãos estatais, evidenciadora de comportamento manifestamente inconstitucional, possa ser paradoxalmente invocada, pelo próprio Poder Público, para frustrar, de modo injusto (e, portanto, inaceitável), o exercício de direito expressamente assegurado pela Constituição. Admitir-se tal situação equivaleria a legitimar a fraude à Constituição, pois, em última análise, estar-se-ia a sustentar a impossibilidade de o Judiciário, não obstante agindo em sede injuncional (CF, art. 5º, LXXI), proceder à colmatação de uma omissão flagrantemente inconstitucional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 13 Isso significa que não se pode identificar, na própria inércia estatal, a existência de fator exculpatório (e pretensamente legitimador) do inadimplemento de uma grave obrigação constitucional. Cabe rememorar, bem por isso, neste ponto, que o Poder Público também transgride a autoridade superior da Constituição quando deixa de fazer aquilo que ela determina. Em contexto como o que resulta destes autos, a colmatação de omissões inconstitucionais nada mais revela senão um gesto de respeito que esta Alta Corte manifesta pela autoridade suprema da Constituição da República. A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional (como aquela que deriva do art. 40, § 4º, da Carta Política) - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 13 Isso significa que não se pode identificar, na própria inércia estatal, a existência de fator exculpatório (e pretensamente legitimador) do inadimplemento de uma grave obrigação constitucional. Cabe rememorar, bem por isso, neste ponto, que o Poder Público também transgride a autoridade superior da Constituição quando deixa de fazer aquilo que ela determina. Em contexto como o que resulta destes autos, a colmatação de omissões inconstitucionais nada mais revela senão um gesto de respeito que esta Alta Corte manifesta pela autoridade suprema da Constituição da República. A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional (como aquela que deriva do art. 40, § 4º, da Carta Política) - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 14 a própria aplicabilidade dos postulados da Lei Fundamental, tal como tem advertido o Supremo Tribunal Federal: “DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO - MODALIDADES DE COMPORTAMENTOS INCONSTITUCIONAIS DO PODER PÚBLICO. - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com o que dispõe a Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela se acham consignados. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exeqüíveis, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência adotada, ou parcial, quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público. (...).” (ADI 1.458-MC/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO) Vê-se, pois, que, na tipologia das situações inconstitucionais, inclui-se, também, aquela que deriva do descumprimento, por inércia estatal, de norma impositiva de determinado comportamento atribuído ao Poder Público pela própria Constituição. As situações configuradoras de omissão inconstitucional - ainda que se cuide de omissão parcial derivada da insuficiente concretização, pelo Poder Público, do conteúdo material da norma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 14 a própria aplicabilidade dos postulados da Lei Fundamental, tal como tem advertido o Supremo Tribunal Federal: “DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO - MODALIDADES DE COMPORTAMENTOS INCONSTITUCIONAIS DO PODER PÚBLICO. - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com o que dispõe a Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela se acham consignados. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exeqüíveis, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência adotada, ou parcial, quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público. (...).” (ADI 1.458-MC/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO) Vê-se, pois, que, na tipologia das situações inconstitucionais, inclui-se, também, aquela que deriva do descumprimento, por inércia estatal, de norma impositiva de determinado comportamento atribuído ao Poder Público pela própria Constituição. As situações configuradoras de omissão inconstitucional - ainda que se cuide de omissão parcial derivada da insuficiente concretização, pelo Poder Público, do conteúdo material da norma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 15 impositiva fundada na Carta Política - refletem comportamento estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado qualifica-se, perigosamente, como um dos processos deformadores da Constituição, expondo-se, por isso mesmo, à censura do magistério doutrinário (Anna Cândida da Cunha Ferraz, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 230/232, item n. 5, 1986, Max Limonad; Jorge Miranda, “Manual de Direito Constitucional”, tomo II/406 e 409, 2ª ed., 1988, Coimbra Editora; J. J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, “Fundamentos da Constituição”, p. 46, item n. 2.3.4, 1991, Coimbra Editora). O fato inquestionável é um só: a inércia estatal em tornar efetivas as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela Constituição e configura comportamento que revela um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República. Nada mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem convenientes aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 15 impositiva fundada na Carta Política - refletem comportamento estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado qualifica-se, perigosamente, como um dos processos deformadores da Constituição, expondo-se, por isso mesmo, à censura do magistério doutrinário (Anna Cândida da Cunha Ferraz, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 230/232, item n. 5, 1986, Max Limonad; Jorge Miranda, “Manual de Direito Constitucional”, tomo II/406 e 409, 2ª ed., 1988, Coimbra Editora; J. J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, “Fundamentos da Constituição”, p. 46, item n. 2.3.4, 1991, Coimbra Editora). O fato inquestionável é um só: a inércia estatal em tornar efetivas as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela Constituição e configura comportamento que revela um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República. Nada mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem convenientes aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 16 A percepção da gravidade e das conseqüências lesivas derivadas do gesto infiel do Poder Público que transgride, por omissão ou por insatisfatória concretização, os encargos de que se tornou depositário por efeito de expressa determinação constitucional foi revelada, entre nós, já no período monárquico, em lúcido magistério, por PIMENTA BUENO (“Direito Público Brasileiro e Análise da Constituição do Império”, p. 45, reedição do Ministério da Justiça, 1958) e reafirmada por eminentes autores contemporâneos, em lições que acentuam o desvalor jurídico do comportamento estatal omissivo (JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”, p. 226, item n. 4, 3ª ed., 1998, Malheiros; ANNA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 217/218, 1986, Max Limonad; PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição de 1967 com a Emenda n. 1, de 1969”, tomo I/15-16, 2ª ed., 1970, RT, v.g.). O desprestígio da Constituição - por inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais graves aspectos da patologia constitucional, pois reflete inaceitável desprezo, por parte das instituições governamentais, da autoridade suprema da Lei Fundamental do Estado. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 16 A percepção da gravidade e das conseqüências lesivas derivadas do gesto infiel do Poder Público que transgride, por omissão ou por insatisfatória concretização, os encargos de que se tornou depositário por efeito de expressa determinação constitucional foi revelada, entre nós, já no período monárquico, em lúcido magistério, por PIMENTA BUENO (“Direito Público Brasileiro e Análise da Constituição do Império”, p. 45, reedição do Ministério da Justiça, 1958) e reafirmada por eminentes autores contemporâneos, em lições que acentuam o desvalor jurídico do comportamento estatal omissivo (JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”, p. 226, item n. 4, 3ª ed., 1998, Malheiros; ANNA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 217/218, 1986, Max Limonad; PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição de 1967 com a Emenda n. 1, de 1969”, tomo I/15-16, 2ª ed., 1970, RT, v.g.). O desprestígio da Constituição - por inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais graves aspectos da patologia constitucional, pois reflete inaceitável desprezo, por parte das instituições governamentais, da autoridade suprema da Lei Fundamental do Estado. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 17 Essa constatação, feita por Karl Loewenstein (“Teoria de la Constitución”, p. 222, 1983, Ariel, Barcelona), coloca em pauta o fenômeno da erosão da consciência constitucional, motivado pela instauração, no âmbito do Estado, de um preocupante processo de desvalorização funcional da Constituição escrita, como já ressaltado, pelo Supremo Tribunal Federal, em diversos julgamentos, como resulta da seguinte decisão, consubstanciada em acórdão assim ementado: “A TRANSGRESSÃO DA ORDEM CONSTITUCIONAL PODE CONSUMAR-SE MEDIANTE AÇÃO (VIOLAÇÃO POSITIVA) OU MEDIANTE OMISSÃO (VIOLAÇÃO NEGATIVA). - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, seja quando este vem a fazer o que o estatuto constitucional não lhe permite, seja, ainda, quando vem a editar normas em desacordo, formal ou material, com o que dispõe a Constituição. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado, no entanto, deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a própria Carta Política lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total (quando é nenhuma a providência adotada) ou parcial (quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público). Entendimento prevalecente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: RTJ 162/877-879, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno). - A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 17 Essa constatação, feita por Karl Loewenstein (“Teoria de la Constitución”, p. 222, 1983, Ariel, Barcelona), coloca em pauta o fenômeno da erosão da consciência constitucional, motivado pela instauração, no âmbito do Estado, de um preocupante processo de desvalorização funcional da Constituição escrita, como já ressaltado, pelo Supremo Tribunal Federal, em diversos julgamentos, como resulta da seguinte decisão, consubstanciada em acórdão assim ementado: “A TRANSGRESSÃO DA ORDEM CONSTITUCIONAL PODE CONSUMAR-SE MEDIANTE AÇÃO (VIOLAÇÃO POSITIVA) OU MEDIANTE OMISSÃO (VIOLAÇÃO NEGATIVA). - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, seja quando este vem a fazer o que o estatuto constitucional não lhe permite, seja, ainda, quando vem a editar normas em desacordo, formal ou material, com o que dispõe a Constituição. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado, no entanto, deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a própria Carta Política lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total (quando é nenhuma a providência adotada) ou parcial (quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público). Entendimento prevalecente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: RTJ 162/877-879, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno). - A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 18 constitucional - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. - O Poder Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, imposto em cláusula constitucional, de caráter mandatório - infringe, com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental, estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da consciência constitucional (ADI 1.484-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). - A inércia estatal em adimplir as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela autoridade da Constituição e configura, por isso mesmo, comportamento que deve ser evitado. É que nada se revela mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem ajustados à conveniência e aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO E DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR: A NECESSÁRIA EXISTÊNCIA DO PERTINENTE NEXO DE CAUSALIDADE. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 18 constitucional - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. - O Poder Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, imposto em cláusula constitucional, de caráter mandatório - infringe, com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental, estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da consciência constitucional (ADI 1.484-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). - A inércia estatal em adimplir as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela autoridade da Constituição e configura, por isso mesmo, comportamento que deve ser evitado. É que nada se revela mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem ajustados à conveniência e aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO E DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR: A NECESSÁRIA EXISTÊNCIA DO PERTINENTE NEXO DE CAUSALIDADE. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 19 Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. (...).” (RTJ 183/818-819, REL. MIN. CELSO DE MELLO, Pleno) Nem se diga que o Supremo Tribunal Federal, ao colmatar uma evidente (e lesiva) omissão inconstitucional do aparelho de Estado estar-se-ia transformando em anômalo legislador. É que, ao suprir lacunas normativa provocadas por injustificável inércia do Estado, esta Suprema Corte nada mais faz senão desempenhar o papel que lhe foi outorgado pela própria Constituição da República, valendo-se, para tanto, de instrumento que, concebido pela Assembléia Nacional Constituinte, foi por ela instituído com a precípua finalidade de impedir que a inércia governamental, como a que se registra no caso ora em exame, culminasse por degradar a autoridade e a supremacia da Lei Fundamental. Daí a jurisprudência que se formou no âmbito desta Corte, a partir do julgamento plenário do MI 708/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, e do MI 712/PA, Rel. Min. EROS GRAU, no sentido de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 19 Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. (...).” (RTJ 183/818-819, REL. MIN. CELSO DE MELLO, Pleno) Nem se diga que o Supremo Tribunal Federal, ao colmatar uma evidente (e lesiva) omissão inconstitucional do aparelho de Estado estar-se-ia transformando em anômalo legislador. É que, ao suprir lacunas normativa provocadas por injustificável inércia do Estado, esta Suprema Corte nada mais faz senão desempenhar o papel que lhe foi outorgado pela própria Constituição da República, valendo-se, para tanto, de instrumento que, concebido pela Assembléia Nacional Constituinte, foi por ela instituído com a precípua finalidade de impedir que a inércia governamental, como a que se registra no caso ora em exame, culminasse por degradar a autoridade e a supremacia da Lei Fundamental. Daí a jurisprudência que se formou no âmbito desta Corte, a partir do julgamento plenário do MI 708/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, e do MI 712/PA, Rel. Min. EROS GRAU, no sentido de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 20 restaurar, em sua dimensão integral, a vocação protetiva do remédio constitucional do mandado de injunção, cuja utilização permite, ao Supremo Tribunal Federal, colmatar, de modo inteiramente legítimo, mediante processos de integração normativa, como, p. ex., o recurso à analogia, as omissões que venha, eventualmente, a constatar. E é, precisamente, o que esta Suprema Corte tem realizado em inúmeros processos injuncionais, nos quais vem garantindo, aos destinatários da regra inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição, o acesso e a plena fruição do benefício da aposentadoria especial. Cumpre ressaltar, finalmente, na linha do que se vem expondo, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre essa mesma questão (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), tem salientado – uma vez promovida a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa – que se exaure, nesse ato, a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (e instituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado, que esclarece, em tema de aposentadoria especial (CF, art. 40, § 4º), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 20 restaurar, em sua dimensão integral, a vocação protetiva do remédio constitucional do mandado de injunção, cuja utilização permite, ao Supremo Tribunal Federal, colmatar, de modo inteiramente legítimo, mediante processos de integração normativa, como, p. ex., o recurso à analogia, as omissões que venha, eventualmente, a constatar. E é, precisamente, o que esta Suprema Corte tem realizado em inúmeros processos injuncionais, nos quais vem garantindo, aos destinatários da regra inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição, o acesso e a plena fruição do benefício da aposentadoria especial. Cumpre ressaltar, finalmente, na linha do que se vem expondo, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre essa mesma questão (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), tem salientado – uma vez promovida a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa – que se exaure, nesse ato, a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (e instituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado, que esclarece, em tema de aposentadoria especial (CF, art. 40, § 4º), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 21 aquilo que se inclui, no plano administrativo, na esfera de atribuições da autoridade competente: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. 1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei) Isso significa, portanto, que não cabe indicar, nesta sede injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 3.718/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 21 aquilo que se inclui, no plano administrativo, na esfera de atribuições da autoridade competente: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. 1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei) Isso significa, portanto, que não cabe indicar, nesta sede injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 3.718/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 22 Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. Deixo de impor, ainda, à parte agravante, a sanção processual que o ora agravado requereu com apoio nos arts. 17 a 19 e § 2º do art. 557, todos do CPC, aplicáveis ao “improbus litigator”, eis que o ato de recorrer não traduz, só por si, ilicitude de comportamento nem revela conduta maliciosa por parte da União Federal, cujo eminente representante judicial não agiu com intuito procrastinatório ou fraudulento, visando, antes, ao regular desempenho das atribuições legais que são inerentes ao seu cargo. De qualquer maneira, cabe enfatizar que não se pode presumir o caráter malicioso, procrastinatório ou fraudulento da conduta processual da parte - especialmente da parte pública - que recorre, valendo referir, no ponto, por oportuno, decisão desta Suprema Corte, consubstanciada em acórdão assim ementado: “(...) - A mera circunstância de os embargos de declaração haverem sido opostos com o objetivo de infringir o julgado não basta, só por si, para autorizar a formulação, contra a parte recorrente, de um juízo de desrespeito ao princípio da lealdade processual. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 22 Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. Deixo de impor, ainda, à parte agravante, a sanção processual que o ora agravado requereu com apoio nos arts. 17 a 19 e § 2º do art. 557, todos do CPC, aplicáveis ao “improbus litigator”, eis que o ato de recorrer não traduz, só por si, ilicitude de comportamento nem revela conduta maliciosa por parte da União Federal, cujo eminente representante judicial não agiu com intuito procrastinatório ou fraudulento, visando, antes, ao regular desempenho das atribuições legais que são inerentes ao seu cargo. De qualquer maneira, cabe enfatizar que não se pode presumir o caráter malicioso, procrastinatório ou fraudulento da conduta processual da parte - especialmente da parte pública - que recorre, valendo referir, no ponto, por oportuno, decisão desta Suprema Corte, consubstanciada em acórdão assim ementado: “(...) - A mera circunstância de os embargos de declaração haverem sido opostos com o objetivo de infringir o julgado não basta, só por si, para autorizar a formulação, contra a parte recorrente, de um juízo de desrespeito ao princípio da lealdade processual. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.967 AgR / DF 23 É que não se presume o caráter malicioso, procrastinatório ou fraudulento da conduta processual da parte que recorre, salvo se se demonstrar, quanto a ela, de modo inequívoco, que houve abuso do direito de recorrer. Comprovação inexistente na espécie.” (RTJ 189/734, Rel. Min. CELSO DE MELLO) A pretensão da parte ora recorrida, manifestada na petição de fls. 124/135, seria legítima, se a União Federal exercesse, irresponsavelmente, o seu direito de recorrer, o que, a meu juízo - consideradas as razões precedentemente expostas - inocorre no caso ora em exame. Observo, finalmente, quanto ao que se contém no item 36 da peça processual produzida pela parte ora agravada (fls. 124/135), que a alegação ali deduzida deverá constituir, se for o caso, objeto de pedido autônomo a ser ajuizado perante esta Corte, eis que inexiste a possibilidade de formulação, “incidenter tantum”, de reclamação, motivo pelo qual não se revela cognoscível referido pleito. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Supremo Tribunal Federal MI 1.967 AgR / DF 23 É que não se presume o caráter malicioso, procrastinatório ou fraudulento da conduta processual da parte que recorre, salvo se se demonstrar, quanto a ela, de modo inequívoco, que houve abuso do direito de recorrer. Comprovação inexistente na espécie.” (RTJ 189/734, Rel. Min. CELSO DE MELLO) A pretensão da parte ora recorrida, manifestada na petição de fls. 124/135, seria legítima, se a União Federal exercesse, irresponsavelmente, o seu direito de recorrer, o que, a meu juízo - consideradas as razões precedentemente expostas - inocorre no caso ora em exame. Observo, finalmente, quanto ao que se contém no item 36 da peça processual produzida pela parte ora agravada (fls. 124/135), que a alegação ali deduzida deverá constituir, se for o caso, objeto de pedido autônomo a ser ajuizado perante esta Corte, eis que inexiste a possibilidade de formulação, “incidenter tantum”, de reclamação, motivo pelo qual não se revela cognoscível referido pleito. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598501 Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 25
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1605583
2011-10-20T00:00:00
2011-12-05T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao recurso de agravo, rejeitados os pedidos da parte agravada. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011.
AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO
E M E N T A: MANDADO DE INJUNÇÃO - MAGISTRADO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I) - INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO - LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI” - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - PRETENDIDA IMPOSIÇÃO DE MULTA À PARTE RECORRENTE (CPC, ART. 17 E 18, C/C O ART. 557, § 2º) - AUSÊNCIA DE INTUITO MANIFESTAMENTE PROCRASTINATÓRIO - RECORRENTE QUE NÃO AGE COMO “IMPROBUS LITIGATOR” - ATITUDE MALICIOSA QUE NÃO SE PRESUME - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
sjur202305
- Acórdãos citados: MI 542, MI 708 - Tribunal Pleno, MI 712 - Tribunal Pleno, MI 721 - Tribunal Pleno, MI 758, MI 788, MI 795, MI 796, MI 809, MI 1115 ED - Tribunal Pleno, MI 1125 ED - Tribunal Pleno, MI 1189 AgR - Tribunal Pleno, MI 1286 ED - Tribunal Pleno, ADI 1458 MC, MI 1656, MI 3322; RTJ 158/375, RTJ 183/818, RTJ 189/734. - Decisões monocráticas citadas: MI 463, MI 633 MC, MI 642, MI 824, MI 834, MI 874, MI 912, MI 970, MI 1001, MI 1034, MI 1059, MI 1277, MI 1312, MI 1316, MI 1451, MI 1613, MI 1737, MI 3718. - Veja Informativo 378 do STF (MI 715). Número de páginas: 25. Análise: 10/01/2012, KBP. Revisão: 02/02/2012, ACG.
CELSO DE MELLO
Tribunal Pleno
1967
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00071 ART-00040 PAR-00004 \r\n INC-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00017 ART-00018 ART-00557\r\n PAR-00002\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n ART-00057 PAR-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
MI-AgR
acordaos
MI 1967 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ROBERTO WANDERLEY NOGUEIRA ADV.(A/S) : RENATA CAVALCANTI WANDERLEY NOGUEIRA INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 1. 967", "M", "I 1. 967 AgR / DF", "M", "I 1. 967 AgR / DF", "R", "E", "G", ". NO MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 1. 967", "O", "MI", "SS", "Õ", "ES NORMATIVAS IN", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 1. 967", "M", "I 1. 967 AgR / DF", "M", "I 1. 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "R", "T", "J 158 / 375", "M", "I 1. 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "R", "T", "J 158 / 375", "R", "/ DF", "R", "T", "J 131 / 963", "R", "T", "J 186 / 20- 21", "R", "T", "J 183 / 818- 819", "R", "T", "J 180 / 442", "R", "T", "J 158 / 375", "M", "I 715 / DF", "M", "I 1. 967 Ag", "R", "/", "D", "F", "R", "T", "J 131 / 963", "R", "T", "J 186 / 20-", "R", "T", "J 183 / 818- 819", "R", "T", "J 180 / 442", "R", "T", "J 158 / 375", "M", "I 715 / DF", "M", "I 1. 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I", "M", "I 1. 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 633 / DF", "M", "I 463 / MG", "M", "I 542 / SP", "-", "M", "I 642 / DF", "M", "I 1. 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 633 / DF", "M", "I 463 / MG", "M", "I 542 / SP", "M", "I 642 / DF", "M", "I 1", ". 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 721 / DF", "M", "I 1. 967 Ag", "R / DF", "M", "I 721 / DF", "M", "I 1. 967 AgR / DF", "M", "I", "M", "I", "I", ".", "32", "2", "/", "D", "F", "Manda", "do de Injunção 721", "M", "I 1. 967 AgR / DF", "M", "M", "I", "M", "I 3. 322 / DF", "Manda", "do de Injunção 721", "Ag", "R", "/", "D", "F", "Manda", "do de Injunção 758", "Manda", "dos de Injunção 788", "Manda", "do de Injunção 795", "M", "I 1. 737 / DF", "M", "I 758", "/", "D", "F", "M", "I", "F", "M", "I", "M", "I", "M", "I 834 / DF", "M", "I 1. 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "Manda", "do de Injunção 758", "Manda", "dos de Injunção 788", "Manda", "do de Injunção", "M", "I 1. 737 / DF", "M", "I 758 / DF", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I 1.", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I 1", "M", "I", "M", "I 721", "M", "I 788 / DF", "M", "I 795 / DF", "M", "I 1. 967", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I 1. 001 / DF", "M", "I 1. 059 / DF", "M", "I 721", "M", "I 788 / DF", "M", "I 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J. Gomes Canotilho", "Vit", "al Moreira", "Anna Cândida da Cunha Ferraz", "Jorge Miranda", "J", ". J. Gomes Canotilho", "Vit", "al Moreira", "CE", "LS", "O DE MELLO M", "P", "IM", "EN", "TA BUENO", "J", "OS", "É AFONSO DA SILVA", "AN", "NA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ", "Max Limonad", "P", "ON", "TE", "S DE MIRANDA", "P", "IM", "EN", "TA BUENO", "J", "OS", "É AFONSO DA SILVA", "AN", "NA CÂNDI", "DA DA CUNHA FERRAZ", "P", "ON", "TE", "S DE MIRANDA", "CE", "LS", "O DE MELLO M", "Karl Loewenstein", "CE", "LS", "O DE MELLO", "Karl Loewenstein", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "RO", "S GRAU", "CE", "LS", "O DE MELLO", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "RO", "S GRAU", "CE", "LS", "O DE MELLO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO" ], "TEMPO": [ "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", "/", "12", "/", "2011", "20 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "08", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "08", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "07", ".", "1991", "[UNK]", ".", "07", ".", "2008", "26", ".", "09", ".", "2008", "15", ".", "04", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "07", ".", "1991", "[UNK]", ".", "07", ".", "2008", "26", ".", "09", ".", "2008", "15", ".", "04", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "15 de abril passado", "24", "/", "08", "/", "2001", "15 de abril passado", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "4", ".", "3", ".", "05", ".", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "4", ".", "3", ".", "05", ".", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "1986", "1988", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "1986", "1988", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "1958", "1998", "1986", "1969", "1970", "24", "/", "08", "/", "2001", "1958", "1998", "1986", "1969", "1970", "24", "/", "08", "/", "2001", "1983", "24", "/", "08", "/", "2001", "1983", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.430 PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA PACTE.(S) :PAULO HENRIQUE SILVA IMPTE.(S) :MARCELO ORTOLANI CARDOSO COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 180165 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. INDEFERIMENTO DE LIMINAR EM HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO DE WRIT AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO. EXISTÊNCIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 691. LEGALIDADE. WRIT NÃO CONHECIDO. 1. A decisão impugnada aplicou entendimento sedimentado do Supremo Tribunal Federal, objeto do enunciado 691 da Súmula de Jurisprudência desta Corte. 2. O decreto de prisão não apresenta vício evidente, que autorize a superação do enunciado e o deferimento da ordem em supressão de instância. 3. Habeas corpus não conhecido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718887. Supremo Tribunal Federal DJe 01/10/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão HC 105.430 / PR julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não conhecer do pedido de habeas corpus, nos termos do voto do relator. Brasília, 14 de setembro de 2010. JOAQUIM BARBOSA - Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718887. Supremo Tribunal Federal HC 105.430 / PR julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não conhecer do pedido de habeas corpus, nos termos do voto do relator. Brasília, 14 de setembro de 2010. JOAQUIM BARBOSA - Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718887. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.430 PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA PACTE.(S) :PAULO HENRIQUE SILVA IMPTE.(S) :MARCELO ORTOLANI CARDOSO COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 180165 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - (Relator): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de PAULO HENRIQUE SILVA, contra decisão monocrática do Relator do HC 180.165 que, aplicando a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, negou seguimento ao writ. Alega-se a flagrante ilegalidade da prisão do paciente, pleiteando-se a superação da Súmula 691. O paciente foi preso em flagrante pela prática do crime de tráfico de drogas, quando portava “uma bucha gigante contendo em seu interior cocaína”, juntamente com seu co-réu, que “estava embalando drogas, sendo também cocaína (58 gramas) e crack (664 gramas), os quais foram apreendidos, bem como uma balança de precisão e R$ 924,00 em dinheiro”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718889. Supremo Tribunal Federal 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.430 PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA PACTE.(S) :PAULO HENRIQUE SILVA IMPTE.(S) :MARCELO ORTOLANI CARDOSO COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 180165 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - (Relator): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de PAULO HENRIQUE SILVA, contra decisão monocrática do Relator do HC 180.165 que, aplicando a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, negou seguimento ao writ. Alega-se a flagrante ilegalidade da prisão do paciente, pleiteando-se a superação da Súmula 691. O paciente foi preso em flagrante pela prática do crime de tráfico de drogas, quando portava “uma bucha gigante contendo em seu interior cocaína”, juntamente com seu co-réu, que “estava embalando drogas, sendo também cocaína (58 gramas) e crack (664 gramas), os quais foram apreendidos, bem como uma balança de precisão e R$ 924,00 em dinheiro”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718889. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório HC 105.430 / PR O juízo, ao homologar o flagrante, considerou presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. Impetrado habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a liminar foi indeferida. Contra esta decisão foi impetrado writ ao Superior Tribunal de Justiça, que dele não conheceu com base na Súmula 691 deste Supremo Tribunal Federal. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718889. Supremo Tribunal Federal HC 105.430 / PR O juízo, ao homologar o flagrante, considerou presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. Impetrado habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a liminar foi indeferida. Contra esta decisão foi impetrado writ ao Superior Tribunal de Justiça, que dele não conheceu com base na Súmula 691 deste Supremo Tribunal Federal. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718889. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.430 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - (Relator): Senhores Ministros, o decreto de prisão preventiva está assim fundamentado: “A liberdade provisória pode ser concedida quando o réu se livre solto (art. 321, CPP), quando cabível fiança, quando o juiz verificar que o réu praticou o fato amparado por excludente de ilicitude (art. 310, CPP) e quando verificar que não é caso de prisão preventiva (art. 310, parágrafo único, CPP). (...) Retornando à análise dos autos, constato: i) o ora requerente foi preso quando continha considerável quantidade de droga; ii) a droga encontrada estava embalada para a venda; iii) os policiais lograram encontrar 664 gramas de crack, 58 gramas de cocaína, uma balança de precisão, além de R$ 924,00 reais; iv) o crack e a cocaína são as drogas mais difundidas e mais comercializadas hodiernamente. O requerente comprovou nos autos ser possuidor de bons antecedentes, entretanto não demonstrou possuir residência fixa (...). Quanto à ocupação lícita, não comprovou nos autos ser possuidor, vez que não juntou nenhum documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718890. Supremo Tribunal Federal 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.430 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - (Relator): Senhores Ministros, o decreto de prisão preventiva está assim fundamentado: “A liberdade provisória pode ser concedida quando o réu se livre solto (art. 321, CPP), quando cabível fiança, quando o juiz verificar que o réu praticou o fato amparado por excludente de ilicitude (art. 310, CPP) e quando verificar que não é caso de prisão preventiva (art. 310, parágrafo único, CPP). (...) Retornando à análise dos autos, constato: i) o ora requerente foi preso quando continha considerável quantidade de droga; ii) a droga encontrada estava embalada para a venda; iii) os policiais lograram encontrar 664 gramas de crack, 58 gramas de cocaína, uma balança de precisão, além de R$ 924,00 reais; iv) o crack e a cocaína são as drogas mais difundidas e mais comercializadas hodiernamente. O requerente comprovou nos autos ser possuidor de bons antecedentes, entretanto não demonstrou possuir residência fixa (...). Quanto à ocupação lícita, não comprovou nos autos ser possuidor, vez que não juntou nenhum documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA HC 105.430 / PR demonstrando não possuir vínculos sólidos, podendo vir a se evadir do distrito da culpa (fls. 24/28). (...) Desta forma, a manutenção da prisão guarda amparo na garantia da ordem pública, na necessidade de se impedir que, em liberdade, o requerente volte a delinqüir, seja propiciando a distribuição de drogas, seja realizando o seu próprio consumo.” Ao indeferir a liminar, o Relator do habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná salientou não vislumbrar constrangimento ilegal na prisão do paciente. Por sua vez, no writ impetrado contra esta decisão, a autoridade apontada como coatora entendeu aplicável a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal. Considero não haver constrangimento evidente contra a liberdade do paciente, que autorize a superação do enunciado em questão. Com efeito, a Súmula 691 só pode ser afastada nos casos de flagrante ausência de fundamentos na decisão impugnada, o que não é o caso dos autos. Assim, não está autorizada a supressão de instância, razão pela qual não conheço do writ. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718890. Supremo Tribunal Federal HC 105.430 / PR demonstrando não possuir vínculos sólidos, podendo vir a se evadir do distrito da culpa (fls. 24/28). (...) Desta forma, a manutenção da prisão guarda amparo na garantia da ordem pública, na necessidade de se impedir que, em liberdade, o requerente volte a delinqüir, seja propiciando a distribuição de drogas, seja realizando o seu próprio consumo.” Ao indeferir a liminar, o Relator do habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná salientou não vislumbrar constrangimento ilegal na prisão do paciente. Por sua vez, no writ impetrado contra esta decisão, a autoridade apontada como coatora entendeu aplicável a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal. Considero não haver constrangimento evidente contra a liberdade do paciente, que autorize a superação do enunciado em questão. Com efeito, a Súmula 691 só pode ser afastada nos casos de flagrante ausência de fundamentos na decisão impugnada, o que não é o caso dos autos. Assim, não está autorizada a supressão de instância, razão pela qual não conheço do writ. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA HC 105.430 / PR 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718890. Supremo Tribunal Federal HC 105.430 / PR 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.430 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA PACTE.(S) : PAULO HENRIQUE SILVA IMPTE.(S) : MARCELO ORTOLANI CARDOSO COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 180165 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Não conhecido o habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 14.09.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 718122 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.430 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA PACTE.(S) : PAULO HENRIQUE SILVA IMPTE.(S) : MARCELO ORTOLANI CARDOSO COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 180165 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Não conhecido o habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 14.09.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 718122 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=726255
2010-09-14T00:00:00
2010-10-01T00:00:00
Não conhecido o habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 14.09.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. INDEFERIMENTO DE LIMINAR EM HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO DE WRIT AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO. EXISTÊNCIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 691. LEGALIDADE. WRIT NÃO CONHECIDO. 1. A decisão impugnada aplicou entendimento sedimentado do Supremo Tribunal Federal, objeto do enunciado 691 da Súmula de Jurisprudência desta Corte. 2. O decreto de prisão não apresenta vício evidente, que autorize a superação do enunciado e o deferimento da ordem em supressão de instância. 3. Habeas corpus não conhecido.
sjur182860
Número de páginas: 8. Análise: 14/10/2010, IMC. Revisão: 19/10/2010, ACG.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
105430
[ "LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
HC
acordaos
HC 105430
[ "" ]
PACTE.(S) : PAULO HENRIQUE SILVA IMPTE.(S) : MARCELO ORTOLANI CARDOSO COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 180165 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 430", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 180165", "S", "Ú", "M", "ULA 691", "H", "C 105. 430 / PR", "H", "C 105. 430 / PR", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 430", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 180165", "H", "C 180. 165", "S", "úm", "ula 691 do Supremo Tribunal Federal", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 430", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 180165", "H", "C 180. 165", "S", "úm", "ula 691 do Supremo Tribunal Federal", "H", "C 105. 430 / PR", "S", "úm", "ula 691 deste Supremo Tribunal Federal", "H", "C 105. 430 / PR", "S", "úm", "ula 691 deste Supremo Tribunal Federal", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 430", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 430", "H", "C 105. 430 / PR", "S", "úm", "ula 691 do Supremo Tribunal Federal", "H", "C 105. 430 / PR", "S", "úm", "ula 691 do Supremo Tribunal Federal", "H", "C 105. 430", "H", "C 105. 430 / PR", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 430", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 180165", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 430", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 180165" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 312 do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 312 do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 321, CPP", "art. 310, CPP", "art. 310, parágrafo único, CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 321, CPP", "art. 310, CPP", "art. 310, parágrafo único, CPP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP", "° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PA", "RA", "N", "Á", "Brasília", "Brasília", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á", "Estado do Paraná", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "S", 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Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE J", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "PA", "UL", "O HENRIQUE SILVA", "MA", "RC", "EL", "O ORTOLANI CARDOSO COAT", "Gil", "mar Mendes", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "PA", "UL", "O HENRIQUE SILVA", "MA", "RC", "EL", "O ORTOLANI CARDOSO COATOR", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "PA", "UL", "O HENRIQUE SILVA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA PACT", "PA", "UL", "O HENRIQUE SILVA", "MA", "RC", "EL", "O ORTOLANI CARDOSO COAT", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "PA", "UL", "O HENRIQUE SILVA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", 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Ementa e Acórdão 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.881 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ROGÉRIO LUIZ CABRAL ADV.(A/S) :RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO. 1. O mandado de injunção não é a ação jurídica adequada para assegurar a contagem e a averbação do tempo de serviço trabalhado em condições especiais nos assentamentos funcionais de servidor público. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento no agravo regimental no mandado de injunção, nos temos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Ministro Ayres Britto. Brasília, 20 de outubro de 2011. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575535. Supremo Tribunal Federal DJe 21/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Relatório 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.881 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ROGÉRIO LUIZ CABRAL ADV.(A/S) :RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 16.5.2011, neguei seguimento ao mandado de injunção impetrado por Rogério Luiz Cabral contra pretensa omissão legislativa imputada ao Presidente da República em regulamentar o art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. A decisão impugnada tem o teor seguinte: ”O que o Impetrante pretende com o presente mandado de injunção é ter 'a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado, em razão de ter laborado, durante todo o período (24.05.1982 até os dias atuais), de forma permanente e habitual, em condições de insalubridade, conforme disposto no artigo 40, § 4º, inciso III, da Constituição Federal de 1988' (fl. 13, grifos nossos). 7. O art. 40, § 4º, da Constituição da República não assegura a contagem de prazo diferenciado ao servidor público, mas a aposentadoria especial daqueles que: I) sejam portadores de deficiência; II) exerçam atividades de risco; e III) desempenhem suas atividades sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, nos termos a serem definidos por leis complementares. Assim, para ser cabível o mandado de injunção, não basta que haja eventual obstáculo ao exercício de direito ou liberdade Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575536. Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.881 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ROGÉRIO LUIZ CABRAL ADV.(A/S) :RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 16.5.2011, neguei seguimento ao mandado de injunção impetrado por Rogério Luiz Cabral contra pretensa omissão legislativa imputada ao Presidente da República em regulamentar o art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. A decisão impugnada tem o teor seguinte: ”O que o Impetrante pretende com o presente mandado de injunção é ter 'a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado, em razão de ter laborado, durante todo o período (24.05.1982 até os dias atuais), de forma permanente e habitual, em condições de insalubridade, conforme disposto no artigo 40, § 4º, inciso III, da Constituição Federal de 1988' (fl. 13, grifos nossos). 7. O art. 40, § 4º, da Constituição da República não assegura a contagem de prazo diferenciado ao servidor público, mas a aposentadoria especial daqueles que: I) sejam portadores de deficiência; II) exerçam atividades de risco; e III) desempenhem suas atividades sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, nos termos a serem definidos por leis complementares. Assim, para ser cabível o mandado de injunção, não basta que haja eventual obstáculo ao exercício de direito ou liberdade Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575536. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório MI 3.881 AGR / DF constitucional em razão de omissão legislativa, mas concreta inviabilidade de sua plena fruição pelo seu titular. Daí porque há de ser comprovada, de plano, a titularidade do direito (no caso, à aposentadoria) e a sua inviabilidade decorrente da ausência de norma regulamentadora do direito constitucional. (...) Portanto, o mandado de injunção seria viável se o Impetrante tivesse demonstrado que dispõe dos requisitos para a sua aposentadoria especial e não pudesse usufruí-la pela ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. Essa ação constitucional exige, para efeito de cognoscibilidade, a demonstração fática de que a ausência da norma regulamentadora esteja inviabilizando o exercício do direito à aposentadoria especial pelo Impetrante. A não apresentação de atos concretos e específicos que comprovem que o direito à aposentadoria especial estaria sendo inviabilizado revela que o Impetrante é carecedor da ação proposta. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de injunção (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (doc. 3). 2. Publicada essa decisão no DJe de 26.5.2011, interpõe Rogério Luiz Cabral, ora Agravante, tempestivamente, agravo regimental (doc. 4). 3. Alega o Agravante que “não há em referido dispositivo legal [art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República], em momento algum, indicação de que a forma diferenciada com que deverão ser tratados tais trabalhadores resume- se a aposentadoria especial” (fl. 4). Sustenta que, “embora entenda a douta Relatora que 'o art. 40, § 4º, da Constituição da República não assegura a contagem de prazo diferenciado ao servidor que exerce suas atividades em condições insalubres, mas a aposentadoria especial ...”, tal não é o que se encontra indicado em referido dispositivo legal” (fl. 5). Assevera que “a decisão agravada afronta, frontalmente, a posição 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575536. Supremo Tribunal Federal MI 3.881 AGR / DF constitucional em razão de omissão legislativa, mas concreta inviabilidade de sua plena fruição pelo seu titular. Daí porque há de ser comprovada, de plano, a titularidade do direito (no caso, à aposentadoria) e a sua inviabilidade decorrente da ausência de norma regulamentadora do direito constitucional. (...) Portanto, o mandado de injunção seria viável se o Impetrante tivesse demonstrado que dispõe dos requisitos para a sua aposentadoria especial e não pudesse usufruí-la pela ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. Essa ação constitucional exige, para efeito de cognoscibilidade, a demonstração fática de que a ausência da norma regulamentadora esteja inviabilizando o exercício do direito à aposentadoria especial pelo Impetrante. A não apresentação de atos concretos e específicos que comprovem que o direito à aposentadoria especial estaria sendo inviabilizado revela que o Impetrante é carecedor da ação proposta. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de injunção (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (doc. 3). 2. Publicada essa decisão no DJe de 26.5.2011, interpõe Rogério Luiz Cabral, ora Agravante, tempestivamente, agravo regimental (doc. 4). 3. Alega o Agravante que “não há em referido dispositivo legal [art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República], em momento algum, indicação de que a forma diferenciada com que deverão ser tratados tais trabalhadores resume- se a aposentadoria especial” (fl. 4). Sustenta que, “embora entenda a douta Relatora que 'o art. 40, § 4º, da Constituição da República não assegura a contagem de prazo diferenciado ao servidor que exerce suas atividades em condições insalubres, mas a aposentadoria especial ...”, tal não é o que se encontra indicado em referido dispositivo legal” (fl. 5). Assevera que “a decisão agravada afronta, frontalmente, a posição 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575536. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório MI 3.881 AGR / DF jurisprudencial externada por esta Corte, que, em situações semelhantes, garantiu o direito aqui pretendido” (fl. 6). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento deste agravo regimental. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575536. Supremo Tribunal Federal MI 3.881 AGR / DF jurisprudencial externada por esta Corte, que, em situações semelhantes, garantiu o direito aqui pretendido” (fl. 6). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento deste agravo regimental. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575536. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.881 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República). Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos. 3. Na espécie dos autos, o Agravante alega que a ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República tornaria inviável o exercício do seu direito à contagem do tempo de serviço exercido em condições insalubres, em razão das atividades a que estaria submetido. 4. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a mora legislativa do Presidente da República para regulamentar o art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República e concluiu ser possível aplicar-se a regra do art. 57 da Lei n. 8.213/1991, de modo a viabilizar que a Administração Pública possa analisar requerimento de aposentadoria especial formulado por servidor público que exerce suas atividades em condições insalubres, até o advento de legislação específica sobre a matéria. Nesse sentido, os seguintes julgados: MI 721, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJe 30.11.2007; MI 788, Rel. Min. Ayres Britto, Plenário, DJe 8.5.2009; e MI 795, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.881 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República). Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos. 3. Na espécie dos autos, o Agravante alega que a ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República tornaria inviável o exercício do seu direito à contagem do tempo de serviço exercido em condições insalubres, em razão das atividades a que estaria submetido. 4. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a mora legislativa do Presidente da República para regulamentar o art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República e concluiu ser possível aplicar-se a regra do art. 57 da Lei n. 8.213/1991, de modo a viabilizar que a Administração Pública possa analisar requerimento de aposentadoria especial formulado por servidor público que exerce suas atividades em condições insalubres, até o advento de legislação específica sobre a matéria. Nesse sentido, os seguintes julgados: MI 721, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJe 30.11.2007; MI 788, Rel. Min. Ayres Britto, Plenário, DJe 8.5.2009; e MI 795, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MI 3.881 AGR / DF de minha relatoria, Plenário, DJe 22.5.2009. Contudo, a questão em exame neste mandado de injunção diferencia-se daquela posta nos precedentes mencionados e naqueles citados pelo ora Agravante, razão pela qual não é possível se valer da solução jurídica antes adotada. O que o Agravante pretende com o presente mandado de injunção é ”a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado, em razão de ter laborado, durante todo o período (de 09.12.1980 até os dias atuais), de forma permanente e habitual, em condições de insalubridade, conforme disposto no artigo 40, § 4º, inciso III, da Constituição Federal de 1988, situação esta que autorizará a concessão da aposentadoria especial junto ao serviço público federal, bem como a conversão do período especial em tempo comum, para posterior aproveitamento em solicitação de aposentadoria voluntária” (fl. 12, grifos nossos). Assim, apesar de alegar o Agravante que teria tempo suficiente para requerer a sua aposentadoria especial, o que se pretende por meio do presente mandado de injunção é a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições especiais, conforme a seguinte tabela que o Agravante trouxe aos autos desta ação: Tempo a converter multiplicadores mulher (para 30) homem (para 35) de 15 anos ........................ 2,0 .................................2,33 de 20 anos .........................1,50 ................................1,75 de 25 anos .........................1,20.................................1,40 Nos debates surgidos no julgamento do Mandado de Injunção n. 3.875, de minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal reafirmou sua jurisprudência no sentido de que o mandado de injunção não é a ação 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Supremo Tribunal Federal MI 3.881 AGR / DF de minha relatoria, Plenário, DJe 22.5.2009. Contudo, a questão em exame neste mandado de injunção diferencia-se daquela posta nos precedentes mencionados e naqueles citados pelo ora Agravante, razão pela qual não é possível se valer da solução jurídica antes adotada. O que o Agravante pretende com o presente mandado de injunção é ”a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado, em razão de ter laborado, durante todo o período (de 09.12.1980 até os dias atuais), de forma permanente e habitual, em condições de insalubridade, conforme disposto no artigo 40, § 4º, inciso III, da Constituição Federal de 1988, situação esta que autorizará a concessão da aposentadoria especial junto ao serviço público federal, bem como a conversão do período especial em tempo comum, para posterior aproveitamento em solicitação de aposentadoria voluntária” (fl. 12, grifos nossos). Assim, apesar de alegar o Agravante que teria tempo suficiente para requerer a sua aposentadoria especial, o que se pretende por meio do presente mandado de injunção é a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições especiais, conforme a seguinte tabela que o Agravante trouxe aos autos desta ação: Tempo a converter multiplicadores mulher (para 30) homem (para 35) de 15 anos ........................ 2,0 .................................2,33 de 20 anos .........................1,50 ................................1,75 de 25 anos .........................1,20.................................1,40 Nos debates surgidos no julgamento do Mandado de Injunção n. 3.875, de minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal reafirmou sua jurisprudência no sentido de que o mandado de injunção não é a ação 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MI 3.881 AGR / DF jurídica adequada para assegurar a contagem e a averbação de tempo de serviço trabalhado em condições especiais nos assentamentos funcionais do servidor público. Nesse debate, o Ministro Luiz Fux ressaltou que “ nós não podemos decidir em mandado de injunção a maneira como se vai contar esse prazo, data maxima venia - pelo que estou entendendo. Há acórdão nesse sentido também”. 5. O art. 40, § 4º, da Constituição da República não assegura a contagem de prazo diferenciado ao servidor público, mas a aposentadoria especial daqueles que: I) sejam portadores de deficiência; II) exerçam atividades de risco; e III) desempenhem suas atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, nos termos a serem definidos por leis complementares. Assim, para ser cabível o mandado de injunção, não basta que haja eventual obstáculo ao exercício de direito ou liberdade constitucional em razão de omissão legislativa, mas concreta inviabilidade de sua plena fruição pelo seu titular. Daí porque há de ser comprovada, de plano, a titularidade do direito (no caso, à aposentadoria) e a sua inviabilidade decorrente da ausência de norma regulamentadora do direito constitucional. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. 1. IMPOSSIBILIDADE DE ASSEGURAR A CONTAGEM E A AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO: ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991 PARA FUTURO PEDIDO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. 2. INEXISTÊNCIA DO PRESSUPOSTO DE INVIABILIDADE DE EXERCÍCIO DE PRERROGATIVA CONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (MI 2.195 -AgR , de minha relatoria, Plenário, DJe 18.3.2011). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Supremo Tribunal Federal MI 3.881 AGR / DF jurídica adequada para assegurar a contagem e a averbação de tempo de serviço trabalhado em condições especiais nos assentamentos funcionais do servidor público. Nesse debate, o Ministro Luiz Fux ressaltou que “ nós não podemos decidir em mandado de injunção a maneira como se vai contar esse prazo, data maxima venia - pelo que estou entendendo. Há acórdão nesse sentido também”. 5. O art. 40, § 4º, da Constituição da República não assegura a contagem de prazo diferenciado ao servidor público, mas a aposentadoria especial daqueles que: I) sejam portadores de deficiência; II) exerçam atividades de risco; e III) desempenhem suas atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, nos termos a serem definidos por leis complementares. Assim, para ser cabível o mandado de injunção, não basta que haja eventual obstáculo ao exercício de direito ou liberdade constitucional em razão de omissão legislativa, mas concreta inviabilidade de sua plena fruição pelo seu titular. Daí porque há de ser comprovada, de plano, a titularidade do direito (no caso, à aposentadoria) e a sua inviabilidade decorrente da ausência de norma regulamentadora do direito constitucional. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. 1. IMPOSSIBILIDADE DE ASSEGURAR A CONTAGEM E A AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO: ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991 PARA FUTURO PEDIDO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. 2. INEXISTÊNCIA DO PRESSUPOSTO DE INVIABILIDADE DE EXERCÍCIO DE PRERROGATIVA CONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (MI 2.195 -AgR , de minha relatoria, Plenário, DJe 18.3.2011). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MI 3.881 AGR / DF E: “O impetrante afirma ser servidor público e ter desempenhado suas funções em contato com agentes nocivos à saúde e à integridade física. Nesse sentido, pleiteia a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições insalubres, nos termos do disposto na legislação que regulamenta a aposentadoria especial dos trabalhadores do setor privado. (...) A Constituição não dispõe sobre o suposto direito à contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física, tampouco exige a sua regulamentação. O inciso III do § 4º do art. 40 da Constituição assegura tão somente o direito à aposentadoria especial para os servidores que tenham exercido suas atividades em tais condições. O mandado de injunção há de ter por objeto o não cumprimento de dever constitucional de legislar que, de alguma forma, afeta direitos constitucionalmente assegurados (falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à soberania e à cidadania). No caso em exame, é inexistente o dever constitucional de regulamentação alegado pelo impetrante, motivo pelo qual é manifestamente incabível o writ” (Decisão mantida no julgamento dos Embargos de Declaração no Mandado de Injunção n. 1.280, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 28.3.2010). No mesmo sentido: MI 3.076-AgR, MI 3.074-AgR, MI 3.015-AgR, MI 2.969-AgR, MI 2.968-AgR, MI 2.936-AgR, MI 2.913-AgR, MI 2.862-AgR, MI 2.842-AgR, MI 2.839-AgR, MI 2.800-AgR, MI 2.741-AgR, MI 2.683- AgR, MI 2.643-AgR, MI 2.546-AgR, MI 2.384-AgR, MI 2.380-AgR e MI 2.372-AgR, todos de minha relatoria, julgados em 23.2.2011. Portanto, o mandado de injunção somente seria viável se o Agravante tivesse demonstrado que dispõe dos requisitos para a sua aposentadoria especial e não pudesse usufruí-la pela ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Supremo Tribunal Federal MI 3.881 AGR / DF E: “O impetrante afirma ser servidor público e ter desempenhado suas funções em contato com agentes nocivos à saúde e à integridade física. Nesse sentido, pleiteia a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições insalubres, nos termos do disposto na legislação que regulamenta a aposentadoria especial dos trabalhadores do setor privado. (...) A Constituição não dispõe sobre o suposto direito à contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física, tampouco exige a sua regulamentação. O inciso III do § 4º do art. 40 da Constituição assegura tão somente o direito à aposentadoria especial para os servidores que tenham exercido suas atividades em tais condições. O mandado de injunção há de ter por objeto o não cumprimento de dever constitucional de legislar que, de alguma forma, afeta direitos constitucionalmente assegurados (falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à soberania e à cidadania). No caso em exame, é inexistente o dever constitucional de regulamentação alegado pelo impetrante, motivo pelo qual é manifestamente incabível o writ” (Decisão mantida no julgamento dos Embargos de Declaração no Mandado de Injunção n. 1.280, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 28.3.2010). No mesmo sentido: MI 3.076-AgR, MI 3.074-AgR, MI 3.015-AgR, MI 2.969-AgR, MI 2.968-AgR, MI 2.936-AgR, MI 2.913-AgR, MI 2.862-AgR, MI 2.842-AgR, MI 2.839-AgR, MI 2.800-AgR, MI 2.741-AgR, MI 2.683- AgR, MI 2.643-AgR, MI 2.546-AgR, MI 2.384-AgR, MI 2.380-AgR e MI 2.372-AgR, todos de minha relatoria, julgados em 23.2.2011. Portanto, o mandado de injunção somente seria viável se o Agravante tivesse demonstrado que dispõe dos requisitos para a sua aposentadoria especial e não pudesse usufruí-la pela ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MI 3.881 AGR / DF Essa ação constitucional exige, para efeito de cognoscibilidade, a demonstração fática de que a ausência da norma regulamentadora esteja inviabilizando o exercício do direito à aposentadoria especial pelo Agravante. A não apresentação de atos concretos e específicos que comprovem que o direito à aposentadoria especial estaria sendo inviabilizado revela que o Agravante é carecedor da ação proposta. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Supremo Tribunal Federal MI 3.881 AGR / DF Essa ação constitucional exige, para efeito de cognoscibilidade, a demonstração fática de que a ausência da norma regulamentadora esteja inviabilizando o exercício do direito à aposentadoria especial pelo Agravante. A não apresentação de atos concretos e específicos que comprovem que o direito à aposentadoria especial estaria sendo inviabilizado revela que o Agravante é carecedor da ação proposta. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1575537. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.881 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ROGÉRIO LUIZ CABRAL ADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1538997 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.881 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ROGÉRIO LUIZ CABRAL ADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1538997 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1578687
2011-10-20T00:00:00
2011-11-21T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011.
AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO. 1. O mandado de injunção não é a ação jurídica adequada para assegurar a contagem e a averbação do tempo de serviço trabalhado em condições especiais nos assentamentos funcionais de servidor público. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur201717
- Acórdãos citados: MI 721 - Tribunal Pleno, MI 788 - Tribunal Pleno, MI 795 - Tribunal Pleno, MI 1280 ED - Tribunal Pleno, MI 2195 AgR - Tribunal Pleno, MI 2372 AgR, MI 2380 AgR, MI 2384 AgR, MI 2546 AgR, MI 2643 AgR, MI 2683 AgR, MI 2741 AgR, MI 2800 AgR, MI 2839 AgR, MI 2842 AgR, MI 2862 AgR, MI 2913 AgR, MI 2936 AgR, MI 2968 AgR, MI 2969 AgR, MI 3015 AgR, MI 3074 AgR, MI 3076 AgR, MI 3875 AgR. Número de páginas: 10. Análise: 08/02/2012, SEV. Revisão: 08/02/2012, ACG.
CÁRMEN LÚCIA
Tribunal Pleno
3881
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00071 ART-00040 PAR-00004\r\n INC-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n ART-00057 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
MI-AgR
acordaos
MI 3881 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ROGÉRIO LUIZ CABRAL ADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 3. 881", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 3. 881", "R", "E", "G", "NO", "MAN", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 3. 881", "M", "I 3. 881 AGR / DF", "M", "I 3. 881 AGR / DF", "M", "I 3. 881 AGR / DF", "M", "I 3. 881 AGR / DF", "R", "E", "G", ". NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3. 881", "M", "I 721", "M", "I 788", "M", "I 795", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 3. 881", "M", "I 721", "M", "I 788", "M", "I 795", "ME", "N LÚCIA MI 3. 881 AGR / DF", "Manda", "do de Injunção n. 3. 87", "M", "I 3. 881 AGR / DF", "Manda", "do de Injunção n. 3. 875", "I 3. 881 AGR / DF", "M", "I 2. 195- AgR", "M", "I 3. 881 AGR / DF", "M", "I 2. 195- AgR", "M", "I 3. 881", "Emb", "ar", "gos de Declaração no Mandado de Injunção n. 1. 280", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I 3. 881 AGR / DF", "Emb", "ar", "gos de Declaração no Mandado de Injunção n. 1. 280", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I 2. 372- AgR", "I 3", "M", "I 3. 881 AGR", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 3. 881", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 3. 881" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "artigo 40, § [UNK], inciso III, da Constituição Federal de 1988", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "artigo 40, § [UNK], inciso III, da Constituição Federal de 1988", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "MP n° 2. 200", "-", "2", "/", "2001", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], da", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], inc. LXXI, da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 57 da Lei n. 8. 213 / 1991", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], inc. LXXI, da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "art. 57 da Lei n. 8. 213 / 1991", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 40, § [UNK], inciso III, da Constituição Federal de 1988", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 40, § [UNK], inciso III, da Constituição Federal de 1988", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "AR", "T. 57 DA LEI N. 8. 213 / 1991", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "AR", "T. 57 DA LEI N. 8. 213 / 1991", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "inc", "iso III do § [UNK] do art. 40 da Constituição", "art. 40, § [UNK], inc. III, da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "inc", "iso III do § [UNK] do art. 40 da Constituição", "art. 40, § [UNK], inc. 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Ementa e Acórdão 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.167 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :JANAINA RODRIGUES DA SILVA ADV.(A/S) :ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO. DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSO. PRECEDENTES. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 25 de outubro de 2011. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586983. Supremo Tribunal Federal DJe 30/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 Relatório 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.167 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :JANAINA RODRIGUES DA SILVA ADV.(A/S) :ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recurso ordinário em mandado de segurança interposto por Janaína Rodrigues da Silva, em 9.10.2007, contra acórdão proferido pela Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a segurança pleiteada, por não configurar ilegalidade a ausência de ato da Administração Pública determinando a redistribuição da ora Recorrente. O Superior Tribunal de Justiça assentou que a redistribuição de servidor é ato discricionário adstrito à conveniência da Administração. O caso 2. Em 14 de fevereiro de 2007, Janaína Rodrigues da Silva impetrou mandado de segurança contra ato ilegal praticado pelo Ministro de Estado da Defesa e pelo Diretor de Administração de Pessoal do Comando da Aeronáutica, consistente na determinação de sua remoção para o Comar – Comando Aéreo Regional III. Segundo a Impetrante, essa remoção teria sido ilegal por contrariar seu direito líquido e certo à redistribuição para a Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, procedimento decorrente da extinção do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.167 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :JANAINA RODRIGUES DA SILVA ADV.(A/S) :ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recurso ordinário em mandado de segurança interposto por Janaína Rodrigues da Silva, em 9.10.2007, contra acórdão proferido pela Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a segurança pleiteada, por não configurar ilegalidade a ausência de ato da Administração Pública determinando a redistribuição da ora Recorrente. O Superior Tribunal de Justiça assentou que a redistribuição de servidor é ato discricionário adstrito à conveniência da Administração. O caso 2. Em 14 de fevereiro de 2007, Janaína Rodrigues da Silva impetrou mandado de segurança contra ato ilegal praticado pelo Ministro de Estado da Defesa e pelo Diretor de Administração de Pessoal do Comando da Aeronáutica, consistente na determinação de sua remoção para o Comar – Comando Aéreo Regional III. Segundo a Impetrante, essa remoção teria sido ilegal por contrariar seu direito líquido e certo à redistribuição para a Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, procedimento decorrente da extinção do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 Relatório RMS 27.167 / DF Departamento de Aviação Civil – DAC, órgão no qual estaria lotada, e normatizado pela Lei n. 11.182/2005, Decreto n. 5.731/2006 e Lei n. 11.357/2006. A Impetrante pleiteou o deferimento de medida liminar para anular o ato de remoção e determinar sua imediata redistribuição. A liminar foi indeferida em 12.4.2007 (fl. 121). Em 22 de agosto de 2007, a Terceira Seção do Superior Tribunal denegou a segurança: “MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR. ATO DE REDISTRIBUIÇÃO. DISCRICIONARIEDADE ADMINISTRATIVA. I – O ato de redistribuição de servidor público é instrumento de política de pessoal da Administração, que deve ser realizada no estrito interesse do serviço, levando em conta a conveniência e oportunidade da transferência do servidor para as novas atividades. II – O controle judicial dos atos administrativos discricionários deve-se limitar ao exame de sua legalidade, eximindo-se o Judiciário de adentrar na análise de mérito do ato impugnado. Precedentes. Segurança denegada” (MS 12.629, Rel. Min. Felix Fisher, Terceira Seção, DJ 24.9.2007). É contra essa decisão do Superior Tribunal de Justiça que interpõe o presente recurso ordinário em mandado de segurança. 3. A Recorrente afirma que exerceu as funções do cargo de Técnico em Assuntos Educacionais no Departamento de Aviação Civil – DAC até a extinção do órgão. Alega que, “com a criação da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, exauriu-se a competência do DAC, o que ensejou a redistribuição dos servidores do extinto órgão, objetivando a criação de quadro específico da autarquia especial, tal como determinado pela Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF Departamento de Aviação Civil – DAC, órgão no qual estaria lotada, e normatizado pela Lei n. 11.182/2005, Decreto n. 5.731/2006 e Lei n. 11.357/2006. A Impetrante pleiteou o deferimento de medida liminar para anular o ato de remoção e determinar sua imediata redistribuição. A liminar foi indeferida em 12.4.2007 (fl. 121). Em 22 de agosto de 2007, a Terceira Seção do Superior Tribunal denegou a segurança: “MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR. ATO DE REDISTRIBUIÇÃO. DISCRICIONARIEDADE ADMINISTRATIVA. I – O ato de redistribuição de servidor público é instrumento de política de pessoal da Administração, que deve ser realizada no estrito interesse do serviço, levando em conta a conveniência e oportunidade da transferência do servidor para as novas atividades. II – O controle judicial dos atos administrativos discricionários deve-se limitar ao exame de sua legalidade, eximindo-se o Judiciário de adentrar na análise de mérito do ato impugnado. Precedentes. Segurança denegada” (MS 12.629, Rel. Min. Felix Fisher, Terceira Seção, DJ 24.9.2007). É contra essa decisão do Superior Tribunal de Justiça que interpõe o presente recurso ordinário em mandado de segurança. 3. A Recorrente afirma que exerceu as funções do cargo de Técnico em Assuntos Educacionais no Departamento de Aviação Civil – DAC até a extinção do órgão. Alega que, “com a criação da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, exauriu-se a competência do DAC, o que ensejou a redistribuição dos servidores do extinto órgão, objetivando a criação de quadro específico da autarquia especial, tal como determinado pela Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 Relatório RMS 27.167 / DF 2005” (fl. 170). Assevera que: “a redistribuição seria deferida aos servidores em exercício em unidades ‘cujas competências foram transferidas para a ANAC’. Especialmente no tocante ao DAC, revela-se incontroversa a assunção de sua competência pela ANAC, em razão dos expressos termos do art. 42 da aludida Lei nº 11.182/2005: ‘Art. 42. Instalada a ANAC, fica o Pode Executivo autorizado a extinguir o Departamento de Aviação Civil – DAC e demais organizações do Comando da Aeronáutica que tenham tido a totalidade de suas atribuições transferidas pela ANAC, devendo remanejar para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão todos os cargos comissionados e gratificações, alocados aos órgãos extintos e atividades absorvidas pela Agência’. Da mesma forma, prevê o art. 5º do Decreto nº 5.731, de 20 de março de 2006: ‘Art. 5º. Ficam transferidos para a ANAC: I – o acervo técnico e patrimonial, as obrigações, os direitos e as receitas; a) do DAC;’” (fl. 171). Pontua que os critérios para redistribuição dos servidores para o quadro de pessoal específico das agências reguladoras, incluída a Anac, estariam previstos na Lei n. 11.357/2006: “Art. 28. Fica autorizada a redistribuição para os Quadros de Pessoal Específico das Agências Reguladoras dos servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo do Plano de Classificação de Cargos instituído pela Lei nº 5.645, de 10 de dezembro de 1979, ou planos correlatos das autarquias e fundações públicas, não integrantes de Carreiras estruturadas, ou ocupantes de cargos efetivos da Carreira de que trata a Lei nº 10.483, de 3 de julho de 2002, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, cujas atribuições sejam compatíveis 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF 2005” (fl. 170). Assevera que: “a redistribuição seria deferida aos servidores em exercício em unidades ‘cujas competências foram transferidas para a ANAC’. Especialmente no tocante ao DAC, revela-se incontroversa a assunção de sua competência pela ANAC, em razão dos expressos termos do art. 42 da aludida Lei nº 11.182/2005: ‘Art. 42. Instalada a ANAC, fica o Pode Executivo autorizado a extinguir o Departamento de Aviação Civil – DAC e demais organizações do Comando da Aeronáutica que tenham tido a totalidade de suas atribuições transferidas pela ANAC, devendo remanejar para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão todos os cargos comissionados e gratificações, alocados aos órgãos extintos e atividades absorvidas pela Agência’. Da mesma forma, prevê o art. 5º do Decreto nº 5.731, de 20 de março de 2006: ‘Art. 5º. Ficam transferidos para a ANAC: I – o acervo técnico e patrimonial, as obrigações, os direitos e as receitas; a) do DAC;’” (fl. 171). Pontua que os critérios para redistribuição dos servidores para o quadro de pessoal específico das agências reguladoras, incluída a Anac, estariam previstos na Lei n. 11.357/2006: “Art. 28. Fica autorizada a redistribuição para os Quadros de Pessoal Específico das Agências Reguladoras dos servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo do Plano de Classificação de Cargos instituído pela Lei nº 5.645, de 10 de dezembro de 1979, ou planos correlatos das autarquias e fundações públicas, não integrantes de Carreiras estruturadas, ou ocupantes de cargos efetivos da Carreira de que trata a Lei nº 10.483, de 3 de julho de 2002, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, cujas atribuições sejam compatíveis 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 Relatório RMS 27.167 / DF com as dos cargos integrantes daqueles Quadros de Pessoal Específico , cedidos às Agências Reguladoras ou por elas requisitados até 20 de maio de 2004, e que tenham permanecido nessa condição ininterruptamente até 27 de abril de 2006. § 1º Os cargos redistribuídos na forma do disposto no caput deste artigo passarão a constituir o Quadro de Pessoal Específico da respectiva Agência Reguladora, suprindo, para todos os efeitos, o requisito do disposto no art. 19 da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, nos casos em que não tenha sido criado por meio de previsão legal específica. § 2º O somatório dos cargos efetivos providos no Quadro de Pessoal Efetivo de cada Agência Reguladora com os cargos efetivos do respectivo Quadro de Pessoal Específico, decorrente da aplicação do disposto no inciso II do art. 15 da Lei nº 11.292, de 26 de abril de 2006, nos termos do caput deste artigo, não poderá ser superior aos quantitativos totais de cargos do Quadro de Pessoal Efetivo até 27 de abril de 2006” (fl. 172 – grifos no original). Pondera que reuniu as condições necessárias à redistribuição e comprovou, até mesmo, a transferência das atribuições funcionais para a Anac e que outros colegas em situações funcionais idênticas obtiveram a alteração desejada, o que caracteriza total desrespeito ao princípio constitucional da isonomia. Argumenta: “em razão da omissão das autoridades coatoras, avolumam-se prejuízos à órbita individual da Impetrante, notadamente de ordem pessoal e patrimonial, sendo esta tanto em relação à evolução remuneratória devidamente deferida aos outros colegas de trabalho do antigo DAC redistribuições à ANAC (os quais fazem jus à Gratificação Temporária das Agências Reguladoras – GTAR, criada pelo art. 36 da MP nº 304/2006), quanto em relação aos servidores em geral pertencentes ao antigo PCC que hoje se encontram no PGPE. (…) Consolidando a arbitrariedade aqui impugnada, a Impetrante foi lotada não na ANAC, mas no COMAR III, por força de uma 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF com as dos cargos integrantes daqueles Quadros de Pessoal Específico , cedidos às Agências Reguladoras ou por elas requisitados até 20 de maio de 2004, e que tenham permanecido nessa condição ininterruptamente até 27 de abril de 2006. § 1º Os cargos redistribuídos na forma do disposto no caput deste artigo passarão a constituir o Quadro de Pessoal Específico da respectiva Agência Reguladora, suprindo, para todos os efeitos, o requisito do disposto no art. 19 da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, nos casos em que não tenha sido criado por meio de previsão legal específica. § 2º O somatório dos cargos efetivos providos no Quadro de Pessoal Efetivo de cada Agência Reguladora com os cargos efetivos do respectivo Quadro de Pessoal Específico, decorrente da aplicação do disposto no inciso II do art. 15 da Lei nº 11.292, de 26 de abril de 2006, nos termos do caput deste artigo, não poderá ser superior aos quantitativos totais de cargos do Quadro de Pessoal Efetivo até 27 de abril de 2006” (fl. 172 – grifos no original). Pondera que reuniu as condições necessárias à redistribuição e comprovou, até mesmo, a transferência das atribuições funcionais para a Anac e que outros colegas em situações funcionais idênticas obtiveram a alteração desejada, o que caracteriza total desrespeito ao princípio constitucional da isonomia. Argumenta: “em razão da omissão das autoridades coatoras, avolumam-se prejuízos à órbita individual da Impetrante, notadamente de ordem pessoal e patrimonial, sendo esta tanto em relação à evolução remuneratória devidamente deferida aos outros colegas de trabalho do antigo DAC redistribuições à ANAC (os quais fazem jus à Gratificação Temporária das Agências Reguladoras – GTAR, criada pelo art. 36 da MP nº 304/2006), quanto em relação aos servidores em geral pertencentes ao antigo PCC que hoje se encontram no PGPE. (…) Consolidando a arbitrariedade aqui impugnada, a Impetrante foi lotada não na ANAC, mas no COMAR III, por força de uma 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 Relatório RMS 27.167 / DF inopinada remoção, impedida até mesmo de exercer regulamente as atribuições inerentes ao seu cargo. O detalhe: os servidores removidos foram aqueles que optaram voluntariamente por não serem redistribuídos à ANAC, à exceção da Impetrante. Reforçando a absoluta presença de direito líquido e certo à redistribuição, observa a Recorrente a existência de outros servidores que, ocupantes do mesmo cargo de Técnico em Assuntos Educacionais, foram relacionados em Portarias subscritas pelo Ministro de Estado da Defesa, deferindo-se a redistribuição” (fls. 174-175). Sustenta, ainda, que as redistribuições teriam sido determinadas de forma aleatória, sem qualquer critério objetivo e legal, e que a circunstância da necessidade administrativa estaria vinculada, apenas, à vontade da Administração, o que tornaria nulos os atos assim motivados, porque, “em última análise, apenas aqueles ‘simpáticos’ à autoridade administrativa contaram com o beneplácito da redistribuição” (fl. 176). Afirma que haveria clara ofensa ao princípio da moralidade administrativa. Requer a concessão da segurança nos termos do pedido inicial. 4. Em suas contrarrazões a União sustenta: “a segurança foi denegada porquanto o pleito da recorrente não se enquadra em nenhuma das hipóteses da Lei 8.112/90, eis que, no caso ora apreciado, ela não logrou demonstrar o preenchimento dos requisitos legais para redistribuição. Entendeu-se, outrossim, incabível, na via estreita do mandado de segurança, a análise dos critérios utilizados pela ANAC para definir os servidores necessários ao exercício de suas funções, eminentemente discricionários. Isto porque, na redistribuição, há de se levar em conta a conveniência da Administração, em razão do princípio da supremacia do interesse público em detrimento do particular. Por conseguinte, o v. aresto guerreado pauta-se em reiterados precedentes desse Excelso Supremo Tribunal Federal, no sentido da impossibilidade de o Poder Judiciário adentrar no mérito do ato administrativo discricionário” (fls. 190- 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF inopinada remoção, impedida até mesmo de exercer regulamente as atribuições inerentes ao seu cargo. O detalhe: os servidores removidos foram aqueles que optaram voluntariamente por não serem redistribuídos à ANAC, à exceção da Impetrante. Reforçando a absoluta presença de direito líquido e certo à redistribuição, observa a Recorrente a existência de outros servidores que, ocupantes do mesmo cargo de Técnico em Assuntos Educacionais, foram relacionados em Portarias subscritas pelo Ministro de Estado da Defesa, deferindo-se a redistribuição” (fls. 174-175). Sustenta, ainda, que as redistribuições teriam sido determinadas de forma aleatória, sem qualquer critério objetivo e legal, e que a circunstância da necessidade administrativa estaria vinculada, apenas, à vontade da Administração, o que tornaria nulos os atos assim motivados, porque, “em última análise, apenas aqueles ‘simpáticos’ à autoridade administrativa contaram com o beneplácito da redistribuição” (fl. 176). Afirma que haveria clara ofensa ao princípio da moralidade administrativa. Requer a concessão da segurança nos termos do pedido inicial. 4. Em suas contrarrazões a União sustenta: “a segurança foi denegada porquanto o pleito da recorrente não se enquadra em nenhuma das hipóteses da Lei 8.112/90, eis que, no caso ora apreciado, ela não logrou demonstrar o preenchimento dos requisitos legais para redistribuição. Entendeu-se, outrossim, incabível, na via estreita do mandado de segurança, a análise dos critérios utilizados pela ANAC para definir os servidores necessários ao exercício de suas funções, eminentemente discricionários. Isto porque, na redistribuição, há de se levar em conta a conveniência da Administração, em razão do princípio da supremacia do interesse público em detrimento do particular. Por conseguinte, o v. aresto guerreado pauta-se em reiterados precedentes desse Excelso Supremo Tribunal Federal, no sentido da impossibilidade de o Poder Judiciário adentrar no mérito do ato administrativo discricionário” (fls. 190- 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 Relatório RMS 27.167 / DF 191). 5. Em 12 de dezembro de 2007, o Ministro Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça admitiu o presente recurso (fl. 203), recebido neste Supremo Tribunal Federal em 27.2.2008. 6. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo não provimento do recurso e afirmou que “a remoção promovida pela DIRAP foi feita no interesse da Administração, de modo discricionário, observando-se os critérios de oportunidade e conveniência, não pesando sobre o mesmo qualquer mácula que possa eivá-lo de nulidade” (fl. 217). 7. Em 28 de abril de 2009, vieram-me os autos conclusos. É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF 191). 5. Em 12 de dezembro de 2007, o Ministro Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça admitiu o presente recurso (fl. 203), recebido neste Supremo Tribunal Federal em 27.2.2008. 6. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo não provimento do recurso e afirmou que “a remoção promovida pela DIRAP foi feita no interesse da Administração, de modo discricionário, observando-se os critérios de oportunidade e conveniência, não pesando sobre o mesmo qualquer mácula que possa eivá-lo de nulidade” (fl. 217). 7. Em 28 de abril de 2009, vieram-me os autos conclusos. É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.167 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Conforme relatado, a ora Recorrente impetrou o Mandado de Segurança n. 12.629/DF, em 14.2.2007, no Superior Tribunal de Justiça, alegando ato abusivo e ilegal da Administração na sua remoção do extinto Departamento de Aviação Aérea – DAC para o Comando Aéreo Regional – Comar III e ter direito líquido e certo a ser redistribuída para a Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, conforme disposições da legislação pertinente (Lei n. 11.182/2005, Decreto n. 5.731/2006 e Lei n. 11.357/2006). Segundo a Recorrente, a situação relatada seria “distinta do mero exercício da discricionariedade, em que sopesados os conhecidos critérios de conveniência e oportunidade. Ao não se deferir um mesmo resultado jurídico (a redistribuição) à servidora Impetrante, com idêntica situação funcional de outros agentes públicos, a qual preenche todos os requisitos legais hábeis ao deslocamento, tem-se não o exercício do ‘interesse da Administração’, mas verdadeiro arbítrio, incompatível com a noção de Estado Democrático de Direito” (fl. 11). 2. No julgamento do Mandado de Segurança n. 12.629/DF, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça concluiu inexistir ilegalidade no ato praticado pela Administração, por tratar-se de ato discricionário. No voto condutor do acórdão recorrido, o Relator Ministro Felix Fischer consignou: “A Lei nº 11.182/2005, que criou a Agência Nacional de Aviação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal 25/10/2011 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.167 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Conforme relatado, a ora Recorrente impetrou o Mandado de Segurança n. 12.629/DF, em 14.2.2007, no Superior Tribunal de Justiça, alegando ato abusivo e ilegal da Administração na sua remoção do extinto Departamento de Aviação Aérea – DAC para o Comando Aéreo Regional – Comar III e ter direito líquido e certo a ser redistribuída para a Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, conforme disposições da legislação pertinente (Lei n. 11.182/2005, Decreto n. 5.731/2006 e Lei n. 11.357/2006). Segundo a Recorrente, a situação relatada seria “distinta do mero exercício da discricionariedade, em que sopesados os conhecidos critérios de conveniência e oportunidade. Ao não se deferir um mesmo resultado jurídico (a redistribuição) à servidora Impetrante, com idêntica situação funcional de outros agentes públicos, a qual preenche todos os requisitos legais hábeis ao deslocamento, tem-se não o exercício do ‘interesse da Administração’, mas verdadeiro arbítrio, incompatível com a noção de Estado Democrático de Direito” (fl. 11). 2. No julgamento do Mandado de Segurança n. 12.629/DF, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça concluiu inexistir ilegalidade no ato praticado pela Administração, por tratar-se de ato discricionário. No voto condutor do acórdão recorrido, o Relator Ministro Felix Fischer consignou: “A Lei nº 11.182/2005, que criou a Agência Nacional de Aviação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RMS 27.167 / DF Civil (art. 1º) estabeleceu, no seu art. 36, o seguinte: (…) Por sua vez, o Decreto nº 5.731/2006, que dispôs sobre a instalação, estrutura organizacional e aprovou o regulamento da ANAC, assim estabeleceu, nos seus arts. 7º e 8º: (…) Pela leitura conjunta dos dispositivos, chega-se à conclusão de que o recrutamento de servidores para o quadro funcional da autarquia, mediante redistribuição, deveria se dar, precipuamente, entre aqueles que integravam o quadro funcional dos órgãos (DAC e demais organizações militares) extintos, considerados, à juízo da própria autarquia, necessárias às suas atividades. A propósito, a redistribuição nada mais é do que o deslocamento de um cargo público, vago ou não, vinculado a um órgão ou entidade pública, para quadro diverso de outro órgão ou entidade, dentro do mesmo poder. (…) Nesse contexto, não há espaço para se falar em discriminação e nem ofensa à legalidade ou à isonomia. Como bem ressaltado nas informações, o ato de redistribuição é instrumento de política de pessoal da Administração, que deve ser realizado no estrito interesse do serviço. (…) Ante o exposto, denego a segurança” (fls. 156-158 – grifos nossos). 3. A solução da controvérsia demanda a análise da natureza dos atos administrativos que alteram a lotação de servidores públicos a fim de determinar se a remoção teria configurado, ou não, ato ilegal passível de anulação por meio de mandado de segurança. Assim, necessárias algumas considerações sobre os institutos em exame. 4. A remoção está prevista e definida no art. 36 da Lei n. 8.112/1990: “Art. 36. Remoção é deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidade de remoção: I – de ofício, no interesse da Administração; II – a pedido, a critério da Administração; III – a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: (...)” (grifos nossos). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF Civil (art. 1º) estabeleceu, no seu art. 36, o seguinte: (…) Por sua vez, o Decreto nº 5.731/2006, que dispôs sobre a instalação, estrutura organizacional e aprovou o regulamento da ANAC, assim estabeleceu, nos seus arts. 7º e 8º: (…) Pela leitura conjunta dos dispositivos, chega-se à conclusão de que o recrutamento de servidores para o quadro funcional da autarquia, mediante redistribuição, deveria se dar, precipuamente, entre aqueles que integravam o quadro funcional dos órgãos (DAC e demais organizações militares) extintos, considerados, à juízo da própria autarquia, necessárias às suas atividades. A propósito, a redistribuição nada mais é do que o deslocamento de um cargo público, vago ou não, vinculado a um órgão ou entidade pública, para quadro diverso de outro órgão ou entidade, dentro do mesmo poder. (…) Nesse contexto, não há espaço para se falar em discriminação e nem ofensa à legalidade ou à isonomia. Como bem ressaltado nas informações, o ato de redistribuição é instrumento de política de pessoal da Administração, que deve ser realizado no estrito interesse do serviço. (…) Ante o exposto, denego a segurança” (fls. 156-158 – grifos nossos). 3. A solução da controvérsia demanda a análise da natureza dos atos administrativos que alteram a lotação de servidores públicos a fim de determinar se a remoção teria configurado, ou não, ato ilegal passível de anulação por meio de mandado de segurança. Assim, necessárias algumas considerações sobre os institutos em exame. 4. A remoção está prevista e definida no art. 36 da Lei n. 8.112/1990: “Art. 36. Remoção é deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidade de remoção: I – de ofício, no interesse da Administração; II – a pedido, a critério da Administração; III – a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: (...)” (grifos nossos). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RMS 27.167 / DF Da redistribuição, por sua vez, cuida o art. 37 da Lei n. 8.112/1990: “Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I – interesse da administração; II – equivalência de vencimentos; III – manutenção da essência das atribuições do cargo; IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. § 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade” (grifos nossos). 5. É possível perceber, da leitura dos dispositivos legais, que tanto a remoção quanto a redistribuição destinam-se, essencialmente, a atender às necessidades da Administração. A ocorrência de situações que exijam o remanejamento de pessoal para preservação dos serviços públicos permite à Administração dispor de seus servidores da forma que melhor atenda ao interesse público. Casos há em que o interesse da Administração coincide com o interesse particular, todavia essa situação não se verifica no presente recurso. 6. O Decreto n. 5.731/2006, que dispôs sobre a instalação e a estrutura organizacional da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, estabeleceu em seu art. 7º: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF Da redistribuição, por sua vez, cuida o art. 37 da Lei n. 8.112/1990: “Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I – interesse da administração; II – equivalência de vencimentos; III – manutenção da essência das atribuições do cargo; IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. § 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade” (grifos nossos). 5. É possível perceber, da leitura dos dispositivos legais, que tanto a remoção quanto a redistribuição destinam-se, essencialmente, a atender às necessidades da Administração. A ocorrência de situações que exijam o remanejamento de pessoal para preservação dos serviços públicos permite à Administração dispor de seus servidores da forma que melhor atenda ao interesse público. Casos há em que o interesse da Administração coincide com o interesse particular, todavia essa situação não se verifica no presente recurso. 6. O Decreto n. 5.731/2006, que dispôs sobre a instalação e a estrutura organizacional da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, estabeleceu em seu art. 7º: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RMS 27.167 / DF “Art. 7º. Os servidores públicos federais considerados necessários às atividades da ANAC e que, em 31 de dezembro de 2004, se encontravam em exercício nas unidades do Ministério da Defesa, cujas competências foram para ela transferidas, serão redistribuídos, integrando o seu Quadro de Pessoal Específico” (grifos nossos). Tem-se, portanto, delineada nos autos a seguinte situação: a Recorrente era servidora efetiva de órgão público extinto; a criação de novo órgão público para o qual foram transferidas partes das competências e atribuições do órgão extinto possibilitou a redistribuição de servidores para o novo órgão criado; a redistribuição dependeria da necessidade da Administração; os servidores não redistribuídos poderiam ser lotados por outra forma de aproveitamento conforme, também, a conveniência da Administração. 7. A remoção e a redistribuição são institutos postos à disposição da Administração, que, atuando como empregadora, deve-se ater às exigências do serviço público, à sua prestação de forma eficiente e de modo que atenda ao público ao qual se destina. O Superior Tribunal de Justiça denegou a segurança pleiteada pela Recorrente porque a Administração Pública teria agido com base no poder discricionário, dentro dos limites da razoabilidade, e essa atuação não se confundiria com arbitrariedade, ilegalidade ou abuso de poder. Sobre a discricionariedade da Administração, Celso Antônio Bandeira de Mello afirma: “Discricionariedade é a margem de ‘liberdade’ que remanesça ao administrador para eleger, segundo critérios consistentes de razoabilidade, um, dentre pelo menos dois comportamentos, cabíveis perante cada caso concreto, a fim de cumprir o dever de adotar a solução mais adequada à satisfação da finalidade legal, quando, por 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF “Art. 7º. Os servidores públicos federais considerados necessários às atividades da ANAC e que, em 31 de dezembro de 2004, se encontravam em exercício nas unidades do Ministério da Defesa, cujas competências foram para ela transferidas, serão redistribuídos, integrando o seu Quadro de Pessoal Específico” (grifos nossos). Tem-se, portanto, delineada nos autos a seguinte situação: a Recorrente era servidora efetiva de órgão público extinto; a criação de novo órgão público para o qual foram transferidas partes das competências e atribuições do órgão extinto possibilitou a redistribuição de servidores para o novo órgão criado; a redistribuição dependeria da necessidade da Administração; os servidores não redistribuídos poderiam ser lotados por outra forma de aproveitamento conforme, também, a conveniência da Administração. 7. A remoção e a redistribuição são institutos postos à disposição da Administração, que, atuando como empregadora, deve-se ater às exigências do serviço público, à sua prestação de forma eficiente e de modo que atenda ao público ao qual se destina. O Superior Tribunal de Justiça denegou a segurança pleiteada pela Recorrente porque a Administração Pública teria agido com base no poder discricionário, dentro dos limites da razoabilidade, e essa atuação não se confundiria com arbitrariedade, ilegalidade ou abuso de poder. Sobre a discricionariedade da Administração, Celso Antônio Bandeira de Mello afirma: “Discricionariedade é a margem de ‘liberdade’ que remanesça ao administrador para eleger, segundo critérios consistentes de razoabilidade, um, dentre pelo menos dois comportamentos, cabíveis perante cada caso concreto, a fim de cumprir o dever de adotar a solução mais adequada à satisfação da finalidade legal, quando, por 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RMS 27.167 / DF força da fluidez das expressões da lei ou da liberdade conferida no mandamento, dela não se possa extrair objetivamente uma solução unívoca para a situação vertente” (Curso de direito administrativo. 25 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2008. p.957). Para Hely Lopes Meirelles, “Poder discricionário é o que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. (…) A faculdade discricionária distingue-se da vinculada pela maior liberdade de ação que é conferida ao administrador. Se para a prática de um ato vinculado a autoridade pública está adstrita à lei em todos os seus elementos formadores, para praticar um ato discricionário é livre, no âmbito em que a lei lhe concede essa faculdade” (Direito administrativo brasileiro. 36 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010.p.122-123). Na espécie vertente, o Decreto n. 5.731/2006 permitia à Administração duas opções, redistribuir ou não, os servidores do extinto DAC conforme as suas necessidades. O momento dessa redistribuição, quem e quantos seriam os servidores redistribuídos são aspectos deixados à discrição da Administração Pública. Se foram chamados cinco servidores ou quinze, é questão afeta ao juízo de conveniência administrativa do qual não se pode inferir arbitrariedade capaz de macular o ato de alteração da lotação dos servidores escolhidos. Da mesma característica se reveste o ato de remoção da Recorrida para o Comar III: discricionariedade, e não arbitrariedade. Conclui-se, assim, que, ao promover a remoção da Recorrente para o Comar III, e não sua redistribuição para a Anac, não cometeu a Recorrida ato abusivo ou ilegal passível de anulação por meio de mandado de segurança. Agiu, sim, nos limites de sua competência discricionária. Sua atuação foi norteada pelo poder ou competência discricionária da Administração. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF força da fluidez das expressões da lei ou da liberdade conferida no mandamento, dela não se possa extrair objetivamente uma solução unívoca para a situação vertente” (Curso de direito administrativo. 25 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2008. p.957). Para Hely Lopes Meirelles, “Poder discricionário é o que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. (…) A faculdade discricionária distingue-se da vinculada pela maior liberdade de ação que é conferida ao administrador. Se para a prática de um ato vinculado a autoridade pública está adstrita à lei em todos os seus elementos formadores, para praticar um ato discricionário é livre, no âmbito em que a lei lhe concede essa faculdade” (Direito administrativo brasileiro. 36 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010.p.122-123). Na espécie vertente, o Decreto n. 5.731/2006 permitia à Administração duas opções, redistribuir ou não, os servidores do extinto DAC conforme as suas necessidades. O momento dessa redistribuição, quem e quantos seriam os servidores redistribuídos são aspectos deixados à discrição da Administração Pública. Se foram chamados cinco servidores ou quinze, é questão afeta ao juízo de conveniência administrativa do qual não se pode inferir arbitrariedade capaz de macular o ato de alteração da lotação dos servidores escolhidos. Da mesma característica se reveste o ato de remoção da Recorrida para o Comar III: discricionariedade, e não arbitrariedade. Conclui-se, assim, que, ao promover a remoção da Recorrente para o Comar III, e não sua redistribuição para a Anac, não cometeu a Recorrida ato abusivo ou ilegal passível de anulação por meio de mandado de segurança. Agiu, sim, nos limites de sua competência discricionária. Sua atuação foi norteada pelo poder ou competência discricionária da Administração. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RMS 27.167 / DF 8. O acórdão recorrido não diverge da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, que assentou caber ao Poder Judiciário o controle somente da legalidade do ato administrativo, dos excessos cometidos por qualquer dos outros Poderes que culminem em afronta às liberdades e garantias individuais. Assim, se não há ilegalidade nem abuso, não há também espaço para a atuação do Poder Judiciário. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. POSSIBILIDADE DE CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ABUSIVOS E ILEGAIS. DESIGNAÇÃO DE SERVIDOR PARA EXERCÍCIO DE CARGO DIVERSO DAQUELE DE QUE É TITULAR. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Esta Corte possui entendimento no sentido de que o exame pelo Poder Judiciário do ato administrativo tido por ilegal ou abusivo não viola o princípio da separação dos poderes. Precedentes. II – Consoante jurisprudência deste Tribunal, é inválido o enquadramento, sem concurso público, de servidor em cargo diverso daquele de que é titular. III - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (RE 559.114-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 14.4.2011). “RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO. DEMISSÃO. PODER DISCIPLINAR. LIMITES DE ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA. ATO DE IMPROBIDADE. 1. Servidor do DNER demitido por ato de improbidade administrativa e por se valer do cargo para obter 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF 8. O acórdão recorrido não diverge da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, que assentou caber ao Poder Judiciário o controle somente da legalidade do ato administrativo, dos excessos cometidos por qualquer dos outros Poderes que culminem em afronta às liberdades e garantias individuais. Assim, se não há ilegalidade nem abuso, não há também espaço para a atuação do Poder Judiciário. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. POSSIBILIDADE DE CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ABUSIVOS E ILEGAIS. DESIGNAÇÃO DE SERVIDOR PARA EXERCÍCIO DE CARGO DIVERSO DAQUELE DE QUE É TITULAR. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Esta Corte possui entendimento no sentido de que o exame pelo Poder Judiciário do ato administrativo tido por ilegal ou abusivo não viola o princípio da separação dos poderes. Precedentes. II – Consoante jurisprudência deste Tribunal, é inválido o enquadramento, sem concurso público, de servidor em cargo diverso daquele de que é titular. III - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (RE 559.114-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 14.4.2011). “RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO. DEMISSÃO. PODER DISCIPLINAR. LIMITES DE ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA. ATO DE IMPROBIDADE. 1. Servidor do DNER demitido por ato de improbidade administrativa e por se valer do cargo para obter 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RMS 27.167 / DF proveito pessoal de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, com base no art. 11, caput, e inciso I, da Lei n. 8.429/92 e art. 117, IX, da Lei n. 8.112/90. 2. A autoridade administrativa está autorizada a praticar atos discricionários apenas quando norma jurídica válida expressamente a ela atribuir essa livre atuação. Os atos administrativos que envolvem a aplicação de "conceitos indeterminados" estão sujeitos ao exame e controle do Poder Judiciário. O controle jurisdicional pode e deve incidir sobre os elementos do ato, à luz dos princípios que regem a atuação da Administração. 3. Processo disciplinar, no qual se discutiu a ocorrência de desídia --- art. 117, inciso XV da Lei n. 8.112/90. Aplicação da penalidade, com fundamento em preceito diverso do indicado pela comissão de inquérito. A capitulação do ilícito administrativo não pode ser aberta a ponto de impossibilitar o direito de defesa. De outra parte, o motivo apresentado afigurou-se inválido em face das provas coligidas aos autos. 4. Ato de improbidade: a aplicação das penalidades previstas na Lei n. 8.429/92 não incumbe à Administração, eis que privativa do Poder Judiciário. Verificada a prática de atos de improbidade no âmbito administrativo, caberia representação ao Ministério Público para ajuizamento da competente ação, não a aplicação da pena de demissão. Recurso ordinário provido” (RMS 24.699, Rel. Min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ 1º.7.2005 – grifos nossos). “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 557 DO CPC. APLICABILIDADE. ALEGADA OFENSA AO ART. 2º DA CF. ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO. ILEGALIDADE. CONTROLE JUDICIAL. POSSIBILIDADE. APRECIAÇÃO DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. Matéria pacificada nesta Corte possibilita ao relator julgá-la monocraticamente, nos termos do art. 557 do Código de Processo Civil e da jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. 2. A apreciação pelo Poder Judiciário do ato administrativo discricionário tido por ilegal e abusivo não ofende o Princípio da Separação dos Poderes. Precedentes. 3. É incabível o Recurso Extraordinário nos casos em que se impõe o reexame do 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF proveito pessoal de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, com base no art. 11, caput, e inciso I, da Lei n. 8.429/92 e art. 117, IX, da Lei n. 8.112/90. 2. A autoridade administrativa está autorizada a praticar atos discricionários apenas quando norma jurídica válida expressamente a ela atribuir essa livre atuação. Os atos administrativos que envolvem a aplicação de "conceitos indeterminados" estão sujeitos ao exame e controle do Poder Judiciário. O controle jurisdicional pode e deve incidir sobre os elementos do ato, à luz dos princípios que regem a atuação da Administração. 3. Processo disciplinar, no qual se discutiu a ocorrência de desídia --- art. 117, inciso XV da Lei n. 8.112/90. Aplicação da penalidade, com fundamento em preceito diverso do indicado pela comissão de inquérito. A capitulação do ilícito administrativo não pode ser aberta a ponto de impossibilitar o direito de defesa. De outra parte, o motivo apresentado afigurou-se inválido em face das provas coligidas aos autos. 4. Ato de improbidade: a aplicação das penalidades previstas na Lei n. 8.429/92 não incumbe à Administração, eis que privativa do Poder Judiciário. Verificada a prática de atos de improbidade no âmbito administrativo, caberia representação ao Ministério Público para ajuizamento da competente ação, não a aplicação da pena de demissão. Recurso ordinário provido” (RMS 24.699, Rel. Min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ 1º.7.2005 – grifos nossos). “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 557 DO CPC. APLICABILIDADE. ALEGADA OFENSA AO ART. 2º DA CF. ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO. ILEGALIDADE. CONTROLE JUDICIAL. POSSIBILIDADE. APRECIAÇÃO DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. Matéria pacificada nesta Corte possibilita ao relator julgá-la monocraticamente, nos termos do art. 557 do Código de Processo Civil e da jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. 2. A apreciação pelo Poder Judiciário do ato administrativo discricionário tido por ilegal e abusivo não ofende o Princípio da Separação dos Poderes. Precedentes. 3. É incabível o Recurso Extraordinário nos casos em que se impõe o reexame do 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RMS 27.167 / DF quadro fático-probatório para apreciar a apontada ofensa à Constituição Federal. Incidência da Súmula STF 279. 4. Agravo regimental improvido” (AI 777.502-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.10.2010 – grifos nossos). 9. Pelo exposto, nego provimento ao presente recurso ordinário em mandado de segurança. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Supremo Tribunal Federal RMS 27.167 / DF quadro fático-probatório para apreciar a apontada ofensa à Constituição Federal. Incidência da Súmula STF 279. 4. Agravo regimental improvido” (AI 777.502-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.10.2010 – grifos nossos). 9. Pelo exposto, nego provimento ao presente recurso ordinário em mandado de segurança. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586985. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.167 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) : JANAINA RODRIGUES DA SILVA ADV.(A/S) : ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568737 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.167 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) : JANAINA RODRIGUES DA SILVA ADV.(A/S) : ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1568737 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1595360
2011-10-25T00:00:00
2011-11-30T00:00:00
A Turma negou provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 25.10.2011.
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO. DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSO. PRECEDENTES. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur202087
- Acórdãos citados: RMS 24699, RE 559114 AgR, AI 777502 AgR. - Veja MS 12629 do STJ. Número de páginas: 16. Análise: 13/12/2011, ACG. Revisão: 15/12/2011, IMC.
CÁRMEN LÚCIA
Primeira Turma
27167
[ "LEG-FED LEI-008112 ANO-1990\r\n ART-00036 INC-00001 INC-00002 INC-00003\r\n ART-00037 INC-00001 INC-00002 INC-00003\r\n INC-00004 INC-00005 INC-00006 PAR-00001\r\n RJU-1990 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO, \r\n DAS AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS\r\n", "LEG-FED LEI-011182 ANO-2005\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-FED LEI-011357 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-FED DEC-005731 ANO-2006\r\n ART-00007\r\n DECRETO" ]
RMS
acordaos
RMS 27167
[ "" ]
RECTE.(S) : JANAINA RODRIGUES DA SILVA ADV.(A/S) : ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27. 167", "R", "EC", "UR", "SO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27. 167", "R", "EC", "UR", "SO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27. 167", "MS", "MS 12. 629", "MS 27. 167 / DF", "MS 12. 629", "R", "MS 27. 167 / DF 2005", "R", "MS 27. 167 / DF 2005", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "EC", "UR", "SO", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 27. 167", "Manda", "do de Segurança n. 12. 629 / DF", "Manda", "do de Segurança n. 12. 629 / DF", "R", "SO", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA 27. 167", "Manda", "do de Segurança n. 12. 629 / DF", "Manda", "do de Segurança n. 12. 629 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF Civil", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 27. 167 / DF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "S", "úm", "ula 279 do STF", "R", "E 559. 114- AgR", "R", "MS 27. 167 / DF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "S", "úm", "ula 279 do STF", "R", "E 559. 114- AgR", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 24. 699", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 279", "R", "MS 27. 167 / DF", "R", "MS 24. 699", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 279", "R", "MS 27. 167 / DF", "S", "úm", "ula STF 27", "A", "I 777. 502- AgR", "R", "MS 27. 167 / DF", "S", "úm", "ula STF 279", "A", "I 777. 502- AgR", "DA", "DO DE SEGURANÇA 27.", "MA", "N", "DA", "DO DE SEGURANÇA" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 11. 182 / 2005", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "Lei n. 11. 357 / 2006", "Lei [UNK] 11. 182", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 11. 182 / 2005", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "Lei n. 11. 357 / 2006", "Lei [UNK] 11. 182", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 42 da aludida Lei [UNK] 11. 182 / 2005", "art. 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[UNK] do Decreto [UNK] 5. 731", "Lei n. 11. 357 / 2006", "Lei [UNK] 5. 645", "Lei [UNK] 10. 483", "Lei [UNK] 8. 112", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 19 da Lei [UNK] 9. 986", "inc", "iso II do art. 15 da Lei [UNK] 11. 292", "art. 36 da MP [UNK] 304 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 19 da Lei [UNK] 9. 986", "inc", "iso II do art. 15 da Lei [UNK] 11. 292", "art. 36 da MP [UNK] 304 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 8. 112 / 90", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 8. 112 / 90", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 11. 182 / 2005", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "Lei n. 11. 357 / 2006", "Lei [UNK] 11. 182 / 2005", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 11. 182 / 2005", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "Lei n. 11. 357 / 2006", "Lei [UNK] 11. 182 / 2005", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto [UNK] 5. 731 / 2006", "art. 36 da Lei n. 8. 112 / 1990", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto [UNK] 5. 731 / 2006", "art. 36 da Lei n. 8. 112 / 1990", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 37 da Lei n. 8. 112 / 1990", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 37 da Lei n. 8. 112 / 1990", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto n. 5. 731 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 11, caput, e inciso I, da Lei n. 8. 429 / 92", "art. 117, IX, da Lei n. 8. 112 / 90", "art. 117, inciso XV da Lei n. 8. 112 / 90", "Lei n. 8. 429 / 92", "AR", "T. 557 DO CPC", "AR", "T. 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[UNK] DA CF", "art. 557 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Brasília", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Comando Aéreo Regional", "Coma", "r III", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Comando Aéreo Regional", "Coma", "r III", "São Paulo", "São Paulo", "Coma", "r III", "Coma", "r III", "São Paulo", "São Paulo", "Coma", "r III", "Coma", "r III", "D", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", 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Ementa e Acórdão 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.322 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO - SINDIQUINZE ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS E M E N T A: MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO - LEGITIMIDADE DA UTILIZAÇÃO, POR ENTIDADES DE CLASSE E/OU ORGANISMOS SINDICAIS, DE REFERIDA AÇÃO CONSTITUCIONAL – DOUTRINA - PRECEDENTES (RTJ 166/751-752, v.g.) - SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I) - INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA HIERÁRQUICO- NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO - LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI” - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – RECURSOS DE AGRAVO IMPROVIDOS. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento a ambos os recursos de agravo, nos termos do voto Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598409 Supremo Tribunal Federal DJe 07/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 29 Ementa e Acórdão MI 3.322 AgR / DF 2 do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Brasília, 20 de outubro de 2011. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598409 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 2 do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Brasília, 20 de outubro de 2011. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598409 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 29 Relatório 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.322 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO - SINDIQUINZE ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recursos de agravo, tempestivamente interpostos, contra decisão que parcialmente concedeu a ordem injuncional deduzida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região - SINDIQUINZE. A decisão, por mim proferida, está assim ementada: “MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. LEGITIMIDADE DA UTILIZAÇÃO, POR ENTIDADES DE CLASSE E/OU ORGANISMOS SINDICAIS, DE REFERIDA AÇÃO CONSTITUCIONAL. DOUTRINA. PRECEDENTES (RTJ 166/751-752, v.g.). SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA. DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I). INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL. CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO. OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.322 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO - SINDIQUINZE ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recursos de agravo, tempestivamente interpostos, contra decisão que parcialmente concedeu a ordem injuncional deduzida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região - SINDIQUINZE. A decisão, por mim proferida, está assim ementada: “MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. LEGITIMIDADE DA UTILIZAÇÃO, POR ENTIDADES DE CLASSE E/OU ORGANISMOS SINDICAIS, DE REFERIDA AÇÃO CONSTITUCIONAL. DOUTRINA. PRECEDENTES (RTJ 166/751-752, v.g.). SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA. DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I). INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL. CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO. OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 29 Relatório MI 3.322 AgR / DF 2 GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO. A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO. LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA ‘INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI’. PRECEDENTES DO STF. RECONHECIMENTO, EM DECISÕES ESPECÍFICAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DO DIREITO SUBJETIVO DO SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA À APOSENTADORIA ESPECIAL (MI 1.613/DF, REL. MIN. EROS GRAU – MI 1.737/DF, REL. MIN. ELLEN GRACIE – MI 1.967/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO). MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO CONHECIDO E DEFERIDO, EM PARTE.” A União Federal alega, em suas razões de recurso, em síntese, o que se segue: “Considerada a evolução da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pode-se, então, concluir que a autorização para que os mandados de injunção sejam decididos monocraticamente aplica-se apenas aos casos de aposentadoria especial pelo exercício de atividades ‘sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física’ (inc. III) ou de atividades que possam ser consideradas ‘de risco’ (inc. II). Não há, repita-se, nenhum precedente do Plenário do Supremo Tribunal Federal tratando especificamente da hipótese de aposentadoria especial de servidor portador de deficiência (inc. I). Ademais, o estudo dos precedentes até o momento comentados demonstra também que o Plenário do Supremo Tribunal Federal determinou a aplicação analógica do art. 57 da Lei n.º 8.213/91 somente nos casos de aposentadoria especial de servidores ‘cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física’ (inc. III). ................................................... Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 2 GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO. A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO. LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA ‘INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI’. PRECEDENTES DO STF. RECONHECIMENTO, EM DECISÕES ESPECÍFICAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DO DIREITO SUBJETIVO DO SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA À APOSENTADORIA ESPECIAL (MI 1.613/DF, REL. MIN. EROS GRAU – MI 1.737/DF, REL. MIN. ELLEN GRACIE – MI 1.967/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO). MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO CONHECIDO E DEFERIDO, EM PARTE.” A União Federal alega, em suas razões de recurso, em síntese, o que se segue: “Considerada a evolução da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pode-se, então, concluir que a autorização para que os mandados de injunção sejam decididos monocraticamente aplica-se apenas aos casos de aposentadoria especial pelo exercício de atividades ‘sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física’ (inc. III) ou de atividades que possam ser consideradas ‘de risco’ (inc. II). Não há, repita-se, nenhum precedente do Plenário do Supremo Tribunal Federal tratando especificamente da hipótese de aposentadoria especial de servidor portador de deficiência (inc. I). Ademais, o estudo dos precedentes até o momento comentados demonstra também que o Plenário do Supremo Tribunal Federal determinou a aplicação analógica do art. 57 da Lei n.º 8.213/91 somente nos casos de aposentadoria especial de servidores ‘cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física’ (inc. III). ................................................... Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 29 Relatório MI 3.322 AgR / DF 3 Em síntese: não há autorização, seja do Plenário do Supremo Tribunal Federal, seja no art. 557 do Código de Processo Civil, para o julgamento monocrático de mandados de injunção que versem sobre aposentadoria especial de servidores portadores de deficiência. ................................................... Além de não haver ainda a ‘superação excessiva de prazo razoável’ que caracteriza o interesse de agir com relação a mandados de injunção, é preciso a existência de projeto de lei em trâmite no Congresso Nacional com o objetivo de regulamentar o inciso I do parágrafo 4º do art. 40 da Constituição Federal (Projeto de Lei Complementar do Senado Federal n.º 250/05). ................................................... De fato, não há, na decisão agravada ou no art. 57 da Lei n.º 8.213/91, definição do número de anos durante os quais o servidor portador de deficiência deve ter trabalhado sob essa condição para que tenha direito à aposentadoria especial; não há, ainda, relação das deficiências que devem ser consideradas para o fim de aquisição do direito à aposentadoria especial. O recurso à analogia, aqui, tampouco se faz útil, pois, no caso dos trabalhadores filiados ao Regime Geral da Previdência Social, a definição do prazo durante o qual a exposição aos agentes nocivos confere o direito à aposentadoria especial é feita segundo critérios intransponíveis para o caso da aposentadoria especial dos portadores de deficiência. ................................................... Pelas razões expostas, a União pede seja reconsiderada a decisão agravada, conforme autoriza a aplicação analógica do art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil. Subsidiariamente, e ainda nos termos daquele dispositivo legal, requer a apresentação do processo em mesa, para que o Plenário do Supremo Tribunal Federal possa julgar o presente agravo interno, com o objetivo de extinguir o processo sem resolução do mérito por ausência de interesse-necessidade (CPC, art. 267, inc. VI) ou, ao menos, de julgar os pedidos formulados pelo impetrante apenas parcialmente procedentes, limitando-se a decisão a reconhecer a mora na regulamentação do art. 40, § 4º, inc. I, da Constituição Federal.” (grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 3 Em síntese: não há autorização, seja do Plenário do Supremo Tribunal Federal, seja no art. 557 do Código de Processo Civil, para o julgamento monocrático de mandados de injunção que versem sobre aposentadoria especial de servidores portadores de deficiência. ................................................... Além de não haver ainda a ‘superação excessiva de prazo razoável’ que caracteriza o interesse de agir com relação a mandados de injunção, é preciso a existência de projeto de lei em trâmite no Congresso Nacional com o objetivo de regulamentar o inciso I do parágrafo 4º do art. 40 da Constituição Federal (Projeto de Lei Complementar do Senado Federal n.º 250/05). ................................................... De fato, não há, na decisão agravada ou no art. 57 da Lei n.º 8.213/91, definição do número de anos durante os quais o servidor portador de deficiência deve ter trabalhado sob essa condição para que tenha direito à aposentadoria especial; não há, ainda, relação das deficiências que devem ser consideradas para o fim de aquisição do direito à aposentadoria especial. O recurso à analogia, aqui, tampouco se faz útil, pois, no caso dos trabalhadores filiados ao Regime Geral da Previdência Social, a definição do prazo durante o qual a exposição aos agentes nocivos confere o direito à aposentadoria especial é feita segundo critérios intransponíveis para o caso da aposentadoria especial dos portadores de deficiência. ................................................... Pelas razões expostas, a União pede seja reconsiderada a decisão agravada, conforme autoriza a aplicação analógica do art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil. Subsidiariamente, e ainda nos termos daquele dispositivo legal, requer a apresentação do processo em mesa, para que o Plenário do Supremo Tribunal Federal possa julgar o presente agravo interno, com o objetivo de extinguir o processo sem resolução do mérito por ausência de interesse-necessidade (CPC, art. 267, inc. VI) ou, ao menos, de julgar os pedidos formulados pelo impetrante apenas parcialmente procedentes, limitando-se a decisão a reconhecer a mora na regulamentação do art. 40, § 4º, inc. I, da Constituição Federal.” (grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 29 Relatório MI 3.322 AgR / DF 4 A outra parte agravante, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Justiça do Trabalho da 15ª Região – SINDIQUINZE, por sua vez, assim fundamentou o seu pleito recursal: “Perceba-se que o que se está a requerer por meio do ‘writ’ não é a indicação dos critérios fáticos e jurídicos que serviriam de base para a concessão do pedido de aposentadoria especial de servidores deficientes físicos, como entendeu a decisão recorrida, ao contrário, o objeto do mandado de injunção é o suprimento da omissão legislativa que corresponde à fixação do tempo de contribuição para que, então, seja concedida a aposentadoria especial aos servidores portadores de deficiência (conforme se demonstrará adiante). Há enorme diferença entre se apreciar determinados requisitos e se suprir omissão legislativa em Mandado de Injunção, como é o caso, sendo que este suprimento é, inclusive, uma obrigação da qual o STF, data vênia, do que não se desincumbiu completamente mediante a decisão agravada. .................................................. O essencial é perceber que, por analogia, está fixada a carência para aposentadoria especial dos portadores de deficiência em: deficiência severa (15 anos), moderada (20 anos) e leve (25 anos). Em qualquer hipótese, é necessário que a aposentadoria especial se dê independente de idade mínima e goze dos mesmos benefícios da aposentadoria integral plena, com paridade assegurada para que os proventos dos Substituídos sofram os reflexos de qualquer alteração na remuneração dos servidores em atividade, inclusive por reestruturação de carreira. 3.3 Sobre a analogia com a Lei 8.213, de 1991, e com o Decreto 3.048, de 1999, para fixar o direito dos substituídos, servidores públicos portadores de deficiência, a terem sua aposentadoria especial fixada de acordo com o grau de deficiência Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 4 A outra parte agravante, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Justiça do Trabalho da 15ª Região – SINDIQUINZE, por sua vez, assim fundamentou o seu pleito recursal: “Perceba-se que o que se está a requerer por meio do ‘writ’ não é a indicação dos critérios fáticos e jurídicos que serviriam de base para a concessão do pedido de aposentadoria especial de servidores deficientes físicos, como entendeu a decisão recorrida, ao contrário, o objeto do mandado de injunção é o suprimento da omissão legislativa que corresponde à fixação do tempo de contribuição para que, então, seja concedida a aposentadoria especial aos servidores portadores de deficiência (conforme se demonstrará adiante). Há enorme diferença entre se apreciar determinados requisitos e se suprir omissão legislativa em Mandado de Injunção, como é o caso, sendo que este suprimento é, inclusive, uma obrigação da qual o STF, data vênia, do que não se desincumbiu completamente mediante a decisão agravada. .................................................. O essencial é perceber que, por analogia, está fixada a carência para aposentadoria especial dos portadores de deficiência em: deficiência severa (15 anos), moderada (20 anos) e leve (25 anos). Em qualquer hipótese, é necessário que a aposentadoria especial se dê independente de idade mínima e goze dos mesmos benefícios da aposentadoria integral plena, com paridade assegurada para que os proventos dos Substituídos sofram os reflexos de qualquer alteração na remuneração dos servidores em atividade, inclusive por reestruturação de carreira. 3.3 Sobre a analogia com a Lei 8.213, de 1991, e com o Decreto 3.048, de 1999, para fixar o direito dos substituídos, servidores públicos portadores de deficiência, a terem sua aposentadoria especial fixada de acordo com o grau de deficiência Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 29 Relatório MI 3.322 AgR / DF 5 A Lei 8.213, de 1991, dispõe sobre a aposentadoria especial para os beneficiários do regime geral de previdência social, nos termos dos seus artigos 57 e 58. E é assim por força do disposto no artigo 15 da Emenda Constitucional 20/1998, que assegura a aplicabilidade desses dispositivos, até a publicação da exigida Lei Complementar, o que não ainda não ocorreu. ................................................... No que diz respeito à aposentadoria especial de segurados do regime geral ‘portadores de deficiência’ – segunda hipótese da ressalva do § 1º do artigo 201 da Constituição da República, criada pela Emenda Constitucional 47, de 2005 –, ainda não há regulamentação, motivo pelo qual, a partir da analogia com a Lei 8.213/1991, é permitida a aplicação do limite de 15 (quinze – severa) 20 (vinte - moderada) ou 25 (vinte e cinco – leve) anos na atividade, derivado do artigo 57 da Lei 8.213/91 e correspondente artigo 64 do Decreto 3.048/99. ................................................... Ante o exposto, requer o conhecimento e provimento deste agravo, para que, ante a reconhecida ausência de regulamentação do direito à aposentadoria especial dos substituídos, portadores de deficiência, prevista no artigo 40, § 4º, inciso I, da Constituição da República, que seja suprimida a lacuna normativa pela determinação de aplicação analógica da aposentadoria especial de acordo com o nível de comprometimento da deficiência, no caso de deficiência severa (15 anos), moderada (20 anos) e leve (25 anos), com suporte no artigo 57 da Lei 8.213, de 1991, artigo 64 e anexo V do Decreto 3.048, de 1999, ou, sucessivamente, pelo prazo e analogia que Vossa Excelência entender cabíveis, para viabilizar aos substituídos que se insiram nesta condição de pessoa com deficiência o exercício do direito à aposentadoria especial com proventos alcançados pela integralidade e paridade plenas, independente de idade mínima.” (grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 5 A Lei 8.213, de 1991, dispõe sobre a aposentadoria especial para os beneficiários do regime geral de previdência social, nos termos dos seus artigos 57 e 58. E é assim por força do disposto no artigo 15 da Emenda Constitucional 20/1998, que assegura a aplicabilidade desses dispositivos, até a publicação da exigida Lei Complementar, o que não ainda não ocorreu. ................................................... No que diz respeito à aposentadoria especial de segurados do regime geral ‘portadores de deficiência’ – segunda hipótese da ressalva do § 1º do artigo 201 da Constituição da República, criada pela Emenda Constitucional 47, de 2005 –, ainda não há regulamentação, motivo pelo qual, a partir da analogia com a Lei 8.213/1991, é permitida a aplicação do limite de 15 (quinze – severa) 20 (vinte - moderada) ou 25 (vinte e cinco – leve) anos na atividade, derivado do artigo 57 da Lei 8.213/91 e correspondente artigo 64 do Decreto 3.048/99. ................................................... Ante o exposto, requer o conhecimento e provimento deste agravo, para que, ante a reconhecida ausência de regulamentação do direito à aposentadoria especial dos substituídos, portadores de deficiência, prevista no artigo 40, § 4º, inciso I, da Constituição da República, que seja suprimida a lacuna normativa pela determinação de aplicação analógica da aposentadoria especial de acordo com o nível de comprometimento da deficiência, no caso de deficiência severa (15 anos), moderada (20 anos) e leve (25 anos), com suporte no artigo 57 da Lei 8.213, de 1991, artigo 64 e anexo V do Decreto 3.048, de 1999, ou, sucessivamente, pelo prazo e analogia que Vossa Excelência entender cabíveis, para viabilizar aos substituídos que se insiram nesta condição de pessoa com deficiência o exercício do direito à aposentadoria especial com proventos alcançados pela integralidade e paridade plenas, independente de idade mínima.” (grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 29 Relatório MI 3.322 AgR / DF 6 Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação do Egrégio Plenário desta Suprema Corte, os presentes recursos de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 6 Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação do Egrégio Plenário desta Suprema Corte, os presentes recursos de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598491 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 7 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recursos de agravo interpostos tanto pela União Federal quanto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região - SINDIQUINZE. O recurso de agravo deduzido pela União Federal revela-se inviável, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo próprio texto constitucional. Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 7 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recursos de agravo interpostos tanto pela União Federal quanto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região - SINDIQUINZE. O recurso de agravo deduzido pela União Federal revela-se inviável, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo próprio texto constitucional. Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 8 acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões: “MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).” (MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005) Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado. O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 8 acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões: “MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).” (MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005) Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado. O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 9 Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público. Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum. Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador. É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 9 Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público. Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum. Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador. É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 10 estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 10 estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 11 contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional. Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente: “(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei) O caso ora em exame também versa situação prevista no § 4º do art. 40 da Constituição, cujo inciso I trata da aposentadoria especial reconhecida a servidores públicos que sejam “portadores de deficiência” e que igualmente sofrem, à semelhança dos servidores públicos que exercem atividades reputadas insalubres Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 11 contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional. Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente: “(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei) O caso ora em exame também versa situação prevista no § 4º do art. 40 da Constituição, cujo inciso I trata da aposentadoria especial reconhecida a servidores públicos que sejam “portadores de deficiência” e que igualmente sofrem, à semelhança dos servidores públicos que exercem atividades reputadas insalubres Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 12 ou perigosas, as mesmas conseqüências lesivas decorrentes da omissão normativa que já se prolonga de maneira irrazoável. Tenho para mim, presente esse contexto, que a situação exposta não obsta a concessão do “writ” injuncional, eis que, também nessa hipótese (vale dizer, na hipótese de o agente estatal ser, ele próprio, portador de deficiência), persiste a mora na regulamentação legislativa da aposentadoria especial – tal como o reconheceu, em seu parecer, a douta Procuradoria-Geral da República (fls. 70) -, o que torna aplicáveis, segundo entendo, por identidade de razões, os precedentes estabelecidos por esta Suprema Corte. Esse entendimento – segundo o qual é lícito aplicar-se, por analogia, o art. 57 da Lei nº 8.213/91, a servidor público portador de deficiência – foi inteiramente acolhido pelo eminente Ministro EROS GRAU (MI 1.613/DF), pela eminente Ministra ELLEN GRACIE (MI 1.737/DF) e por mim próprio (MI 1.656/DF e MI 1.967/DF), valendo reproduzir, no ponto, fragmento da seguinte decisão: “Trata-se de mandado de injunção coletivo no qual se pretende assegurar o exercício do direito de aposentadoria especial ante a inexistência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, que autoriza a fixação de um regime diferenciado de aposentação em favor dos servidores públicos portadores Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 12 ou perigosas, as mesmas conseqüências lesivas decorrentes da omissão normativa que já se prolonga de maneira irrazoável. Tenho para mim, presente esse contexto, que a situação exposta não obsta a concessão do “writ” injuncional, eis que, também nessa hipótese (vale dizer, na hipótese de o agente estatal ser, ele próprio, portador de deficiência), persiste a mora na regulamentação legislativa da aposentadoria especial – tal como o reconheceu, em seu parecer, a douta Procuradoria-Geral da República (fls. 70) -, o que torna aplicáveis, segundo entendo, por identidade de razões, os precedentes estabelecidos por esta Suprema Corte. Esse entendimento – segundo o qual é lícito aplicar-se, por analogia, o art. 57 da Lei nº 8.213/91, a servidor público portador de deficiência – foi inteiramente acolhido pelo eminente Ministro EROS GRAU (MI 1.613/DF), pela eminente Ministra ELLEN GRACIE (MI 1.737/DF) e por mim próprio (MI 1.656/DF e MI 1.967/DF), valendo reproduzir, no ponto, fragmento da seguinte decisão: “Trata-se de mandado de injunção coletivo no qual se pretende assegurar o exercício do direito de aposentadoria especial ante a inexistência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, que autoriza a fixação de um regime diferenciado de aposentação em favor dos servidores públicos portadores Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 13 de deficiência ou que exerçam atividades arriscadas ou prejudiciais à saúde e à integridade física. 2. A matéria em debate passou por uma recente evolução jurisprudencial e está, com base nessa nova orientação, integralmente equacionada pelo Plenário desta Suprema Corte. Na sessão de 30.08.2007, o Plenário desta Casa, por ocasião do julgamento do Mandado de Injunção 721, rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu presentes no texto do art. 40, § 4º, da Carta Magna tanto o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos nele referidos, como o dever estatal de regulamentação desse mesmo direito. Decidiu o Supremo Tribunal Federal, naquela assentada, que, diante da incontestável mora legislativa, a eficácia da referida norma constitucional e a garantia do exercício do direito nela proclamado deveriam ser alcançadas por meio da aplicação integrativa, no que couber, do art. 57 da Lei 8.213, de 24.07.1991, que dispõe sobre os requisitos e condições para a obtenção de aposentadoria especial pelos trabalhadores vinculados ao regime geral de previdência social sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. (...). ...................................................... Ratificado, nos mesmos termos, o referido entendimento em 1º.07.2008, por ocasião do julgamento plenário do Mandado de Injunção 758, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 26.09.2008, sobreveio, em 15.04.2009, o julgamento dos Mandados de Injunção 788 e 795, de que foram relatores, respectivamente, os eminentes Ministros Carlos Britto e Cármen Lúcia. ...................................................... 3. Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente conferida pelo Plenário desta Casa de apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (DJe 22.05.2009), concedo a ordem injuncional para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Carta Magna, assegurar aos servidores públicos estaduais filiados ao impetrante o direito de ter os seus pedidos administrativos de aposentadoria especial concretamente analisados pela autoridade competente, mediante a aplicação integrativa do art. 57 da Lei Federal 8.213/91.” (MI 1.737/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 13 de deficiência ou que exerçam atividades arriscadas ou prejudiciais à saúde e à integridade física. 2. A matéria em debate passou por uma recente evolução jurisprudencial e está, com base nessa nova orientação, integralmente equacionada pelo Plenário desta Suprema Corte. Na sessão de 30.08.2007, o Plenário desta Casa, por ocasião do julgamento do Mandado de Injunção 721, rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu presentes no texto do art. 40, § 4º, da Carta Magna tanto o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos nele referidos, como o dever estatal de regulamentação desse mesmo direito. Decidiu o Supremo Tribunal Federal, naquela assentada, que, diante da incontestável mora legislativa, a eficácia da referida norma constitucional e a garantia do exercício do direito nela proclamado deveriam ser alcançadas por meio da aplicação integrativa, no que couber, do art. 57 da Lei 8.213, de 24.07.1991, que dispõe sobre os requisitos e condições para a obtenção de aposentadoria especial pelos trabalhadores vinculados ao regime geral de previdência social sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. (...). ...................................................... Ratificado, nos mesmos termos, o referido entendimento em 1º.07.2008, por ocasião do julgamento plenário do Mandado de Injunção 758, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 26.09.2008, sobreveio, em 15.04.2009, o julgamento dos Mandados de Injunção 788 e 795, de que foram relatores, respectivamente, os eminentes Ministros Carlos Britto e Cármen Lúcia. ...................................................... 3. Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente conferida pelo Plenário desta Casa de apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (DJe 22.05.2009), concedo a ordem injuncional para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Carta Magna, assegurar aos servidores públicos estaduais filiados ao impetrante o direito de ter os seus pedidos administrativos de aposentadoria especial concretamente analisados pela autoridade competente, mediante a aplicação integrativa do art. 57 da Lei Federal 8.213/91.” (MI 1.737/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 14 Registro, ainda, que o Supremo Tribunal Federal, em sucessivas decisões, vem reafirmando essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas no § 4º do art. 40 da Constituição, o direito à aposentadoria especial: “DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. § 4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo. 2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio. 3. Mandado de injunção deferido nesses termos.” (MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei) “MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 14 Registro, ainda, que o Supremo Tribunal Federal, em sucessivas decisões, vem reafirmando essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas no § 4º do art. 40 da Constituição, o direito à aposentadoria especial: “DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. § 4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo. 2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio. 3. Mandado de injunção deferido nesses termos.” (MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei) “MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 15 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei) Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator: “31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado. ................................................... 34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador. 35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos. ................................................... 37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 15 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei) Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator: “31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado. ................................................... 34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador. 35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos. ................................................... 37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 16 38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei) A constatação objetiva de que se registra, na espécie, hipótese de mora inconstitucional, apta a instaurar situação de injusta omissão geradora de manifesta lesividade à posição jurídica dos beneficiários da cláusula constitucional inadimplida (CF, art. 40, § 4º), justifica, plenamente, a intervenção do Poder Judiciário, notadamente a do Supremo Tribunal Federal. Não tem sentido que a inércia dos órgãos estatais, evidenciadora de comportamento manifestamente inconstitucional, possa ser paradoxalmente invocada, pelo próprio Poder Público, para frustrar, de modo injusto (e, portanto, inaceitável), o exercício de direito expressamente assegurado pela Constituição. Admitir-se tal situação equivaleria a legitimar a fraude à Constituição, pois, em última análise, estar-se-ia a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 16 38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei) A constatação objetiva de que se registra, na espécie, hipótese de mora inconstitucional, apta a instaurar situação de injusta omissão geradora de manifesta lesividade à posição jurídica dos beneficiários da cláusula constitucional inadimplida (CF, art. 40, § 4º), justifica, plenamente, a intervenção do Poder Judiciário, notadamente a do Supremo Tribunal Federal. Não tem sentido que a inércia dos órgãos estatais, evidenciadora de comportamento manifestamente inconstitucional, possa ser paradoxalmente invocada, pelo próprio Poder Público, para frustrar, de modo injusto (e, portanto, inaceitável), o exercício de direito expressamente assegurado pela Constituição. Admitir-se tal situação equivaleria a legitimar a fraude à Constituição, pois, em última análise, estar-se-ia a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 17 sustentar a impossibilidade de o Judiciário, não obstante agindo em sede injuncional (CF, art. 5º, LXXI), proceder à colmatação de uma omissão flagrantemente inconstitucional. Isso significa que não se pode identificar, na própria inércia estatal, a existência de fator exculpatório (e pretensamente legitimador) do inadimplemento de uma grave obrigação constitucional. Cabe rememorar, bem por isso, neste ponto, que o Poder Público também transgride a autoridade superior da Constituição quando deixa de fazer aquilo que ela determina. Em contexto como o que resulta destes autos, a colmatação de omissões inconstitucionais nada mais revela senão um gesto de respeito que esta Alta Corte manifesta pela autoridade suprema da Constituição da República. A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional (como aquela que deriva do art. 40, § 4º, da Carta Política) - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 17 sustentar a impossibilidade de o Judiciário, não obstante agindo em sede injuncional (CF, art. 5º, LXXI), proceder à colmatação de uma omissão flagrantemente inconstitucional. Isso significa que não se pode identificar, na própria inércia estatal, a existência de fator exculpatório (e pretensamente legitimador) do inadimplemento de uma grave obrigação constitucional. Cabe rememorar, bem por isso, neste ponto, que o Poder Público também transgride a autoridade superior da Constituição quando deixa de fazer aquilo que ela determina. Em contexto como o que resulta destes autos, a colmatação de omissões inconstitucionais nada mais revela senão um gesto de respeito que esta Alta Corte manifesta pela autoridade suprema da Constituição da República. A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional (como aquela que deriva do art. 40, § 4º, da Carta Política) - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 18 impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados da Lei Fundamental, tal como tem advertido o Supremo Tribunal Federal: “DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO - MODALIDADES DE COMPORTAMENTOS INCONSTITUCIONAIS DO PODER PÚBLICO. - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com o que dispõe a Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela se acham consignados. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exeqüíveis, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência adotada, ou parcial, quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público. (...).” (ADI 1.458-MC/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO) Vê-se, pois, que, na tipologia das situações inconstitucionais, inclui-se, também, aquela que deriva do descumprimento, por inércia estatal, de norma impositiva de determinado comportamento atribuído ao Poder Público pela própria Constituição. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 18 impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados da Lei Fundamental, tal como tem advertido o Supremo Tribunal Federal: “DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO - MODALIDADES DE COMPORTAMENTOS INCONSTITUCIONAIS DO PODER PÚBLICO. - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com o que dispõe a Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela se acham consignados. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exeqüíveis, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência adotada, ou parcial, quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público. (...).” (ADI 1.458-MC/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO) Vê-se, pois, que, na tipologia das situações inconstitucionais, inclui-se, também, aquela que deriva do descumprimento, por inércia estatal, de norma impositiva de determinado comportamento atribuído ao Poder Público pela própria Constituição. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 19 As situações configuradoras de omissão inconstitucional - ainda que se cuide de omissão parcial derivada da insuficiente concretização, pelo Poder Público, do conteúdo material da norma impositiva fundada na Carta Política - refletem comportamento estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado qualifica-se, perigosamente, como um dos processos deformadores da Constituição, expondo-se, por isso mesmo, à censura do magistério doutrinário (Anna Cândida da Cunha Ferraz, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 230/232, item n. 5, 1986, Max Limonad; Jorge Miranda, “Manual de Direito Constitucional”, tomo II/406 e 409, 2ª ed., 1988, Coimbra Editora; J. J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, “Fundamentos da Constituição”, p. 46, item n. 2.3.4, 1991, Coimbra Editora). O fato inquestionável é um só: a inércia estatal em tornar efetivas as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela Constituição e configura comportamento que revela um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República. Nada mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 19 As situações configuradoras de omissão inconstitucional - ainda que se cuide de omissão parcial derivada da insuficiente concretização, pelo Poder Público, do conteúdo material da norma impositiva fundada na Carta Política - refletem comportamento estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado qualifica-se, perigosamente, como um dos processos deformadores da Constituição, expondo-se, por isso mesmo, à censura do magistério doutrinário (Anna Cândida da Cunha Ferraz, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 230/232, item n. 5, 1986, Max Limonad; Jorge Miranda, “Manual de Direito Constitucional”, tomo II/406 e 409, 2ª ed., 1988, Coimbra Editora; J. J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, “Fundamentos da Constituição”, p. 46, item n. 2.3.4, 1991, Coimbra Editora). O fato inquestionável é um só: a inércia estatal em tornar efetivas as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela Constituição e configura comportamento que revela um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República. Nada mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 20 aplicável somente nos pontos que se mostrarem convenientes aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. A percepção da gravidade e das conseqüências lesivas derivadas do gesto infiel do Poder Público que transgride, por omissão ou por insatisfatória concretização, os encargos de que se tornou depositário por efeito de expressa determinação constitucional foi revelada, entre nós, já no período monárquico, em lúcido magistério, por PIMENTA BUENO (“Direito Público Brasileiro e Análise da Constituição do Império”, p. 45, reedição do Ministério da Justiça, 1958) e reafirmada por eminentes autores contemporâneos, em lições que acentuam o desvalor jurídico do comportamento estatal omissivo (JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”, p. 226, item n. 4, 3ª ed., 1998, Malheiros; ANNA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 217/218, 1986, Max Limonad; PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição de 1967 com a Emenda n. 1, de 1969”, tomo I/15-16, 2ª ed., 1970, RT, v.g.). O desprestígio da Constituição - por inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais graves aspectos da patologia constitucional, pois reflete inaceitável desprezo, por Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 20 aplicável somente nos pontos que se mostrarem convenientes aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. A percepção da gravidade e das conseqüências lesivas derivadas do gesto infiel do Poder Público que transgride, por omissão ou por insatisfatória concretização, os encargos de que se tornou depositário por efeito de expressa determinação constitucional foi revelada, entre nós, já no período monárquico, em lúcido magistério, por PIMENTA BUENO (“Direito Público Brasileiro e Análise da Constituição do Império”, p. 45, reedição do Ministério da Justiça, 1958) e reafirmada por eminentes autores contemporâneos, em lições que acentuam o desvalor jurídico do comportamento estatal omissivo (JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”, p. 226, item n. 4, 3ª ed., 1998, Malheiros; ANNA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 217/218, 1986, Max Limonad; PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição de 1967 com a Emenda n. 1, de 1969”, tomo I/15-16, 2ª ed., 1970, RT, v.g.). O desprestígio da Constituição - por inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais graves aspectos da patologia constitucional, pois reflete inaceitável desprezo, por Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 21 parte das instituições governamentais, da autoridade suprema da Lei Fundamental do Estado. Essa constatação, feita por Karl Loewenstein (“Teoria de la Constitución”, p. 222, 1983, Ariel, Barcelona), coloca em pauta o fenômeno da erosão da consciência constitucional, motivado pela instauração, no âmbito do Estado, de um preocupante processo de desvalorização funcional da Constituição escrita, como já ressaltado, pelo Supremo Tribunal Federal, em diversos julgamentos, como resulta da seguinte decisão, consubstanciada em acórdão assim ementado: “A TRANSGRESSÃO DA ORDEM CONSTITUCIONAL PODE CONSUMAR-SE MEDIANTE AÇÃO (VIOLAÇÃO POSITIVA) OU MEDIANTE OMISSÃO (VIOLAÇÃO NEGATIVA). - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, seja quando este vem a fazer o que o estatuto constitucional não lhe permite, seja, ainda, quando vem a editar normas em desacordo, formal ou material, com o que dispõe a Constituição. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado, no entanto, deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a própria Carta Política lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 21 parte das instituições governamentais, da autoridade suprema da Lei Fundamental do Estado. Essa constatação, feita por Karl Loewenstein (“Teoria de la Constitución”, p. 222, 1983, Ariel, Barcelona), coloca em pauta o fenômeno da erosão da consciência constitucional, motivado pela instauração, no âmbito do Estado, de um preocupante processo de desvalorização funcional da Constituição escrita, como já ressaltado, pelo Supremo Tribunal Federal, em diversos julgamentos, como resulta da seguinte decisão, consubstanciada em acórdão assim ementado: “A TRANSGRESSÃO DA ORDEM CONSTITUCIONAL PODE CONSUMAR-SE MEDIANTE AÇÃO (VIOLAÇÃO POSITIVA) OU MEDIANTE OMISSÃO (VIOLAÇÃO NEGATIVA). - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, seja quando este vem a fazer o que o estatuto constitucional não lhe permite, seja, ainda, quando vem a editar normas em desacordo, formal ou material, com o que dispõe a Constituição. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado, no entanto, deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a própria Carta Política lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 22 (quando é nenhuma a providência adotada) ou parcial (quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público). Entendimento prevalecente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: RTJ 162/877-879, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno). - A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. - O Poder Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, imposto em cláusula constitucional, de caráter mandatório - infringe, com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental, estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da consciência constitucional (ADI 1.484-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). - A inércia estatal em adimplir as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela autoridade da Constituição e configura, por isso mesmo, comportamento que deve ser evitado. É que nada se revela mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem ajustados à conveniência e aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO E DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR: A NECESSÁRIA EXISTÊNCIA DO PERTINENTE NEXO DE CAUSALIDADE. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 22 (quando é nenhuma a providência adotada) ou parcial (quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público). Entendimento prevalecente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: RTJ 162/877-879, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno). - A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. - O Poder Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, imposto em cláusula constitucional, de caráter mandatório - infringe, com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental, estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da consciência constitucional (ADI 1.484-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). - A inércia estatal em adimplir as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela autoridade da Constituição e configura, por isso mesmo, comportamento que deve ser evitado. É que nada se revela mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem ajustados à conveniência e aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO E DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR: A NECESSÁRIA EXISTÊNCIA DO PERTINENTE NEXO DE CAUSALIDADE. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 23 imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. (...).” (RTJ 183/818-819, REL. MIN. CELSO DE MELLO, Pleno) Nem se diga que o Supremo Tribunal Federal, ao colmatar uma evidente (e lesiva) omissão inconstitucional do aparelho de Estado estar-se-ia transformando em anômalo legislador. É que, ao suprir lacunas normativa provocadas por injustificável inércia do Estado, esta Suprema Corte nada mais faz senão desempenhar o papel que lhe foi outorgado pela própria Constituição da República, valendo-se, para tanto, de instrumento que, concebido pela Assembléia Nacional Constituinte, foi por ela instituído com a precípua finalidade de impedir que a inércia governamental, como a que se registra no caso ora em exame, culminasse por degradar a autoridade e a supremacia da Lei Fundamental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 23 imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. (...).” (RTJ 183/818-819, REL. MIN. CELSO DE MELLO, Pleno) Nem se diga que o Supremo Tribunal Federal, ao colmatar uma evidente (e lesiva) omissão inconstitucional do aparelho de Estado estar-se-ia transformando em anômalo legislador. É que, ao suprir lacunas normativa provocadas por injustificável inércia do Estado, esta Suprema Corte nada mais faz senão desempenhar o papel que lhe foi outorgado pela própria Constituição da República, valendo-se, para tanto, de instrumento que, concebido pela Assembléia Nacional Constituinte, foi por ela instituído com a precípua finalidade de impedir que a inércia governamental, como a que se registra no caso ora em exame, culminasse por degradar a autoridade e a supremacia da Lei Fundamental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 24 Daí a jurisprudência que se formou no âmbito desta Corte, a partir do julgamento plenário do MI 708/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, e do MI 712/PA, Rel. Min. EROS GRAU, no sentido de restaurar, em sua dimensão integral, a vocação protetiva do remédio constitucional do mandado de injunção, cuja utilização permite, ao Supremo Tribunal Federal, colmatar, de modo inteiramente legítimo, mediante processos de integração normativa, como, p. ex., o recurso à analogia, as omissões que venha, eventualmente, a constatar. E é, precisamente, o que esta Suprema Corte tem realizado em inúmeros processos injuncionais, nos quais vem garantindo, aos destinatários da regra inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição, o acesso e a plena fruição do benefício da aposentadoria especial. Cumpre ressaltar, finalmente, e no que concerne à específica impugnação veiculada no recurso de agravo interposto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região – SINDIQUINZE, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre essa mesma questão (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), tem Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 24 Daí a jurisprudência que se formou no âmbito desta Corte, a partir do julgamento plenário do MI 708/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, e do MI 712/PA, Rel. Min. EROS GRAU, no sentido de restaurar, em sua dimensão integral, a vocação protetiva do remédio constitucional do mandado de injunção, cuja utilização permite, ao Supremo Tribunal Federal, colmatar, de modo inteiramente legítimo, mediante processos de integração normativa, como, p. ex., o recurso à analogia, as omissões que venha, eventualmente, a constatar. E é, precisamente, o que esta Suprema Corte tem realizado em inúmeros processos injuncionais, nos quais vem garantindo, aos destinatários da regra inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição, o acesso e a plena fruição do benefício da aposentadoria especial. Cumpre ressaltar, finalmente, e no que concerne à específica impugnação veiculada no recurso de agravo interposto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região – SINDIQUINZE, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre essa mesma questão (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), tem Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 26 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 25 salientado – uma vez promovida a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa – que se exaure, nesse ato, a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (e instituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado, que esclarece, em tema de aposentadoria especial (CF, art. 40, § 4º), aquilo que se inclui, no plano administrativo, na esfera de atribuições da autoridade competente: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. 1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei) Isso significa, portanto, na linha desses precedentes que desautorizam o pleito recursal da entidade sindical ora agravante, que não cabe indicar, nesta sede injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 3.718/DF, Rel. Min. MARCO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 25 salientado – uma vez promovida a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa – que se exaure, nesse ato, a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (e instituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado, que esclarece, em tema de aposentadoria especial (CF, art. 40, § 4º), aquilo que se inclui, no plano administrativo, na esfera de atribuições da autoridade competente: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. 1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei) Isso significa, portanto, na linha desses precedentes que desautorizam o pleito recursal da entidade sindical ora agravante, que não cabe indicar, nesta sede injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 3.718/DF, Rel. Min. MARCO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 27 de 29 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 3.322 AgR / DF 26 AURÉLIO, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento aos presentes recursos de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Supremo Tribunal Federal MI 3.322 AgR / DF 26 AURÉLIO, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento aos presentes recursos de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598497 Inteiro Teor do Acórdão - Página 28 de 29 Decisão de Julgamento PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.322 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO - SINDIQUINZE ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento a ambos os recursos de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1538996 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.322 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO - SINDIQUINZE ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento a ambos os recursos de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1538996 Inteiro Teor do Acórdão - Página 29 de 29
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1609876
2011-10-20T00:00:00
2011-12-07T00:00:00
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento a ambos os recursos de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011.
AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO
E M E N T A: MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO - LEGITIMIDADE DA UTILIZAÇÃO, POR ENTIDADES DE CLASSE E/OU ORGANISMOS SINDICAIS, DE REFERIDA AÇÃO CONSTITUCIONAL - DOUTRINA - PRECEDENTES (RTJ 166/751-752, v.g.) - SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I) - INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO - LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI” - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSOS DE AGRAVO IMPROVIDOS.
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- Acórdão citados: MI 542 - Tribunal Pleno, MI 708 - Tribunal Pleno, MI 712 - Tribunal Pleno, MI 721 - Tribunal Pleno, MI 758, MI 788, MI 795, MI 796, MI 809, MI 1115 ED - Tribunal Pleno, MI 1125 ED - Tribunal Pleno, MI 1189 AgR - Tribunal Pleno, MI 1286 ED - Tribunal Pleno, ADI 1458 MC, MI 1656 AgR MI 1967 AgR; RTJ 158/375, RTJ 183/818. - Decisões monocráticas citadas: MI 463, MI 633, MI 642, MI 824, MI 834, MI 874, MI 912, MI 970, MI 1001, MI 1034, MI 1059, MI 1277, MI 1312, MI 1316, MI 1451, MI 1613, MI 1737, MI 3718. - Veja Informativo 378 do STF (MI 715). Número de páginas: 29. Análise: 06/01/2012, MMR. Revisão: 18/01/2012, KBP.
CELSO DE MELLO
Tribunal Pleno
3322
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00071 ART-00040 PAR-00004\r\n INC-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n ART-00057 PAR-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
MI-AgR
acordaos
MI 3322 AgR
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AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO - SINDIQUINZE ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS
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Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ple", "nário do Supremo Tribunal Federal", "Ple", "no", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário do Supremo Tribunal Federal", "Ple", "no", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ple", "nário", "Suprema Corte", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", 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"O DE MELLO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "E", "RO", "S GRAU", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "E", "RO", "S GRAU", "CE", "LS", "O DE MELLO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "Anna Cândida da Cunha Ferraz", "Jorge Miranda", "J", ". J. Gomes Canotilho", "Vit", "al Moreira", "Anna Cândida da Cunha Ferraz", "Jorge Miranda", "J", ". J. Gomes Canotilho", "Vit", "al Moreira", "CE", "LS", "O DE MELLO MI", "P", "IM", "EN", "TA BUENO", "J", "OS", "É AFONSO DA SILVA", "AN", "NA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ", "Max Limonad", "P", "ON", "TE", "S DE MIRANDA", "P", "IM", "EN", "TA BUENO", "J", "OS", "É AFONSO DA SILVA", "AN", "NA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ", "P", "ON", "TE", "S DE MIRANDA", "CE", "LS", "O DE MELLO M", "Karl Loewenstein", "Karl Loewenstein", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO MI", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO MI", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "RO", "S GRAU", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "RO", "S GRAU", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "E", "L", "L", "EN GRA", "MA", "RC", "O", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "MA", "RC", "O", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "UR", "É", "L", "IO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "É", "IO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "CE", "LS", "O DE MELLO", "R", "U", "DI MEIRA CASSEL", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Roberto Monteiro Gurgel Santos", "Luiz Tomimatsu", "CE", "LS", "O DE MELLO", "R", "U", "DI MEIRA CASSEL", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Roberto Monteiro Gurgel Santos", "Luiz Tomimatsu" ], "TEMPO": [ "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "07", "/", "12", "/", "2011", "20 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "1991", "1999", "24", "/", "08", "/", "2001", "1991", "1999", "24", "/", "08", "/", "2001", "1991", "2005", "1991", "1999", "24", "/", "08", "/", "2001", "1991", "2005", "1991", "1999", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "08", ".", "2007", "24", ".", "07", ".", "1991", "[UNK]", ".", "07", ".", "2008", "26", ".", "09", ".", "2008", "15", ".", "04", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "08", ".", "2007", "24", ".", "07", ".", "1991", "[UNK]", ".", "07", ".", "2008", "26", ".", "09", ".", "2008", "15", ".", "04", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "15 de abril passado", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "4", ".", "3", ".", "05", ".", "24", "/", "08", "/", "2001", "15 de abril passado", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "4", ".", "3", ".", "05", ".", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "1986", "1988", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "1986", "1988", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "1958", "1998", "1986", "1969", "1970", "24", "/", "08", "/", "2001", "1958", "1998", "1986", "1969", "1970", "24", "/", "08", "/", "2001", "1983", "24", "/", "08", "/", "2001", "1983", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Decisão sobre Repercussão Geral 20/10/2011 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.831 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :TERESINHA DOS SANTOS ADV.(A/S) :ROBSON CAVALIERI AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO DE PROPRIETÁRIOS AMIGOS DA PORTA DO SOL - APAPS ADV.(A/S) :FÁBIO RODRIGO TRALDI EMENTA DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA DE TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE ÁREA DE LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL. Decisão: O Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada, vencido o Ministro Marco Aurélio. Não se manifestaram os Ministros Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Ministro DIAS TOFFOLI Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581621. Supremo Tribunal Federal DJe 29/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Decisão sobre Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581621. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581621. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral 20/10/2011 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.831 SÃO PAULO Repercussão Geral no Agravo de Instrumento nº 745.831/SP DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA DE TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE ÁREA DE LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL. TERESINHA DOS SANTOS interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a, do permissivo constitucional, contra acórdão da Nona Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: Cautelar - Loteamento - Pagamento unicamente da taxa de fornecimento de água por associação de proprietários e impedimento de possível corte por inadimplência - Declaratória - Inexigibilidade de cobrança de taxas de manutenção, conservação de áreas do loteamento e demais despesas pela associação ré - Improcedência - Inconformismo - Desacolhimento - Cerceamento de defesa afastado - Ausência de negação efetiva quanto à prestação dos serviços, apta a desconstituir a prova documental trazida pela ré - Não alegado desconhecimento pela autora da existência da associação no momento da aquisição do imóvel - Associação que atua em benefício do loteamento - Figura que se assemelha ao condomínio - Ausência de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581619. Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.831 SÃO PAULO Repercussão Geral no Agravo de Instrumento nº 745.831/SP DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA DE TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE ÁREA DE LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL. TERESINHA DOS SANTOS interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a, do permissivo constitucional, contra acórdão da Nona Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: Cautelar - Loteamento - Pagamento unicamente da taxa de fornecimento de água por associação de proprietários e impedimento de possível corte por inadimplência - Declaratória - Inexigibilidade de cobrança de taxas de manutenção, conservação de áreas do loteamento e demais despesas pela associação ré - Improcedência - Inconformismo - Desacolhimento - Cerceamento de defesa afastado - Ausência de negação efetiva quanto à prestação dos serviços, apta a desconstituir a prova documental trazida pela ré - Não alegado desconhecimento pela autora da existência da associação no momento da aquisição do imóvel - Associação que atua em benefício do loteamento - Figura que se assemelha ao condomínio - Ausência de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581619. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP violação ao princípio da livre associação: Hipótese em que o morador usufrui os benefícios oferecidos pela associação - Insatisfação e suposto desinteresse nos serviços prestados que não isentam a autora da obrigação - Inegável acréscimo patrimonial advindo do trabalho da associação - Ausência de pagamento que constitui enriquecimento ilícito - Omissão na sentença não verificada - Apreciação de todas as questões relevantes - Recurso adesivo - Indevida a majoração dos honorários em razão da complexidade da matéria e do julgamento antecipado - Injustificado, no atual momento processual, o indeferimento da assistência judiciária à autora - Ausência de fatos suficientes para alterar insuficiência econômica alegada - Sentença confirmada - Recursos desprovidos. No apelo extremo, a recorrente sustenta a repercussão geral da matéria versada no feito, dada a importante discussão que aqui se trava, concernente à associação compulsória de proprietários de imóveis em loteamentos urbanos a agremiações constituídas nos respectivos empreendimentos, com a consequente assunção do compromisso de arcarem com despesas com as quais não necessariamente concordam. Assevera que a decisão recorrida implicou violação aos comandos constitucionais dos princípios da legalidade e da liberdade de associação (artigo 5º, caput e inciso XX, da Constituição Federal), ao exigir que a recorrente, a despeito de se recusar a fazer parte da associação, por discordar de seus objetivos, se submetesse às cobranças da recorrida. A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca da efetiva aplicação do princípio da liberdade de associação a hipóteses como esta ora em discussão, com 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581619. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP violação ao princípio da livre associação: Hipótese em que o morador usufrui os benefícios oferecidos pela associação - Insatisfação e suposto desinteresse nos serviços prestados que não isentam a autora da obrigação - Inegável acréscimo patrimonial advindo do trabalho da associação - Ausência de pagamento que constitui enriquecimento ilícito - Omissão na sentença não verificada - Apreciação de todas as questões relevantes - Recurso adesivo - Indevida a majoração dos honorários em razão da complexidade da matéria e do julgamento antecipado - Injustificado, no atual momento processual, o indeferimento da assistência judiciária à autora - Ausência de fatos suficientes para alterar insuficiência econômica alegada - Sentença confirmada - Recursos desprovidos. No apelo extremo, a recorrente sustenta a repercussão geral da matéria versada no feito, dada a importante discussão que aqui se trava, concernente à associação compulsória de proprietários de imóveis em loteamentos urbanos a agremiações constituídas nos respectivos empreendimentos, com a consequente assunção do compromisso de arcarem com despesas com as quais não necessariamente concordam. Assevera que a decisão recorrida implicou violação aos comandos constitucionais dos princípios da legalidade e da liberdade de associação (artigo 5º, caput e inciso XX, da Constituição Federal), ao exigir que a recorrente, a despeito de se recusar a fazer parte da associação, por discordar de seus objetivos, se submetesse às cobranças da recorrida. A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca da efetiva aplicação do princípio da liberdade de associação a hipóteses como esta ora em discussão, com 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581619. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP a consequente sujeição à cobrança de taxas em loteamentos imobiliários, é de índole eminentemente constitucional, pois diz respeito à correta aplicação, em tais casos, do princípio da legalidade. A questão posta apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as associações constituídas nos moldes da recorrida e que estão a cobrar taxas análogas de seus associados, estando sujeitas, portanto, a deparar com situações que demandem a apreciação de pedidos semelhantes ao presente. Ressalte-se, ainda, que, em julgamento realizado na sessão do dia 20 de setembro de 2011, a Primeira Turma desta Corte apreciou caso similar ao destes autos, tendo dado provimento ao apelo interposto pelo proprietário (RE nº 432.106/RJ, Relator o Ministro Marco Aurélio). Cuida-se, portanto, de discussão que tem o potencial de repetir-se em inúmeros processos, sendo atinente, por conseguinte, aos interesses de milhares de proprietários de imóveis nas mesmas condições. Assim, manifesto-me pela existência da repercussão geral. Brasília, 28 de setembro de 2011. Ministro DIAS TOFFOLI Relator 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581619. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP a consequente sujeição à cobrança de taxas em loteamentos imobiliários, é de índole eminentemente constitucional, pois diz respeito à correta aplicação, em tais casos, do princípio da legalidade. A questão posta apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as associações constituídas nos moldes da recorrida e que estão a cobrar taxas análogas de seus associados, estando sujeitas, portanto, a deparar com situações que demandem a apreciação de pedidos semelhantes ao presente. Ressalte-se, ainda, que, em julgamento realizado na sessão do dia 20 de setembro de 2011, a Primeira Turma desta Corte apreciou caso similar ao destes autos, tendo dado provimento ao apelo interposto pelo proprietário (RE nº 432.106/RJ, Relator o Ministro Marco Aurélio). Cuida-se, portanto, de discussão que tem o potencial de repetir-se em inúmeros processos, sendo atinente, por conseguinte, aos interesses de milhares de proprietários de imóveis nas mesmas condições. Assim, manifesto-me pela existência da repercussão geral. Brasília, 28 de setembro de 2011. Ministro DIAS TOFFOLI Relator 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581619. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral REPERCUSSÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.831 SÃO PAULO PRONUNCIAMENTO AGRAVO DE INSTRUMENTO – REPERCUSSÃO GERAL – INADEQUAÇÃO. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Eis a síntese do que discutido no Agravo de Instrumento nº 745.831/SP, da relatoria do Ministro Dias Toffoli, inserido no sistema eletrônico da repercussão geral às 15 horas e 7 minutos do dia 30 de setembro de 2011. A Nona Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao examinar a Apelação Cível com Revisão nº 502.398-4/0-00, negou provimento ao recurso, assentando a obrigatoriedade do pagamento das taxas de manutenção e conservação de áreas do loteamento Porta do Sol pela agravante, moradora local, ainda que não seja associada e discorde do trabalho realizado pela agravada. Consignou serem os serviços efetivamente prestados pela associação e colocados à disposição dos moradores, motivo pelo qual o recolhimento dos valores estaria justificado, não afastando tal dever a alegação de não usufruto dos serviços. Apontou que as aludidas taxas não violariam o princípio da liberdade de associação, porquanto, apesar de ter sido criada sob essa forma, ante a inexistência de leis específicas disciplinando a matéria, a agravada não se submeteria às regras próprias das associações, pois não haveria voluntariedade quanto ao rateio das despesas realizadas em prol dos moradores. Citando orientação jurisprudencial, decidiu ser o loteamento, na hipótese, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Supremo Tribunal Federal REPERCUSSÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.831 SÃO PAULO PRONUNCIAMENTO AGRAVO DE INSTRUMENTO – REPERCUSSÃO GERAL – INADEQUAÇÃO. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Eis a síntese do que discutido no Agravo de Instrumento nº 745.831/SP, da relatoria do Ministro Dias Toffoli, inserido no sistema eletrônico da repercussão geral às 15 horas e 7 minutos do dia 30 de setembro de 2011. A Nona Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao examinar a Apelação Cível com Revisão nº 502.398-4/0-00, negou provimento ao recurso, assentando a obrigatoriedade do pagamento das taxas de manutenção e conservação de áreas do loteamento Porta do Sol pela agravante, moradora local, ainda que não seja associada e discorde do trabalho realizado pela agravada. Consignou serem os serviços efetivamente prestados pela associação e colocados à disposição dos moradores, motivo pelo qual o recolhimento dos valores estaria justificado, não afastando tal dever a alegação de não usufruto dos serviços. Apontou que as aludidas taxas não violariam o princípio da liberdade de associação, porquanto, apesar de ter sido criada sob essa forma, ante a inexistência de leis específicas disciplinando a matéria, a agravada não se submeteria às regras próprias das associações, pois não haveria voluntariedade quanto ao rateio das despesas realizadas em prol dos moradores. Citando orientação jurisprudencial, decidiu ser o loteamento, na hipótese, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP equiparado aos condomínios, acarretando, portanto, acréscimo patrimonial a beneficiar os proprietários dos lotes. Os embargos de declaração interpostos foram desprovidos. No extraordinário protocolado com alegada base na alínea “a” do permissivo constitucional, a agravante argui transgressão aos artigos 5º, incisos II e XX, e 175, cabeça, da Carta da República. Sustenta a ilegalidade da cobrança das taxas de clube, de construção e manutenção da hípica e de vias públicas, de transporte urbano e de lixo, porquanto não ostentaria a qualidade de associada, não teria anuído expressamente com as obras e não utilizaria nenhuma das citadas benfeitorias. Ressalta a impossibilidade de ver-se compelida ao pagamento da taxa de segurança, pois o loteamento não seria fechado, mostrando-se inviável equipará- lo a um condomínio, por ser urbano e dotado de vias públicas dentro da respectiva área, existindo, inclusive, uma ação civil pública em andamento, com decisão em primeira instância determinando a abertura do mencionado local ante a falta de autorização legal para tanto. Sustenta a ocorrência, na espécie, de bitributação, haja vista o recolhimento do IPTU relativamente ao mesmo imóvel. Concorda com a cobrança apenas da taxa de água, por ser serviço essencial e contínuo. Afirma ausência de enriquecimento ilícito bem como de valorização imobiliária do terreno, pois a agravada não teria provado tais alegações, sendo que as perícias contábeis juntadas pela associação não serviriam para tal fim. Sob o ângulo da repercussão geral, aduz estar em jogo questão relevante do ponto de vista econômico, que ultrapassa o interesse subjetivo das partes por atingir grande número de moradores obrigados a suportar despesas com as quais não concordam. A importância jurídica estaria presente em face de a matéria ser controvertida em diversos Tribunais de Justiça em 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP equiparado aos condomínios, acarretando, portanto, acréscimo patrimonial a beneficiar os proprietários dos lotes. Os embargos de declaração interpostos foram desprovidos. No extraordinário protocolado com alegada base na alínea “a” do permissivo constitucional, a agravante argui transgressão aos artigos 5º, incisos II e XX, e 175, cabeça, da Carta da República. Sustenta a ilegalidade da cobrança das taxas de clube, de construção e manutenção da hípica e de vias públicas, de transporte urbano e de lixo, porquanto não ostentaria a qualidade de associada, não teria anuído expressamente com as obras e não utilizaria nenhuma das citadas benfeitorias. Ressalta a impossibilidade de ver-se compelida ao pagamento da taxa de segurança, pois o loteamento não seria fechado, mostrando-se inviável equipará- lo a um condomínio, por ser urbano e dotado de vias públicas dentro da respectiva área, existindo, inclusive, uma ação civil pública em andamento, com decisão em primeira instância determinando a abertura do mencionado local ante a falta de autorização legal para tanto. Sustenta a ocorrência, na espécie, de bitributação, haja vista o recolhimento do IPTU relativamente ao mesmo imóvel. Concorda com a cobrança apenas da taxa de água, por ser serviço essencial e contínuo. Afirma ausência de enriquecimento ilícito bem como de valorização imobiliária do terreno, pois a agravada não teria provado tais alegações, sendo que as perícias contábeis juntadas pela associação não serviriam para tal fim. Sob o ângulo da repercussão geral, aduz estar em jogo questão relevante do ponto de vista econômico, que ultrapassa o interesse subjetivo das partes por atingir grande número de moradores obrigados a suportar despesas com as quais não concordam. A importância jurídica estaria presente em face de a matéria ser controvertida em diversos Tribunais de Justiça em 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP todo o país. A agravada, nas contrarrazões, aponta a existência de ofensa reflexa aos preceitos invocados e a falta de demonstração da repercussão geral. No mérito, diz do acerto do ato impugnado, pois haveria prestação de serviços e construção de benfeitorias em prol de todos os moradores do loteamento. O extraordinário não foi admitido na origem. Eis o pronunciamento do relator, Ministro Dias Toffoli: DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA DE TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE ÁREA DE LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL. TERESINHA DOS SANTOS interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a, do permissivo constitucional, contra acórdão da Nona Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: Cautelar – Loteamento – Pagamento unicamente da taxa de fornecimento de água por associação de proprietários e impedimento de possível corte por inadimplência – Declaratória – Inexigibilidade de cobrança de taxas de manutenção, conservação de áreas do loteamento e demais despesas pela associação ré – Improcedência – 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP todo o país. A agravada, nas contrarrazões, aponta a existência de ofensa reflexa aos preceitos invocados e a falta de demonstração da repercussão geral. No mérito, diz do acerto do ato impugnado, pois haveria prestação de serviços e construção de benfeitorias em prol de todos os moradores do loteamento. O extraordinário não foi admitido na origem. Eis o pronunciamento do relator, Ministro Dias Toffoli: DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA DE TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE ÁREA DE LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL. TERESINHA DOS SANTOS interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a, do permissivo constitucional, contra acórdão da Nona Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: Cautelar – Loteamento – Pagamento unicamente da taxa de fornecimento de água por associação de proprietários e impedimento de possível corte por inadimplência – Declaratória – Inexigibilidade de cobrança de taxas de manutenção, conservação de áreas do loteamento e demais despesas pela associação ré – Improcedência – 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP Inconformismo – Desacolhimento – Cerceamento de defesa afastado – Ausência de negação efetiva quanto à prestação dos serviços, apta a desconstituir a prova documental trazida pela ré – Não alegado desconhecimento pela autora da existência da associação no momento da aquisição do imóvel – Associação que atua em benefício do loteamento – Figura que se assemelha ao condomínio – Ausência de violação ao princípio da livre associação: Hipótese em que o morador usufrui os benefícios oferecidos pela associação – Insatisfação e suposto desinteresse nos serviços prestados que não isentam a autora da obrigação – Inegável acréscimo patrimonial advindo do trabalho da associação – Ausência de pagamento que constitui enriquecimento ilícito – Omissão na sentença não verificada – Apreciação de todas as questões relevantes – Recurso adesivo – Indevida a majoração dos honorários em razão da complexidade da matéria e do julgamento antecipado – Injustificado, no atual momento processual, o indeferimento da assistência judiciária à autora – Ausência de fatos suficientes para alterar insuficiência econômica alegada – Sentença confirmada – Recursos desprovidos. No apelo extremo, a recorrente sustenta a repercussão geral da matéria versada no feito, dada a importante discussão que aqui se trava, concernente à associação compulsória de proprietários de imóveis em loteamentos urbanos a agremiações constituídas nos respectivos empreendimentos, com a consequente assunção do compromisso de arcarem com despesas com as quais não necessariamente concordam. Assevera que a decisão recorrida implicou violação aos comandos constitucionais dos princípios da legalidade 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP Inconformismo – Desacolhimento – Cerceamento de defesa afastado – Ausência de negação efetiva quanto à prestação dos serviços, apta a desconstituir a prova documental trazida pela ré – Não alegado desconhecimento pela autora da existência da associação no momento da aquisição do imóvel – Associação que atua em benefício do loteamento – Figura que se assemelha ao condomínio – Ausência de violação ao princípio da livre associação: Hipótese em que o morador usufrui os benefícios oferecidos pela associação – Insatisfação e suposto desinteresse nos serviços prestados que não isentam a autora da obrigação – Inegável acréscimo patrimonial advindo do trabalho da associação – Ausência de pagamento que constitui enriquecimento ilícito – Omissão na sentença não verificada – Apreciação de todas as questões relevantes – Recurso adesivo – Indevida a majoração dos honorários em razão da complexidade da matéria e do julgamento antecipado – Injustificado, no atual momento processual, o indeferimento da assistência judiciária à autora – Ausência de fatos suficientes para alterar insuficiência econômica alegada – Sentença confirmada – Recursos desprovidos. No apelo extremo, a recorrente sustenta a repercussão geral da matéria versada no feito, dada a importante discussão que aqui se trava, concernente à associação compulsória de proprietários de imóveis em loteamentos urbanos a agremiações constituídas nos respectivos empreendimentos, com a consequente assunção do compromisso de arcarem com despesas com as quais não necessariamente concordam. Assevera que a decisão recorrida implicou violação aos comandos constitucionais dos princípios da legalidade 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP e da liberdade de associação (artigo 5º, caput e inciso XX, da Constituição Federal), ao exigir que a recorrente, a despeito de se recusar a fazer parte da associação, por discordar de seus objetivos, se submetesse às cobranças da recorrida. A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca da efetiva aplicação do princípio da liberdade de associação a hipóteses como esta ora em discussão, com a consequente sujeição à cobrança de taxas em loteamentos imobiliários, é de índole eminentemente constitucional, pois diz respeito à correta aplicação, em tais casos, do princípio da legalidade. A questão posta apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as associações constituídas nos moldes da recorrida e que estão a cobrar taxas análogas de seus associados, estando sujeitas, portanto, a deparar com situações que demandem a apreciação de pedidos semelhantes ao presente. Ressalte-se, ainda, que, em julgamento realizado na sessão do dia 20 de setembro de 2011, a Primeira Turma desta Corte apreciou caso similar ao destes autos, tendo dado provimento ao apelo interposto pelo proprietário (RE nº 432.106/RJ, Relator o Ministro Marco Aurélio). Cuida-se, portanto, de discussão que tem o potencial de repetir-se em inúmeros processos, sendo atinente, por conseguinte, aos interesses de milhares de proprietários de imóveis nas mesmas condições. Assim, manifesto-me pela existência da repercussão geral. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP e da liberdade de associação (artigo 5º, caput e inciso XX, da Constituição Federal), ao exigir que a recorrente, a despeito de se recusar a fazer parte da associação, por discordar de seus objetivos, se submetesse às cobranças da recorrida. A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca da efetiva aplicação do princípio da liberdade de associação a hipóteses como esta ora em discussão, com a consequente sujeição à cobrança de taxas em loteamentos imobiliários, é de índole eminentemente constitucional, pois diz respeito à correta aplicação, em tais casos, do princípio da legalidade. A questão posta apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as associações constituídas nos moldes da recorrida e que estão a cobrar taxas análogas de seus associados, estando sujeitas, portanto, a deparar com situações que demandem a apreciação de pedidos semelhantes ao presente. Ressalte-se, ainda, que, em julgamento realizado na sessão do dia 20 de setembro de 2011, a Primeira Turma desta Corte apreciou caso similar ao destes autos, tendo dado provimento ao apelo interposto pelo proprietário (RE nº 432.106/RJ, Relator o Ministro Marco Aurélio). Cuida-se, portanto, de discussão que tem o potencial de repetir-se em inúmeros processos, sendo atinente, por conseguinte, aos interesses de milhares de proprietários de imóveis nas mesmas condições. Assim, manifesto-me pela existência da repercussão geral. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Manifestação sobre a Repercussão Geral AI 745.831 RG / SP Brasília, 28 de setembro de 2011. Ministro DIAS TOFFOLI Relator 2. O instituto da repercussão geral é atinente aos recursos extraordinários que versem matéria constitucional – artigo 102, § 3º, da Carta Federal. No caso, o citado recurso continua retido na origem. Subiu o agravo de instrumento e cabe ao relator apreciá-lo. Então, mostra-se forçoso assentar a impropriedade do lançamento do agravo no Plenário Virtual para exame de possível repercussão geral. 3. Pronuncio-me pela inadequação do mencionado instituto. 4. À Assessoria, para acompanhar o incidente. 5. Publiquem. Brasília, 10 de outubro de 2011. Ministro MARCO AURÉLIO 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Supremo Tribunal Federal AI 745.831 RG / SP Brasília, 28 de setembro de 2011. Ministro DIAS TOFFOLI Relator 2. O instituto da repercussão geral é atinente aos recursos extraordinários que versem matéria constitucional – artigo 102, § 3º, da Carta Federal. No caso, o citado recurso continua retido na origem. Subiu o agravo de instrumento e cabe ao relator apreciá-lo. Então, mostra-se forçoso assentar a impropriedade do lançamento do agravo no Plenário Virtual para exame de possível repercussão geral. 3. Pronuncio-me pela inadequação do mencionado instituto. 4. À Assessoria, para acompanhar o incidente. 5. Publiquem. Brasília, 10 de outubro de 2011. Ministro MARCO AURÉLIO 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1526418. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1593776
2011-10-20T00:00:00
2011-11-29T00:00:00
Decisão: O Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada, vencido o Ministro Marco Aurélio. Não se manifestaram os Ministros Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Ministro DIAS TOFFOLI Relator
REPERCUSSÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA DE TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE ÁREA DE LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL.
repercussao-geral3181
- O AI 745831 RG foi substituído para julgamento de tema de repercussão geral pelo RE 695911. - Acórdão citado: RE 432106. Número de páginas: 11. Análise: 13/12/2011, IMC. Revisão: 14/12/2011, KBP.
DIAS TOFFOLI
Tribunal Pleno
745831
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 \"CAPUT\" INC-00020 ART-00102 \r\n INC-00001 LET-A PAR-00003\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
AI-RG
acordaos
AI 745831 RG
[ "" ]
AGTE.(S) : TERESINHA DOS SANTOS ADV.(A/S) : ROBSON CAVALIERI AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DE PROPRIETÁRIOS AMIGOS DA PORTA DO SOL - APAPS ADV.(A/S) : FÁBIO RODRIGO TRALDI
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "USS", "ÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745. 831", "A", "I 745. 831 RG / SP", "A", "I 745. 831 RG / SP", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 745. 831", "Re", "per", "cus", "são Geral no", "Ag", "ravo de Instrumento [UNK] 745. 831 / SP", "R", "EP", "ER", "C", "US", "S", "ÃO GERAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745. 831", "Re", "per", "cus", "são Geral no Agravo de Instrumento [UNK] 745. 831 / SP", "A", "I 745. 831 RG / SP", "A", "I 745. 831 RG / SP", "A", "I 745. 831 RG / SP", "R", "E [UNK] 432. 106 / RJ", "A", "I 745. 831 RG / SP", "R", "E [UNK] 432. 106 / RJ", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 745. 831", "Ag", "ravo de Instrumento [UNK] 745. 831 / SP", "Ap", "ela", "ção Cível com Revisão [UNK] 502. 398- 4 / 0- 00", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 745. 831", "Ag", "ravo de Instrumento [UNK] 745. 831 / SP", "Ap", "ela", "ção Cível com Revisão [UNK] 502. 398- 4 / 0- 00", "A", "I 745. 831 RG / SP", "A", "I 745. 831 RG / SP", "A", "I 745. 831 RG / SP", "A", 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Ementa e Acórdão 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.656 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM GOIÁS - SINJUFEGO ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E M E N T A: MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO - LEGITIMIDADE DA UTILIZAÇÃO, POR ENTIDADES DE CLASSE E/OU ORGANISMOS SINDICAIS, DE REFERIDA AÇÃO CONSTITUCIONAL – DOUTRINA - PRECEDENTES (RTJ 166/751-752, v.g.) – PRETENDIDA NULIDADE PROCESSUAL, ARGÜIDA PELA UNIÃO FEDERAL, POR AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – INOCORRÊNCIA – INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM OUTRAS DEMANDAS INJUNCIONAIS EM QUE, SUSCITADA CONTROVÉRSIA IDÊNTICA À DISCUTIDA NESTE PROCESSO, VEIO O “PARQUET” A OPINAR, FUNDAMENTADAMENTE, SOBRE A QUESTÃO PERTINENTE AO ALCANCE DO ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO – PRELIMINAR REJEITADA - SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I) - INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA HIERÁRQUICO- NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO - LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI” - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598527 Supremo Tribunal Federal DJe 06/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 25 Ementa e Acórdão MI 1.656 AgR / DF 2 A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de nulidade e negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Brasília, 20 de outubro de 2011. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598527 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 2 A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de nulidade e negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Brasília, 20 de outubro de 2011. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598527 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 25 Relatório 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.656 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM GOIÁS - SINJUFEGO ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que parcialmente concedeu ordem injuncional, para, reconhecido o estado de mora legislativa, garantir, a cada integrante do grupo, classe ou categoria, cuja atividade esteja abrangida pelas finalidades institucionais da entidade impetrante (Lei nº 8.038/90, art. 24, parágrafo único, c/c o art. 22 da Lei nº 12.016/2009), ora recorrida, o direito de ter o seu pedido de aposentadoria especial concretamente analisado pela autoridade administrativa competente, observado, para tanto, o que dispõe o art. 57 da Lei nº 8.213/91. Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 166/177). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598281 Supremo Tribunal Federal 20/10/2011 TRIBUNAL PLENO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.656 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM GOIÁS - SINJUFEGO ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que parcialmente concedeu ordem injuncional, para, reconhecido o estado de mora legislativa, garantir, a cada integrante do grupo, classe ou categoria, cuja atividade esteja abrangida pelas finalidades institucionais da entidade impetrante (Lei nº 8.038/90, art. 24, parágrafo único, c/c o art. 22 da Lei nº 12.016/2009), ora recorrida, o direito de ter o seu pedido de aposentadoria especial concretamente analisado pela autoridade administrativa competente, observado, para tanto, o que dispõe o art. 57 da Lei nº 8.213/91. Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 166/177). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598281 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 25 Relatório MI 1.656 AgR / DF 2 Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação do Egrégio Plenário desta Suprema Corte, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598281 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 2 Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação do Egrégio Plenário desta Suprema Corte, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598281 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 3 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Preliminarmente, rejeito a nulidade processual argüida pela União Federal e que se apóia na alegada ausência de manifestação do Ministério Público Federal na presente causa. Com efeito, inocorre a pretendida nulidade processual, eis que a douta Procuradoria-Geral da República, ao examinar idêntica pretensão à ora deduzida nesta causa, tem se pronunciado no sentido da concessão parcial do mandado de injunção, como resulta claro do parecer do eminente Procurador-Geral da República, Dr. ROBERTO MONTEIRO GURGEL SANTOS, no MI 1.967/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO. Vê-se, portanto, que o Ministério Público Federal já se manifestou a propósito do mesmo tema suscitado na presente sede injuncional, razão pela qual é de se rejeitar a suposta nulidade processual. Superada essa questão prévia, passo a apreciar o recurso de agravo em causa. E, ao fazê-lo, acentuo que não assiste razão à parte ora recorrente, pois a decisão agravada ajusta-se, com integral Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 3 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Preliminarmente, rejeito a nulidade processual argüida pela União Federal e que se apóia na alegada ausência de manifestação do Ministério Público Federal na presente causa. Com efeito, inocorre a pretendida nulidade processual, eis que a douta Procuradoria-Geral da República, ao examinar idêntica pretensão à ora deduzida nesta causa, tem se pronunciado no sentido da concessão parcial do mandado de injunção, como resulta claro do parecer do eminente Procurador-Geral da República, Dr. ROBERTO MONTEIRO GURGEL SANTOS, no MI 1.967/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO. Vê-se, portanto, que o Ministério Público Federal já se manifestou a propósito do mesmo tema suscitado na presente sede injuncional, razão pela qual é de se rejeitar a suposta nulidade processual. Superada essa questão prévia, passo a apreciar o recurso de agravo em causa. E, ao fazê-lo, acentuo que não assiste razão à parte ora recorrente, pois a decisão agravada ajusta-se, com integral Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 4 fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo próprio texto constitucional. Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões: “MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 4 fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo próprio texto constitucional. Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões: “MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 5 SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).” (MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005) Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado. O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público. Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 5 SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).” (MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005) Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado. O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público. Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 6 Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador. É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 6 Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador. É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 7 público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional. Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 7 público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional. Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 8 § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente: “(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei) O caso ora em exame também versa situação prevista no § 4º do art. 40 da Constituição, cujo inciso I trata da aposentadoria especial reconhecida a servidores públicos que sejam “portadores de deficiência” e que igualmente sofrem, à semelhança dos servidores públicos que exercem atividades reputadas insalubres ou perigosas, as mesmas conseqüências lesivas decorrentes da omissão normativa que já se prolonga de maneira irrazoável. Tenho para mim, presente esse contexto, que a situação exposta não obsta a concessão do “writ” injuncional, eis que, também nessa hipótese (vale dizer, na hipótese de o agente estatal ser, ele próprio, portador de deficiência), persiste a mora na regulamentação legislativa da aposentadoria especial – tal como o reconheceu, em seu parecer, a douta Procuradoria-Geral da República (fls. 70) -, o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 8 § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente: “(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.” (MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei) O caso ora em exame também versa situação prevista no § 4º do art. 40 da Constituição, cujo inciso I trata da aposentadoria especial reconhecida a servidores públicos que sejam “portadores de deficiência” e que igualmente sofrem, à semelhança dos servidores públicos que exercem atividades reputadas insalubres ou perigosas, as mesmas conseqüências lesivas decorrentes da omissão normativa que já se prolonga de maneira irrazoável. Tenho para mim, presente esse contexto, que a situação exposta não obsta a concessão do “writ” injuncional, eis que, também nessa hipótese (vale dizer, na hipótese de o agente estatal ser, ele próprio, portador de deficiência), persiste a mora na regulamentação legislativa da aposentadoria especial – tal como o reconheceu, em seu parecer, a douta Procuradoria-Geral da República (fls. 70) -, o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 9 que torna aplicáveis, segundo entendo, por identidade de razões, os precedentes estabelecidos por esta Suprema Corte. Esse entendimento – segundo o qual é lícito aplicar-se, por analogia, o art. 57 da Lei nº 8.213/91, a servidor público portador de deficiência – foi inteiramente acolhido pelo eminente Ministro EROS GRAU (MI 1.613/DF), pela eminente Ministra ELLEN GRACIE (MI 1.737/DF) e por mim próprio (MI 1.967/DF e MI 3.322/DF), valendo reproduzir, no ponto, fragmento da seguinte decisão: “Trata-se de mandado de injunção coletivo no qual se pretende assegurar o exercício do direito de aposentadoria especial ante a inexistência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, que autoriza a fixação de um regime diferenciado de aposentação em favor dos servidores públicos portadores de deficiência ou que exerçam atividades arriscadas ou prejudiciais à saúde e à integridade física. 2. A matéria em debate passou por uma recente evolução jurisprudencial e está, com base nessa nova orientação, integralmente equacionada pelo Plenário desta Suprema Corte. Na sessão de 30.08.2007, o Plenário desta Casa, por ocasião do julgamento do Mandado de Injunção 721, rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu presentes no texto do art. 40, § 4º, da Carta Magna tanto o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos nele referidos, como o dever estatal de regulamentação desse mesmo direito. Decidiu o Supremo Tribunal Federal, naquela assentada, que, diante da incontestável mora legislativa, a eficácia da referida norma constitucional e a garantia do exercício do direito nela proclamado deveriam ser alcançadas por meio da aplicação integrativa, no que couber, do art. 57 da Lei 8.213, de 24.07.1991, que dispõe sobre os requisitos e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 9 que torna aplicáveis, segundo entendo, por identidade de razões, os precedentes estabelecidos por esta Suprema Corte. Esse entendimento – segundo o qual é lícito aplicar-se, por analogia, o art. 57 da Lei nº 8.213/91, a servidor público portador de deficiência – foi inteiramente acolhido pelo eminente Ministro EROS GRAU (MI 1.613/DF), pela eminente Ministra ELLEN GRACIE (MI 1.737/DF) e por mim próprio (MI 1.967/DF e MI 3.322/DF), valendo reproduzir, no ponto, fragmento da seguinte decisão: “Trata-se de mandado de injunção coletivo no qual se pretende assegurar o exercício do direito de aposentadoria especial ante a inexistência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, que autoriza a fixação de um regime diferenciado de aposentação em favor dos servidores públicos portadores de deficiência ou que exerçam atividades arriscadas ou prejudiciais à saúde e à integridade física. 2. A matéria em debate passou por uma recente evolução jurisprudencial e está, com base nessa nova orientação, integralmente equacionada pelo Plenário desta Suprema Corte. Na sessão de 30.08.2007, o Plenário desta Casa, por ocasião do julgamento do Mandado de Injunção 721, rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu presentes no texto do art. 40, § 4º, da Carta Magna tanto o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos nele referidos, como o dever estatal de regulamentação desse mesmo direito. Decidiu o Supremo Tribunal Federal, naquela assentada, que, diante da incontestável mora legislativa, a eficácia da referida norma constitucional e a garantia do exercício do direito nela proclamado deveriam ser alcançadas por meio da aplicação integrativa, no que couber, do art. 57 da Lei 8.213, de 24.07.1991, que dispõe sobre os requisitos e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 10 condições para a obtenção de aposentadoria especial pelos trabalhadores vinculados ao regime geral de previdência social sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. (...). ...................................................... Ratificado, nos mesmos termos, o referido entendimento em 1º.07.2008, por ocasião do julgamento plenário do Mandado de Injunção 758, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 26.09.2008, sobreveio, em 15.04.2009, o julgamento dos Mandados de Injunção 788 e 795, de que foram relatores, respectivamente, os eminentes Ministros Carlos Britto e Cármen Lúcia. ...................................................... 3. Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente conferida pelo Plenário desta Casa de apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (DJe 22.05.2009), concedo a ordem injuncional para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Carta Magna, assegurar aos servidores públicos estaduais filiados ao impetrante o direito de ter os seus pedidos administrativos de aposentadoria especial concretamente analisados pela autoridade competente, mediante a aplicação integrativa do art. 57 da Lei Federal 8.213/91.” (MI 1.737/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Registro, ainda, que o Supremo Tribunal Federal, em sucessivas decisões, vem reafirmando essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 10 condições para a obtenção de aposentadoria especial pelos trabalhadores vinculados ao regime geral de previdência social sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. (...). ...................................................... Ratificado, nos mesmos termos, o referido entendimento em 1º.07.2008, por ocasião do julgamento plenário do Mandado de Injunção 758, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 26.09.2008, sobreveio, em 15.04.2009, o julgamento dos Mandados de Injunção 788 e 795, de que foram relatores, respectivamente, os eminentes Ministros Carlos Britto e Cármen Lúcia. ...................................................... 3. Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente conferida pelo Plenário desta Casa de apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (DJe 22.05.2009), concedo a ordem injuncional para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Carta Magna, assegurar aos servidores públicos estaduais filiados ao impetrante o direito de ter os seus pedidos administrativos de aposentadoria especial concretamente analisados pela autoridade competente, mediante a aplicação integrativa do art. 57 da Lei Federal 8.213/91.” (MI 1.737/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Registro, ainda, que o Supremo Tribunal Federal, em sucessivas decisões, vem reafirmando essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 11 que se enquadrem nas hipóteses previstas no § 4º do art. 40 da Constituição, o direito à aposentadoria especial: “DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. § 4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo. 2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio. 3. Mandado de injunção deferido nesses termos.” (MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei) “MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 11 que se enquadrem nas hipóteses previstas no § 4º do art. 40 da Constituição, o direito à aposentadoria especial: “DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. § 4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo. 2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio. 3. Mandado de injunção deferido nesses termos.” (MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei) “MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA. 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade. 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.” (MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 12 Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator: “31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado. ................................................... 34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador. 35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos. ................................................... 37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial. 38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 12 Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator: “31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado. ................................................... 34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador. 35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos. ................................................... 37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial. 38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 13 DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei) A constatação objetiva de que se registra, na espécie, hipótese de mora inconstitucional, apta a instaurar situação de injusta omissão geradora de manifesta lesividade à posição jurídica dos beneficiários da cláusula constitucional inadimplida (CF, art. 40, § 4º), justifica, plenamente, a intervenção do Poder Judiciário, notadamente a do Supremo Tribunal Federal. Não tem sentido que a inércia dos órgãos estatais, evidenciadora de comportamento manifestamente inconstitucional, possa ser paradoxalmente invocada, pelo próprio Poder Público, para frustrar, de modo injusto (e, portanto, inaceitável), o exercício de direito expressamente assegurado pela Constituição. Admitir-se tal situação equivaleria a legitimar a fraude à Constituição, pois, em última análise, estar-se-ia a sustentar a impossibilidade de o Judiciário, não obstante agindo em sede injuncional (CF, art. 5º, LXXI), proceder à colmatação de uma omissão flagrantemente inconstitucional. Isso significa que não se pode identificar, na própria inércia estatal, a existência de fator exculpatório (e pretensamente legitimador) do inadimplemento de uma grave obrigação constitucional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 13 DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei) A constatação objetiva de que se registra, na espécie, hipótese de mora inconstitucional, apta a instaurar situação de injusta omissão geradora de manifesta lesividade à posição jurídica dos beneficiários da cláusula constitucional inadimplida (CF, art. 40, § 4º), justifica, plenamente, a intervenção do Poder Judiciário, notadamente a do Supremo Tribunal Federal. Não tem sentido que a inércia dos órgãos estatais, evidenciadora de comportamento manifestamente inconstitucional, possa ser paradoxalmente invocada, pelo próprio Poder Público, para frustrar, de modo injusto (e, portanto, inaceitável), o exercício de direito expressamente assegurado pela Constituição. Admitir-se tal situação equivaleria a legitimar a fraude à Constituição, pois, em última análise, estar-se-ia a sustentar a impossibilidade de o Judiciário, não obstante agindo em sede injuncional (CF, art. 5º, LXXI), proceder à colmatação de uma omissão flagrantemente inconstitucional. Isso significa que não se pode identificar, na própria inércia estatal, a existência de fator exculpatório (e pretensamente legitimador) do inadimplemento de uma grave obrigação constitucional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 14 Cabe rememorar, bem por isso, neste ponto, que o Poder Público também transgride a autoridade superior da Constituição quando deixa de fazer aquilo que ela determina. Em contexto como o que resulta destes autos, a colmatação de omissões inconstitucionais nada mais revela senão um gesto de respeito que esta Alta Corte manifesta pela autoridade suprema da Constituição da República. A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional (como aquela que deriva do art. 40, § 4º, da Carta Política) - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados da Lei Fundamental, tal como tem advertido o Supremo Tribunal Federal: “DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO - MODALIDADES DE COMPORTAMENTOS INCONSTITUCIONAIS DO PODER PÚBLICO. - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com o que dispõe a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 14 Cabe rememorar, bem por isso, neste ponto, que o Poder Público também transgride a autoridade superior da Constituição quando deixa de fazer aquilo que ela determina. Em contexto como o que resulta destes autos, a colmatação de omissões inconstitucionais nada mais revela senão um gesto de respeito que esta Alta Corte manifesta pela autoridade suprema da Constituição da República. A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional (como aquela que deriva do art. 40, § 4º, da Carta Política) - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados da Lei Fundamental, tal como tem advertido o Supremo Tribunal Federal: “DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO - MODALIDADES DE COMPORTAMENTOS INCONSTITUCIONAIS DO PODER PÚBLICO. - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com o que dispõe a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 15 Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela se acham consignados. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exeqüíveis, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência adotada, ou parcial, quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público. (...).” (ADI 1.458-MC/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO) Vê-se, pois, que, na tipologia das situações inconstitucionais, inclui-se, também, aquela que deriva do descumprimento, por inércia estatal, de norma impositiva de determinado comportamento atribuído ao Poder Público pela própria Constituição. As situações configuradoras de omissão inconstitucional - ainda que se cuide de omissão parcial derivada da insuficiente concretização, pelo Poder Público, do conteúdo material da norma impositiva fundada na Carta Política - refletem comportamento estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado qualifica-se, perigosamente, como um dos processos deformadores da Constituição, expondo-se, por isso mesmo, à censura do magistério doutrinário (Anna Cândida da Cunha Ferraz, “Processos Informais de Mudança da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 15 Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela se acham consignados. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exeqüíveis, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência adotada, ou parcial, quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público. (...).” (ADI 1.458-MC/DF, REL. MIN. CELSO DE MELLO) Vê-se, pois, que, na tipologia das situações inconstitucionais, inclui-se, também, aquela que deriva do descumprimento, por inércia estatal, de norma impositiva de determinado comportamento atribuído ao Poder Público pela própria Constituição. As situações configuradoras de omissão inconstitucional - ainda que se cuide de omissão parcial derivada da insuficiente concretização, pelo Poder Público, do conteúdo material da norma impositiva fundada na Carta Política - refletem comportamento estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado qualifica-se, perigosamente, como um dos processos deformadores da Constituição, expondo-se, por isso mesmo, à censura do magistério doutrinário (Anna Cândida da Cunha Ferraz, “Processos Informais de Mudança da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 16 Constituição”, p. 230/232, item n. 5, 1986, Max Limonad; Jorge Miranda, “Manual de Direito Constitucional”, tomo II/406 e 409, 2ª ed., 1988, Coimbra Editora; J. J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, “Fundamentos da Constituição”, p. 46, item n. 2.3.4, 1991, Coimbra Editora). O fato inquestionável é um só: a inércia estatal em tornar efetivas as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela Constituição e configura comportamento que revela um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República. Nada mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem convenientes aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. A percepção da gravidade e das conseqüências lesivas derivadas do gesto infiel do Poder Público que transgride, por omissão ou por insatisfatória concretização, os encargos de que se tornou depositário por efeito de expressa determinação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 16 Constituição”, p. 230/232, item n. 5, 1986, Max Limonad; Jorge Miranda, “Manual de Direito Constitucional”, tomo II/406 e 409, 2ª ed., 1988, Coimbra Editora; J. J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, “Fundamentos da Constituição”, p. 46, item n. 2.3.4, 1991, Coimbra Editora). O fato inquestionável é um só: a inércia estatal em tornar efetivas as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela Constituição e configura comportamento que revela um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República. Nada mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem convenientes aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. A percepção da gravidade e das conseqüências lesivas derivadas do gesto infiel do Poder Público que transgride, por omissão ou por insatisfatória concretização, os encargos de que se tornou depositário por efeito de expressa determinação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 17 constitucional foi revelada, entre nós, já no período monárquico, em lúcido magistério, por PIMENTA BUENO (“Direito Público Brasileiro e Análise da Constituição do Império”, p. 45, reedição do Ministério da Justiça, 1958) e reafirmada por eminentes autores contemporâneos, em lições que acentuam o desvalor jurídico do comportamento estatal omissivo (JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”, p. 226, item n. 4, 3ª ed., 1998, Malheiros; ANNA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 217/218, 1986, Max Limonad; PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição de 1967 com a Emenda n. 1, de 1969”, tomo I/15-16, 2ª ed., 1970, RT, v.g.). O desprestígio da Constituição - por inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais graves aspectos da patologia constitucional, pois reflete inaceitável desprezo, por parte das instituições governamentais, da autoridade suprema da Lei Fundamental do Estado. Essa constatação, feita por Karl Loewenstein (“Teoria de la Constitución”, p. 222, 1983, Ariel, Barcelona), coloca em pauta o fenômeno da erosão da consciência constitucional, motivado pela instauração, no âmbito do Estado, de um preocupante processo de desvalorização funcional da Constituição escrita, como já Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 17 constitucional foi revelada, entre nós, já no período monárquico, em lúcido magistério, por PIMENTA BUENO (“Direito Público Brasileiro e Análise da Constituição do Império”, p. 45, reedição do Ministério da Justiça, 1958) e reafirmada por eminentes autores contemporâneos, em lições que acentuam o desvalor jurídico do comportamento estatal omissivo (JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”, p. 226, item n. 4, 3ª ed., 1998, Malheiros; ANNA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ, “Processos Informais de Mudança da Constituição”, p. 217/218, 1986, Max Limonad; PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição de 1967 com a Emenda n. 1, de 1969”, tomo I/15-16, 2ª ed., 1970, RT, v.g.). O desprestígio da Constituição - por inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais graves aspectos da patologia constitucional, pois reflete inaceitável desprezo, por parte das instituições governamentais, da autoridade suprema da Lei Fundamental do Estado. Essa constatação, feita por Karl Loewenstein (“Teoria de la Constitución”, p. 222, 1983, Ariel, Barcelona), coloca em pauta o fenômeno da erosão da consciência constitucional, motivado pela instauração, no âmbito do Estado, de um preocupante processo de desvalorização funcional da Constituição escrita, como já Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 18 ressaltado, pelo Supremo Tribunal Federal, em diversos julgamentos, como resulta da seguinte decisão, consubstanciada em acórdão assim ementado: “A TRANSGRESSÃO DA ORDEM CONSTITUCIONAL PODE CONSUMAR-SE MEDIANTE AÇÃO (VIOLAÇÃO POSITIVA) OU MEDIANTE OMISSÃO (VIOLAÇÃO NEGATIVA). - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, seja quando este vem a fazer o que o estatuto constitucional não lhe permite, seja, ainda, quando vem a editar normas em desacordo, formal ou material, com o que dispõe a Constituição. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado, no entanto, deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a própria Carta Política lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total (quando é nenhuma a providência adotada) ou parcial (quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público). Entendimento prevalecente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: RTJ 162/877-879, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno). - A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 18 ressaltado, pelo Supremo Tribunal Federal, em diversos julgamentos, como resulta da seguinte decisão, consubstanciada em acórdão assim ementado: “A TRANSGRESSÃO DA ORDEM CONSTITUCIONAL PODE CONSUMAR-SE MEDIANTE AÇÃO (VIOLAÇÃO POSITIVA) OU MEDIANTE OMISSÃO (VIOLAÇÃO NEGATIVA). - O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um comportamento ativo do Poder Público, seja quando este vem a fazer o que o estatuto constitucional não lhe permite, seja, ainda, quando vem a editar normas em desacordo, formal ou material, com o que dispõe a Constituição. Essa conduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. - Se o Estado, no entanto, deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, abstendo-se, em conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a própria Carta Política lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total (quando é nenhuma a providência adotada) ou parcial (quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público). Entendimento prevalecente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: RTJ 162/877-879, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno). - A omissão do Estado - que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional - qualifica-se como comportamento revestido da maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público também desrespeita a Constituição, também ofende direitos que nela se fundam e também impede, por ausência (ou insuficiência) de medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 19 - O Poder Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, imposto em cláusula constitucional, de caráter mandatório - infringe, com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental, estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da consciência constitucional (ADI 1.484-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). - A inércia estatal em adimplir as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela autoridade da Constituição e configura, por isso mesmo, comportamento que deve ser evitado. É que nada se revela mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem ajustados à conveniência e aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO E DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR: A NECESSÁRIA EXISTÊNCIA DO PERTINENTE NEXO DE CAUSALIDADE. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. (...).” (RTJ 183/818-819, REL. MIN. CELSO DE MELLO, Pleno) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 19 - O Poder Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, imposto em cláusula constitucional, de caráter mandatório - infringe, com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental, estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da consciência constitucional (ADI 1.484-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). - A inércia estatal em adimplir as imposições constitucionais traduz inaceitável gesto de desprezo pela autoridade da Constituição e configura, por isso mesmo, comportamento que deve ser evitado. É que nada se revela mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem ajustados à conveniência e aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos. DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO E DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR: A NECESSÁRIA EXISTÊNCIA DO PERTINENTE NEXO DE CAUSALIDADE. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. (...).” (RTJ 183/818-819, REL. MIN. CELSO DE MELLO, Pleno) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 20 Nem se diga que o Supremo Tribunal Federal, ao colmatar uma evidente (e lesiva) omissão inconstitucional do aparelho de Estado estar-se-ia transformando em anômalo legislador. É que, ao suprir lacunas normativa provocadas por injustificável inércia do Estado, esta Suprema Corte nada mais faz senão desempenhar o papel que lhe foi outorgado pela própria Constituição da República, valendo-se, para tanto, de instrumento que, concebido pela Assembléia Nacional Constituinte, foi por ela instituído com a precípua finalidade de impedir que a inércia governamental, como a que se registra no caso ora em exame, culminasse por degradar a autoridade e a supremacia da Lei Fundamental. Daí a jurisprudência que se formou no âmbito desta Corte, a partir do julgamento plenário do MI 708/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, e do MI 712/PA, Rel. Min. EROS GRAU, no sentido de restaurar, em sua dimensão integral, a vocação protetiva do remédio constitucional do mandado de injunção, cuja utilização permite, ao Supremo Tribunal Federal, colmatar, de modo inteiramente legítimo, mediante processos de integração normativa, como, p. ex., o recurso à analogia, as omissões que venha, eventualmente, a constatar. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 20 Nem se diga que o Supremo Tribunal Federal, ao colmatar uma evidente (e lesiva) omissão inconstitucional do aparelho de Estado estar-se-ia transformando em anômalo legislador. É que, ao suprir lacunas normativa provocadas por injustificável inércia do Estado, esta Suprema Corte nada mais faz senão desempenhar o papel que lhe foi outorgado pela própria Constituição da República, valendo-se, para tanto, de instrumento que, concebido pela Assembléia Nacional Constituinte, foi por ela instituído com a precípua finalidade de impedir que a inércia governamental, como a que se registra no caso ora em exame, culminasse por degradar a autoridade e a supremacia da Lei Fundamental. Daí a jurisprudência que se formou no âmbito desta Corte, a partir do julgamento plenário do MI 708/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, e do MI 712/PA, Rel. Min. EROS GRAU, no sentido de restaurar, em sua dimensão integral, a vocação protetiva do remédio constitucional do mandado de injunção, cuja utilização permite, ao Supremo Tribunal Federal, colmatar, de modo inteiramente legítimo, mediante processos de integração normativa, como, p. ex., o recurso à analogia, as omissões que venha, eventualmente, a constatar. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 21 E é, precisamente, o que esta Suprema Corte tem realizado em inúmeros processos injuncionais, nos quais vem garantindo, aos destinatários da regra inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição, o acesso e a plena fruição do benefício da aposentadoria especial. Cumpre ressaltar, finalmente, na linha do que se vem expondo, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre essa mesma questão (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), tem salientado – uma vez promovida a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa – que se exaure, nesse ato, a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (e instituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado, que esclarece, em tema de aposentadoria especial (CF, art. 40, § 4º), aquilo que se inclui, no plano administrativo, na esfera de atribuições da autoridade competente: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 21 E é, precisamente, o que esta Suprema Corte tem realizado em inúmeros processos injuncionais, nos quais vem garantindo, aos destinatários da regra inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição, o acesso e a plena fruição do benefício da aposentadoria especial. Cumpre ressaltar, finalmente, na linha do que se vem expondo, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre essa mesma questão (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), tem salientado – uma vez promovida a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa – que se exaure, nesse ato, a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (e instituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado, que esclarece, em tema de aposentadoria especial (CF, art. 40, § 4º), aquilo que se inclui, no plano administrativo, na esfera de atribuições da autoridade competente: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 25 Voto - MIN. CELSO DE MELLO MI 1.656 AgR / DF 22 1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei) Isso significa, portanto, que não cabe indicar, nesta sede injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 3.718/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Supremo Tribunal Federal MI 1.656 AgR / DF 22 1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei) Isso significa, portanto, que não cabe indicar, nesta sede injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 3.718/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1598296 Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 25 Decisão de Julgamento PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.656 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM GOIÁS - SINJUFEGO ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou a preliminar de nulidade e negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1607041 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.656 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM GOIÁS - SINJUFEGO ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou a preliminar de nulidade e negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1607041 Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 25
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1607190
2011-10-20T00:00:00
2011-12-06T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou a preliminar de nulidade e negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ayres Britto. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 20.10.2011.
AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO
E M E N T A: MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO - LEGITIMIDADE DA UTILIZAÇÃO, POR ENTIDADES DE CLASSE E/OU ORGANISMOS SINDICAIS, DE REFERIDA AÇÃO CONSTITUCIONAL - DOUTRINA - PRECEDENTES (RTJ 166/751-752, v.g.) - PRETENDIDA NULIDADE PROCESSUAL, ARGÜIDA PELA UNIÃO FEDERAL, POR AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - INOCORRÊNCIA - INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM OUTRAS DEMANDAS INJUNCIONAIS EM QUE, SUSCITADA CONTROVÉRSIA IDÊNTICA À DISCUTIDA NESTE PROCESSO, VEIO O “PARQUET” A OPINAR, FUNDAMENTADAMENTE, SOBRE A QUESTÃO PERTINENTE AO ALCANCE DO ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO - PRELIMINAR REJEITADA - SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I) - INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO - LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI” - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
sjur202385
- Acórdão citados: MI 542 - Tribunal Pleno, MI 708 - Tribunal Pleno, MI 712 - Tribunal Pleno, MI 721 - Tribunal Pleno, MI 758, MI 788, MI 795, MI 796, MI 809, MI 1115 ED - Tribunal Pleno, MI 1125 ED - Tribunal Pleno, MI 1189 AgR - Tribunal Pleno, MI 1286 ED - Tribunal Pleno, ADI 1458 MC, MI 1967 AgR, MI 3322 AgR; RTJ 158/375, RTJ 166/751, RTJ 183/818. - Decisões monocráticas citadas: MI 463, MI 633, MI 642, MI 824, MI 834, MI 874, MI 912, MI 970, MI 1001, MI 1034, MI 1059, MI 1277, MI 1312, MI 1316, MI 1451, MI 1613, MI 1737, MI 3718. - Veja Informativo 378 do STF (MI 715). Número de páginas: 25. Análise: 06/01/2012, MMR. Revisão: 18/01/2012, KBP.
CELSO DE MELLO
Tribunal Pleno
1656
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00071 ART-00040 PAR-00004\r\n INC-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n ART-00057 PAR-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
MI-AgR
acordaos
MI 1656 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM GOIÁS - SINJUFEGO ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 1. 656", "R", "T", "J 166 / 751- 752", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 1. 656", "R", "E", "G", ". NO", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 1. 656", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 1. 656", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 1. 967 / DF", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 1. 967 / DF", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "R", "T", "J 158 / 375", "R", "T", "J 131 / 963", "R", "T", "J 186 / 20- 21", "R", "T", "J 183 / 818- 819", "R", "T", "J 180 / 442", "M", "I 1. 656 Ag", "R", "T", "J 158 / 375", "R", "T", "J 131 / 963", "R", "T", "J 186 / 20- 21", "R", "T", "J 183 / 818- 819", "R", "T", "J 180 / 442", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/ D", "F", "R", "T", "J 158 / 375", "M", "I 715 / DF", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/ D", "F", "R", "T", "J 158 / 375", "M", "I 715 / DF", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 633 / DF", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 633 / DF", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 463 / MG", "M", "I 542 / SP", "M", "I 642 / DF", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/ DF", "M", "I 463 / MG", "M", "I 542 / SP", "M", "I 642 / DF", "I 1. 656", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 721 / DF", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/", "D", "F 8", "M", "I 721 / DF", "M", "I 1. 613 / DF", "M", "I 1. 737 / DF", "M", "I 1. 967 / DF", "M", "I 3. 322 / DF", "Manda", "do de Injunção 721", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I 3. 322 / DF", "Manda", "do de Injunção 721", "1", ".", "65", "6", "Ag", "R", "/", "D", "F", "Manda", "do de Injunção 758", "M", "I 1. 737 / DF", "M", "I 758 / DF", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "Manda", "do de Injunção 758", "Manda", "dos de Injunção 788", "Manda", "do de Injunção 795", "M", "I 1. 737 / DF", "M", "I 758 / DF", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "M", "I", "I", "M", "I 721", "M", "I 788 / DF", "M", "I 795 / DF", "M", "I", "1.", "65", "6", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 721", "M", "I 788 / DF", "M", "I 795 / DF", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 1. 034 / DF", "M", "I n. 795", "M", "I n.", "M", "I n", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 1. 034 / DF", "M", "I n. 795", "M", "I n. 670", "M", "I n. 708", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/ DF", "M", "I n. 712", "M", "I n. 715", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I n. 71", "M", "I n. 715", "I 1", ". 656", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/", "D", "F", "A", "DI 1. 458- MC / DF", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "A", "DI 1. 458- MC / DF", "I 1", ".", "65", "6", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 1. 656 AgR", "/ D", "F", "Ag", "R", "/", "D", "F", "M", "I 1. 656", "Ag", "R", "/ D", "F", "R", "T", "J 162 / 877- 879", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "R", "T", "J 162 / 877- 879", "1", ".", "65", "6", "Ag", "R", "/", "D", "F", "A", "DI 1. 484- DF", "R", "T", "J 183 / 818- 81", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "A", "DI 1. 484- DF", "R", "T", "J 183 / 818- 819", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 708 / DF", "M", "I 712 / PA", "M", "I 1. 656 AgR / DF", "M", "I 708 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J. Gomes Canotilho", "Vit", "al Moreira", "Jorge Miranda", "J", ". J. Gomes Canotilho", "Vit", "al Moreira", "CE", "LS", "O DE MELLO MI", "P", "IM", "EN", "TA BUENO", "J", "OS", "É AFONSO DA SILVA", "AN", "NA CÂNDIDA DA", "C", "UN", "HA FERRAZ", "P", "ON", "TE", "S DE MIRANDA", "Karl Loewenstein", "P", "IM", "EN", "TA BUENO", "J", "OS", "É AFONSO DA SILVA", "AN", "NA CÂNDIDA DA CUNHA FERRAZ", "P", "ON", "TE", "S DE MIRANDA", "Karl Loewenstein", "CE", "LS", "O DE MELLO MI", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO MI", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "RO", "S GRAU", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "RO", "S GRAU", "CE", "LS", "O DE MELLO MI", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "CE", "LS", "O DE MELLO", "R", "U", "DI MEIRA CASSEL", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Roberto Monteiro Gurgel Santos", "Luiz Tomimatsu", "CE", "LS", "O DE MELLO", "R", "U", "DI MEIRA CASSEL", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Roberto Monteiro Gurgel Santos", "Luiz Tomimatsu" ], "TEMPO": [ "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "06", "/", "12", "/", "2011", "20 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "08", ".", "2007", "24", ".", "07", ".", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "08", ".", "2007", "24", ".", "07", ".", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", ".", "07", ".", "2008", "26", ".", "09", ".", "2008", "15", ".", "04", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", ".", "07", ".", "2008", "26", ".", "09", ".", "2008", "15", ".", "04", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "15 de abril passado", "31", ".", "10", ".", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "15 de abril passado", "31", ".", "10", ".", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "4", ".", "3", ".", "05", ".", "”", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", ".", "10", ".", "08", "31", ".", "10", ".", "08", "4", ".", "3", ".", "05", ".", "”", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "1986", "1988", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "1986", "1988", "1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "1958", "1998", "1986", "1969", "1970", "1983", "24", "/", "08", "/", "2001", "1958", "1998", "1986", "1969", "1970", "1983", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: PENAL. CRIME TIPIFICADO NO ART. 12, § 2º, INCISO III, DA LEI 6.368/76 (CONTRIBUIÇÃO PARA O TRÁFICO, COMO “FOGUETEIRO”). REVOGAÇÃO DA LEI 6.368/76 PELA LEI 11.343/06. ABOLITIO CRIMINIS. INEXISTÊNCIA. CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA. CONDUTA TIPIFICADA NO ART. 37 DA LEI REVOGADORA. LEX MITIOR. RETROAÇÃO. ART. 5º, INC. XL, DA CF. 1. A conduta do “fogueteiro do tráfico”, antes tipificada no art. 12, § 2º, da Lei 6.368/76, encontra correspondente no art. 37 da Lei que a revogou, a Lei 11.343/06, não cabendo falar em abolitio criminis. 2. O informante, na sistemática anterior, era penalmente responsável como coautor ou partícipe do crime para o qual colaborava, em sintonia com a teoria monística do art. 29 do Código Penal: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”. 3. A nova Lei de Entorpecentes abandonou a teoria monística, ao tipificar no art. 37, como autônoma, a conduta do colaborador, aludindo ao informante (o “fogueteiro”, sem dúvida, é informante), e cominou, em seu preceito secundário, pena de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, e o pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa, que é inferior à pena cominada no art. 12 da Lei 6.368/76, expressando a mens lege que a conduta a ser punida mais severamente é a do verdadeiro traficante, e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530509. Supremo Tribunal Federal DJe 17/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 25 Ementa e Acórdão HC 106.155 / RJ não as periféricas. 4. A revogação da lei penal não implica, necessariamente, descriminalização de condutas. Necessária se faz a observância ao princípio da continuidade normativo-típica, a impor a manutenção de condenações dos que infringiram tipos penais da lei revogada quando há, como in casu, correspondência na lei revogadora. 5. Reconhecida a dupla tipicidade, é imperioso que se faça a dosimetria da pena tendo como parâmetro o quantum cominado abstratamente no preceito secundário do art. 37 da Lei 11.343/06, de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, lex mitior retroativa por força do art. 5º, XL, da Constituição Federal, e não a pena in abstrato cominada no art. 12 da Lei 6.368/76, de 3 (três) a 15 (quinze) anos de reclusão. 6. Ordem denegada nos termos em que requerida, mas concedida, de ofício, para determinar ao juízo da execução que proceda à nova dosimetria, tendo como baliza a pena abstratamente cominada no art. 37 da Lei 11.343/06, observando-se os consectários da execução decorrentes da pena redimensionada, como progressão de regime, livramento condicional etc. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, mas em concedê-la de ofício, nos termos do voto do Redator para o acórdão. Brasília, 4 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Redator para o acórdão Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530509. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ não as periféricas. 4. A revogação da lei penal não implica, necessariamente, descriminalização de condutas. Necessária se faz a observância ao princípio da continuidade normativo-típica, a impor a manutenção de condenações dos que infringiram tipos penais da lei revogada quando há, como in casu, correspondência na lei revogadora. 5. Reconhecida a dupla tipicidade, é imperioso que se faça a dosimetria da pena tendo como parâmetro o quantum cominado abstratamente no preceito secundário do art. 37 da Lei 11.343/06, de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, lex mitior retroativa por força do art. 5º, XL, da Constituição Federal, e não a pena in abstrato cominada no art. 12 da Lei 6.368/76, de 3 (três) a 15 (quinze) anos de reclusão. 6. Ordem denegada nos termos em que requerida, mas concedida, de ofício, para determinar ao juízo da execução que proceda à nova dosimetria, tendo como baliza a pena abstratamente cominada no art. 37 da Lei 11.343/06, observando-se os consectários da execução decorrentes da pena redimensionada, como progressão de regime, livramento condicional etc. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, mas em concedê-la de ofício, nos termos do voto do Redator para o acórdão. Brasília, 4 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Redator para o acórdão Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530509. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 25 Relatório 23/08/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A título de relatório, adoto as informações prestadas pela Assessoria: O paciente foi condenado pelo Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de Jacarepaguá, Estado do Rio de Janeiro, à pena definitiva de sete anos de reclusão e dois meses de detenção, em virtude da prática dos crimes previstos no artigo 10, § 2º, da Lei nº 9.437/97; artigo 12, § 2º, inciso III, combinado com o artigo 18, inciso III, da Lei nº 6.368/76 e artigos 180 e 329 do Código Penal. A pena foi assim fixada: a) porte de armas – dois anos de reclusão; b) tráfico de drogas em associação – o sentenciado atuava como “fogueteiro” – quatro anos de reclusão; c) receptação – um ano de reclusão; d) resistência (artigo 329 do Código Penal) – dois meses de detenção. Editada a Lei nº 11.343/2006, a defesa requereu o reconhecimento da superveniente atipicidade da conduta em relação ao crime previsto no artigo 12, § 2º, inciso III, da lei nº 6.368/76, com a consequente declaração de extinção da punibilidade. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533634. Supremo Tribunal Federal 23/08/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A título de relatório, adoto as informações prestadas pela Assessoria: O paciente foi condenado pelo Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de Jacarepaguá, Estado do Rio de Janeiro, à pena definitiva de sete anos de reclusão e dois meses de detenção, em virtude da prática dos crimes previstos no artigo 10, § 2º, da Lei nº 9.437/97; artigo 12, § 2º, inciso III, combinado com o artigo 18, inciso III, da Lei nº 6.368/76 e artigos 180 e 329 do Código Penal. A pena foi assim fixada: a) porte de armas – dois anos de reclusão; b) tráfico de drogas em associação – o sentenciado atuava como “fogueteiro” – quatro anos de reclusão; c) receptação – um ano de reclusão; d) resistência (artigo 329 do Código Penal) – dois meses de detenção. Editada a Lei nº 11.343/2006, a defesa requereu o reconhecimento da superveniente atipicidade da conduta em relação ao crime previsto no artigo 12, § 2º, inciso III, da lei nº 6.368/76, com a consequente declaração de extinção da punibilidade. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533634. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 25 Relatório HC 106.155 / RJ O Juízo da Vara de Execução Criminal da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro acolheu o pedido. O Ministério Público interpôs agravo, ao qual a Quarta Câmara Criminal do Tribunal estadual de Justiça do Estado do Rio de Janeiro deu provimento e restabeleceu a condenação. A defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça – autuado sob o nº 144.086, distribuído ao Ministro Gilson Dipp. A Quinta Turma indeferiu a ordem. Segundo consignou, a interpretação sistemática revelaria que a prática de “contribuir” para o tráfico de drogas, apesar de não repetida no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, estaria inserida nas especificações dos modos de concorrer para a concretização do tipo e, além disso, as condutas anteriormente presentes no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76 subsistiriam desdobradas em outros dispositivos da nova legislação. Nesta impetração, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro reafirma como causa de pedir a extinção da punibilidade. Assevera ter havido modificação no tratamento penal quanto aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, com criação de novos tipos penais e manutenção de outros, além de, em algumas situações, aumento de penas. Acentua que, consoante o princípio constitucional da reserva legal, um ato somente pode ser considerado crime quando previsto em lei e o reconhecimento da conduta como delituosa exige adequação do fato ao figurino legal. Desse modo, não poderia subsistir a premissa assentada pelas instâncias judiciais percorridas, no sentido de que, embora não repetidas literalmente, as práticas anteriormente tipificadas no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76 subsistem desdobradas em outros artigos da Lei nº 11.343/2006. Pede o deferimento da ordem, para declarar extinta a punibilidade do paciente em relação ao tipo do artigo 12, § 2º, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533634. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ O Juízo da Vara de Execução Criminal da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro acolheu o pedido. O Ministério Público interpôs agravo, ao qual a Quarta Câmara Criminal do Tribunal estadual de Justiça do Estado do Rio de Janeiro deu provimento e restabeleceu a condenação. A defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça – autuado sob o nº 144.086, distribuído ao Ministro Gilson Dipp. A Quinta Turma indeferiu a ordem. Segundo consignou, a interpretação sistemática revelaria que a prática de “contribuir” para o tráfico de drogas, apesar de não repetida no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, estaria inserida nas especificações dos modos de concorrer para a concretização do tipo e, além disso, as condutas anteriormente presentes no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76 subsistiriam desdobradas em outros dispositivos da nova legislação. Nesta impetração, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro reafirma como causa de pedir a extinção da punibilidade. Assevera ter havido modificação no tratamento penal quanto aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, com criação de novos tipos penais e manutenção de outros, além de, em algumas situações, aumento de penas. Acentua que, consoante o princípio constitucional da reserva legal, um ato somente pode ser considerado crime quando previsto em lei e o reconhecimento da conduta como delituosa exige adequação do fato ao figurino legal. Desse modo, não poderia subsistir a premissa assentada pelas instâncias judiciais percorridas, no sentido de que, embora não repetidas literalmente, as práticas anteriormente tipificadas no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76 subsistem desdobradas em outros artigos da Lei nº 11.343/2006. Pede o deferimento da ordem, para declarar extinta a punibilidade do paciente em relação ao tipo do artigo 12, § 2º, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533634. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 25 Relatório HC 106.155 / RJ inciso III, combinado com o artigo 18, inciso III, da Lei nº 6.368/76. A Procuradoria Geral da República opina pelo indeferimento da ordem. Entende improcedente a tese da superveniente atipicidade da conduta, pois a conduta pela qual o paciente foi condenado permaneceria descrita na nova legislação. Lancei visto no processo em 1º de agosto de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 9 seguinte, isso objetivando a ciência da impetrante. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533634. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ inciso III, combinado com o artigo 18, inciso III, da Lei nº 6.368/76. A Procuradoria Geral da República opina pelo indeferimento da ordem. Entende improcedente a tese da superveniente atipicidade da conduta, pois a conduta pela qual o paciente foi condenado permaneceria descrita na nova legislação. Lancei visto no processo em 1º de agosto de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 9 seguinte, isso objetivando a ciência da impetrante. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533634. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 25 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 23/08/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Em Direito Penal, descabe, em prejuízo da defesa, a interpretação extensiva. A previsão do artigo 33 da Lei nº 11.343/2006 mostra-se exaustiva. Verifiquem os núcleos constantes do preceito: [...] Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. [...] A Lei nº 11.343/2006 não repetiu o tipo do inciso III do § 2º do artigo 12 da Lei nº 6.368/76, a revelar a contribuição, sob qualquer forma, para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica: […] Art. 12 [...] § 2º Nas mesmas penas incorre, ainda, quem: [...] III - contribui de qualquer forma para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533635. Supremo Tribunal Federal 23/08/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Em Direito Penal, descabe, em prejuízo da defesa, a interpretação extensiva. A previsão do artigo 33 da Lei nº 11.343/2006 mostra-se exaustiva. Verifiquem os núcleos constantes do preceito: [...] Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. [...] A Lei nº 11.343/2006 não repetiu o tipo do inciso III do § 2º do artigo 12 da Lei nº 6.368/76, a revelar a contribuição, sob qualquer forma, para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica: […] Art. 12 [...] § 2º Nas mesmas penas incorre, ainda, quem: [...] III - contribui de qualquer forma para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533635. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 25 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 106.155 / RJ O Superior Tribunal de Justiça admitiu o silêncio do novo diploma legal, mas partiu para a seguinte óptica: Interpretando-se sistematicamente a nova legislação, verifica-se que, apesar de não haver disposição específica acerca da conduta, a função de garantir a realização de qualquer dos atos descritos no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, concorre para que elas se concretizem, não sendo razoável, portanto, falar-se em descriminalização do exercício de atividade de segurança, de ‘fogueteiro’, ou de ‘olheiro’ do tráfico de drogas. Com efeito, embora não repetidas literalmente em um único dispositivo, as condutas anteriormente tipificadas no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei 6.368/76, subsistem desdobradas em outros artigos da novel legislação, não estando, portanto, configurada a apontada abolitio criminis. O silêncio do legislador tem consequências jurídicas próprias, presente a garantia constitucional a direcionar, para a glosa penal, a existência de lei prevendo o crime – inciso XXXIX do artigo 5º da Lei Básica de 1988. Bem andou o Juízo da execução ao acolher o pedido formulado pela defesa. Concedo a ordem para restabelecer o que decidido no pronunciamento do Juízo, expungindo-se da condenação a cláusula alusiva ao tráfico de drogas. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533635. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ O Superior Tribunal de Justiça admitiu o silêncio do novo diploma legal, mas partiu para a seguinte óptica: Interpretando-se sistematicamente a nova legislação, verifica-se que, apesar de não haver disposição específica acerca da conduta, a função de garantir a realização de qualquer dos atos descritos no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, concorre para que elas se concretizem, não sendo razoável, portanto, falar-se em descriminalização do exercício de atividade de segurança, de ‘fogueteiro’, ou de ‘olheiro’ do tráfico de drogas. Com efeito, embora não repetidas literalmente em um único dispositivo, as condutas anteriormente tipificadas no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei 6.368/76, subsistem desdobradas em outros artigos da novel legislação, não estando, portanto, configurada a apontada abolitio criminis. O silêncio do legislador tem consequências jurídicas próprias, presente a garantia constitucional a direcionar, para a glosa penal, a existência de lei prevendo o crime – inciso XXXIX do artigo 5º da Lei Básica de 1988. Bem andou o Juízo da execução ao acolher o pedido formulado pela defesa. Concedo a ordem para restabelecer o que decidido no pronunciamento do Juízo, expungindo-se da condenação a cláusula alusiva ao tráfico de drogas. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533635. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 25 Debate 23/08/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO DEBATE A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Quero muito contribuir. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O que se quis com a nova lei. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, o Ministro Marco Aurélio, realmente, se coloca ... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Se quis, com a nova lei, endurecer, mas o legislador se esqueceu da contribuição, deixando de a contemplar como tipo. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu tenho a impressão... A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Ou, então, como afirmou Vossa Excelência, ele, talvez, tenha tipificado de forma diferente. Quer dizer, a prática, o Ministro Marco Aurélio afirma bem, não está caracterizada no que ocorreu, nos fatos descritos. O legislador tirou aquilo e deixou apenas este "fornecer drogas ainda que gratuitamente", como se esse fornecimento fosse uma forma de contribuir, mas, como diz Vossa Excelência, no Direito Penal vale o escrito. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A interpretação sistemática da lei revogada e da atual é eloquente. Sinaliza, realmente, o afastamento. Não posso atribuir a um diploma o lançamento de um preceito inócuo, como se essa prática de fogueteiro já estivesse no preceito que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Supremo Tribunal Federal 23/08/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO DEBATE A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Quero muito contribuir. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O que se quis com a nova lei. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, o Ministro Marco Aurélio, realmente, se coloca ... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Se quis, com a nova lei, endurecer, mas o legislador se esqueceu da contribuição, deixando de a contemplar como tipo. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu tenho a impressão... A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Ou, então, como afirmou Vossa Excelência, ele, talvez, tenha tipificado de forma diferente. Quer dizer, a prática, o Ministro Marco Aurélio afirma bem, não está caracterizada no que ocorreu, nos fatos descritos. O legislador tirou aquilo e deixou apenas este "fornecer drogas ainda que gratuitamente", como se esse fornecimento fosse uma forma de contribuir, mas, como diz Vossa Excelência, no Direito Penal vale o escrito. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A interpretação sistemática da lei revogada e da atual é eloquente. Sinaliza, realmente, o afastamento. Não posso atribuir a um diploma o lançamento de um preceito inócuo, como se essa prática de fogueteiro já estivesse no preceito que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 25 Debate HC 106.155 / RJ define o crime de tráfico. Veio, realmente, o inciso III... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Poderia ser pelo 29 do Código Penal, como partícipe. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ah bom, a minha abordagem seria esta. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não, mas aí... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Mas ele foi condenado num tipo que, efetivamente, não existe mais. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - É, não existe mais. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: A análise dele como partícipe foi feita. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - A fala do Ministro Gilson Dipp, lida pelo Ministro Marco Aurélio, faz remissão ao anterior. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ou seja, para mim, não existe tipo implícito. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu, particularmente, entendo o seguinte: se o delito é praticado sob a égide de uma determinada lei, só se evoca a lei posterior se ela for lex mitior. Se ela for uma lei melhor, eu vou aplicar a anterior. Aí, ele praticou o crime segundo aquela lei antiga de drogas. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ define o crime de tráfico. Veio, realmente, o inciso III... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Poderia ser pelo 29 do Código Penal, como partícipe. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ah bom, a minha abordagem seria esta. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não, mas aí... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Mas ele foi condenado num tipo que, efetivamente, não existe mais. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - É, não existe mais. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: A análise dele como partícipe foi feita. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - A fala do Ministro Gilson Dipp, lida pelo Ministro Marco Aurélio, faz remissão ao anterior. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ou seja, para mim, não existe tipo implícito. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu, particularmente, entendo o seguinte: se o delito é praticado sob a égide de uma determinada lei, só se evoca a lei posterior se ela for lex mitior. Se ela for uma lei melhor, eu vou aplicar a anterior. Aí, ele praticou o crime segundo aquela lei antiga de drogas. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 25 Debate HC 106.155 / RJ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O Juízo da Execução disse que sim, e o colega dele está endossando essa óptica. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Agora, o fogueteiro do tráfico, ele é um colaborador do tráfico. Ele comunica que chegou a droga para iniciar a traficância, para iniciar a venda. Não sei se os senhores têm conhecimento desse fato notório da vida prática, que o fogueteiro, que solta o foguete, avisa a chegada da droga. Eu verifico aqui, no precedente, que entendi muito bem lançado, olha o que diz o inciso II desse precedente: É penal, processual penal o habeas corpus substitutivo de recurso ordinário. Artigo 2º, § 2º, inciso III, da Lei, antiga, de droga, trancamento da ação penal. Abolitio Criminis. Inocorrência - para falar do fogueteiro - diz o seguinte: com a edição da lei, o artigo 12, § 2º, inciso III, da antiga Lei de Drogas não foi repetido literalmente, mas o legislador infraconstitucional criou os crimes de financiamento e custeio para o tráfico, o de colaboração, artigo 37, e ainda modificou a concepção do artigo 12, § 2º, inciso II, da Lei nº 6.368, de forma a introduzir, no novo artigo 33, § 1º, III, a ideia de que incorre nas mesmas penas aquele que consente que outrem utilize bem, natureza, etc e tal. Assim, o artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei, ainda, vige na atual Lei nº 11.343, mesmo que desdobrada em outros artigos. E, no presente caso, não houve abolitio criminis, motivo pelo qual a condenação deve permanecer tal como se encontra. Eu acho que não teria o menor sentido nem pela ratio essendi da nova lei.... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não encontrei. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - ...que ela viesse descriminalizar uma das condutas mais importantes na dinâmica do tráfico de drogas, que é o fogueteiro. Todo mundo... 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O Juízo da Execução disse que sim, e o colega dele está endossando essa óptica. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Agora, o fogueteiro do tráfico, ele é um colaborador do tráfico. Ele comunica que chegou a droga para iniciar a traficância, para iniciar a venda. Não sei se os senhores têm conhecimento desse fato notório da vida prática, que o fogueteiro, que solta o foguete, avisa a chegada da droga. Eu verifico aqui, no precedente, que entendi muito bem lançado, olha o que diz o inciso II desse precedente: É penal, processual penal o habeas corpus substitutivo de recurso ordinário. Artigo 2º, § 2º, inciso III, da Lei, antiga, de droga, trancamento da ação penal. Abolitio Criminis. Inocorrência - para falar do fogueteiro - diz o seguinte: com a edição da lei, o artigo 12, § 2º, inciso III, da antiga Lei de Drogas não foi repetido literalmente, mas o legislador infraconstitucional criou os crimes de financiamento e custeio para o tráfico, o de colaboração, artigo 37, e ainda modificou a concepção do artigo 12, § 2º, inciso II, da Lei nº 6.368, de forma a introduzir, no novo artigo 33, § 1º, III, a ideia de que incorre nas mesmas penas aquele que consente que outrem utilize bem, natureza, etc e tal. Assim, o artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei, ainda, vige na atual Lei nº 11.343, mesmo que desdobrada em outros artigos. E, no presente caso, não houve abolitio criminis, motivo pelo qual a condenação deve permanecer tal como se encontra. Eu acho que não teria o menor sentido nem pela ratio essendi da nova lei.... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não encontrei. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - ...que ela viesse descriminalizar uma das condutas mais importantes na dinâmica do tráfico de drogas, que é o fogueteiro. Todo mundo... 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 25 Debate HC 106.155 / RJ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro, Vossa Excelência me permite? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Pois não. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não encontrei o texto que versa a colaboração. Daí ter, inclusive, transcrito o artigo 33 da nova Lei, que, nos núcleos revelados, não contempla a colaboração. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, eu aqui anoto, Ministro.. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Agora, sei que Vossa Excelência está se valendo da premissa lançada pelo Ministro Dipp. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, mas, evidentemente, que... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas, agora, se a nova lei tiver esse tipo, que seria equivalente ao do inciso III do § 2º do artigo 2º, evoluo. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu vou fazer o seguinte: como eu teria que abrir aqui para ver a Presidência, que eu não tenho aqui. Aqui está indicado o artigo 37. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - O 37 da nova Lei é colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos artigos 33 caput, § 1º e 34 desta Lei. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É esse. O fogueteiro é um 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro, Vossa Excelência me permite? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Pois não. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não encontrei o texto que versa a colaboração. Daí ter, inclusive, transcrito o artigo 33 da nova Lei, que, nos núcleos revelados, não contempla a colaboração. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, eu aqui anoto, Ministro.. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Agora, sei que Vossa Excelência está se valendo da premissa lançada pelo Ministro Dipp. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, mas, evidentemente, que... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas, agora, se a nova lei tiver esse tipo, que seria equivalente ao do inciso III do § 2º do artigo 2º, evoluo. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu vou fazer o seguinte: como eu teria que abrir aqui para ver a Presidência, que eu não tenho aqui. Aqui está indicado o artigo 37. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - O 37 da nova Lei é colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos artigos 33 caput, § 1º e 34 desta Lei. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É esse. O fogueteiro é um 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 25 Debate HC 106.155 / RJ colaborador. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: É, mas aí tem diferença de penas. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Aqui, é reclusão de 2 a 6 anos e pagamento de trezentos a setecentos dias. E aí, tem de ver, também, o fundamento que foi.....como Vossa Excelência, Ministro.... O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Deixa eu pedir vista, o que for melhor, porque é uma matéria nova, segundo o Ministro Marco Aurélio, é a primeira vez que... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não, eu mesmo estou pronto a refletir, porque penso que estão mitigando a lei de tóxicos em muito, contrariando-se uma política normativa que nossos representantes elegeram, e bem elegeram, inclusive com a substituição da pena restritiva da liberdade pela restritiva de direitos. Tenho uma óptica quanto a esse mal maior da nossa sociedade, hoje, equiparável apenas, talvez, à corrupção. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Drogas e corrupção, nossos pecados capitais. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Tenho uma óptica rigorosa quanto a essa prática delituosa. Eu mesmo vou refletir sobre o artigo 37, que versa... O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Depois que aparece é bom firmarmos uma orientação, se pudermos, homogênea. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – … a 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ colaborador. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: É, mas aí tem diferença de penas. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Aqui, é reclusão de 2 a 6 anos e pagamento de trezentos a setecentos dias. E aí, tem de ver, também, o fundamento que foi.....como Vossa Excelência, Ministro.... O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Deixa eu pedir vista, o que for melhor, porque é uma matéria nova, segundo o Ministro Marco Aurélio, é a primeira vez que... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não, eu mesmo estou pronto a refletir, porque penso que estão mitigando a lei de tóxicos em muito, contrariando-se uma política normativa que nossos representantes elegeram, e bem elegeram, inclusive com a substituição da pena restritiva da liberdade pela restritiva de direitos. Tenho uma óptica quanto a esse mal maior da nossa sociedade, hoje, equiparável apenas, talvez, à corrupção. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Drogas e corrupção, nossos pecados capitais. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Tenho uma óptica rigorosa quanto a essa prática delituosa. Eu mesmo vou refletir sobre o artigo 37, que versa... O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Depois que aparece é bom firmarmos uma orientação, se pudermos, homogênea. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – … a 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 25 Debate HC 106.155 / RJ colaboração, como informante, com o grupo. O fogueteiro não é um informante na acepção da palavra, que alerta o grupo, por exemplo, de uma “batida policial”, mas alguém que, soltando os foguetes, sinaliza aos usuários que a droga chegou. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Pode ser a conclusão. Quando há a incidência do art. 37, tem que se determinar, pelo menos, uma nova dosimetria, em razão do mínimo e do máximo. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ colaboração, como informante, com o grupo. O fogueteiro não é um informante na acepção da palavra, que alerta o grupo, por exemplo, de uma “batida policial”, mas alguém que, soltando os foguetes, sinaliza aos usuários que a droga chegou. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Pode ser a conclusão. Quando há a incidência do art. 37, tem que se determinar, pelo menos, uma nova dosimetria, em razão do mínimo e do máximo. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570148. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 25 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 106.155 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem de habeas corpus, pediu vista do processo o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 23.8.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1427663 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 106.155 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem de habeas corpus, pediu vista do processo o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 23.8.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1427663 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 25 Voto Vista 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO V O T O – V I S T A O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (REDATOR PARA O ACÓRDÃO): O presente writ foi impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado: “CRIMINAL. HC. ART. 12, § 2º, INCISO III, DA LEI N. 11.343/2006. DESCRIMINALIZAÇÃO. INOCORRÊNCIA. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. CONDUTA QUE PERMANECE DESCRITA EM ARTIGOS ESPARSOS DA LEGISLAÇÃO. ATO DE GARANTIR A CONCRETIZAÇÃO DO TRÁFICO ABOLITIO CRIMINIS NÃO CARACTERIZADA. ORDEM DENEGADA. I. Hipótese na qual se sustenta que com o advento da Lei n. 11.343/2006 a conduta de ‘contribuir’ para o tráfico de drogas, presente no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/76 teria sido excluída do núcleo do tipo penal, configurando a abolitio criminis da conduta. II. Interpretando-se sistematicamente a nova legislação, verifica-se que, apesar de não haver disposição específica acerca da conduta, a função de garantir a realização de qualquer dos atos descritos no art. 33 da Lei n. 11.343/2006, concorre para que elas se concretizem, não sendo razoável, portanto, falar-se em descriminalização do exercício de atividade de segurança, de ‘fogueteiro’, ou de ‘olheiro’ do tráfico de drogas. Precedentes. III. Embora não repetidas literalmente em único dispositivo, as condutas anteriormente tipificadas no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76, subsistem desdobradas em outros artigos da novel legislação, não estando, portanto, configurada a apontada abolitio criminis. Precedentes. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO V O T O – V I S T A O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (REDATOR PARA O ACÓRDÃO): O presente writ foi impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado: “CRIMINAL. HC. ART. 12, § 2º, INCISO III, DA LEI N. 11.343/2006. DESCRIMINALIZAÇÃO. INOCORRÊNCIA. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. CONDUTA QUE PERMANECE DESCRITA EM ARTIGOS ESPARSOS DA LEGISLAÇÃO. ATO DE GARANTIR A CONCRETIZAÇÃO DO TRÁFICO ABOLITIO CRIMINIS NÃO CARACTERIZADA. ORDEM DENEGADA. I. Hipótese na qual se sustenta que com o advento da Lei n. 11.343/2006 a conduta de ‘contribuir’ para o tráfico de drogas, presente no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/76 teria sido excluída do núcleo do tipo penal, configurando a abolitio criminis da conduta. II. Interpretando-se sistematicamente a nova legislação, verifica-se que, apesar de não haver disposição específica acerca da conduta, a função de garantir a realização de qualquer dos atos descritos no art. 33 da Lei n. 11.343/2006, concorre para que elas se concretizem, não sendo razoável, portanto, falar-se em descriminalização do exercício de atividade de segurança, de ‘fogueteiro’, ou de ‘olheiro’ do tráfico de drogas. Precedentes. III. Embora não repetidas literalmente em único dispositivo, as condutas anteriormente tipificadas no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76, subsistem desdobradas em outros artigos da novel legislação, não estando, portanto, configurada a apontada abolitio criminis. Precedentes. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 25 Voto Vista HC 106.155 / RJ A questão em foco adstringe-se em se saber se a conduta do “fogueteiro do tráfico”, antes tipificada no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/76, encontra, ou não, correspondente na Lei que a revogou, a Lei n. 11.343/06. Iniciado o julgamento do presente feito, na Sessão de 23 de agosto do corrente ano, o Ministro Marco Aurélio votou no sentido do deferimento da ordem “para restabelecer o que decidido no pronunciamento do Juízo, expungindo-se da condenação a cláusula alusiva ao tráfico de drogas”. Como se vê, Sua Excelência cotejou o art. 33, da nova Lei de Drogas, com o art. 12, § 2º, inc. III da Lei n. 6.368/76, chegando à conclusão de que “[a] Lei nº 11.343/2006 não repetiu o tipo do inciso III do § 2º do artigo 12 da Lei nº 6.368/76, a revelar contribuição, sob qualquer forma, para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica”. Instaurado o debate, pedi vista dos autos para exame mais detido. A conduta do “fogueteiro do tráfico” estava tipificada no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76, revogada pela Lei nº 11.343/06, verbis: Lei nº 6.368/76, art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena – Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias- multa. § 2º Nas mesmas penas incorre, ainda, quem: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ A questão em foco adstringe-se em se saber se a conduta do “fogueteiro do tráfico”, antes tipificada no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/76, encontra, ou não, correspondente na Lei que a revogou, a Lei n. 11.343/06. Iniciado o julgamento do presente feito, na Sessão de 23 de agosto do corrente ano, o Ministro Marco Aurélio votou no sentido do deferimento da ordem “para restabelecer o que decidido no pronunciamento do Juízo, expungindo-se da condenação a cláusula alusiva ao tráfico de drogas”. Como se vê, Sua Excelência cotejou o art. 33, da nova Lei de Drogas, com o art. 12, § 2º, inc. III da Lei n. 6.368/76, chegando à conclusão de que “[a] Lei nº 11.343/2006 não repetiu o tipo do inciso III do § 2º do artigo 12 da Lei nº 6.368/76, a revelar contribuição, sob qualquer forma, para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica”. Instaurado o debate, pedi vista dos autos para exame mais detido. A conduta do “fogueteiro do tráfico” estava tipificada no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76, revogada pela Lei nº 11.343/06, verbis: Lei nº 6.368/76, art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena – Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias- multa. § 2º Nas mesmas penas incorre, ainda, quem: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 25 Voto Vista HC 106.155 / RJ III – contribui de qualquer forma para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.” [grifei] Tem-se aí que o informante, na sistemática anterior, era penalmente responsável como co-autor ou partícipe do crime para o qual colaborava, ou seja, o tráfico de entorpecentes, em sintonia com a teoria monística do art. 29 do Código Penal, verbis: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”. A conduta do colaborador foi reproduzida, não no art. 33 da Lei 11.343/06, mas no seu art. 37, verbis: “Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. A nova Lei de Entorpecentes abandonou a teoria monística (art. 29 do CP), ao tipificar no art. 37, como autônoma, a conduta do colaborador, aludindo ao informante (o “fogueteiro”, sem dúvida, é informante) e cominou, em seu preceito secundário, pena de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, e o pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa, que é inferior à pena cominada no art. 12 da Lei 6.368/76, expressando a mens lege que a conduta a ser punida mais severamente é a do verdadeiro traficante, e não as periféricas. A revogação de uma lei penal não implica, necessariamente, descriminalização das condutas nela tipificadas, por isso que entendimento contrário ensejaria o absurdo de conceder-se liberdade a qualquer um que de algum modo infringiu a lei revogada. Necessária se 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ III – contribui de qualquer forma para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.” [grifei] Tem-se aí que o informante, na sistemática anterior, era penalmente responsável como co-autor ou partícipe do crime para o qual colaborava, ou seja, o tráfico de entorpecentes, em sintonia com a teoria monística do art. 29 do Código Penal, verbis: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”. A conduta do colaborador foi reproduzida, não no art. 33 da Lei 11.343/06, mas no seu art. 37, verbis: “Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. A nova Lei de Entorpecentes abandonou a teoria monística (art. 29 do CP), ao tipificar no art. 37, como autônoma, a conduta do colaborador, aludindo ao informante (o “fogueteiro”, sem dúvida, é informante) e cominou, em seu preceito secundário, pena de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, e o pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa, que é inferior à pena cominada no art. 12 da Lei 6.368/76, expressando a mens lege que a conduta a ser punida mais severamente é a do verdadeiro traficante, e não as periféricas. A revogação de uma lei penal não implica, necessariamente, descriminalização das condutas nela tipificadas, por isso que entendimento contrário ensejaria o absurdo de conceder-se liberdade a qualquer um que de algum modo infringiu a lei revogada. Necessária se 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 25 Voto Vista HC 106.155 / RJ faz a observância do princípio da continuidade normativo-típica, a impor a manutenção das condenações dos que incorreram em tipos penais da Lei revogada, havendo, como in casu, correspondência na Lei revogadora. O inciso II do § 2º do art. 12 da Lei n. 6.368/76 traz a expressão “contribui de qualquer maneira”, ao passo que o art. 37 da Lei n. 11.343/06 utiliza-se dos termos “colaborar como informante”, sendo certo que não há distinção ontológica entre os termos nucleares “contribuir” e “colaborar”, a ensejar a inafastável conclusão de que ambas as condutas estão tipificadas em ambas as Leis. Há texto doutrinário referindo-se ao “fogueiro” como sujeito do crime do art. 37 da Lei n. 11.343/06, verbis: “Qualquer pessoa pode praticar este crime (ex: informantes dos morros que, soltando fogos, avisam ao grupo criminoso a chegada da polícia). [grifei] (Legislação Criminal Especial. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2009. - (Coleção ciências criminais; 6 / coordenação Luiz Flávio Gomes, Rogério Sanches Cunha, p. 212) Destarte, reconhecida a dupla tipicidade, é imperioso que se faça a dosimetria da pena tendo como parâmetro o quantum cominado no preceito secundário do art. 37 da Lei n. 11.343/06, de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias- multa, lex mitior retroativa por força do art. art. 5º, inc. XL, da Constituição Federal, e não a pena abstratamente cominada no art. 12 da Lei n. 6.368/76, de 3 (três) a 15 (quinze) anos de reclusão. Colhe-se da inicial que o paciente foi condenado a 4 (quatro) anos de reclusão, e multa, pela prática do crime descrito no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/76, em fase de execução. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ faz a observância do princípio da continuidade normativo-típica, a impor a manutenção das condenações dos que incorreram em tipos penais da Lei revogada, havendo, como in casu, correspondência na Lei revogadora. O inciso II do § 2º do art. 12 da Lei n. 6.368/76 traz a expressão “contribui de qualquer maneira”, ao passo que o art. 37 da Lei n. 11.343/06 utiliza-se dos termos “colaborar como informante”, sendo certo que não há distinção ontológica entre os termos nucleares “contribuir” e “colaborar”, a ensejar a inafastável conclusão de que ambas as condutas estão tipificadas em ambas as Leis. Há texto doutrinário referindo-se ao “fogueiro” como sujeito do crime do art. 37 da Lei n. 11.343/06, verbis: “Qualquer pessoa pode praticar este crime (ex: informantes dos morros que, soltando fogos, avisam ao grupo criminoso a chegada da polícia). [grifei] (Legislação Criminal Especial. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2009. - (Coleção ciências criminais; 6 / coordenação Luiz Flávio Gomes, Rogério Sanches Cunha, p. 212) Destarte, reconhecida a dupla tipicidade, é imperioso que se faça a dosimetria da pena tendo como parâmetro o quantum cominado no preceito secundário do art. 37 da Lei n. 11.343/06, de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias- multa, lex mitior retroativa por força do art. art. 5º, inc. XL, da Constituição Federal, e não a pena abstratamente cominada no art. 12 da Lei n. 6.368/76, de 3 (três) a 15 (quinze) anos de reclusão. Colhe-se da inicial que o paciente foi condenado a 4 (quatro) anos de reclusão, e multa, pela prática do crime descrito no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/76, em fase de execução. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 25 Voto Vista HC 106.155 / RJ Ante o exposto, denego a ordem nos termos em que requerida, mas a concedo, de ofício, para determinar ao Juiz da execução que proceda à nova dosimetria da pena, tendo como baliza a pena abstratamente cominada no art. 37 da Lei n. 11.343/06, observando-se os consectários da execução decorrentes da pena redimensionada, como progressão de regime, livramento condicional, cumprimento, etc. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ Ante o exposto, denego a ordem nos termos em que requerida, mas a concedo, de ofício, para determinar ao Juiz da execução que proceda à nova dosimetria da pena, tendo como baliza a pena abstratamente cominada no art. 37 da Lei n. 11.343/06, observando-se os consectários da execução decorrentes da pena redimensionada, como progressão de regime, livramento condicional, cumprimento, etc. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1524446. Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 25 Aditamento ao Voto 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO ADITAMENTO AO VOTO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – No início do julgamento deste habeas, fiz ver a impossibilidade de interpretar-se preceito revelador de tipo penal de forma extensiva. Apontei não haver a Lei nº 11.343/2006 repetido o tipo do artigo 12, § 2º, inciso III, da nº 6.368/76, no que encerrava a contribuição, assim estando definido: Contribui de qualquer forma para incentivar ou difundir o uso indevido ou tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica. O paciente foi denunciado e condenado tendo em conta a contribuição, como fogueteiro, para difundir o tráfico ilícito de substância entorpecente. Então, surgiu, na discussão verificada, a possibilidade de enquadramento no preceito do artigo 37 da nova lei, que possui o seguinte teor: Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias- multa. De início, nota-se balizamento referente à pena diverso daquele previsto na lei mais antiga. A leitura da sentença revela pena-base fixada Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533636. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO ADITAMENTO AO VOTO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – No início do julgamento deste habeas, fiz ver a impossibilidade de interpretar-se preceito revelador de tipo penal de forma extensiva. Apontei não haver a Lei nº 11.343/2006 repetido o tipo do artigo 12, § 2º, inciso III, da nº 6.368/76, no que encerrava a contribuição, assim estando definido: Contribui de qualquer forma para incentivar ou difundir o uso indevido ou tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica. O paciente foi denunciado e condenado tendo em conta a contribuição, como fogueteiro, para difundir o tráfico ilícito de substância entorpecente. Então, surgiu, na discussão verificada, a possibilidade de enquadramento no preceito do artigo 37 da nova lei, que possui o seguinte teor: Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias- multa. De início, nota-se balizamento referente à pena diverso daquele previsto na lei mais antiga. A leitura da sentença revela pena-base fixada Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533636. Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 25 Aditamento ao Voto HC 106.155 / RJ no mínimo preconizado na legislação anterior, ou seja, três anos. Então, de qualquer forma, já se tem, se aplicável o disposto no artigo 37 da lei ulterior, a redução da pena-base – de três para dois anos – e, portanto, campo para conceder-se parcialmente a ordem. Continuo convencido, porém, de não caber assentar que o artigo 37 da Lei nº 11.343/2006 encerra o mesmo tipo do artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76. Enquanto esta última veio à balha com preceito abrangente, a alcançar toda e qualquer contribuição para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, o artigo 37 da lei nova mostrou-se restrito à colaboração como informante, presente grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos no artigo 33, caput e § 1º, e 34 do mencionado diploma. Quem atua como fogueteiro, anunciando, na maioria das vezes, a chegada da droga ao ponto de distribuição, contribui para a difusão do tráfico, tal como ocorreu a prática imputada ao paciente e pela qual foi condenado. O novo preceito legal versa a condição de informante de grupo, organização ou associação voltados à prática criminosa. O fogueteiro não é informante do grupo, organização ou associação criminosa, mas alguém que, na dicção da lei pretérita, contribuía, de qualquer forma, para a difusão do crime. Por isso mesmo, a melhor doutrina veio a ressaltar a distinção. Confiram: 1. João José Leal e Rodrigo José Leal, em Controle Penal das Drogas – Estudo dos crimes descritos na Lei 11.343/2006, Juruá Editora, 2010, Curitiba, página 202 a 215, salientam que a tipicidade formal não incide sobre outras maneiras de ajuda ou contribuição material para a associação criminosa além da prevista de modo explícito – colaborar como informante. 2. Isaac Sabbá Guimarães, em Nova Lei Antidrogas – comentada – Crimes e Regime Processual Penal, 4ª edição, 2010, Juruá Editora, Curitiba, página 126 a 131, explicita que a colaboração versada no citado artigo 17 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533636. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ no mínimo preconizado na legislação anterior, ou seja, três anos. Então, de qualquer forma, já se tem, se aplicável o disposto no artigo 37 da lei ulterior, a redução da pena-base – de três para dois anos – e, portanto, campo para conceder-se parcialmente a ordem. Continuo convencido, porém, de não caber assentar que o artigo 37 da Lei nº 11.343/2006 encerra o mesmo tipo do artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76. Enquanto esta última veio à balha com preceito abrangente, a alcançar toda e qualquer contribuição para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, o artigo 37 da lei nova mostrou-se restrito à colaboração como informante, presente grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos no artigo 33, caput e § 1º, e 34 do mencionado diploma. Quem atua como fogueteiro, anunciando, na maioria das vezes, a chegada da droga ao ponto de distribuição, contribui para a difusão do tráfico, tal como ocorreu a prática imputada ao paciente e pela qual foi condenado. O novo preceito legal versa a condição de informante de grupo, organização ou associação voltados à prática criminosa. O fogueteiro não é informante do grupo, organização ou associação criminosa, mas alguém que, na dicção da lei pretérita, contribuía, de qualquer forma, para a difusão do crime. Por isso mesmo, a melhor doutrina veio a ressaltar a distinção. Confiram: 1. João José Leal e Rodrigo José Leal, em Controle Penal das Drogas – Estudo dos crimes descritos na Lei 11.343/2006, Juruá Editora, 2010, Curitiba, página 202 a 215, salientam que a tipicidade formal não incide sobre outras maneiras de ajuda ou contribuição material para a associação criminosa além da prevista de modo explícito – colaborar como informante. 2. Isaac Sabbá Guimarães, em Nova Lei Antidrogas – comentada – Crimes e Regime Processual Penal, 4ª edição, 2010, Juruá Editora, Curitiba, página 126 a 131, explicita que a colaboração versada no citado artigo 17 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533636. Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 25 Aditamento ao Voto HC 106.155 / RJ dá-se sob a forma de fornecimento de informações a grupo, organização ou associação criminosa, restringindo-se, tão somente, a prestar informações. 3. Vicente Greco Filho, em Tóxicos – prevenção e repressão, comentários à Lei de Drogas nº 11.343/2006, 13ª edição, revista, atualizada e ampliada, Editora Saraiva, 2009, página 190 a 193, consigna que o crime não encontra correspondente na lei revogada. Trata-se de um modo de participação erigido em delito autônomo com pena menor que a dos artigos 33 e 34 da Lei de Drogas. 4. Rodrigo Mendes Delgado, em Nova Lei de Drogas Comentada, artigo por artigo, Teoria e Prática, Editora Cronus, página 127, também afirma que o delito não possui correspondente na Lei nº 6.368/76, punindo o colaborador – informante de grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes versados na nova lei. Ter-se-ia a figura do denominado pombo-correio, ou seja, de quem presta serviço relevante à organização, facilitando o tráfico de drogas. 5. Andrey Borges de Mendonça e Paulo Roberto Galvão de Carvalho, em Lei de Drogas, comentada artigo por artigo, Editora Método, São Paulo, página 118 a 122, dizem da inovação ao criar-se a figura autônoma do informante, distinto do autor ou do partícipe, tal como previsto este último no artigo 29 do Código Penal. Em síntese, até mesmo considerada a pena estabelecida para o tipo – e, iniludivelmente, a nova lei veio a exacerbar as punições –, o que disposto no artigo 37 da nº 11.343/06 não guarda sintonia tipológica com a conduta glosada, anteriormente versada no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76, presentes as mesmas penas do tráfico. Mantenho o voto proferido. Ressalto, mais uma vez, que aqueles que entendem de forma diversa, assentando a similitude de tipos, hão de atentar para o fato de o paciente ter sido condenado na pena mínima, de três anos, e de a nova disciplina prever, sob tal ângulo, dois anos. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533636. Supremo Tribunal Federal HC 106.155 / RJ dá-se sob a forma de fornecimento de informações a grupo, organização ou associação criminosa, restringindo-se, tão somente, a prestar informações. 3. Vicente Greco Filho, em Tóxicos – prevenção e repressão, comentários à Lei de Drogas nº 11.343/2006, 13ª edição, revista, atualizada e ampliada, Editora Saraiva, 2009, página 190 a 193, consigna que o crime não encontra correspondente na lei revogada. Trata-se de um modo de participação erigido em delito autônomo com pena menor que a dos artigos 33 e 34 da Lei de Drogas. 4. Rodrigo Mendes Delgado, em Nova Lei de Drogas Comentada, artigo por artigo, Teoria e Prática, Editora Cronus, página 127, também afirma que o delito não possui correspondente na Lei nº 6.368/76, punindo o colaborador – informante de grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes versados na nova lei. Ter-se-ia a figura do denominado pombo-correio, ou seja, de quem presta serviço relevante à organização, facilitando o tráfico de drogas. 5. Andrey Borges de Mendonça e Paulo Roberto Galvão de Carvalho, em Lei de Drogas, comentada artigo por artigo, Editora Método, São Paulo, página 118 a 122, dizem da inovação ao criar-se a figura autônoma do informante, distinto do autor ou do partícipe, tal como previsto este último no artigo 29 do Código Penal. Em síntese, até mesmo considerada a pena estabelecida para o tipo – e, iniludivelmente, a nova lei veio a exacerbar as punições –, o que disposto no artigo 37 da nº 11.343/06 não guarda sintonia tipológica com a conduta glosada, anteriormente versada no artigo 12, § 2º, inciso III, da Lei nº 6.368/76, presentes as mesmas penas do tráfico. Mantenho o voto proferido. Ressalto, mais uma vez, que aqueles que entendem de forma diversa, assentando a similitude de tipos, hão de atentar para o fato de o paciente ter sido condenado na pena mínima, de três anos, e de a nova disciplina prever, sob tal ângulo, dois anos. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533636. Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, eu vou pedir vênia ao eminente Relator para acompanhar a divergência aberta pelo eminente Ministro Luiz Fux, porque o verbo, aqui, ele prepondera: "colaborar". A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Colaborar como informante? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Colaborar. Não há como negar, a meu ver, da minha óptica, que aquele que dispara os fogos num determinado local para informar a respeito da chegada de drogas àquela comunidade estaria colaborando, por meio da prestação de uma informação. É evidente que hoje o verbo ‘informar’... o informante, ele tem várias maneiras, vários veículos, de prestar essa informação, e uma dessas maneiras é fazendo algum tipo de alarde, e os fogos de artifício servem a esse objetivo. Portanto, eu penso que, realmente, podemos considerar absorvida a tipificação, a figura típica da lei anterior. No caso concreto, pelo art. 37 da Lei nº 11.343, mas fazendo o devido ajuste em relação à pena, como o fez o eminente Ministro Luiz Fux, que abriu a divergência. Nesse sentido, acompanho, então, a proposta de Sua Excelência de concessão da ordem de ofício para reduzir a dois anos a pena mínima aplicada. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1527964. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, eu vou pedir vênia ao eminente Relator para acompanhar a divergência aberta pelo eminente Ministro Luiz Fux, porque o verbo, aqui, ele prepondera: "colaborar". A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Colaborar como informante? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Colaborar. Não há como negar, a meu ver, da minha óptica, que aquele que dispara os fogos num determinado local para informar a respeito da chegada de drogas àquela comunidade estaria colaborando, por meio da prestação de uma informação. É evidente que hoje o verbo ‘informar’... o informante, ele tem várias maneiras, vários veículos, de prestar essa informação, e uma dessas maneiras é fazendo algum tipo de alarde, e os fogos de artifício servem a esse objetivo. Portanto, eu penso que, realmente, podemos considerar absorvida a tipificação, a figura típica da lei anterior. No caso concreto, pelo art. 37 da Lei nº 11.343, mas fazendo o devido ajuste em relação à pena, como o fez o eminente Ministro Luiz Fux, que abriu a divergência. Nesse sentido, acompanho, então, a proposta de Sua Excelência de concessão da ordem de ofício para reduzir a dois anos a pena mínima aplicada. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1527964. Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 25 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Também eu peço vênia ao Ministro-Relator para considerar que no colaborar com grupo, organização ou associação, estaria incluída a figura do fogueteiro e também como o Ministro Fux, que concedeu de ofício. ***** Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1501035. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 106.155 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Também eu peço vênia ao Ministro-Relator para considerar que no colaborar com grupo, organização ou associação, estaria incluída a figura do fogueteiro e também como o Ministro Fux, que concedeu de ofício. ***** Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1501035. Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 25 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 106.155 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem de habeas corpus, pediu vista do processo o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 23.8.2011. Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 4.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1520149 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 106.155 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem de habeas corpus, pediu vista do processo o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 23.8.2011. Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 4.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1520149 Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 25
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1573874
2011-10-04T00:00:00
2011-11-17T00:00:00
Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem de habeas corpus, pediu vista do processo o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 23.8.2011. Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 4.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: PENAL. CRIME TIPIFICADO NO ART. 12, § 2º, INCISO III, DA LEI 6.368/76 (CONTRIBUIÇÃO PARA O TRÁFICO, COMO “FOGUETEIRO”). REVOGAÇÃO DA LEI 6.368/76 PELA LEI 11.343/06. ABOLITIO CRIMINIS. INEXISTÊNCIA. CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA. CONDUTA TIPIFICADA NO ART. 37 DA LEI REVOGADORA. LEX MITIOR. RETROAÇÃO. ART. 5º, INC. XL, DA CF. 1. A conduta do “fogueteiro do tráfico”, antes tipificada no art. 12, § 2º, da Lei 6.368/76, encontra correspondente no art. 37 da Lei que a revogou, a Lei 11.343/06, não cabendo falar em abolitio criminis. 2. O informante, na sistemática anterior, era penalmente responsável como coautor ou partícipe do crime para o qual colaborava, em sintonia com a teoria monística do art. 29 do Código Penal: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”. 3. A nova Lei de Entorpecentes abandonou a teoria monística, ao tipificar no art. 37, como autônoma, a conduta do colaborador, aludindo ao informante (o “fogueteiro”, sem dúvida, é informante), e cominou, em seu preceito secundário, pena de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, e o pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa, que é inferior à pena cominada no art. 12 da Lei 6.368/76, expressando a mens lege que a conduta a ser punida mais severamente é a do verdadeiro traficante, e não as periféricas. 4. A revogação da lei penal não implica, necessariamente, descriminalização de condutas. Necessária se faz a observância ao princípio da continuidade normativo-típica, a impor a manutenção de condenações dos que infringiram tipos penais da lei revogada quando há, como in casu, correspondência na lei revogadora. 5. Reconhecida a dupla tipicidade, é imperioso que se faça a dosimetria da pena tendo como parâmetro o quantum cominado abstratamente no preceito secundário do art. 37 da Lei 11.343/06, de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão, lex mitior retroativa por força do art. 5º, XL, da Constituição Federal, e não a pena in abstrato cominada no art. 12 da Lei 6.368/76, de 3 (três) a 15 (quinze) anos de reclusão. 6. Ordem denegada nos termos em que requerida, mas concedida, de ofício, para determinar ao juízo da execução que proceda à nova dosimetria, tendo como baliza a pena abstratamente cominada no art. 37 da Lei 11.343/06, observando-se os consectários da execução decorrentes da pena redimensionada, como progressão de regime, livramento condicional etc.
sjur201593
Número de páginas: 25. Análise: 24/11/2011, ACG. Revisão: 02/12/2011, IMC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
106155
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00039 INC-00040 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00029 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-006368 ANO-1976\r\n ART-00012 PAR-00002 INC-00003 \r\n REVOGADA PELA LEI-11343/2006\r\n LTX-1976 LEI DE TÓXICOS\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 \"CAPUT\" PAR-00001 INC-00003\r\n ART-00034 ART-00037\r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 106155
[ "" ]
PACTE.(S) : DANIEL BRUNES MATIAS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106.", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "C 106. 155 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 106. 155" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. 12, § [UNK], INCISO III, DA LEI 6. 368 / 76", "L", "EI 6. 368 / 76", "L", "EI 11. 343 / 06", "AR", "T. 37 DA LEI REVOGADORA", "AR", "T. [UNK], INC. XL, DA CF", "art. 12, § [UNK], da Lei 6. 368 / 76", "art. 37 da Lei", "Lei 11. 343 / 06", "art. 29 do Código Penal", "Lei de Entorpecentes", "art. 12 da Lei 6. 368 / 76", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 37 da Lei 11. 343", "art. [UNK], XL, da Constituição Federal", "art. 12 da Lei 6. 368 / 76", "art. 37 da Lei 11. 343 / 06", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 37 da Lei 11. 343 / 06", "art. 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"Rodrigo Janot", "Carmen Lilian", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "Marco Aurélio", "Marco Aurélio", "Luiz Flávio Gomes", "Rogério Sanches Cunha", "Luiz Flávio Gomes", "Rogério Sanches Cunha", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "João José Leal", "Rodrigo José Leal", "Isaac Sabbá Guimarães", "João José Leal", "Rodrigo José Leal", "Isaac Sabbá Guimarães", "Vicente Greco Filho", "Rodrigo Mendes Delgado", "Andre", "y Borges de Mendonça", "Paulo Roberto Galvão de Carvalho", "Vicente Greco Filho", "Rodrigo Mendes Delgado", "Andre", "y Borges de Mendonça", "Paulo Roberto Galvão de Carvalho", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Luiz Fux", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Luiz Fux", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Luiz Fux", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Luiz Fux", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Fu", "x", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Fu", "x", "MA", "RC", "O AURÉLIO", 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"08", "/", "2001", "[UNK] de agosto de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "08", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "08", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "08", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "08", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", ".", "8", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", ".", "8", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "23 de agosto do corrente ano", "24", "/", "08", "/", "2001", "23 de agosto do 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Ementa e Acórdão 11/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.425 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : UNIAO ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : NOVA LENTE EDITORA LTDA ADV.(A/S) : MARIA CAROLA GUDIN E OUTRO(A/S) EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. MATERIAL. FUNÇÃO COMPLEMENTAR. SÚMULA 279/STF. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Eros Grau, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 11 de maio de 2010. EROS GRAU - RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 561512 Supremo Tribunal Federal DJe 01/07/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4 Relatório 11/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.425 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : UNIAO ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : NOVA LENTE EDITORA LTDA ADV.(A/S) : MARIA CAROLA GUDIN E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO Eros Grau: A decisão agravada tem o seguinte teor: “DECISÃO: Recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que manteve a sentença que reconheceu violação do direito líquido e certo da impetrante de não se ver cobrada pelo Fisco de impostos que somente seriam devidos não fosse a imunidade tributária, uma vez que “o material que acompanha o fascículo educativo referido tem, nitidamente, a função de complementar os ensinamentos nele contidos, sendo certo, ainda, que a separação dos componentes importados – um demonstrativo da parte teórica e o outro do desenvolvimento prático de um mesmo curso de eletrônica - inviabilizaria o uso de qualquer deles para os fins propostos.” 2. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de fatos e provas, providência vedada nesta instância, em face do óbice da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.” 2. A parte agravante reitera as razões expendidas no recurso denegado e requer o provimento do agravo regimental para que o recurso extraordinário não seja conhecido. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 561521 Supremo Tribunal Federal 11/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.425 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : UNIAO ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : NOVA LENTE EDITORA LTDA ADV.(A/S) : MARIA CAROLA GUDIN E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO Eros Grau: A decisão agravada tem o seguinte teor: “DECISÃO: Recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que manteve a sentença que reconheceu violação do direito líquido e certo da impetrante de não se ver cobrada pelo Fisco de impostos que somente seriam devidos não fosse a imunidade tributária, uma vez que “o material que acompanha o fascículo educativo referido tem, nitidamente, a função de complementar os ensinamentos nele contidos, sendo certo, ainda, que a separação dos componentes importados – um demonstrativo da parte teórica e o outro do desenvolvimento prático de um mesmo curso de eletrônica - inviabilizaria o uso de qualquer deles para os fins propostos.” 2. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de fatos e provas, providência vedada nesta instância, em face do óbice da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.” 2. A parte agravante reitera as razões expendidas no recurso denegado e requer o provimento do agravo regimental para que o recurso extraordinário não seja conhecido. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 561521 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4 Voto - MIN. EROS GRAU 11/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.425 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO Eros Grau (Relator): Os argumentos deduzidos pela agravante são insuficientes para desconstituir os fundamentos da decisão agravada. 2. Tal e qual demonstrado na decisão que se pretende reformar, para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de fatos e provas, providência vedada nesta instância, em face do óbice da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nego provimento ao agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 561526 Supremo Tribunal Federal 11/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.425 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO Eros Grau (Relator): Os argumentos deduzidos pela agravante são insuficientes para desconstituir os fundamentos da decisão agravada. 2. Tal e qual demonstrado na decisão que se pretende reformar, para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de fatos e provas, providência vedada nesta instância, em face do óbice da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nego provimento ao agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 561526 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 4 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.425 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : UNIAO ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : NOVA LENTE EDITORA LTDA ADV.(A/S) : MARIA CAROLA GUDIN E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.05.2010. Presidência do Senhor Ministro Eros Grau. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Gonçalves. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 575779 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.425 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : UNIAO ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : NOVA LENTE EDITORA LTDA ADV.(A/S) : MARIA CAROLA GUDIN E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.05.2010. Presidência do Senhor Ministro Eros Grau. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Gonçalves. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 575779 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=613073
2010-05-11T00:00:00
2010-07-01T00:00:00
A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.05.2010.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. MATERIAL. FUNÇÃO COMPLEMENTAR. SÚMULA 279/STF. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur180162
Número de páginas: 4. Análise: 19/07/2010, MLM.
EROS GRAU
Segunda Turma
604425
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 604425 AgR
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AGTE.(S) : UNIAO ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : NOVA LENTE EDITORA LTDA ADV.(A/S) : MARIA CAROLA GUDIN E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 604. 425", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "60", "4", ".", "42", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 604. 425", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 604. 425", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 604. 425", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 604. 425", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 604. 425" ], "LEGISLACAO": [ "MP n°", "artigo 21, § [UNK], do RISTF.", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 21, § [UNK], do RISTF.", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO DE JANEIRO", "Brasília", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "IA", "O", "FA", "Z", "EN", "DA NACIONAL", "NO", "VA LENTE EDITORA LTDA", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "IA", "O", "VA LENTE EDITORA LTDA", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "IA", "O", "FA", "Z", "EN", "DA N", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Fis", "co", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "FA", "Z", "EN", "DA", "NO", "VA LENTE EDITORA LTDA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "NO", "VA LENTE EDITORA LTDA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "E", "RO", "S GRAU", "MA", "RI", "A CAROLA GUDIN", "Er", "os Grau", "E", "RO", "S GRAU", "E", "RO", "S GRAU", "NO", "MA", "RI", "A CAROLA GUDIN", "Er", "os Grau", "E", "RO", "S GRAU", "NO", "VA LENTE EDITORA LTDA", "MA", "RI", "A CAROLA GUDIN", "Er", "os Grau", "E", "RO", "S GRAU", "Er", "os Grau", "Er", "os Grau", "E", "RO", "S GRAU", "UN", "IA", "O", "MA", "RI", "A CAROLA GUDIN", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Wagner Gonçalves", "Carlos Alberto Cantanhede", "E", "RO", "S GRAU", "UN", "IA", "O", "MA", "RI", "A CAROLA GUDIN", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Wagner Gonçalves", "Carlos Alberto Cantanhede" ], "TEMPO": [ "11", "/", "05", "/", "2010", "11 de maio de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", "/", "07", "/", "2010", "11", "/", "05", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", "/", "05", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", "/", "05", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", "/", "05", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", ".", "05", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", ".", "05", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.800 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :ZEN S/A INDÚSTRIA E METALÚRGICA ADV.(A/S) :MARCOS GRÜTZMACHER E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE OS VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR AO EMPREGADO NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Superior Tribunal de Justiça demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Providência vedada neste momento processual. 2. Não há ofensa ao art. 97 da Constituição Federal em caso em que a instância judicante de origem não afastou a aplicação da norma ao caso concreto, por suposto vício de inconstitucionalidade, apenas entendeu que os dispositivos legais apontados não se aplicam à matéria em exame. 3. De mais a mais, ao analisar o RE 611.505, da minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos. 4. Agravo regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental, o que fazem nos termos do voto do Relator e por Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1591764. Supremo Tribunal Federal DJe 06/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão RE 612.800 AGR / RS unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 04 de outubro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1591764. Supremo Tribunal Federal RE 612.800 AGR / RS unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 04 de outubro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1591764. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.800 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :ZEN S/A INDÚSTRIA E METALÚRGICA ADV.(A/S) :MARCOS GRÜTZMACHER E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão pela qual neguei seguimento ao recurso extraordinário sob os seguintes fundamentos: a) para se chegar à conclusão pretendida pela parte recorrente, faz-se necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 8.212/1991); b) a alegada violação ao princípio de cláusula de reserva de plenário, inscrita no art. 97 do Magno Texto, é despicienda, dado que o aresto impugnado não afastou a aplicação de lei ou ato normativo do Poder Público; c) afronta as garantias constitucionais do processo, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto; d) a jurisdição foi prestada de forma completa, em decisão devidamente fundamentada. 2. Pois bem, a parte agravante sustenta que “não se trata de simples interpretação da lei, mas sim de uma interpretação que teve por conseqüência o afastamento por completo da incidência do dispositivo legal. Nesse caso, não se pode olvidar a determinação do art. 97 da CF/88” (fls. 528). 3. Mantida a decisão agravada, submeto a matéria à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * GSRB Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586073. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.800 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :ZEN S/A INDÚSTRIA E METALÚRGICA ADV.(A/S) :MARCOS GRÜTZMACHER E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão pela qual neguei seguimento ao recurso extraordinário sob os seguintes fundamentos: a) para se chegar à conclusão pretendida pela parte recorrente, faz-se necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 8.212/1991); b) a alegada violação ao princípio de cláusula de reserva de plenário, inscrita no art. 97 do Magno Texto, é despicienda, dado que o aresto impugnado não afastou a aplicação de lei ou ato normativo do Poder Público; c) afronta as garantias constitucionais do processo, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto; d) a jurisdição foi prestada de forma completa, em decisão devidamente fundamentada. 2. Pois bem, a parte agravante sustenta que “não se trata de simples interpretação da lei, mas sim de uma interpretação que teve por conseqüência o afastamento por completo da incidência do dispositivo legal. Nesse caso, não se pode olvidar a determinação do art. 97 da CF/88” (fls. 528). 3. Mantida a decisão agravada, submeto a matéria à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * GSRB Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586073. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.800 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que o inconformismo não merece acolhida. No caso, o Superior Tribunal de Justiça decidiu a controvérsia em acórdão assim ementado (fls. 400): “RECUSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. REMUNERAÇÃO PAGA PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. NÃO-INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PRECEDENTES. 1. O empregado afastado por motivo de doença não presta serviço e, por isso, não recebe salário, mas apenas uma verba de caráter previdenciário de seu empregador, durante os primeiros quinze dias. A descaracterização da natureza salarial da citada verba afasta a incidência da contribuição previdenciária. Precedentes. (REsp 1049417/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TRUMA, julgado em 03.06.2008, DJ 16.06.2008 p. 1) 2. Recurso especial provido.” 6. Muito bem. Entendo que não se poderia dar solução diferente à demanda, pois a decisão atacada envolveu questões de índole eminentemente infraconstitucional, cujo reexame é vedado neste momento processual. 7. No mesmo sentido, vejam-se os AIs 767.064, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia; 771.671, sob a relatoria do ministro Eros Grau; e 779.293, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; bem como os REs 556.469, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso; 627.395, sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. 8. Por outro lado, a instância judicante de origem não afastou a aplicação da norma ao caso concreto, por suposto vício de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586074. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.800 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que o inconformismo não merece acolhida. No caso, o Superior Tribunal de Justiça decidiu a controvérsia em acórdão assim ementado (fls. 400): “RECUSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. REMUNERAÇÃO PAGA PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. NÃO-INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PRECEDENTES. 1. O empregado afastado por motivo de doença não presta serviço e, por isso, não recebe salário, mas apenas uma verba de caráter previdenciário de seu empregador, durante os primeiros quinze dias. A descaracterização da natureza salarial da citada verba afasta a incidência da contribuição previdenciária. Precedentes. (REsp 1049417/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TRUMA, julgado em 03.06.2008, DJ 16.06.2008 p. 1) 2. Recurso especial provido.” 6. Muito bem. Entendo que não se poderia dar solução diferente à demanda, pois a decisão atacada envolveu questões de índole eminentemente infraconstitucional, cujo reexame é vedado neste momento processual. 7. No mesmo sentido, vejam-se os AIs 767.064, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia; 771.671, sob a relatoria do ministro Eros Grau; e 779.293, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; bem como os REs 556.469, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso; 627.395, sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. 8. Por outro lado, a instância judicante de origem não afastou a aplicação da norma ao caso concreto, por suposto vício de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586074. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO RE 612.800 AGR / RS inconstitucionalidade, apenas entendeu que os dispositivos legais apontados não se aplicam à matéria em exame. Nessa contextura, não vislumbro ofensa ao art. 97 da Constituição Federal. 9. Não bastasse, observo que é firme a jurisprudência desta Casa de Justiça, que me parece juridicamente correta, no sentido de que eventual ofensa às garantias constitucionais do processo apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. 10. A propósito, leia-se a ementa do AI 517.643-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS INSCRITOS NO ART. 5º, XXXV E LV, E NO ART. 93, IX, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO . - As alegações de desrespeito aos postulados da inafastabilidade do controle jurisdicional, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios e da plenitude de defesa, por dependerem de exame prévio e necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito , situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta , só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes”. 11. Confiram-se, no mesmo sentido, os AIs 451.268-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 477.815-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; 478.260-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 546.068-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau; e 556.165-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso; bem como os REs 425.734-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e 491.923-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. 12. De mais a mais, ressalto que a controvérsia foi debatida em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte recorrente. Logo, não há falar em afronta à 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586074. Supremo Tribunal Federal RE 612.800 AGR / RS inconstitucionalidade, apenas entendeu que os dispositivos legais apontados não se aplicam à matéria em exame. Nessa contextura, não vislumbro ofensa ao art. 97 da Constituição Federal. 9. Não bastasse, observo que é firme a jurisprudência desta Casa de Justiça, que me parece juridicamente correta, no sentido de que eventual ofensa às garantias constitucionais do processo apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. 10. A propósito, leia-se a ementa do AI 517.643-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS INSCRITOS NO ART. 5º, XXXV E LV, E NO ART. 93, IX, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO . - As alegações de desrespeito aos postulados da inafastabilidade do controle jurisdicional, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios e da plenitude de defesa, por dependerem de exame prévio e necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito , situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta , só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes”. 11. Confiram-se, no mesmo sentido, os AIs 451.268-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 477.815-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; 478.260-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 546.068-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau; e 556.165-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso; bem como os REs 425.734-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e 491.923-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. 12. De mais a mais, ressalto que a controvérsia foi debatida em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte recorrente. Logo, não há falar em afronta à 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586074. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO RE 612.800 AGR / RS Constituição Federal. 13. Com efeito, “a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence). Veja-se, no mesmo sentido, o AI 177.283-AgR, da relatoria do ministro Carlos Velloso. 14. À derradeira, pontuo que o Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a pretensão sob exame, recusou o RE 611.505, da minha relatoria, ante a ausência de repercussão geral da questão constitucional suscitada. 15. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo regimental. * * * * * * * * * * * * 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586074. Supremo Tribunal Federal RE 612.800 AGR / RS Constituição Federal. 13. Com efeito, “a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence). Veja-se, no mesmo sentido, o AI 177.283-AgR, da relatoria do ministro Carlos Velloso. 14. À derradeira, pontuo que o Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a pretensão sob exame, recusou o RE 611.505, da minha relatoria, ante a ausência de repercussão geral da questão constitucional suscitada. 15. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo regimental. * * * * * * * * * * * * 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1586074. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.800 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : ZEN S/A INDÚSTRIA E METALÚRGICA ADV.(A/S) : MARCOS GRÜTZMACHER E OUTRO(A/S) Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518132 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.800 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : ZEN S/A INDÚSTRIA E METALÚRGICA ADV.(A/S) : MARCOS GRÜTZMACHER E OUTRO(A/S) Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518132 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1607417
2011-10-04T00:00:00
2011-12-06T00:00:00
Agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE OS VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR AO EMPREGADO NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Superior Tribunal de Justiça demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Providência vedada neste momento processual. 2. Não há ofensa ao art. 97 da Constituição Federal em caso em que a instância judicante de origem não afastou a aplicação da norma ao caso concreto, por suposto vício de inconstitucionalidade, apenas entendeu que os dispositivos legais apontados não se aplicam à matéria em exame. 3. De mais a mais, ao analisar o RE 611.505, da minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos. 4. Agravo regimental desprovido.
sjur202443
- Acórdãos citados: RE 611505 - Tribunal Pleno, AI 517643 AgR, AI 451268 AgR, AI 477815 AgR, AI 478260 AgR, AI 546068 AgR, AI 556165 AgR, RE 425734 AgR, RE 491923 AgR; REsp 1049417 - STJ. - Decisões monocráticas citadas: AI 767064, AI 771671, AI 779293, RE 556469, RE 627395. Número de páginas: 7. Análise: 23/01/2012, GVS.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
612800
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
RE-AgR
acordaos
RE 612800 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : ZEN S/A INDÚSTRIA E METALÚRGICA ADV.(A/S) : MARCOS GRÜTZMACHER E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 800", "R", "E 611. 505", "R", "E 612. 800 AGR / RS", "R", "E 612. 800 AGR / RS", "O 612. 800", "R", "E", "G", ". NO RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 800", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 800", "R", "Es", "p 1049417 / RS", "A", "Is 767. 064", "77", "1", ".", "67", "1", "77", "9", ".", "29", "3", "R", "Es 556. 469", "62", "7", ".", "39", "5", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 800", "R", "Es", "p 1049417 / RS", "A", "Is 767. 064", "77", "1", ".", "67", "1", "77", "9", ".", "29", "3", "R", "Es 556. 469", "62", "7", ".", "39", "5", "R", "E 612. 800 AGR / RS", "A", "I 517. 643- AgR", "A", "Is 451. 268- AgR", "47", "7", ".", "81", "5", "-", "Ag", "R", "47", "8", ".", "26", "0", "-", "Ag", "R", "54", "6", ".", "06", "8", "-", "Ag", "R", "55", "6", ".", "165", "-", "Ag", "R", "R", "Es 425. 734- AgR", "49", "1", ".", "92", "3", "-", "Ag", "R", "R", "E 612. 800 AGR / RS", "A", "I 517. 643- AgR", "A", "Is 451. 268- AgR", "47", "7", ".", "81", "5", "-", "Ag", "R", "47", "8", ".", "26", "0", "-", "Ag", "R", "54", "6", ".", "06", "8", "-", "Ag", "R", "55", "6", ".", "165", "-", "Ag", "R", "R", "Es 425. 734- AgR", "49", "1", ".", "92", "3", "-", "Ag", "R", "R", "E 612. 800 AGR / RS", "R", "E 140. 370", "A", "I 177. 283- AgR", "R", "E 611. 505", "R", "E 612. 800 AGR / RS", "R", "E 140. 37", "A", "I 177. 283- AgR", "R", "E 611. 505", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 800", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 800" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "art. 97 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 8. 212 / 1991", "art. 97 do Magno Texto", "art. 97 da CF / 88", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 8. 212 / 1991", "art. 97 do Magno Texto", "art. 97 da CF / 88", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 97 da Constituição Federal", "AR", "T. [UNK], XXXV E LV, E NO ART. 93, IX, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 97 da Constituição Federal", "AR", "T. [UNK], XXXV E LV, E NO ART. 93, IX, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "IT", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO GRANDE DO SUL", "Brasília", "Brasília", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "Z", "EN", "DA NACIONAL", "Z", "EN S / A INDÚSTRIA E METALÚRGICA", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "Z", "EN S / A INDÚSTRIA E METALÚRGICA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "Z", "EN", "DA", "Supremo Tribunal Federal", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "SE", "G", "UN", "DA TRUMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "SE", "G", "UN", "DA TRUMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", 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Ementa e Acórdão 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.043 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :RONALD MAURO PACTE.(S) :NEWTON PATETO GARCIA IMPTE.(S) :MARIÂNGELA TEIXEIRA LOPES LEÃO COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 124895 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA AÇÃO PENAL. MATÉRIA NÃO SUBMETIDA ÀS INSTÂNCIAS INFERIORES. DUPLA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA. I - A questão discutida nos autos não foi apreciada nas instâncias inferiores. Assim, seu conhecimento em sede originária pelo Supremo Tribunal Federal implicaria em dupla supressão de instância. Precedentes. II - Habeas Corpus não conhecido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, não conhecer do pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio. Brasília, 28 de setembro de 2010. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730941. Supremo Tribunal Federal DJe 15/10/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.043 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :RONALD MAURO PACTE.(S) :NEWTON PATETO GARCIA IMPTE.(S) :MARIÂNGELA TEIXEIRA LOPES LEÃO COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 124895 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI: Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Mariângela Teixeira Lopes Leão em favor de RONALD MAURO e NEWTON PATETO GARCIA, contra decisão monocrática proferida pelo Min. Arnaldo Esteves Lima do Superior Tribunal de Justiça, que concedeu a ordem requerida no HC 124.895/SP para anular o julgamento do recurso de apelação realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A impetrante afirma, inicialmente, que os pacientes foram condenados pela prática dos crimes de concussão e porte ilegal de arma. Aduz, ainda, que, contra a sentença condenatória, o paciente Ronald Mauro apelou para a Corte paulista, que negou provimento ao recurso. Inconformada, a defesa do mesmo paciente, manejou writ no Superior Tribunal de Justiça que, por meio de decisão monocrática do Ministro Relator, concedeu a ordem para anular o julgamento da apelação e determinar que outro seja proferido, em razão de este ter sido realizado por Câmara majoritariamente composta por juízes convocados. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730943. Supremo Tribunal Federal 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.043 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :RONALD MAURO PACTE.(S) :NEWTON PATETO GARCIA IMPTE.(S) :MARIÂNGELA TEIXEIRA LOPES LEÃO COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 124895 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI: Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Mariângela Teixeira Lopes Leão em favor de RONALD MAURO e NEWTON PATETO GARCIA, contra decisão monocrática proferida pelo Min. Arnaldo Esteves Lima do Superior Tribunal de Justiça, que concedeu a ordem requerida no HC 124.895/SP para anular o julgamento do recurso de apelação realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A impetrante afirma, inicialmente, que os pacientes foram condenados pela prática dos crimes de concussão e porte ilegal de arma. Aduz, ainda, que, contra a sentença condenatória, o paciente Ronald Mauro apelou para a Corte paulista, que negou provimento ao recurso. Inconformada, a defesa do mesmo paciente, manejou writ no Superior Tribunal de Justiça que, por meio de decisão monocrática do Ministro Relator, concedeu a ordem para anular o julgamento da apelação e determinar que outro seja proferido, em razão de este ter sido realizado por Câmara majoritariamente composta por juízes convocados. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730943. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório HC 104.043 / SP É contra essa decisão que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, que a decisão prolatada pelo Ministro Relator no STJ não analisou a matéria mais relevante do writ lá impetrado, qual seja, o pedido de anulação do processo que tramitou na 29ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo. Argumenta, para tanto, que, no curso da ação penal, houve grave ofensa aos princípios da ampla defesa e do contraditório, ao fundamento de que a vítima foi ouvida “reservadamente no gabinete do Promotor de Justiça, sem a presença do advogado de Defesa e tão pouco (sic) do Juiz”. Alega, ainda, que esse vício poderá ser sanado caso seja reconhecida a nulidade do processo e determinado que a suposta vítima seja ouvida novamente, em audiência, com a presença das partes. Diz, mais, que a oitiva da vítima na presença apenas do membro do Ministério Público acarreta prejuízo para a defesa, “tendo em vista ter servido de apoio ao Ilustre Promotor de Justiça para solicitar a Prisão Preventiva a qual foi acatada pela Ilustre Julgadora”. Requer, ao final, o deferimento de medida liminar para a expedição de contramandado de prisão em favor dos pacientes. No mérito, pede a concessão da ordem para determinar a anulação da ação penal e a realização de nova oitiva da vítima diante do juiz e das partes, bem como seja desentranhado dos autos da ação penal o documento de fls. 430-434, que se refere às declarações da vítima na presença apenas do Ministério Público. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730943. Supremo Tribunal Federal HC 104.043 / SP É contra essa decisão que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, que a decisão prolatada pelo Ministro Relator no STJ não analisou a matéria mais relevante do writ lá impetrado, qual seja, o pedido de anulação do processo que tramitou na 29ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo. Argumenta, para tanto, que, no curso da ação penal, houve grave ofensa aos princípios da ampla defesa e do contraditório, ao fundamento de que a vítima foi ouvida “reservadamente no gabinete do Promotor de Justiça, sem a presença do advogado de Defesa e tão pouco (sic) do Juiz”. Alega, ainda, que esse vício poderá ser sanado caso seja reconhecida a nulidade do processo e determinado que a suposta vítima seja ouvida novamente, em audiência, com a presença das partes. Diz, mais, que a oitiva da vítima na presença apenas do membro do Ministério Público acarreta prejuízo para a defesa, “tendo em vista ter servido de apoio ao Ilustre Promotor de Justiça para solicitar a Prisão Preventiva a qual foi acatada pela Ilustre Julgadora”. Requer, ao final, o deferimento de medida liminar para a expedição de contramandado de prisão em favor dos pacientes. No mérito, pede a concessão da ordem para determinar a anulação da ação penal e a realização de nova oitiva da vítima diante do juiz e das partes, bem como seja desentranhado dos autos da ação penal o documento de fls. 430-434, que se refere às declarações da vítima na presença apenas do Ministério Público. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730943. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório HC 104.043 / SP Em 20/5/2010, indeferi a medida liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei sua remessa à Procuradoria-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pelo não conhecimento do writ. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730943. Supremo Tribunal Federal HC 104.043 / SP Em 20/5/2010, indeferi a medida liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei sua remessa à Procuradoria-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pelo não conhecimento do writ. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730943. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.043 SÃO PAULO V O T O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (Relator): Bem examinados os autos, tenho que a impetração não deve ser conhecida, posto que a matéria discutida nestes autos não foi objeto de análise nas instâncias inferiores. Por oportuno, transcrevo, no que interessa, a decisão do Ministro Relator, que concedeu a ordem no writ impetrado no STJ: “Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de RONALD MAURO, condenado à pena de 9 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, como incurso nos arts. 158, § 1º, c.c. art. 71, ambos do Código Penal e 10, §§ 2º e 4º, da Lei 9.437/97. Insurge-se o impetrante contra acórdão proferido pela 10ª Câmara ‘C’ do 5º Grupo da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que negou provimento ao recurso defensivo (ACR 993.06.062156-4). Sustenta, em essência, que a decisão colegiada proferida exclusivamente por juízes de primeiro grau convocados viola o princípio do juiz natural, bem como os arts. 93, III, 94 e 98 da Constituição Federal, citando julgados deste Tribunal. Requer, assim, a concessão da ordem para que seja anulado o acórdão impugnado, a fim de que outro seja proferido por câmara composta majoritariamente por desembargadores, com a expedição de alvará de soltura do paciente. O pedido liminar foi por mim indeferido (fl. 23). As informações solicitadas à autoridade apontada como coatora, com cópia da documentação pertinente, foram prestadas às fls. 44/300. O Ministério Público Federal, em parecer exarado pelo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Supremo Tribunal Federal 28/09/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.043 SÃO PAULO V O T O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (Relator): Bem examinados os autos, tenho que a impetração não deve ser conhecida, posto que a matéria discutida nestes autos não foi objeto de análise nas instâncias inferiores. Por oportuno, transcrevo, no que interessa, a decisão do Ministro Relator, que concedeu a ordem no writ impetrado no STJ: “Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de RONALD MAURO, condenado à pena de 9 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, como incurso nos arts. 158, § 1º, c.c. art. 71, ambos do Código Penal e 10, §§ 2º e 4º, da Lei 9.437/97. Insurge-se o impetrante contra acórdão proferido pela 10ª Câmara ‘C’ do 5º Grupo da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que negou provimento ao recurso defensivo (ACR 993.06.062156-4). Sustenta, em essência, que a decisão colegiada proferida exclusivamente por juízes de primeiro grau convocados viola o princípio do juiz natural, bem como os arts. 93, III, 94 e 98 da Constituição Federal, citando julgados deste Tribunal. Requer, assim, a concessão da ordem para que seja anulado o acórdão impugnado, a fim de que outro seja proferido por câmara composta majoritariamente por desembargadores, com a expedição de alvará de soltura do paciente. O pedido liminar foi por mim indeferido (fl. 23). As informações solicitadas à autoridade apontada como coatora, com cópia da documentação pertinente, foram prestadas às fls. 44/300. O Ministério Público Federal, em parecer exarado pelo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 104.043 / SP Subprocurador-Geral da República MOACIR MENDES SOUSA, opinou pela concessão parcial da ordem (fls. 302/314). Passo a decidir. Com efeito, a Terceira Seção desta Corte, em sessão realizada em 24/9/08, ao julgar o HC 108.425/SP, da relatoria do Min. OG FERNANDES, decidiu unificar o entendimento no sentido de anular o julgamento da apelação criminal, determinado seu novo ‘julgamento por Câmara constituída de acordo com disposições da Constituição Federal de 1988 e da própria Lei Complementar Estadual nº 646/90’. No caso dos autos, colho as seguintes informações prestadas pela autoridade coatora (fls. 47/48): 'Observo, ainda, que a Egrégia Presidência deste Tribunal convocou os Juízes de Direito Titulares Luiz Toloza Neto, Maria Cristina Cotrofe Biasi e Jayme Garcia dos Santos Junior, designando-os, nos termos das publicações na Imprensa Oficial, datadas de 08 e 09 de março e 24 de maio de 2007, para integrarem a Décima Câmara de Direito Criminal ‘C’, a qual procedeu ao julgamento da Apelação Criminal nº 993.06.062156-7 sob a presidência do Desembargador Carlos Augusto Lorenzetti Bueno'. Dessa forma, verifica-se que a convocação não seguiu os comandos estabelecidos na Lei Complementar Estadual 646/90, bem como na Constituição Federal, restando nulo, portanto, o julgamento proferido por Câmara majoritariamente composta por juízes convocados. (...) De outro lado, consta nos autos que o paciente foi condenado à pena de pena de 9 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, como incurso nos arts. 158, § 1º, c.c. art. 71, ambos do Código Penal e 10, §§ 2º e 4º, da Lei 9.437/97, deferido o direito de recorrer em liberdade (fls. 226/238). Desse modo, uma vez anulada a apelação, deve prevalecer a sentença. Ante o exposto, com base no art. 3º do CPP c.c. 557, § 1º-A, do CPC, defiro a pretensão do paciente para anular a Apelação Criminal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Supremo Tribunal Federal HC 104.043 / SP Subprocurador-Geral da República MOACIR MENDES SOUSA, opinou pela concessão parcial da ordem (fls. 302/314). Passo a decidir. Com efeito, a Terceira Seção desta Corte, em sessão realizada em 24/9/08, ao julgar o HC 108.425/SP, da relatoria do Min. OG FERNANDES, decidiu unificar o entendimento no sentido de anular o julgamento da apelação criminal, determinado seu novo ‘julgamento por Câmara constituída de acordo com disposições da Constituição Federal de 1988 e da própria Lei Complementar Estadual nº 646/90’. No caso dos autos, colho as seguintes informações prestadas pela autoridade coatora (fls. 47/48): 'Observo, ainda, que a Egrégia Presidência deste Tribunal convocou os Juízes de Direito Titulares Luiz Toloza Neto, Maria Cristina Cotrofe Biasi e Jayme Garcia dos Santos Junior, designando-os, nos termos das publicações na Imprensa Oficial, datadas de 08 e 09 de março e 24 de maio de 2007, para integrarem a Décima Câmara de Direito Criminal ‘C’, a qual procedeu ao julgamento da Apelação Criminal nº 993.06.062156-7 sob a presidência do Desembargador Carlos Augusto Lorenzetti Bueno'. Dessa forma, verifica-se que a convocação não seguiu os comandos estabelecidos na Lei Complementar Estadual 646/90, bem como na Constituição Federal, restando nulo, portanto, o julgamento proferido por Câmara majoritariamente composta por juízes convocados. (...) De outro lado, consta nos autos que o paciente foi condenado à pena de pena de 9 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, como incurso nos arts. 158, § 1º, c.c. art. 71, ambos do Código Penal e 10, §§ 2º e 4º, da Lei 9.437/97, deferido o direito de recorrer em liberdade (fls. 226/238). Desse modo, uma vez anulada a apelação, deve prevalecer a sentença. Ante o exposto, com base no art. 3º do CPP c.c. 557, § 1º-A, do CPC, defiro a pretensão do paciente para anular a Apelação Criminal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 104.043 / SP 993.06.062156-4, para que outro julgamento seja proferido por Câmara constituída de acordo com disposições da Constituição Federal de 1988 e da Lei Complementar Estadual 646/90, mantida a situação processual do paciente”. Com efeito, verifico que a alegada nulidade não foi apreciada no Superior Tribunal de Justiça, tampouco no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que, devido à anulação do julgamento da apelação determinada pelo STJ, ainda irá apreciar a questão. Desse modo, esta circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de incorrer-se em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal. Nesse sentido, transcrevo a ementa do HC 96.088/SP, Rel. Min. Cezar Peluso: “AÇÃO PENAL. Condenação. Fixação da pena-base acima do mínimo legal. Falta de motivação. Alegação de ilegalidade. Cognição pelo STF, em habeas corpus. Inadmissibilidade. Matéria não apreciada pelo Tribunal de Justiça local, nem pelo Superior Tribunal de Justiça. Supressão de instâncias. Pedido a que se nega seguimento. Não pode conhecido, pelo Supremo Tribunal Federal, pedido de habeas corpus em que se aduz ilegalidade na fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, quando não suscitada a matéria perante o Tribunal de Justiça local e o Superior Tribunal de Justiça”. Na mesma linha, cito os seguintes precedentes, entre outros: HC 98216/AC, de minha relatoria; HC 99.031-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; HC 96.220/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 96.623/SP, Rel. Min. Menezes Direito; HC 84.349/ES, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e HC 86.997/DF, Rel. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Supremo Tribunal Federal HC 104.043 / SP 993.06.062156-4, para que outro julgamento seja proferido por Câmara constituída de acordo com disposições da Constituição Federal de 1988 e da Lei Complementar Estadual 646/90, mantida a situação processual do paciente”. Com efeito, verifico que a alegada nulidade não foi apreciada no Superior Tribunal de Justiça, tampouco no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que, devido à anulação do julgamento da apelação determinada pelo STJ, ainda irá apreciar a questão. Desse modo, esta circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de incorrer-se em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal. Nesse sentido, transcrevo a ementa do HC 96.088/SP, Rel. Min. Cezar Peluso: “AÇÃO PENAL. Condenação. Fixação da pena-base acima do mínimo legal. Falta de motivação. Alegação de ilegalidade. Cognição pelo STF, em habeas corpus. Inadmissibilidade. Matéria não apreciada pelo Tribunal de Justiça local, nem pelo Superior Tribunal de Justiça. Supressão de instâncias. Pedido a que se nega seguimento. Não pode conhecido, pelo Supremo Tribunal Federal, pedido de habeas corpus em que se aduz ilegalidade na fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, quando não suscitada a matéria perante o Tribunal de Justiça local e o Superior Tribunal de Justiça”. Na mesma linha, cito os seguintes precedentes, entre outros: HC 98216/AC, de minha relatoria; HC 99.031-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; HC 96.220/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 96.623/SP, Rel. Min. Menezes Direito; HC 84.349/ES, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e HC 86.997/DF, Rel. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 104.043 / SP Min. Carlos Velloso. De todo modo, destaco, que o Superior Tribunal de Justiça não poderia mesmo analisar a matéria, uma vez que anulado o julgamento da apelação, não há mais o alegado ato coator praticado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o qual irá apreciar todas as questão suscitadas no novo julgamento do recurso, haja vista, o seu amplo efeito devolutivo. Ante o exposto, não conheço da impetração. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Supremo Tribunal Federal HC 104.043 / SP Min. Carlos Velloso. De todo modo, destaco, que o Superior Tribunal de Justiça não poderia mesmo analisar a matéria, uma vez que anulado o julgamento da apelação, não há mais o alegado ato coator praticado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o qual irá apreciar todas as questão suscitadas no novo julgamento do recurso, haja vista, o seu amplo efeito devolutivo. Ante o exposto, não conheço da impetração. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 730944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.043 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : RONALD MAURO PACTE.(S) : NEWTON PATETO GARCIA IMPTE.(S) : MARIÂNGELA TEIXEIRA LOPES LEÃO COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 124895 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma não conheceu do pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 28.09.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 742654 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.043 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : RONALD MAURO PACTE.(S) : NEWTON PATETO GARCIA IMPTE.(S) : MARIÂNGELA TEIXEIRA LOPES LEÃO COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 124895 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma não conheceu do pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 28.09.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 742654 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=747352
2010-09-28T00:00:00
2010-10-15T00:00:00
A Turma não conheceu do pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 28.09.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA AÇÃO PENAL. MATÉRIA NÃO SUBMETIDA ÀS INSTÂNCIAS INFERIORES. DUPLA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA. I - A questão discutida nos autos não foi apreciada nas instâncias inferiores. Assim, seu conhecimento em sede originária pelo Supremo Tribunal Federal implicaria em dupla supressão de instância. Precedentes. II - Habeas Corpus não conhecido.
sjur183434
- Acórdãos citados: HC 84349, HC 86997, HC 96088, HC 96220, HC 96623, HC 98216, HC 99031 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 26/10/2010, SEV. Revisão: 05/11/2010, IMC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Primeira Turma
104043
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
HC
acordaos
HC 104043
[ "" ]
PACTE.(S) : RONALD MAURO PACTE.(S) : NEWTON PATETO GARCIA IMPTE.(S) : MARIÂNGELA TEIXEIRA LOPES LEÃO COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 124895 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 043", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 124895", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 043 SÃO PAULO", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 124895", "H", "C 124. 895 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 043 SÃO PAULO", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 124895", "H", "C 124. 895 / SP", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 043", "AC", "R 993. 06. 062156- 4", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 043", "AC", "R 993. 06. 062156- 4", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "C 108. 425 / SP", "Ap", "ela", "ção Criminal [UNK] 993. 06. 062156- 7", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "C 108. 425 / SP", "Ap", "ela", "ção Criminal [UNK] 993. 06. 062156- 7", "H", "C 104. 043 / SP", "993", ".", "06.", "062156- 4", "H", "C 96. 088 / SP", "H", "C 98216 / AC", "H", "C 99. 031- AgR / SP", "H", "C 96. 220 / PR", "H", "C 96. 623 / SP", "H", "C 84. 349 / ES", "H", "C 86. 997 / DF", "H", "C 104. 043 / SP", "3", ".", "06", ".", "06", "21", "56", "-", "4", "H", "C 96. 088 / SP", "H", "C 98216 / AC", "H", "C 99. 031- AgR / SP", "H", "C 96. 220 / PR", "H", "C 96. 623 / SP", "H", "C 84. 349 / ES", "H", "C 86. 997 / DF", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "C 104. 043 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 043", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 124895", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 043", "H", "AB", "EA", "S CORPUS [UNK] 124895" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 158, § [UNK], c. c. art. 71, ambos do Código Penal", "10, § § [UNK] e [UNK], da Lei 9. 437 / 97", "art", "s. 93, III, 94 e 98 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "10, § § [UNK] e [UNK], da Lei 9. 437 / 97", "art", "s. 93, III, 94 e 98 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "Lei Complementar Estadual [UNK] 646 / 90", "Lei Complementar Estadual 646 / 90", "Constituição Federal", "art", "s. 158, § [UNK], c. c. art. 71, ambos do Código Penal", "10, § § [UNK] e [UNK], da Lei 9. 437 / 97", "art. 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[UNK] do CPP", "c.", "55", "7, § [UNK]- A, do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "Lei Complementar Estadual 646 / 90", "art. 102 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "Lei Complementar Estadual 646 / 90", "art. 102 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "D", "U", "P", "LA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR 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MENDES SOUSA", "O", "G FERNANDES", "Luiz Toloza Neto", "Maria Cristina Cotrofe Biasi", "Jay", "me Garcia dos Santos Junior", "Carlos Augusto Lorenzetti Bueno", "M", "O", "AC", "IR MENDES SOUSA", "O", "G FERNANDES", "Luiz Toloza Neto", "Maria Cristina Cotrofe Biasi", "Jay", "me Garcia dos Santos Junior", "Carlos Augusto Lorenzetti Bueno", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", "Menezes Direito", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", ".", "Menezes Direito", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Carlos Velloso", "Carlos Velloso", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "ON", "AL", "D MAURO", "N", "E", "W", "TO", "N PATETO GARCIA", "MA", "RI", "Â", "NG", "EL", "A TEIXEIRA LOPES LEÃO", "Marco Aurélio", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Wagner Mathias", "Fab", "iane Duarte", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "ON", "AL", "D MAURO", "N", "E", "W", "TO", "N PATETO GARCIA", "MA", "RI", "Â", "NG", "EL", "A TEIXEIRA LOPES LEÃO", "Marco Aurélio", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Wagner Mathias", "Fab", "iane Duarte" ], "TEMPO": [ "28", "/", "09", "/", "2010", "28 de setembro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", "/", "10", "/", "2010", "28", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "5", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "5", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "9", "/", "08", "08 e 09 de março", "24 de maio de 2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "9", "/", "08", 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Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) :MAURO MACHADO CHAIBEN EMBTE.(S) :FAHD JAMIL IMPTE.(S) :MAURÍCIO CORRÊA EMBDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM HABEAS CORPUS. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I – Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil. II – Verifica-se que o embargante busca tão somente a rediscussão da matéria e os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III – Embargos de declaração rejeitados. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, rejeitar os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Não Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533959. Supremo Tribunal Federal DJe 28/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão HC 107.723 ED / MS participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Brasília, 18 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533959. Supremo Tribunal Federal HC 107.723 ED / MS participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Brasília, 18 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533959. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) :MAURO MACHADO CHAIBEN EMBTE.(S) :FAHD JAMIL IMPTE.(S) :MAURÍCIO CORRÊA EMBDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão desta Primeira Turma que denegou, por maioria, a ordem de habeas corpus. O embargante alega, inicialmente, a existência de dúvida razoável quanto ao pronunciamento do Ministro Dias Toffoli, que, na sessão em que iniciado o julgamento deste writ, teria dado a entender que votaria no sentido de conceder a ordem, mas que tal fato não constou da certidão de julgamento. Sustenta, nessa esteira que, na eventualidade de prevalecer o entendimento de que Sua Excelência não teria votado, dever-se-ia aguardar sua presença para dar continuidade ao julgamento, pois, caso contrário, estaria configurado inafastável prejuízo à defesa. Destaca, por outro lado, que, o paciente respondia apenas a duas ações penais e não a três como pode fazer crer a leitura da sentença que manteve sua custódia. Insiste, ainda, na tese de que “a origem de tudo foi a primeira ordem de prisão, decretada quando da sentença condenatória proferida na ação penal 2000.60.02.00.2322-3, a qual o paciente inequivocamente não atendeu” e que, desta forma, tendo sido absolvido na referida ação e, por conseguinte, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533960. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) :MAURO MACHADO CHAIBEN EMBTE.(S) :FAHD JAMIL IMPTE.(S) :MAURÍCIO CORRÊA EMBDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão desta Primeira Turma que denegou, por maioria, a ordem de habeas corpus. O embargante alega, inicialmente, a existência de dúvida razoável quanto ao pronunciamento do Ministro Dias Toffoli, que, na sessão em que iniciado o julgamento deste writ, teria dado a entender que votaria no sentido de conceder a ordem, mas que tal fato não constou da certidão de julgamento. Sustenta, nessa esteira que, na eventualidade de prevalecer o entendimento de que Sua Excelência não teria votado, dever-se-ia aguardar sua presença para dar continuidade ao julgamento, pois, caso contrário, estaria configurado inafastável prejuízo à defesa. Destaca, por outro lado, que, o paciente respondia apenas a duas ações penais e não a três como pode fazer crer a leitura da sentença que manteve sua custódia. Insiste, ainda, na tese de que “a origem de tudo foi a primeira ordem de prisão, decretada quando da sentença condenatória proferida na ação penal 2000.60.02.00.2322-3, a qual o paciente inequivocamente não atendeu” e que, desta forma, tendo sido absolvido na referida ação e, por conseguinte, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533960. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório HC 107.723 ED / MS reconhecida a ilegalidade da segregação cautelar originariamente ordenada, o decreto de prisão ora questionado teria sido contaminado por tal ilegalidade, não podendo subsistir. Conclui que, afastado esse fundamento, restaria somente o de que o paciente mantém negócios em área fronteiriça, “cuja subjetividade não pode caraterizar qualquer ameaça à aplicação da lei penal”. Requer, ao final, o provimento destes embargos para, “esclarecidas as dúvidas e sanadas as omissões, possa, com efeito modificativo, ser concedida a ordem”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533960. Supremo Tribunal Federal HC 107.723 ED / MS reconhecida a ilegalidade da segregação cautelar originariamente ordenada, o decreto de prisão ora questionado teria sido contaminado por tal ilegalidade, não podendo subsistir. Conclui que, afastado esse fundamento, restaria somente o de que o paciente mantém negócios em área fronteiriça, “cuja subjetividade não pode caraterizar qualquer ameaça à aplicação da lei penal”. Requer, ao final, o provimento destes embargos para, “esclarecidas as dúvidas e sanadas as omissões, possa, com efeito modificativo, ser concedida a ordem”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533960. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de rejeição dos embargos. O acórdão ora questionado tem a seguinte ementa: “PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL E DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. RÉU REVEL E FORAGIDO. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. I - Conforme remansosa jurisprudência desta Suprema Corte, a fuga do réu do distrito da culpa justifica o decreto ou a manutenção da prisão preventiva. II - Ordem denegada.” (fl. 320-321). Neste recurso, o embargante repisa, basicamente, a tese de que o ato que deu ensejo à decretação da custódia cautelar ora questionada teria sido invalidado, uma vez que o réu fora absolvido na Ação Penal 2000.60.02.00.2322-3 em segundo grau. Como se sabe, os embargos de declaração visam a sanar omissão, obscuridade ou contradição de decisão judicial. O acórdão ora atacado, contudo, não apresenta qualquer desses vícios. O tema foi abordado à saciedade no voto que proferi e no debate que se seguiu, bem como no voto vista que prolatou o eminente Ministro Luiz Fux, tendo-se destacado, na ocasião que, na linha da remansosa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533961. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de rejeição dos embargos. O acórdão ora questionado tem a seguinte ementa: “PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL E DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. RÉU REVEL E FORAGIDO. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. I - Conforme remansosa jurisprudência desta Suprema Corte, a fuga do réu do distrito da culpa justifica o decreto ou a manutenção da prisão preventiva. II - Ordem denegada.” (fl. 320-321). Neste recurso, o embargante repisa, basicamente, a tese de que o ato que deu ensejo à decretação da custódia cautelar ora questionada teria sido invalidado, uma vez que o réu fora absolvido na Ação Penal 2000.60.02.00.2322-3 em segundo grau. Como se sabe, os embargos de declaração visam a sanar omissão, obscuridade ou contradição de decisão judicial. O acórdão ora atacado, contudo, não apresenta qualquer desses vícios. O tema foi abordado à saciedade no voto que proferi e no debate que se seguiu, bem como no voto vista que prolatou o eminente Ministro Luiz Fux, tendo-se destacado, na ocasião que, na linha da remansosa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533961. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 107.723 ED / MS jurisprudência assentada nesta Corte, a fuga do réu constitui elemento apto a fundamentar a prisão preventiva com vistas a garantir a aplicação da lei penal. Apontou-se, então, que, ainda que tenha sido o réu absolvido na outra ação a qual respondia, subsistiam fundamentos suficientes para sua custódia. Nesse contexto, não há, a meu sentir, como quer fazer crer o embargante, qualquer vício no acórdão atacado. Os defeitos apontados pelo recorrente apenas exprimem o seu descontentamento com o resultado do julgamento, não sendo os argumentos expostos no recurso suficientes para modificar o que foi decidido pelo Colegiado, especialmente porque fundado na reiterada jurisprudência desta Casa. A análise dos autos demonstra que a Turma examinou de forma adequada a matéria e apreciou, inteiramente, as questões que se apresentavam. As razões de decidir, adotadas por ocasião daquele julgamento, são suficientes para afastar a pretensão do embargante, que, na verdade, pretende rediscutir o tema já examinado pelo Colegiado, o que se mostra impossível neste tipo de recurso, cujos requisitos de admissibilidade são estritamente balizados em lei. Destaco, por fim, apenas a título de esclarecimento, que nos termos do art. 147 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, o quórum mínimo para a instalação da Sessão na Turma é de três Ministros, o que foi devidamente observado no dia em que se deu continuidade ao julgamento deste writ, de modo que não há falar em prejuízo à defesa decorrente da ausência do Ministro Dias Toffoli. Ainda que assim não fosse e que Sua Excelência votasse no sentido da concessão da ordem, já estava formada maioria no sentido da denegação, de modo que não haveria modificação na conclusão do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533961. Supremo Tribunal Federal HC 107.723 ED / MS jurisprudência assentada nesta Corte, a fuga do réu constitui elemento apto a fundamentar a prisão preventiva com vistas a garantir a aplicação da lei penal. Apontou-se, então, que, ainda que tenha sido o réu absolvido na outra ação a qual respondia, subsistiam fundamentos suficientes para sua custódia. Nesse contexto, não há, a meu sentir, como quer fazer crer o embargante, qualquer vício no acórdão atacado. Os defeitos apontados pelo recorrente apenas exprimem o seu descontentamento com o resultado do julgamento, não sendo os argumentos expostos no recurso suficientes para modificar o que foi decidido pelo Colegiado, especialmente porque fundado na reiterada jurisprudência desta Casa. A análise dos autos demonstra que a Turma examinou de forma adequada a matéria e apreciou, inteiramente, as questões que se apresentavam. As razões de decidir, adotadas por ocasião daquele julgamento, são suficientes para afastar a pretensão do embargante, que, na verdade, pretende rediscutir o tema já examinado pelo Colegiado, o que se mostra impossível neste tipo de recurso, cujos requisitos de admissibilidade são estritamente balizados em lei. Destaco, por fim, apenas a título de esclarecimento, que nos termos do art. 147 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, o quórum mínimo para a instalação da Sessão na Turma é de três Ministros, o que foi devidamente observado no dia em que se deu continuidade ao julgamento deste writ, de modo que não há falar em prejuízo à defesa decorrente da ausência do Ministro Dias Toffoli. Ainda que assim não fosse e que Sua Excelência votasse no sentido da concessão da ordem, já estava formada maioria no sentido da denegação, de modo que não haveria modificação na conclusão do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533961. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 107.723 ED / MS julgamento. Diante de tal quadro, entendo que não há omissão, obscuridade ou contradição a ser sanada. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533961. Supremo Tribunal Federal HC 107.723 ED / MS julgamento. Diante de tal quadro, entendo que não há omissão, obscuridade ou contradição a ser sanada. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1533961. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Debate 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 MATO GROSSO DO SUL DEBATE O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: É que acho que, quando do julgamento anterior, do pedido de vista, eu fiz algum pronunciamento que pode ter levado a essa interpretação, realmente. Porque houve duas sessões: a uma, eu estava presente e cheguei a participar dos debates, mas pela proclamação que foi feita eu não teria votado; e, na sessão seguinte, de continuidade, eu estava ausente. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Isso. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Daí não podia votar. Vossa Excelência não estava quando foi a tomada de votos. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na primeira assentada, Vossa Excelência talvez tenha sinalizado a concessão, mas não formalizou o voto. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Na discussão, no debate. Sem tomada de voto não há como fazer isso. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: A parte nem alega isso. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Não, diz exatamente que deu a entender que votaria no sentido da concessão. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560557. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 MATO GROSSO DO SUL DEBATE O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: É que acho que, quando do julgamento anterior, do pedido de vista, eu fiz algum pronunciamento que pode ter levado a essa interpretação, realmente. Porque houve duas sessões: a uma, eu estava presente e cheguei a participar dos debates, mas pela proclamação que foi feita eu não teria votado; e, na sessão seguinte, de continuidade, eu estava ausente. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Isso. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Daí não podia votar. Vossa Excelência não estava quando foi a tomada de votos. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na primeira assentada, Vossa Excelência talvez tenha sinalizado a concessão, mas não formalizou o voto. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Na discussão, no debate. Sem tomada de voto não há como fazer isso. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: A parte nem alega isso. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Não, diz exatamente que deu a entender que votaria no sentido da concessão. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560557. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Debate HC 107.723 ED / MS O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Pelo que me lembro daqueles debates, é bastante provável que eu acompanhasse mesmo o voto do Ministro Marco Aurélio. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - A questão é a seguinte: é aquela conhecida fuga do réu do distrito da culpa. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - E debate não é tomada de voto. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Exatamente; e não alteraria, de qualquer sorte, o resultado, porque foram três votos no sentido da denegação. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560557. Supremo Tribunal Federal HC 107.723 ED / MS O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Pelo que me lembro daqueles debates, é bastante provável que eu acompanhasse mesmo o voto do Ministro Marco Aurélio. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - A questão é a seguinte: é aquela conhecida fuga do réu do distrito da culpa. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - E debate não é tomada de voto. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Exatamente; e não alteraria, de qualquer sorte, o resultado, porque foram três votos no sentido da denegação. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560557. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) : MAURO MACHADO CHAIBEN EMBTE.(S) : FAHD JAMIL IMPTE.(S) : MAURÍCIO CORRÊA EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547432 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 107.723 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) : MAURO MACHADO CHAIBEN EMBTE.(S) : FAHD JAMIL IMPTE.(S) : MAURÍCIO CORRÊA EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547432 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1590890
2011-10-18T00:00:00
2011-11-28T00:00:00
A Turma rejeitou os embargos de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM HABEAS CORPUS. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I – Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil. II – Verifica-se que o embargante busca tão somente a rediscussão da matéria e os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III – Embargos de declaração rejeitados.
sjur201908
Número de páginas: 10. Análise: 07/12/2011, IMC. Revisão: 14/12/2011, KBP.
RICARDO LEWANDOWSKI
Primeira Turma
107723
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 INC-00001 INC-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00147 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" ]
HC-ED
acordaos
HC 107723 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : MAURO MACHADO CHAIBEN EMBTE.(S) : FAHD JAMIL IMPTE.(S) : MAURÍCIO CORRÊA EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723", "ação penal 2000. 60. 02. 00. 2322- 3", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723", "ação penal 2000. 60. 02. 00. 2322- 3", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723", "Ação Penal 2000. 60. 02. 00. 2322- 3", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723", "Ação Penal 2000. 60. 02. 00. 2322- 3", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723", "S CORPUS 107. 723", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "C 107. 723 ED / MS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 723" ], "LEGISLACAO": [ "art. 535, I e II, do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 147 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 147 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "MA", "TO GROSSO DO SUL", "Brasília", "Brasília", "MA", "TO GROSSO DO SUL", "MA", "TO GROSSO DO SUL", "MA", "TO GROSSO DO SUL", "MA", "TO GROSSO DO SUL", "MA", "TO GROSSO DO SUL", "MA", "TO GROSSO DO SUL", "MA", "TO GROSSO DO SUL", "MA", "TO GROSSO DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo 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Ementa e Acórdão 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.176 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. PACIENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE LESÃO CORPORAL (ART. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL). AUDIÊNCIA DE RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO. DESIGNAÇÃO. AUSÊNCIA. OBRIGATORIEDADE. INEXISTÊNCIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. IMPROCEDÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – A mera declaração de que a própria ofendida teria dado início às agressões não revela o nítido propósito de desistir do prosseguimento da ação. II - O art. 16 da Lei 11.340/2006 prevê que a audiência designada para a vítima expressar o seu desejo de renunciar à representação deve ser realizada em momento anterior ao recebimento da denúncia, o que não se verificou no caso em análise, uma vez que o suposto desejo teria sido manifestado somente na audiência de instrução e julgamento, de modo que não há falar, pois, em ofensa ao devido processo legal. III – Tal disposição legal não visa beneficiar o réu, mas tem por escopo formalizar, perante o magistrado, o ato de retratação, com o objetivo de proteger a vítima, afastando-a, das ingerências do agressor. IV- Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamentos e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505763. Supremo Tribunal Federal DJe 21/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Ementa e Acórdão HC 109.176 / MG das notas taquigráficas, por decisão unânime, denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Brasília, 4 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505763. Supremo Tribunal Federal HC 109.176 / MG das notas taquigráficas, por decisão unânime, denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Brasília, 4 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Relatório 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.176 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem postulada no HC 178.744/MG, Rel. Min. Jorge Mussi. A impetrante narra, inicialmente, que o paciente foi condenado à pena de 3 meses de detenção, em regime aberto, pela prática do delito previsto no art. 129, § 9º, do Código Penal (lesão corporal qualificada pela violência doméstica), sendo-lhe concedida a suspensão condicional da pena. Prossegue, informando que a defesa apelou para o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que negou provimento ao recurso. Na sequência, opôs embargos de declaração, os quais foram rejeitados. Diz, mais, que foi impetrado, então, habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, sendo a ordem denegada. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, que a ação penal deflagrada contra o paciente não observou o art. 16 da Lei Maria da Penha, que dispõe que somente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505764. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.176 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem postulada no HC 178.744/MG, Rel. Min. Jorge Mussi. A impetrante narra, inicialmente, que o paciente foi condenado à pena de 3 meses de detenção, em regime aberto, pela prática do delito previsto no art. 129, § 9º, do Código Penal (lesão corporal qualificada pela violência doméstica), sendo-lhe concedida a suspensão condicional da pena. Prossegue, informando que a defesa apelou para o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que negou provimento ao recurso. Na sequência, opôs embargos de declaração, os quais foram rejeitados. Diz, mais, que foi impetrado, então, habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, sendo a ordem denegada. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, que a ação penal deflagrada contra o paciente não observou o art. 16 da Lei Maria da Penha, que dispõe que somente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505764. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Relatório HC 109.176 / MG será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência designada para tal finalidade, e que, na hipótese, não houve tal audiência, o que entende caracterizar constrangimento ilegal. Aduz, ainda, que a vítima declarou em juízo que havia iniciado as agressões contra o réu por motivo de ciúme, de modo que ele teria agido em legítima defesa, para repelir injusta provocação de sua companheira e que a audiência de ratificação da representação seria uma oportunidade para a vítima se retratar quanto ao prosseguimento da ação. Afirma, também, que, nos delitos de lesão corporal leve e de lesão corporal culposa, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação da vitima, conforme disposto no art. 88 da Lei 9.099/1995. Requer, ao final, liminarmente, sejam suspensos os efeitos do acórdão combatido, até a decisão de mérito deste writ, obstando-se o início da execução criminal. No mérito, pleiteia a concessão da ordem para anular o processo desde o recebimento da denúncia por não ter sido realizada a audiência prevista no art. 16 da Lei Maria da Penha, em franca violação ao princípio do devido processo legal. Em 1º/7/2011, indeferi o pedido de medida liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer de lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505764. Supremo Tribunal Federal HC 109.176 / MG será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência designada para tal finalidade, e que, na hipótese, não houve tal audiência, o que entende caracterizar constrangimento ilegal. Aduz, ainda, que a vítima declarou em juízo que havia iniciado as agressões contra o réu por motivo de ciúme, de modo que ele teria agido em legítima defesa, para repelir injusta provocação de sua companheira e que a audiência de ratificação da representação seria uma oportunidade para a vítima se retratar quanto ao prosseguimento da ação. Afirma, também, que, nos delitos de lesão corporal leve e de lesão corporal culposa, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação da vitima, conforme disposto no art. 88 da Lei 9.099/1995. Requer, ao final, liminarmente, sejam suspensos os efeitos do acórdão combatido, até a decisão de mérito deste writ, obstando-se o início da execução criminal. No mérito, pleiteia a concessão da ordem para anular o processo desde o recebimento da denúncia por não ter sido realizada a audiência prevista no art. 16 da Lei Maria da Penha, em franca violação ao princípio do devido processo legal. Em 1º/7/2011, indeferi o pedido de medida liminar e, estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer de lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505764. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.176 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que a ordem deve ser denegada. O acórdão questionado possui a seguinte ementa: “HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LESÃO CORPORAL. LEI MARIA DA PENHA. AUDIÊNCIA PREVISTA NO SEU ART. 16. OBRIGATORIEDADE. INEXISTÊNCIA. REALIZAÇÃO CONDICIONADA À PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DA INTENÇÃO DA VÍTIMA EM SE RETRATAR ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. DEMONSTRAÇÃO EXTEMPORÂNEA DE DESINTERESSE NO PROSSEGUIMENTO DO FEITO. INEFICÁCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA. 1. Nos termos do art. 16 da Lei nº 11.340⁄06, 'nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público'. 2. A realização do referido ato, portanto, depende de prévia manifestação de vontade da ofendida em retratar-se, seja por meio da autoridade policial ou diretamente no fórum, razão pela qual somente após tal manifestação é que o Juízo deverá designar a audiência para sanar as dúvidas acerca do real desejo da vítima quanto à continuidade da ação penal. 3. Da detida análise dos autos, verifica-se que a denúncia foi recebida sem ter ocorrido a audiência prevista no art. 16 da Lei Maria da Penha justamente porque a vítima não havia manifestado, em nenhum momento, qualquer intenção em se retratar da representação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.176 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que a ordem deve ser denegada. O acórdão questionado possui a seguinte ementa: “HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LESÃO CORPORAL. LEI MARIA DA PENHA. AUDIÊNCIA PREVISTA NO SEU ART. 16. OBRIGATORIEDADE. INEXISTÊNCIA. REALIZAÇÃO CONDICIONADA À PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DA INTENÇÃO DA VÍTIMA EM SE RETRATAR ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. DEMONSTRAÇÃO EXTEMPORÂNEA DE DESINTERESSE NO PROSSEGUIMENTO DO FEITO. INEFICÁCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA. 1. Nos termos do art. 16 da Lei nº 11.340⁄06, 'nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público'. 2. A realização do referido ato, portanto, depende de prévia manifestação de vontade da ofendida em retratar-se, seja por meio da autoridade policial ou diretamente no fórum, razão pela qual somente após tal manifestação é que o Juízo deverá designar a audiência para sanar as dúvidas acerca do real desejo da vítima quanto à continuidade da ação penal. 3. Da detida análise dos autos, verifica-se que a denúncia foi recebida sem ter ocorrido a audiência prevista no art. 16 da Lei Maria da Penha justamente porque a vítima não havia manifestado, em nenhum momento, qualquer intenção em se retratar da representação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 109.176 / MG formulada em desfavor do paciente. Pelo contrário, observa-se que a ofendida, mediante comunicação à autoridade policial, declarou a sua vontade de que o paciente fosse processado, demonstrando que ela possuía o desejo de que o agente respondesse penalmente pelo fato. 4. Não fosse isso, ainda que se entenda, conforme requerido na impetração, que a vítima pretendia se retratar, ao afirmar em seu depoimento em juízo, ocorrido em 17-11-2008, que ela é quem teria iniciado as agressões físicas em face do paciente, alterando, assim, a sua versão dos fatos, a exordial acusatória já havia sido recebida em 25-8-2008 pelo Juízo Sentenciante, motivo pelo qual se vislumbra a extemporaneidade de sua manifestação, não ensejando, portanto, qualquer eiva a ponto de macular a ação penal deflagrada contra o paciente. 5.Ordem denegada”. Conforme relatado, a impetrante sustenta violação ao devido processo legal decorrente da falta de realização da audiência prevista no art. 16 da Lei Maria da Penha, uma vez que a vítima teria manifestado seu interesse em desistir da representação. A irresignação, contudo, não procede. O dispositivo legal em questão tem a seguinte redação: “Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público” (grifos meus). Pois bem, a defesa alega que na oitiva da vítima em juízo esta teria manifestado a intenção de se retratar, porquanto teria afirmado, na ocasião, que fora ela quem dera início às agressões ao réu, o qual teria agido, então, em legítima defesa. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Supremo Tribunal Federal HC 109.176 / MG formulada em desfavor do paciente. Pelo contrário, observa-se que a ofendida, mediante comunicação à autoridade policial, declarou a sua vontade de que o paciente fosse processado, demonstrando que ela possuía o desejo de que o agente respondesse penalmente pelo fato. 4. Não fosse isso, ainda que se entenda, conforme requerido na impetração, que a vítima pretendia se retratar, ao afirmar em seu depoimento em juízo, ocorrido em 17-11-2008, que ela é quem teria iniciado as agressões físicas em face do paciente, alterando, assim, a sua versão dos fatos, a exordial acusatória já havia sido recebida em 25-8-2008 pelo Juízo Sentenciante, motivo pelo qual se vislumbra a extemporaneidade de sua manifestação, não ensejando, portanto, qualquer eiva a ponto de macular a ação penal deflagrada contra o paciente. 5.Ordem denegada”. Conforme relatado, a impetrante sustenta violação ao devido processo legal decorrente da falta de realização da audiência prevista no art. 16 da Lei Maria da Penha, uma vez que a vítima teria manifestado seu interesse em desistir da representação. A irresignação, contudo, não procede. O dispositivo legal em questão tem a seguinte redação: “Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público” (grifos meus). Pois bem, a defesa alega que na oitiva da vítima em juízo esta teria manifestado a intenção de se retratar, porquanto teria afirmado, na ocasião, que fora ela quem dera início às agressões ao réu, o qual teria agido, então, em legítima defesa. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 109.176 / MG Entretanto, a leitura do referido depoimento não permite concluir, como quer a defesa, que a vítima teria demonstrado sua intenção de não prosseguir da ação, pelo contrário, indagada pelo magistrado, ela afirmou que suas declarações não foram prestadas com o fito de absolver o réu. Transcrevo, por relevante, trechos da representação criminal apresentada à autoridade policial, bem como do depoimento da ofendida ao Juiz de Direito Titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Montes Claros/MG: “que a representante foi amasiada com o representado durante aproximadamente um ano e oito meses, sendo que no último mês de relacionamento, ocorreram discussões constantes. No dia 19 de março último, na parte da manhã, a representante começou arrumar para sair, pois tinha entrevista de emprego, porém nesse dia o 'clima' já não estava bom entre a representante e o representado. A representante saiu, mas foi solicitada pelo representado que queria saber a respeito de determinada quantia em dinheiro que, segundo ele, havia desaparecido. A representante disse que não havia pegado o dinheiro, quando então iniciou outra discussão, vindo o representado agredir fisicamente a representante com socos, tapas e cutes, etc. A representante informa ainda que, logo no inicio da discussão, falou para o representado que iria retornar para a casa dos pais, mas o representado não aceitou dizendo que a representante não se separaria dele. No dia da agressão física, a representante com lesão pelo corpo conseguiu sair de casa, procurando abrigo na residência dos pais, porém não acionou a Policia Militar. Esclarece ainda que é a segunda vez que o representado a agride fisicamente, e na primeira vez a representante não tomou as providências porque o representado fazia ameaças de que se a representante relatasse o fato à Policia, 'quem iria sofrer as consequências era o pai e o sobrinho da representante', e, essa mesma ameaça o representado repetiu no dia 19/03/2008. A representante não tem filho com o representando”. Instaurada a ação, a ofendida declarou em Juízo: “Dada a palavra ao promotor de justiça, na forma da lei, às suas 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Supremo Tribunal Federal HC 109.176 / MG Entretanto, a leitura do referido depoimento não permite concluir, como quer a defesa, que a vítima teria demonstrado sua intenção de não prosseguir da ação, pelo contrário, indagada pelo magistrado, ela afirmou que suas declarações não foram prestadas com o fito de absolver o réu. Transcrevo, por relevante, trechos da representação criminal apresentada à autoridade policial, bem como do depoimento da ofendida ao Juiz de Direito Titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Montes Claros/MG: “que a representante foi amasiada com o representado durante aproximadamente um ano e oito meses, sendo que no último mês de relacionamento, ocorreram discussões constantes. No dia 19 de março último, na parte da manhã, a representante começou arrumar para sair, pois tinha entrevista de emprego, porém nesse dia o 'clima' já não estava bom entre a representante e o representado. A representante saiu, mas foi solicitada pelo representado que queria saber a respeito de determinada quantia em dinheiro que, segundo ele, havia desaparecido. A representante disse que não havia pegado o dinheiro, quando então iniciou outra discussão, vindo o representado agredir fisicamente a representante com socos, tapas e cutes, etc. A representante informa ainda que, logo no inicio da discussão, falou para o representado que iria retornar para a casa dos pais, mas o representado não aceitou dizendo que a representante não se separaria dele. No dia da agressão física, a representante com lesão pelo corpo conseguiu sair de casa, procurando abrigo na residência dos pais, porém não acionou a Policia Militar. Esclarece ainda que é a segunda vez que o representado a agride fisicamente, e na primeira vez a representante não tomou as providências porque o representado fazia ameaças de que se a representante relatasse o fato à Policia, 'quem iria sofrer as consequências era o pai e o sobrinho da representante', e, essa mesma ameaça o representado repetiu no dia 19/03/2008. A representante não tem filho com o representando”. Instaurada a ação, a ofendida declarou em Juízo: “Dada a palavra ao promotor de justiça, na forma da lei, às suas 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 109.176 / MG perguntas lhe foi respondido: que confirma integralmente o seu depoimento prestado perante a Autoridade Policial que lhe foi lido e se encontra às fls. 06. Dada a palavra à advogada de defesa, na forma da lei, às suas perguntas lhe foi respondido: que no dia dos fatos, a vítima iniciou uma agressão em face do réu, inclusive lhe deu várias mordidas, unhadas e um tapa e, em seguida, o réu a agrediu fisicamente na forma mencionada no seu depoimento acima dito; que essas agressões perpetradas pela declarante em face do réu decorreram de ciúmes; que os fatos se deram numa sexta-feira, sendo que a declarante se submeteu a exame no IML na segunda-feira; que a declarante ficou machucada na sua cabeça, no seu ouvido e no seu ombro; que na atualidade,a declarante e o réu mantêm união estável; que o casal (sic) cerca de um mês separado; que ratifica o conteúdo da certidão de fls. 75. Inquirida pelo MM. Juiz, às perguntas respondeu: que por estar com raiva do réu não disse para a autoridade policial que teria iniciado as agressões físicas acima mencionadas em face do réu; que não presta essas declarações para absolver o réu por legítima defesa própria, bem como tem ciência do crime de denunciação caluniosa” (grifos meus). Ao meu sentir, a mera declaração de que a própria ofendida teria dado início às agressões (diversamente do que havia afirmado inicialmente, na representação criminal apresentada) não revela o nítido propósito de desistir do prosseguimento da ação, tanto que, ao final, ela destacou que “não prestava essas declarações para absolver o réu por legítima defesa própria”. Deste modo, tenho que tais declarações não podem ser tomadas como manifestação do desejo de renunciar à representação. Ainda que assim não fosse, a lei prevê que a audiência para a vítima expressar o seu desejo de se retratar da representação deve ser realizada em momento anterior ao recebimento da denúncia, o que não se verificou no caso em análise, uma vez que tal desejo teria sido manifestado somente após instaurada a ação penal (a peça inaugural foi recebida em 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Supremo Tribunal Federal HC 109.176 / MG perguntas lhe foi respondido: que confirma integralmente o seu depoimento prestado perante a Autoridade Policial que lhe foi lido e se encontra às fls. 06. Dada a palavra à advogada de defesa, na forma da lei, às suas perguntas lhe foi respondido: que no dia dos fatos, a vítima iniciou uma agressão em face do réu, inclusive lhe deu várias mordidas, unhadas e um tapa e, em seguida, o réu a agrediu fisicamente na forma mencionada no seu depoimento acima dito; que essas agressões perpetradas pela declarante em face do réu decorreram de ciúmes; que os fatos se deram numa sexta-feira, sendo que a declarante se submeteu a exame no IML na segunda-feira; que a declarante ficou machucada na sua cabeça, no seu ouvido e no seu ombro; que na atualidade,a declarante e o réu mantêm união estável; que o casal (sic) cerca de um mês separado; que ratifica o conteúdo da certidão de fls. 75. Inquirida pelo MM. Juiz, às perguntas respondeu: que por estar com raiva do réu não disse para a autoridade policial que teria iniciado as agressões físicas acima mencionadas em face do réu; que não presta essas declarações para absolver o réu por legítima defesa própria, bem como tem ciência do crime de denunciação caluniosa” (grifos meus). Ao meu sentir, a mera declaração de que a própria ofendida teria dado início às agressões (diversamente do que havia afirmado inicialmente, na representação criminal apresentada) não revela o nítido propósito de desistir do prosseguimento da ação, tanto que, ao final, ela destacou que “não prestava essas declarações para absolver o réu por legítima defesa própria”. Deste modo, tenho que tais declarações não podem ser tomadas como manifestação do desejo de renunciar à representação. Ainda que assim não fosse, a lei prevê que a audiência para a vítima expressar o seu desejo de se retratar da representação deve ser realizada em momento anterior ao recebimento da denúncia, o que não se verificou no caso em análise, uma vez que tal desejo teria sido manifestado somente após instaurada a ação penal (a peça inaugural foi recebida em 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 109.176 / MG 25/8/2008 e tais declarações foram prestadas pela vítima na audiência de instrução e julgamento, realizada em 17/11/2008), donde não há falar em inobservância, por parte do juízo de origem, da formalidade prevista no art. 16 da Lei 11.340/2006. Mesmo que superado tais óbices, como muito bem apontou a ilustre representante do Parquet federal, tal disposição legal não visa beneficiar o réu, mas tem por escopo formalizar, perante o magistrado, o ato de retratação, com o objetivo de “proteger a vítima, afastando-a, ainda que por um pouco, das ingerências do agressor”. Assim, a ofendida que pretenda renunciar à representação deve externar essa intenção à autoridade policial ou ao cartório da Vara criminal, para que, então, seja designada a audiência em questão. De se destacar, pois, que essa audiência visa confirmar o desejo da vítima de desistir da ação, e não, como sustentado pela impetrante, ratificar o intuito de prosseguir com o feito. Nesse sentido, valho-me da lição de Guilherme Souza Nucci1, que, ao comentar o art. 16 da Lei Maria da Penha, assentou: “De toda forma, o art. 16 da Lei 11.340/2006 procura dificultar essa renúncia ou retratação da representação, determinando que somente será aceita se for realizada em audiência especialmente designada pelo juiz, para essa finalidade, com prévia oitiva do Ministério Público. (...) O encaminhamento do pedido de desistência pode ser feito pela autoridade policial, que, provavelmente, será procurada pela mulher- vítima, podendo esta comparecer diretamente ao fórum, solicitando que seja designada data para tanto. Portanto, o que se pretende, em verdade, é atingir um maior grau de solenidade e formalidade para o ato, portanto, busca-se alcançar maior grau de conscientização da retratação da 1 NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 4. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009. p. 1176. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Supremo Tribunal Federal HC 109.176 / MG 25/8/2008 e tais declarações foram prestadas pela vítima na audiência de instrução e julgamento, realizada em 17/11/2008), donde não há falar em inobservância, por parte do juízo de origem, da formalidade prevista no art. 16 da Lei 11.340/2006. Mesmo que superado tais óbices, como muito bem apontou a ilustre representante do Parquet federal, tal disposição legal não visa beneficiar o réu, mas tem por escopo formalizar, perante o magistrado, o ato de retratação, com o objetivo de “proteger a vítima, afastando-a, ainda que por um pouco, das ingerências do agressor”. Assim, a ofendida que pretenda renunciar à representação deve externar essa intenção à autoridade policial ou ao cartório da Vara criminal, para que, então, seja designada a audiência em questão. De se destacar, pois, que essa audiência visa confirmar o desejo da vítima de desistir da ação, e não, como sustentado pela impetrante, ratificar o intuito de prosseguir com o feito. Nesse sentido, valho-me da lição de Guilherme Souza Nucci1, que, ao comentar o art. 16 da Lei Maria da Penha, assentou: “De toda forma, o art. 16 da Lei 11.340/2006 procura dificultar essa renúncia ou retratação da representação, determinando que somente será aceita se for realizada em audiência especialmente designada pelo juiz, para essa finalidade, com prévia oitiva do Ministério Público. (...) O encaminhamento do pedido de desistência pode ser feito pela autoridade policial, que, provavelmente, será procurada pela mulher- vítima, podendo esta comparecer diretamente ao fórum, solicitando que seja designada data para tanto. Portanto, o que se pretende, em verdade, é atingir um maior grau de solenidade e formalidade para o ato, portanto, busca-se alcançar maior grau de conscientização da retratação da 1 NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 4. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009. p. 1176. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 109.176 / MG mulher, que afastará a punição do agressor. Na audiência, o magistrado deve tornar bem claro à desistente as consequências do seu ato, advertindo-a novamente dos benefícios e medidas de proteção trazidas por esta Lei” (grifos meus). Com essas considerações, denego a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Supremo Tribunal Federal HC 109.176 / MG mulher, que afastará a punição do agressor. Na audiência, o magistrado deve tornar bem claro à desistente as consequências do seu ato, advertindo-a novamente dos benefícios e medidas de proteção trazidas por esta Lei” (grifos meus). Com essas considerações, denego a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505785. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Explicação 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.176 MINAS GERAIS EXPLICAÇÃO O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Essa Lei Maria da Penha é um marco. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É um marco, uma evolução, no plano dos nossos costumes, em prol da mulher e se inscreve nesse âmbito do constitucionalismo fraternal, que é de proteção das minorias historicamente desfavorecidas. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Sim, e dos grupos precarizados e vulneráveis culturalmente, sem dúvida. # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1577714. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.176 MINAS GERAIS EXPLICAÇÃO O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Essa Lei Maria da Penha é um marco. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É um marco, uma evolução, no plano dos nossos costumes, em prol da mulher e se inscreve nesse âmbito do constitucionalismo fraternal, que é de proteção das minorias historicamente desfavorecidas. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Sim, e dos grupos precarizados e vulneráveis culturalmente, sem dúvida. # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1577714. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.176 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518020 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.176 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518020 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1578693
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1578693
2011-10-04T00:00:00
2011-11-21T00:00:00
Ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. PACIENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE LESÃO CORPORAL (ART. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL). AUDIÊNCIA DE RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO. DESIGNAÇÃO. AUSÊNCIA. OBRIGATORIEDADE. INEXISTÊNCIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. IMPROCEDÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – A mera declaração de que a própria ofendida teria dado início às agressões não revela o nítido propósito de desistir do prosseguimento da ação. II - O art. 16 da Lei 11.340/2006 prevê que a audiência designada para a vítima expressar o seu desejo de renunciar à representação deve ser realizada em momento anterior ao recebimento da denúncia, o que não se verificou no caso em análise, uma vez que o suposto desejo teria sido manifestado somente na audiência de instrução e julgamento, de modo que não há falar, pois, em ofensa ao devido processo legal. III – Tal disposição legal não visa beneficiar o réu, mas tem por escopo formalizar, perante o magistrado, o ato de retratação, com o objetivo de proteger a vítima, afastando-a, das ingerências do agressor. IV- Ordem denegada.
sjur201704
- Veja HC 178744 do STJ. Número de páginas: 12. Análise: 07/02/2012, KBP.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
109176
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00129 PAR-00009 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-011340 ANO-2006\r\n ART-00016 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 109176
[ "" ]
PACTE.(S) : CHALIGTON WESTO CALISTO DOS SANTOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176 MINAS GERAIS", "H", "C 178. 744 / MG", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176", "H", "C 178. 744 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "C 109. 176 / MG", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 176" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. 129, § [UNK], DO CÓDIGO PENAL", "art. 16 da Lei 11. 340 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 129, § [UNK], do Código Penal", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 129, § [UNK], do Código Penal", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 88 da Lei 9. 099 / 1995", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 88 da Lei 9. 099 / 1995", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EI MARIA DA PENHA", "art. 16 da Lei [UNK] 11. 340⁄06", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EI MARIA DA PENHA", "art. 16 da Lei [UNK] 11. 340⁄06", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 16 da Lei Maria da Penha", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 16 da Lei 11. 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"Cláudia Sampaio Marques", "Cláudia Sampaio Marques", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Guilherme Souza Nucci1", "N", "UC", "CI, Guilherme de Souza", "Guilherme Souza Nucci1", "N", "UC", "CI, Guilherme de Souza", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "C", "HA", "L", "IG", "TO", "N WESTO CALISTO DOS SANTOS", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gil", "mar Mendes", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", 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Ementa e Acórdão 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.791 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :VITOR MENEZES TRINDADE NETO ADV.(A/S) :GETÚLIO VARGAS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE PEÇAS ESSENCIAIS PARA O DESLINDE DA CONTROVÉRSIA. INAPLICABILIDADE DA LEI 12.322/2010. 1. Como sabido, incumbe à parte agravante a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde. 2. A Lei 12.322/2010, que dispôs sobre a nova sistemática do agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário ou especial, entrou em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação, no dia 09/12/2010. Lei cuja aplicação não pode ocorrer de forma retroativa. Precedente: AI 828.091-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 3. Agravo regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 04 de outubro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1585933. Supremo Tribunal Federal DJe 06/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4 Relatório 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.791 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :VITOR MENEZES TRINDADE NETO ADV.(A/S) :GETÚLIO VARGAS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Nos presentes autos, foi proferida decisão negando seguimento ao agravo de instrumento por faltar no traslado cópias da procuração do agravante, do acórdão recorrido, da sua respectiva certidão de intimação, do recurso extraordinário e de suas contra-razões, da decisão agravada e da sua respectiva certidão de intimação. 2. Pois bem, a parte agravante sustenta que seu agravo foi interposto com fundamento na Lei 12.322/2010. Logo, afirma, o recurso era de ser remetido nos próprios autos do processo, sem a necessidade de formação do instrumento. 3. Mantida a decisão agravada, submeto o recurso à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1585934. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.791 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :VITOR MENEZES TRINDADE NETO ADV.(A/S) :GETÚLIO VARGAS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Nos presentes autos, foi proferida decisão negando seguimento ao agravo de instrumento por faltar no traslado cópias da procuração do agravante, do acórdão recorrido, da sua respectiva certidão de intimação, do recurso extraordinário e de suas contra-razões, da decisão agravada e da sua respectiva certidão de intimação. 2. Pois bem, a parte agravante sustenta que seu agravo foi interposto com fundamento na Lei 12.322/2010. Logo, afirma, o recurso era de ser remetido nos próprios autos do processo, sem a necessidade de formação do instrumento. 3. Mantida a decisão agravada, submeto o recurso à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1585934. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4 Voto - MIN. AYRES BRITTO 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.791 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que não assiste razão à parte agravante. É que o agravo de instrumento é de vir instruído com os elementos necessários à sua apreciação, para que se possam verificar os pressupostos inerentes ao cabimento do recurso extraordinário. 6. Ora, é assente no Supremo Tribunal Federal que incumbe à parte agravante a correta formação do agravo de instrumento, por cuja deficiência responde, não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta nossa Casa de Justiça, nem a conversão do recurso em diligência para corrigir eventual ausência. 7. Quanto à alegação de aplicação da Lei 12.322/2010, melhor sorte não assiste ao recorrente. Isso porque o art. 2º do referido diploma normativo dispôs que a nova sistemática do agravo entraria em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação, o que ocorreu no dia 09/12/2010. Logo, após a interposição do presente recurso, que se deu no dia 06/12/2010. 8. Com efeito, não é possível a aplicação retroativa de lei de natureza processual. Nesse mesmo sentido, veja-se o AI 828.091-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 9. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo regimental. * * * * * * * * * * * * Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1585935. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.791 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que não assiste razão à parte agravante. É que o agravo de instrumento é de vir instruído com os elementos necessários à sua apreciação, para que se possam verificar os pressupostos inerentes ao cabimento do recurso extraordinário. 6. Ora, é assente no Supremo Tribunal Federal que incumbe à parte agravante a correta formação do agravo de instrumento, por cuja deficiência responde, não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta nossa Casa de Justiça, nem a conversão do recurso em diligência para corrigir eventual ausência. 7. Quanto à alegação de aplicação da Lei 12.322/2010, melhor sorte não assiste ao recorrente. Isso porque o art. 2º do referido diploma normativo dispôs que a nova sistemática do agravo entraria em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação, o que ocorreu no dia 09/12/2010. Logo, após a interposição do presente recurso, que se deu no dia 06/12/2010. 8. Com efeito, não é possível a aplicação retroativa de lei de natureza processual. Nesse mesmo sentido, veja-se o AI 828.091-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 9. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo regimental. * * * * * * * * * * * * Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1585935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 4 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.791 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : VITOR MENEZES TRINDADE NETO ADV.(A/S) : GETÚLIO VARGAS AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518253 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.791 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : VITOR MENEZES TRINDADE NETO ADV.(A/S) : GETÚLIO VARGAS AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518253 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1606956
2011-10-04T00:00:00
2011-12-06T00:00:00
Agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE PEÇAS ESSENCIAIS PARA O DESLINDE DA CONTROVÉRSIA. INAPLICABILIDADE DA LEI 12.322/2010. 1. Como sabido, incumbe à parte agravante a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde. 2. A Lei 12.322/2010, que dispôs sobre a nova sistemática do agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário ou especial, entrou em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação, no dia 09/12/2010. Lei cuja aplicação não pode ocorrer de forma retroativa. Precedente: AI 828.091-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 3. Agravo regimental desprovido.
sjur202474
- Acórdão citado: AI 828.091 AgR. Número de páginas: 4. Análise: 23/01/2012, GVS.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
838791
[ "LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n ART-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 838791 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGTE.(S) : VITOR MENEZES TRINDADE NETO ADV.(A/S) : GETÚLIO VARGAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838. 791", "A", "I 828. 091- AgR", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838. 791", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838. 791", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 838. 791", "A", "I 828. 091- AgR", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 838. 791", "A", "I 828. 091- AgR", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 838", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 838. 791" ], "LEGISLACAO": [ "L", "EI 12. 322 / 2010", "Lei 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO GRANDE DO SUL", "Brasília", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO FEDERAL", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O P", "Ú", "BL", "IC", "O FEDERAL", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO FEDERAL", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "VI", "TO", "R MENEZES TRINDADE NETO", "G", "ET", "Ú", "L", "IO VARGAS", "Cá", "r", "men Lúcia", "Ay", "res Britto", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "VI", "TO", "R MENEZES TRINDADE NETO", "G", "ET", "Ú", "L", "IO VARGAS", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "VI", "TO", "R MENEZES TRINDADE NETO", "G", "ET", "Ú", "L", "IO VARGAS", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "Cá", "r", "men Lúcia", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "Cá", "r", "men Lúcia", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "VI", "TO", "R MENEZES TRINDADE NETO", "G", "ET", "Ú", "L", "IO VARGAS", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gil", "mar Mendes", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "VI", "TO", "R MENEZES TRINDADE NETO", "G", "ET", "Ú", "L", "IO VARGAS", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gil", "mar Mendes", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab" ], "TEMPO": [ "04", "/", "10", "/", "2011", "09", "/", "12", "/", "2010", "04 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "06", "/", "12", "/", "2011", "04", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "09", "/", "12", "/", "2010", "06", "/", "12", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "09", "/", "12", "/", "2010", "06", "/", "12", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.396 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :COMPANHIA AÇUCAREIRA ALAGOANA ADV.(A/S) :ROBERTO ROSAS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ENVOLVENDO AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. LIMITES OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, suposta ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello. 2. Agravo regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 04 de outubro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564807. Supremo Tribunal Federal DJe 06/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.396 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :COMPANHIA AÇUCAREIRA ALAGOANA ADV.(A/S) :ROBERTO ROSAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão singular pela qual neguei seguimento ao agravo de instrumento sob os seguintes fundamentos: a) porque a reabertura da discussão acerca dos limites objetivos da coisa julgada situam-se no plano infraconstitucional; e b) eventuais ofensas às garantias do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa não autorizam a abertura da via recursal extraordinária. 2. Pois bem, a parte agravante reafirma as razões expendidas no recurso extraordinário. Alega a existência de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que julgou procedente a Ação Rescisória nº 2002.01.00.004732-7/DF, proposta pela União. 3. Mantida a decisão agravada, submeto a matéria à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * OMA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564808. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.396 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :COMPANHIA AÇUCAREIRA ALAGOANA ADV.(A/S) :ROBERTO ROSAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão singular pela qual neguei seguimento ao agravo de instrumento sob os seguintes fundamentos: a) porque a reabertura da discussão acerca dos limites objetivos da coisa julgada situam-se no plano infraconstitucional; e b) eventuais ofensas às garantias do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa não autorizam a abertura da via recursal extraordinária. 2. Pois bem, a parte agravante reafirma as razões expendidas no recurso extraordinário. Alega a existência de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que julgou procedente a Ação Rescisória nº 2002.01.00.004732-7/DF, proposta pela União. 3. Mantida a decisão agravada, submeto a matéria à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * OMA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564808. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. AYRES BRITTO 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.396 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que o inconformismo não merece acolhida. No caso, o Superior Tribunal de Justiça decidiu a controvérsia em acórdão assim ementado (fls. 200): “PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. RENOVAÇÃO DO JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL, COM SUA INCLUSÃO EM PAUTA. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. DADOS APURADOS EM PERÍCIA REALIZADA EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. VALOR DA INDENIZAÇÃO QUE CORRESPONDE À DIFERENÇA ENTRE OS VALORES DE VENDA DOS PRODUTOS E OS CUSTOS DE PRODUÇÃO APURADOS PELA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (ART. 9º DA LEI 4.870/65). VALORES DA INDENIZAÇÃO JÁ APURADOS PELA PERÍCIA, DEPENDENDO APENAS DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS. CÁLCULO A SER REALIZADO, EM SEDE DE EXECUÇÃO. DESPROVIMENTO DO RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO PELA UNIÃO, DIVERGINDO DO VOTO DO RELATOR, MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI.” 6. Muito bem. Sucede que, segundo consignado na decisão singular, a controvérsia acerca de suposta ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório e aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes, da relatoria do ministro Celso de Mello: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR, este último assim ementado: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564809. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.396 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que o inconformismo não merece acolhida. No caso, o Superior Tribunal de Justiça decidiu a controvérsia em acórdão assim ementado (fls. 200): “PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. RENOVAÇÃO DO JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL, COM SUA INCLUSÃO EM PAUTA. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. DADOS APURADOS EM PERÍCIA REALIZADA EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. VALOR DA INDENIZAÇÃO QUE CORRESPONDE À DIFERENÇA ENTRE OS VALORES DE VENDA DOS PRODUTOS E OS CUSTOS DE PRODUÇÃO APURADOS PELA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (ART. 9º DA LEI 4.870/65). VALORES DA INDENIZAÇÃO JÁ APURADOS PELA PERÍCIA, DEPENDENDO APENAS DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS. CÁLCULO A SER REALIZADO, EM SEDE DE EXECUÇÃO. DESPROVIMENTO DO RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO PELA UNIÃO, DIVERGINDO DO VOTO DO RELATOR, MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI.” 6. Muito bem. Sucede que, segundo consignado na decisão singular, a controvérsia acerca de suposta ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório e aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes, da relatoria do ministro Celso de Mello: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR, este último assim ementado: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564809. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. AYRES BRITTO AI 755.396 AGR / DF REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. [...] - A discussão em torno da integridade da coisa julgada, por reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da ‘res judicata’, torna incabível o recurso extraordinário. É que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, ‘in concreto’, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduz matéria revestida de índole infraconstitucional, podendo caracterizar situação de eventual conflito indireto com o texto da Carta Política (RTJ 182/746), circunstância que pré-exclui a possibilidade de adequada utilização do recurso extraordinário. Precedentes.” 7. À derradeira, tendo em conta pesquisa realizada no sítio eletrônico do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, anoto que, embora julgada procedente a Ação Rescisória nº 2002.01.00.004732-7/DF, ainda não ocorreu o trânsito em julgado da ação. De todo modo, na esteira do que decidiu o Superior Tribunal de Justiça na questão de ordem no REsp 783.192, entendo que o julgamento dos autos sob exame em nada modificará a decisão proferida na ação rescisória. E, caso haja a confirmação do trânsito em julgado da mencionada ação, tornará prejudicado o título executivo e, portanto, toda a execução, e não apenas a controvérsia em apreço. Pelo que nada há a prover. 8. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo regimental. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564809. Supremo Tribunal Federal AI 755.396 AGR / DF REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. [...] - A discussão em torno da integridade da coisa julgada, por reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da ‘res judicata’, torna incabível o recurso extraordinário. É que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, ‘in concreto’, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduz matéria revestida de índole infraconstitucional, podendo caracterizar situação de eventual conflito indireto com o texto da Carta Política (RTJ 182/746), circunstância que pré-exclui a possibilidade de adequada utilização do recurso extraordinário. Precedentes.” 7. À derradeira, tendo em conta pesquisa realizada no sítio eletrônico do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, anoto que, embora julgada procedente a Ação Rescisória nº 2002.01.00.004732-7/DF, ainda não ocorreu o trânsito em julgado da ação. De todo modo, na esteira do que decidiu o Superior Tribunal de Justiça na questão de ordem no REsp 783.192, entendo que o julgamento dos autos sob exame em nada modificará a decisão proferida na ação rescisória. E, caso haja a confirmação do trânsito em julgado da mencionada ação, tornará prejudicado o título executivo e, portanto, toda a execução, e não apenas a controvérsia em apreço. Pelo que nada há a prover. 8. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo regimental. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564809. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.396 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : COMPANHIA AÇUCAREIRA ALAGOANA ADV.(A/S) : ROBERTO ROSAS Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518213 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.396 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : COMPANHIA AÇUCAREIRA ALAGOANA ADV.(A/S) : ROBERTO ROSAS Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518213 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1607703
2011-10-04T00:00:00
2011-12-06T00:00:00
Agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ENVOLVENDO AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. LIMITES OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, suposta ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello. 2. Agravo regimental desprovido.
sjur202461
- Acórdãos citados: AI 517643 AgR, AI 733272 AgR. Número de páginas: 5. Análise: 23/01/2012, GVS.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
755396
null
AI-AgR
acordaos
AI 755396 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : COMPANHIA AÇUCAREIRA ALAGOANA ADV.(A/S) : ROBERTO ROSAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 755. 396", "A", "Is 517. 643- AgR", "73", "3", ".", "27", "2", "-", "Ag", "R", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755. 396", "Ação Rescisória [UNK] 2002. 01. 00. 004732- 7 /", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755. 396", "Ação Rescisória [UNK] 2002. 01. 00. 004732- 7 / DF", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755. 396", "A", "Is 517. 643- AgR", "73", "3", ".", "27", "2", "-", "Ag", "R", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ".", "NO A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 755. 396 D", "A", "Is 517. 643- AgR", "73", "3", ".", "27", "2", "-", "Ag", "R", "A", "I 755. 396", "A", "G", "R", "D", "F", "R", "T", "J 182 / 746", "Ação Rescisória [UNK] 2002. 01. 00. 004732- 7 / DF", "R", "Es", "p 783. 192", "A", "I 755. 396", "R", "T", "J", "Ação Rescisória [UNK] 2002. 01. 00. 004732- 7 / DF", "R", "Es", "p 783. 192", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 755. 396", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 755. 396" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. [UNK] DA LEI 4. 870 / 65", "CON", "ST", "IT", "U", "I", "Ç", "ÃO DA Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. [UNK] DA LEI 4. 870 /", "CON", "ST", "IT", "U", "I", "Ç", "ÃO DA Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "IT", "art. [UNK], XXXVI, da Constituição", "CP", "C, art. 472", "CP", "C, arts. 468, 469, 470 e 474", "Carta Política", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 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Ementa e Acórdão 28/09/2011 PLENÁRIO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :TELCOMP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES COMPETITIVAS ADV.(A/S) :JOSÉ CARDOSO DUTRA JUNIOR E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EMENTA Medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. Artigo 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro, o qual dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia, determinando a transferência dos minutos não utilizados no mês de sua aquisição, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes. Competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações. Violação do art. 22, IV, da Constituição Federal. Precedentes. Medida cautelar deferida para suspender a eficácia do art. 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, sob a presidência do Sr. Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em deferir o pedido de medida cautelar para suspender a eficácia do art. 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro, nos termos do voto do Relator. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516195. Supremo Tribunal Federal DJe 21/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão ADI 4.649 MC / RJ Brasília, 28 de setembro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516195. Supremo Tribunal Federal ADI 4.649 MC / RJ Brasília, 28 de setembro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516195. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 28/09/2011 PLENÁRIO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :TELCOMP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES COMPETITIVAS ADV.(A/S) :JOSÉ CARDOSO DUTRA JUNIOR E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, ajuizada pela Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TELCOMP), tendo como objeto o art. 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro. Eis o teor do dispositivo impugnado: “Art. 1º Dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia. § 1º Os minutos de franquia não utilizados no mês de sua aquisição serão transferidos, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes.” Sustenta a autora que a lei estadual, ao dispor sobre obrigações das operadoras de telefonia relacionadas aos serviços por elas prestados, versou sobre matéria de competência privativa da União (telecomunicações), violando, portanto, os arts. 21, inciso XI; 22, inciso IV; e 175, parágrafo único, I e II, da Constituição Federal, pois “somente a União, que é o poder concedente ou autorizador dos serviços de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516191. Supremo Tribunal Federal 28/09/2011 PLENÁRIO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :TELCOMP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES COMPETITIVAS ADV.(A/S) :JOSÉ CARDOSO DUTRA JUNIOR E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, ajuizada pela Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TELCOMP), tendo como objeto o art. 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro. Eis o teor do dispositivo impugnado: “Art. 1º Dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia. § 1º Os minutos de franquia não utilizados no mês de sua aquisição serão transferidos, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes.” Sustenta a autora que a lei estadual, ao dispor sobre obrigações das operadoras de telefonia relacionadas aos serviços por elas prestados, versou sobre matéria de competência privativa da União (telecomunicações), violando, portanto, os arts. 21, inciso XI; 22, inciso IV; e 175, parágrafo único, I e II, da Constituição Federal, pois “somente a União, que é o poder concedente ou autorizador dos serviços de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516191. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório ADI 4.649 MC / RJ telecomunicações, pode estabelecer obrigações relacionadas à atividade objeto de delegação, bem como sanções correlatas.” Requer, ao final, a suspensão cautelar do dispositivo contestado e, no mérito, a declaração de sua inconstitucionalidade. A Secretaria Judiciária certificou, nos autos, que foi constatada a ausência de procuração outorgada pela requerente nas peças eletrônicas da presente ação. Providenciou, então, a autora, por meio da Petição nº 73.739/2011, a juntada do instrumento procuratório, regularizando sua representação processual, oportunidade em que requereu a aplicação do § 3º do art. 10 da Lei 9.868/99 para análise da medida cautelar. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516191. Supremo Tribunal Federal ADI 4.649 MC / RJ telecomunicações, pode estabelecer obrigações relacionadas à atividade objeto de delegação, bem como sanções correlatas.” Requer, ao final, a suspensão cautelar do dispositivo contestado e, no mérito, a declaração de sua inconstitucionalidade. A Secretaria Judiciária certificou, nos autos, que foi constatada a ausência de procuração outorgada pela requerente nas peças eletrônicas da presente ação. Providenciou, então, a autora, por meio da Petição nº 73.739/2011, a juntada do instrumento procuratório, regularizando sua representação processual, oportunidade em que requereu a aplicação do § 3º do art. 10 da Lei 9.868/99 para análise da medida cautelar. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516191. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 28/09/2011 PLENÁRIO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): De início, reconheço a legitimidade ativa ad causam da requerente, conforme já reconhecida pelo Plenário desta Corte (Cf. ADI nº 4.401/MG- MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 1º/10/10), e presente também a pertinência temática entre a atividade da requerente e o objeto desta ação. Passo à análise do caso. Com efeito, é firme a jurisprudência desta Corte de que compete privativamente à União legislar sobre telecomunicações, por força do que dispõe o inciso IV do art. 22 da Constituição. Nesse sentido, anotem-se os seguintes julgados: “COMPETÊNCIA NORMATIVA ESTADUAL – SERVIÇO DE TELEFONIA – ASSINATURA MENSAL. Surge, com relevância capaz de respaldar a concessão de medida acauteladora, pedido no sentido de declarar-se a inconstitucionalidade de lei estadual que haja implicado a proibição de cobrança de assinatura mensal (assinatura básica) nos serviços de telefonia” (ADI 4.369/SP-MC-REF, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 4/5/11). “Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei Distrital n. 3.426/2004. 3. Serviço público de Telecomunicações. 4. Telefonia fixa. 5. Obrigação de discriminar informações na fatura. 6. Definição de ligação local. 7. Disposições sobre ônus da prova, termo de adequação e multa. 8. Invasão da competência legislativa da União. 9. Violação dos artigos 22, incisos I, IV, e 175, da CF. Precedentes. 10. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente” (ADI nº 3.322/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 4/3/11). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Supremo Tribunal Federal 28/09/2011 PLENÁRIO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): De início, reconheço a legitimidade ativa ad causam da requerente, conforme já reconhecida pelo Plenário desta Corte (Cf. ADI nº 4.401/MG- MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 1º/10/10), e presente também a pertinência temática entre a atividade da requerente e o objeto desta ação. Passo à análise do caso. Com efeito, é firme a jurisprudência desta Corte de que compete privativamente à União legislar sobre telecomunicações, por força do que dispõe o inciso IV do art. 22 da Constituição. Nesse sentido, anotem-se os seguintes julgados: “COMPETÊNCIA NORMATIVA ESTADUAL – SERVIÇO DE TELEFONIA – ASSINATURA MENSAL. Surge, com relevância capaz de respaldar a concessão de medida acauteladora, pedido no sentido de declarar-se a inconstitucionalidade de lei estadual que haja implicado a proibição de cobrança de assinatura mensal (assinatura básica) nos serviços de telefonia” (ADI 4.369/SP-MC-REF, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 4/5/11). “Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei Distrital n. 3.426/2004. 3. Serviço público de Telecomunicações. 4. Telefonia fixa. 5. Obrigação de discriminar informações na fatura. 6. Definição de ligação local. 7. Disposições sobre ônus da prova, termo de adequação e multa. 8. Invasão da competência legislativa da União. 9. Violação dos artigos 22, incisos I, IV, e 175, da CF. Precedentes. 10. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente” (ADI nº 3.322/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 4/3/11). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ADI 4.649 MC / RJ “Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Lei estadual n. 12.983/2005 de Pernambuco versus CF 5º., X; 21, XI; e, 22, I e IV. 3. Afronta por instituir controle de comercialização e de habilitação de aparelhos usados de telefonia móvel. 4. Precedentes. 5. Ação direta parcialmente procedente para declarar a inconstitucionalidade dos seguintes dispositivos da lei pernambucana: artigos 1º, § 1º, I, ‘b’; 2º; 3º; 4º e 5º” (ADI 3.846/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 15/3/11). “Medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei nº 18.721/2010, do Estado de Minas Gerais, que dispõe sobre o fornecimento de informações por concessionária de telefonia fixa e móvel para fins de segurança pública. 3. Competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações. Violação ao art. 22, inciso IV, da Constituição. Precedentes. 4. Medida cautelar deferida para suspender a vigência da Lei nº 18.721/2010, do Estado de Minas Gerais” (ADI nº 4.401/MG-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 1º/10/10). “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DA LEI DISTRITAL N. 3.596. IMPOSIÇÃO, ÀS EMPRESAS DE TELEFONIA FIXA QUE OPERAM NO DISTRITO FEDERAL, DE INSTALAÇÃO DE CONTADORES DE PULSO EM CADA PONTO DE CONSUMO. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 22, IV, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A Lei distrital n. 3.596 é inconstitucional, visto que dispõe sobre matéria de competência da União, criando obrigação não prevista nos respectivos contratos de concessão do serviço público, a serem cumpridas pelas concessionárias de telefonia fixa - artigo 22, inciso IV, da Constituição do Brasil. 2. Pedido julgado procedente para declarar inconstitucional a Lei distrital n. 3.596/05” (ADI nº 3.533, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 6/10/06). “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DA LEI DISTRITAL N. 3.596. IMPOSIÇÃO, ÀS 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Supremo Tribunal Federal ADI 4.649 MC / RJ “Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Lei estadual n. 12.983/2005 de Pernambuco versus CF 5º., X; 21, XI; e, 22, I e IV. 3. Afronta por instituir controle de comercialização e de habilitação de aparelhos usados de telefonia móvel. 4. Precedentes. 5. Ação direta parcialmente procedente para declarar a inconstitucionalidade dos seguintes dispositivos da lei pernambucana: artigos 1º, § 1º, I, ‘b’; 2º; 3º; 4º e 5º” (ADI 3.846/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 15/3/11). “Medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei nº 18.721/2010, do Estado de Minas Gerais, que dispõe sobre o fornecimento de informações por concessionária de telefonia fixa e móvel para fins de segurança pública. 3. Competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações. Violação ao art. 22, inciso IV, da Constituição. Precedentes. 4. Medida cautelar deferida para suspender a vigência da Lei nº 18.721/2010, do Estado de Minas Gerais” (ADI nº 4.401/MG-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 1º/10/10). “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DA LEI DISTRITAL N. 3.596. IMPOSIÇÃO, ÀS EMPRESAS DE TELEFONIA FIXA QUE OPERAM NO DISTRITO FEDERAL, DE INSTALAÇÃO DE CONTADORES DE PULSO EM CADA PONTO DE CONSUMO. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 22, IV, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A Lei distrital n. 3.596 é inconstitucional, visto que dispõe sobre matéria de competência da União, criando obrigação não prevista nos respectivos contratos de concessão do serviço público, a serem cumpridas pelas concessionárias de telefonia fixa - artigo 22, inciso IV, da Constituição do Brasil. 2. Pedido julgado procedente para declarar inconstitucional a Lei distrital n. 3.596/05” (ADI nº 3.533, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 6/10/06). “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DA LEI DISTRITAL N. 3.596. IMPOSIÇÃO, ÀS 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ADI 4.649 MC / RJ EMPRESAS DE TELEFONIA FIXA QUE OPERAM NO DISTRITO FEDERAL, DE INSTALAÇÃO DE CONTADORES DE PULSO EM CADA PONTO DE CONSUMO. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 22, IV, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A Lei distrital n. 3.596 é inconstitucional, visto que dispõe sobre matéria de competência da União, criando obrigação não prevista nos respectivos contratos de concessão do serviço público, a serem cumpridas pelas concessionárias de telefonia fixa - artigo 22, inciso IV, da Constituição do Brasil. 2. Pedido julgado procedente para declarar inconstitucional a Lei distrital n. 3.596/05” (ADI nº 3.533/DF, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 6/10/06). “CONSTITUCIONAL. PROJETO DE LEI ESTADUAL DE ORIGEM PARLAMENTAR. VETO TOTAL. PROMULGAÇÃO DA LEI PELA ASSEMBLÉIA. NORMA QUE DISCIPLINA FORMA E CONDIÇÕES DE COBRANÇA PELAS EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES. MATÉRIA PRIVATIVA DA UNIÃO. OFENSA AO ART. 21, XI, DA CF. LIMINAR DEFERIDA” (ADI nº 2.615/SC-MC, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 6/12/02). Em igual sentido, na sessão de 25/8/11, o Plenário deferiu medida liminar na ADI nº 4.533, para suspender a aplicação de dispositivos de diploma legal do Estado de Minas Gerais, assentando que “norma estadual não poderia impor obrigações e sanções — não previstas em contratos previamente firmados — para empresas prestadoras de serviço de telecomunicações, ainda que ao argumento de defesa do consumidor, considerada a competência privativa da União para legislar a respeito (CF, art. 22, IV)” (Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Inf. 637, STF). A matéria da presente ação foi inclusive objeto de recentes decisões proferidas por esta Suprema Corte, em sessão plenária de 1º/9/11, nas ADIs nº 4.478-MC e nº 3.343, ambas de relatoria do eminente Ministro Ayres Britto, ocasião em que se declarou, por maioria, a inconstitucionalidade de leis estadual e distrital que vedavam a cobrança 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Supremo Tribunal Federal ADI 4.649 MC / RJ EMPRESAS DE TELEFONIA FIXA QUE OPERAM NO DISTRITO FEDERAL, DE INSTALAÇÃO DE CONTADORES DE PULSO EM CADA PONTO DE CONSUMO. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 22, IV, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A Lei distrital n. 3.596 é inconstitucional, visto que dispõe sobre matéria de competência da União, criando obrigação não prevista nos respectivos contratos de concessão do serviço público, a serem cumpridas pelas concessionárias de telefonia fixa - artigo 22, inciso IV, da Constituição do Brasil. 2. Pedido julgado procedente para declarar inconstitucional a Lei distrital n. 3.596/05” (ADI nº 3.533/DF, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 6/10/06). “CONSTITUCIONAL. PROJETO DE LEI ESTADUAL DE ORIGEM PARLAMENTAR. VETO TOTAL. PROMULGAÇÃO DA LEI PELA ASSEMBLÉIA. NORMA QUE DISCIPLINA FORMA E CONDIÇÕES DE COBRANÇA PELAS EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES. MATÉRIA PRIVATIVA DA UNIÃO. OFENSA AO ART. 21, XI, DA CF. LIMINAR DEFERIDA” (ADI nº 2.615/SC-MC, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 6/12/02). Em igual sentido, na sessão de 25/8/11, o Plenário deferiu medida liminar na ADI nº 4.533, para suspender a aplicação de dispositivos de diploma legal do Estado de Minas Gerais, assentando que “norma estadual não poderia impor obrigações e sanções — não previstas em contratos previamente firmados — para empresas prestadoras de serviço de telecomunicações, ainda que ao argumento de defesa do consumidor, considerada a competência privativa da União para legislar a respeito (CF, art. 22, IV)” (Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Inf. 637, STF). A matéria da presente ação foi inclusive objeto de recentes decisões proferidas por esta Suprema Corte, em sessão plenária de 1º/9/11, nas ADIs nº 4.478-MC e nº 3.343, ambas de relatoria do eminente Ministro Ayres Britto, ocasião em que se declarou, por maioria, a inconstitucionalidade de leis estadual e distrital que vedavam a cobrança 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ADI 4.649 MC / RJ de tarifas e taxas de consumo mínimas ou de assinatura básica impostas por concessionárias prestadoras de serviços de telefonia. Como destaquei naquela assentada: “(...) o inciso XI do art. 21 da Constituição deixa claro que compete à União explorar diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços de telecomunicações, nos termos da lei - nos termos da lei -, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador, as relações das concessionárias com os usuários/consumidores e outros aspectos institucionais. E diz o art. 22: ‘Art. 22 - Compete privativamente à União legislar sobre: (...) IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;’ Por sua vez, o art. 175, já citado pelo Ministro Fux - também em aparte eu chamei atenção para o inciso II do parágrafo único -, afirma que a lei vai dispor não apenas sobre a questão tarifária, mas também sobre os direitos dos usuários. Está explícito na Constituição. E essa lei, com a devida vênia, eminente Ministro Ayres Britto, existe. É a Lei nº 9.472, lei federal, que diz no seu art. 3º: ‘Art. 3º O usuário de serviços de telecomunicações tem direito: (...) IV - à informação adequada sobre as condições de prestação dos serviços, suas tarifas e preços;’ (…) Percebe-se, então, que a relação entre usuários e consumidores e as empresas prestadoras de serviço já se 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Supremo Tribunal Federal ADI 4.649 MC / RJ de tarifas e taxas de consumo mínimas ou de assinatura básica impostas por concessionárias prestadoras de serviços de telefonia. Como destaquei naquela assentada: “(...) o inciso XI do art. 21 da Constituição deixa claro que compete à União explorar diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços de telecomunicações, nos termos da lei - nos termos da lei -, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador, as relações das concessionárias com os usuários/consumidores e outros aspectos institucionais. E diz o art. 22: ‘Art. 22 - Compete privativamente à União legislar sobre: (...) IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;’ Por sua vez, o art. 175, já citado pelo Ministro Fux - também em aparte eu chamei atenção para o inciso II do parágrafo único -, afirma que a lei vai dispor não apenas sobre a questão tarifária, mas também sobre os direitos dos usuários. Está explícito na Constituição. E essa lei, com a devida vênia, eminente Ministro Ayres Britto, existe. É a Lei nº 9.472, lei federal, que diz no seu art. 3º: ‘Art. 3º O usuário de serviços de telecomunicações tem direito: (...) IV - à informação adequada sobre as condições de prestação dos serviços, suas tarifas e preços;’ (…) Percebe-se, então, que a relação entre usuários e consumidores e as empresas prestadoras de serviço já se 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ADI 4.649 MC / RJ encontra na própria conceituação do direito de telecomunicações, integrando o seu objeto, que, como se nota, não está adstrito ao vínculo existente entre a União e as operadoras. Não é por outra razão que o art. 175, parágrafo único, inciso II, determina que é a lei que estabelecerá a relação com os usuários, e não o Código do Consumidor. Há, no caso, um regramento todo específico e especial e, ainda, uma novidade no nosso ordenamento, que é o órgão regulador do setor. Há quatorze, quinze anos, da criação dos órgãos reguladores, nós temos que iniciar o seu fortalecimento e a compreensão do que significa esse órgão regulador, gerindo os conflitos existentes entre os concessionários e os consumidores, os usuários do serviço. Essa especialidade expressada no texto constitucional, a meu ver, já é suficiente para, em matéria de telecomunicações, afastar a incidência do direito consumerista e atribuir à União a competência privativa para disciplinar, privativamente, o setor, nos termos do art. 22, IV, da Constituição da República.” Assim sendo, nos termos da consolidada jurisprudência desta Corte, o art. 1º, caput e § 1º, da Lei n.º 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro, ora objeto de impugnação, ao dispor sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia, determinando a transferência dos minutos não utilizados no mês de sua aquisição, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes, dispôs sobre matéria de competência privativa da União, restando presente, portanto, a plausibilidade jurídica do pedido, consistente na violação do art. 22, IV, da Constituição Federal. Igualmente presente a urgência da pretensão cautelar, na medida que o artigo questionado cria obrigações formalmente inconstitucionais às prestadoras de telefonia do Estado do Rio de Janeiro, interferindo no regular desempenho de suas atividades. Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para suspender a eficácia do art. 1º, caput e § 1º, da Lei n.º 5.934, de 29 de março de 2011, 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Supremo Tribunal Federal ADI 4.649 MC / RJ encontra na própria conceituação do direito de telecomunicações, integrando o seu objeto, que, como se nota, não está adstrito ao vínculo existente entre a União e as operadoras. Não é por outra razão que o art. 175, parágrafo único, inciso II, determina que é a lei que estabelecerá a relação com os usuários, e não o Código do Consumidor. Há, no caso, um regramento todo específico e especial e, ainda, uma novidade no nosso ordenamento, que é o órgão regulador do setor. Há quatorze, quinze anos, da criação dos órgãos reguladores, nós temos que iniciar o seu fortalecimento e a compreensão do que significa esse órgão regulador, gerindo os conflitos existentes entre os concessionários e os consumidores, os usuários do serviço. Essa especialidade expressada no texto constitucional, a meu ver, já é suficiente para, em matéria de telecomunicações, afastar a incidência do direito consumerista e atribuir à União a competência privativa para disciplinar, privativamente, o setor, nos termos do art. 22, IV, da Constituição da República.” Assim sendo, nos termos da consolidada jurisprudência desta Corte, o art. 1º, caput e § 1º, da Lei n.º 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro, ora objeto de impugnação, ao dispor sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia, determinando a transferência dos minutos não utilizados no mês de sua aquisição, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes, dispôs sobre matéria de competência privativa da União, restando presente, portanto, a plausibilidade jurídica do pedido, consistente na violação do art. 22, IV, da Constituição Federal. Igualmente presente a urgência da pretensão cautelar, na medida que o artigo questionado cria obrigações formalmente inconstitucionais às prestadoras de telefonia do Estado do Rio de Janeiro, interferindo no regular desempenho de suas atividades. Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para suspender a eficácia do art. 1º, caput e § 1º, da Lei n.º 5.934, de 29 de março de 2011, 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ADI 4.649 MC / RJ do Estado do Rio de Janeiro. É como voto. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Supremo Tribunal Federal ADI 4.649 MC / RJ do Estado do Rio de Janeiro. É como voto. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1516192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. AYRES BRITTO 28/09/2011 PLENÁRIO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Senhor Presidente, eu vou ressalvar meu ponto de vista pessoal, contrário ao do eminente Relator, data vênia, porém estou acedendo, ainda que provisoriamente, ao pensar majoritário da Corte; apenas com essa ressalva do meu ponto de vista pessoal, eu concedo também a cautelar. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): É a franquia dos pulsos de telefonia. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1574700. Supremo Tribunal Federal 28/09/2011 PLENÁRIO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Senhor Presidente, eu vou ressalvar meu ponto de vista pessoal, contrário ao do eminente Relator, data vênia, porém estou acedendo, ainda que provisoriamente, ao pensar majoritário da Corte; apenas com essa ressalva do meu ponto de vista pessoal, eu concedo também a cautelar. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): É a franquia dos pulsos de telefonia. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1574700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PLENÁRIO EXTRATO DE ATA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) : TELCOMP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES COMPETITIVAS ADV.(A/S) : JOSÉ CARDOSO DUTRA JUNIOR E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, deferiu o pedido de medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 28.09.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1507063 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.649 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) : TELCOMP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES COMPETITIVAS ADV.(A/S) : JOSÉ CARDOSO DUTRA JUNIOR E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, deferiu o pedido de medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 28.09.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1507063 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1578915
2011-09-28T00:00:00
2011-11-21T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, deferiu o pedido de medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 28.09.2011.
MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
EMENTA Medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. Artigo 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro, o qual dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia, determinando a transferência dos minutos não utilizados no mês de sua aquisição, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes. Competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações. Violação do art. 22, IV, da Constituição Federal. Precedentes. Medida cautelar deferida para suspender a eficácia do art. 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro.
sjur201698
- Acórdãos citados: ADI 2615 MC, ADI 3322, ADI 3343 - Tribunal Pleno, ADI 3533, ADI 3846, ADI 4369 MC-REF, ADI 4401 MC, ADI 4478 - Tribunal Pleno, ADI 4533 - Tribunal Pleno. Número de páginas: 12. Análise: 07/02/2012, MMR. Revisão: 24/02/2012, KBP.
DIAS TOFFOLI
Tribunal Pleno
4649
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00022 INC-00004 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-EST LEI-005934 ANO-2011\r\n ART-00001 \"CAPUT\" PAR-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA, RJ" ]
ADI-MC
acordaos
ADI 4649 MC
[ "" ]
REQTE.(S) : TELCOMP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES COMPETITIVAS ADV.(A/S) : JOSÉ CARDOSO DUTRA JUNIOR E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "M", "ED", "ID", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649", "M", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "Pet", "ição [UNK] 73. 739 / 2011", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "Pet", "ição [UNK] 73. 739 / 2011", "A", "DI [UNK] 4. 401 / MG- MC", "A", "DI 4. 369 / SP- MC- REF", "A", "DI [UNK] 3. 322 / DF", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649", "A", "DI [UNK] 4. 401 / MG- MC", "A", "DI 4. 369 / SP- MC- REF", "A", "DI [UNK] 3. 322 / DF", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 3. 846 / PE", "A", "DI [UNK] 4. 401 / MG- MC", "A", "DI [UNK] 3. 533", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 3. 846 / PE", "A", "DI [UNK] 4. 401 / MG- MC", "A", "DI [UNK] 3. 533", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI [UNK] 3. 533 / DF", "A", "DI [UNK] 2. 615 / SC- MC", "A", "DI [UNK] 4. 533", "A", "DI", "s [UNK] 4. 478- MC", "[UNK] 3. 343", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI [UNK] 3. 533 / DF", "A", "DI [UNK] 2. 615 / SC- MC", "A", "DI [UNK] 4. 533", "A", "DI", "s [UNK] 4. 478- MC", "[UNK] 3. 343", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "A", "DI 4. 649 MC / RJ", "M", "ED", "ID", "A", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649", "M", "ED", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649", "A", "Ç", "ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4. 649" ], "LEGISLACAO": [ "Art", "igo [UNK], caput e § [UNK], da Lei [UNK] 5. 934", "art. 22, IV, da Constituição Federal", "art. 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Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.550 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBDO.(A/S) :GEORGE MACHADO DE FREITAS ADV.(A/S) :MÁRCIO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO EMENTA Embargos de declaração no agravo regimental. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade. Precedentes. 1. O julgamento do recurso enfrentou adequadamente as questões postas pela parte recorrente. Inexiste, portanto, qualquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil. 2. Embargos de declaração rejeitados. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560544. Supremo Tribunal Federal DJe 01/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.550 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBDO.(A/S) :GEORGE MACHADO DE FREITAS ADV.(A/S) :MÁRCIO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO RELATÓRIO O EXMO SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Tratam-se de tempestivos embargos de declaração (fls. 143 a 146), opostos pela União, contra acórdão proferido pela Primeira Turma desta Corte, assim ementado: “EMENTA Agravo regimental Militar - Contribuição para o Fundo de Saúde. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. 1. O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 586.620/RJ, de relatoria da Ministra Ellen Gracie, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada nesse feito, em virtude da sua natureza infraconstitucional. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” A embargante aduz que o acórdão padeceria de contradição por ter se manifestado sobre a ausência de repercussão geral da matéria e ter mantido os fundamentos da decisão agravada, a qual adentrou no mérito. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560541. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.550 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBDO.(A/S) :GEORGE MACHADO DE FREITAS ADV.(A/S) :MÁRCIO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO RELATÓRIO O EXMO SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Tratam-se de tempestivos embargos de declaração (fls. 143 a 146), opostos pela União, contra acórdão proferido pela Primeira Turma desta Corte, assim ementado: “EMENTA Agravo regimental Militar - Contribuição para o Fundo de Saúde. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. 1. O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 586.620/RJ, de relatoria da Ministra Ellen Gracie, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada nesse feito, em virtude da sua natureza infraconstitucional. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” A embargante aduz que o acórdão padeceria de contradição por ter se manifestado sobre a ausência de repercussão geral da matéria e ter mantido os fundamentos da decisão agravada, a qual adentrou no mérito. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560541. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.550 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Inexiste qualquer das hipóteses autorizadoras da oposição do recurso declaratório. No julgado embargado não se incorreu em contradição, tendo-se decidido, fundamentadamente, a matéria, de acordo com o entendimento mais atual desta Corte, nos limites necessários ao deslinde do feito. Assim, incabível o reexame da matéria. Sobre o tema: “Embargos de declaração que pretendem rediscutir os fundamentos já repelidos no julgamento do recurso extraordinário e do agravo regimental: ausência de omissão, contradição ou obscuridade a suprir: caráter manifestamente protelatório: rejeição e condenação dos embargantes ao pagamento de multa, nos termos do art. 538, parágrafo único, C.Pr.Civil” (RE nº 449.191/DF-AgR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado. Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 742.280/ES-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 20/11/09). De mais a mais, a contradição que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o que não ocorreu no caso em tela, em que se aplicou a jurisprudência atual desta Corte, no sentido da ausência de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560542. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.550 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Inexiste qualquer das hipóteses autorizadoras da oposição do recurso declaratório. No julgado embargado não se incorreu em contradição, tendo-se decidido, fundamentadamente, a matéria, de acordo com o entendimento mais atual desta Corte, nos limites necessários ao deslinde do feito. Assim, incabível o reexame da matéria. Sobre o tema: “Embargos de declaração que pretendem rediscutir os fundamentos já repelidos no julgamento do recurso extraordinário e do agravo regimental: ausência de omissão, contradição ou obscuridade a suprir: caráter manifestamente protelatório: rejeição e condenação dos embargantes ao pagamento de multa, nos termos do art. 538, parágrafo único, C.Pr.Civil” (RE nº 449.191/DF-AgR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado. Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 742.280/ES-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 20/11/09). De mais a mais, a contradição que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o que não ocorreu no caso em tela, em que se aplicou a jurisprudência atual desta Corte, no sentido da ausência de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560542. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 498.550 AGR-ED / RJ repercussão geral da matéria de mérito posta em debate. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560542. Supremo Tribunal Federal RE 498.550 AGR-ED / RJ repercussão geral da matéria de mérito posta em debate. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560542. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.550 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBDO.(A/S) : GEORGE MACHADO DE FREITAS ADV.(A/S) : MÁRCIO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547467 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.550 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBDO.(A/S) : GEORGE MACHADO DE FREITAS ADV.(A/S) : MÁRCIO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547467 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1597336
2011-10-18T00:00:00
2011-12-01T00:00:00
A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Embargos de declaração no agravo regimental. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade. Precedentes. 1. O julgamento do recurso enfrentou adequadamente as questões postas pela parte recorrente. Inexiste, portanto, qualquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil. 2. Embargos de declaração rejeitados.
sjur202176
- Acórdãos citados: RE 449191 AgR-ED, RE 742280 AgR-ED. Número de páginas: 5. Análise: 12/01/2012, SEV. Revisão: 02/02/2012, MMR.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
498550
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
RE-AgR-ED
acordaos
RE 498550 AgR-ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBDO.(A/S) : GEORGE MACHADO DE FREITAS ADV.(A/S) : MÁRCIO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "SO EXTRAORDINÁRIO 498. 550", "RI", "O 498. 550", "R", "E [UNK] 586. 620 / RJ", "SO EXTRAORDINÁRIO 498. 550", "R", "E [UNK] 586. 620 / RJ", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 498. 550", "R", "E [UNK] 449. 191 / DF- Ag", "R", "-", "E", "D", "A", "I [UNK] 742. 280 / ES- AgR- ED", "A", "G", ". REG", "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 498. 550", "R", "E [UNK] 449. 191 /", "A", "I [UNK] 742. 280 / ES- AgR- ED", "R", "E 498. 550 AGR- ED / RJ", "R", "E 498. 550 AGR- ED / RJ", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 498. 550", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 498. 550" ], "LEGISLACAO": [ "art. 535 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 538, parágrafo único, C. Pr. Civil", "artigo 535 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200-", "art. 538, parágrafo único, C. Pr. Civil", "artigo 535 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO DE JANEIRO", "Brasília", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "União", "Primeira Turma", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "União", "Primeira Turma", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "D", "IA", "S TOFFOLI", "G", "E", "OR", "GE MACHADO DE FREITAS", "M", "Á", "RC", "IO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO", "Cá", "r", "men Lúcia", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "G", "E", "OR", "GE MACHADO DE FREITAS", "M", "Á", "RC", "IO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Ellen Gracie", "D", "IA", "S TOFFOLI", "G", "E", "OR", "GE MACHADO DE FREITAS", "M", "Á", "RC", "IO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Ellen Gracie", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Er", "os Grau", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Er", "os Grau", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "G", "E", "OR", "GE MACHADO DE FREITAS", "M", "Á", "RC", "IO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENT", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian", "D", "IA", "S TOFFOLI", "G", "E", "OR", "GE MACHADO DE FREITAS", "M", "Á", "RC", "IO AUGUSTO ALVES DO NASCIMENTO", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian" ], "TEMPO": [ "18", "/", "10", "/", "2011", "18 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "DJ", "01", "/", "12", "/", "2011", "18", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "10", "/", "8", "/", "07", "20", "/", "11", "/", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "10", "/", "8", "/", "07", "20", "/", "11", "/", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 09/11/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.173 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :ZORILDA TAVARES CAMPOS CAMELO ADV.(A/S) :JOÃO BATISTA DE FREITAS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS. NATUREZA JURÍDICA DAS VERBAS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 9 de novembro de 2010. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848526. Supremo Tribunal Federal DJe 01/12/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 09/11/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.173 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :ZORILDA TAVARES CAMPOS CAMELO ADV.(A/S) :JOÃO BATISTA DE FREITAS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 10 de maio de 2010, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Estado de Pernambuco contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual entendeu que não incidiria imposto de transmissão causa mortis sobre verbas de natureza trabalhista. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. O Tribunal a quo assentou que: 'A jurisprudência dominante neste Tribunal de Justiça [é] no sentido de não incidência do ICD sobre os referidos importes, dada à natureza trabalhista desses. A propósito, vale salientar que a Lei n. 6.858/1980 autoriza o sucessor de pessoa falecida a perceber os valores devidos pelos empregadores aos empregados, por estes não recebidos em vida, independentemente de abertura de inventário ou de arrolamento. No presente caso, o numerário decorrente de licença- prêmio não gozada nem recebida por ex-servidor não incide o imposto em comento, por se tratar de resíduo salarial, que não constitui patrimônio hereditário' (fl. 122). Concluir de forma diversa do que foi decidido pelas instâncias originárias demandaria a análise prévia de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis n. 6.858/1980, 10.260/89 e 11.413/96). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848527. Supremo Tribunal Federal 09/11/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.173 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :ZORILDA TAVARES CAMPOS CAMELO ADV.(A/S) :JOÃO BATISTA DE FREITAS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 10 de maio de 2010, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Estado de Pernambuco contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual entendeu que não incidiria imposto de transmissão causa mortis sobre verbas de natureza trabalhista. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. O Tribunal a quo assentou que: 'A jurisprudência dominante neste Tribunal de Justiça [é] no sentido de não incidência do ICD sobre os referidos importes, dada à natureza trabalhista desses. A propósito, vale salientar que a Lei n. 6.858/1980 autoriza o sucessor de pessoa falecida a perceber os valores devidos pelos empregadores aos empregados, por estes não recebidos em vida, independentemente de abertura de inventário ou de arrolamento. No presente caso, o numerário decorrente de licença- prêmio não gozada nem recebida por ex-servidor não incide o imposto em comento, por se tratar de resíduo salarial, que não constitui patrimônio hereditário' (fl. 122). Concluir de forma diversa do que foi decidido pelas instâncias originárias demandaria a análise prévia de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis n. 6.858/1980, 10.260/89 e 11.413/96). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RE 612.173 AGR / PE República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS INDENIZATÓRIAS. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE 597.564-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 14.8.2009). E: 'RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Rescisão de contrato de trabalho. Verbas rescisórias. Natureza jurídica. Definição para fins de incidência de Imposto de Renda. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (salarial ou indenizatória), para fins de incidência de Imposto de Renda, versa sobre matéria infraconstitucional' (AI 705.941, Rel. Min. Min. Cezar Peluso, Plenário Virtual, DJe 23.4.2010). (...) 5. Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 18.5.2010, interpõe o Estado de Pernambuco, ora Agravante, em 28.5.2010, tempestivamente, agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848527. Supremo Tribunal Federal RE 612.173 AGR / PE República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS INDENIZATÓRIAS. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE 597.564-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 14.8.2009). E: 'RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Rescisão de contrato de trabalho. Verbas rescisórias. Natureza jurídica. Definição para fins de incidência de Imposto de Renda. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (salarial ou indenizatória), para fins de incidência de Imposto de Renda, versa sobre matéria infraconstitucional' (AI 705.941, Rel. Min. Min. Cezar Peluso, Plenário Virtual, DJe 23.4.2010). (...) 5. Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 18.5.2010, interpõe o Estado de Pernambuco, ora Agravante, em 28.5.2010, tempestivamente, agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 612.173 AGR / PE 3. Alega o Agravante que, “ao criar isenção por lei federal, o acórdão recorrido violou frontalmente os arts. 151, III e 155, I, da Magna Carta. Ao contrário do afirmado no r. despacho, portanto, a violação é direta, sendo desnecessária a análise de norma infraconstitucional: trata-se, tão somente, de cotejar o entendimento do r. Acórdão – concessão de isenção de tributo estadual por lei federal – ao previsto nos arts. 151, III, e 155, I, da Carta Política”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848527. Supremo Tribunal Federal RE 612.173 AGR / PE 3. Alega o Agravante que, “ao criar isenção por lei federal, o acórdão recorrido violou frontalmente os arts. 151, III e 155, I, da Magna Carta. Ao contrário do afirmado no r. despacho, portanto, a violação é direta, sendo desnecessária a análise de norma infraconstitucional: trata-se, tão somente, de cotejar o entendimento do r. Acórdão – concessão de isenção de tributo estadual por lei federal – ao previsto nos arts. 151, III, e 155, I, da Carta Política”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 09/11/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.173 PERNAMBUCO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu a controvérsia nos seguintes termos: “Nesta toada, os julgados referidos pelo decisum agravado refletem a jurisprudência dominante neste Tribunal de Justiça no sentido de não incidência do ICD sobre os referidos importes, dada à natureza trabalhista desses. A propósito, vale salientar que a Lei n. 6.858/1980 autoriza o sucessor de pessoa falecida a perceber os valores devidos pelos empregadores aos empregados, por estes não recebidos em vida, independentemente de abertura de inventário ou de arrolamento. No presente caso, o numerário decorrente de licença- prêmio não gozada nem recebida por ex-servidor não incide o imposto em comento, por se tratar de resíduo salarial, que não constitui patrimônio hereditário”. 3. Contra esse julgado, foram opostos embargos de declaração. O Tribunal a quo rejeitou o recurso e assentou que: “O Acórdão que decidiu pela não incidência do Imposto de Transmissão Causa Mortis nas verbas de natureza salarial, que não seriam consideradas como herança, não negou vigência aos artigos 151, I e 155, I da CF. Ora, a referida decisão baseou-se em expressa previsão de Lei Federal (lei 6.858/80). Afirma o apelante que referida lei deveria ser interpretada em relação aos supracitados dispositivos constitucionais (...) Afirma, neste sentido, que a legislação estadual específica Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848528. Supremo Tribunal Federal 09/11/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.173 PERNAMBUCO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu a controvérsia nos seguintes termos: “Nesta toada, os julgados referidos pelo decisum agravado refletem a jurisprudência dominante neste Tribunal de Justiça no sentido de não incidência do ICD sobre os referidos importes, dada à natureza trabalhista desses. A propósito, vale salientar que a Lei n. 6.858/1980 autoriza o sucessor de pessoa falecida a perceber os valores devidos pelos empregadores aos empregados, por estes não recebidos em vida, independentemente de abertura de inventário ou de arrolamento. No presente caso, o numerário decorrente de licença- prêmio não gozada nem recebida por ex-servidor não incide o imposto em comento, por se tratar de resíduo salarial, que não constitui patrimônio hereditário”. 3. Contra esse julgado, foram opostos embargos de declaração. O Tribunal a quo rejeitou o recurso e assentou que: “O Acórdão que decidiu pela não incidência do Imposto de Transmissão Causa Mortis nas verbas de natureza salarial, que não seriam consideradas como herança, não negou vigência aos artigos 151, I e 155, I da CF. Ora, a referida decisão baseou-se em expressa previsão de Lei Federal (lei 6.858/80). Afirma o apelante que referida lei deveria ser interpretada em relação aos supracitados dispositivos constitucionais (...) Afirma, neste sentido, que a legislação estadual específica Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 612.173 AGR / PE determina a incidência do ICD sobre todos os bens da herança, na qual se incluiria, necessariamente sobre as verbas salariais. Ora, a referida decisão não violou os mencionados dispositivos constitucionais, posto que estes se referem à competência exclusiva do Estado de instituir o ICD, o que não é o caso em questão. Não houve a instituição de qualquer imposto. A lei 6.858/80, em seu artigo 1º, possibilita o pagamento dos valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, independentemente de inventário ou arrolamento, excluindo, definitivamente, tais verbas da classificação de herança”. 4. Como afirmado na decisão agravada, para se concluir de forma diversa seria, necessária a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Assim, a pretensa contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: “RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Rescisão de contrato de trabalho. Verbas rescisórias. Natureza jurídica. Definição para fins de incidência de Imposto de Renda. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (salarial ou indenizatória), para fins de incidência de Imposto de Renda, versa sobre matéria infraconstitucional” (AI 705.941, Rel. Min. Min. Cezar Peluso, Plenário Virtual, DJe 23.4.2010 – grifos nossos). E: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. NATUREZA JURÍDICA DE VERBAS RESCISÓRIAS PARA FINS DE INCIDÊNCIA DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848528. Supremo Tribunal Federal RE 612.173 AGR / PE determina a incidência do ICD sobre todos os bens da herança, na qual se incluiria, necessariamente sobre as verbas salariais. Ora, a referida decisão não violou os mencionados dispositivos constitucionais, posto que estes se referem à competência exclusiva do Estado de instituir o ICD, o que não é o caso em questão. Não houve a instituição de qualquer imposto. A lei 6.858/80, em seu artigo 1º, possibilita o pagamento dos valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, independentemente de inventário ou arrolamento, excluindo, definitivamente, tais verbas da classificação de herança”. 4. Como afirmado na decisão agravada, para se concluir de forma diversa seria, necessária a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Assim, a pretensa contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: “RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Rescisão de contrato de trabalho. Verbas rescisórias. Natureza jurídica. Definição para fins de incidência de Imposto de Renda. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (salarial ou indenizatória), para fins de incidência de Imposto de Renda, versa sobre matéria infraconstitucional” (AI 705.941, Rel. Min. Min. Cezar Peluso, Plenário Virtual, DJe 23.4.2010 – grifos nossos). E: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. NATUREZA JURÍDICA DE VERBAS RESCISÓRIAS PARA FINS DE INCIDÊNCIA DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 612.173 AGR / PE IMPOSTO DE RENDA. QUESTÃO RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. O Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 705.941, da relatoria do ministro Cezar Peluso, firmou o entendimento de que a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (se indenizatória ou salarial), para fins de incidência de Imposto de Renda, não transborda os limites do âmbito infraconstitucional. Pelo que afronta ao Magno Texto, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto 2. Agravo regimental desprovido” (AI 767.477-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 17.9.2010). E, ainda, em caso idêntico, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: RE 605.782, Min. Dias Toffoli, DJe 17.3.2010. 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848528. Supremo Tribunal Federal RE 612.173 AGR / PE IMPOSTO DE RENDA. QUESTÃO RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. O Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 705.941, da relatoria do ministro Cezar Peluso, firmou o entendimento de que a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (se indenizatória ou salarial), para fins de incidência de Imposto de Renda, não transborda os limites do âmbito infraconstitucional. Pelo que afronta ao Magno Texto, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto 2. Agravo regimental desprovido” (AI 767.477-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 17.9.2010). E, ainda, em caso idêntico, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: RE 605.782, Min. Dias Toffoli, DJe 17.3.2010. 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 848528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.173 PROCED. : PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : ZORILDA TAVARES CAMPOS CAMELO ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE FREITAS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 09.11.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Compareceu à sessão o Ministro Joaquim Barbosa para julgar processos a ele vinculados. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835249 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.173 PROCED. : PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : ZORILDA TAVARES CAMPOS CAMELO ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE FREITAS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 09.11.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Compareceu à sessão o Ministro Joaquim Barbosa para julgar processos a ele vinculados. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835249 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=855556
2010-11-09T00:00:00
2010-12-01T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 09.11.2010.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS. NATUREZA JURÍDICA DAS VERBAS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur185537
- Acórdãos citados: AI 705941 RG, AI 767477 AgR. - Decisão monocrática citada: RE 605782. Número de páginas: 8. Análise: 06/12/2010, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Primeira Turma
612173
[ "LEG-FED LEI-006858 ANO-1980\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR
acordaos
RE 612173 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : ZORILDA TAVARES CAMPOS CAMELO ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE FREITAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 173", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612. 173", "R", "E", "G", ". NO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 173", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "R", "E 597. 564- AgR", "A", "I 705. 941", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "R", "E 597. 564- AgR", "A", "I 705. 941", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 173", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 173", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "A", "I 705. 941", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "A", "I 705. 941", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "A", "I 705. 941", "A", "I 767. 477- AgR", "R", "E 605. 782", "R", "E 612. 173 AGR / PE", "A", "I 705. 941", "A", "I 767. 477- AgR", "R", "E 605. 782", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 612. 173", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612. 173" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 6. 858 / 1980", "Lei", "s n. 6. 858 / 1980", "10", ".", "26", "0", "/", "89", "11", ".", "41", "3", "/", "96", "Constituição da Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 6. 858 / 1980", "Lei", "s n. 6. 858 / 1980", "10", ".", "26", "0", "/", "89", "11", ".", "41", "3", "/", "96", "Constituição da Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 151, III e 155, I, da Magna Carta", "art", "s. 151, III, e 155, I, da Carta Política ”", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 151, III e 155, I, da Magna Carta", "art", "s. 151, III, e 155, I, da Carta Política", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 6. 858 / 1980", "artigos 151, I e 155, I da CF", "lei 6. 858 / 80", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 6. 858 / 1980", "artigos 151, I e 155, I da CF", "lei 6. 858 / 80", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "lei 6. 858 / 80", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "lei 6. 858 / 80", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "Brasília", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "Estado de Pernambuco", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", 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"Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de Justiça de Pernambuco", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de Justiça de Pernambuco", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ple", "nário Virtual", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Fundo de Garantia do Tempo de Serviço", "Fundo de Participação PIS-", "PASEP", "Ple", "nário Virtual", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", 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Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :EDUARDO NUNES DE ARAÚJO IMPTE.(S) :EDUARDO NUNES DE ARAÚJO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. DIVERSOS CRIMES DE ESTUPRO E CONTRA O PATRIMÔNIO. PENAS REDUZIDAS PARA 85 ANOS E 10 MESES DE RECLUSÃO. PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA. DETERMINAÇÃO DE EXAME CRIMINOLÓGICO. POSSIBILIDADE. REQUISITO SUBJETIVO NÃO PREENCHIDO. ORDEM DENEGADA. 1. O exame criminológico pode ser determinado pelo Juízo das Execuções como condicionante para a progressão de regime de cumprimento da pena, mesmo após a vigência da Lei nº 10.792/2003, que deixou de prevê-lo expressamente no art. 112 da LEP, porquanto se trata de perícia imprescindível para aferir a adaptabilidade do apenado a regime mais brando. Precedentes: HC 108279/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJ de 22/9/2011; HC 93108/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJ de 13/2/2009; HC 92506/PE, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 19/9/2008. 2. In casu, o paciente foi condenado a 85 anos e dez meses de reclusão pela prática de diversos crimes patrimoniais e de estupro, o que revela a necessidade de maior cautela na concessão de regime prisional mais brando, a fim de minimizar o risco que o seu retorno gradativo ao convívio social representa. 3. Parecer do Ministério Público Federal pela denegação da ordem. 4. Ordem denegada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1633733. Supremo Tribunal Federal DJe 19/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão HC 103.370 / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus. Brasília, 18 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Redator para o acórdão Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1633733. Supremo Tribunal Federal HC 103.370 / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus. Brasília, 18 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Redator para o acórdão Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1633733. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :EDUARDO NUNES DE ARAÚJO IMPTE.(S) :EDUARDO NUNES DE ARAÚJO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto a título de relatório as informações prestadas pela Assessoria: Na decisão que implicou o indeferimento da medida liminar, a espécie ficou assim resumida (folha 193 a 195): BENEFÍCIOS – CONTAGEM DE TEMPO – ALCANCE DO ARTIGO 75 DO CÓDIGO PENAL – PRECEDENTES – RESSALVA DE ENTENDIMENTO PESSOAL – HABEAS CORPUS – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: O Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Sorocaba indeferiu o pedido de progressão ao regime semiaberto, formulado pelo paciente no Processo nº 406.421, por entender não estar preenchido o requisito objetivo para a concessão do benefício (folha 26). Contra a decisão foi interposto agravo, no qual Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :EDUARDO NUNES DE ARAÚJO IMPTE.(S) :EDUARDO NUNES DE ARAÚJO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto a título de relatório as informações prestadas pela Assessoria: Na decisão que implicou o indeferimento da medida liminar, a espécie ficou assim resumida (folha 193 a 195): BENEFÍCIOS – CONTAGEM DE TEMPO – ALCANCE DO ARTIGO 75 DO CÓDIGO PENAL – PRECEDENTES – RESSALVA DE ENTENDIMENTO PESSOAL – HABEAS CORPUS – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: O Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Sorocaba indeferiu o pedido de progressão ao regime semiaberto, formulado pelo paciente no Processo nº 406.421, por entender não estar preenchido o requisito objetivo para a concessão do benefício (folha 26). Contra a decisão foi interposto agravo, no qual Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório HC 103.370 / SP se sustentou o direito à progressão com base no artigo 112 da Lei nº 7.210/84. Argumentou-se que, tendo havido condenação superior a trinta anos, esse seria o limite máximo para o cumprimento da sanção, conforme disposto no artigo 75 do Código Penal, devendo a unificação servir de parâmetro para todos os cálculos da execução. O Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso. Na oportunidade, destacou que (folha 29 a 32): a) na fase de execução da pena, o benefício não consubstancia direito absoluto do preso. Está condicionado à segurança da vida em sociedade, incumbindo ao magistrado a análise criteriosa das condições objetivas e subjetivas do sentenciado antes de deferir o pedido formulado; b) o paciente foi condenado à pena total de 101 anos, 9 meses e 12 de reclusão, em regime fechado, pela prática de crimes sexuais e contra o patrimônio, que teve início em 4 de agosto de 1994 e cujo término está previsto para 21 de maio de 2096. Assim, deve ficar preso durante 88 anos. Consoante se verificou da planilha juntada ao processo de execução, o cumprimento de um sexto da pena imposta somente ocorrerá em 21 de julho de 2011. c) a limitação a trinta anos, estabelecida no artigo 75 do Código Penal, concerne ao cumprimento total da pena, não alcançando outros efeitos ou benefícios como a comutação, o livramento condicional, a remissão ou a transferência para regime mais brando, para os quais deve permanecer o limite da pena real. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Supremo Tribunal Federal HC 103.370 / SP se sustentou o direito à progressão com base no artigo 112 da Lei nº 7.210/84. Argumentou-se que, tendo havido condenação superior a trinta anos, esse seria o limite máximo para o cumprimento da sanção, conforme disposto no artigo 75 do Código Penal, devendo a unificação servir de parâmetro para todos os cálculos da execução. O Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso. Na oportunidade, destacou que (folha 29 a 32): a) na fase de execução da pena, o benefício não consubstancia direito absoluto do preso. Está condicionado à segurança da vida em sociedade, incumbindo ao magistrado a análise criteriosa das condições objetivas e subjetivas do sentenciado antes de deferir o pedido formulado; b) o paciente foi condenado à pena total de 101 anos, 9 meses e 12 de reclusão, em regime fechado, pela prática de crimes sexuais e contra o patrimônio, que teve início em 4 de agosto de 1994 e cujo término está previsto para 21 de maio de 2096. Assim, deve ficar preso durante 88 anos. Consoante se verificou da planilha juntada ao processo de execução, o cumprimento de um sexto da pena imposta somente ocorrerá em 21 de julho de 2011. c) a limitação a trinta anos, estabelecida no artigo 75 do Código Penal, concerne ao cumprimento total da pena, não alcançando outros efeitos ou benefícios como a comutação, o livramento condicional, a remissão ou a transferência para regime mais brando, para os quais deve permanecer o limite da pena real. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório HC 103.370 / SP O paciente formalizou pedido de habeas corpus contra o referido acórdão – de nº 121.991/SP. O Ministro Celso Limongi, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, convocado, relator, apresentou o processo em mesa e a Sexta Turma do Superior Tribunal indeferiu a ordem. Fez ver que o limite de trinta anos a que se refere o artigo 75 do Código Penal diz respeito ao efetivo cumprimento da pena. Para examinar a possibilidade de progressão de regime prisional, haveria de ser considerado o somatório das penas privativas de liberdade aplicadas (folha 37 a 44). Neste processo, o paciente-impetrante busca infirmar esse pronunciamento. Reafirma a teses submetidas à apreciação das instâncias judiciais percorridas, relativamente à realização do cálculo para concessão de benefício tendo como base o limite de cumprimento da pena previsto no artigo 75 do Código Penal. Pede a concessão de liminar, reconhecendo-se que preenche os requisitos objetivos e subjetivos indispensáveis à concessão de progressão para regime prisional mais brando. No mérito, pretende seja determinado ao Juízo das Execuções Criminais que defira o pleito de progressão para o regime semiaberto, em consonância com o disposto nos artigos 112 e 126 da Lei de Execuções Penais. [...] Brasília – residência –, 18 de dezembro de 2010. A Procuradoria Geral da República, no parecer de folha 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Supremo Tribunal Federal HC 103.370 / SP O paciente formalizou pedido de habeas corpus contra o referido acórdão – de nº 121.991/SP. O Ministro Celso Limongi, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, convocado, relator, apresentou o processo em mesa e a Sexta Turma do Superior Tribunal indeferiu a ordem. Fez ver que o limite de trinta anos a que se refere o artigo 75 do Código Penal diz respeito ao efetivo cumprimento da pena. Para examinar a possibilidade de progressão de regime prisional, haveria de ser considerado o somatório das penas privativas de liberdade aplicadas (folha 37 a 44). Neste processo, o paciente-impetrante busca infirmar esse pronunciamento. Reafirma a teses submetidas à apreciação das instâncias judiciais percorridas, relativamente à realização do cálculo para concessão de benefício tendo como base o limite de cumprimento da pena previsto no artigo 75 do Código Penal. Pede a concessão de liminar, reconhecendo-se que preenche os requisitos objetivos e subjetivos indispensáveis à concessão de progressão para regime prisional mais brando. No mérito, pretende seja determinado ao Juízo das Execuções Criminais que defira o pleito de progressão para o regime semiaberto, em consonância com o disposto nos artigos 112 e 126 da Lei de Execuções Penais. [...] Brasília – residência –, 18 de dezembro de 2010. A Procuradoria Geral da República, no parecer de folha 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório HC 103.370 / SP 200 a 207, diz da impossibilidade do conhecimento da questão relativa à concessão do indulto natalino, sob pena de indevida supressão de instância, considerado o fato de o Superior Tribunal de Justiça não haver apreciado o tema. Quanto à progressão de regime, afirma ter o paciente cumprido o requisito objetivo para a concessão do benefício com o deferimento, em 20 de agosto de 2010, do Habeas Corpus nº 990.10.301.249-6 pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o qual reduziu a pena total para 85 (oitenta e cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão. Entretanto, seria legítima a determinação de realização do exame criminológico por parte do Juízo da Execução Penal, diante de elementos concretos presentes na espécie. Opina pelo indeferimento da ordem. Lancei visto no processo em 3 de outubro de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 11 seguinte, isso objetivando a ciência do paciente-impetrante. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Supremo Tribunal Federal HC 103.370 / SP 200 a 207, diz da impossibilidade do conhecimento da questão relativa à concessão do indulto natalino, sob pena de indevida supressão de instância, considerado o fato de o Superior Tribunal de Justiça não haver apreciado o tema. Quanto à progressão de regime, afirma ter o paciente cumprido o requisito objetivo para a concessão do benefício com o deferimento, em 20 de agosto de 2010, do Habeas Corpus nº 990.10.301.249-6 pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o qual reduziu a pena total para 85 (oitenta e cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão. Entretanto, seria legítima a determinação de realização do exame criminológico por parte do Juízo da Execução Penal, diante de elementos concretos presentes na espécie. Opina pelo indeferimento da ordem. Lancei visto no processo em 3 de outubro de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 11 seguinte, isso objetivando a ciência do paciente-impetrante. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ao indeferir a medida acauteladora, fiz ver: [...] 2. Embora surja incoerência ao tomar-se, para efeito de benefícios, a totalidade da pena imposta e não o período máximo de permanência sob a custódia do Estado, o pedido formalizado conflita com a óptica da sempre ilustrada maioria – Habeas Corpus nº 69.423/SP, relatado pelo Ministro Carlos Velloso no Plenário, acórdão publicado no Diário da Justiça de 17 de setembro de 1993; Habeas Corpus nº 84.766/SP, relatado pelo Ministro Celso de Mello na Segunda Turma, acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 25 de abril de 2008, e Habeas Corpus nº 98.450/SP, relatado pelo Ministro Gilmar Mendes na Segunda Turma, acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 20 de agosto de 2010. Atuando como porta- voz do Colegiado, não posso, de forma precária e efêmera, desconhecer o que, até agora, tem prevalecido. Há de aguardar- se o julgamento da impetração pela Turma. [...] Além dessa matéria, passou pelo crivo do Superior Tribunal de Justiça a problemática alusiva ao não conhecimento dos embargos infringentes interpostos na origem. Ficou consignado que o paciente deveria dirigir-se ao Juízo da Execução, porque os temas não teriam sido apresentados anteriormente. Confiram com o que se contém à folha 37 à 44. Quanto aos embargos infringentes, foram protocolados por quem não tinha capacidade postulatória. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541752. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ao indeferir a medida acauteladora, fiz ver: [...] 2. Embora surja incoerência ao tomar-se, para efeito de benefícios, a totalidade da pena imposta e não o período máximo de permanência sob a custódia do Estado, o pedido formalizado conflita com a óptica da sempre ilustrada maioria – Habeas Corpus nº 69.423/SP, relatado pelo Ministro Carlos Velloso no Plenário, acórdão publicado no Diário da Justiça de 17 de setembro de 1993; Habeas Corpus nº 84.766/SP, relatado pelo Ministro Celso de Mello na Segunda Turma, acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 25 de abril de 2008, e Habeas Corpus nº 98.450/SP, relatado pelo Ministro Gilmar Mendes na Segunda Turma, acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 20 de agosto de 2010. Atuando como porta- voz do Colegiado, não posso, de forma precária e efêmera, desconhecer o que, até agora, tem prevalecido. Há de aguardar- se o julgamento da impetração pela Turma. [...] Além dessa matéria, passou pelo crivo do Superior Tribunal de Justiça a problemática alusiva ao não conhecimento dos embargos infringentes interpostos na origem. Ficou consignado que o paciente deveria dirigir-se ao Juízo da Execução, porque os temas não teriam sido apresentados anteriormente. Confiram com o que se contém à folha 37 à 44. Quanto aos embargos infringentes, foram protocolados por quem não tinha capacidade postulatória. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541752. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 103.370 / SP No mais, observem a ordem natural das coisas e, mais do que isso, o disposto no artigo 75 do Código Penal. Para efeito de benefícios, no que dizem respeito à pena a ser cumprida, deve-se levar em conta esta última, e não o total de penas alusivo à condenação. Não cabe estabelecer dualidade, ou seja, ter-se o limite de trinta anos referente à pena a ser cumprida e, no tocante à execução, caminhar-se para o desprezo respectivo e voltar-se a algo que a ordem jurídica, a toda evidência, não admite – criar-se ficção como se o apenado pudesse ter o cerceio à liberdade de ir e vir a ultrapassar os trinta anos. Potencializar-se o somatório das penas, chegando-se a um total que se mostra discrepante do que previsto no artigo 75 do Código Penal – como ocorreu na espécie, no que, inicialmente, o paciente foi apenado com 101 anos, 9 meses e 12 dias de reclusão, pena reduzida para 85 anos e 10 meses de reclusão – é inviabilizar os benefícios próprios à execução da pena, como a progressão no regime de cumprimento. Concedo a ordem para que se considere, nos cálculos atinentes aos benefícios, o máximo de pena passível de implemento, previsto no artigo 75 do Código Penal – trinta anos. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541752. Supremo Tribunal Federal HC 103.370 / SP No mais, observem a ordem natural das coisas e, mais do que isso, o disposto no artigo 75 do Código Penal. Para efeito de benefícios, no que dizem respeito à pena a ser cumprida, deve-se levar em conta esta última, e não o total de penas alusivo à condenação. Não cabe estabelecer dualidade, ou seja, ter-se o limite de trinta anos referente à pena a ser cumprida e, no tocante à execução, caminhar-se para o desprezo respectivo e voltar-se a algo que a ordem jurídica, a toda evidência, não admite – criar-se ficção como se o apenado pudesse ter o cerceio à liberdade de ir e vir a ultrapassar os trinta anos. Potencializar-se o somatório das penas, chegando-se a um total que se mostra discrepante do que previsto no artigo 75 do Código Penal – como ocorreu na espécie, no que, inicialmente, o paciente foi apenado com 101 anos, 9 meses e 12 dias de reclusão, pena reduzida para 85 anos e 10 meses de reclusão – é inviabilizar os benefícios próprios à execução da pena, como a progressão no regime de cumprimento. Concedo a ordem para que se considere, nos cálculos atinentes aos benefícios, o máximo de pena passível de implemento, previsto no artigo 75 do Código Penal – trinta anos. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541752. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, chamou- me muita a atenção o fato de que o paciente está condenado e cumprindo, desde agosto de 94, uma pena de cento e um anos, nove meses e doze dias de reclusão pela prática de crimes sexuais e crimes contra o patrimônio. Quer dizer, realmente, se ele não vai viver tanto tempo, muita gente vai se safar desses inúmeros crimes, aqui, porque crimes sexuais e crimes contra o patrimônio gerarem uma apenação dessa monta, confesso que, na minha experiência, nem como promotor nem como magistrado nunca vi um caso prático. Houve o indeferimento da medida liminar e, segundo o Ministério Público, os pedidos formulados no habeas corpus não foram submetidos às instâncias inferiores, destacando, então, que haveria supressão de instância. Sob esse ângulo, destaca-se que, no que tange ao pleito de progressão de regime, constatou-se que, em 24 de agosto de 2007, o juízo de execução indeferiu o benefício em razão do não preenchimento do requisito temporal. Contudo, no dia 20 de agosto de 2010, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no habeas corpus, concedeu a ordem para reduzir a pena imposta ao paciente quanto aos crimes sexuais. Então, a pena passou para cento e um anos, com redução. E, de cento e um anos para oitenta e cinco anos, obtendo, o paciente, lapso temporal requerido em lei. Aqui, o Ministério Público, no atinente ao recurso subjetivo necessário para concessão do benefício, determinou a efetivação do exame criminológico, quer dizer, no que me pareceu enfático no habeas corpus é a solicitação para progressão desse regime, independentemente da realização do exame criminológico que eu acho, aqui, mais do que importante num caso desse, uma apenação de cem anos por crimes sexuais e contra o patrimônio. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1633734. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhora Presidente, chamou- me muita a atenção o fato de que o paciente está condenado e cumprindo, desde agosto de 94, uma pena de cento e um anos, nove meses e doze dias de reclusão pela prática de crimes sexuais e crimes contra o patrimônio. Quer dizer, realmente, se ele não vai viver tanto tempo, muita gente vai se safar desses inúmeros crimes, aqui, porque crimes sexuais e crimes contra o patrimônio gerarem uma apenação dessa monta, confesso que, na minha experiência, nem como promotor nem como magistrado nunca vi um caso prático. Houve o indeferimento da medida liminar e, segundo o Ministério Público, os pedidos formulados no habeas corpus não foram submetidos às instâncias inferiores, destacando, então, que haveria supressão de instância. Sob esse ângulo, destaca-se que, no que tange ao pleito de progressão de regime, constatou-se que, em 24 de agosto de 2007, o juízo de execução indeferiu o benefício em razão do não preenchimento do requisito temporal. Contudo, no dia 20 de agosto de 2010, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no habeas corpus, concedeu a ordem para reduzir a pena imposta ao paciente quanto aos crimes sexuais. Então, a pena passou para cento e um anos, com redução. E, de cento e um anos para oitenta e cinco anos, obtendo, o paciente, lapso temporal requerido em lei. Aqui, o Ministério Público, no atinente ao recurso subjetivo necessário para concessão do benefício, determinou a efetivação do exame criminológico, quer dizer, no que me pareceu enfático no habeas corpus é a solicitação para progressão desse regime, independentemente da realização do exame criminológico que eu acho, aqui, mais do que importante num caso desse, uma apenação de cem anos por crimes sexuais e contra o patrimônio. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1633734. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 103.370 / SP Nós temos jurisprudência no sentido de que é possível se determinar o exame criminológico, dependendo do caso concreto. Vou pedir vênia ao eminente Relator e acompanhar o parecer do Ministério Público, no sentido de que a pretendida progressão no regime mais brando vai depender desse exame criminológico. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1633734. Supremo Tribunal Federal HC 103.370 / SP Nós temos jurisprudência no sentido de que é possível se determinar o exame criminológico, dependendo do caso concreto. Vou pedir vênia ao eminente Relator e acompanhar o parecer do Ministério Público, no sentido de que a pretendida progressão no regime mais brando vai depender desse exame criminológico. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1633734. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Também peço vênia ao Ministro Marco Aurélio - nós votamos outro dia, semana passada, um caso análogo a este - e, portanto, denego a ordem. # # # # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570145. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.370 SÃO PAULO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Também peço vênia ao Ministro Marco Aurélio - nós votamos outro dia, semana passada, um caso análogo a este - e, portanto, denego a ordem. # # # # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 103.370 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : EDUARDO NUNES DE ARAÚJO IMPTE.(S) : EDUARDO NUNES DE ARAÚJO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547422 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 103.370 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : EDUARDO NUNES DE ARAÚJO IMPTE.(S) : EDUARDO NUNES DE ARAÚJO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547422 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1641341
2011-10-18T00:00:00
2011-12-19T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. DIVERSOS CRIMES DE ESTUPRO E CONTRA O PATRIMÔNIO. PENAS REDUZIDAS PARA 85 ANOS E 10 MESES DE RECLUSÃO. PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA. DETERMINAÇÃO DE EXAME CRIMINOLÓGICO. POSSIBILIDADE. REQUISITO SUBJETIVO NÃO PREENCHIDO. ORDEM DENEGADA. 1. O exame criminológico pode ser determinado pelo Juízo das Execuções como condicionante para a progressão de regime de cumprimento da pena, mesmo após a vigência da Lei nº 10.792/2003, que deixou de prevê-lo expressamente no art. 112 da LEP, porquanto se trata de perícia imprescindível para aferir a adaptabilidade do apenado a regime mais brando. Precedentes: HC 108279/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJ de 22/9/2011; HC 93108/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJ de 13/2/2009; HC 92506/PE, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 19/9/2008. 2. In casu, o paciente foi condenado a 85 anos e dez meses de reclusão pela prática de diversos crimes patrimoniais e de estupro, o que revela a necessidade de maior cautela na concessão de regime prisional mais brando, a fim de minimizar o risco que o seu retorno gradativo ao convívio social representa. 3. Parecer do Ministério Público Federal pela denegação da ordem. 4. Ordem denegada.
sjur203159
- Acórdãos citados: HC 69423, HC 84766, HC 92506, HC 93108, HC 98450, HC 108279. Número de páginas: 12. Análise: 12/01/2012, KBP. Revisão: 26/01/2012, ACG.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
103370
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00075 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\r\n ART-00112 \r\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-010792 ANO-2003\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 103370
[ "" ]
ACÓRDÃO PACTE.(S) : EDUARDO NUNES DE ARAÚJO IMPTE.(S) : EDUARDO NUNES DE ARAÚJO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "H", "C 108279 / RJ", "H", "C 93108 / SP", "H", "C 92506 / PE", "H", "C 103. 370 / SP", "H", "C 103. 370 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370 SÃO PAULO", "Processo [UNK] 406. 421", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "Processo [UNK] 406. 421", "H", "C 103. 37", "SP", "H", "C 103. 370 / SP", "H", "C 103. 370 / SP", "ór", "dão", "de", "[UNK] 121. 991 / SP", "H", "C 103. 370 / SP", "ac", "ór", "dão", "de", "[UNK] 121. 991 / SP", "H", "C 103. 370 / SP", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 990. 10. 301. 249- 6", "H", "C 103. 370 / SP", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 990. 10. 301. 249- 6", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 69. 423 / SP", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 84. 766 / SP", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 98. 450 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 69. 423 / SP", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 84. 766 / SP", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 98. 450 / SP", "H", "C 103. 370 / SP", "H", "C 103. 370 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "H", "C 103. 370 / SP", "H", "C 103. 370 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "-", "2", "2001", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 370" ], "LEGISLACAO": [ "Lei [UNK] 10. 792 / 2003", "art. 112 da LEP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "TI", "GO 75 DO CÓDIGO PENAL", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "TI", "GO 75 DO CÓDIGO PENAL", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 112 da Lei [UNK] 7. 210 / 84", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 112 da Lei [UNK] 7. 210 / 84", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "artigos 112 e 126 da Lei de Execuções Penais", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "artigos 112 e 126 da Lei de Execuções Penais", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "artigo 75 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200-", "MP n° 2. 200", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "Var", "a de Execuções Criminais da Comarca de Sorocaba", "S", "ÃO PAULO", "a de Execuções Criminais da Comarca de Sorocaba", "Brasília", "residência", "Brasília", "residência", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas 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"Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Ple", "nário", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Superior Tribunal de Justiça", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Ple", "nário", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Superior Tribunal de Justiça", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "RA", "TURMA", "Ministério Público", "Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Ministério Público", "Tribunal de 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TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇ", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "MA", "RC", "O AURÉLIO", "L", "U", "I", "Z FUX", "E", "D", "UA", "R", "DO NUNES DE ARAÚJO", "E", "D", "UA", "R", "DO NUNES DE ARAÚJO COAT", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Joaquim Barbosa", "Cá", "r", "men Lúcia", "L", "U", "I", "Z FUX", "Cá", "r", "men Lúcia", "L", "U", "I", "Z FUX", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "L", "U", "I", "Z FUX", "E", "D", "UA", "R", "DO NUNES DE ARAÚJO", "E", "D", "UA", "R", "DO NUNES DE ARAÚJO COATOR", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "L", "U", "I", "Z FUX", "E", "D", "UA", "R", "DO NUNES DE ARAÚJO", "E", "D", "UA", "R", "DO NUNES DE ARAÚJO COAT", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "Celso Limongi", "Celso Limongi", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "Carlos Velloso", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "Carlos Velloso", "Celso de 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Ementa e Acórdão 04/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.147 AMAZONAS RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : MARIA GLADE FREITAS DE CASTRO ADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO. VANTAGEM. A jurisprudência desta Corte está pacificada no sentido de que, ante a ausência de direito adquirido a regime jurídico, é legítimo que lei superveniente desvincule, para o futuro, o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, respeitada a irredutibilidade de vencimentos. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Eros Grau, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de maio de 2010. EROS GRAU - RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 558683 Supremo Tribunal Federal DJe 04/06/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 04/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.147 AMAZONAS RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : MARIA GLADE FREITAS DE CASTRO ADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO Eros Grau: A decisão agravada tem o seguinte teor: “DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão ementado nos seguintes termos: ‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. GRATIFICAÇÃO. EQUIVALÊNCIA DE CARGOS. RECONHECIMENTO. VIOLAÇÃO CARACTERIZADA. I – A retribuição de vantagem incorporada pelo servidor regula-se pela lei vigente ao tempo da incorporação – tempus regit actum. A Constituição Federal assegura a inviolabilidade do direito adquirido e a impossibilidade de retroatividade da lei para prejudicar esse direito. II – A mudança da simbologia do cargo não altera sua natureza substancial, desde que haja comprovação da equivalência entre o cargo em que se deu a incorporação da vantagem com o paradigma, devendo, por conseguinte, os cálculos serem feitos a partir do cargo resultante dessa transformação. III – Segurança concedida.’ 2. O recorrente alega violação do disposto no artigo 5º, XXXVI, da Constituição do Brasil. 3. O recurso merece provimento. 4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal fixou-se no sentido de que ‘não reconhece a existência de direito adquirido, em razão da estabilidade financeira, a regime remuneratório anterior, aos servidores que incorporaram vantagens atribuídas a cargos e funções cujo cálculo foi Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 558685 Supremo Tribunal Federal 04/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.147 AMAZONAS RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : MARIA GLADE FREITAS DE CASTRO ADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO Eros Grau: A decisão agravada tem o seguinte teor: “DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão ementado nos seguintes termos: ‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. GRATIFICAÇÃO. EQUIVALÊNCIA DE CARGOS. RECONHECIMENTO. VIOLAÇÃO CARACTERIZADA. I – A retribuição de vantagem incorporada pelo servidor regula-se pela lei vigente ao tempo da incorporação – tempus regit actum. A Constituição Federal assegura a inviolabilidade do direito adquirido e a impossibilidade de retroatividade da lei para prejudicar esse direito. II – A mudança da simbologia do cargo não altera sua natureza substancial, desde que haja comprovação da equivalência entre o cargo em que se deu a incorporação da vantagem com o paradigma, devendo, por conseguinte, os cálculos serem feitos a partir do cargo resultante dessa transformação. III – Segurança concedida.’ 2. O recorrente alega violação do disposto no artigo 5º, XXXVI, da Constituição do Brasil. 3. O recurso merece provimento. 4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal fixou-se no sentido de que ‘não reconhece a existência de direito adquirido, em razão da estabilidade financeira, a regime remuneratório anterior, aos servidores que incorporaram vantagens atribuídas a cargos e funções cujo cálculo foi Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 558685 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório RE 602.147-AgR / AM 2 desvinculado por legislação posterior, se for feito para o futuro e respeitada a garantia da irredutibilidade de vencimentos’ [RE n. 226.462, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 177/973]. 5. No mesmo sentido, o RE 518.716-Agr, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 20.11.09; RE 502.590-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 14.9.07, entre outros. Dou provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC.” 2. A parte agravante reitera as razões expendidas no recurso denegado e requer o provimento do agravo regimental para que o recurso extraordinário não seja conhecido. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 558685 Supremo Tribunal Federal RE 602.147-AgR / AM 2 desvinculado por legislação posterior, se for feito para o futuro e respeitada a garantia da irredutibilidade de vencimentos’ [RE n. 226.462, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 177/973]. 5. No mesmo sentido, o RE 518.716-Agr, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 20.11.09; RE 502.590-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 14.9.07, entre outros. Dou provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC.” 2. A parte agravante reitera as razões expendidas no recurso denegado e requer o provimento do agravo regimental para que o recurso extraordinário não seja conhecido. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 558685 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. EROS GRAU 04/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.147 AMAZONAS V O T O O SENHOR MINISTRO Eros Grau (Relator): Os argumentos deduzidos pela agravante são insuficientes para desconstituir os fundamentos da decisão agravada. 2. Tal e qual demonstrado na decisão que se pretende reformar, a jurisprudência desta Corte está pacificada no sentido de que, ante a ausência de direito adquirido a regime jurídico, é legítimo que lei superveniente desvincule, para o futuro, o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, respeitada a irredutibilidade de vencimentos. Nesse sentido, o RE n. 563.965, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20.3.09. Nego provimento ao agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 558687 Supremo Tribunal Federal 04/05/2010 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.147 AMAZONAS V O T O O SENHOR MINISTRO Eros Grau (Relator): Os argumentos deduzidos pela agravante são insuficientes para desconstituir os fundamentos da decisão agravada. 2. Tal e qual demonstrado na decisão que se pretende reformar, a jurisprudência desta Corte está pacificada no sentido de que, ante a ausência de direito adquirido a regime jurídico, é legítimo que lei superveniente desvincule, para o futuro, o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, respeitada a irredutibilidade de vencimentos. Nesse sentido, o RE n. 563.965, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20.3.09. Nego provimento ao agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 558687 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.147 PROCED. : AMAZONAS RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : MARIA GLADE FREITAS DE CASTRO ADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.05.2010. Presidência do Senhor Ministro Eros Grau. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie e Gilmar Mendes. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 555319 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.147 PROCED. : AMAZONAS RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : MARIA GLADE FREITAS DE CASTRO ADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.05.2010. Presidência do Senhor Ministro Eros Grau. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie e Gilmar Mendes. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 555319 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=582849
2010-05-04T00:00:00
2010-06-04T00:00:00
A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.05.2010.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO. VANTAGEM. A jurisprudência desta Corte está pacificada no sentido de que, ante a ausência de direito adquirido a regime jurídico, é legítimo que lei superveniente desvincule, para o futuro, o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, respeitada a irredutibilidade de vencimentos. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur179122
- Acórdão citado: RE 563965. Número de páginas: 5. Análise: 10/06/2010, CRE.
EROS GRAU
Segunda Turma
602147
null
RE-AgR
acordaos
RE 602147 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MARIA GLADE FREITAS DE CASTRO ADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 147", "G", "R", "E", "G", ". NO RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 147", "A", "G", ".", "R", "E", "G. NO", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 147", "R", "E 602. 147- AgR / AM", "R", "E n. 226. 462", "R", "R", "E 518. 716- Agr", "R", "E 502. 590- AgR", "R", "E 602. 147- AgR / AM", "R", "E n. 226. 462", "R", "T", "J 177 / 973", "R", "E 518. 716- Agr", "R", "E 502. 590- AgR", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 147", "R", "E n. 563. 965", "R", "E", "G", ".", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 147", "R", "E n. 563. 965", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 147", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 602. 147" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "artigo [UNK], XXXVI, da Constituição do Brasil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "artigo [UNK], XXXVI, da Constituição do Brasil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557, § [UNK]- A, do CPC.", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557, § [UNK]- A, do CPC.", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "AM", "A", "Z", "ON", "AS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "Brasília", "AM", "A", "Z", "ON", "AS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "AM", "A", "Z", "ON", "AS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "ON", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "AM", "A", "Z", "ON", "AS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS", "ES", "TA", "DO DO AMAZONAS" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "E", "RO", "S GRAU", "MA", "RI", "A GLADE FREITAS DE CASTRO", "J", "OS", "É ELDAIR DE SOUZA MARTINS", "Er", "os Grau", "E", "RO", "S GRAU", "E", "RO", "S GRAU", "MA", "RI", "A GLADE FREITAS DE CASTRO", "J", "OS", "É ELDAIR DE SOUZA MARTINS", "Er", "os Grau", "E", "RO", "S GRAU", "MA", "RI", "A GLADE FREITAS DE CASTRO", "J", "OS", "É ELDAIR DE SOUZA MARTINS", "Er", "os Grau", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Ricardo Lewandowski", "Gil", "mar Mendes", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Ricardo Lewandowski", "Gil", "mar Mendes", "E", "RO", "S GRAU", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", "AM", "A", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", "AM", "A", "Z", "AS", "E", "RO", "S GRAU", "MA", "RI", "A GLADE FREITAS DE CASTRO", "J", "OS", "É ELDAIR DE SOUZA MARTINS", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Celso de Mello", "Ellen Gracie", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Mário José Gisi", "Carlos Alberto Cantanhede", "E", "RO", "S GRAU", "MA", "RI", "A GLADE FREITAS DE CASTRO", "J", "OS", "É ELDAIR DE SOUZA MARTINS", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Celso de Mello", "Ellen Gracie", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Mário José Gisi", "Carlos Alberto Cantanhede" ], "TEMPO": [ "04", "/", "05", "/", "2010", "4 de maio de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "06", "/", "2010", "04", "/", "05", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "05", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "11", ".", "09", "14", ".", "9", ".", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "11", ".", "09", "14", ".", "9", ".", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "05", "/", "2010", "20", ".", "3", ".", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "05", "/", "2010", "20", ".", "3", ".", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "05", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "05", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.024 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS ADV.(A/S) :FREDERICO LOPES AZEVEDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :VANISE CLETO MURTA ADV.(A/S) :LEONARDO DA COSTA EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Alegada violação às normas dos arts. 5º, inciso LXIX; e 173, § 1º, inciso II, da Constituição Federal. Ofensa meramente reflexa, a não ensejar a interposição de recurso extraordinário. 1. Não há que se falar em ofensa direta ao texto constitucional se, para sua constatação, faz-se necessária a análise dos diversos fatos em que fundamentada a decisão que concedeu a segurança imperada pela agravada. 2. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Sra. Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de outubro de 2011. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581869. Supremo Tribunal Federal DJe 28/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.024 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS ADV.(A/S) :FREDERICO LOPES AZEVEDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :VANISE CLETO MURTA ADV.(A/S) :LEONARDO DA COSTA RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Petrobrás interpõe tempestivo agravo regimental contra a decisão monocrática pela qual neguei seguimento ao agravo de instrumento que interpusera contra despacho denegatório de recurso extraordinário. Tal decisão assim dispõe: “DECISÃO: Vistos. Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso LXIX, e 173, §1°, inciso II, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘MANDADO DE SEGURANÇA - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - CONCURSO PÚBLICO - ATO DE AUTORIDADE. TEMPO MÍNIMO DE EXPERIÊNCIA POSSIBILIDADE - COMPROVAÇÃO NO ATO DA POSSE. I - Dirigente de Sociedade de Economia Mista quando pratica atos típicos do Direito Público, submete-se aos princípios que vinculam toda a Administração - Atos que não podem ser classificados como de gestão - Possibilidade de impugnação através do mandado de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.024 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS ADV.(A/S) :FREDERICO LOPES AZEVEDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :VANISE CLETO MURTA ADV.(A/S) :LEONARDO DA COSTA RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Petrobrás interpõe tempestivo agravo regimental contra a decisão monocrática pela qual neguei seguimento ao agravo de instrumento que interpusera contra despacho denegatório de recurso extraordinário. Tal decisão assim dispõe: “DECISÃO: Vistos. Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso LXIX, e 173, §1°, inciso II, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘MANDADO DE SEGURANÇA - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - CONCURSO PÚBLICO - ATO DE AUTORIDADE. TEMPO MÍNIMO DE EXPERIÊNCIA POSSIBILIDADE - COMPROVAÇÃO NO ATO DA POSSE. I - Dirigente de Sociedade de Economia Mista quando pratica atos típicos do Direito Público, submete-se aos princípios que vinculam toda a Administração - Atos que não podem ser classificados como de gestão - Possibilidade de impugnação através do mandado de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório AI 809.024 AGR / SP segurança. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. II - Impetrante eliminada do certame por não cumprir o pré-requisito de 3 anos de experiência em medicina do trabalho. Razoabilidade da exigência, tendo em vista o grau de especialização da função, o ambiente extremamente complexo, suscetível a razoável gama de perigos peculiares à qualidade e ao local de exercício do cargo (refinaria de petróleo). Precedentes. III - De acordo com o verbete n° 266 da súmula de jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça e precedentes do Pretório Excelso, somente no ato da posse pode- se exigir do candidato comprovação da capacitação técnica ou outro requisito essencial previsto no edital. Impetrante excluída em etapa intermediária - impossibilidade. Ordem concedida para ser reintegrada ao certame, referendando a liminar concedida. Recurso provido, para afastar a r. sentença extintiva e julgar a demanda procedente, concedendo-se a ordem’(fl. 370). Opostos embargos de declaração (fls.386 a 392), foram rejeitados (fls. 397 a 400). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão.’ Inicialmente, quanto à alegação de inadequação da via 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Supremo Tribunal Federal AI 809.024 AGR / SP segurança. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. II - Impetrante eliminada do certame por não cumprir o pré-requisito de 3 anos de experiência em medicina do trabalho. Razoabilidade da exigência, tendo em vista o grau de especialização da função, o ambiente extremamente complexo, suscetível a razoável gama de perigos peculiares à qualidade e ao local de exercício do cargo (refinaria de petróleo). Precedentes. III - De acordo com o verbete n° 266 da súmula de jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça e precedentes do Pretório Excelso, somente no ato da posse pode- se exigir do candidato comprovação da capacitação técnica ou outro requisito essencial previsto no edital. Impetrante excluída em etapa intermediária - impossibilidade. Ordem concedida para ser reintegrada ao certame, referendando a liminar concedida. Recurso provido, para afastar a r. sentença extintiva e julgar a demanda procedente, concedendo-se a ordem’(fl. 370). Opostos embargos de declaração (fls.386 a 392), foram rejeitados (fls. 397 a 400). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão.’ Inicialmente, quanto à alegação de inadequação da via 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório AI 809.024 AGR / SP eleita, o Plenário desta Corte, no julgamento do Agravo de Instrumento nº 800.074/RG, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6/12/2010, rejeitou a repercussão geral da matéria relativa ao preenchimento dos requisitos do mandado de segurança, tendo em vista sua natureza infraconstitucional. Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a exigência de habilitação para o exercício do cargo dá-se apenas no ato da posse. Nesse sentido: RE nº 594.862/SE – AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 25/11/2010; MS nº 27.608/DF, tribunal pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ 21/5/2010; MS nº 26.668/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29/5/2009 e AI nº 733.252/RS, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJ de 6/3/2009, este último com acórdão assim ementado: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. HABILITAÇÃO LEGAL. COMPROVAÇÃO. AFERIÇÃO NO MOMENTO DA POSSE. PRECEDENTES. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a habilitação legal para o exercício de cargo público deve ser exigida no momento da posse. Agravo regimental a que se nega provimento.’ Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se. Brasília, 1º de agosto de 2011.” Asseverou a agravante que demonstrou, quando da interposição de seu apelo, a efetiva repercussão geral da matéria em discussão nestes autos, ressaltando, ainda, ser incabível a interposição de mandado de segurança em hipóteses como essa em discussão nestes autos, bem como a aplicação de regras pertinentes a concursos públicos, pois a agravante celebra contratos de trabalho com os empregados que vem a contratar, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Supremo Tribunal Federal AI 809.024 AGR / SP eleita, o Plenário desta Corte, no julgamento do Agravo de Instrumento nº 800.074/RG, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6/12/2010, rejeitou a repercussão geral da matéria relativa ao preenchimento dos requisitos do mandado de segurança, tendo em vista sua natureza infraconstitucional. Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a exigência de habilitação para o exercício do cargo dá-se apenas no ato da posse. Nesse sentido: RE nº 594.862/SE – AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 25/11/2010; MS nº 27.608/DF, tribunal pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ 21/5/2010; MS nº 26.668/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29/5/2009 e AI nº 733.252/RS, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJ de 6/3/2009, este último com acórdão assim ementado: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. HABILITAÇÃO LEGAL. COMPROVAÇÃO. AFERIÇÃO NO MOMENTO DA POSSE. PRECEDENTES. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a habilitação legal para o exercício de cargo público deve ser exigida no momento da posse. Agravo regimental a que se nega provimento.’ Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se. Brasília, 1º de agosto de 2011.” Asseverou a agravante que demonstrou, quando da interposição de seu apelo, a efetiva repercussão geral da matéria em discussão nestes autos, ressaltando, ainda, ser incabível a interposição de mandado de segurança em hipóteses como essa em discussão nestes autos, bem como a aplicação de regras pertinentes a concursos públicos, pois a agravante celebra contratos de trabalho com os empregados que vem a contratar, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório AI 809.024 AGR / SP através da CLT, o que é feito antes mesmo do início do curso de formação, que devem frequentar. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Supremo Tribunal Federal AI 809.024 AGR / SP através da CLT, o que é feito antes mesmo do início do curso de formação, que devem frequentar. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581866. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.024 SÃO PAULO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar a irresignação. Inicialmente, convém deixar desde logo ressaltado que, ao contrário do asseverado pela agravante, seu apelo não foi rejeitado por ausência de repercussão geral, pois tal matéria não foi sequer abordada pela decisão atacada, que deixou assentado que era caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão. Assim, e como expressamente constou daquela decisão, não se procedeu, no caso, ao exame da existência, ou não, da repercussão geral. Em prosseguimento, tem-se que a decisão agravada deixou assentado que, de fato, esta Corte já reconheceu a ausência de repercussão geral referente ao tema da inadequação do mandado de segurança, para o fim a que se destina a impetração. Tal ocorreu no julgamento do AI nº 800.074/MG-RG, cuja ementa assim dispõe: “Requisitos de admissibilidade. Mandado de segurança. Revisão. Recurso Extraordinário. Não cabimento. Matéria infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral” (Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 6/12/10). Em abono a esse pacífico entendimento do Supremo Tribunal Federal a respeito do tema, acrescento os seguintes precedentes: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Alegada violação à norma do artigo 5º, incisos LXIX e LXX, alínea ‘b’, da Constituição Federal. Decisão agravada que apresenta explícita e exaustiva fundamentação sobre o tema. 1. Muito embora o instituto do mandado de segurança seja de índole Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581867. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.024 SÃO PAULO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar a irresignação. Inicialmente, convém deixar desde logo ressaltado que, ao contrário do asseverado pela agravante, seu apelo não foi rejeitado por ausência de repercussão geral, pois tal matéria não foi sequer abordada pela decisão atacada, que deixou assentado que era caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão. Assim, e como expressamente constou daquela decisão, não se procedeu, no caso, ao exame da existência, ou não, da repercussão geral. Em prosseguimento, tem-se que a decisão agravada deixou assentado que, de fato, esta Corte já reconheceu a ausência de repercussão geral referente ao tema da inadequação do mandado de segurança, para o fim a que se destina a impetração. Tal ocorreu no julgamento do AI nº 800.074/MG-RG, cuja ementa assim dispõe: “Requisitos de admissibilidade. Mandado de segurança. Revisão. Recurso Extraordinário. Não cabimento. Matéria infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral” (Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 6/12/10). Em abono a esse pacífico entendimento do Supremo Tribunal Federal a respeito do tema, acrescento os seguintes precedentes: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Alegada violação à norma do artigo 5º, incisos LXIX e LXX, alínea ‘b’, da Constituição Federal. Decisão agravada que apresenta explícita e exaustiva fundamentação sobre o tema. 1. Muito embora o instituto do mandado de segurança seja de índole Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581867. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 809.024 AGR / SP constitucional, a discussão em torno dos requisitos de seu cabimento, em cada caso concreto, situa-se no plano infraconstitucional. 2. Associações de classe podem impetrar mandados de segurança coletivo, do que decorre a perfeita adequação da via eleita no presente caso, não se cogitando aqui discutir sobre o próprio mérito dessa impetração. 3. Agravo regimental não provido” (RE nº 450.913/PR-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 17/5/11). “Recurso extraordinário: descabimento: ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados (Súmulas 282 e 356); controvérsia relativa aos requisitos de cabimento do mandado de segurança decidida à luz de legislação infraconstitucional; não se presta o recurso extraordinário para o exame de ofensa reflexa à Constituição: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 629.562/RJ-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJe de 25/5/07). Tampouco há dúvidas quanto a estar correta a tese assentada no julgamento do acórdão regional e referendada por esta Corte, no sentido de que a habilitação para o exercício do cargo apenas pode ser exigida por ocasião da posse, conforme precedentes, inclusive do Plenário desta Suprema Corte, então transcritos. Questões referentes à especificidade das contratações levadas a cabo pela agravante, da mesma forma que sua não sujeição a mandados de segurança, demandam percuciente reanálise da matéria fática em disputa nos autos, a tornar insuscetível sua revisão, em um apelo extremo como o presente. Cite-se, em arremate, precedente específico sobre o tema, proferido em autos de recurso interposto pela mesma empresa, ora agravante: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581867. Supremo Tribunal Federal AI 809.024 AGR / SP constitucional, a discussão em torno dos requisitos de seu cabimento, em cada caso concreto, situa-se no plano infraconstitucional. 2. Associações de classe podem impetrar mandados de segurança coletivo, do que decorre a perfeita adequação da via eleita no presente caso, não se cogitando aqui discutir sobre o próprio mérito dessa impetração. 3. Agravo regimental não provido” (RE nº 450.913/PR-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 17/5/11). “Recurso extraordinário: descabimento: ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados (Súmulas 282 e 356); controvérsia relativa aos requisitos de cabimento do mandado de segurança decidida à luz de legislação infraconstitucional; não se presta o recurso extraordinário para o exame de ofensa reflexa à Constituição: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 629.562/RJ-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJe de 25/5/07). Tampouco há dúvidas quanto a estar correta a tese assentada no julgamento do acórdão regional e referendada por esta Corte, no sentido de que a habilitação para o exercício do cargo apenas pode ser exigida por ocasião da posse, conforme precedentes, inclusive do Plenário desta Suprema Corte, então transcritos. Questões referentes à especificidade das contratações levadas a cabo pela agravante, da mesma forma que sua não sujeição a mandados de segurança, demandam percuciente reanálise da matéria fática em disputa nos autos, a tornar insuscetível sua revisão, em um apelo extremo como o presente. Cite-se, em arremate, precedente específico sobre o tema, proferido em autos de recurso interposto pela mesma empresa, ora agravante: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581867. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 809.024 AGR / SP Concurso público. 3. Comprovação de habilitação. Momento da posse. Exigência de apresentação de diploma e registro no órgão de classe competente após a conclusão do curso de formação que, no caso, consiste em etapa do referido concurso. 3. Precedentes da Corte. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 839.058/RJ-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 19/4/11). Correta, destarte, a decisão agravada, a não merecer reparos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do presente agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581867. Supremo Tribunal Federal AI 809.024 AGR / SP Concurso público. 3. Comprovação de habilitação. Momento da posse. Exigência de apresentação de diploma e registro no órgão de classe competente após a conclusão do curso de formação que, no caso, consiste em etapa do referido concurso. 3. Precedentes da Corte. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 839.058/RJ-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 19/4/11). Correta, destarte, a decisão agravada, a não merecer reparos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do presente agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581867. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.024 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS ADV.(A/S) : FREDERICO LOPES AZEVEDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : VANISE CLETO MURTA ADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547614 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.024 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS ADV.(A/S) : FREDERICO LOPES AZEVEDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : VANISE CLETO MURTA ADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547614 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1590974
2011-10-18T00:00:00
2011-11-28T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Alegada violação às normas dos arts. 5º, inciso LXIX; e 173, § 1º, inciso II, da Constituição Federal. Ofensa meramente reflexa, a não ensejar a interposição de recurso extraordinário. 1. Não há que se falar em ofensa direta ao texto constitucional se, para sua constatação, faz-se necessária a análise dos diversos fatos em que fundamentada a decisão que concedeu a segurança imperada pela agravada. 2. Agravo regimental não provido.
sjur201917
- Acórdãos citados: AI 800074 RG, RE 450913 AgR, AI 629562 AgR, AI 839058 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 19/12/2011, TRX.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
809024
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00069 ART-00173 PAR-00001\r\n INC-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 809024 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS ADV.(A/S) : FREDERICO LOPES AZEVEDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : VANISE CLETO MURTA ADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ ".", "R", "E", "G", ".", "NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809. 024", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809. 024", "DO", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809. 024", "A", "I 809. 024 AGR / SP", "Que", "st", "ão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "A", "I 809. 024", "A", "G", "R", "/", "SP", "Que", "st", "ão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "A", "I 809. 024 AGR / SP", "Ag", "ravo de Instrumento [UNK] 800. 074 / RG", "R", "E [UNK] 594. 862 / SE", "Ag", "R", "MS [UNK] 27. 608 / DF", "MS [UNK] 26. 668 / DF", "A", "I [UNK] 733. 252 / RS", "A", "I 809. 024", "A", "G", "R", "/", "SP", "Ag", "ravo de Instrumento [UNK] 800. 074 / RG", "R", "E [UNK] 594. 862 / SE – AgR", "MS [UNK] 27. 608 / DF", "MS [UNK] 26. 668 / DF", "A", "I [UNK]", "73", "3", ".", "25", "2", "/", "RS", "A", "I 809. 024 AGR / SP", "A", "I 809. 024", "A", "G", "R", "/", "SP", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 809. 024", "A", "I [UNK] 800. 074 / MG- RG", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ".", "NO A", "GRA", "V", "O DE INSTRUMENTO 809. 024", "A", "I [UNK] 800. 074 / MG- RG", "A", "I 809. 024 AGR / SP", "R", "E [UNK] 450. 913 / PR- AgR", "A", "I [UNK] 629. 562 / RJ- AgR", "A", "I 809. 024 AGR / SP", "R", "E [UNK] 450. 913 / PR- AgR", "S", "úm", "ula 63", "A", "I [UNK] 629. 562 / RJ- AgR", "A", "I 809. 024", "A", "G", "R", "/ SP", "A", "I [UNK] 839. 058 / RJ- Ag", "R", "A", "I 809. 024", "A", "G", "R", "/", "SP", "A", "I [UNK] 839. 058", "/", "RJ", "-", "Ag", "R", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 809. 024", ". REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809. 024" ], "LEGISLACAO": [ "art", "s. 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A", "Petrobras", "Sé", "tima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", "SO", "CI", "ED", "AD", "E DE ECONOMIA MISTA", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "P", "ET", "R", "Ó", "L", "E", "O BRASILEIRO S / A", "P", "ET", "RO", "BR", "AS", "Petro", "br", "ás", "Petr", "ól", "e", "o Brasileiro S. A", "Petrobras", "Sé", "tima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", "SO", "CI", "ED", "AD", "E DE ECONOMIA MISTA", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Superior Tribunal de Justiça", "Superior Tribunal de Justiça", "tório", "Tribunal Pleno", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Superior Tribunal de Justiça", "Pre", "tório Excelso", "Tribunal Pleno", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo", "Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Ple", "nário desta Suprema Corte", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Ple", "nário", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", 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Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :ERONIDES CÂNDIDO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) :RUBEN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA AÇÃO PENAL – TRANCAMENTO – EXCEPCIONALIDADE. O trancamento da ação penal, na via do habeas corpus, surge no campo da excepcionalidade. CRIME TRIBUTÁRIO – INFORMAÇÕES FALSAS. Surgindo da denúncia a notícia de falsidade quanto a informações sobre a constituição de empresa visando driblar o Fisco, inclusive com a utilização de interposta pessoa, descabe cogitar de inexistência de justa causa para o curso do processo. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em indeferir a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do relator e por maioria, em sessão presidida pela Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 18 de outubro de 2011. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541762. Supremo Tribunal Federal DJe 30/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :ERONIDES CÂNDIDO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) :RUBEN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto a título de relatório as informações prestadas pela Assessoria: Na decisão que implicou o indeferimento da medida liminar (folha 22 a 24), a espécie ficou assim resumida: AÇÃO PENAL – JUSTA CAUSA – SUSPENSÃO – RELEVÂNCIA NÃO DEMONSTRADA – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Segundo a inicial, constou da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no Estado do Rio Grande do Norte que a empresa individual W. Vicente da Silva ME não poderia ser incluída no SIMPLES, razão pela qual foram lavrados autos de infração relativos aos anos-calendários de 2002, 2003 e 2004, constituindo-se, por lançamento de ofício, crédito tributário total no valor de R$ 3.371.329,17 (três milhões, trezentos e setenta e um mil, trezentos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :ERONIDES CÂNDIDO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) :RUBEN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto a título de relatório as informações prestadas pela Assessoria: Na decisão que implicou o indeferimento da medida liminar (folha 22 a 24), a espécie ficou assim resumida: AÇÃO PENAL – JUSTA CAUSA – SUSPENSÃO – RELEVÂNCIA NÃO DEMONSTRADA – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Segundo a inicial, constou da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no Estado do Rio Grande do Norte que a empresa individual W. Vicente da Silva ME não poderia ser incluída no SIMPLES, razão pela qual foram lavrados autos de infração relativos aos anos-calendários de 2002, 2003 e 2004, constituindo-se, por lançamento de ofício, crédito tributário total no valor de R$ 3.371.329,17 (três milhões, trezentos e setenta e um mil, trezentos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório HC 104.325 / RN e vinte e nove reais e dezessete centavos), correspondente ao IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. Na mencionada peça, aludiu-se ao fato de o paciente, nos referidos anos-calendários, ter prestado informações falsas à Receita Federal do Brasil, visando suprimir os tributos devidos. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Norte. Contra o referido ato foi impetrado habeas perante o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, argumentando-se, com base em precedente do Supremo – Habeas Corpus nº 81.611/DF, relator Ministro Sepúlveda Pertence –, a ausência de justa causa para a ação penal. O Regional indeferiu a ordem, tendo como inaplicável ao caso o precedente invocado, em virtude de a certidão negativa de tributos referir-se ao paciente – pessoa natural – e não à pessoa jurídica fiscalizada pelo órgão fazendário, contra a qual foram lançados os créditos tributários. Assentou repousar a culpabilidade do agente, em tese, na constatação do efetivo controle da administração financeira e tributária da empresa, sendo certo que, se a pessoa jurídica é devedora do fisco em face do cometimento de crime contra a ordem tributária, por se encontrar definitivamente constituído o crédito tributário, inexistiria óbice ao início da persecução penal, visto que a denúncia dá conta de o paciente ter-se utilizado de interposta pessoa para figurar como responsável pela empresa individual. Ter-se-ia a aplicação da teoria do domínio do fato, segundo a qual quem tem o efetivo poder de direcionar a ação da pessoa jurídica deve ser responsabilizado pelos atos típicos praticados (folha 65 do apenso). 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Supremo Tribunal Federal HC 104.325 / RN e vinte e nove reais e dezessete centavos), correspondente ao IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. Na mencionada peça, aludiu-se ao fato de o paciente, nos referidos anos-calendários, ter prestado informações falsas à Receita Federal do Brasil, visando suprimir os tributos devidos. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Norte. Contra o referido ato foi impetrado habeas perante o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, argumentando-se, com base em precedente do Supremo – Habeas Corpus nº 81.611/DF, relator Ministro Sepúlveda Pertence –, a ausência de justa causa para a ação penal. O Regional indeferiu a ordem, tendo como inaplicável ao caso o precedente invocado, em virtude de a certidão negativa de tributos referir-se ao paciente – pessoa natural – e não à pessoa jurídica fiscalizada pelo órgão fazendário, contra a qual foram lançados os créditos tributários. Assentou repousar a culpabilidade do agente, em tese, na constatação do efetivo controle da administração financeira e tributária da empresa, sendo certo que, se a pessoa jurídica é devedora do fisco em face do cometimento de crime contra a ordem tributária, por se encontrar definitivamente constituído o crédito tributário, inexistiria óbice ao início da persecução penal, visto que a denúncia dá conta de o paciente ter-se utilizado de interposta pessoa para figurar como responsável pela empresa individual. Ter-se-ia a aplicação da teoria do domínio do fato, segundo a qual quem tem o efetivo poder de direcionar a ação da pessoa jurídica deve ser responsabilizado pelos atos típicos praticados (folha 65 do apenso). 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório HC 104.325 / RN A defesa formalizou habeas no Superior Tribunal de Justiça, reiterando as mesmas razões de pedir a concessão da ordem, no sentido do trancamento da ação penal. A Quinta Turma daquele Tribunal indeferiu a ordem (folha 104 a 118 do apenso), porque: a) o trancamento de ação penal é medida excepcional, somente admitida nas hipóteses em que se mostrar evidente, de plano, a ausência de justa causa, a inexistência de elementos indiciários demonstrativos da autoria e da materialidade do delito ou, ainda, a presença de causa excludente de punibilidade; b) em hipóteses semelhantes, o Superior Tribunal vem confirmando a possibilidade e a necessidade da persecução penal em casos de utilização de interpostas pessoas para o cometimento de ilícitos tributários, sendo observado que a prática vem-se repetindo na tentativa de blindar o patrimônio do verdadeiro responsável pela empresa, bem como inviabilizar a persecução penal, o que deve ser prontamente repelido pelo Poder Judiciário. Desse modo, havendo indícios de autoria, os fatos deveriam ser apurados, respeitadas todas as garantias processuais e constitucionais dos envolvidos, de maneira a buscar a verdade; c) o crédito tributário encontra-se definitivamente constituído em desfavor da pessoa jurídica, nada aproveitando ao paciente a certidão favorável emitida em nome da pessoa natural, em que consta inexistir pendência com o Fisco. Neste processo, o impetrante reitera as teses apresentadas perante as instâncias judiciais percorridos, relacionadas à inexistência de procedimento fiscal e de débito tributário definitivamente constituído em nome do paciente, pessoa natural, conquanto assim ocorra quanto à 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Supremo Tribunal Federal HC 104.325 / RN A defesa formalizou habeas no Superior Tribunal de Justiça, reiterando as mesmas razões de pedir a concessão da ordem, no sentido do trancamento da ação penal. A Quinta Turma daquele Tribunal indeferiu a ordem (folha 104 a 118 do apenso), porque: a) o trancamento de ação penal é medida excepcional, somente admitida nas hipóteses em que se mostrar evidente, de plano, a ausência de justa causa, a inexistência de elementos indiciários demonstrativos da autoria e da materialidade do delito ou, ainda, a presença de causa excludente de punibilidade; b) em hipóteses semelhantes, o Superior Tribunal vem confirmando a possibilidade e a necessidade da persecução penal em casos de utilização de interpostas pessoas para o cometimento de ilícitos tributários, sendo observado que a prática vem-se repetindo na tentativa de blindar o patrimônio do verdadeiro responsável pela empresa, bem como inviabilizar a persecução penal, o que deve ser prontamente repelido pelo Poder Judiciário. Desse modo, havendo indícios de autoria, os fatos deveriam ser apurados, respeitadas todas as garantias processuais e constitucionais dos envolvidos, de maneira a buscar a verdade; c) o crédito tributário encontra-se definitivamente constituído em desfavor da pessoa jurídica, nada aproveitando ao paciente a certidão favorável emitida em nome da pessoa natural, em que consta inexistir pendência com o Fisco. Neste processo, o impetrante reitera as teses apresentadas perante as instâncias judiciais percorridos, relacionadas à inexistência de procedimento fiscal e de débito tributário definitivamente constituído em nome do paciente, pessoa natural, conquanto assim ocorra quanto à 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório HC 104.325 / RN empresa W. Vicente da Silva ME. Desse modo, não seria possível afirmar que o paciente é o responsável tributário, mesmo porque a ele não teria sido dado o direito, na seara administrativa, de discutir, como pessoa natural, a responsabilidade tributária, a existência do crédito tributário ou o valor do lançamento de ofício, sendo certo que, embora o Ministério Público Federal lhe tenha atribuído a prática do crime, a Receita Federal não permitiu questionar a exatidão do lançamento. Pede a concessão de liminar para suspender a tramitação da Ação Penal nº 2009.84.00.0011494-6, em curso no Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Norte, até o julgamento final do habeas. No mérito, requer o trancamento da ação penal, por falta de justa causa para a persecução criminal. [...] Brasília – residência –, 21 de junho de 2010, às 7h40. A Procuradoria Geral da República, no parecer de folha 27 a 30, afirma que só é possível reconhecer a falta de justa causa para a persecução penal quando, em juízo de cognição sumária e sem necessidade de exame do conjunto fático-probatório, pudesse ser constatada a atipicidade da conduta, a ausência de fundamentos da peça acusatória ou a extinção da punibilidade, situação que aponta não verificada na espécie. Opina pelo indeferimento da ordem. Consulta ao sítio do Tribunal Regional Federal da 5ª Região revelou que o Processo-Crime nº 2009.84.00.0011494-6 aguarda cumprimento de diligência relacionada à localização 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Supremo Tribunal Federal HC 104.325 / RN empresa W. Vicente da Silva ME. Desse modo, não seria possível afirmar que o paciente é o responsável tributário, mesmo porque a ele não teria sido dado o direito, na seara administrativa, de discutir, como pessoa natural, a responsabilidade tributária, a existência do crédito tributário ou o valor do lançamento de ofício, sendo certo que, embora o Ministério Público Federal lhe tenha atribuído a prática do crime, a Receita Federal não permitiu questionar a exatidão do lançamento. Pede a concessão de liminar para suspender a tramitação da Ação Penal nº 2009.84.00.0011494-6, em curso no Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Norte, até o julgamento final do habeas. No mérito, requer o trancamento da ação penal, por falta de justa causa para a persecução criminal. [...] Brasília – residência –, 21 de junho de 2010, às 7h40. A Procuradoria Geral da República, no parecer de folha 27 a 30, afirma que só é possível reconhecer a falta de justa causa para a persecução penal quando, em juízo de cognição sumária e sem necessidade de exame do conjunto fático-probatório, pudesse ser constatada a atipicidade da conduta, a ausência de fundamentos da peça acusatória ou a extinção da punibilidade, situação que aponta não verificada na espécie. Opina pelo indeferimento da ordem. Consulta ao sítio do Tribunal Regional Federal da 5ª Região revelou que o Processo-Crime nº 2009.84.00.0011494-6 aguarda cumprimento de diligência relacionada à localização 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório HC 104.325 / RN de testemunha, cujo depoimento o Ministério Público considerou imprescindível. Lancei visto no processo em 3 de outubro de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 11 seguinte, isso objetivando a ciência do impetrante. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Supremo Tribunal Federal HC 104.325 / RN de testemunha, cujo depoimento o Ministério Público considerou imprescindível. Lancei visto no processo em 3 de outubro de 2011, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 11 seguinte, isso objetivando a ciência do impetrante. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Observem a denúncia formalizada pelo Ministério Público Federal. Em fiscalização, não se logrou a apresentação dos livros-caixa, diário, razão de apuração do lucro real de certa empresa. Então, procedeu-se ao arbitramento do lucro, tomando-se como base de cálculo o valor das receitas escrituradas nos livros de registro de saída e de apuração do ICMS. Consta que a empresa não poderia estar incluída no Simples, tendo sido lavrados os autos de infração relativos aos anos-calendário de 2002, 2003 e 2004, constituindo-se, por lançamento de ofício, crédito tributário total no valor de três milhões, trezentos e setenta e um mil, trezentos e vinte e nove reais e dezessete centavos, correspondente ao Imposto de Renda, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, ao PIS e à Cofins. No tocante ao ora paciente, há notícia de que atuava mediante interposta pessoa, sendo o verdadeiro proprietário e gestor da empresa. Teria criado esta última, notoriamente sem patrimônio, para suprimir impostos. Daí haver-se aludido ao enquadramento da prática na Lei nº 8.137/90, mais precisamente no artigo 1º, inciso I, combinado com o artigo 12 – omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias ocasionando dano à coletividade. Então, forçoso é concluir que o Superior Tribunal de Justiça, ao indeferir a ordem no habeas corpus com o qual se defrontou – de nº 148.345 –, não praticou qualquer ilegalidade no que sustentada a inexistência de justa causa. Indefiro a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541764. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Observem a denúncia formalizada pelo Ministério Público Federal. Em fiscalização, não se logrou a apresentação dos livros-caixa, diário, razão de apuração do lucro real de certa empresa. Então, procedeu-se ao arbitramento do lucro, tomando-se como base de cálculo o valor das receitas escrituradas nos livros de registro de saída e de apuração do ICMS. Consta que a empresa não poderia estar incluída no Simples, tendo sido lavrados os autos de infração relativos aos anos-calendário de 2002, 2003 e 2004, constituindo-se, por lançamento de ofício, crédito tributário total no valor de três milhões, trezentos e setenta e um mil, trezentos e vinte e nove reais e dezessete centavos, correspondente ao Imposto de Renda, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, ao PIS e à Cofins. No tocante ao ora paciente, há notícia de que atuava mediante interposta pessoa, sendo o verdadeiro proprietário e gestor da empresa. Teria criado esta última, notoriamente sem patrimônio, para suprimir impostos. Daí haver-se aludido ao enquadramento da prática na Lei nº 8.137/90, mais precisamente no artigo 1º, inciso I, combinado com o artigo 12 – omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias ocasionando dano à coletividade. Então, forçoso é concluir que o Superior Tribunal de Justiça, ao indeferir a ordem no habeas corpus com o qual se defrontou – de nº 148.345 –, não praticou qualquer ilegalidade no que sustentada a inexistência de justa causa. Indefiro a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1541764. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, pelo que tenho, aqui, do relatado pelo eminente Relator e do parecer da Procuradoria-Geral da República, parece que o caso é semelhante a outro em que votei no sentido do deferimento da ordem (HC nº 96.324/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 17/8/11). Então, nesse sentido, reportando-me àquele julgado, entendo que quem deve atuar, inicialmente, para apontar que havia a utilização de terceira pessoa ou de interposta pessoa para a sonegação é o Fisco, e não o Ministério Público. Por isso, vou pedir vênia para conceder a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581954. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, pelo que tenho, aqui, do relatado pelo eminente Relator e do parecer da Procuradoria-Geral da República, parece que o caso é semelhante a outro em que votei no sentido do deferimento da ordem (HC nº 96.324/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 17/8/11). Então, nesse sentido, reportando-me àquele julgado, entendo que quem deve atuar, inicialmente, para apontar que havia a utilização de terceira pessoa ou de interposta pessoa para a sonegação é o Fisco, e não o Ministério Público. Por isso, vou pedir vênia para conceder a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1581954. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Tenho acompanhado exatamente na linha do que votou o Ministro Marco Aurélio. Peço vênia ao Ministro Dias Toffoli para continuar fazendo, razão pela qual também acompanho o Relator. # # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570146. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.325 RIO GRANDE DO NORTE VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Tenho acompanhado exatamente na linha do que votou o Ministro Marco Aurélio. Peço vênia ao Ministro Dias Toffoli para continuar fazendo, razão pela qual também acompanho o Relator. # # # # Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.325 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : ERONIDES CÂNDIDO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) : RUBEN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547426 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.325 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : ERONIDES CÂNDIDO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) : RUBEN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547426 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1595317
2011-10-18T00:00:00
2011-11-30T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
HABEAS CORPUS
AÇÃO PENAL – TRANCAMENTO – EXCEPCIONALIDADE. O trancamento da ação penal, na via do habeas corpus, surge no campo da excepcionalidade. CRIME TRIBUTÁRIO – INFORMAÇÕES FALSAS. Surgindo da denúncia a notícia de falsidade quanto a informações sobre a constituição de empresa visando driblar o Fisco, inclusive com a utilização de interposta pessoa, descabe cogitar de inexistência de justa causa para o curso do processo.
sjur202094
- Acórdão citado: HC 96324. - Veja HC 148345 do STJ. Número de páginas: 10. Análise: 13/12/2011, ACG. Revisão: 15/12/2011, IMC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
104325
[ "LEG-FED LEI-008137 ANO-1990\r\n ART-00001 INC-00001 ART-00012 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 104325
[ "" ]
PACTE.(S) : ERONIDES CÂNDIDO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) : RUBEN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "C 104. 325 / RN", "as Corpus [UNK] 81. 611 / DF", "H", "C 104. 325 / RN", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 81. 611 / DF", "H", "C 104. 325 / RN", "H", "C 104. 325 / RN", "H", "C 104. 325 / RN", "Ação Penal [UNK] 2009. 84. 00. 0011494- 6", "Processo", "-", "Crime [UNK] 2009. 84. 00. 0011494- 6", "H", "C 104. 325 / RN", "Ação Penal [UNK] 2009. 84. 00. 0011494- 6", "Processo", "-", "Crime [UNK] 2009. 84", ". 00", ". 00", "11", "49", "-", "6", "H", "C 104. 325 / RN", "H", "C 104. 325 / RN", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "de", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "C [UNK] 96. 324 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "C [UNK] 96. 324 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 325" ], 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Vicente da Silva M", "MA", "RC", "O AURÉLIO PACT", "E", "RO", "N", "ID", "ES CÂNDIDO DE OLIVEIRA", "R", "U", "B", "EN ANTÔNIO MACHAD", "O VIEIRA MARIZ COATOR", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "W", ". Vicente da Silva", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "W", ". Vicente da Silva M", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Marco Aurélio", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Marco Aurélio", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "E", "RO", "N", "ID", "ES CÂNDIDO DE OLIVEIRA", "R", "U", "B", "EN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COAT", "Dias Toffoli", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "E", "RO", "N", "ID", "ES CÂNDIDO DE OLIVEIRA", "R", "U", "B", "EN ANTÔNIO MACHADO VIEIRA MARIZ COAT", "Dias Toffoli", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Ay", "res Britto", "Ricardo Lewandowski", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian" ], "TEMPO": [ "18", "/", "10", "/", "2011", "18 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", "/", "11", "/", "2011", "18", "/", "10", "/", "2011", "2002", "2003", "2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "2002", "2003", "2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "21 de junho de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "21 de junho de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "3 de outubro de 2011", "11", "24", "/", "08", "/", "2001", "3 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "2002", "2003", "2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "2002", "2003", "2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "17", "/", "8", "/", "11", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "17", "/", "8", "/", "11", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :MARIA GLAUCIA LOURENCO DA COSTA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR EMENTA: HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL MILITAR. CRIME DE ESTELIONATO. ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE DA CONDUTA EM RAZÃO DO RESSARCIMENTO DO DANO. IMPROCEDÊNCIA. AUSÊNCIA DE INTERESSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. NÃO OCORRÊNCIA. WRIT DENEGADO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. I – A conduta da paciente, que deixou de comunicar à Administração Militar o óbito de sua genitora e, assim, obteve vantagem ilícita mediante saques dos valores depositados a título de pensão na conta-corrente dela, ex-pensionista, amolda-se perfeitamente ao crime capitulado no art. 251, caput, do Código Penal Militar. II – O ressarcimento do dano não torna a conduta atípica, apenas pode atuar como causa de atenuação da pena. Precedentes. III - Não merece guarida a alegação de ausência de interesse do Ministério Público na interposição de recurso contra a sentença absolutória, ao argumento de que, nas alegações finais, havia pugnado justamente pela absolvição. Precedentes. IV – Habeas corpus denegado. V – Ordem concedida de ofício para determinar ao Superior Tribunal Militar que aplique, diante da reparação do dano, a minorante prevista no art. 240, § 1º e § 2º, nos termos do art. 253, todos do CPM. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505753. Supremo Tribunal Federal DJe 23/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 Ementa e Acórdão HC 108.459 / CE Senhor Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, conhecer o pedido e denegar a ordem, mas conceder o habeas corpus de ofício para determinar ao Tribunal a quo que aplique a causa de diminuição de pena prevista no art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, conforme dispõe o art. 253 do mesmo estatuto, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Brasília, 4 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505753. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE Senhor Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, conhecer o pedido e denegar a ordem, mas conceder o habeas corpus de ofício para determinar ao Tribunal a quo que aplique a causa de diminuição de pena prevista no art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, conforme dispõe o art. 253 do mesmo estatuto, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Brasília, 4 de outubro de 2011. RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505753. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 Relatório 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :MARIA GLAUCIA LOURENCO DA COSTA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de MARIA GLÁUCIA LOURENÇO DA COSTA, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, proferido nos autos da Ação Penal 0000007-83.2006.7.10.0010. A impetrante narra, inicialmente, que a paciente foi denunciada pela suposta prática do delito previsto no art. 251, caput, do Código Penal Militar (estelionato), por ter movimentado a conta-corrente e sacado valores correspondentes à pensão percebida por sua genitora no período que se seguiu ao falecimento dela (outubro a dezembro de 2005), sendo a inicial acusatória recebida em 27/11/2006. Aduz, mais, que o Ministério Público Militar, em alegações finais, pugnou pela absolvição da paciente, o que foi acolhido pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército, por unanimidade. Inconformado, o Ministério Público Militar interpôs recurso de apelação para o Superior Tribunal Militar, o qual deu provimento ao recurso para condenar a paciente a uma pena de dois anos de reclusão, como incursa nas sanções do art. 251, caput, do CPM, com sursis. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505754. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :MARIA GLAUCIA LOURENCO DA COSTA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de MARIA GLÁUCIA LOURENÇO DA COSTA, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, proferido nos autos da Ação Penal 0000007-83.2006.7.10.0010. A impetrante narra, inicialmente, que a paciente foi denunciada pela suposta prática do delito previsto no art. 251, caput, do Código Penal Militar (estelionato), por ter movimentado a conta-corrente e sacado valores correspondentes à pensão percebida por sua genitora no período que se seguiu ao falecimento dela (outubro a dezembro de 2005), sendo a inicial acusatória recebida em 27/11/2006. Aduz, mais, que o Ministério Público Militar, em alegações finais, pugnou pela absolvição da paciente, o que foi acolhido pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército, por unanimidade. Inconformado, o Ministério Público Militar interpôs recurso de apelação para o Superior Tribunal Militar, o qual deu provimento ao recurso para condenar a paciente a uma pena de dois anos de reclusão, como incursa nas sanções do art. 251, caput, do CPM, com sursis. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505754. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 Relatório HC 108.459 / CE É contra essa última decisão que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, a ausência de interesse recursal do Ministério Público, uma vez que, em alegações finais, pleiteou a absolvição da paciente e obteve êxito, razão pela qual entende que a Corte Militar não deveria conhecer do recurso. Assevera, outrossim, que a inicial acusatória não descreve todas as elementares necessárias à configuração do delito haja vista que a paciente não induziu nem manteve em erro a Administração Pública Militar. Alega, ainda, que, para a consumação do crime, a vítima deve experimentar prejuízo patrimonial, o que não se deu na espécie, uma vez que, além de se tratar de pequena quantia (R$ 2.650,64), a acusada assinou termo de reconhecimento de dívida, comprometendo-se a devolver a quantia indevidamente sacada da conta-corrente de sua falecida mãe em 36 parcelas. Requer, ao final, o deferimento de medida liminar para determinar a suspensão dos efeitos do acórdão proferido pelo Superior Tribunal Militar, bem como o sobrestamento da Ação Penal Militar 0000007- 83.2006.7.10.0010, até o julgamento final desta impetração. No mérito, postula a cassação do referido acórdão e o restabelecimento da sentença absolutória. Em 24/5/2011 indeferi a medida liminar e solicitei informações ao juízo de primeiro grau. Determinei, na sequência, fosse ouvido o Procurador-Geral da República. As informações foram prestadas por meio do Ofício 538, de 6/6/2011, recebido nesta Corte em 10/6/2011. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505754. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE É contra essa última decisão que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, a ausência de interesse recursal do Ministério Público, uma vez que, em alegações finais, pleiteou a absolvição da paciente e obteve êxito, razão pela qual entende que a Corte Militar não deveria conhecer do recurso. Assevera, outrossim, que a inicial acusatória não descreve todas as elementares necessárias à configuração do delito haja vista que a paciente não induziu nem manteve em erro a Administração Pública Militar. Alega, ainda, que, para a consumação do crime, a vítima deve experimentar prejuízo patrimonial, o que não se deu na espécie, uma vez que, além de se tratar de pequena quantia (R$ 2.650,64), a acusada assinou termo de reconhecimento de dívida, comprometendo-se a devolver a quantia indevidamente sacada da conta-corrente de sua falecida mãe em 36 parcelas. Requer, ao final, o deferimento de medida liminar para determinar a suspensão dos efeitos do acórdão proferido pelo Superior Tribunal Militar, bem como o sobrestamento da Ação Penal Militar 0000007- 83.2006.7.10.0010, até o julgamento final desta impetração. No mérito, postula a cassação do referido acórdão e o restabelecimento da sentença absolutória. Em 24/5/2011 indeferi a medida liminar e solicitei informações ao juízo de primeiro grau. Determinei, na sequência, fosse ouvido o Procurador-Geral da República. As informações foram prestadas por meio do Ofício 538, de 6/6/2011, recebido nesta Corte em 10/6/2011. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505754. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 Relatório HC 108.459 / CE O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pela concessão parcial da ordem para o fim de reduzir a pena para 8 meses de detenção. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505754. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pela concessão parcial da ordem para o fim de reduzir a pena para 8 meses de detenção. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505754. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem, com a concessão, porém, de habeas corpus de ofício, conforme passo a explanar. Como relatado, a paciente foi condenada, pelo Superior Tribunal Militar, à pena de dois anos de reclusão, pela prática do crime previsto no art. 251, caput, do Código Penal Militar (estelionato), sendo-lhe concedido sursis pelo prazo de dois anos. Neste writ, a defesa postula seja cassado o acórdão do STM e restabelecida a sentença de primeiro grau que havia absolvido a paciente. Inviável o pedido, contudo. Isso porque, contrariamente ao alegado pela impetrante, na hipótese dos autos, está-se diante de fato típico, ilícito e culpável, sendo a aplicação da pena medida que se impõe. Senão vejamos. Consta do acórdão impugnado que a ré, no período compreendido entre outubro e dezembro de 2005, obteve vantagem ilícita em prejuízo da administração do Exército, mediante saques dos valores depositados a título de pensão na conta-corrente de sua mãe, ex-pensionista, falecida em 18/10/2005. Afirma-se, ainda, no ato atacado, que a “apelada tinha consciência da ilicitude do ato, sabia que o dinheiro não lhe pertencia e manteve a administração em erro, não comunicando o óbito”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem, com a concessão, porém, de habeas corpus de ofício, conforme passo a explanar. Como relatado, a paciente foi condenada, pelo Superior Tribunal Militar, à pena de dois anos de reclusão, pela prática do crime previsto no art. 251, caput, do Código Penal Militar (estelionato), sendo-lhe concedido sursis pelo prazo de dois anos. Neste writ, a defesa postula seja cassado o acórdão do STM e restabelecida a sentença de primeiro grau que havia absolvido a paciente. Inviável o pedido, contudo. Isso porque, contrariamente ao alegado pela impetrante, na hipótese dos autos, está-se diante de fato típico, ilícito e culpável, sendo a aplicação da pena medida que se impõe. Senão vejamos. Consta do acórdão impugnado que a ré, no período compreendido entre outubro e dezembro de 2005, obteve vantagem ilícita em prejuízo da administração do Exército, mediante saques dos valores depositados a título de pensão na conta-corrente de sua mãe, ex-pensionista, falecida em 18/10/2005. Afirma-se, ainda, no ato atacado, que a “apelada tinha consciência da ilicitude do ato, sabia que o dinheiro não lhe pertencia e manteve a administração em erro, não comunicando o óbito”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.459 / CE Ora, comprovadas a autoria e materialidade do fato e não sendo o caso de se reconhecer causa excludente de ilicitude ou culpabilidade, não merece reparo o decisum no ponto em que impôs a condenação. Destaco, ainda, que não merece acolhida a alegação de que para a conduta ser considerada criminosa far-se-ia necessária a ocorrência de prejuízo alheio, o que não se verificaria na hipótese em razão da reparação do dano. Nesse aspecto é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que o ressarcimento do dano não afasta a ilicitude do ato, podendo, todavia, atuar como causa minorante. A corroborar tal assertiva, menciono os seguintes precedentes, entre outros: “AÇÃO PENAL. Justiça Militar. Estelionato. Insignificância. Não ocorrência. Reprovabilidade da conduta. Reparação do dano. Irrelevância. HC denegado. Não é insignificante o estelionato praticado por militar, em continuação delitiva, prevalecendo-se da confiança decorrente de sua condição funcional” (HC 91.726/PA, Rel. Min. Cezar Peluso – grifos meus). “HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REPARAÇÃO DO DANO. ATENUAÇÃO DA PENA. 1. A aplicação do princípio da insignificância há de ser feita criteriosa, cautelosa e casuística. 2. A quantia subtraída da vítima corresponde ao valor de seu soldo, valor destinado ao suprimento de suas necessidades. Daí não ser insignificante. 3. A reparação do dano após a consumação do crime, ainda que antes do recebimento da denúncia, confere ao paciente somente a atenuação da pena; não a extinção da punibilidade. Ordem indeferida” (HC 91.065/SP, Rel. Min. Eros Grau). De outra banda, extrai-se dos autos a informação de que, em 3/4/2006 (anteriormente à data em que foi instaurada a ação penal, o que ocorreu em 27/11/2006), a paciente firmou termo de reconhecimento de dívida, assumindo o compromisso de saldá-la por meio de desconto em 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE Ora, comprovadas a autoria e materialidade do fato e não sendo o caso de se reconhecer causa excludente de ilicitude ou culpabilidade, não merece reparo o decisum no ponto em que impôs a condenação. Destaco, ainda, que não merece acolhida a alegação de que para a conduta ser considerada criminosa far-se-ia necessária a ocorrência de prejuízo alheio, o que não se verificaria na hipótese em razão da reparação do dano. Nesse aspecto é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que o ressarcimento do dano não afasta a ilicitude do ato, podendo, todavia, atuar como causa minorante. A corroborar tal assertiva, menciono os seguintes precedentes, entre outros: “AÇÃO PENAL. Justiça Militar. Estelionato. Insignificância. Não ocorrência. Reprovabilidade da conduta. Reparação do dano. Irrelevância. HC denegado. Não é insignificante o estelionato praticado por militar, em continuação delitiva, prevalecendo-se da confiança decorrente de sua condição funcional” (HC 91.726/PA, Rel. Min. Cezar Peluso – grifos meus). “HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REPARAÇÃO DO DANO. ATENUAÇÃO DA PENA. 1. A aplicação do princípio da insignificância há de ser feita criteriosa, cautelosa e casuística. 2. A quantia subtraída da vítima corresponde ao valor de seu soldo, valor destinado ao suprimento de suas necessidades. Daí não ser insignificante. 3. A reparação do dano após a consumação do crime, ainda que antes do recebimento da denúncia, confere ao paciente somente a atenuação da pena; não a extinção da punibilidade. Ordem indeferida” (HC 91.065/SP, Rel. Min. Eros Grau). De outra banda, extrai-se dos autos a informação de que, em 3/4/2006 (anteriormente à data em que foi instaurada a ação penal, o que ocorreu em 27/11/2006), a paciente firmou termo de reconhecimento de dívida, assumindo o compromisso de saldá-la por meio de desconto em 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.459 / CE contracheque em 36 parcelas, tendo sido o dano completamente reparado, conforme noticia a Auditoria da 10ª Circunscrição Judiciária Militar, por meio do Ofício 538/2011, sendo a hipótese, pois, de se aplicar a minorante do art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, nos termos do art. 253 do mesmo estatuto1. Anoto, por fim, que não merece guarida a alegação de ausência de interesse do Ministério Público na interposição de recurso contra a sentença absolutória, ao argumento de que, nas alegações finais, havia pugnado justamente pela absolvição. Essa Segunda Turma, analisando situação idêntica (HC 69.957/RJ), firmou entendimento no sentido de se admitir a possibilidade de o Parquet atuar dessa forma aparentemente contraditória uma vez que, mais do que órgão de acusação, é também fiscal da lei, o que lhe confere o poder-dever de agir sempre com a finalidade de garantir a correta aplicação da lei. Na ocasião, o Ministro Néri da Silveira, Relator, valeu-se dos ensinamento de Espínola Filho, in verbis “em relação ao Ministério Público, o requisito do interesse em recorrer deve ser considerado com maior largueza, do que respeito às outras partes, porque tem ele, sempre, na esfera própria da sua 1 Furto simples Art. 240. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena – reclusão, até 6 (seis) anos. Furto atenuado § 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de 1 (um) a 2/3 (dois terços), ou considerar a infração como disciplinar. Entende-se pequeno o valor que não exceda a 1/10 (um décimo) da quantia mensal do mais alto salário mínimo do país. § 2º A atenuação do parágrafo anterior é igualmente aplicável no caso em que o criminoso, sendo primário, restitui a coisa ao seu dono ou repara o dano causado, antes de instaurada a ação penal. Art. 253. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE contracheque em 36 parcelas, tendo sido o dano completamente reparado, conforme noticia a Auditoria da 10ª Circunscrição Judiciária Militar, por meio do Ofício 538/2011, sendo a hipótese, pois, de se aplicar a minorante do art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, nos termos do art. 253 do mesmo estatuto1. Anoto, por fim, que não merece guarida a alegação de ausência de interesse do Ministério Público na interposição de recurso contra a sentença absolutória, ao argumento de que, nas alegações finais, havia pugnado justamente pela absolvição. Essa Segunda Turma, analisando situação idêntica (HC 69.957/RJ), firmou entendimento no sentido de se admitir a possibilidade de o Parquet atuar dessa forma aparentemente contraditória uma vez que, mais do que órgão de acusação, é também fiscal da lei, o que lhe confere o poder-dever de agir sempre com a finalidade de garantir a correta aplicação da lei. Na ocasião, o Ministro Néri da Silveira, Relator, valeu-se dos ensinamento de Espínola Filho, in verbis “em relação ao Ministério Público, o requisito do interesse em recorrer deve ser considerado com maior largueza, do que respeito às outras partes, porque tem ele, sempre, na esfera própria da sua 1 Furto simples Art. 240. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena – reclusão, até 6 (seis) anos. Furto atenuado § 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de 1 (um) a 2/3 (dois terços), ou considerar a infração como disciplinar. Entende-se pequeno o valor que não exceda a 1/10 (um décimo) da quantia mensal do mais alto salário mínimo do país. § 2º A atenuação do parágrafo anterior é igualmente aplicável no caso em que o criminoso, sendo primário, restitui a coisa ao seu dono ou repara o dano causado, antes de instaurada a ação penal. Art. 253. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 108.459 / CE função, interesse em que a lei seja, exatamente, aplicada”. Em seguida, assentou o referido magistrado: “Não tenho, pois, como infringente ao art. 577, parágrafo único, do CPP, o conhecimento da apelação. O parecer da Procuradoria-Geral da República admite que um membro do MP possa discordar de outro, com independência funcional, sem comprometer a instituição no exercício de sua competência. (…) É de observar a função de 'custos legis' do MP, ao lado da de 'dominus litis', sendo certo que a manifestação, em alegações finais não vincula o julgador, tal como sucede com o pedido de arquivamento de inquérito”. Mesmo entendimento foi adotado pela Primeira Turma no julgamento do HC 68.316/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence. Eis a ementa do julgado: “Recurso criminal: sucumbência do MP, não obstante a sentença absolutória haja acolhido suas alegações finais: precedentes. Dada a indisponibilidade da ação penal pública, a sucumbência do MP é medida em relação ao objeto total da acusação, demarcada pela imputação deduzida na denúncia, que não pode ser retratada nem reduzida por alegações posteriores. Assim, não obstante as razões finais hajam concluído pela absolvição do réu, pode o Ministério Público apelar da sentença absolutória”. Deste modo, acolhendo a manifestação do Parquet federal, tenho que o caso é de se denegar o pedido mas conceder a ordem de ofício para determinar ao Tribunal a quo que aplique a causa de diminuição de pena prevista no art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, conforme dispõe o art. 253 do mesmo estatuto. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE função, interesse em que a lei seja, exatamente, aplicada”. Em seguida, assentou o referido magistrado: “Não tenho, pois, como infringente ao art. 577, parágrafo único, do CPP, o conhecimento da apelação. O parecer da Procuradoria-Geral da República admite que um membro do MP possa discordar de outro, com independência funcional, sem comprometer a instituição no exercício de sua competência. (…) É de observar a função de 'custos legis' do MP, ao lado da de 'dominus litis', sendo certo que a manifestação, em alegações finais não vincula o julgador, tal como sucede com o pedido de arquivamento de inquérito”. Mesmo entendimento foi adotado pela Primeira Turma no julgamento do HC 68.316/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence. Eis a ementa do julgado: “Recurso criminal: sucumbência do MP, não obstante a sentença absolutória haja acolhido suas alegações finais: precedentes. Dada a indisponibilidade da ação penal pública, a sucumbência do MP é medida em relação ao objeto total da acusação, demarcada pela imputação deduzida na denúncia, que não pode ser retratada nem reduzida por alegações posteriores. Assim, não obstante as razões finais hajam concluído pela absolvição do réu, pode o Ministério Público apelar da sentença absolutória”. Deste modo, acolhendo a manifestação do Parquet federal, tenho que o caso é de se denegar o pedido mas conceder a ordem de ofício para determinar ao Tribunal a quo que aplique a causa de diminuição de pena prevista no art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, conforme dispõe o art. 253 do mesmo estatuto. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1505755. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Reconheço, tal como o fez o eminente Relator, que o caso ora em exame envolve matéria que se inclui na esfera de competência penal da Justiça Militar da União, não obstante se cuide de civil que sofreu persecução penal, em tempo de paz, perante órgãos judiciários castrenses. Essa especial competência da Justiça Militar da União, em relação a civis acusados da prática de delitos militares, resulta, mesmo em tempo de paz, do que prescreve o art. 124, “caput”, da Constituição, em combinação com o que dispõe o art. 9º do Código Penal Militar. Devo reconhecer, no entanto, considerada a própria jurisprudência desta Corte, que o Supremo Tribunal Federal vem progressivamente restringindo o alcance da submissão, anômala, de civis, em tempo de paz, à jurisdição penal dos Tribunais castrenses. Vale rememorar, no ponto, recente julgamento emanado desta colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, a propósito do tratamento que esse tema – submissão de civis, em tempo de paz, à competência da Justiça Militar - vem recebendo no âmbito da legislação de outros países: “A REGULAÇÃO DO TEMA PERTINENTE À JUSTIÇA MILITAR NO PLANO DO DIREITO COMPARADO . - Tendência que se registra, modernamente, em sistemas normativos estrangeiros, no sentido da extinção (pura e simples) de tribunais militares em tempo de paz ou, então, da exclusão de civis Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1531450. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Reconheço, tal como o fez o eminente Relator, que o caso ora em exame envolve matéria que se inclui na esfera de competência penal da Justiça Militar da União, não obstante se cuide de civil que sofreu persecução penal, em tempo de paz, perante órgãos judiciários castrenses. Essa especial competência da Justiça Militar da União, em relação a civis acusados da prática de delitos militares, resulta, mesmo em tempo de paz, do que prescreve o art. 124, “caput”, da Constituição, em combinação com o que dispõe o art. 9º do Código Penal Militar. Devo reconhecer, no entanto, considerada a própria jurisprudência desta Corte, que o Supremo Tribunal Federal vem progressivamente restringindo o alcance da submissão, anômala, de civis, em tempo de paz, à jurisdição penal dos Tribunais castrenses. Vale rememorar, no ponto, recente julgamento emanado desta colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, a propósito do tratamento que esse tema – submissão de civis, em tempo de paz, à competência da Justiça Militar - vem recebendo no âmbito da legislação de outros países: “A REGULAÇÃO DO TEMA PERTINENTE À JUSTIÇA MILITAR NO PLANO DO DIREITO COMPARADO . - Tendência que se registra, modernamente, em sistemas normativos estrangeiros, no sentido da extinção (pura e simples) de tribunais militares em tempo de paz ou, então, da exclusão de civis Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1531450. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 108.459 / CE da jurisdição penal militar: Portugal (Constituição de 1976, art. 213, Quarta Revisão Constitucional de 1997), Argentina (Ley Federal nº 26.394/2008), Colômbia (Constituição de 1991, art. 213), Paraguai (Constituição de 1992, art. 174), México (Constituição de 1917, art. 13) e Uruguai (Constituição de 1967, art. 253, c/c Ley 18.650/2010, arts. 27 e 28), v.g.. - Uma relevante sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos (‘Caso Palamara Iribarne vs. Chile’, de 2005): determinação para que a República do Chile, adequando a sua legislação interna aos padrões internacionais sobre jurisdição penal militar, adote medidas com o objetivo de impedir, quaisquer que sejam as circunstâncias, que ‘um civil seja submetido à jurisdição dos tribunais penais militares (...)’ (item nº 269, n. 14, da parte dispositiva, ‘Puntos Resolutivos’). - O caso ‘ex parte Milligan’ (1866): importante ‘landmark ruling’ da Suprema Corte dos Estados Unidos da América. (...).” (HC 109.544-MC/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO) O caso que ora se examina reflete típica hipótese que, ordinariamente, deveria ser submetida à competência penal da Justiça Federal comum, eis que, na situação em análise, é da União Federal o patrimônio afetado (CF, art. 109, IV). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É verdade. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Como aquela questão do falso, não é Ministro Celso? O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Sim! O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Que nós aqui já decidimos. Aliás, Vossa Excelência, inclusive, se manifestou com muita veemência que o Superior Tribunal Militar não estaria observando a nossa jurisprudência sólida. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1531450. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE da jurisdição penal militar: Portugal (Constituição de 1976, art. 213, Quarta Revisão Constitucional de 1997), Argentina (Ley Federal nº 26.394/2008), Colômbia (Constituição de 1991, art. 213), Paraguai (Constituição de 1992, art. 174), México (Constituição de 1917, art. 13) e Uruguai (Constituição de 1967, art. 253, c/c Ley 18.650/2010, arts. 27 e 28), v.g.. - Uma relevante sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos (‘Caso Palamara Iribarne vs. Chile’, de 2005): determinação para que a República do Chile, adequando a sua legislação interna aos padrões internacionais sobre jurisdição penal militar, adote medidas com o objetivo de impedir, quaisquer que sejam as circunstâncias, que ‘um civil seja submetido à jurisdição dos tribunais penais militares (...)’ (item nº 269, n. 14, da parte dispositiva, ‘Puntos Resolutivos’). - O caso ‘ex parte Milligan’ (1866): importante ‘landmark ruling’ da Suprema Corte dos Estados Unidos da América. (...).” (HC 109.544-MC/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO) O caso que ora se examina reflete típica hipótese que, ordinariamente, deveria ser submetida à competência penal da Justiça Federal comum, eis que, na situação em análise, é da União Federal o patrimônio afetado (CF, art. 109, IV). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É verdade. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Como aquela questão do falso, não é Ministro Celso? O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Sim! O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Que nós aqui já decidimos. Aliás, Vossa Excelência, inclusive, se manifestou com muita veemência que o Superior Tribunal Militar não estaria observando a nossa jurisprudência sólida. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1531450. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 108.459 / CE O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Com estas breves considerações, acompanho o eminente Relator. É o meu voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1531450. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Com estas breves considerações, acompanho o eminente Relator. É o meu voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1531450. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 Debate 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ DEBATE O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Ministro Presidente, apenas, por uma questão de honestidade intelectual e para a nossa reflexão, eu queria dizer o seguinte: depois de já preparado esse voto, e ontem à noite, discutindo uma tese que foi formulada em sede de RE para fins de repercussão geral, eu me deparei com uma situação muito semelhante a essa, em que havia um comportamento contraditório do Ministério Público em que na primeira instância pediu absolvição, na sequência o Ministério Público foi contra. E, aí, o réu alegou que o Ministério Público era uno, indivisível e que não poderia haver esse tipo de comportamento, digamos assim, um tanto quanto esquizofrênico, sobretudo, quando ele age na qualidade de órgão acusador de parte na ação penal porque não se trata de custos legis. Mas, a verdade é que a jurisprudência nossa - que vem, pelo menos, desde o tempo do Ministro Néri da Silveira - aponta nesse sentido, e nessa Turma, inclusive. Mas eu acho que, talvez, seja uma tese a ser revisitada, mas a sede própria seria o Plenário. O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Em verdade, o Ministério Público talvez já não possa ser categorizado, classificado como Órgão de acusação, pura e simplesmente, porque à luz do artigo 127, da Constituição Federal a primeira finalidade do Ministério Público é a defesa da ordem jurídica. O que exige da parte dele, digamos assim, uma função típica de custos legis a todo o tempo do processo, mesmo quando ele deflagra o processo penal quando sua denúncia é aceita. Mas se, a qualquer momento, o Ministério Público se convence de que a sua postulação colide com a ordem jurídica a partir da Constituição, é dever do Ministério Público recuar. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Vossa Excelência, então, pelo menos nesse momento, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579053. Supremo Tribunal Federal 04/10/2011 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.459 CEARÁ DEBATE O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Ministro Presidente, apenas, por uma questão de honestidade intelectual e para a nossa reflexão, eu queria dizer o seguinte: depois de já preparado esse voto, e ontem à noite, discutindo uma tese que foi formulada em sede de RE para fins de repercussão geral, eu me deparei com uma situação muito semelhante a essa, em que havia um comportamento contraditório do Ministério Público em que na primeira instância pediu absolvição, na sequência o Ministério Público foi contra. E, aí, o réu alegou que o Ministério Público era uno, indivisível e que não poderia haver esse tipo de comportamento, digamos assim, um tanto quanto esquizofrênico, sobretudo, quando ele age na qualidade de órgão acusador de parte na ação penal porque não se trata de custos legis. Mas, a verdade é que a jurisprudência nossa - que vem, pelo menos, desde o tempo do Ministro Néri da Silveira - aponta nesse sentido, e nessa Turma, inclusive. Mas eu acho que, talvez, seja uma tese a ser revisitada, mas a sede própria seria o Plenário. O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Em verdade, o Ministério Público talvez já não possa ser categorizado, classificado como Órgão de acusação, pura e simplesmente, porque à luz do artigo 127, da Constituição Federal a primeira finalidade do Ministério Público é a defesa da ordem jurídica. O que exige da parte dele, digamos assim, uma função típica de custos legis a todo o tempo do processo, mesmo quando ele deflagra o processo penal quando sua denúncia é aceita. Mas se, a qualquer momento, o Ministério Público se convence de que a sua postulação colide com a ordem jurídica a partir da Constituição, é dever do Ministério Público recuar. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Vossa Excelência, então, pelo menos nesse momento, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579053. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 Debate HC 108.459 / CE continua convencido da validade desta tese que foi sufragada pelo Supremo, não é? O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Quer dizer, então, o Ministério Público a qualquer momento, em defesa da ordem jurídica pode rever um posicionamento anterior? O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Pode. Eu entendo que sim. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É a segunda finalidade. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - São três finalidades: defesa da ordem jurídica, defesa do regime democrático e defesa dos direitos sociais e dos individuais indisponíveis. Eu acho que isso baliza toda a interpretação do novo Ministério Público. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Ministro Celso de Mello, qual é o autor? O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Trata-se de dois excelentes estudos sobre a natureza das funções jurídicas desempenhadas pelo Ministério Público. O primeiro, de autoria de BIAGIO PETROCELLI, saudoso professor de Direito Penal da Universidade de Nápoles e antigo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579053. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE continua convencido da validade desta tese que foi sufragada pelo Supremo, não é? O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Quer dizer, então, o Ministério Público a qualquer momento, em defesa da ordem jurídica pode rever um posicionamento anterior? O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Pode. Eu entendo que sim. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - É a segunda finalidade. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - São três finalidades: defesa da ordem jurídica, defesa do regime democrático e defesa dos direitos sociais e dos individuais indisponíveis. Eu acho que isso baliza toda a interpretação do novo Ministério Público. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - (CANCELADO). O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR) - Ministro Celso de Mello, qual é o autor? O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Trata-se de dois excelentes estudos sobre a natureza das funções jurídicas desempenhadas pelo Ministério Público. O primeiro, de autoria de BIAGIO PETROCELLI, saudoso professor de Direito Penal da Universidade de Nápoles e antigo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579053. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 Debate HC 108.459 / CE Juiz da Corte Constitucional Italiana, denominado "O Ministério Público: Órgão de Justiça" (Revista Justitia, vol. 61, p. 173/189). O segundo trabalho, por sua vez, foi escrito por ENRICO SPAGNA MUSSO, que lecionou Direito Constitucional na Universidade de Ferrara, intitulado "Problemas Constitucionais do Ministério Público na Itália" (Revista dos Tribunais, vol. 388/7-28). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Sem dúvida. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579053. Supremo Tribunal Federal HC 108.459 / CE Juiz da Corte Constitucional Italiana, denominado "O Ministério Público: Órgão de Justiça" (Revista Justitia, vol. 61, p. 173/189). O segundo trabalho, por sua vez, foi escrito por ENRICO SPAGNA MUSSO, que lecionou Direito Constitucional na Universidade de Ferrara, intitulado "Problemas Constitucionais do Ministério Público na Itália" (Revista dos Tribunais, vol. 388/7-28). O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (PRESIDENTE) - Sem dúvida. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1579053. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.459 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : MARIA GLAUCIA LOURENCO DA COSTA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: conhecido o pedido e denegada a ordem, mas concedido o habeas corpus de ofício para determinar ao Tribunal a quo que aplique a causa de diminuição de pena prevista no art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, conforme dispõe o art. 253 do mesmo estatuto, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518016 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.459 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : MARIA GLAUCIA LOURENCO DA COSTA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: conhecido o pedido e denegada a ordem, mas concedido o habeas corpus de ofício para determinar ao Tribunal a quo que aplique a causa de diminuição de pena prevista no art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, conforme dispõe o art. 253 do mesmo estatuto, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1518016 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1583277
2011-10-04T00:00:00
2011-11-23T00:00:00
Conhecido o pedido e denegada a ordem, mas concedido o habeas corpus de ofício para determinar ao Tribunal a quo que aplique a causa de diminuição de pena prevista no art. 240, § 1º e § 2º, do CPM, conforme dispõe o art. 253 do mesmo estatuto, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 04.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL MILITAR. CRIME DE ESTELIONATO. ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE DA CONDUTA EM RAZÃO DO RESSARCIMENTO DO DANO. IMPROCEDÊNCIA. AUSÊNCIA DE INTERESSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. NÃO OCORRÊNCIA. WRIT DENEGADO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. I – A conduta da paciente, que deixou de comunicar à Administração Militar o óbito de sua genitora e, assim, obteve vantagem ilícita mediante saques dos valores depositados a título de pensão na conta-corrente dela, ex-pensionista, amolda-se perfeitamente ao crime capitulado no art. 251, caput, do Código Penal Militar. II – O ressarcimento do dano não torna a conduta atípica, apenas pode atuar como causa de atenuação da pena. Precedentes. III - Não merece guarida a alegação de ausência de interesse do Ministério Público na interposição de recurso contra a sentença absolutória, ao argumento de que, nas alegações finais, havia pugnado justamente pela absolvição. Precedentes. IV – Habeas corpus denegado. V – Ordem concedida de ofício para determinar ao Superior Tribunal Militar que aplique, diante da reparação do dano, a minorante prevista no art. 240, § 1º e § 2º, nos termos do art. 253, todos do CPM.
sjur201788
- Acórdãos citados: HC 68316, HC 69957, HC 91065, HC 91726, HC 109544 MC. - Veja Ação Penal 0000007-83.2006.7.10.0010 do STM. Número de páginas: 16. Análise: 05/12/2011, KBP. Revisão: 06/12/2011, MMR.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
108459
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00109 INC-00004 ART-00124 \"CAPUT\" \r\n ART-00127 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-001001 ANO-1969\r\n ART-00009 ART-00240 PAR-00001 PAR-00002 \r\n ART-00251 \"CAPUT\" ART-00253 \r\n CPM-1969 CÓDIGO PENAL MILITAR" ]
HC
acordaos
HC 108459
[ "" ]
PACTE.(S) : MARIA GLAUCIA LOURENCO DA COSTA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "Ação Penal 0000007- 83. 2006. 7. 10. 0010", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "Ação Penal 0000007- 83. 2006. 7. 10. 0010", "H", "C 108. 459 / CE", "Ação Penal Militar 0000007- 83. 2006. 7. 10. 0010", "H", "C 108. 459 / CE", "Ação Penal Militar 0000007- 83. 2006. 7. 10. 0010", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 91. 726 / PA", "H", "C 91. 065 / SP", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 91. 726 / PA", "H", "C 91. 065 / SP", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 69. 957 / RJ", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 69. 957 / RJ", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 68. 316 / DF", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 68. 316 / DF", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "H", "C 108. 459 / CE", "Caso", "H", "C 109. 544- MC / BA", "H", "C 108. 459 / CE", "Caso", "H", "C 109. 544- MC / BA", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 108", "CE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459 CEARÁ", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "C 108. 459 / CE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 459" ], "LEGISLACAO": [ "art. 251, caput, do Código Penal Militar", "art. 240, § [UNK] e § [UNK], nos termos do art. 253, todos do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 240, § [UNK] e § [UNK], do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 240, § [UNK] e § [UNK], do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 251, caput, do Código Penal Militar", "art. 251, caput, do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 251, caput, do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 251, caput, do Código Penal Militar", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 251, caput, do Código Penal Militar", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 240, § [UNK] e § [UNK], do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 240, § [UNK] e § [UNK], do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 577, parágrafo único, do CPP", "art. 240, § [UNK] e § [UNK], do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 577, parágrafo único, do CPP", "art. 240, § [UNK] e § [UNK], do CPM", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 124, “ caput ”, da Constituição", "art. 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Estados Unidos da América", "União Federal", "Superior Tribunal Militar", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Portugal", "Corte Interamericana de Direitos Humanos", "República do Chile", "Suprema Corte dos Estados Unidos da América", "União Federal", "Superior Tribunal Militar", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ple", "nário", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ple", "nário", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Universidade de Nápoles", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo", "Ministério Público", "Ministério Público", "Ministério Público", "Universidade de Nápoles", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Corte Constitucional Italiana", "Ministério Público", "Revista Justitia", "Universidade de Ferrara", "Ministério Público", "Revista dos Tribunais", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Corte Constitucional Italiana", "Ministério Público", "Revista Justitia", "Universidade de Ferrara", "Ministério Público", "Revista dos Tribunais", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "DE", "F", "EN", "SO", "RI", "A PÚBLICA DA UNIÃO", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL MILITAR", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "DE", "F", "EN", "SO", "RI", "A PÚBLICA DA UNIÃO", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL MILITAR", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RI", "A GLAUCIA LOURENCO DA COSTA", "W", "RI", "Ay", "res Britto", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ay", "res Britto", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RI", "A GLAUCIA LOURENCO DA COSTA", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RI", "A GLÁUCIA LOURENÇO DA COSTA", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RI", "A GLAUCIA LOURENCO DA COSTA", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RI", "A GLÁUCIA LOURENÇO DA COSTA", "Edson Oliveira de Almeida", "Edson Oliveira de Almeida", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "N", "éri da Silveira", "Esp", "íno", "la Filho", "N", "éri da Silveira", "Esp", "íno", "la Filho", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "Mill", "igan", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Celso", "CE", "LS", "O DE MELLO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Celso", "CE", "LS", "O DE MELLO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "N", "éri da Silveira", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "N", "éri da Silveira", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Celso de Mello", "CE", "LS", "O DE MELLO", "B", "IA", "G", "IO PETROCELLI", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Celso de Mello", "CE", "LS", "O DE MELLO", "B", "IA", "G", "IO PETROCELLI", "E", "N", "RI", "CO SPAGNA MUSSO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "E", "N", "RI", "CO SPAGNA MUSSO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RI", "A GLAUCIA LOURENCO DA COSTA", "DE", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gil", "mar Mendes", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RI", "A GLAUCIA LOURENCO DA COSTA", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gil", "mar Mendes", "Paulo da Rocha Campos", "Kar", "ima Batista Kassab" ], "TEMPO": [ "04", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "11", "/", "2011", "4 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "4 de outubro de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "outubro a dezembro de 2005", "27", "/", "11", "/", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "outubro a dezembro de 2005", "27", "/", "11", "/", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "5", "/", "2011", "6", "/", "6", "/", "2011", "10", "/", "6", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "5", "/", "2011", "6", "/", "6", "/", "2011", "10", "/", "6", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "outubro e dezembro de 2005", "18", "/", "10", "/", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2011", "outubro e dezembro de 2005", "18", "/", "10", "/", "2005", 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Ementa e Acórdão 27/09/2011 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.169 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO EMBTE.(S) :NKB SÃO PAULO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LTDA. (NOVA DENOMINAÇÃO SOCIAL DE CPPC - CENTRO PAULISTA DE PATOLOGIA CLÍNICA S/C LTDA) ADV.(A/S) :CHRISTIANE PANTOJA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE. 1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, nos termos do art. 535 do CPC. 2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente. 3. Embargos rejeitados. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em rejeitar os embargos de declaração, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 27 de setembro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564831. Supremo Tribunal Federal DJe 02/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 27/09/2011 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.169 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO EMBTE.(S) :NKB SÃO PAULO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LTDA. (NOVA DENOMINAÇÃO SOCIAL DE CPPC - CENTRO PAULISTA DE PATOLOGIA CLÍNICA S/C LTDA) ADV.(A/S) :CHRISTIANE PANTOJA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de embargos declaratórios contra acórdão da Segunda Turma desta Casa de Justiça. Acórdão assim ementado (fls. 526): “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APELO EXTREMO EXTEMPORÂNEO. INTERPOSIÇÃO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS OPOSTOS CONTRA O ARESTO QUE JULGOU A APELAÇÃO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. 1. Conforme entendimento predominante nesta nossa Casa de Justiça, o prazo para recorrer só começa a fluir com a publicação da decisão no órgão oficial, sendo prematuro o recurso que a antecede. A insurgência, nesta hipótese, não se dirige contra decisão final da causa, apta a ensejar a abertura da via extraordinária, na forma do inciso III do art. 102 da Carta Magna. 2. Agravo regimental desprovido.” 2. Pois bem, a parte embargante sustenta que o julgado incorreu em omissão e reitera as alegações expendidas no agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564832. Supremo Tribunal Federal 27/09/2011 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.169 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO EMBTE.(S) :NKB SÃO PAULO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LTDA. (NOVA DENOMINAÇÃO SOCIAL DE CPPC - CENTRO PAULISTA DE PATOLOGIA CLÍNICA S/C LTDA) ADV.(A/S) :CHRISTIANE PANTOJA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de embargos declaratórios contra acórdão da Segunda Turma desta Casa de Justiça. Acórdão assim ementado (fls. 526): “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APELO EXTREMO EXTEMPORÂNEO. INTERPOSIÇÃO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS OPOSTOS CONTRA O ARESTO QUE JULGOU A APELAÇÃO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. 1. Conforme entendimento predominante nesta nossa Casa de Justiça, o prazo para recorrer só começa a fluir com a publicação da decisão no órgão oficial, sendo prematuro o recurso que a antecede. A insurgência, nesta hipótese, não se dirige contra decisão final da causa, apta a ensejar a abertura da via extraordinária, na forma do inciso III do art. 102 da Carta Magna. 2. Agravo regimental desprovido.” 2. Pois bem, a parte embargante sustenta que o julgado incorreu em omissão e reitera as alegações expendidas no agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564832. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório RE 553.169 AGR-SEGUNDO-ED / SP 3. Mantida a decisão embargada, submeto o recurso à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * GSRB 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564832. Supremo Tribunal Federal RE 553.169 AGR-SEGUNDO-ED / SP 3. Mantida a decisão embargada, submeto o recurso à apreciação desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * GSRB 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564832. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. AYRES BRITTO 27/09/2011 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.169 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Ultimado o relatório, passo ao voto. Ao fazê-lo, tenho que o recurso não merece acolhida. Isso por inexistir obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 535 do CPC. 6. Em verdade, estes embargos veiculam pretensão meramente infringente. Objetivam tão-somente o reexame de pedido já repelido, à unanimidade, por esta Segunda Turma. E os embargos não podem conduzir à renovação do julgamento que não se ressente de nenhum vício e, muito menos, à modificação do julgado. 7. Por esse modo de ver as coisas, o que busca a parte recorrente é simplesmente reanalisar o mérito de um julgado que transcorreu de forma regular. Finalidade para a qual não se prestam os embargos declaratórios, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 8. Por tudo quanto posto, rejeito os embargos. 9. É como voto. * * * * * * * * * * * * Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564833. Supremo Tribunal Federal 27/09/2011 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.169 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Ultimado o relatório, passo ao voto. Ao fazê-lo, tenho que o recurso não merece acolhida. Isso por inexistir obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 535 do CPC. 6. Em verdade, estes embargos veiculam pretensão meramente infringente. Objetivam tão-somente o reexame de pedido já repelido, à unanimidade, por esta Segunda Turma. E os embargos não podem conduzir à renovação do julgamento que não se ressente de nenhum vício e, muito menos, à modificação do julgado. 7. Por esse modo de ver as coisas, o que busca a parte recorrente é simplesmente reanalisar o mérito de um julgado que transcorreu de forma regular. Finalidade para a qual não se prestam os embargos declaratórios, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 8. Por tudo quanto posto, rejeito os embargos. 9. É como voto. * * * * * * * * * * * * Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1564833. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.169 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO EMBTE.(S) : NKB SÃO PAULO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LTDA. (NOVA DENOMINAÇÃO SOCIAL DE CPPC - CENTRO PAULISTA DE PATOLOGIA CLÍNICA S/C LTDA) ADV.(A/S) : CHRISTIANE PANTOJA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: embargos de declaração rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 27.09.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1502602 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.169 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO EMBTE.(S) : NKB SÃO PAULO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LTDA. (NOVA DENOMINAÇÃO SOCIAL DE CPPC - CENTRO PAULISTA DE PATOLOGIA CLÍNICA S/C LTDA) ADV.(A/S) : CHRISTIANE PANTOJA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: embargos de declaração rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 27.09.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1502602 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1601250
2011-09-27T00:00:00
2011-12-02T00:00:00
Embargos de declaração rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 27.09.2011.
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE. 1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, nos termos do art. 535 do CPC. 2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente. 3. Embargos rejeitados.
sjur202240
Número de páginas: 5. Análise: 23/01/2012, GVS.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
553169
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
RE-AgR-segundo-ED
acordaos
RE 553169 AgR-segundo-ED
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EMBDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL ADV.(A/S) : CHRISTIANE PANTOJA E OUTRO(A/S) EMBTE.(S) : NKB SÃO PAULO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LTDA. (NOVA DENOMINAÇÃO SOCIAL DE CPPC - CENTRO PAULISTA DE PATOLOGIA CLÍNICA S/C LTDA)
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Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) :HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL. CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. HOMICÍDIO. “PEGA” OU “RACHA” EM VIA MOVIMENTADA. DOLO EVENTUAL. PRONÚNCIA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ALTERAÇÃO DE ENTENDIMENTO DE DESEMBARGADORA NO SEGUNDO JULGAMENTO DO MESMO RECURSO, ANTE A ANULAÇÃO DO PRIMEIRO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA NÃO CONFIGURADO. DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE. PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA EM VIA PÚBLICA MOVIMENTADA. FATOS ASSENTADOS NA ORIGEM. ASSENTIMENTO QUE SE DESSUME DAS CIRCUNSTÂNCIAS. DOLO EVENTUAL CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. REVALORAÇÃO DOS FATOS. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus impetrado como substitutivo de recurso ordinário revela sua utilização promíscua e deve ser combatido, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais quando não há teratologia a eliminar, como no caso sub judice. I - DA ALEGADA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA 2. A fundamentação da sentença de pronúncia deve observar os limites inerentes ao juízo de admissibilidade da acusação, restringindo-se a declinar as razões para o convencimento acerca da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; AI 458072-ED/CE rel. Min. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Supremo Tribunal Federal DJe 30/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 53 Ementa e Acórdão HC 101.698 / RJ Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009; RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009. 3. A fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia encontra-se no art. 413, § 1º do CPP, na redação da Lei nº 11.689/2008, que aperfeiçoou a redação outrora disposta no art. 408 do CPP, atentando para o problema do excesso de linguagem discutido amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese. 4. In casu, o Juízo pronunciante acautelou-se o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, e indicou os elementos que motivaram o seu convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de autoria, apontando peças, declarações e testemunhos, por isso que a fundamentação declinada mostrou-se robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. II - NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA 5. O sistema do livre convencimento motivado ou da persuasão racional permite ao magistrado revelar o seu convencimento sobre as provas dos autos livremente, desde que demonstre o raciocínio desenvolvido. 6. Verificada a anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação do Órgão Julgador. 7. Utile per inutile non vitiatur, por isso que ainda que a Desembargadora tivesse mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009; RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009. 3. A fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia encontra-se no art. 413, § 1º do CPP, na redação da Lei nº 11.689/2008, que aperfeiçoou a redação outrora disposta no art. 408 do CPP, atentando para o problema do excesso de linguagem discutido amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese. 4. In casu, o Juízo pronunciante acautelou-se o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, e indicou os elementos que motivaram o seu convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de autoria, apontando peças, declarações e testemunhos, por isso que a fundamentação declinada mostrou-se robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. II - NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA 5. O sistema do livre convencimento motivado ou da persuasão racional permite ao magistrado revelar o seu convencimento sobre as provas dos autos livremente, desde que demonstre o raciocínio desenvolvido. 6. Verificada a anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação do Órgão Julgador. 7. Utile per inutile non vitiatur, por isso que ainda que a Desembargadora tivesse mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 53 Ementa e Acórdão HC 101.698 / RJ III - EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA 8. A Lei nº 11.689/08, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados, fragilizando sobremaneira a tese do excesso de linguagem da pronúncia, uma vez que a referência a tais atos, na sessão do Júri, gera nulidade que pode ser alegada oportunamente pela defesa. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009. 9. In casu, a fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes à espécie de provimento jurisdicional, assentando a comprovação da materialidade do fato e dos indícios suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. 10. O aprofundamento maior no exame das provas, no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito praticado com dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável repercussão sobre o status libertatis do paciente cumpre o postulado constitucional da motivação das decisões judiciais. É que, para afastar a competência do Tribunal do Júri, faz-se mister um juízo de certeza acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de Oliveira: “O que se espera dele [juiz] é o exame do material probatório ali produzido, especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase.” (Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576) IV – ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO 11. O caso sub judice distingue-se daquele revelado no julgamento do HC nº 107801 (rel. min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJ de 13/10/2011), que 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ III - EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA 8. A Lei nº 11.689/08, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados, fragilizando sobremaneira a tese do excesso de linguagem da pronúncia, uma vez que a referência a tais atos, na sessão do Júri, gera nulidade que pode ser alegada oportunamente pela defesa. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009. 9. In casu, a fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes à espécie de provimento jurisdicional, assentando a comprovação da materialidade do fato e dos indícios suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. 10. O aprofundamento maior no exame das provas, no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito praticado com dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável repercussão sobre o status libertatis do paciente cumpre o postulado constitucional da motivação das decisões judiciais. É que, para afastar a competência do Tribunal do Júri, faz-se mister um juízo de certeza acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de Oliveira: “O que se espera dele [juiz] é o exame do material probatório ali produzido, especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase.” (Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576) IV – ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO 11. O caso sub judice distingue-se daquele revelado no julgamento do HC nº 107801 (rel. min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJ de 13/10/2011), que 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 53 Ementa e Acórdão HC 101.698 / RJ cuidou de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas, hipótese na qual gravitava o tema da imputabilidade, superada tradicionalmente na doutrina e na jurisprudência com a aplicação da teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. 12. A banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior naquele julgado, oportunidade em que se limitou a aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. 13. A precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada, é assertiva que não se depreende do julgado no HC nº 107801. 14. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra- se no elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de todas as circunstâncias objetivas do caso concreto, sendo certo que, em ambas as situações, ocorre a representação do resultado pelo agente. 15. Deveras, tratando-se de culpa consciente, o agente pratica o fato ciente de que o resultado lesivo, embora previsto por ele, não ocorrerá. Doutrina de Nelson Hungria (Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117); Heleno Cláudio Fragoso (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo adicionado) e Zaffaroni e Pierangelli (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 2011, pp. 434-435 – grifos adicionados). 16. A cognição empreendida nas instâncias originárias demonstrou que o paciente, ao lançar-se em práticas de expressiva periculosidade, em via pública, mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto no art. 18, inciso I, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ cuidou de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas, hipótese na qual gravitava o tema da imputabilidade, superada tradicionalmente na doutrina e na jurisprudência com a aplicação da teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. 12. A banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior naquele julgado, oportunidade em que se limitou a aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. 13. A precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada, é assertiva que não se depreende do julgado no HC nº 107801. 14. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra- se no elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de todas as circunstâncias objetivas do caso concreto, sendo certo que, em ambas as situações, ocorre a representação do resultado pelo agente. 15. Deveras, tratando-se de culpa consciente, o agente pratica o fato ciente de que o resultado lesivo, embora previsto por ele, não ocorrerá. Doutrina de Nelson Hungria (Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117); Heleno Cláudio Fragoso (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo adicionado) e Zaffaroni e Pierangelli (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 2011, pp. 434-435 – grifos adicionados). 16. A cognição empreendida nas instâncias originárias demonstrou que o paciente, ao lançar-se em práticas de expressiva periculosidade, em via pública, mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto no art. 18, inciso I, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 53 Ementa e Acórdão HC 101.698 / RJ segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). 17. A notória periculosidade dessas práticas de competições automobilísticas em vias públicas gerou a edição de legislação especial prevendo-as como crime autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: “Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:”. 18. O art. 308 do CTB é crime doloso de perigo concreto que, se concretizado em lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra- senso transmudar um delito doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Doutrina de José Marcos Marrone (Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76). 19. É cediço na Corte que, em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado “racha”, a conduta configura homicídio doloso. Precedentes: HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 24/10/2008; HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996. 20. A conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou “racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, impõe reconhecer a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. 21. A valoração jurídica do fato distingue-se da aferição do mesmo, por isso que o exame da presente questão não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático-probatório, mas importa em mera revaloração dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que viabiliza o conhecimento do habeas corpus. Precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. 22. Assente-se, por fim, que a alegação de que o Conselho de 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). 17. A notória periculosidade dessas práticas de competições automobilísticas em vias públicas gerou a edição de legislação especial prevendo-as como crime autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: “Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:”. 18. O art. 308 do CTB é crime doloso de perigo concreto que, se concretizado em lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra- senso transmudar um delito doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Doutrina de José Marcos Marrone (Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76). 19. É cediço na Corte que, em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado “racha”, a conduta configura homicídio doloso. Precedentes: HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 24/10/2008; HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996. 20. A conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou “racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, impõe reconhecer a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. 21. A valoração jurídica do fato distingue-se da aferição do mesmo, por isso que o exame da presente questão não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático-probatório, mas importa em mera revaloração dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que viabiliza o conhecimento do habeas corpus. Precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. 22. Assente-se, por fim, que a alegação de que o Conselho de 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 53 Ementa e Acórdão HC 101.698 / RJ Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, porquanto o que o Tribunal do Júri afastou com relação àquele foi o dolo ao responder negativamente ao quesito: “Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”, concluindo por prejudicado o quesito alusivo à participação em manobras perigosas. 23. Parecer do MPF pelo indeferimento da ordem. 24. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, porquanto o que o Tribunal do Júri afastou com relação àquele foi o dolo ao responder negativamente ao quesito: “Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”, concluindo por prejudicado o quesito alusivo à participação em manobras perigosas. 23. Parecer do MPF pelo indeferimento da ordem. 24. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539651. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 53 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) :HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça resumido na seguinte ementa, in verbis (fl. 197): HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO E LESÃO CORPORAL EM CONCURSO FORMAL NO TRÂNSITO (ARTS. 121, § 2o., I E 29, CAPUT, C⁄C 70, TODOS DO CPB). FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA DA DECISÃO DE PRONÚNCIA E INEXISTÊNCIA DE EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO QUE A CONFIRMOU. DECISÃO QUE SE LIMITOU A NOTICIAR O CRIME SUPOSTAMENTE PRATICADO PELO PACIENTE E APONTAR AS PROVAS QUE CORROBORAM A TESE ACUSATÓRIA. EXISTÊNCIA OU NÃO DE DOLO EVENTUAL NA CONDUTA A SER AFERIDA PELO TRIBUNAL DO JÚRI. QUESTÃO INVIÁVEL DE ANÁLISE EM HC, ANTE A INDISFARÇÁVEL NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. PRECEDENTES DO STJ. DECISÃO DE PRONÚNCIA MANTIDA EM TODOS OS SEUS TERMOS. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DO ACÓRDÃO PELA ALTERAÇÃO DO VOTO DE UMA DESEMBARGADORA. DECISÃO PROFERIDA POR UNANIMIDADE. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. 1.Na sentença de pronúncia, o Magistrado não pode proferir colocações incisivas e considerações condenatórias pessoais em relação ao réu nem se manifestar de forma Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) :HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça resumido na seguinte ementa, in verbis (fl. 197): HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO E LESÃO CORPORAL EM CONCURSO FORMAL NO TRÂNSITO (ARTS. 121, § 2o., I E 29, CAPUT, C⁄C 70, TODOS DO CPB). FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA DA DECISÃO DE PRONÚNCIA E INEXISTÊNCIA DE EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO QUE A CONFIRMOU. DECISÃO QUE SE LIMITOU A NOTICIAR O CRIME SUPOSTAMENTE PRATICADO PELO PACIENTE E APONTAR AS PROVAS QUE CORROBORAM A TESE ACUSATÓRIA. EXISTÊNCIA OU NÃO DE DOLO EVENTUAL NA CONDUTA A SER AFERIDA PELO TRIBUNAL DO JÚRI. QUESTÃO INVIÁVEL DE ANÁLISE EM HC, ANTE A INDISFARÇÁVEL NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. PRECEDENTES DO STJ. DECISÃO DE PRONÚNCIA MANTIDA EM TODOS OS SEUS TERMOS. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DO ACÓRDÃO PELA ALTERAÇÃO DO VOTO DE UMA DESEMBARGADORA. DECISÃO PROFERIDA POR UNANIMIDADE. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. 1.Na sentença de pronúncia, o Magistrado não pode proferir colocações incisivas e considerações condenatórias pessoais em relação ao réu nem se manifestar de forma Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 53 Relatório HC 101.698 / RJ conclusiva ao acolher o libelo ou rechaçar tese da defesa a ponto de subtrair a valoração do Jurados, sob pena de substituir-se ao Júri no julgamento do litígio 2.Entretanto, o comedimento desejado não pode ser tamanho a ponto de impedir que o Juiz não possa explicar seu convencimento quanto à existência de prova da materialidade e indícios suficientes da autoria. 3.In casu, o douto Magistrado, ao pronunciar o ora paciente, atentou-se aos limites de sobriedade impostos a fim de legitimar a segunda fase do processo, visto que apenas houve a notícia do delito pelo qual o paciente fora pronunciado, bem como indicação das provas existentes nos autos a dar suporte ao pleito acusatório e as qualificadoras apontadas. Também assim o fez o Tribunal ao avaliar, e confirmar, a retidão do decisum de primeiro grau. 4.Não há irregularidade na retratação oferecida por Desembargador - como alteração de seu posicionamento - componente do Órgão Colegiado competente para a apreciação do writ, mormente se a referida mudança ocorre sem interferir no resultado do provimento judicial, porquanto já operada a maioria para denegação do pleito. 5.A hipótese, não se mostra evidente, como pretende a impetração, de ausência de dolo eventual, existindo elementos probatórios nos autos aptos a sustentar a tese acusatória, qual seja, de que o paciente estava em alta velocidade e participando de competição automobilística não autorizada (racha); dessa forma, concluir, desde logo, em sentido contrário implicaria dilação probatória incompatível com o mandamus, além de usurpação da competência do Tribunal do Júri. 6.Ordem denegada, em consonância com o parecer ministerial. Consta nos autos que o paciente e corréu foram pronunciados como incursos nos arts. 121, § 2º, I (homicídio qualificado) e 129, caput (lesão corporal). Eis a fundamentação do decisum: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ conclusiva ao acolher o libelo ou rechaçar tese da defesa a ponto de subtrair a valoração do Jurados, sob pena de substituir-se ao Júri no julgamento do litígio 2.Entretanto, o comedimento desejado não pode ser tamanho a ponto de impedir que o Juiz não possa explicar seu convencimento quanto à existência de prova da materialidade e indícios suficientes da autoria. 3.In casu, o douto Magistrado, ao pronunciar o ora paciente, atentou-se aos limites de sobriedade impostos a fim de legitimar a segunda fase do processo, visto que apenas houve a notícia do delito pelo qual o paciente fora pronunciado, bem como indicação das provas existentes nos autos a dar suporte ao pleito acusatório e as qualificadoras apontadas. Também assim o fez o Tribunal ao avaliar, e confirmar, a retidão do decisum de primeiro grau. 4.Não há irregularidade na retratação oferecida por Desembargador - como alteração de seu posicionamento - componente do Órgão Colegiado competente para a apreciação do writ, mormente se a referida mudança ocorre sem interferir no resultado do provimento judicial, porquanto já operada a maioria para denegação do pleito. 5.A hipótese, não se mostra evidente, como pretende a impetração, de ausência de dolo eventual, existindo elementos probatórios nos autos aptos a sustentar a tese acusatória, qual seja, de que o paciente estava em alta velocidade e participando de competição automobilística não autorizada (racha); dessa forma, concluir, desde logo, em sentido contrário implicaria dilação probatória incompatível com o mandamus, além de usurpação da competência do Tribunal do Júri. 6.Ordem denegada, em consonância com o parecer ministerial. Consta nos autos que o paciente e corréu foram pronunciados como incursos nos arts. 121, § 2º, I (homicídio qualificado) e 129, caput (lesão corporal). Eis a fundamentação do decisum: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 53 Relatório HC 101.698 / RJ [...] É curial, nos crimes de competência do Tribunal do Júri, que a atividade jurisdicional do Órgão Monocrático há de circunscrever-se, no estágio do art. 408 do CPP, ao exame da admissibilidade do jus accusationis, recaindo especificamente sobre a verificação da existência do delito e indícios suficientes da autoria, devendo o Julgador obviar, tanto quanto possível, o excesso de linguagem e uma ilegítima valoração aprofundada da prova (STF, 1a. T, Rel. Min. Joaquim Barbosa, RHC 83986⁄RJ, julg. em 09.03.2004, DJU 30.04.2004, p. 51). No prumo dessa orientação, a materialidade de ambos os fatos imputados está positivada pelas peças de fls. 27⁄28, 29, 276⁄296 e demais elementos, contra os quais nada de sério e consistente restou oposto por qualquer das partes. Subsistem, outrossim, indícios suficientes de autoria, esta enfocada sob a angulação de concreto envolvimento no episódio factual, em desfavor de ambos os acusados. As declarações pessoais de fls. 87⁄89 e 120⁄122, escoltadas pela testemunhal de fls. 134⁄144, 152⁄153, 177⁄179, 184⁄190, 215⁄217, não deixam dúvida no particular. Em circunstâncias como tais, positivados os pressupostos do art. 408 do CPP, não há como subtrair da Corte Popular, autêntico juiz natural na hipótese, a análise de eventuais pretensões absolutória, desclassificatória ou referente à alguma causa de diminuição da reprimenda (RT 441⁄360; RT 504⁄338), ciente de que mesmo o estado de dubiedade, por ingerência do Princípio In Dubio Pro Societate, decerto inclina-se pela submissão da postulação acusatória à soberana deliberação plenária (TJERJ, Rel. Des. Ricardo Bustamante, 3a. Ccrim., RSE 2004.051.00170, julg. em 24.08.04). Outrossim, guardando a qualificadora imputada ressonância fática probatória mínima no acerto reunido nos autos, compete à Corte Popular, por identidade de razões, valorar finalisticamente a prova e emitir o derradeiro veredicto sobre o tema (TJERJ, Rel. Des. Francisco Jose de Asevedo, 4a. Ccrim., RSE 2003.051.00241, julg. Em 18.11.03; TJERJ, Rel. Des. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ [...] É curial, nos crimes de competência do Tribunal do Júri, que a atividade jurisdicional do Órgão Monocrático há de circunscrever-se, no estágio do art. 408 do CPP, ao exame da admissibilidade do jus accusationis, recaindo especificamente sobre a verificação da existência do delito e indícios suficientes da autoria, devendo o Julgador obviar, tanto quanto possível, o excesso de linguagem e uma ilegítima valoração aprofundada da prova (STF, 1a. T, Rel. Min. Joaquim Barbosa, RHC 83986⁄RJ, julg. em 09.03.2004, DJU 30.04.2004, p. 51). No prumo dessa orientação, a materialidade de ambos os fatos imputados está positivada pelas peças de fls. 27⁄28, 29, 276⁄296 e demais elementos, contra os quais nada de sério e consistente restou oposto por qualquer das partes. Subsistem, outrossim, indícios suficientes de autoria, esta enfocada sob a angulação de concreto envolvimento no episódio factual, em desfavor de ambos os acusados. As declarações pessoais de fls. 87⁄89 e 120⁄122, escoltadas pela testemunhal de fls. 134⁄144, 152⁄153, 177⁄179, 184⁄190, 215⁄217, não deixam dúvida no particular. Em circunstâncias como tais, positivados os pressupostos do art. 408 do CPP, não há como subtrair da Corte Popular, autêntico juiz natural na hipótese, a análise de eventuais pretensões absolutória, desclassificatória ou referente à alguma causa de diminuição da reprimenda (RT 441⁄360; RT 504⁄338), ciente de que mesmo o estado de dubiedade, por ingerência do Princípio In Dubio Pro Societate, decerto inclina-se pela submissão da postulação acusatória à soberana deliberação plenária (TJERJ, Rel. Des. Ricardo Bustamante, 3a. Ccrim., RSE 2004.051.00170, julg. em 24.08.04). Outrossim, guardando a qualificadora imputada ressonância fática probatória mínima no acerto reunido nos autos, compete à Corte Popular, por identidade de razões, valorar finalisticamente a prova e emitir o derradeiro veredicto sobre o tema (TJERJ, Rel. Des. Francisco Jose de Asevedo, 4a. Ccrim., RSE 2003.051.00241, julg. Em 18.11.03; TJERJ, Rel. Des. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 53 Relatório HC 101.698 / RJ Paulo Gomes, SER 69⁄92, DOERJ de 02.09.93, pte. III, p. 220) (fls. 31/32). Interposto recurso em sentido estrito pela defesa, este restou provido em um primeiro momento. No entanto, ante a ausência de intimação do assistência da acusação, o acórdão restou anulado, sendo submetido a novo julgamento em que desprovido o recurso, nos seguintes termos, in litteris (fls. 78-84): PRELIMINAR SUSCITADA: A fundamentação constante da sentença de pronúncia demonstra a existência de elementos que autorizam a submissão do recorrente a julgamento pelo Tribunal do Júri, que examinará as questões controvertidas. Não há prejulgamento algum. O que precisa ficar bem claro é que o simples fato de se tratar de homicídio resultante de acidente de trânsito não implica ser tal delito de natureza culposa, em havendo nos autos dados que comprovam a materialidade (auto de exame cadavérico às fls. 26 e verso e 27 e auto de exame de corpo de delito da vítima sobrevivente Thássia (fls. 29) e demonstram a existência de indícios suficientes de autoria do crime de homicídio doloso. A sentença de pronúncia, conforme preceitua o disposto no art. 408, caput do Código de Processo Penal deve restringir- se, sob pena de nulidade, à materialidade e aos indícios de autoria, porque se trata de mero juízo de admissibilidade da acusação. Não cabe aprofundado exame do contexto probatório. No caso, a sentença atacada foi proferida com estrita observância da norma processual, fundamentando-se em elementos probatórios suficientes para pronunciar o réu, como seu interrogatório, os depoimentos das testemunhas (todas presenciais), sem falar do laudo pericial oficial que responsabiliza o recorrente como causador do evento, “por desenvolver velocidade incompatível que empreendia ao veículo Corsa que conduzia, com falta de atenção e cautela”. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ Paulo Gomes, SER 69⁄92, DOERJ de 02.09.93, pte. III, p. 220) (fls. 31/32). Interposto recurso em sentido estrito pela defesa, este restou provido em um primeiro momento. No entanto, ante a ausência de intimação do assistência da acusação, o acórdão restou anulado, sendo submetido a novo julgamento em que desprovido o recurso, nos seguintes termos, in litteris (fls. 78-84): PRELIMINAR SUSCITADA: A fundamentação constante da sentença de pronúncia demonstra a existência de elementos que autorizam a submissão do recorrente a julgamento pelo Tribunal do Júri, que examinará as questões controvertidas. Não há prejulgamento algum. O que precisa ficar bem claro é que o simples fato de se tratar de homicídio resultante de acidente de trânsito não implica ser tal delito de natureza culposa, em havendo nos autos dados que comprovam a materialidade (auto de exame cadavérico às fls. 26 e verso e 27 e auto de exame de corpo de delito da vítima sobrevivente Thássia (fls. 29) e demonstram a existência de indícios suficientes de autoria do crime de homicídio doloso. A sentença de pronúncia, conforme preceitua o disposto no art. 408, caput do Código de Processo Penal deve restringir- se, sob pena de nulidade, à materialidade e aos indícios de autoria, porque se trata de mero juízo de admissibilidade da acusação. Não cabe aprofundado exame do contexto probatório. No caso, a sentença atacada foi proferida com estrita observância da norma processual, fundamentando-se em elementos probatórios suficientes para pronunciar o réu, como seu interrogatório, os depoimentos das testemunhas (todas presenciais), sem falar do laudo pericial oficial que responsabiliza o recorrente como causador do evento, “por desenvolver velocidade incompatível que empreendia ao veículo Corsa que conduzia, com falta de atenção e cautela”. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 53 Relatório HC 101.698 / RJ Como o exame dos autos leva à conclusão de tratar-se de crime doloso contra a vida, o julgamento do réu pelo Tribunal do Júri somente não poderia ocorrer se fosse contrariada pelas provas coligidas.. [...] NO MÉRITO O inconformismo do recorrente não merece acolhimento. A Sentença de Pronúncia mostra-se correta e dentro dos parâmetros legais. Examinados minuciosamente os autos da ação penal, surgem indícios do cometimento de delito de homicídio doloso. Embora a parte recorrente negue peremptoriamente que tenha agido consciente dos riscos a outrem que sua conduta significava, é certo que seu proceder reveste-se das características realizadoras do Dolo Eventual. Informam os autos que a morte de uma jovem de apenas 17 anos resultou da ação de dois jovens que conduziam seus respectivos veículos em alta velocidade, numa corrida claramente ilícita, e atingiram a motocicleta em que viajava a vítima fatal, arremessada a metros de distância do local do impacto, caindo sob o veículo Corsa de cor verde, vindo a falecer. A defesa do recorrente bate-se pelo reconhecimento da modalidade culposa do homicídio, buscando a desclassificação de modalidade dolosa de homicídio reconhecida na sentença aqui guerreada. Mas é certo: a pretendida desclassificação para homicídio culposo somente mereceria acolhida se lastreada em indícios que isto comprovasse. Não é demais lembrar que, no iudicium accusationis, mesmo se houvesse dúvida quanto ao elemento subjetivo, esta dúvida não favoreceria o réu, ante o correto princípio in dubio pro societate. O dolo eventual resta bem evidenciado a partir das circunstâncias positivas nos autos. O “pega” ou “racha” (comportamento que as testemunhas presenciais do acidente atribuem, sem dúvida, ao recorrente de nome Thiago que 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ Como o exame dos autos leva à conclusão de tratar-se de crime doloso contra a vida, o julgamento do réu pelo Tribunal do Júri somente não poderia ocorrer se fosse contrariada pelas provas coligidas.. [...] NO MÉRITO O inconformismo do recorrente não merece acolhimento. A Sentença de Pronúncia mostra-se correta e dentro dos parâmetros legais. Examinados minuciosamente os autos da ação penal, surgem indícios do cometimento de delito de homicídio doloso. Embora a parte recorrente negue peremptoriamente que tenha agido consciente dos riscos a outrem que sua conduta significava, é certo que seu proceder reveste-se das características realizadoras do Dolo Eventual. Informam os autos que a morte de uma jovem de apenas 17 anos resultou da ação de dois jovens que conduziam seus respectivos veículos em alta velocidade, numa corrida claramente ilícita, e atingiram a motocicleta em que viajava a vítima fatal, arremessada a metros de distância do local do impacto, caindo sob o veículo Corsa de cor verde, vindo a falecer. A defesa do recorrente bate-se pelo reconhecimento da modalidade culposa do homicídio, buscando a desclassificação de modalidade dolosa de homicídio reconhecida na sentença aqui guerreada. Mas é certo: a pretendida desclassificação para homicídio culposo somente mereceria acolhida se lastreada em indícios que isto comprovasse. Não é demais lembrar que, no iudicium accusationis, mesmo se houvesse dúvida quanto ao elemento subjetivo, esta dúvida não favoreceria o réu, ante o correto princípio in dubio pro societate. O dolo eventual resta bem evidenciado a partir das circunstâncias positivas nos autos. O “pega” ou “racha” (comportamento que as testemunhas presenciais do acidente atribuem, sem dúvida, ao recorrente de nome Thiago que 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 53 Relatório HC 101.698 / RJ conduza o veículo Corsa, de cor verde) é conduta de risco incompatível com a atividade de direção no trânsito. Embora neste recurso a defesa negue tivesse Thiago ingerido bebida alcoólica, há a menção por testemunhas de haver no veículo Corsa (conduzido pelo recorrente Thiago) garrafas de cerveja vazias ou quebradas, inclusive no banco dianteiro, informando ainda ditas testemunhas que seu hálito evidenciava a ingestão de bebida alcoólica. Vejamos a testemunhal, neste particular: (...). Como se vê há unanimidade entre as testemunhas presenciais do doloroso fato quanto a estar Thiago conduzindo o veículo Corsa de cor verde, em evidente disputa com o veículo Passat conduzido pelo co-réu Bruno, sendo certa a presença de garrafas de cerveja no interior do tal veículo. Daí a pretendida desclassificação para delito culposo não encontra respaldo nos indícios presentes dos autos. A participação tanto do ora recorrente, como do corréu, no dramático fato de que resultou a morte de uma jovem que tranquilamente conduzia sua motoneta, enquanto Thiago desenvolvendo alta velocidade, disputava, sem dúvida, a corrida conhecida como “racha” ou “pega”, é certa, dizem as testemunhas. Caberá aos Jurados decidir. Eventual dúvida sobre a real dinâmica do doloroso evento, pode ser esclarecida pela conclusão do laudo elaborado pelo órgão oficial, isento de qualquer tendência juntado às fls. 276 a 290. E ainda o outro laudo oficial, realizado no mesmo dia e no local dos fatos, juntado às fls. 38 a 42, instruída com fotogramas de fls. 43 a 49, conclui: “...indicando que estes veículos trafegavam em velocidade superior à permitida no trecho, pela lesgislação vigente.” Outra alegação trazida no recurso é a negativa pelo recorrente de que tivesse ingerido bebida alocoólica, escorando- se na conclusão negativa do Auto de Exame de Embriaguez jutado às fls. 29 vº e 30: mas relevante a circunstância de que o 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ conduza o veículo Corsa, de cor verde) é conduta de risco incompatível com a atividade de direção no trânsito. Embora neste recurso a defesa negue tivesse Thiago ingerido bebida alcoólica, há a menção por testemunhas de haver no veículo Corsa (conduzido pelo recorrente Thiago) garrafas de cerveja vazias ou quebradas, inclusive no banco dianteiro, informando ainda ditas testemunhas que seu hálito evidenciava a ingestão de bebida alcoólica. Vejamos a testemunhal, neste particular: (...). Como se vê há unanimidade entre as testemunhas presenciais do doloroso fato quanto a estar Thiago conduzindo o veículo Corsa de cor verde, em evidente disputa com o veículo Passat conduzido pelo co-réu Bruno, sendo certa a presença de garrafas de cerveja no interior do tal veículo. Daí a pretendida desclassificação para delito culposo não encontra respaldo nos indícios presentes dos autos. A participação tanto do ora recorrente, como do corréu, no dramático fato de que resultou a morte de uma jovem que tranquilamente conduzia sua motoneta, enquanto Thiago desenvolvendo alta velocidade, disputava, sem dúvida, a corrida conhecida como “racha” ou “pega”, é certa, dizem as testemunhas. Caberá aos Jurados decidir. Eventual dúvida sobre a real dinâmica do doloroso evento, pode ser esclarecida pela conclusão do laudo elaborado pelo órgão oficial, isento de qualquer tendência juntado às fls. 276 a 290. E ainda o outro laudo oficial, realizado no mesmo dia e no local dos fatos, juntado às fls. 38 a 42, instruída com fotogramas de fls. 43 a 49, conclui: “...indicando que estes veículos trafegavam em velocidade superior à permitida no trecho, pela lesgislação vigente.” Outra alegação trazida no recurso é a negativa pelo recorrente de que tivesse ingerido bebida alocoólica, escorando- se na conclusão negativa do Auto de Exame de Embriaguez jutado às fls. 29 vº e 30: mas relevante a circunstância de que o 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 53 Relatório HC 101.698 / RJ fato criminoso ocrrera às 15:30 horas e o exame fora realizado às 22:45 horas! O que os indícios reunidos nos autos demonstram é que Thiago e Bruno voluntariamente disputavam uma corrida, assumindo amplamente o risco de causarem um acidente de conseqüências trágicas (o que lamentavelmente acabou ocorrendo), e poderiam ter sido eles próprios as vítimas fatais. Ou seja, o risco de causar o resultado trágico foi assumido por ambos os motoristas, o que, s.m.j., caracteriza o denominado dolo eventual. [...] Daí a impetração de habeas corpus perante o STJ, alfim denegado. Neste writ, alega-se: a) falta de fundamentação da sentença de pronúncia; b) alteração do Colegiado, substituição de relatores e indevida contradição no voto pelo desprovimento proferido pela Des. Fátima Clemente no segundo julgamento do recurso em sentido estrito, uma vez que no primeiro votara pelo provimento; c) excesso de linguagem do acórdão que confirmou a pronúncia; d) ausência de dolo eventual e configuração de homicídio culposo. Requer a reforma do acórdão que implicou a confirmação da pronúncia a fim de determinar o julgamento do paciente pelo Juízo singular pela prática do crime definido no Código de Trânsito Brasileiro, excluindo-se dos autos o acórdão. A liminar foi indeferida pelo min. Eros Grau (fl. 95). O parecer do Ministério Público Federal, pela denegação da ordem, foi sintetizado na ementa: PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO SIMPLES E LESÃO CORPORAL EM CONCURSO FORMAL NO TRÂNSITO. CP, ARTS. 121, 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ fato criminoso ocrrera às 15:30 horas e o exame fora realizado às 22:45 horas! O que os indícios reunidos nos autos demonstram é que Thiago e Bruno voluntariamente disputavam uma corrida, assumindo amplamente o risco de causarem um acidente de conseqüências trágicas (o que lamentavelmente acabou ocorrendo), e poderiam ter sido eles próprios as vítimas fatais. Ou seja, o risco de causar o resultado trágico foi assumido por ambos os motoristas, o que, s.m.j., caracteriza o denominado dolo eventual. [...] Daí a impetração de habeas corpus perante o STJ, alfim denegado. Neste writ, alega-se: a) falta de fundamentação da sentença de pronúncia; b) alteração do Colegiado, substituição de relatores e indevida contradição no voto pelo desprovimento proferido pela Des. Fátima Clemente no segundo julgamento do recurso em sentido estrito, uma vez que no primeiro votara pelo provimento; c) excesso de linguagem do acórdão que confirmou a pronúncia; d) ausência de dolo eventual e configuração de homicídio culposo. Requer a reforma do acórdão que implicou a confirmação da pronúncia a fim de determinar o julgamento do paciente pelo Juízo singular pela prática do crime definido no Código de Trânsito Brasileiro, excluindo-se dos autos o acórdão. A liminar foi indeferida pelo min. Eros Grau (fl. 95). O parecer do Ministério Público Federal, pela denegação da ordem, foi sintetizado na ementa: PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO SIMPLES E LESÃO CORPORAL EM CONCURSO FORMAL NO TRÂNSITO. CP, ARTS. 121, 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 53 Relatório HC 101.698 / RJ CAPUT, E 29, CAPUT, C/C ART. 70. SENTENÇA DE PRONÚNCIA. MERO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE. MOTIVAÇÃO SUFICIENTE. CONVENCIMENTO DO JUÍZO SINGULAR ACERCA DAS PROVAS MATERIAIS DOS DELITOS E DA PRESENÇA DE FORTES INDÍCIOS DE AUTORIA. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. DECRETO CONFIRMADO: NOVA DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS MÍNIMOS PARA SUBMISSÃO DO RÉU A JULGAMENTO PELO TRIBUNAL POPULAR. EXCESSO DE LINGUAGEM NÃO CONFIGURADO. CIRCUNSTÂNCIAS QUE DEMONSTRAM A APARÊNCIA DE DOLO EVENTUAL. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DO ACÓRDÃO PELA MODIFICAÇÃO DO VOTO DE UMA DESEMBARGADORA. DECISÃO PROFERIDA POR UNANIMIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO PARA HOMICÍDIO CULPOSO. NECESSIDADE DE EXAME APROFUNDADO E MINUCIOSO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. VIA INADEQUADA. - Parecer pelo indeferimento da ordem. O Juízo informou que o paciente, levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, restou condenado às penas de reclusão de 7 anos e inabilitação para dirigir veículo automotor por 5 anos (fl. 276). O paciente formalizou a petição de fls. 291-294, ressaltando a contradição na sentença condenatória, porque reconheceu-se que o corréu Bruno agiu apenas culposamente porque não praticava “pega” ou “racha”, ao contrário do que concluiu quanto ao paciente. Ante os novos elementos, foi colhida nova manifestação do MPF, que ratificou os termos do parecer anterior. É o relatório. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ CAPUT, E 29, CAPUT, C/C ART. 70. SENTENÇA DE PRONÚNCIA. MERO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE. MOTIVAÇÃO SUFICIENTE. CONVENCIMENTO DO JUÍZO SINGULAR ACERCA DAS PROVAS MATERIAIS DOS DELITOS E DA PRESENÇA DE FORTES INDÍCIOS DE AUTORIA. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. DECRETO CONFIRMADO: NOVA DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS MÍNIMOS PARA SUBMISSÃO DO RÉU A JULGAMENTO PELO TRIBUNAL POPULAR. EXCESSO DE LINGUAGEM NÃO CONFIGURADO. CIRCUNSTÂNCIAS QUE DEMONSTRAM A APARÊNCIA DE DOLO EVENTUAL. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DO ACÓRDÃO PELA MODIFICAÇÃO DO VOTO DE UMA DESEMBARGADORA. DECISÃO PROFERIDA POR UNANIMIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO PARA HOMICÍDIO CULPOSO. NECESSIDADE DE EXAME APROFUNDADO E MINUCIOSO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. VIA INADEQUADA. - Parecer pelo indeferimento da ordem. O Juízo informou que o paciente, levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, restou condenado às penas de reclusão de 7 anos e inabilitação para dirigir veículo automotor por 5 anos (fl. 276). O paciente formalizou a petição de fls. 291-294, ressaltando a contradição na sentença condenatória, porque reconheceu-se que o corréu Bruno agiu apenas culposamente porque não praticava “pega” ou “racha”, ao contrário do que concluiu quanto ao paciente. Ante os novos elementos, foi colhida nova manifestação do MPF, que ratificou os termos do parecer anterior. É o relatório. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539652. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 53 Explicação 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) :HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EXPLICAÇÃO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Senhora Presidente, egrégia Turma, ilustre Representante do Ministério Público, excelentíssimo Doutor Herval Bazílio, senhores Advogados presentes, antes de iniciar a votação, não poderia deixar de consignar que iniciei como promotor de justiça aos vinte e três anos e, desde aquela época, admiro a aptidão e o brilho do Doutor Herval Bazílio como Defensor Público no exercício da tribuna do júri nas varas criminais, sempre com muita higidez intelectual, muita habilidade. Verifico que Sua Excelência, com decorrer dos anos, a cada vez, torna-se melhor, para gáudio dos seus discípulos de sempre. Depois, eu fui para a magistratura e, aí, evidentemente, que decidi os casos que o eminente Doutor Herval Bazílio sustentava. Verifico agora, também, que, mais uma vez, ele traz razão e emoção na sua digressão e foi assim que nós aprendemos realmente a trabalhar. Da mesma maneira, Senhora Presidente, que o eminente Advogado se emociona ao tratar do tema, porquanto persegue essa exoneração do seu constituinte, também confesso que, pela minha formação judicante, quando me deparei com esses autos, pude depreender duas questões muito claras: uma, de natureza humana, e outra, de natureza formal. A de natureza formal, mais simples, é a de que aqui a nossa Turma teve a oportunidade de inaugurar a tese de que, nem sempre, num acidente de trânsito, trata-se de um crime doloso e de que, pelo contrário, o crime, em regra, é culposo. Agora também não se pode negar - e já assistimos a diversos eventos televisivos - que pessoas se lançam em tarefas de pegas e de rachas e, às vezes, acabam causando mortes em Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1562278. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) :HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EXPLICAÇÃO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Senhora Presidente, egrégia Turma, ilustre Representante do Ministério Público, excelentíssimo Doutor Herval Bazílio, senhores Advogados presentes, antes de iniciar a votação, não poderia deixar de consignar que iniciei como promotor de justiça aos vinte e três anos e, desde aquela época, admiro a aptidão e o brilho do Doutor Herval Bazílio como Defensor Público no exercício da tribuna do júri nas varas criminais, sempre com muita higidez intelectual, muita habilidade. Verifico que Sua Excelência, com decorrer dos anos, a cada vez, torna-se melhor, para gáudio dos seus discípulos de sempre. Depois, eu fui para a magistratura e, aí, evidentemente, que decidi os casos que o eminente Doutor Herval Bazílio sustentava. Verifico agora, também, que, mais uma vez, ele traz razão e emoção na sua digressão e foi assim que nós aprendemos realmente a trabalhar. Da mesma maneira, Senhora Presidente, que o eminente Advogado se emociona ao tratar do tema, porquanto persegue essa exoneração do seu constituinte, também confesso que, pela minha formação judicante, quando me deparei com esses autos, pude depreender duas questões muito claras: uma, de natureza humana, e outra, de natureza formal. A de natureza formal, mais simples, é a de que aqui a nossa Turma teve a oportunidade de inaugurar a tese de que, nem sempre, num acidente de trânsito, trata-se de um crime doloso e de que, pelo contrário, o crime, em regra, é culposo. Agora também não se pode negar - e já assistimos a diversos eventos televisivos - que pessoas se lançam em tarefas de pegas e de rachas e, às vezes, acabam causando mortes em Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1562278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 53 Explicação HC 101.698 / RJ série. E, naqueles casos específicos, evidentemente que não se revela o mesmo panorama que nós aqui admitimos quando há um acidente de trânsito, ainda que a parte tenha ingerido bebida alcoólica, porquanto dolo é dolo. Então, num pega, num racha, claro, há sempre um risco de assumir um resultado danoso. Agora, na direção, na condução de um veículo com ingestão de bebida um pouco acima do nível permitido, evidentemente que a figura se transmuda, muito embora, hoje ainda, nos jornais, haja um movimento nacional pela criminalização mais grave desses delitos de trânsito em razão de ingestão de bebida alcoólica. Mas aqui a hipótese que estamos julgando - e é muito importante nos adstringirmos a isso, porque não estamos julgando aquilo que o júri levou em consideração, mas uma pronúncia em relação a qual a parte alega excesso de linguagem - é a de que a juíza prolatora do primeiro julgamento não poderia mudar de opinião após anulado o julgamento antecedente e que, efetivamente, não ocorrera dolo eventual. O lado humano que me chama a atenção - assim como chama ao ilustre Advogado com relação ao paciente - é o de que - informa os autos -, naquela oportunidade, houve a morte de uma jovem de apenas dezessete anos. E essa morte, segundo consta da análise do mérito, que é insindicável nessa linha estreita do writ - principalmente pelas matérias alegadas -, anota-se, nas esferas de cognição plenária, que essa jovem foi vítima de uma aventura desmedida de dois jovens, que conduziam seus respectivos veículos em alta velocidade numa corrida claramente ilícita, e acabaram atingindo a motocicleta em que viajava a vítima fatal, a qual foi arremessada a metros de distância do local do impacto, caindo sobre um veículo e vindo a falecer. Apenas uma colocação trivial: pode haver um pega entre dois carros como pode haver também haver um pega de um carro que persiga o outro carro, e este carro único é autor do ato considerado imputável. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1562278. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ série. E, naqueles casos específicos, evidentemente que não se revela o mesmo panorama que nós aqui admitimos quando há um acidente de trânsito, ainda que a parte tenha ingerido bebida alcoólica, porquanto dolo é dolo. Então, num pega, num racha, claro, há sempre um risco de assumir um resultado danoso. Agora, na direção, na condução de um veículo com ingestão de bebida um pouco acima do nível permitido, evidentemente que a figura se transmuda, muito embora, hoje ainda, nos jornais, haja um movimento nacional pela criminalização mais grave desses delitos de trânsito em razão de ingestão de bebida alcoólica. Mas aqui a hipótese que estamos julgando - e é muito importante nos adstringirmos a isso, porque não estamos julgando aquilo que o júri levou em consideração, mas uma pronúncia em relação a qual a parte alega excesso de linguagem - é a de que a juíza prolatora do primeiro julgamento não poderia mudar de opinião após anulado o julgamento antecedente e que, efetivamente, não ocorrera dolo eventual. O lado humano que me chama a atenção - assim como chama ao ilustre Advogado com relação ao paciente - é o de que - informa os autos -, naquela oportunidade, houve a morte de uma jovem de apenas dezessete anos. E essa morte, segundo consta da análise do mérito, que é insindicável nessa linha estreita do writ - principalmente pelas matérias alegadas -, anota-se, nas esferas de cognição plenária, que essa jovem foi vítima de uma aventura desmedida de dois jovens, que conduziam seus respectivos veículos em alta velocidade numa corrida claramente ilícita, e acabaram atingindo a motocicleta em que viajava a vítima fatal, a qual foi arremessada a metros de distância do local do impacto, caindo sobre um veículo e vindo a falecer. Apenas uma colocação trivial: pode haver um pega entre dois carros como pode haver também haver um pega de um carro que persiga o outro carro, e este carro único é autor do ato considerado imputável. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1562278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO V O T O PENAL E PROCESSO PENAL. CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. HOMICÍDIO. “PEGA” OU “RACHA” EM VIA MOVIMENTADA. DOLO EVENTUAL. PRONÚNCIA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ALTERAÇÃO DE ENTENDIMENTO DE DESEMBARGADORA NO SEGUNDO JULGAMENTO DO MESMO RECURSO, ANTE A ANULAÇÃO DO PRIMEIRO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA NÃO CONFIGURADO. DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE. PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA EM VIA PÚBLICA MOVIMENTADA. FATOS ASSENTADOS NA ORIGEM. ASSENTIMENTO QUE SE DESSUME DAS CIRCUNSTÂNCIAS. DOLO EVENTUAL CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. REVALORAÇÃO DOS FATOS. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus impetrado como substitutivo de recurso ordinário revela sua Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO V O T O PENAL E PROCESSO PENAL. CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. HOMICÍDIO. “PEGA” OU “RACHA” EM VIA MOVIMENTADA. DOLO EVENTUAL. PRONÚNCIA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ALTERAÇÃO DE ENTENDIMENTO DE DESEMBARGADORA NO SEGUNDO JULGAMENTO DO MESMO RECURSO, ANTE A ANULAÇÃO DO PRIMEIRO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA NÃO CONFIGURADO. DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE. PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA EM VIA PÚBLICA MOVIMENTADA. FATOS ASSENTADOS NA ORIGEM. ASSENTIMENTO QUE SE DESSUME DAS CIRCUNSTÂNCIAS. DOLO EVENTUAL CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. REVALORAÇÃO DOS FATOS. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus impetrado como substitutivo de recurso ordinário revela sua Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ utilização promíscua e deve ser combatido, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais quando não há teratologia a eliminar, como no caso sub judice. I - DA ALEGADA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA 2. A fundamentação da sentença de pronúncia deve observar os limites inerentes ao juízo de admissibilidade da acusação, restringindo-se a declinar as razões para o convencimento acerca da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; AI 458072-ED/CE rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009; RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009. 3. A fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia encontra-se no art. 413, § 1º do CPP, na redação da Lei nº 11.689/2008, que aperfeiçoou a redação outrora disposta no art. 408 do CPP, atentando para o problema do excesso de linguagem discutido amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese. 4. In casu, o Juízo pronunciante acautelou-se o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, e indicou os elementos que motivaram o seu 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ utilização promíscua e deve ser combatido, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais quando não há teratologia a eliminar, como no caso sub judice. I - DA ALEGADA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA 2. A fundamentação da sentença de pronúncia deve observar os limites inerentes ao juízo de admissibilidade da acusação, restringindo-se a declinar as razões para o convencimento acerca da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; AI 458072-ED/CE rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009; RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009. 3. A fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia encontra-se no art. 413, § 1º do CPP, na redação da Lei nº 11.689/2008, que aperfeiçoou a redação outrora disposta no art. 408 do CPP, atentando para o problema do excesso de linguagem discutido amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese. 4. In casu, o Juízo pronunciante acautelou-se o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, e indicou os elementos que motivaram o seu 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de autoria, apontando peças, declarações e testemunhos, por isso que a fundamentação declinada mostrou-se robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. II - NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA 5. O sistema do livre convencimento motivado ou da persuasão racional permite ao magistrado revelar o seu convencimento sobre as provas dos autos livremente, desde que demonstre o raciocínio desenvolvido. 6. Verificada a anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação do Órgão Julgador. 7. Utile per inutile non vitiatur, por isso que ainda que a Desembargadora tivesse mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de autoria, apontando peças, declarações e testemunhos, por isso que a fundamentação declinada mostrou-se robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. II - NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA 5. O sistema do livre convencimento motivado ou da persuasão racional permite ao magistrado revelar o seu convencimento sobre as provas dos autos livremente, desde que demonstre o raciocínio desenvolvido. 6. Verificada a anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação do Órgão Julgador. 7. Utile per inutile non vitiatur, por isso que ainda que a Desembargadora tivesse mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” III - EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA 8. A Lei nº 11.689/08, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados, fragilizando sobremaneira a tese do excesso de linguagem da pronúncia, uma vez que a referência a tais atos, na sessão do Júri, gera nulidade que pode ser alegada oportunamente pela defesa. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009. 9. In casu, a fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes à espécie de provimento jurisdicional, assentando a comprovação da materialidade do fato e dos indícios suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” III - EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA 8. A Lei nº 11.689/08, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados, fragilizando sobremaneira a tese do excesso de linguagem da pronúncia, uma vez que a referência a tais atos, na sessão do Júri, gera nulidade que pode ser alegada oportunamente pela defesa. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009. 9. In casu, a fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes à espécie de provimento jurisdicional, assentando a comprovação da materialidade do fato e dos indícios suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ 10. O aprofundamento maior no exame das provas, no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito praticado com dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável repercussão sobre o status libertatis do paciente cumpre o postulado constitucional da motivação das decisões judiciais. É que, para afastar a competência do Tribunal do Júri, faz-se mister um juízo de certeza acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de Oliveira: “O que se espera dele [juiz] é o exame do material probatório ali produzido, especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase.” (Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576) IV – ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO 11. O caso sub judice distingue-se daquele revelado no julgamento do HC nº 107801 (rel. min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJ de 13/10/2011), que cuidou de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas, hipótese na qual gravitava o tema da imputabilidade, superada tradicionalmente na doutrina e na 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ 10. O aprofundamento maior no exame das provas, no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito praticado com dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável repercussão sobre o status libertatis do paciente cumpre o postulado constitucional da motivação das decisões judiciais. É que, para afastar a competência do Tribunal do Júri, faz-se mister um juízo de certeza acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de Oliveira: “O que se espera dele [juiz] é o exame do material probatório ali produzido, especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase.” (Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576) IV – ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO 11. O caso sub judice distingue-se daquele revelado no julgamento do HC nº 107801 (rel. min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJ de 13/10/2011), que cuidou de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas, hipótese na qual gravitava o tema da imputabilidade, superada tradicionalmente na doutrina e na 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ jurisprudência com a aplicação da teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. 12. A banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior naquele julgado, oportunidade em que se limitou a aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. 13. A precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada, é assertiva que não se depreende do julgado no HC nº 107801. 14. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra-se no elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de todas as circunstâncias objetivas do caso concreto, sendo certo que, em ambas as situações, ocorre a representação do resultado pelo agente. 15. Deveras, tratando-se de culpa consciente, o agente pratica o fato ciente de que o resultado lesivo, embora previsto por 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ jurisprudência com a aplicação da teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. 12. A banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior naquele julgado, oportunidade em que se limitou a aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. 13. A precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada, é assertiva que não se depreende do julgado no HC nº 107801. 14. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra-se no elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de todas as circunstâncias objetivas do caso concreto, sendo certo que, em ambas as situações, ocorre a representação do resultado pelo agente. 15. Deveras, tratando-se de culpa consciente, o agente pratica o fato ciente de que o resultado lesivo, embora previsto por 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ ele, não ocorrerá. Doutrina de Nelson Hungria (Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117); Heleno Cláudio Fragoso (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo adicionado) e Zaffaroni e Pierangelli (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 2011, pp. 434-435 – grifos adicionados). 16. A cognição empreendida nas instâncias originárias demonstrou que o paciente, ao lançar-se em práticas de expressiva periculosidade, em via pública, mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto no art. 18, inciso I, segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). 17. A notória periculosidade dessas práticas de competições automobilísticas em vias públicas gerou a edição de legislação especial prevendo-as como crime autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: “Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:”. 18. O art. 308 do CTB é crime doloso de perigo concreto que, se concretizado em 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ ele, não ocorrerá. Doutrina de Nelson Hungria (Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117); Heleno Cláudio Fragoso (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo adicionado) e Zaffaroni e Pierangelli (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 2011, pp. 434-435 – grifos adicionados). 16. A cognição empreendida nas instâncias originárias demonstrou que o paciente, ao lançar-se em práticas de expressiva periculosidade, em via pública, mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto no art. 18, inciso I, segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). 17. A notória periculosidade dessas práticas de competições automobilísticas em vias públicas gerou a edição de legislação especial prevendo-as como crime autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: “Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:”. 18. O art. 308 do CTB é crime doloso de perigo concreto que, se concretizado em 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra- senso transmudar um delito doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Doutrina de José Marcos Marrone (Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76). 19. É cediço na Corte que, em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado “racha”, a conduta configura homicídio doloso. Precedentes: HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 24/10/2008; HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996. 20. A conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou “racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, impõe reconhecer a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. 21. A valoração jurídica do fato distingue-se da aferição do mesmo, por isso que o exame da presente questão não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático- probatório, mas importa em mera revaloração dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que viabiliza o conhecimento do habeas corpus. Precedentes: HC 96.820/SP, 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra- senso transmudar um delito doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Doutrina de José Marcos Marrone (Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76). 19. É cediço na Corte que, em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado “racha”, a conduta configura homicídio doloso. Precedentes: HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 24/10/2008; HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996. 20. A conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou “racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, impõe reconhecer a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. 21. A valoração jurídica do fato distingue-se da aferição do mesmo, por isso que o exame da presente questão não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático- probatório, mas importa em mera revaloração dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que viabiliza o conhecimento do habeas corpus. Precedentes: HC 96.820/SP, 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. 22. Assente-se, por fim, que a alegação de que o Conselho de Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, porquanto o que o Tribunal do Júri afastou com relação àquele foi o dolo ao responder negativamente ao quesito: “Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”, concluindo por prejudicado o quesito alusivo à participação em manobras perigosas. 22. Parecer do MPF pelo indeferimento da ordem. 23. Ordem denegada. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, nota-se que este habeas corpus é substitutivo de recurso ordinário. Tal utilização promíscua do writ deve ser combatida, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais quando não há teratologia a eliminar. No mérito, passo a analisar as causas de pedir desta impetração. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA Alega-se que a decisão de pronúncia não restou suficientemente fundamentada, demonstrando motivação genérica que serviria a qualquer processo. A fundamentação da sentença de pronúncia deve observar os limites inerentes ao juízo de admissibilidade da acusação, restringindo-se a declinar as razões para o convencimento acerca da materialidade do fato 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. 22. Assente-se, por fim, que a alegação de que o Conselho de Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, porquanto o que o Tribunal do Júri afastou com relação àquele foi o dolo ao responder negativamente ao quesito: “Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”, concluindo por prejudicado o quesito alusivo à participação em manobras perigosas. 22. Parecer do MPF pelo indeferimento da ordem. 23. Ordem denegada. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, nota-se que este habeas corpus é substitutivo de recurso ordinário. Tal utilização promíscua do writ deve ser combatida, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais quando não há teratologia a eliminar. No mérito, passo a analisar as causas de pedir desta impetração. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA Alega-se que a decisão de pronúncia não restou suficientemente fundamentada, demonstrando motivação genérica que serviria a qualquer processo. A fundamentação da sentença de pronúncia deve observar os limites inerentes ao juízo de admissibilidade da acusação, restringindo-se a declinar as razões para o convencimento acerca da materialidade do fato 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ e de indícios suficientes de autoria. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. HOMICÍDIO (ART. 121 DO CP). RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. SENTENÇA DE PRONÚNCIA CONFIRMADA. ART. 413 DO CPP. JUÍZO PROVISÓRIO SOBRE A PROBABILIDADE DA ACUSAÇÃO MINISTERIAL PÚBLICA. ALEGADO EXCESSO VERNACULAR. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. 1. Na pronúncia, o dever de fundamentação imposto ao magistrado é de ser cumprido dentro de limites estreitos. Fundamentação que é de se restringir à comprovação da materialidade do fato criminoso e à indicação dos indícios da autoria delitiva. Tudo o mais, todas as teses defensivas, todos os elementos de prova já coligidos hão de ser sopesados pelo próprio Conselho de Sentença, que é soberano em tema de crimes dolosos contra a vida. 2. É vedado ao juízo de pronúncia o exame conclusivo dos elementos probatórios constantes dos autos. Além de se esperar que esse juízo pronunciante seja externado em linguagem sóbria, comedida, para que os jurados não sofram nenhuma influência na formação do seu convencimento. É dizer: o Conselho de Sentença deve mesmo desfrutar de total independência no exercício de seu múnus constitucional. 3. No caso, o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao confirmar a sentença de pronúncia, não incorreu em exagero vernacular. Acórdão que se limitou a demonstrar a impossibilidade de absolvição sumária do paciente, rechaçando a tese de que o acusado agiu em estrito cumprimento do dever legal. 4. Acresce que as partes não poderão fazer, em Plenário, referências ao conteúdo tanto da pronúncia quanto das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação (art. 478 do CPP, na redação dada pela Lei nº 11.689/08). O que significa dizer que não será possível uma indevida influência ao Tribunal Popular. Precedente: HC 86.414, da relatoria do ministro Marco Aurélio (Primeira Turma). 5. Ordem denegada. (HC 94274/SP, 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ e de indícios suficientes de autoria. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. HOMICÍDIO (ART. 121 DO CP). RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. SENTENÇA DE PRONÚNCIA CONFIRMADA. ART. 413 DO CPP. JUÍZO PROVISÓRIO SOBRE A PROBABILIDADE DA ACUSAÇÃO MINISTERIAL PÚBLICA. ALEGADO EXCESSO VERNACULAR. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. 1. Na pronúncia, o dever de fundamentação imposto ao magistrado é de ser cumprido dentro de limites estreitos. Fundamentação que é de se restringir à comprovação da materialidade do fato criminoso e à indicação dos indícios da autoria delitiva. Tudo o mais, todas as teses defensivas, todos os elementos de prova já coligidos hão de ser sopesados pelo próprio Conselho de Sentença, que é soberano em tema de crimes dolosos contra a vida. 2. É vedado ao juízo de pronúncia o exame conclusivo dos elementos probatórios constantes dos autos. Além de se esperar que esse juízo pronunciante seja externado em linguagem sóbria, comedida, para que os jurados não sofram nenhuma influência na formação do seu convencimento. É dizer: o Conselho de Sentença deve mesmo desfrutar de total independência no exercício de seu múnus constitucional. 3. No caso, o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao confirmar a sentença de pronúncia, não incorreu em exagero vernacular. Acórdão que se limitou a demonstrar a impossibilidade de absolvição sumária do paciente, rechaçando a tese de que o acusado agiu em estrito cumprimento do dever legal. 4. Acresce que as partes não poderão fazer, em Plenário, referências ao conteúdo tanto da pronúncia quanto das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação (art. 478 do CPP, na redação dada pela Lei nº 11.689/08). O que significa dizer que não será possível uma indevida influência ao Tribunal Popular. Precedente: HC 86.414, da relatoria do ministro Marco Aurélio (Primeira Turma). 5. Ordem denegada. (HC 94274/SP, 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 26 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010). EMENTA: Embargos de declaração em agravo de instrumento. Reexame fático-probatório. Óbice da Súmula nº 279 do STF. Omissão, ambiguidade, contradição ou obscuridade. Inexistência. Caráter manifestamente infringente. Inadmissibilidade. Falta de fundamentação da sentença de pronúncia e do acórdão confirmatório. Inobservância. Para se chegar à conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido seria necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos. Incidência da Súmula nº 279 da Corte. O acórdão embargado enfrentou adequadamente as questões postas pelo embargante, não estando presente nenhum dos vícios do art. 620 do Código de Processo Penal e do art. 535 do Código de Processo Civil. Rejeitam-se os embargos declaratórios que não buscam remediar omissão, ambiguidade, obscuridade nem contradição entre proposições intrínsecas do ato decisório. Precedentes. Embargos declaratórios não se prestam a submeter à reapreciação os fundamentos da decisão embargada. Precedentes. A sentença de pronúncia possui a peculiaridade de exigir do magistrado o mínimo de fundamentação quanto à materialidade e à autoria do crime, sem adentrar, contudo, demasiadamente no exame dos elementos que instruem o processo. Essa regra justifica-se para evitar-se o excesso de linguagem caracterizado em uma análise exauriente, que poderia influenciar a decisão dos jurados oportunamente. Embargos de declaração rejeitados e considerados procrastinatórios. (AI 458072-ED/CE rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009). EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. HOMICÍDIO. SENTENÇA DE PRONÚNCIA. ART. 408 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO IMPROVIDO. 1. A sentença de pronúncia deve ater-se ao exame da materialidade e de indícios suficientes da autoria. A 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010). EMENTA: Embargos de declaração em agravo de instrumento. Reexame fático-probatório. Óbice da Súmula nº 279 do STF. Omissão, ambiguidade, contradição ou obscuridade. Inexistência. Caráter manifestamente infringente. Inadmissibilidade. Falta de fundamentação da sentença de pronúncia e do acórdão confirmatório. Inobservância. Para se chegar à conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido seria necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos. Incidência da Súmula nº 279 da Corte. O acórdão embargado enfrentou adequadamente as questões postas pelo embargante, não estando presente nenhum dos vícios do art. 620 do Código de Processo Penal e do art. 535 do Código de Processo Civil. Rejeitam-se os embargos declaratórios que não buscam remediar omissão, ambiguidade, obscuridade nem contradição entre proposições intrínsecas do ato decisório. Precedentes. Embargos declaratórios não se prestam a submeter à reapreciação os fundamentos da decisão embargada. Precedentes. A sentença de pronúncia possui a peculiaridade de exigir do magistrado o mínimo de fundamentação quanto à materialidade e à autoria do crime, sem adentrar, contudo, demasiadamente no exame dos elementos que instruem o processo. Essa regra justifica-se para evitar-se o excesso de linguagem caracterizado em uma análise exauriente, que poderia influenciar a decisão dos jurados oportunamente. Embargos de declaração rejeitados e considerados procrastinatórios. (AI 458072-ED/CE rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009). EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. HOMICÍDIO. SENTENÇA DE PRONÚNCIA. ART. 408 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO IMPROVIDO. 1. A sentença de pronúncia deve ater-se ao exame da materialidade e de indícios suficientes da autoria. A 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 27 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ fundamentação exigida pela norma constitucional, neste caso, não deve aprofundar-se demasiadamente no exame dos elementos que instruem o processo, sob pena de incorrer-se em excesso de linguagem. Uma análise exauriente das provas poderia influenciar a decisão dos jurados oportunamente e prejudicar a ampla defesa. Precedentes. 2. Sentença de pronúncia que atende ao comando do artigo 408 do Código de Processo Penal, concluindo pela pronúncia do recorrente. 3. Recurso Extraordinário improvido. (RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009). Aliás, atento para o problema do excesso de linguagem discutido amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese, na reforma processual ocorrida com a Lei nº 11.689/2008, o legislador ordinário explicitou a fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia, dispondo, no art. 413, § 1º do CPP, in verbis: Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) In casu, a sentença de pronúncia restou fundamentada nos seguintes termos: […] É curial, nos crimes de competência do Tribunal do Júri, que a atividade jurisdicional do Órgão Monocrático há de circunscrever-se, no estágio do art. 408 do CPP, ao exame da 12 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ fundamentação exigida pela norma constitucional, neste caso, não deve aprofundar-se demasiadamente no exame dos elementos que instruem o processo, sob pena de incorrer-se em excesso de linguagem. Uma análise exauriente das provas poderia influenciar a decisão dos jurados oportunamente e prejudicar a ampla defesa. Precedentes. 2. Sentença de pronúncia que atende ao comando do artigo 408 do Código de Processo Penal, concluindo pela pronúncia do recorrente. 3. Recurso Extraordinário improvido. (RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009). Aliás, atento para o problema do excesso de linguagem discutido amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese, na reforma processual ocorrida com a Lei nº 11.689/2008, o legislador ordinário explicitou a fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia, dispondo, no art. 413, § 1º do CPP, in verbis: Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) In casu, a sentença de pronúncia restou fundamentada nos seguintes termos: […] É curial, nos crimes de competência do Tribunal do Júri, que a atividade jurisdicional do Órgão Monocrático há de circunscrever-se, no estágio do art. 408 do CPP, ao exame da 12 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 28 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ admissibilidade do jus accusationis, recaindo especificamente sobre a verificação da existência do delito e indícios suficientes da autoria, devendo o Julgador obviar, tanto quanto possível, o excesso de linguagem e uma ilegítima valoração aprofundada da prova (STF, 1a. T, Rel. Min. Joaquim Barbosa, RHC 83986⁄RJ, julg. em 09.03.2004, DJU 30.04.2004, p. 51). No prumo dessa orientação, a materialidade de ambos os fatos imputados está positivada pelas peças de fls. 27⁄28, 29, 276⁄296 e demais elementos, contra os quais nada de sério e consistente restou oposto por qualquer das partes. Subsistem, outrossim, indícios suficientes de autoria, esta enfocada sob a angulação de concreto envolvimento no episódio factual, em desfavor de ambos os acusados. As declarações pessoais de fls. 87⁄89 e 120⁄122, escoltadas pela testemunhal de fls. 134⁄144, 152⁄153, 177⁄179, 184⁄190, 215⁄217, não deixam dúvida no particular. Em circunstâncias como tais, positivados os pressupostos do art. 408 do CPP, não há como subtrair da Corte Popular, autêntico juiz natural na hipótese, a análise de eventuais pretensões absolutória, desclassificatória ou referente à alguma causa de diminuição da reprimenda (RT 441⁄360; RT 504⁄338), ciente de que mesmo o estado de dubiedade, por ingerência do Princípio In Dubio Pro Societate, decerto inclina-se pela submissão da postulação acusatória à soberana deliberação plenária (TJERJ, Rel. Des. Ricardo Bustamante, 3a. Ccrim., RSE 2004.051.00170, julg. Em 24.08.04). Outrossim, guardando a qualificadora imputada ressonância fática probatória mínima no acerto reunido nos autos, compete à Corte Popular, por identidade de razões, valorar finalisticamente a prova e emitir o derradeiro veredicto sobre o tema (TJERJ, Rel. Des. Francisco Jose de Asevedo, 4a. Ccrim., RSE 2003.051.00241, julg. Em 18.11.03; TJERJ, Rel. Des. Paulo Gomes, SER 69⁄92, DOERJ de 02.09.93, pte. III, p. 220) (fls. 31/32). Consectariamente, verifica-se que o Juízo pronunciante acautelou-se 13 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ admissibilidade do jus accusationis, recaindo especificamente sobre a verificação da existência do delito e indícios suficientes da autoria, devendo o Julgador obviar, tanto quanto possível, o excesso de linguagem e uma ilegítima valoração aprofundada da prova (STF, 1a. T, Rel. Min. Joaquim Barbosa, RHC 83986⁄RJ, julg. em 09.03.2004, DJU 30.04.2004, p. 51). No prumo dessa orientação, a materialidade de ambos os fatos imputados está positivada pelas peças de fls. 27⁄28, 29, 276⁄296 e demais elementos, contra os quais nada de sério e consistente restou oposto por qualquer das partes. Subsistem, outrossim, indícios suficientes de autoria, esta enfocada sob a angulação de concreto envolvimento no episódio factual, em desfavor de ambos os acusados. As declarações pessoais de fls. 87⁄89 e 120⁄122, escoltadas pela testemunhal de fls. 134⁄144, 152⁄153, 177⁄179, 184⁄190, 215⁄217, não deixam dúvida no particular. Em circunstâncias como tais, positivados os pressupostos do art. 408 do CPP, não há como subtrair da Corte Popular, autêntico juiz natural na hipótese, a análise de eventuais pretensões absolutória, desclassificatória ou referente à alguma causa de diminuição da reprimenda (RT 441⁄360; RT 504⁄338), ciente de que mesmo o estado de dubiedade, por ingerência do Princípio In Dubio Pro Societate, decerto inclina-se pela submissão da postulação acusatória à soberana deliberação plenária (TJERJ, Rel. Des. Ricardo Bustamante, 3a. Ccrim., RSE 2004.051.00170, julg. Em 24.08.04). Outrossim, guardando a qualificadora imputada ressonância fática probatória mínima no acerto reunido nos autos, compete à Corte Popular, por identidade de razões, valorar finalisticamente a prova e emitir o derradeiro veredicto sobre o tema (TJERJ, Rel. Des. Francisco Jose de Asevedo, 4a. Ccrim., RSE 2003.051.00241, julg. Em 18.11.03; TJERJ, Rel. Des. Paulo Gomes, SER 69⁄92, DOERJ de 02.09.93, pte. III, p. 220) (fls. 31/32). Consectariamente, verifica-se que o Juízo pronunciante acautelou-se 13 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 29 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, mas indicou os elementos que motivaram o seu convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de autoria, apontando peças, declarações e testemunhos. Evidenciou-se, portanto, fundamentação robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. Improcedente, portanto, a alegação. NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA A segunda causa de pedir desta impetração é a suposta ilegalidade no fato de a Desembargadora que votou no primeiro julgamento pelo provimento do recurso ter-se manifestado, no segundo, pelo desprovimento, “sem fundamentar ou justificar sua troca de posicionamento” (fl. 10). Vigora em nosso sistema processual penal o princípio do livre convencimento motivado ou da persuasão racional. O magistrado deve revelar o seu convencimento de forma livre, porém fundamentada. Por conseguinte, verificada a anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação de magistrado. Ademais, ainda que a Desembargadora tivesse mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP, in litteris: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” Nesse sentido, aliás, o parecer do Ministério Público Federal, in verbis: […] Não se observa qualquer irregularidade no juízo de 14 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, mas indicou os elementos que motivaram o seu convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de autoria, apontando peças, declarações e testemunhos. Evidenciou-se, portanto, fundamentação robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. Improcedente, portanto, a alegação. NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA A segunda causa de pedir desta impetração é a suposta ilegalidade no fato de a Desembargadora que votou no primeiro julgamento pelo provimento do recurso ter-se manifestado, no segundo, pelo desprovimento, “sem fundamentar ou justificar sua troca de posicionamento” (fl. 10). Vigora em nosso sistema processual penal o princípio do livre convencimento motivado ou da persuasão racional. O magistrado deve revelar o seu convencimento de forma livre, porém fundamentada. Por conseguinte, verificada a anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação de magistrado. Ademais, ainda que a Desembargadora tivesse mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP, in litteris: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” Nesse sentido, aliás, o parecer do Ministério Público Federal, in verbis: […] Não se observa qualquer irregularidade no juízo de 14 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 30 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ retratação levado a efeito por Desembargadora, com a alteração de seu voto inicial, especialmente quando negado provimento ao recurso em sentido estrito por unanimidade. Mesmo sem a mudança de posicionamento, aquele voto, favorável à defesa, não seria suficiente para alterar o julgamento. […] Portanto, esta causa de pedir também não merece acolhimento. EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA Alega, ainda, o impetrante que o TJ/RJ “excedeu-se em sua fundamentação para invadir a esfera do julgamento dos juízes de fato, ao adentrar no mérito da questão e fazer um PREJULGAMENTO capaz de influenciar o Júri Popular em seu veredito”. Em princípio, verifica-se que a sessão do Tribunal do Júri a que submetido o paciente foi realizada em 3 de dezembro de 2009, quando já encontrava-se em vigor a Lei nº 11.689/08 que, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados. Eis o teor do dispositivo mencionado: Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Com isso, restou fragilizada sobremaneira a tese do excesso de linguagem da pronúncia, uma vez que a referência à decisão de pronúncia ou ao acórdão que a confirma, na sessão do Júri, gera nulidade que pode ser alegada oportunamente pela defesa. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes: 15 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ retratação levado a efeito por Desembargadora, com a alteração de seu voto inicial, especialmente quando negado provimento ao recurso em sentido estrito por unanimidade. Mesmo sem a mudança de posicionamento, aquele voto, favorável à defesa, não seria suficiente para alterar o julgamento. […] Portanto, esta causa de pedir também não merece acolhimento. EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA Alega, ainda, o impetrante que o TJ/RJ “excedeu-se em sua fundamentação para invadir a esfera do julgamento dos juízes de fato, ao adentrar no mérito da questão e fazer um PREJULGAMENTO capaz de influenciar o Júri Popular em seu veredito”. Em princípio, verifica-se que a sessão do Tribunal do Júri a que submetido o paciente foi realizada em 3 de dezembro de 2009, quando já encontrava-se em vigor a Lei nº 11.689/08 que, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados. Eis o teor do dispositivo mencionado: Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Com isso, restou fragilizada sobremaneira a tese do excesso de linguagem da pronúncia, uma vez que a referência à decisão de pronúncia ou ao acórdão que a confirma, na sessão do Júri, gera nulidade que pode ser alegada oportunamente pela defesa. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes: 15 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 31 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. HOMICÍDIO (ART. 121 DO CP). RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. SENTENÇA DE PRONÚNCIA CONFIRMADA. ART. 413 DO CPP. JUÍZO PROVISÓRIO SOBRE A PROBABILIDADE DA ACUSAÇÃO MINISTERIAL PÚBLICA. ALEGADO EXCESSO VERNACULAR. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. 1. Na pronúncia, o dever de fundamentação imposto ao magistrado é de ser cumprido dentro de limites estreitos. Fundamentação que é de se restringir à comprovação da materialidade do fato criminoso e à indicação dos indícios da autoria delitiva. Tudo o mais, todas as teses defensivas, todos os elementos de prova já coligidos hão de ser sopesados pelo próprio Conselho de Sentença, que é soberano em tema de crimes dolosos contra a vida. 2. É vedado ao juízo de pronúncia o exame conclusivo dos elementos probatórios constantes dos autos. Além de se esperar que esse juízo pronunciante seja externado em linguagem sóbria, comedida, para que os jurados não sofram nenhuma influência na formação do seu convencimento. É dizer: o Conselho de Sentença deve mesmo desfrutar de total independência no exercício de seu múnus constitucional. 3. No caso, o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao confirmar a sentença de pronúncia, não incorreu em exagero vernacular. Acórdão que se limitou a demonstrar a impossibilidade de absolvição sumária do paciente, rechaçando a tese de que o acusado agiu em estrito cumprimento do dever legal. 4. Acresce que as partes não poderão fazer, em Plenário, referências ao conteúdo tanto da pronúncia quanto das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação (art. 478 do CPP, na redação dada pela Lei nº 11.689/08). O que significa dizer que não será possível uma indevida influência ao Tribunal Popular. Precedente: HC 86.414, da relatoria do ministro Marco Aurélio (Primeira Turma). 5. Ordem denegada. (HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010) 16 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. HOMICÍDIO (ART. 121 DO CP). RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. SENTENÇA DE PRONÚNCIA CONFIRMADA. ART. 413 DO CPP. JUÍZO PROVISÓRIO SOBRE A PROBABILIDADE DA ACUSAÇÃO MINISTERIAL PÚBLICA. ALEGADO EXCESSO VERNACULAR. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. 1. Na pronúncia, o dever de fundamentação imposto ao magistrado é de ser cumprido dentro de limites estreitos. Fundamentação que é de se restringir à comprovação da materialidade do fato criminoso e à indicação dos indícios da autoria delitiva. Tudo o mais, todas as teses defensivas, todos os elementos de prova já coligidos hão de ser sopesados pelo próprio Conselho de Sentença, que é soberano em tema de crimes dolosos contra a vida. 2. É vedado ao juízo de pronúncia o exame conclusivo dos elementos probatórios constantes dos autos. Além de se esperar que esse juízo pronunciante seja externado em linguagem sóbria, comedida, para que os jurados não sofram nenhuma influência na formação do seu convencimento. É dizer: o Conselho de Sentença deve mesmo desfrutar de total independência no exercício de seu múnus constitucional. 3. No caso, o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao confirmar a sentença de pronúncia, não incorreu em exagero vernacular. Acórdão que se limitou a demonstrar a impossibilidade de absolvição sumária do paciente, rechaçando a tese de que o acusado agiu em estrito cumprimento do dever legal. 4. Acresce que as partes não poderão fazer, em Plenário, referências ao conteúdo tanto da pronúncia quanto das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação (art. 478 do CPP, na redação dada pela Lei nº 11.689/08). O que significa dizer que não será possível uma indevida influência ao Tribunal Popular. Precedente: HC 86.414, da relatoria do ministro Marco Aurélio (Primeira Turma). 5. Ordem denegada. (HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010) 16 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 32 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ SENTENÇA DE PRONÚNCIA - FUNDAMENTAÇÃO. A sentença de pronúncia há de estar alicerçada em dados constantes do processo, não se podendo vislumbrar, na fundamentação, excesso de linguagem. SENTENÇA DE PRONÚNCIA - LEITURA NO PLENÁRIO DO JÚRI - IMPOSSIBILIDADE. Consoante dispõe o inciso I do artigo 478 do Código de Processo Penal, presente a redação conferida pela Lei nº 11.689/08, a sentença de pronúncia e as decisões posteriores que julgarem admissível a acusação não podem, sob pena de nulidade, ser objeto sequer de referência, o que se dirá de leitura. (HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009) (grifos adicionados) In casu, a fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes a tal espécie de provimento jurisdicional, assentando estar comprovada a materialidade do fato e existirem indícios suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. Confira-se o que lançado pelo TJ/RJ: PRELIMINAR SUSCITADA: A fundamentação constante da sentença de pronúncia demonstra a existência de elementos que autorizam a submissão do recorrente a julgamento pelo Tribunal do Júri, que examinará as questões controvertidas. Não há prejulgamento algum. O que precisa ficar bem claro é que o simples fato de se tratar de homicídio resultante de acidente de trânsito não implica ser tal delito de natureza culposa, em havendo nos autos dados que comprovam a materialidade (auto de exame cadavérico às fls. 26 e verso e 27 e auto de exame de corpo de delito da vítima sobrevivente Thássia (fls. 29) e demonstram a existência de indícios suficientes de autoria do crime de homicídio doloso. A sentença de pronúncia, conforme preceitua o disposto no art. 408, caput do Código de Processo Penal deve restringir- 17 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ SENTENÇA DE PRONÚNCIA - FUNDAMENTAÇÃO. A sentença de pronúncia há de estar alicerçada em dados constantes do processo, não se podendo vislumbrar, na fundamentação, excesso de linguagem. SENTENÇA DE PRONÚNCIA - LEITURA NO PLENÁRIO DO JÚRI - IMPOSSIBILIDADE. Consoante dispõe o inciso I do artigo 478 do Código de Processo Penal, presente a redação conferida pela Lei nº 11.689/08, a sentença de pronúncia e as decisões posteriores que julgarem admissível a acusação não podem, sob pena de nulidade, ser objeto sequer de referência, o que se dirá de leitura. (HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009) (grifos adicionados) In casu, a fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes a tal espécie de provimento jurisdicional, assentando estar comprovada a materialidade do fato e existirem indícios suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. Confira-se o que lançado pelo TJ/RJ: PRELIMINAR SUSCITADA: A fundamentação constante da sentença de pronúncia demonstra a existência de elementos que autorizam a submissão do recorrente a julgamento pelo Tribunal do Júri, que examinará as questões controvertidas. Não há prejulgamento algum. O que precisa ficar bem claro é que o simples fato de se tratar de homicídio resultante de acidente de trânsito não implica ser tal delito de natureza culposa, em havendo nos autos dados que comprovam a materialidade (auto de exame cadavérico às fls. 26 e verso e 27 e auto de exame de corpo de delito da vítima sobrevivente Thássia (fls. 29) e demonstram a existência de indícios suficientes de autoria do crime de homicídio doloso. A sentença de pronúncia, conforme preceitua o disposto no art. 408, caput do Código de Processo Penal deve restringir- 17 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 33 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ se, sob pena de nulidade, à materialidade e aos indícios de autoria, porque se trata de mero juízo de admissibilidade da acusação. Não cabe aprofundado exame do contexto probatório. No caso, a sentença atacada foi proferida com estrita observância da norma processual, fundamentando-se em elementos probatórios suficientes para pronunciar o réu, como seu interrogatório, os depoimentos das testemunhas (todas presenciais), sem falar do laudo pericial oficial que responsabiliza o recorrente como causador do evento, “por desenvolver velocidade incompatível que empreendia ao veículo Corsa que conduzia, com falta de atenção e cautela”. Como o exame dos autos leva à conclusão de tratar-se de crime doloso contra a vida, o julgamento do réu pelo Tribunal do Júri somente não poderia ocorrer se fosse contrariada pelas provas coligidas. [...] NO MÉRITO O inconformismo do recorrente não merece acolhimento. A Sentença de Pronúncia mostra-se correta e dentro dos parâmetros legais. Examinados minuciosamente os autos da ação penal, surgem indícios do cometimento de delito de homicídio doloso. Embora a parte recorrente negue peremptoriamente que tenha agido consciente dos riscos a outrem que sua conduta significava, é certo que seu proceder reveste-se das características realizadoras do Dolo Eventual. Informam os autos que a morte de uma jovem de apenas 17 anos resultou da ação de dois jovens que conduziam seus respectivos veículos em alta velocidade, numa corrida claramente ilícita, e atingiram a motocicleta em que viajava a vítima fatal, arremessada a metros de distância do local do impacto, caindo sob o veículo Corsa de cor verde, vindo a falecer. A defesa do recorrente bate-se pelo reconhecimento da modalidade culposa do homicídio, buscando a desclassificação de modalidade dolosa de homicídio reconhecida na sentença 18 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ se, sob pena de nulidade, à materialidade e aos indícios de autoria, porque se trata de mero juízo de admissibilidade da acusação. Não cabe aprofundado exame do contexto probatório. No caso, a sentença atacada foi proferida com estrita observância da norma processual, fundamentando-se em elementos probatórios suficientes para pronunciar o réu, como seu interrogatório, os depoimentos das testemunhas (todas presenciais), sem falar do laudo pericial oficial que responsabiliza o recorrente como causador do evento, “por desenvolver velocidade incompatível que empreendia ao veículo Corsa que conduzia, com falta de atenção e cautela”. Como o exame dos autos leva à conclusão de tratar-se de crime doloso contra a vida, o julgamento do réu pelo Tribunal do Júri somente não poderia ocorrer se fosse contrariada pelas provas coligidas. [...] NO MÉRITO O inconformismo do recorrente não merece acolhimento. A Sentença de Pronúncia mostra-se correta e dentro dos parâmetros legais. Examinados minuciosamente os autos da ação penal, surgem indícios do cometimento de delito de homicídio doloso. Embora a parte recorrente negue peremptoriamente que tenha agido consciente dos riscos a outrem que sua conduta significava, é certo que seu proceder reveste-se das características realizadoras do Dolo Eventual. Informam os autos que a morte de uma jovem de apenas 17 anos resultou da ação de dois jovens que conduziam seus respectivos veículos em alta velocidade, numa corrida claramente ilícita, e atingiram a motocicleta em que viajava a vítima fatal, arremessada a metros de distância do local do impacto, caindo sob o veículo Corsa de cor verde, vindo a falecer. A defesa do recorrente bate-se pelo reconhecimento da modalidade culposa do homicídio, buscando a desclassificação de modalidade dolosa de homicídio reconhecida na sentença 18 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 34 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ aqui guerreada. Mas é certo: a pretendida desclassificação para homicídio culposo somente mereceria acolhida se lastreada em indícios que isto comprovasse. Não é demais lembrar que, no iudicium accusationis, mesmo se houvesse dúvida quanto ao elemento subjetivo, esta dúvida não favoreceria o réu, ante o correto princípio in dubio pro societate. O dolo eventual resta bem evidenciado a partir das circunstâncias positivas nos autos. O “pega” ou “racha” (comportamento que as testemunhas presenciais do acidente atribuem, sem dúvida, ao recorrente de nome Thiago que conduza o veículo Corsa, de cor verde) é conduta de risco incompatível com a atividade de direção no trânsito. Embora neste recurso a defesa negue tivesse Thiago ingerido bebida alcoólica, há a menção por testemunhas de haver no veículo Corsa (conduzido pelo recorrente Thiago) garrafas de cerveja vazias ou quebradas, inclusive no banco dianteiro, informando ainda ditas testemunhas que seu hálito evidenciava a ingestão de bebida alcoólica. Vejamos a testemunhal, neste particular: (...). Como se vê há unanimidade entre as testemunhas presenciais do doloroso fato quanto a estar Thiago conduzindo o veículo Corsa de cor verde, em evidente disputa com o veículo Passat conduzido pelo co-réu Bruno, sendo certa a presença de garrafas de cerveja no interior do tal veículo. Daí a pretendida desclassificação para delito culposo não encontra respaldo nos indícios presentes dos autos. A participação tanto do ora recorrente, como do corréu, no dramático fato de que resultou a morte de uma jovem que tranquilamente conduzia sua motoneta, enquanto Thiago desenvolvendo alta velocidade, disputava, sem dúvida, a corrida conhecida como “racha” ou “pega”, é certa, dizem as testemunhas. Caberá aos Jurados decidir. Eventual dúvida sobre a real dinâmica do doloroso evento, pode ser esclarecida pela conclusão do laudo elaborado 19 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ aqui guerreada. Mas é certo: a pretendida desclassificação para homicídio culposo somente mereceria acolhida se lastreada em indícios que isto comprovasse. Não é demais lembrar que, no iudicium accusationis, mesmo se houvesse dúvida quanto ao elemento subjetivo, esta dúvida não favoreceria o réu, ante o correto princípio in dubio pro societate. O dolo eventual resta bem evidenciado a partir das circunstâncias positivas nos autos. O “pega” ou “racha” (comportamento que as testemunhas presenciais do acidente atribuem, sem dúvida, ao recorrente de nome Thiago que conduza o veículo Corsa, de cor verde) é conduta de risco incompatível com a atividade de direção no trânsito. Embora neste recurso a defesa negue tivesse Thiago ingerido bebida alcoólica, há a menção por testemunhas de haver no veículo Corsa (conduzido pelo recorrente Thiago) garrafas de cerveja vazias ou quebradas, inclusive no banco dianteiro, informando ainda ditas testemunhas que seu hálito evidenciava a ingestão de bebida alcoólica. Vejamos a testemunhal, neste particular: (...). Como se vê há unanimidade entre as testemunhas presenciais do doloroso fato quanto a estar Thiago conduzindo o veículo Corsa de cor verde, em evidente disputa com o veículo Passat conduzido pelo co-réu Bruno, sendo certa a presença de garrafas de cerveja no interior do tal veículo. Daí a pretendida desclassificação para delito culposo não encontra respaldo nos indícios presentes dos autos. A participação tanto do ora recorrente, como do corréu, no dramático fato de que resultou a morte de uma jovem que tranquilamente conduzia sua motoneta, enquanto Thiago desenvolvendo alta velocidade, disputava, sem dúvida, a corrida conhecida como “racha” ou “pega”, é certa, dizem as testemunhas. Caberá aos Jurados decidir. Eventual dúvida sobre a real dinâmica do doloroso evento, pode ser esclarecida pela conclusão do laudo elaborado 19 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 35 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ pelo órgão oficial, isento de qualquer tendência juntado às fls. 276 a 290. E ainda o outro laudo oficial, realizado no mesmo dia e no local dos fatos, juntado às fls. 38 a 42, instruída com fotogramas de fls. 43 a 49, conclui: “...indicando que estes veículos trafegavam em velocidade superior à permitida no trecho, pela legislação vigente.” Outra alegação trazida no recurso é a negativa pelo recorrente de que tivesse ingerido bebida alcoólica, escorando- se na conclusão negativa do Auto de Exame de Embriaguez jutado às fls. 29 vº e 30: mas relevante a circunstância de que o fato criminoso ocorrera às 15:30 horas e o exame fora realizado às 22:45 horas! O que os indícios reunidos nos autos demonstram é que Thiago e Bruno voluntariamente disputavam uma corrida, assumindo amplamente o risco de causarem um acidente de conseqüências trágicas (o que lamentavelmente acabou ocorrendo), e poderiam ter sido eles próprios as vítimas fatais. Ou seja, o risco de causar o resultado trágico foi assumido por ambos os motoristas, o que, s.m.j., caracteriza o denominado dolo eventual. [...] (grifos adicionados) Portanto, se houve aprofundamento maior no exame das provas, este ocorreu no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito praticado com dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável repercussão sobre o status libertatis do paciente. Para afirmar-se a competência do Juízo, excluindo- se a do Tribunal do Júri, é necessário um juízo de certeza – excepcional é certo, ante a fase do processo – acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de Oliveira: Não se pede, na pronúncia (nem se poderia), o convencimento absoluto do juiz da instrução, quanto à materialidade e à autoria. Não é essa a tarefa que lhe reserva a 20 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ pelo órgão oficial, isento de qualquer tendência juntado às fls. 276 a 290. E ainda o outro laudo oficial, realizado no mesmo dia e no local dos fatos, juntado às fls. 38 a 42, instruída com fotogramas de fls. 43 a 49, conclui: “...indicando que estes veículos trafegavam em velocidade superior à permitida no trecho, pela legislação vigente.” Outra alegação trazida no recurso é a negativa pelo recorrente de que tivesse ingerido bebida alcoólica, escorando- se na conclusão negativa do Auto de Exame de Embriaguez jutado às fls. 29 vº e 30: mas relevante a circunstância de que o fato criminoso ocorrera às 15:30 horas e o exame fora realizado às 22:45 horas! O que os indícios reunidos nos autos demonstram é que Thiago e Bruno voluntariamente disputavam uma corrida, assumindo amplamente o risco de causarem um acidente de conseqüências trágicas (o que lamentavelmente acabou ocorrendo), e poderiam ter sido eles próprios as vítimas fatais. Ou seja, o risco de causar o resultado trágico foi assumido por ambos os motoristas, o que, s.m.j., caracteriza o denominado dolo eventual. [...] (grifos adicionados) Portanto, se houve aprofundamento maior no exame das provas, este ocorreu no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito praticado com dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável repercussão sobre o status libertatis do paciente. Para afirmar-se a competência do Juízo, excluindo- se a do Tribunal do Júri, é necessário um juízo de certeza – excepcional é certo, ante a fase do processo – acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de Oliveira: Não se pede, na pronúncia (nem se poderia), o convencimento absoluto do juiz da instrução, quanto à materialidade e à autoria. Não é essa a tarefa que lhe reserva a 20 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 36 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ lei. O que se espera dele é o exame do material probatório ali produzido, especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase. [...] (Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576 – grifo adicionado) Improcedente, portanto, esta causa de pedir. AUSÊNCIA DE DOLO EVENTUAL Passa-se à análise da configuração do elemento subjetivo no caso concreto, ou seja, se o paciente agiu com dolo eventual ou culpa ao colher a vítima em via pública movimentada quando praticava competições automobilísticas do tipo “pega” ou “racha” – fatos assentados nas instâncias originárias. De início, há que se distinguir a hipótese dos autos daquela revelada no julgamento do HC nº 107801, de minha relatoria, em que se tratava de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas. A ementa do julgado é a seguinte: EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS. TRIBUNAL DO JÚRI. PRONÚNCIA POR HOMICÍDIO QUALIFICADO A TÍTULO DE DOLO EVENTUAL. DESCLASSIFICAÇÃO PARA HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA. ACTIO LIBERA IN CAUSA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO ELEMENTO VOLITIVO. REVALORAÇÃO DOS FATOS QUE NÃO SE CONFUNDE COM REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. ORDEM CONCEDIDA. 1. A classificação do delito como doloso, implicando pena sobremodo onerosa e influindo na liberdade de ir e vir, mercê de alterar o procedimento da persecução penal em lesão à 21 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ lei. O que se espera dele é o exame do material probatório ali produzido, especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase. [...] (Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576 – grifo adicionado) Improcedente, portanto, esta causa de pedir. AUSÊNCIA DE DOLO EVENTUAL Passa-se à análise da configuração do elemento subjetivo no caso concreto, ou seja, se o paciente agiu com dolo eventual ou culpa ao colher a vítima em via pública movimentada quando praticava competições automobilísticas do tipo “pega” ou “racha” – fatos assentados nas instâncias originárias. De início, há que se distinguir a hipótese dos autos daquela revelada no julgamento do HC nº 107801, de minha relatoria, em que se tratava de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas. A ementa do julgado é a seguinte: EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS. TRIBUNAL DO JÚRI. PRONÚNCIA POR HOMICÍDIO QUALIFICADO A TÍTULO DE DOLO EVENTUAL. DESCLASSIFICAÇÃO PARA HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA. ACTIO LIBERA IN CAUSA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO ELEMENTO VOLITIVO. REVALORAÇÃO DOS FATOS QUE NÃO SE CONFUNDE COM REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. ORDEM CONCEDIDA. 1. A classificação do delito como doloso, implicando pena sobremodo onerosa e influindo na liberdade de ir e vir, mercê de alterar o procedimento da persecução penal em lesão à 21 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 37 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ cláusula do due process of law, é reformável pela via do habeas corpus. 2. O homicídio na forma culposa na direção de veículo automotor (art. 302, caput, do CTB) prevalece se a capitulação atribuída ao fato como homicídio doloso decorre de mera presunção ante a embriaguez alcoólica eventual. 3. A embriaguez alcoólica que conduz à responsabilização a título doloso é apenas a preordenada, comprovando-se que o agente se embebedou para praticar o ilícito ou assumir o risco de produzi-lo. 4. In casu, do exame da descrição dos fatos empregada nas razões de decidir da sentença e do acórdão do TJ/SP, não restou demonstrado que o paciente tenha ingerido bebidas alcoólicas no afã de produzir o resultado morte. 5. A doutrina clássica revela a virtude da sua justeza ao asseverar que “O anteprojeto Hungria e os modelos em que se inspirava resolviam muito melhor o assunto. O art. 31 e §§ 1º e 2º estabeleciam: 'A embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, ainda quando completa, não exclui a responsabilidade, salvo quando fortuita ou involuntária. § 1º. Se a embriaguez foi intencionalmente procurada para a prática do crime, o agente é punível a título de dolo; § 2º. Se, embora não preordenada, a embriaguez é voluntária e completa e o agente previu e podia prever que, em tal estado, poderia vir a cometer crime, a pena é aplicável a título de culpa, se a este título é punível o fato”. (Guilherme Souza Nucci, Código Penal Comentado, 5. ed. rev. atual. e ampl. - São Paulo: RT, 2005, p. 243) 6. A revaloração jurídica dos fatos postos nas instâncias inferiores não se confunde com o revolvimento do conjunto fático- probatório. Precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. Naquele julgado, tratando-se de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas, havia o problema da imputabilidade, que era superada tradicionalmente na doutrina e na jurisprudência com a aplicação da 22 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ cláusula do due process of law, é reformável pela via do habeas corpus. 2. O homicídio na forma culposa na direção de veículo automotor (art. 302, caput, do CTB) prevalece se a capitulação atribuída ao fato como homicídio doloso decorre de mera presunção ante a embriaguez alcoólica eventual. 3. A embriaguez alcoólica que conduz à responsabilização a título doloso é apenas a preordenada, comprovando-se que o agente se embebedou para praticar o ilícito ou assumir o risco de produzi-lo. 4. In casu, do exame da descrição dos fatos empregada nas razões de decidir da sentença e do acórdão do TJ/SP, não restou demonstrado que o paciente tenha ingerido bebidas alcoólicas no afã de produzir o resultado morte. 5. A doutrina clássica revela a virtude da sua justeza ao asseverar que “O anteprojeto Hungria e os modelos em que se inspirava resolviam muito melhor o assunto. O art. 31 e §§ 1º e 2º estabeleciam: 'A embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, ainda quando completa, não exclui a responsabilidade, salvo quando fortuita ou involuntária. § 1º. Se a embriaguez foi intencionalmente procurada para a prática do crime, o agente é punível a título de dolo; § 2º. Se, embora não preordenada, a embriaguez é voluntária e completa e o agente previu e podia prever que, em tal estado, poderia vir a cometer crime, a pena é aplicável a título de culpa, se a este título é punível o fato”. (Guilherme Souza Nucci, Código Penal Comentado, 5. ed. rev. atual. e ampl. - São Paulo: RT, 2005, p. 243) 6. A revaloração jurídica dos fatos postos nas instâncias inferiores não se confunde com o revolvimento do conjunto fático- probatório. Precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. Naquele julgado, tratando-se de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas, havia o problema da imputabilidade, que era superada tradicionalmente na doutrina e na jurisprudência com a aplicação da 22 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 38 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. Essa banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior, razão pela qual limitou-se a aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. Portanto, não há que generalizar o entendimento ali externado a fim de firmar uma precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada. O caso sub examine bem serve para complementar a posição desta Corte em tema de homicídio na direção de veículo automotor e elucidar a diferenciação de tratamento conforme a hipótese. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra-se no elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de todas as circunstâncias objetivas do caso concreto. É certo que em ambas as situações ocorre a representação do resultado pelo agente. No entanto, na culpa consciente este pratica o fato acreditando que o resultado lesivo, embora previsto por ele, não ocorrerá. Nelson Hungria traça com nitidez a diferença entre as duas situações mentais, in litteris: Há, entre elas, é certo, um traço comum: a previsão do resultado antijurídico; mas, enquanto no dolo eventual o agente presta a anuência ao advento desse resultado, preferindo arriscar-se a produzi-lo, ao invés de renunciar à ação, na culpa consciente, ao contrário, o agente repele, embora inconsideradamente, a hipótese de supereminência do resultado e empreende a ação na esperança ou persuasão de que este não ocorrerá” (Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio 23 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. Essa banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior, razão pela qual limitou-se a aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. Portanto, não há que generalizar o entendimento ali externado a fim de firmar uma precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada. O caso sub examine bem serve para complementar a posição desta Corte em tema de homicídio na direção de veículo automotor e elucidar a diferenciação de tratamento conforme a hipótese. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra-se no elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de todas as circunstâncias objetivas do caso concreto. É certo que em ambas as situações ocorre a representação do resultado pelo agente. No entanto, na culpa consciente este pratica o fato acreditando que o resultado lesivo, embora previsto por ele, não ocorrerá. Nelson Hungria traça com nitidez a diferença entre as duas situações mentais, in litteris: Há, entre elas, é certo, um traço comum: a previsão do resultado antijurídico; mas, enquanto no dolo eventual o agente presta a anuência ao advento desse resultado, preferindo arriscar-se a produzi-lo, ao invés de renunciar à ação, na culpa consciente, ao contrário, o agente repele, embora inconsideradamente, a hipótese de supereminência do resultado e empreende a ação na esperança ou persuasão de que este não ocorrerá” (Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio 23 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 39 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117) No mesmo sentido os ensinamentos de Heleno Cláudio Fragoso: [...] assumir o risco significa prever o resultado como provável ou possível e aceitar ou consentir sua superveniência. O dolo eventual aproxima-se da culpa consciente e dela se distingue porque nesta o agente, embora prevendo o resultado como possível ou provável não o aceita nem consente. Não basta, portanto, a dúvida, ou seja, a incerteza a respeito de certo evento, sem implicação de natureza volitiva. O dolo eventual põe-se na perspectiva da vontade, e não da representação, pois, esta última, pode conduzir também a culpa consciente. Nesse sentido já decidiu o STF (RTJ, 351/282). A rigor, a expressão 'assumir o risco' é imprecisa, para distinguir o dolo eventual da culpa consciente e deve ser interpretada em consonância com a teoria do consentimento. (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo adicionado) Zaffaroni e Pierangelli também contribuem de forma significativa para o equacionamento do tema: Quando uma pessoa planeja a causalidade para obter uma finalidade, faz uma representação dos possíveis resultados concomitantes de sua conduta. Em tal caso, se confia em que evitará ou que não sobrevirão estes resultados, deparamo-nos com uma hipótese de culpa com representação (ver n. 280), mas se age admitindo a possibilidade de que sobrevenham, o caso será de dolo eventual. O dolo eventual, conceituado em termos correntes, é a conduta daquele que diz a si mesmo “que aguente”, “que se incomode”, “se acontecer, azar”, “não me importo”. Observe-se que aqui não há uma aceitação do resultado como tal, e sim sua aceitação como possibilidade, como probabilidade . […] 24 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117) No mesmo sentido os ensinamentos de Heleno Cláudio Fragoso: [...] assumir o risco significa prever o resultado como provável ou possível e aceitar ou consentir sua superveniência. O dolo eventual aproxima-se da culpa consciente e dela se distingue porque nesta o agente, embora prevendo o resultado como possível ou provável não o aceita nem consente. Não basta, portanto, a dúvida, ou seja, a incerteza a respeito de certo evento, sem implicação de natureza volitiva. O dolo eventual põe-se na perspectiva da vontade, e não da representação, pois, esta última, pode conduzir também a culpa consciente. Nesse sentido já decidiu o STF (RTJ, 351/282). A rigor, a expressão 'assumir o risco' é imprecisa, para distinguir o dolo eventual da culpa consciente e deve ser interpretada em consonância com a teoria do consentimento. (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo adicionado) Zaffaroni e Pierangelli também contribuem de forma significativa para o equacionamento do tema: Quando uma pessoa planeja a causalidade para obter uma finalidade, faz uma representação dos possíveis resultados concomitantes de sua conduta. Em tal caso, se confia em que evitará ou que não sobrevirão estes resultados, deparamo-nos com uma hipótese de culpa com representação (ver n. 280), mas se age admitindo a possibilidade de que sobrevenham, o caso será de dolo eventual. O dolo eventual, conceituado em termos correntes, é a conduta daquele que diz a si mesmo “que aguente”, “que se incomode”, “se acontecer, azar”, “não me importo”. Observe-se que aqui não há uma aceitação do resultado como tal, e sim sua aceitação como possibilidade, como probabilidade . […] 24 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 40 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ Um dos casos mais comuns de dolo eventual é o que acontece quando o sujeito ativo não conhece, com certeza, a existência dos elementos requeridos pelo tipo objetivo, duvidando da sua existência e, apesar disto, age, aceitando a possibilidade de sua existência. […] Quem se lança numa competição automobilística de velocidade, numa cidade populosa, à custa da possibilidade de produção de um resultado lesivo, age igualmente com dolo eventual de homicídio, lesões e danos. (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 2011, pp. 434-435 – grifos adicionados) Portanto, do exame descrição dos fatos empregada nas instâncias originárias, restou demonstrado que o paciente, ao lançar-se em práticas de altíssima periculosidade, em via pública, mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto no art. 18, inciso I, segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). Diante da notória periculosidade dessas práticas de competições automobilísticas em vias públicas, a legislação especial previu-as como crime autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada: Com efeito, trata-se de crime doloso de perigo concreto que, se concretizado em lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra- senso transmudar um delito doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Nesse sentido, a doutrina sobre o tema, in litteris: 25 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ Um dos casos mais comuns de dolo eventual é o que acontece quando o sujeito ativo não conhece, com certeza, a existência dos elementos requeridos pelo tipo objetivo, duvidando da sua existência e, apesar disto, age, aceitando a possibilidade de sua existência. […] Quem se lança numa competição automobilística de velocidade, numa cidade populosa, à custa da possibilidade de produção de um resultado lesivo, age igualmente com dolo eventual de homicídio, lesões e danos. (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 2011, pp. 434-435 – grifos adicionados) Portanto, do exame descrição dos fatos empregada nas instâncias originárias, restou demonstrado que o paciente, ao lançar-se em práticas de altíssima periculosidade, em via pública, mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto no art. 18, inciso I, segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). Diante da notória periculosidade dessas práticas de competições automobilísticas em vias públicas, a legislação especial previu-as como crime autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada: Com efeito, trata-se de crime doloso de perigo concreto que, se concretizado em lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra- senso transmudar um delito doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Nesse sentido, a doutrina sobre o tema, in litteris: 25 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 41 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ […] se da corrida, disputa ou competição não autorizada resultar evento mais grave (lesão ou morte), configura-se o dolo eventual (art. 18, I, 2ª parte, do Código Penal), respondendo o condutor pelo delito de homicídio doloso ou lesão corporal dolosa. Fica absorvido o crime do art. 308 do CTB (…) Efetivamente, aquele que participa de ‘racha’, em via pública, tem consciência dos riscos envolvidos, aceitando-os, motivo pelo qual merece ser responsabilizado por crime doloso. (José Marcos Marrone, Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76) Outrossim, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado “racha”, a conduta configura homicídio doloso. Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI. "RACHA" AUTOMOBILÍSTICO. HOMICÍDIO DOLOSO. DOLO EVENTUAL. NOVA VALORAÇÃO DE ELEMENTOS FÁTICO-JURÍDICOS, E NÃO REAPRECIAÇÃO DE MATERIAL PROBATÓRIO. DENEGAÇÃO. 1. A questão de direito, objeto de controvérsia neste writ, consiste na eventual análise de material fático-probatório pelo Superior Tribunal de Justiça, o que eventualmente repercutirá na configuração do dolo eventual ou da culpa consciente relacionada à conduta do paciente no evento fatal relacionado à infração de trânsito que gerou a morte dos cinco ocupantes do veículo atingido. 2. O Superior Tribunal de Justiça, ao dar provimento ao recurso especial interposto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, atribuiu nova valoração dos elementos fático-jurídicos existentes nos autos, qualificando-os como homicídio doloso, razão pela qual não procedeu ao revolvimento de material probatório para divergir da conclusão alcançada pelo Tribunal de Justiça. 3. O dolo eventual compreende a hipótese em que o 26 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ […] se da corrida, disputa ou competição não autorizada resultar evento mais grave (lesão ou morte), configura-se o dolo eventual (art. 18, I, 2ª parte, do Código Penal), respondendo o condutor pelo delito de homicídio doloso ou lesão corporal dolosa. Fica absorvido o crime do art. 308 do CTB (…) Efetivamente, aquele que participa de ‘racha’, em via pública, tem consciência dos riscos envolvidos, aceitando-os, motivo pelo qual merece ser responsabilizado por crime doloso. (José Marcos Marrone, Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76) Outrossim, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado “racha”, a conduta configura homicídio doloso. Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI. "RACHA" AUTOMOBILÍSTICO. HOMICÍDIO DOLOSO. DOLO EVENTUAL. NOVA VALORAÇÃO DE ELEMENTOS FÁTICO-JURÍDICOS, E NÃO REAPRECIAÇÃO DE MATERIAL PROBATÓRIO. DENEGAÇÃO. 1. A questão de direito, objeto de controvérsia neste writ, consiste na eventual análise de material fático-probatório pelo Superior Tribunal de Justiça, o que eventualmente repercutirá na configuração do dolo eventual ou da culpa consciente relacionada à conduta do paciente no evento fatal relacionado à infração de trânsito que gerou a morte dos cinco ocupantes do veículo atingido. 2. O Superior Tribunal de Justiça, ao dar provimento ao recurso especial interposto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, atribuiu nova valoração dos elementos fático-jurídicos existentes nos autos, qualificando-os como homicídio doloso, razão pela qual não procedeu ao revolvimento de material probatório para divergir da conclusão alcançada pelo Tribunal de Justiça. 3. O dolo eventual compreende a hipótese em que o 26 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 42 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ sujeito não quer diretamente a realização do tipo penal, mas a aceita como possível ou provável (assume o risco da produção do resultado, na redação do art. 18, I, in fine, do CP). 4. Das várias teorias que buscam justificar o dolo eventual, sobressai a teoria do consentimento (ou da assunção), consoante a qual o dolo exige que o agente consinta em causar o resultado, além de considerá-lo como possível. 5. A questão central diz respeito à distinção entre dolo eventual e culpa consciente que, como se sabe, apresentam aspecto comum: a previsão do resultado ilícito. No caso concreto, a narração contida na denúncia dá conta de que o paciente e o co-réu conduziam seus respectivos veículos, realizando aquilo que coloquialmente se denominou "pega" ou "racha", em alta velocidade, em plena rodovia, atingindo um terceiro veículo (onde estavam as vítimas). 6. Para configuração do dolo eventual não é necessário o consentimento explícito do agente, nem sua consciência reflexiva em relação às circunstâncias do evento. Faz-se imprescindível que o dolo eventual se extraia das circunstâncias do evento, e não da mente do autor, eis que não se exige uma declaração expressa do agente. 7. O dolo eventual não poderia ser descartado ou julgado inadmissível na fase do iudicium accusationis. Não houve julgamento contrário à orientação contida na Súmula 07, do STJ, eis que apenas se procedeu à revaloração dos elementos admitidos pelo acórdão da Corte local, tratando-se de quaestio juris, e não de quaestio facti. 8. Habeas corpus denegado. (HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 24/10/2008) E M E N T A: HABEAS CORPUS - JÚRI - QUESITOS - ALEGAÇÃO DE NULIDADE - INOCORRENCIA - "RACHA" AUTOMOBILISTICO - VITIMAS FATAIS - HOMICIDIO DOLOSO - RECONHECIMENTO DE DOLO EVENTUAL - PEDIDO INDEFERIDO. - A conduta social desajustada daquele que, agindo com intensa reprovabilidade ético-jurídica, participa, com o seu veículo automotor, de inaceitável disputa 27 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ sujeito não quer diretamente a realização do tipo penal, mas a aceita como possível ou provável (assume o risco da produção do resultado, na redação do art. 18, I, in fine, do CP). 4. Das várias teorias que buscam justificar o dolo eventual, sobressai a teoria do consentimento (ou da assunção), consoante a qual o dolo exige que o agente consinta em causar o resultado, além de considerá-lo como possível. 5. A questão central diz respeito à distinção entre dolo eventual e culpa consciente que, como se sabe, apresentam aspecto comum: a previsão do resultado ilícito. No caso concreto, a narração contida na denúncia dá conta de que o paciente e o co-réu conduziam seus respectivos veículos, realizando aquilo que coloquialmente se denominou "pega" ou "racha", em alta velocidade, em plena rodovia, atingindo um terceiro veículo (onde estavam as vítimas). 6. Para configuração do dolo eventual não é necessário o consentimento explícito do agente, nem sua consciência reflexiva em relação às circunstâncias do evento. Faz-se imprescindível que o dolo eventual se extraia das circunstâncias do evento, e não da mente do autor, eis que não se exige uma declaração expressa do agente. 7. O dolo eventual não poderia ser descartado ou julgado inadmissível na fase do iudicium accusationis. Não houve julgamento contrário à orientação contida na Súmula 07, do STJ, eis que apenas se procedeu à revaloração dos elementos admitidos pelo acórdão da Corte local, tratando-se de quaestio juris, e não de quaestio facti. 8. Habeas corpus denegado. (HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 24/10/2008) E M E N T A: HABEAS CORPUS - JÚRI - QUESITOS - ALEGAÇÃO DE NULIDADE - INOCORRENCIA - "RACHA" AUTOMOBILISTICO - VITIMAS FATAIS - HOMICIDIO DOLOSO - RECONHECIMENTO DE DOLO EVENTUAL - PEDIDO INDEFERIDO. - A conduta social desajustada daquele que, agindo com intensa reprovabilidade ético-jurídica, participa, com o seu veículo automotor, de inaceitável disputa 27 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 43 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ automobilística realizada em plena via pública, nesta desenvolvendo velocidade exagerada - além de ensejar a possibilidade de reconhecimento do dolo eventual inerente a esse comportamento do agente -, justifica a especial exasperação da pena, motivada pela necessidade de o Estado responder, grave e energicamente, a atitude de quem, em assim agindo, comete os delitos de homicídio doloso e de lesões corporais. - Se a Defesa requerer a desclassificação do evento delituoso para homicídio meramente culposo - e uma vez superados os quesitos concernentes a autoria, a materialidade e a letalidade do fato imputado ao réu -, legitimar-se-á a formulação, em ordem sequencial imediata, de quesito dirigido ao Conselho de Sentença, pertinente a existência de dolo na conduta atribuída ao acusado. A resposta afirmativa dos Jurados ao quesito referente ao dolo torna incabível a formulação de quesito concernente a culpa em sentido estrito. Precedentes. - Se os vários crimes atribuídos ao réu foram tidos como praticados em concurso formal, dai resultando a aplicação, em grau minimo, de uma mesma pena, aumentada, também em bases minimas, de um sexto (CP, art. 70), torna-se irrelevante - por evidente ausência de prejuízo - a omissão, nas demais series de quesitos concernentes aos crimes abrangidos pelo vinculo do concurso ideal, da indagação relativa a existência de circunstancias atenuantes. - Reveste-se de legitimidade o ato judicial, que, fazendo aplicação da causa especial de diminuição a que alude o art. 29, par. 1., do CP, vem, de maneira fundamentada, a optar pela redução minima de um sexto, autorizada, pelo preceito legal em referencia, desde que o Conselho de Sentença haja reconhecido o grau de menor importância da participação do réu na pratica delituosa. Embora obrigatória, essa redução da pena - que supõe a valoração das circunstancias emergentes do caso concreto - e variável, essencialmente, em função da maior ou menor culpabilidade do réu na eclosão do evento delituoso. - Se, não obstante eventual contradição entre as respostas dadas aos quesitos, vem os Jurados a respondê-los de maneira favorável 28 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ automobilística realizada em plena via pública, nesta desenvolvendo velocidade exagerada - além de ensejar a possibilidade de reconhecimento do dolo eventual inerente a esse comportamento do agente -, justifica a especial exasperação da pena, motivada pela necessidade de o Estado responder, grave e energicamente, a atitude de quem, em assim agindo, comete os delitos de homicídio doloso e de lesões corporais. - Se a Defesa requerer a desclassificação do evento delituoso para homicídio meramente culposo - e uma vez superados os quesitos concernentes a autoria, a materialidade e a letalidade do fato imputado ao réu -, legitimar-se-á a formulação, em ordem sequencial imediata, de quesito dirigido ao Conselho de Sentença, pertinente a existência de dolo na conduta atribuída ao acusado. A resposta afirmativa dos Jurados ao quesito referente ao dolo torna incabível a formulação de quesito concernente a culpa em sentido estrito. Precedentes. - Se os vários crimes atribuídos ao réu foram tidos como praticados em concurso formal, dai resultando a aplicação, em grau minimo, de uma mesma pena, aumentada, também em bases minimas, de um sexto (CP, art. 70), torna-se irrelevante - por evidente ausência de prejuízo - a omissão, nas demais series de quesitos concernentes aos crimes abrangidos pelo vinculo do concurso ideal, da indagação relativa a existência de circunstancias atenuantes. - Reveste-se de legitimidade o ato judicial, que, fazendo aplicação da causa especial de diminuição a que alude o art. 29, par. 1., do CP, vem, de maneira fundamentada, a optar pela redução minima de um sexto, autorizada, pelo preceito legal em referencia, desde que o Conselho de Sentença haja reconhecido o grau de menor importância da participação do réu na pratica delituosa. Embora obrigatória, essa redução da pena - que supõe a valoração das circunstancias emergentes do caso concreto - e variável, essencialmente, em função da maior ou menor culpabilidade do réu na eclosão do evento delituoso. - Se, não obstante eventual contradição entre as respostas dadas aos quesitos, vem os Jurados a respondê-los de maneira favorável 28 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 44 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ ao réu, permitindo, desse modo, que se lhe dispensa tratamento penal benéfico, não há como reconhecer a ocorrência de prejuízo apto a invalidar a condenação imposta. - Inocorre contradição na declaração dos Jurados, que, em resposta a indagação sobre o dolo eventual, afirmaram-no existente nas três series de quesitos, muito embora diverso o resultado dos votos apurados em relação a cada uma dessas series (4x3, na primeira serie, e 5x2, nas segunda e terceira series). A contradição que se revela apta a gerar a nulidade processual e somente aquela que se manifesta nos votos proferidos pela maioria dos Jurados, não sendo possível inferi-la da eventual incoerência de um ou de alguns votos minoritários. (HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996) Consectariamente, diante da conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou “racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, forçoso é reconhecer-se a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. Vale ressaltar que o exame da presente questão não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático-probatório, mas importa, isto sim, em revaloração dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que é viável em sede de habeas corpus. Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. Ademais, a alegação de que o Conselho de Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, porquanto o quesito 5 (“O crime foi cometido por motivo torpe, representado pelo fato do acusado e terceira pessoa estarem realizando o chamado “pega” no local?” - fl. 1948) não chegou a ser apreciado com relação a Bruno Albuquerque de Miranda, porquanto restou prejudicado em razão da resposta negativa alusiva ao quesito 3 (“Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”). Portanto, o que o Tribunal do Júri afastou com relação ao corréu foi o 29 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ ao réu, permitindo, desse modo, que se lhe dispensa tratamento penal benéfico, não há como reconhecer a ocorrência de prejuízo apto a invalidar a condenação imposta. - Inocorre contradição na declaração dos Jurados, que, em resposta a indagação sobre o dolo eventual, afirmaram-no existente nas três series de quesitos, muito embora diverso o resultado dos votos apurados em relação a cada uma dessas series (4x3, na primeira serie, e 5x2, nas segunda e terceira series). A contradição que se revela apta a gerar a nulidade processual e somente aquela que se manifesta nos votos proferidos pela maioria dos Jurados, não sendo possível inferi-la da eventual incoerência de um ou de alguns votos minoritários. (HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996) Consectariamente, diante da conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou “racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, forçoso é reconhecer-se a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. Vale ressaltar que o exame da presente questão não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático-probatório, mas importa, isto sim, em revaloração dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que é viável em sede de habeas corpus. Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. Ademais, a alegação de que o Conselho de Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, porquanto o quesito 5 (“O crime foi cometido por motivo torpe, representado pelo fato do acusado e terceira pessoa estarem realizando o chamado “pega” no local?” - fl. 1948) não chegou a ser apreciado com relação a Bruno Albuquerque de Miranda, porquanto restou prejudicado em razão da resposta negativa alusiva ao quesito 3 (“Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”). Portanto, o que o Tribunal do Júri afastou com relação ao corréu foi o 29 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 45 de 53 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 101.698 / RJ dolo, e não a participação em “racha” ou “pega”. Ex positis, voto pela DENEGAÇÃO DA ORDEM. É como voto. 30 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ dolo, e não a participação em “racha” ou “pega”. Ex positis, voto pela DENEGAÇÃO DA ORDEM. É como voto. 30 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1530879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 46 de 53 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, inicialmente, destaco, também, a diferença, no caso específico, em relação ao HC 107.801, da relatoria do Ministro Luiz Fux, julgado no dia 6 de setembro, em que, naquela oportunidade, acompanhei o eminente Relator pela concessão da ordem, haja vista que, no período em que ocorreu aquele fato, vigorava o inciso V do art. 302 do Código Brasileiro de Trânsito, que dizia que: "Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente: V - estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos." Posteriormente, tal dispositivo veio a ser revogado pela Lei nº 11.705, de 2008. Por essa razão, naquela oportunidade, acompanhei Sua Excelência, o Relator, na concessão daquela ordem. No presente caso, também, vou acompanhar o eminente Relator, fazendo essa distinção. Também havia me chamado a atenção, no memorial recebido, o seguinte trecho do acórdão que confirmou a pronúncia: "Thiago desenvolvendo alta velocidade, disputava, sem dúvida, a corrida conhecida como ‘racha’ ou ‘pega’ (...) dizem as testemunhas. Caberá aos jurados decidir." Mas eu não logrei, lendo a ata de julgamento, que também acompanha o memorial trazido, não vislumbrei, da leitura inteira da ata de julgamento da sessão do júri, que tenha, em algum momento, tal trecho sido levantado ou submetido aos jurados, ou que tenha havido Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560559. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, inicialmente, destaco, também, a diferença, no caso específico, em relação ao HC 107.801, da relatoria do Ministro Luiz Fux, julgado no dia 6 de setembro, em que, naquela oportunidade, acompanhei o eminente Relator pela concessão da ordem, haja vista que, no período em que ocorreu aquele fato, vigorava o inciso V do art. 302 do Código Brasileiro de Trânsito, que dizia que: "Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente: V - estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos." Posteriormente, tal dispositivo veio a ser revogado pela Lei nº 11.705, de 2008. Por essa razão, naquela oportunidade, acompanhei Sua Excelência, o Relator, na concessão daquela ordem. No presente caso, também, vou acompanhar o eminente Relator, fazendo essa distinção. Também havia me chamado a atenção, no memorial recebido, o seguinte trecho do acórdão que confirmou a pronúncia: "Thiago desenvolvendo alta velocidade, disputava, sem dúvida, a corrida conhecida como ‘racha’ ou ‘pega’ (...) dizem as testemunhas. Caberá aos jurados decidir." Mas eu não logrei, lendo a ata de julgamento, que também acompanha o memorial trazido, não vislumbrei, da leitura inteira da ata de julgamento da sessão do júri, que tenha, em algum momento, tal trecho sido levantado ou submetido aos jurados, ou que tenha havido Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560559. Inteiro Teor do Acórdão - Página 47 de 53 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 101.698 / RJ alguma impugnação da defesa em relação à utilização, à eventual utilização desse trecho do acórdão, porque, realmente, a rigor, ele traria, a meu ver, uma nulidade ao julgamento. Mas, não está apontado o prejuízo, pelo menos pelo que eu vislumbrei e, também, por tudo quanto foi relatado pelo eminente Ministro Luiz Fux. Por essa razão, Senhora Presidente, fazendo essas pequenas considerações, vou acompanhar, também, o voto do eminente Relator, louvando a bela atuação do Defensor. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560559. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ alguma impugnação da defesa em relação à utilização, à eventual utilização desse trecho do acórdão, porque, realmente, a rigor, ele traria, a meu ver, uma nulidade ao julgamento. Mas, não está apontado o prejuízo, pelo menos pelo que eu vislumbrei e, também, por tudo quanto foi relatado pelo eminente Ministro Luiz Fux. Por essa razão, Senhora Presidente, fazendo essas pequenas considerações, vou acompanhar, também, o voto do eminente Relator, louvando a bela atuação do Defensor. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560559. Inteiro Teor do Acórdão - Página 48 de 53 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, eis um processo que teve, na origem, vários incidentes. Houve uma sentença de pronúncia, e contra ela foi interposto recurso em sentido estrito, objetivando a desclassificação, para ter-se não o crime doloso contra a vida, mas, a conclusão sobre o crime culposo e a competência do juízo singular. Julgado esse recurso, a relatora, Desembargadora Nilza Bittar, ficou vencida. Formou-se a maioria, tendo em conta colegiado composto apenas pelo gênero feminino. Então, ocorreu um primeiro pronunciamento, isso apenas para demonstrar a ambiguidade da matéria, da tese jurídica, quanto à competência do juízo singular, já que envolvido crime disciplinado na lei especial, o Código Nacional de Trânsito – homicídio culposo. O assistente da acusação impetrou habeas corpus. E é interessante que geralmente o habeas corpus não é formalizado pela acusação para ter-se o prejuízo do próprio acusado. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, então, anulou o acórdão formalizado pela Câmara, considerando, repito, vício de procedimento: ausência de intimação do assistente de acusação para aquele julgamento. O processo retornou à origem, e existia a prevenção da Câmara, como, a meu ver, de início, havia a da relatora originária, pouco importando a circunstância de ter ficado vencida no julgamento do recurso interposto, já que anulada a decisão. Mas o processo foi distribuído a outra integrante da Câmara a Desembargadora Gizelda Leitão. E aí haveria uma problemática quanto à circunstância de aquela que capitaneara a tese vencedora anteriormente estar de férias. Voltou ela, julgou e teria mudado de convencimento sem lançar os fundamentos respectivos. Essa matéria é, a meu ver, causadora de perplexidade. Assentou-se Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563447. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, eis um processo que teve, na origem, vários incidentes. Houve uma sentença de pronúncia, e contra ela foi interposto recurso em sentido estrito, objetivando a desclassificação, para ter-se não o crime doloso contra a vida, mas, a conclusão sobre o crime culposo e a competência do juízo singular. Julgado esse recurso, a relatora, Desembargadora Nilza Bittar, ficou vencida. Formou-se a maioria, tendo em conta colegiado composto apenas pelo gênero feminino. Então, ocorreu um primeiro pronunciamento, isso apenas para demonstrar a ambiguidade da matéria, da tese jurídica, quanto à competência do juízo singular, já que envolvido crime disciplinado na lei especial, o Código Nacional de Trânsito – homicídio culposo. O assistente da acusação impetrou habeas corpus. E é interessante que geralmente o habeas corpus não é formalizado pela acusação para ter-se o prejuízo do próprio acusado. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, então, anulou o acórdão formalizado pela Câmara, considerando, repito, vício de procedimento: ausência de intimação do assistente de acusação para aquele julgamento. O processo retornou à origem, e existia a prevenção da Câmara, como, a meu ver, de início, havia a da relatora originária, pouco importando a circunstância de ter ficado vencida no julgamento do recurso interposto, já que anulada a decisão. Mas o processo foi distribuído a outra integrante da Câmara a Desembargadora Gizelda Leitão. E aí haveria uma problemática quanto à circunstância de aquela que capitaneara a tese vencedora anteriormente estar de férias. Voltou ela, julgou e teria mudado de convencimento sem lançar os fundamentos respectivos. Essa matéria é, a meu ver, causadora de perplexidade. Assentou-se Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563447. Inteiro Teor do Acórdão - Página 49 de 53 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 101.698 / RJ que estaria configurado o dolo eventual, ensejando a submissão do paciente ao Tribunal do Júri. De início, mostra-se difícil admitir a existência do dolo eventual quanto a um réu e não se admitir em relação ao outro que estaria na disputa, no trânsito, também conduzindo veículo. Tem-se algo que talvez possa ser enquadrado como a discrepar do sistema: ou bem os dois motoristas estariam incursos no crime de homicídio doloso, pelo dolo eventual, ou nenhum dos dois deve ser enquadrado dessa forma. Há mais. Tem-se uma regência especial, na qual constatamos que "participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida” – vem o gênero –, “disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada" configura tipo, a teor do disposto no artigo 308 da Lei nº 9.503/97, instituído pelo Código de Trânsito Brasileiro. Cabe a indagação: quando se participa dessa disputa e se chega ao resultado morte, há transmudação, sob esse ângulo, do crime culposo em doloso? A meu ver, não. Pouco importa que a apenação não seja aquela que mais se coadune com a ordem natural das coisas, que esteja aquém do que seria até mesmo desejável a um tipo específico no Código Nacional de Trânsito, que é praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor. Foi justamente isso o que ocorreu, a partir de algo que também é disciplinado no Código Nacional de Trânsito, ou seja, a disputa que teria havido no próprio trânsito, na direção dos veículos, com aquele pormenor a que me referi: um dos condutores foi pronunciado e o outro teve a acusação remetida ao juízo singular. Peço vênia, Presidente, ao relator para não admitir – como Sua Excelência também não o faz –, não levando em conta a idade da vítima, o crime doloso. Existe um sistema, a contemplar a simples disputa sem um dano concreto, cogitando-se de dano potencial à incolumidade pública e também do resultado morte ao versar o artigo 302 do Código Nacional de Trânsito a prática do homicídio culposo. Teria inúmeras dificuldades em admitir o dolo eventual, porque quem realmente atua com imprudência 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563447. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ que estaria configurado o dolo eventual, ensejando a submissão do paciente ao Tribunal do Júri. De início, mostra-se difícil admitir a existência do dolo eventual quanto a um réu e não se admitir em relação ao outro que estaria na disputa, no trânsito, também conduzindo veículo. Tem-se algo que talvez possa ser enquadrado como a discrepar do sistema: ou bem os dois motoristas estariam incursos no crime de homicídio doloso, pelo dolo eventual, ou nenhum dos dois deve ser enquadrado dessa forma. Há mais. Tem-se uma regência especial, na qual constatamos que "participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida” – vem o gênero –, “disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada" configura tipo, a teor do disposto no artigo 308 da Lei nº 9.503/97, instituído pelo Código de Trânsito Brasileiro. Cabe a indagação: quando se participa dessa disputa e se chega ao resultado morte, há transmudação, sob esse ângulo, do crime culposo em doloso? A meu ver, não. Pouco importa que a apenação não seja aquela que mais se coadune com a ordem natural das coisas, que esteja aquém do que seria até mesmo desejável a um tipo específico no Código Nacional de Trânsito, que é praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor. Foi justamente isso o que ocorreu, a partir de algo que também é disciplinado no Código Nacional de Trânsito, ou seja, a disputa que teria havido no próprio trânsito, na direção dos veículos, com aquele pormenor a que me referi: um dos condutores foi pronunciado e o outro teve a acusação remetida ao juízo singular. Peço vênia, Presidente, ao relator para não admitir – como Sua Excelência também não o faz –, não levando em conta a idade da vítima, o crime doloso. Existe um sistema, a contemplar a simples disputa sem um dano concreto, cogitando-se de dano potencial à incolumidade pública e também do resultado morte ao versar o artigo 302 do Código Nacional de Trânsito a prática do homicídio culposo. Teria inúmeras dificuldades em admitir o dolo eventual, porque quem realmente atua com imprudência 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563447. Inteiro Teor do Acórdão - Página 50 de 53 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 101.698 / RJ no trânsito, conduzindo veículo, corre também o risco de sofrer lesão e até mesmo ser alcançado pelo evento morte. No dolo eventual, isso geralmente não ocorre. Peço vênia, Presidente, para conceder a ordem. Que os dois réus – e teria dificuldades até mesmo para dizer porque um será julgado no juízo singular e o outro não – respondam tendo em conta o disposto no artigo 302 do Código Nacional de Trânsito. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563447. Supremo Tribunal Federal HC 101.698 / RJ no trânsito, conduzindo veículo, corre também o risco de sofrer lesão e até mesmo ser alcançado pelo evento morte. No dolo eventual, isso geralmente não ocorre. Peço vênia, Presidente, para conceder a ordem. Que os dois réus – e teria dificuldades até mesmo para dizer porque um será julgado no juízo singular e o outro não – respondam tendo em conta o disposto no artigo 302 do Código Nacional de Trânsito. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563447. Inteiro Teor do Acórdão - Página 51 de 53 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Eu peço vênia ao Ministro Marco Aurélio para acompanhar o Relator, considerando que neste caso se tem o que é denominado "pega" e, portanto, caracteriza-se o dolo eventual, razão pela qual o acompanho, como disse, às inteiras. ********** Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570144. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 101.698 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Eu peço vênia ao Ministro Marco Aurélio para acompanhar o Relator, considerando que neste caso se tem o que é denominado "pega" e, portanto, caracteriza-se o dolo eventual, razão pela qual o acompanho, como disse, às inteiras. ********** Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1570144. Inteiro Teor do Acórdão - Página 52 de 53 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 101.698 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) : HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Falou o Dr. Herval Bazílio, pelo Paciente. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547420 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 101.698 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) : HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Falou o Dr. Herval Bazílio, pelo Paciente. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547420 Inteiro Teor do Acórdão - Página 53 de 53
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1595332
2011-10-18T00:00:00
2011-11-30T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Falou o Dr. Herval Bazílio, pelo Paciente. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: PENAL E PROCESSO PENAL. CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. HOMICÍDIO. “PEGA” OU “RACHA” EM VIA MOVIMENTADA. DOLO EVENTUAL. PRONÚNCIA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ALTERAÇÃO DE ENTENDIMENTO DE DESEMBARGADORA NO SEGUNDO JULGAMENTO DO MESMO RECURSO, ANTE A ANULAÇÃO DO PRIMEIRO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA NÃO CONFIGURADO. DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE. PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA EM VIA PÚBLICA MOVIMENTADA. FATOS ASSENTADOS NA ORIGEM. ASSENTIMENTO QUE SE DESSUME DAS CIRCUNSTÂNCIAS. DOLO EVENTUAL CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. REVALORAÇÃO DOS FATOS. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus impetrado como substitutivo de recurso ordinário revela sua utilização promíscua e deve ser combatido, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais quando não há teratologia a eliminar, como no caso sub judice. I - DA ALEGADA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA 2. A fundamentação da sentença de pronúncia deve observar os limites inerentes ao juízo de admissibilidade da acusação, restringindo-se a declinar as razões para o convencimento acerca da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; AI 458072-ED/CE rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009; RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009. 3. A fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia encontra-se no art. 413, § 1º do CPP, na redação da Lei nº 11.689/2008, que aperfeiçoou a redação outrora disposta no art. 408 do CPP, atentando para o problema do excesso de linguagem discutido amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese. 4. In casu, o Juízo pronunciante acautelou-se o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, e indicou os elementos que motivaram o seu convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de autoria, apontando peças, declarações e testemunhos, por isso que a fundamentação declinada mostrou-se robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. II - NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA 5. O sistema do livre convencimento motivado ou da persuasão racional permite ao magistrado revelar o seu convencimento sobre as provas dos autos livremente, desde que demonstre o raciocínio desenvolvido. 6. Verificada a anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação do Órgão Julgador. 7. Utile per inutile non vitiatur, por isso que ainda que a Desembargadora tivesse mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” III - EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA 8. A Lei nº 11.689/08, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados, fragilizando sobremaneira a tese do excesso de linguagem da pronúncia, uma vez que a referência a tais atos, na sessão do Júri, gera nulidade que pode ser alegada oportunamente pela defesa. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009. 9. In casu, a fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes à espécie de provimento jurisdicional, assentando a comprovação da materialidade do fato e dos indícios suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. 10. O aprofundamento maior no exame das provas, no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito praticado com dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável repercussão sobre o status libertatis do paciente cumpre o postulado constitucional da motivação das decisões judiciais. É que, para afastar a competência do Tribunal do Júri, faz-se mister um juízo de certeza acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de Oliveira: “O que se espera dele [juiz] é o exame do material probatório ali produzido, especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase.” (Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576) IV – ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO 11. O caso sub judice distingue-se daquele revelado no julgamento do HC nº 107801 (rel. min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJ de 13/10/2011), que cuidou de paciente sob o efeito de bebidas alcoólicas, hipótese na qual gravitava o tema da imputabilidade, superada tradicionalmente na doutrina e na jurisprudência com a aplicação da teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. 12. A banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior naquele julgado, oportunidade em que se limitou a aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. 13. A precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada, é assertiva que não se depreende do julgado no HC nº 107801. 14. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra-se no elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de todas as circunstâncias objetivas do caso concreto, sendo certo que, em ambas as situações, ocorre a representação do resultado pelo agente. 15. Deveras, tratando-se de culpa consciente, o agente pratica o fato ciente de que o resultado lesivo, embora previsto por ele, não ocorrerá. Doutrina de Nelson Hungria (Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117); Heleno Cláudio Fragoso (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo adicionado) e Zaffaroni e Pierangelli (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 2011, pp. 434-435 – grifos adicionados). 16. A cognição empreendida nas instâncias originárias demonstrou que o paciente, ao lançar-se em práticas de expressiva periculosidade, em via pública, mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto no art. 18, inciso I, segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). 17. A notória periculosidade dessas práticas de competições automobilísticas em vias públicas gerou a edição de legislação especial prevendo-as como crime autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: “Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:”. 18. O art. 308 do CTB é crime doloso de perigo concreto que, se concretizado em lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra-senso transmudar um delito doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Doutrina de José Marcos Marrone (Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76). 19. É cediço na Corte que, em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado “racha”, a conduta configura homicídio doloso. Precedentes: HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 24/10/2008; HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996. 20. A conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou “racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, impõe reconhecer a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. 21. A valoração jurídica do fato distingue-se da aferição do mesmo, por isso que o exame da presente questão não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático-probatório, mas importa em mera revaloração dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que viabiliza o conhecimento do habeas corpus. Precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. 22. Assente-se, por fim, que a alegação de que o Conselho de Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, porquanto o que o Tribunal do Júri afastou com relação àquele foi o dolo ao responder negativamente ao quesito: “Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”, concluindo por prejudicado o quesito alusivo à participação em manobras perigosas. 23. Parecer do MPF pelo indeferimento da ordem. 24. Ordem denegada.
sjur202093
- Acórdãos citados: HC 71800, HC 86414, HC 91159, HC 94274, HC 96820, RE 99590, HC 107801, RE 122011, AI 458072 ED, RE 521813. Número de páginas: 53. Análise: 05/01/2012, MMR. Revisão: 17/01/2012, KBP.
LUIZ FUX
Primeira Turma
101698
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HC
acordaos
HC 101698
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PACTE.(S) : THIAGO DE ALMEIDA VIANNA IMPTE.(S) : HERVAL BAZÍLIO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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"8", "/", "1990", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "28", "/", "6", "/", "2011", "6", "/", "4", "/", "1984", "17", "/", "8", "/", "1990", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "1980", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "1980", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "1998", "24", "/", "08", "/", "2001", "1998", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "10", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "10", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "1996", "28", "/", "6", "/", "2011", "6", "/", "4", "/", "1984", "17", "/", "8", "/", "1990", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "1996", "28", "/", "6", "/", "2011", "6", "/", "4", "/", "1984", "17", "/", "8", "/", "1990", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "6 de setembro", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "6 de setembro", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "10", "/", "2011", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "10", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 26/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.133 CEARÁ RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO PACTE.(S) : FRANCISCO LAURINDO DOS SANTOS IMPTE.(S) : MICHEL SAMPAIO COUTINHO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E M E N T A: “HABEAS CORPUS” - PRISÃO PREVENTIVA – ALEGADO EXCESSO DE PRAZO NA CUSTÓDIA PROCESSUAL DO PACIENTE E NA FORMAÇÃO DA CULPA – CAUSA PENAL COMPLEXA – EXISTÊNCIA DE VÁRIOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS - INOCORRÊNCIA DE EXCESSO IRRAZOÁVEL - PEDIDO INDEFERIDO. - O Supremo Tribunal Federal reconhece que a complexidade da causa penal, de um lado, e o número de litisconsortes penais passivos, de outro, podem justificar eventual retardamento na conclusão do procedimento penal ou na solução jurisdicional do litígio, desde que a demora registrada seja compatível com padrões de estrita razoabilidade. Precedentes. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em indeferir a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 26 de outubro de 2010. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785543 Supremo Tribunal Federal DJe 23/11/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Relatório 26/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.133 CEARÁ RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO PACTE.(S) : FRANCISCO LAURINDO DOS SANTOS IMPTE.(S) : MICHEL SAMPAIO COUTINHO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República, Dr. EDSON OLIVEIRA DE ALMEIDA, assim resumiu e apreciou a presente impetração: “Senhor Ministro-Relator: 1. Trata-se de ‘habeas corpus’ impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem no HC nº 134.312/CE, nos termos da seguinte ementa: ‘HABEAS CORPUS’. CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA, CONEXOS AO FURTO QUALIFICADO À CAIXA-FORTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL EM FORTALEZA/CE. EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. INSTRUÇÃO ENCERRADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. FATOS QUE GERARAM GRAVE PREJUÍZO AO ERÁRIO. ORDEM DENEGADA. 1. O excesso de prazo desproporcional, desmotivado e irrazoável para a conclusão do feito, mormente em se tratando de réu preso, não pode, em qualquer hipótese, ser tolerado. 2. Na hipótese dos autos, contudo, a alegada demora no julgamento não extrapola os limites da proporcionalidade: os prazos indicados para a conclusão dos feitos criminais servem como necessário parâmetro geral, a fim de se evitarem Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Supremo Tribunal Federal 26/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.133 CEARÁ RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO PACTE.(S) : FRANCISCO LAURINDO DOS SANTOS IMPTE.(S) : MICHEL SAMPAIO COUTINHO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República, Dr. EDSON OLIVEIRA DE ALMEIDA, assim resumiu e apreciou a presente impetração: “Senhor Ministro-Relator: 1. Trata-se de ‘habeas corpus’ impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem no HC nº 134.312/CE, nos termos da seguinte ementa: ‘HABEAS CORPUS’. CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA, CONEXOS AO FURTO QUALIFICADO À CAIXA-FORTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL EM FORTALEZA/CE. EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. INSTRUÇÃO ENCERRADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. FATOS QUE GERARAM GRAVE PREJUÍZO AO ERÁRIO. ORDEM DENEGADA. 1. O excesso de prazo desproporcional, desmotivado e irrazoável para a conclusão do feito, mormente em se tratando de réu preso, não pode, em qualquer hipótese, ser tolerado. 2. Na hipótese dos autos, contudo, a alegada demora no julgamento não extrapola os limites da proporcionalidade: os prazos indicados para a conclusão dos feitos criminais servem como necessário parâmetro geral, a fim de se evitarem Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório HC 105.133 / CE 2 situações abusivas. Entretanto, devem ser consideradas, a fim de se verificar constrangimento ilegal, as peculiaridades de cada caso concreto, razão pela qual a jurisprudência admite a mitigação dos referidos prazos, à luz do Princípio da Razoabilidade. 3. Não obstante inicialmente tenha sido determinada a suspensão do andamento da ação penal pelo Supremo Tribunal Federal, sua normal tramitação foi retomada após o julgamento do mérito do ‘writ’ lá impetrado. E, conforme andamento obtido no ‘site’ oficial que o Tribunal ‘a quo’ mantém na ‘internet’, o processo-crime encontra-se, agora, na fase de alegações finais dos Réus. Incide, portanto, no caso, a Súmula n.º 52 deste Superior Tribunal de Justiça. 4. Não se pode descurar, ainda, aplicar-se, à hipótese, o entendimento dos Tribunais Pátrios de que ‘há justa causa no decreto de prisão preventiva para garantia da ordem pública, quando o agente se revela propenso a prática delituosa, demonstrando menosprezo pelas normas penais. Nesse caso, a não decretação da prisão pode representar indesejável sensação de impunidade, que incentiva o cometimento de crimes e abala a credibilidade do Poder Judiciário’ (STF – HC 83.868/AM, Tribunal Pleno, Rel. p/ Acórdão: Min. ELLEN GRACIE, DJe de 17/04/2009). É o que se infere acerca da personalidade do Paciente, que participou de ação criminosa que resultou no furto de mais de R$ 164.000.000,00 (cento e sessenta e quatro milhões de reais), tendo se conformado, dada a audácia da ação, aos riscos da prisão. 5. A manutenção da custódia preventiva do Paciente encontra-se suficientemente fundamentada, em face das circunstâncias do caso pois, pelas características delineadas, configura-se ‘in concreto’ a periculosidade do agente. Necessidade de sua segregação para a garantia da ordem pública, em se considerando, sobretudo, ‘o modus operandi’ dos delitos, o que demonstra, com clareza, sua perniciosidade ao meio social. 6. O princípio constitucional da presunção de não-culpabilidade é um dos mais importantes na Carta Magna, porque protege o cidadão de bem contra o abuso e a arbitrariedade da repressão Estatal. No entanto, não se pode erguer barreira intransponível Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 2 situações abusivas. Entretanto, devem ser consideradas, a fim de se verificar constrangimento ilegal, as peculiaridades de cada caso concreto, razão pela qual a jurisprudência admite a mitigação dos referidos prazos, à luz do Princípio da Razoabilidade. 3. Não obstante inicialmente tenha sido determinada a suspensão do andamento da ação penal pelo Supremo Tribunal Federal, sua normal tramitação foi retomada após o julgamento do mérito do ‘writ’ lá impetrado. E, conforme andamento obtido no ‘site’ oficial que o Tribunal ‘a quo’ mantém na ‘internet’, o processo-crime encontra-se, agora, na fase de alegações finais dos Réus. Incide, portanto, no caso, a Súmula n.º 52 deste Superior Tribunal de Justiça. 4. Não se pode descurar, ainda, aplicar-se, à hipótese, o entendimento dos Tribunais Pátrios de que ‘há justa causa no decreto de prisão preventiva para garantia da ordem pública, quando o agente se revela propenso a prática delituosa, demonstrando menosprezo pelas normas penais. Nesse caso, a não decretação da prisão pode representar indesejável sensação de impunidade, que incentiva o cometimento de crimes e abala a credibilidade do Poder Judiciário’ (STF – HC 83.868/AM, Tribunal Pleno, Rel. p/ Acórdão: Min. ELLEN GRACIE, DJe de 17/04/2009). É o que se infere acerca da personalidade do Paciente, que participou de ação criminosa que resultou no furto de mais de R$ 164.000.000,00 (cento e sessenta e quatro milhões de reais), tendo se conformado, dada a audácia da ação, aos riscos da prisão. 5. A manutenção da custódia preventiva do Paciente encontra-se suficientemente fundamentada, em face das circunstâncias do caso pois, pelas características delineadas, configura-se ‘in concreto’ a periculosidade do agente. Necessidade de sua segregação para a garantia da ordem pública, em se considerando, sobretudo, ‘o modus operandi’ dos delitos, o que demonstra, com clareza, sua perniciosidade ao meio social. 6. O princípio constitucional da presunção de não-culpabilidade é um dos mais importantes na Carta Magna, porque protege o cidadão de bem contra o abuso e a arbitrariedade da repressão Estatal. No entanto, não se pode erguer barreira intransponível Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório HC 105.133 / CE 3 quanto à adoção de medidas cautelares necessárias ao resgate da higidez das instituições públicas e da ordem social. 7. Feito juízo de valor estabelecido entre interesses postos em conflito, sobreleva muito acima a necessidade de pronta resposta estatal para o resguardo da ordem pública, frontalmente ameaçada com prática de crimes graves, o que demonstra forma de agir atentatória às instituições que dão suporte à existência de um Estado Democrático de Direito. 8. ‘Habeas corpus’ denegado, com recomendação de urgência na conclusão ao feito. 2. O paciente foi denunciado perante o Juízo da 11.ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Fortaleza/CE, pela suposta prática dos delitos previstos no art. 155, § 4.º, incisos I e IV, e art. 288, ambos do Código Penal c.c. art. 1.º da Lei nº 9034/95 c.c. o art. 1.º, inciso VII, da Lei n.º 9613/98. Irresignada, a defesa impetrou ‘habeas corpus’ no Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, que denegou a ordem, o que ensejou a impetração de ‘habeas corpus’ no Superior Tribunal de Justiça, que também denegou a ordem e cujo acórdão ora se impugna. 3. Alega o impetrante, em suma, que o paciente, preso preventivamente desde janeiro de 2007, está sofrendo constrangimento ilegal, em razão do excesso de prazo para formação da culpa. Requer, assim, liminarmente e no mérito, seja expedido alvará de soltura em favor do paciente, para que aguarde em liberdade o julgamento da ação penal. 4. A liminar foi indeferida. 5. Entendo que não assiste razão ao impetrante. 6. O excesso de prazo da prisão processual, não constitui por si só motivo para a revogação da custódia cautelar. De acordo com a jurisprudência dessa Suprema Corte, o prazo para o encerramento da instrução não é absoluto, devendo ser visto caso a caso e com temperamentos, segundo o princípio da razoabilidade. No caso, o excesso de prazo se encontra plenamente justificado pelas circunstâncias do processo, em especial a complexidade do feito, a pluralidade de réus (vinte e dois) e a gravidade dos fatos. Assim, de acordo com precedentes do Supremo Tribunal Federal: ‘Desde que devidamente fundamentada e com base no parâmetro da razoabilidade, é possível a prorrogação dos prazos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 3 quanto à adoção de medidas cautelares necessárias ao resgate da higidez das instituições públicas e da ordem social. 7. Feito juízo de valor estabelecido entre interesses postos em conflito, sobreleva muito acima a necessidade de pronta resposta estatal para o resguardo da ordem pública, frontalmente ameaçada com prática de crimes graves, o que demonstra forma de agir atentatória às instituições que dão suporte à existência de um Estado Democrático de Direito. 8. ‘Habeas corpus’ denegado, com recomendação de urgência na conclusão ao feito. 2. O paciente foi denunciado perante o Juízo da 11.ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Fortaleza/CE, pela suposta prática dos delitos previstos no art. 155, § 4.º, incisos I e IV, e art. 288, ambos do Código Penal c.c. art. 1.º da Lei nº 9034/95 c.c. o art. 1.º, inciso VII, da Lei n.º 9613/98. Irresignada, a defesa impetrou ‘habeas corpus’ no Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, que denegou a ordem, o que ensejou a impetração de ‘habeas corpus’ no Superior Tribunal de Justiça, que também denegou a ordem e cujo acórdão ora se impugna. 3. Alega o impetrante, em suma, que o paciente, preso preventivamente desde janeiro de 2007, está sofrendo constrangimento ilegal, em razão do excesso de prazo para formação da culpa. Requer, assim, liminarmente e no mérito, seja expedido alvará de soltura em favor do paciente, para que aguarde em liberdade o julgamento da ação penal. 4. A liminar foi indeferida. 5. Entendo que não assiste razão ao impetrante. 6. O excesso de prazo da prisão processual, não constitui por si só motivo para a revogação da custódia cautelar. De acordo com a jurisprudência dessa Suprema Corte, o prazo para o encerramento da instrução não é absoluto, devendo ser visto caso a caso e com temperamentos, segundo o princípio da razoabilidade. No caso, o excesso de prazo se encontra plenamente justificado pelas circunstâncias do processo, em especial a complexidade do feito, a pluralidade de réus (vinte e dois) e a gravidade dos fatos. Assim, de acordo com precedentes do Supremo Tribunal Federal: ‘Desde que devidamente fundamentada e com base no parâmetro da razoabilidade, é possível a prorrogação dos prazos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório HC 105.133 / CE 4 processuais para o término da instrução criminal de caráter complexo (HC 71.610/DF, Pleno, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 30.03.2001; HC 82.138/SC, 2ª Turma, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 14.11.2002; HC 81.905/PE, 1ª Turma, de minha relatoria, DJ 16.05.2003)’ (HC nº 89.847/BA, rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 27.6.2008). Ademais, a instrução criminal já foi encerrada. 7. Assim, conforme asseverou o Superior Tribunal de Justiça, ‘restou devidamente justificada a necessária dilação do prazo para conclusão da fase instrutória, em observância ao princípio da razoabilidade, tendo em vista a complexidade do feito. Com efeito, somente ocorre constrangimento ilegal quando o excesso de prazo for motivado pelo descaso injustificado do juízo, o que não restou configurado na presente hipótese. De todo modo, a instrução criminal encontra-se encerrada, porquanto já foi colhida toda a prova oral pertinente ao feito. Incide, ‘in casu’, o enunciado da Súmula n.º 52 desta Corte Superior, ‘in verbis’: ‘Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo.’ (...) Desta feita, sobretudo porque persistem os motivos da prisão preventiva, considero temerário determinar a expedição de alvará de soltura em favor do Paciente, à véspera da solução do processo-crime em primeiro grau. Agora, caberá ao Magistrado, após a prolação da sentença, analisar a necessidade da manutenção da custódia do acusado’. 8. Isso posto, em consonância com o acórdão impugnado, opino pela denegação da ordem.” (grifei) É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 4 processuais para o término da instrução criminal de caráter complexo (HC 71.610/DF, Pleno, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 30.03.2001; HC 82.138/SC, 2ª Turma, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 14.11.2002; HC 81.905/PE, 1ª Turma, de minha relatoria, DJ 16.05.2003)’ (HC nº 89.847/BA, rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 27.6.2008). Ademais, a instrução criminal já foi encerrada. 7. Assim, conforme asseverou o Superior Tribunal de Justiça, ‘restou devidamente justificada a necessária dilação do prazo para conclusão da fase instrutória, em observância ao princípio da razoabilidade, tendo em vista a complexidade do feito. Com efeito, somente ocorre constrangimento ilegal quando o excesso de prazo for motivado pelo descaso injustificado do juízo, o que não restou configurado na presente hipótese. De todo modo, a instrução criminal encontra-se encerrada, porquanto já foi colhida toda a prova oral pertinente ao feito. Incide, ‘in casu’, o enunciado da Súmula n.º 52 desta Corte Superior, ‘in verbis’: ‘Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo.’ (...) Desta feita, sobretudo porque persistem os motivos da prisão preventiva, considero temerário determinar a expedição de alvará de soltura em favor do Paciente, à véspera da solução do processo-crime em primeiro grau. Agora, caberá ao Magistrado, após a prolação da sentença, analisar a necessidade da manutenção da custódia do acusado’. 8. Isso posto, em consonância com o acórdão impugnado, opino pela denegação da ordem.” (grifei) É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785544 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 105.133 / CE 5 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão que, emanada da Quinta Turma do E. Superior Tribunal de Justiça, encontra-se consubstanciada em acórdão assim ementado: “‘HABEAS CORPUS’. CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA, CONEXOS AO FURTO QUALIFICADO À CAIXA-FORTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL EM FORTALEZA/CE. EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. INSTRUÇÃO ENCERRADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. FATOS QUE GERARAM GRAVE PREJUÍZO AO ERÁRIO. ORDEM DENEGADA. 1. O excesso de prazo desproporcional, desmotivado e irrazoável para a conclusão do feito, mormente em se tratando de réu preso, não pode, em qualquer hipótese, ser tolerado. 2. Na hipótese dos autos, contudo, a alegada demora no julgamento não extrapola os limites da proporcionalidade: os prazos indicados para a conclusão dos feitos criminais servem como necessário parâmetro geral, a fim de se evitarem situações abusivas. Entretanto, devem ser consideradas, a fim de se verificar constrangimento ilegal, as peculiaridades de cada caso concreto, razão pela qual a jurisprudência admite a mitigação dos referidos prazos, à luz do Princípio da Razoabilidade. 3. Não obstante inicialmente tenha sido determinada a suspensão do andamento da ação penal pelo Supremo Tribunal Federal, sua normal tramitação foi retomada após o julgamento do mérito do ‘writ’ lá impetrado. E, conforme andamento obtido no ‘site’ oficial que o Tribunal ‘a quo’ mantém na ‘internet’, o processo-crime encontra-se, agora, na fase de alegações finais dos Réus. Incide, portanto, no caso, a Súmula n.º 52 deste Superior Tribunal de Justiça. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 5 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão que, emanada da Quinta Turma do E. Superior Tribunal de Justiça, encontra-se consubstanciada em acórdão assim ementado: “‘HABEAS CORPUS’. CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA, CONEXOS AO FURTO QUALIFICADO À CAIXA-FORTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL EM FORTALEZA/CE. EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. INSTRUÇÃO ENCERRADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. FATOS QUE GERARAM GRAVE PREJUÍZO AO ERÁRIO. ORDEM DENEGADA. 1. O excesso de prazo desproporcional, desmotivado e irrazoável para a conclusão do feito, mormente em se tratando de réu preso, não pode, em qualquer hipótese, ser tolerado. 2. Na hipótese dos autos, contudo, a alegada demora no julgamento não extrapola os limites da proporcionalidade: os prazos indicados para a conclusão dos feitos criminais servem como necessário parâmetro geral, a fim de se evitarem situações abusivas. Entretanto, devem ser consideradas, a fim de se verificar constrangimento ilegal, as peculiaridades de cada caso concreto, razão pela qual a jurisprudência admite a mitigação dos referidos prazos, à luz do Princípio da Razoabilidade. 3. Não obstante inicialmente tenha sido determinada a suspensão do andamento da ação penal pelo Supremo Tribunal Federal, sua normal tramitação foi retomada após o julgamento do mérito do ‘writ’ lá impetrado. E, conforme andamento obtido no ‘site’ oficial que o Tribunal ‘a quo’ mantém na ‘internet’, o processo-crime encontra-se, agora, na fase de alegações finais dos Réus. Incide, portanto, no caso, a Súmula n.º 52 deste Superior Tribunal de Justiça. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 105.133 / CE 6 4. Não se pode descurar, ainda, aplicar-se, à hipótese, o entendimento dos Tribunais Pátrios de que ‘há justa causa no decreto de prisão preventiva para garantia da ordem pública, quando o agente se revela propenso a prática delituosa, demonstrando menosprezo pelas normas penais. Nesse caso, a não decretação da prisão pode representar indesejável sensação de impunidade, que incentiva o cometimento de crimes e abala a credibilidade do Poder Judiciário’ (STF – HC 83.868/AM, Tribunal Pleno, Rel. p/ Acórdão: Min. ELLEN GRACIE, DJe de 17/04/2009). É o que se infere acerca da personalidade do Paciente, que participou de ação criminosa que resultou no furto de mais de R$ 164.000.000,00 (cento e sessenta e quatro milhões de reais), tendo se conformado, dada a audácia da ação, aos riscos da prisão. 5. A manutenção da custódia preventiva do Paciente encontra-se suficientemente fundamentada, em face das circunstâncias do caso pois, pelas características delineadas, configura-se ‘in concreto’ a periculosidade do agente. Necessidade de sua segregação para a garantia da ordem pública, em se considerando, sobretudo, ‘o modus operandi’ dos delitos, o que demonstra, com clareza, sua perniciosidade ao meio social. 6. O princípio constitucional da presunção de não- -culpabilidade é um dos mais importantes na Carta Magna, porque protege o cidadão de bem contra o abuso e a arbitrariedade da repressão Estatal. No entanto, não se pode erguer barreira intransponível quanto à adoção de medidas cautelares necessárias ao resgate da higidez das instituições públicas e da ordem social. 7. Feito juízo de valor estabelecido entre interesses postos em conflito, sobreleva muito acima a necessidade de pronta resposta estatal para o resguardo da ordem pública, frontalmente ameaçada com prática de crimes graves, o que demonstra forma de agir atentatória às instituições que dão suporte à existência de um Estado Democrático de Direito. 8. ‘Habeas corpus’ denegado, com recomendação de urgência na conclusão ao feito.” (HC 134.312/CE, Rel. Min. LAURITA VAZ - grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 6 4. Não se pode descurar, ainda, aplicar-se, à hipótese, o entendimento dos Tribunais Pátrios de que ‘há justa causa no decreto de prisão preventiva para garantia da ordem pública, quando o agente se revela propenso a prática delituosa, demonstrando menosprezo pelas normas penais. Nesse caso, a não decretação da prisão pode representar indesejável sensação de impunidade, que incentiva o cometimento de crimes e abala a credibilidade do Poder Judiciário’ (STF – HC 83.868/AM, Tribunal Pleno, Rel. p/ Acórdão: Min. ELLEN GRACIE, DJe de 17/04/2009). É o que se infere acerca da personalidade do Paciente, que participou de ação criminosa que resultou no furto de mais de R$ 164.000.000,00 (cento e sessenta e quatro milhões de reais), tendo se conformado, dada a audácia da ação, aos riscos da prisão. 5. A manutenção da custódia preventiva do Paciente encontra-se suficientemente fundamentada, em face das circunstâncias do caso pois, pelas características delineadas, configura-se ‘in concreto’ a periculosidade do agente. Necessidade de sua segregação para a garantia da ordem pública, em se considerando, sobretudo, ‘o modus operandi’ dos delitos, o que demonstra, com clareza, sua perniciosidade ao meio social. 6. O princípio constitucional da presunção de não- -culpabilidade é um dos mais importantes na Carta Magna, porque protege o cidadão de bem contra o abuso e a arbitrariedade da repressão Estatal. No entanto, não se pode erguer barreira intransponível quanto à adoção de medidas cautelares necessárias ao resgate da higidez das instituições públicas e da ordem social. 7. Feito juízo de valor estabelecido entre interesses postos em conflito, sobreleva muito acima a necessidade de pronta resposta estatal para o resguardo da ordem pública, frontalmente ameaçada com prática de crimes graves, o que demonstra forma de agir atentatória às instituições que dão suporte à existência de um Estado Democrático de Direito. 8. ‘Habeas corpus’ denegado, com recomendação de urgência na conclusão ao feito.” (HC 134.312/CE, Rel. Min. LAURITA VAZ - grifei) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 105.133 / CE 7 A parte ora impetrante, para justificar a sua pretensão, apóia-se, em síntese, na ocorrência de excesso de prazo na formação da culpa e na prisão cautelar do paciente. Entendo assistir plena razão à douta Procuradoria Geral da República, quando opina, no caso em exame, pela denegação do pedido de “habeas corpus”. É que, concernente ao alegado excesso de prazo na prisão cautelar do paciente, há a considerar que o Supremo Tribunal Federal, em situações assemelhadas à descrita nesta impetração, tem entendido que a complexidade da causa penal – notadamente daquelas de caráter multitudinário (como a ora em exame, na qual figuram 23 litisconsortes penais passivos) – pode justificar eventual retardamento na solução jurisdicional do litígio. Cabe mencionar, no ponto, trecho do parecer que o Ministério Público Federal ofereceu nestes autos: “6. O excesso de prazo da prisão processual, não constitui por si só motivo para a revogação da custódia cautelar. De acordo com a jurisprudência dessa Suprema Corte, o prazo para o encerramento da instrução não é absoluto, devendo ser visto caso a caso e com temperamentos, segundo o princípio da razoabilidade. No caso, o excesso de prazo se encontra plenamente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 7 A parte ora impetrante, para justificar a sua pretensão, apóia-se, em síntese, na ocorrência de excesso de prazo na formação da culpa e na prisão cautelar do paciente. Entendo assistir plena razão à douta Procuradoria Geral da República, quando opina, no caso em exame, pela denegação do pedido de “habeas corpus”. É que, concernente ao alegado excesso de prazo na prisão cautelar do paciente, há a considerar que o Supremo Tribunal Federal, em situações assemelhadas à descrita nesta impetração, tem entendido que a complexidade da causa penal – notadamente daquelas de caráter multitudinário (como a ora em exame, na qual figuram 23 litisconsortes penais passivos) – pode justificar eventual retardamento na solução jurisdicional do litígio. Cabe mencionar, no ponto, trecho do parecer que o Ministério Público Federal ofereceu nestes autos: “6. O excesso de prazo da prisão processual, não constitui por si só motivo para a revogação da custódia cautelar. De acordo com a jurisprudência dessa Suprema Corte, o prazo para o encerramento da instrução não é absoluto, devendo ser visto caso a caso e com temperamentos, segundo o princípio da razoabilidade. No caso, o excesso de prazo se encontra plenamente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 105.133 / CE 8 justificado pelas circunstâncias do processo, em especial a complexidade do feito, a pluralidade de réus (vinte e dois) e a gravidade dos fatos. Assim, de acordo com precedentes do Supremo Tribunal Federal: ‘Desde que devidamente fundamentada e com base no parâmetro da razoabilidade, é possível a prorrogação dos prazos processuais para o término da instrução criminal de caráter complexo (HC 71.610/DF, Pleno, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 30.03.2001; HC 82.138/SC, 2ª Turma, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 14.11.2002; HC 81.905/PE, 1ª Turma, de minha relatoria, DJ 16.05.2003)’ (HC nº 89.847/BA, rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 27.6.2008). Ademais, a instrução criminal já foi encerrada.” (grifei) Cumpre assinalar, por necessário, que a alegação de excesso de prazo - considerado o contexto da causa penal em análise - não encontra apoio no magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, que tem reconhecido caracterizar-se a “Ausência de constrangimento ilegal, quando tal excesso deriva das circunstâncias e da complexidade do processo, não sendo eventual retardamento fruto de inércia e desídia do Poder Judiciário” (HC 81.957/MA, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Esse entendimento, na realidade, nada mais reflete senão a própria orientação resultante de diretriz jurisprudencial que esta Corte Suprema firmou na matéria, notadamente em situações como a ora exposta nesta impetração, em que a complexidade dos fatos e a imputação atribuída ao ora paciente – CP, art. 155, § 4º, I e IV, e art. 288; Lei nº 9.034/95, art. 1º; e Lei nº 9.613/98, art. 1º, VII -, de um Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 8 justificado pelas circunstâncias do processo, em especial a complexidade do feito, a pluralidade de réus (vinte e dois) e a gravidade dos fatos. Assim, de acordo com precedentes do Supremo Tribunal Federal: ‘Desde que devidamente fundamentada e com base no parâmetro da razoabilidade, é possível a prorrogação dos prazos processuais para o término da instrução criminal de caráter complexo (HC 71.610/DF, Pleno, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 30.03.2001; HC 82.138/SC, 2ª Turma, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 14.11.2002; HC 81.905/PE, 1ª Turma, de minha relatoria, DJ 16.05.2003)’ (HC nº 89.847/BA, rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 27.6.2008). Ademais, a instrução criminal já foi encerrada.” (grifei) Cumpre assinalar, por necessário, que a alegação de excesso de prazo - considerado o contexto da causa penal em análise - não encontra apoio no magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, que tem reconhecido caracterizar-se a “Ausência de constrangimento ilegal, quando tal excesso deriva das circunstâncias e da complexidade do processo, não sendo eventual retardamento fruto de inércia e desídia do Poder Judiciário” (HC 81.957/MA, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei). Esse entendimento, na realidade, nada mais reflete senão a própria orientação resultante de diretriz jurisprudencial que esta Corte Suprema firmou na matéria, notadamente em situações como a ora exposta nesta impetração, em que a complexidade dos fatos e a imputação atribuída ao ora paciente – CP, art. 155, § 4º, I e IV, e art. 288; Lei nº 9.034/95, art. 1º; e Lei nº 9.613/98, art. 1º, VII -, de um Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 105.133 / CE 9 lado, e o número elevado de litisconsortes penais passivos, de outro, tornam justificável eventual retardamento na conclusão do procedimento penal, desde que – como ocorre na espécie quanto ao paciente - a demora registrada observe padrões de estrita razoabilidade (RTJ 93/1021 – RTJ 110/573 – RTJ 123/545 – RTJ 124/1087 - RTJ 128/652 – RTJ 128/681 - RTJ 129/746 – RTJ 135/554 – RTJ 136/604 - RTJ 178/276 - RTJ 196/306 – HC 85.611/DF - HC 85.679/PE – HC 85.733/PB – HC 86.103/RS – HC 86.329/PA - HC 89.168/RO – HC 90.085/AM – HC 92.570/PE – HC 101.447/CE, v.g.): “‘HABEAS CORPUS’ - PRISÃO PREVENTIVA – NECESSIDADE COMPROVADA DE SUA DECRETAÇÃO - DECISÃO FUNDAMENTADA - MOTIVAÇÃO IDÔNEA QUE ENCONTRA APOIO EM FATOS CONCRETOS – POSSÍVEL INTEGRANTE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - LEGALIDADE DA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO CAUTELAR – ALEGADO EXCESSO DE PRAZO NA CUSTÓDIA PROCESSUAL – CAUSA PENAL COMPLEXA – EXISTÊNCIA DE VÁRIOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS - INOCORRÊNCIA DE EXCESSO IRRAZOÁVEL - PEDIDO INDEFERIDO. ................................................... ALEGADO EXCESSO DE PRAZO NA CUSTÓDIA CAUTELAR DO PACIENTE. CAUSA PENAL COMPLEXA. EXCESSO DE PRAZO NÃO CARACTERIZADO. - O Supremo Tribunal Federal reconhece que a complexidade da causa penal, de um lado, e o número de litisconsortes penais passivos, de outro, podem justificar eventual retardamento na conclusão do procedimento penal ou na solução jurisdicional do litígio, desde que a demora registrada seja compatível com padrões de estrita razoabilidade. Precedentes.” (HC 97.378/SE, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 9 lado, e o número elevado de litisconsortes penais passivos, de outro, tornam justificável eventual retardamento na conclusão do procedimento penal, desde que – como ocorre na espécie quanto ao paciente - a demora registrada observe padrões de estrita razoabilidade (RTJ 93/1021 – RTJ 110/573 – RTJ 123/545 – RTJ 124/1087 - RTJ 128/652 – RTJ 128/681 - RTJ 129/746 – RTJ 135/554 – RTJ 136/604 - RTJ 178/276 - RTJ 196/306 – HC 85.611/DF - HC 85.679/PE – HC 85.733/PB – HC 86.103/RS – HC 86.329/PA - HC 89.168/RO – HC 90.085/AM – HC 92.570/PE – HC 101.447/CE, v.g.): “‘HABEAS CORPUS’ - PRISÃO PREVENTIVA – NECESSIDADE COMPROVADA DE SUA DECRETAÇÃO - DECISÃO FUNDAMENTADA - MOTIVAÇÃO IDÔNEA QUE ENCONTRA APOIO EM FATOS CONCRETOS – POSSÍVEL INTEGRANTE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - LEGALIDADE DA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO CAUTELAR – ALEGADO EXCESSO DE PRAZO NA CUSTÓDIA PROCESSUAL – CAUSA PENAL COMPLEXA – EXISTÊNCIA DE VÁRIOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS - INOCORRÊNCIA DE EXCESSO IRRAZOÁVEL - PEDIDO INDEFERIDO. ................................................... ALEGADO EXCESSO DE PRAZO NA CUSTÓDIA CAUTELAR DO PACIENTE. CAUSA PENAL COMPLEXA. EXCESSO DE PRAZO NÃO CARACTERIZADO. - O Supremo Tribunal Federal reconhece que a complexidade da causa penal, de um lado, e o número de litisconsortes penais passivos, de outro, podem justificar eventual retardamento na conclusão do procedimento penal ou na solução jurisdicional do litígio, desde que a demora registrada seja compatível com padrões de estrita razoabilidade. Precedentes.” (HC 97.378/SE, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. CELSO DE MELLO HC 105.133 / CE 10 Sendo assim, em face das razões expostas e acolhendo, ainda, o parecer da douta Procuradoria Geral da República, indefiro o presente pedido de “habeas corpus”. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Supremo Tribunal Federal HC 105.133 / CE 10 Sendo assim, em face das razões expostas e acolhendo, ainda, o parecer da douta Procuradoria Geral da República, indefiro o presente pedido de “habeas corpus”. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 785545 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.133 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO PACTE.(S) : FRANCISCO LAURINDO DOS SANTOS IMPTE.(S) : MICHEL SAMPAIO COUTINHO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Indeferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 26.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 828410 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.133 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO PACTE.(S) : FRANCISCO LAURINDO DOS SANTOS IMPTE.(S) : MICHEL SAMPAIO COUTINHO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Indeferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 26.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 828410 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=835702
2010-10-26T00:00:00
2010-11-23T00:00:00
Indeferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 26.10.2010.
HABEAS CORPUS
E M E N T A: “HABEAS CORPUS” - PRISÃO PREVENTIVA – ALEGADO EXCESSO DE PRAZO NA CUSTÓDIA PROCESSUAL DO PACIENTE E NA FORMAÇÃO DA CULPA – CAUSA PENAL COMPLEXA – EXISTÊNCIA DE VÁRIOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS - INOCORRÊNCIA DE EXCESSO IRRAZOÁVEL - PEDIDO INDEFERIDO. - O Supremo Tribunal Federal reconhece que a complexidade da causa penal, de um lado, e o número de litisconsortes penais passivos, de outro, podem justificar eventual retardamento na conclusão do procedimento penal ou na solução jurisdicional do litígio, desde que a demora registrada seja compatível com padrões de estrita razoabilidade. Precedentes.
sjur184981
- Acórdãos citados: HC 81957, HC 85611, HC 85679, HC 85733, HC 86103, HC 86329, HC 89168, HC 90085, HC 92570, HC 97378; RTJ 93/1021, RTJ 110/573, RTJ 123/545, RTJ 124/1087, RTJ 128/652, RTJ 196/306. - Veja HC 134312 do STJ. Número de páginas: 12. Análise: 25/11/2010, KBP. Revisão: 01/12/2010, SEV.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
105133
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00155 PAR-00004 INC-00001 INC-00004\r\n ART-00288 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-009034 ANO-1995\r\n ART-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-FED LEI-009613 ANO-1998\r\n ART-00001 INC-00007 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 105133
[ "" ]
PACTE.(S) : FRANCISCO LAURINDO DOS SANTOS IMPTE.(S) : MICHEL SAMPAIO COUTINHO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 133", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 133", "H", "C [UNK] 134. 312 / CE", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. [UNK] 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 133", "H", "C [UNK] 134. 312 / CE", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. [UNK] 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "H", "C 105. 133 / CE", "S", "úm", "ula n. [UNK] 52 deste Superior Tribunal de Justiça", "H", "C 83. 868 / AM", "H", "C 105. 133 / CE", "S", "úm", "ula n. [UNK] 52 deste Superior Tribunal de Justiça", "H", "C 83. 868 / AM", "H", "C 105. 133 / CE", "H", "C 105. 133 / CE", "H", "C 105. 133 / CE", "H", "C 71. 610 / DF", "H", "C 82. 138 / SC", "H", "C 81. 905 / PE", "H", "C [UNK] 89. 847 / BA", "S", "úm", "ula n. [UNK] 52 desta Corte Superior", "H", "C 105. 133 / CE", "H", "C 71. 610 / DF", "H", "C 82. 138 / SC", "H", "C 81. 905 / PE", "H", "C [UNK] 89. 847 / BA", "S", "úm", "ula n. [UNK] 52 desta Corte Superior", "H", "C 105. 133 / CE", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. [UNK] 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "S", "úm", "ula n. [UNK] 52 deste Superior Tribunal de Justiça", "H", "C 105. 133 / CE", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. [UNK] 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "S", "úm", "ula n. 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Superior Tribunal de Justiça", "B", "AN", "CO CENTRAL DO BRASIL", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "ST", "F", "Tribunal Pleno", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "ST", "F", "Tribunal Pleno", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Procurador", "ia Geral da República", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério Público Federal", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Procurador", "ia Geral da República", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério Público Federal", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "no", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves 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Ementa e Acórdão 26/10/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.201 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :VITOR RAFAEL SOARES CORREIA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR. PACIENTE CONDENADO PELO CRIME DE FURTO. ABSOLVIÇÃO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. RAZOÁVEL GRAU DE REPROVABILIDADE DA CONDUTA. FURTO INSIGNIFICANTE. FURTO PRIVILEGIADO. DISTINÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – A aplicação do princípio da insignificância de modo a tornar a conduta atípica exige, além da pequena expressão econômica dos bens que foram objeto de subtração, um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente. II – É relevante e reprovável a conduta de um militar que, em serviço, furta bem de um colega de farda, demonstrando desrespeito às leis e às instituições de seu País. III – No caso em espécie, o bem subtraído era de suma importância para a vítima, que conforme restou demonstrado nos autos seria utilizado para atender urgente necessidade de seu filho. IV – Convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do princípio da insignificância. No que tange à coisa de pequeno valor, criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto atenuado, prevista no art. 240, § 1º, do Código Penal Militar, que foi corretamente aplicada na sentença condenatória. V – Ordem denegada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786921. Supremo Tribunal Federal DJe 23/11/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Ementa e Acórdão HC 105.201 / PE A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, indeferir o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 26 de outubro de 2010. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786921. Supremo Tribunal Federal HC 105.201 / PE A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, indeferir o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 26 de outubro de 2010. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786921. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Relatório 26/10/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.201 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :VITOR RAFAEL SOARES CORREIA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de VITOR RAFAEL SOARES CORREIA, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, que negou provimento à Apelação (FO) 2009.01.051499-6/PE, interposta pela defesa. A inicial narra que o paciente foi condenado pela Auditoria da 7ª Circunscrição Judiciária Militar de Recife/PE à pena de cinco meses de reclusão, em regime aberto, pela prática do delito tipificado no art. 240, caput, do Código Penal Militar (furto simples), sendo-lhe concedido sursis pelo prazo de dois anos. A impetrante afirma, ainda, que a defesa interpôs apelação para o Superior Tribunal Militar, que, por unanimidade, negou provimento ao recurso, tendo a decisão transitado em julgado em 15/4/2010. É contra essa decisão que se insurge a Defensoria Pública da União. Sustenta, em síntese, a aplicação do princípio da insignificância ao presente caso, sob o argumento do irrelevante valor do bem subtraído (um aparelho celular avaliado em R$ 85,00) e de sua rápida devolução à proprietária. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786922. Supremo Tribunal Federal 26/10/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.201 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :VITOR RAFAEL SOARES CORREIA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de VITOR RAFAEL SOARES CORREIA, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, que negou provimento à Apelação (FO) 2009.01.051499-6/PE, interposta pela defesa. A inicial narra que o paciente foi condenado pela Auditoria da 7ª Circunscrição Judiciária Militar de Recife/PE à pena de cinco meses de reclusão, em regime aberto, pela prática do delito tipificado no art. 240, caput, do Código Penal Militar (furto simples), sendo-lhe concedido sursis pelo prazo de dois anos. A impetrante afirma, ainda, que a defesa interpôs apelação para o Superior Tribunal Militar, que, por unanimidade, negou provimento ao recurso, tendo a decisão transitado em julgado em 15/4/2010. É contra essa decisão que se insurge a Defensoria Pública da União. Sustenta, em síntese, a aplicação do princípio da insignificância ao presente caso, sob o argumento do irrelevante valor do bem subtraído (um aparelho celular avaliado em R$ 85,00) e de sua rápida devolução à proprietária. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786922. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Relatório HC 105.201 / PE Assevera, também, que restou demonstrada a ofensividade mínima da conduta do paciente, sendo inexpressiva a lesão jurídica provocada pelo seu comportamento. Alega, outrossim, que o acórdão ora questionado também afronta os princípios da igualdade, da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana. Aduz, em acréscimo, que o paciente deve ser absolvido nos termos do art. 439, b, do Código de Processo Penal Militar, “já que o fato não chegou a configurar infração penal, face à ausência de tipicidade material”. Requer, ao final, a concessão da ordem “para anular a condenação e absolver o paciente, com fundamento no art. 439, alínea 'b', (...) aplicando-se na espécie o princípio da insignificância”. Em 24/8/2010, não havendo pedido de liminar a ser apreciado e estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador- Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786922. Supremo Tribunal Federal HC 105.201 / PE Assevera, também, que restou demonstrada a ofensividade mínima da conduta do paciente, sendo inexpressiva a lesão jurídica provocada pelo seu comportamento. Alega, outrossim, que o acórdão ora questionado também afronta os princípios da igualdade, da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana. Aduz, em acréscimo, que o paciente deve ser absolvido nos termos do art. 439, b, do Código de Processo Penal Militar, “já que o fato não chegou a configurar infração penal, face à ausência de tipicidade material”. Requer, ao final, a concessão da ordem “para anular a condenação e absolver o paciente, com fundamento no art. 439, alínea 'b', (...) aplicando-se na espécie o princípio da insignificância”. Em 24/8/2010, não havendo pedido de liminar a ser apreciado e estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador- Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786922. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 26/10/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.201 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. A ementa do acórdão ora questionado foi assim redigida: “FURTO. APARELHO DE TELEFONE CELULAR. AGENTES MILITARES. Militar que subtrai aparelho de telefone celular pertencente a colega de caserna, promovendo a inversão da posse direta, com a passagem do bem da esfera de disponibilidade da vítima para a do autor. Autoria e materialidade demonstradas. Recurso desprovido. Decisão unânime”. Conforme relatado, a impetrante sustenta, em síntese, a aplicação do princípio da insignificância ao caso, sob o argumento da inexpressiva lesão jurídica provocada pela conduta do paciente. Inviável o argumento, todavia. Como se sabe, a configuração do delito de bagatela, conforme tem entendido esta Turma, exige a satisfação de certos requisitos, quais sejam, conduta minimamente ofensiva, a ausência de periculosidade do agente, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e lesão jurídica inexpressiva. Ainda que se possa, em tese, entender que o bem é de pequeno valor ou, por outra, de pequena expressão econômica, cumpre destacar que a conduta da paciente encontra-se qualificada por um considerável grau de reprovabilidade. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Supremo Tribunal Federal 26/10/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.201 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. A ementa do acórdão ora questionado foi assim redigida: “FURTO. APARELHO DE TELEFONE CELULAR. AGENTES MILITARES. Militar que subtrai aparelho de telefone celular pertencente a colega de caserna, promovendo a inversão da posse direta, com a passagem do bem da esfera de disponibilidade da vítima para a do autor. Autoria e materialidade demonstradas. Recurso desprovido. Decisão unânime”. Conforme relatado, a impetrante sustenta, em síntese, a aplicação do princípio da insignificância ao caso, sob o argumento da inexpressiva lesão jurídica provocada pela conduta do paciente. Inviável o argumento, todavia. Como se sabe, a configuração do delito de bagatela, conforme tem entendido esta Turma, exige a satisfação de certos requisitos, quais sejam, conduta minimamente ofensiva, a ausência de periculosidade do agente, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e lesão jurídica inexpressiva. Ainda que se possa, em tese, entender que o bem é de pequeno valor ou, por outra, de pequena expressão econômica, cumpre destacar que a conduta da paciente encontra-se qualificada por um considerável grau de reprovabilidade. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 105.201 / PE Com efeito, o Ministério Público Militar ofereceu denúncia pela prática dos seguintes fatos: “(...) no dia 4 de maio de 2008 entre 8h40 e 11h00, na Vila Militar, do DTCEA-MO, situada no município de Tabuleiro dos Martins, Alagoas, o denunciado subtraiu um aparelho celular marca Nokia, modelo 2600, tipo RN-59, código de barra nº 354333007579359 pertencente a 1S SEF Márcia Barros Tibúrcio Cataldo da Silva, avaliado em R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) (fls. 44/5) com base em preço fornecido pelo sítio 'mercado livre', mas que custou R$ 299,00 (duzentos e noventa e nove reais) à ofendida (fls. 40). (...) Um dia depois, o 2S TBA Manoel dos Santos Viana da Cruz pediu à ofendida que viesse a OM para efetuar o reconhecimento de um aparelho celular que tinha sido encontrado em poder do denunciado que, no dia do fato, havia tirado serviço como sentinela na Vila Militar do DTCEA no horário em que a caixa com o telefone havia sido entregue. A ofendida, então, se dirigiu ao DTCEA e reconheceu sem problemas o aparelho celular apreendido como sendo aquele de sua propriedade (fls. 11/2, 12/3 e fls. 23/4). Assim agindo, o denunciado realizou o tipo penal descrito no artigo 240, caput, do Código Penal Militar”. Não vejo como considerar reduzido o grau de reprovabilidade dessa conduta, de modo a absolver o paciente. Entendo relevante e reprovável a conduta de um militar que, em serviço, furta bem de um colega de farda, demonstrando desrespeito às leis e às instituições castrenses de seu País. Ademais, para aplicação do princípio da insignificância deve sempre ser considerado, no caso concreto, a situação da vítima e a importância do bem para esta. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Supremo Tribunal Federal HC 105.201 / PE Com efeito, o Ministério Público Militar ofereceu denúncia pela prática dos seguintes fatos: “(...) no dia 4 de maio de 2008 entre 8h40 e 11h00, na Vila Militar, do DTCEA-MO, situada no município de Tabuleiro dos Martins, Alagoas, o denunciado subtraiu um aparelho celular marca Nokia, modelo 2600, tipo RN-59, código de barra nº 354333007579359 pertencente a 1S SEF Márcia Barros Tibúrcio Cataldo da Silva, avaliado em R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) (fls. 44/5) com base em preço fornecido pelo sítio 'mercado livre', mas que custou R$ 299,00 (duzentos e noventa e nove reais) à ofendida (fls. 40). (...) Um dia depois, o 2S TBA Manoel dos Santos Viana da Cruz pediu à ofendida que viesse a OM para efetuar o reconhecimento de um aparelho celular que tinha sido encontrado em poder do denunciado que, no dia do fato, havia tirado serviço como sentinela na Vila Militar do DTCEA no horário em que a caixa com o telefone havia sido entregue. A ofendida, então, se dirigiu ao DTCEA e reconheceu sem problemas o aparelho celular apreendido como sendo aquele de sua propriedade (fls. 11/2, 12/3 e fls. 23/4). Assim agindo, o denunciado realizou o tipo penal descrito no artigo 240, caput, do Código Penal Militar”. Não vejo como considerar reduzido o grau de reprovabilidade dessa conduta, de modo a absolver o paciente. Entendo relevante e reprovável a conduta de um militar que, em serviço, furta bem de um colega de farda, demonstrando desrespeito às leis e às instituições castrenses de seu País. Ademais, para aplicação do princípio da insignificância deve sempre ser considerado, no caso concreto, a situação da vítima e a importância do bem para esta. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 105.201 / PE Na espécie, verifica-se que a res furtiva, embora tenha sido avaliada no valor de R$ 85,00, em razão de seu desgaste natural, foi adquirida por R$ 299,00 e era de suma importância para vítima, que conforme restou demonstrado nos autos, o aparelho celular teria sido enviado para atender necessidade urgente de seu filho. A Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, por sua vez, destacou em seu parecer que: “(...) 6. A questão resume-se na aplicação do princípio da insignificância a furto de coisa de pequeno valor, no presente caso, de coisa avaliada em R$ 85,00 (oitenta e cinco reais). 7. No entanto, a aplicação do citado princípio, por redundar em consequência tão extremada para o Direito Penal – a atipicidade de uma conduta –, não pode ater-se à análise isolada do valor da coisa subtraída, sendo necessário o exame de todas as circunstâncias que compõem o fato. 8. Com efeito, aplicando-se o princípio da insignificância ter-se- á uma conduta que, não obstante formalmente típica, será considerada atípica, por sua inexpressividade no seio social. E, por consistir em um instrumento extremo a serviço do intérprete e do aplicador da lei, é necessário que a sua adoção seja feita com observância de certos parâmetros e que, embora aplicado casuisticamente, considere toda a ordem jurídica. 9. Tais são as balizas que regerão sua aplicabilidade, conforme entendimento já afirmado por essa Colenda Corte: a mínima ofensividade da conduta do agente; a ausência total de periculosidade social da ação; o ínfimo grau de reprovabilidade do comportamento; a inexpressividade da lesão jurídica ocasionada. 10. Atentando-se para as referidas balizas, fica claro que o valor da res furtiva é um dos aspectos a serem considerados, não sendo, nem de longe, o único. 11. Efetivamente, a conduta, tal como narrada na denúncia, passa ao largo da inexpressividade penal. A insegurança social gerada 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Supremo Tribunal Federal HC 105.201 / PE Na espécie, verifica-se que a res furtiva, embora tenha sido avaliada no valor de R$ 85,00, em razão de seu desgaste natural, foi adquirida por R$ 299,00 e era de suma importância para vítima, que conforme restou demonstrado nos autos, o aparelho celular teria sido enviado para atender necessidade urgente de seu filho. A Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, por sua vez, destacou em seu parecer que: “(...) 6. A questão resume-se na aplicação do princípio da insignificância a furto de coisa de pequeno valor, no presente caso, de coisa avaliada em R$ 85,00 (oitenta e cinco reais). 7. No entanto, a aplicação do citado princípio, por redundar em consequência tão extremada para o Direito Penal – a atipicidade de uma conduta –, não pode ater-se à análise isolada do valor da coisa subtraída, sendo necessário o exame de todas as circunstâncias que compõem o fato. 8. Com efeito, aplicando-se o princípio da insignificância ter-se- á uma conduta que, não obstante formalmente típica, será considerada atípica, por sua inexpressividade no seio social. E, por consistir em um instrumento extremo a serviço do intérprete e do aplicador da lei, é necessário que a sua adoção seja feita com observância de certos parâmetros e que, embora aplicado casuisticamente, considere toda a ordem jurídica. 9. Tais são as balizas que regerão sua aplicabilidade, conforme entendimento já afirmado por essa Colenda Corte: a mínima ofensividade da conduta do agente; a ausência total de periculosidade social da ação; o ínfimo grau de reprovabilidade do comportamento; a inexpressividade da lesão jurídica ocasionada. 10. Atentando-se para as referidas balizas, fica claro que o valor da res furtiva é um dos aspectos a serem considerados, não sendo, nem de longe, o único. 11. Efetivamente, a conduta, tal como narrada na denúncia, passa ao largo da inexpressividade penal. A insegurança social gerada 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 105.201 / PE por fatos como esse é um dos males dos quais padece a sociedade brasileira contemporânea. Não é, certamente, o mais grave dos fatos, mas, certamente, é um deles. 12. Aplicar-se a lei penal, in casu, não denota apego ao valor dos bens furtados. É, antes, apego à tentativa de possibilitar à sociedade o mínimo de tranquilidade no exercício de seus direitos ou, quiçá, o próprio exercício destes direitos, indubitavelmente ameaçados por condutas como a descrita nos autos. E esta é uma tarefa inerente ao Direito, incluindo-se, por óbvio, o Direito Penal. 13. Ademais, não de pode esquecer que a análise do princípio da insignificância engloba, também, considerações sobre a vítima e circunstâncias em que o fato ocorreu. 14. De fato, tratando-se de coisa alheia que foi comprada por R$ 299,00 (duzentos e noventa e nove reais) e vale R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) em razão do desgaste natural do uso, mas que é de significativa importância para a vítima, que inclusive tinha enviado o aparelho em caráter de urgência à seu filho, porque o aparelho dele tinha quebrado, não há como concluir-se pela inexpressividade da lesão ao bem juridicamente tutelado. 15. Não é razoável considerar que o valor subtraído caracterize-se como bagatela, uma vez que, diante da peculiaridade do caso, a ponderação deve atender a ótica da vítima” (grifos meus). A relevância da res furtiva, aliás, também foi consignada pelo Superior Tribunal Militar, ao desprover a apelação interposta: “Tratava-se, na verdade, de coisa alheia ( res aliena) que, embora tivesse valor patrimonial relativamente pequeno, em razão do desgaste natural do uso, representava bem de significativa importância para a ofendida, tanto que o enviou para socorrer necessidade urgente do filho estudante, o que torna afastada a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância”. Nessa esteira, lembro a lição de Guilherme de Souza Nucci: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Supremo Tribunal Federal HC 105.201 / PE por fatos como esse é um dos males dos quais padece a sociedade brasileira contemporânea. Não é, certamente, o mais grave dos fatos, mas, certamente, é um deles. 12. Aplicar-se a lei penal, in casu, não denota apego ao valor dos bens furtados. É, antes, apego à tentativa de possibilitar à sociedade o mínimo de tranquilidade no exercício de seus direitos ou, quiçá, o próprio exercício destes direitos, indubitavelmente ameaçados por condutas como a descrita nos autos. E esta é uma tarefa inerente ao Direito, incluindo-se, por óbvio, o Direito Penal. 13. Ademais, não de pode esquecer que a análise do princípio da insignificância engloba, também, considerações sobre a vítima e circunstâncias em que o fato ocorreu. 14. De fato, tratando-se de coisa alheia que foi comprada por R$ 299,00 (duzentos e noventa e nove reais) e vale R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) em razão do desgaste natural do uso, mas que é de significativa importância para a vítima, que inclusive tinha enviado o aparelho em caráter de urgência à seu filho, porque o aparelho dele tinha quebrado, não há como concluir-se pela inexpressividade da lesão ao bem juridicamente tutelado. 15. Não é razoável considerar que o valor subtraído caracterize-se como bagatela, uma vez que, diante da peculiaridade do caso, a ponderação deve atender a ótica da vítima” (grifos meus). A relevância da res furtiva, aliás, também foi consignada pelo Superior Tribunal Militar, ao desprover a apelação interposta: “Tratava-se, na verdade, de coisa alheia ( res aliena) que, embora tivesse valor patrimonial relativamente pequeno, em razão do desgaste natural do uso, representava bem de significativa importância para a ofendida, tanto que o enviou para socorrer necessidade urgente do filho estudante, o que torna afastada a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância”. Nessa esteira, lembro a lição de Guilherme de Souza Nucci: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 105.201 / PE “O bem jurídico tutelado há de ser considerado sob o ponto de vista da vítima e não somente do agressor ou da sociedade em geral. Em especial, no contexto dos delitos patrimoniais, coisas inúteis ou de reduzido valor para alguns, constituem relevantes bens para outros. (...) O patrimônio, em contexto restrito, constitui o conjunto dos bens materiais de uma pessoa, simbolizando seu universo de vida, suas conquistas, além de ser o fruto de seu trabalho honesto”1. Ressalte-se, outrossim, que a aplicação do referido instituto, na espécie, poderia representar um verdadeiro estímulo à prática destes pequenos furtos, já bastante comuns nos dias atuais, o que contribuiria para aumentar, ainda mais, o clima de insegurança hoje vivido pela coletividade. Por outro lado, convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do princípio da insignificância. Já no que tange à coisa de pequeno valor, criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto atenuado, prevista no art. 240, § 1º, do Código Penal Militar, que corretamente foi considerado na sentença condenatória. Destaco, por fim, que a restituição do bem furtado não impõe, por si só, a aplicação do princípio da insignificância. Nessa linha, cito, os seguintes precedentes entre outros: HC 93.021/PE, Rel. Min. Cezar Peluso e HC 91.065/SP, Rel. Min. Eros Grau. Ante o exposto, denego a ordem. 1 NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, p. 171. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Supremo Tribunal Federal HC 105.201 / PE “O bem jurídico tutelado há de ser considerado sob o ponto de vista da vítima e não somente do agressor ou da sociedade em geral. Em especial, no contexto dos delitos patrimoniais, coisas inúteis ou de reduzido valor para alguns, constituem relevantes bens para outros. (...) O patrimônio, em contexto restrito, constitui o conjunto dos bens materiais de uma pessoa, simbolizando seu universo de vida, suas conquistas, além de ser o fruto de seu trabalho honesto”1. Ressalte-se, outrossim, que a aplicação do referido instituto, na espécie, poderia representar um verdadeiro estímulo à prática destes pequenos furtos, já bastante comuns nos dias atuais, o que contribuiria para aumentar, ainda mais, o clima de insegurança hoje vivido pela coletividade. Por outro lado, convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do princípio da insignificância. Já no que tange à coisa de pequeno valor, criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto atenuado, prevista no art. 240, § 1º, do Código Penal Militar, que corretamente foi considerado na sentença condenatória. Destaco, por fim, que a restituição do bem furtado não impõe, por si só, a aplicação do princípio da insignificância. Nessa linha, cito, os seguintes precedentes entre outros: HC 93.021/PE, Rel. Min. Cezar Peluso e HC 91.065/SP, Rel. Min. Eros Grau. Ante o exposto, denego a ordem. 1 NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, p. 171. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 786923. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.201 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : VITOR RAFAEL SOARES CORREIA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 26.10.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 817593 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.201 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : VITOR RAFAEL SOARES CORREIA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 26.10.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 817593 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 835700
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=835700
2010-10-26T00:00:00
2010-11-23T00:00:00
A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 26.10.2010.
HABEAS CORPUS
E MENTA: HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR. PACIENTE CONDENADO PELO CRIME DE FURTO. ABSOLVIÇÃO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. RAZOÁVEL GRAU DE REPROVABILIDADE DA CONDUTA. FURTO INSIGNIFICANTE. FURTO PRIVILEGIADO. DISTINÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – A aplicação do princípio da insignificância de modo a tornar a conduta atípica exige, além da pequena expressão econômica dos bens que foram objeto de subtração, um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente. II – É relevante e reprovável a conduta de um militar que, em serviço, furta bem de um colega de farda, demonstrando desrespeito às leis e às instituições de seu País. III – No caso em espécie, o bem subtraído era de suma importância para a vítima, que conforme restou demonstrado nos autos seria utilizado para atender urgente necessidade de seu filho. IV – Convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do princípio da insignificância. No que tange à coisa de pequeno valor, criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto atenuado, prevista no art. 240, § 1º, do Código Penal Militar, que foi corretamente aplicada na sentença condenatória. V – Ordem denegada.
sjur184982
- Acórdãos citados: HC 91065, HC 93021. - Veja Apelação (FO) 2009.01.051499-6/PE do STM. Número de páginas: 10. Análise: 26/11/2010, IMC. Revisão: 13/12/2010, SEV.
RICARDO LEWANDOWSKI
Primeira Turma
105201
[ "LEG-FED DEL-001001 ANO-1969\r\n ART-00240 PAR-00001 \r\n CPM-1969 CÓDIGO PENAL MILITAR" ]
HC
acordaos
HC 105201
[ "" ]
PACTE.(S) : VITOR RAFAEL SOARES CORREIA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
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"DO LEWANDOWSKI", "Már", "cia Barros Tibúrcio Cataldo da Silva", "Manoel dos Santos Viana da Cruz", "Már", "cia Barros Tibúrcio Cataldo da Silva", "Manoel dos Santos Viana da Cruz", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Cláudia Sampaio Marques", "Cláudia Sampaio Marques", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Guilherme de Souza Nucci", "Guilherme de Souza Nucci", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "N", "UC", "CI, Guilherme de Souza", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "N", "UC", "CI, Guilherme de Souza", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "VI", "TO", "R RAFAEL SOARES CORREIA", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Rodrigo Janot", "Fab", "iane Duarte", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "VI", "TO", "R RAFAEL SOARES CORREIA", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Rodrigo Janot", "Fab", "iane Duarte" ], "TEMPO": [ "26", "/", 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Ementa e Acórdão 03/11/2010 PLENÁRIO EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :HELIO BARRETO DOS SANTOS FILHO ADV.(A/S) :HÉLIO BARRETO DOS SANTOS FILHO EMBDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. O agravante não logrou infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados na decisão agravada. 3. Distribuição por prevenção da ação cautelar ao Relator do processo principal. RISTF, art. 77-A. 4. Intuito meramente protelatório. Aplicação da multa do art. 557, § 2º, do CPC. 5. Agravo regimental a que se nega seguimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, receber os embargos de declaração como agravo regimental e, a este, por unanimidade, negar provimento, aplicando multa, nos termos do voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Brasília, 3 de novembro de 2010. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807002. Supremo Tribunal Federal DJe 23/11/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 03/11/2010 PLENÁRIO EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :HELIO BARRETO DOS SANTOS FILHO ADV.(A/S) :HÉLIO BARRETO DOS SANTOS FILHO EMBDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de embargos declaratórios opostos contra decisão monocrática na qual neguei seguimento a ação cautelar que pretendia unicamente rever julgamento proferido pelo Plenário desta Corte. O ora recorrente impetrou Habeas Data contra o Presidente do Senado Federal visando à emissão de certidão comprobatória de fraude no procedimento administrativo n. 200/2007, referente à incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina pelo Banco do Brasil. Segundo o impetrante, tais informações seriam extremamente importantes para o deslinde das demandas judiciais, nas quais ele seria ao mesmo tempo advogado e parte. E, de acordo com suas próprias palavras, seu direito teria “a forma de título da dívida pública”. Em razão do caso não envolver informações que dissessem respeito à pessoa do impetrante, nos termos da previsão constitucional para o instituto do Habeas Data, a ele neguei seguimento. Após a interposição de agravo regimental pelo então impetrante, o Plenário desta Corte manteve o entendimento da decisão monocrática, negando provimento ao recurso. Em 15.9.2010, exatamente um dia antes da Sessão Plenária em que se deu o referido julgamento do HD 92, o ora recorrente ajuizou dez ações cautelares, autuadas sob os números 2.704, 2.705, 2.706, 2.707, 2.708, 2.711, 2.712, 2.713, 2.714 e 2.715. Trata-se de dez petições idênticas, em que se pleiteia unicamente a reconsideração da decisão monocrática proferida no HD 92, com a singela diferença de que, em cada uma das petições, o requerente pede a distribuição a um Relator distinto. Para tanto, somente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807003. Supremo Tribunal Federal 03/11/2010 PLENÁRIO EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :HELIO BARRETO DOS SANTOS FILHO ADV.(A/S) :HÉLIO BARRETO DOS SANTOS FILHO EMBDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de embargos declaratórios opostos contra decisão monocrática na qual neguei seguimento a ação cautelar que pretendia unicamente rever julgamento proferido pelo Plenário desta Corte. O ora recorrente impetrou Habeas Data contra o Presidente do Senado Federal visando à emissão de certidão comprobatória de fraude no procedimento administrativo n. 200/2007, referente à incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina pelo Banco do Brasil. Segundo o impetrante, tais informações seriam extremamente importantes para o deslinde das demandas judiciais, nas quais ele seria ao mesmo tempo advogado e parte. E, de acordo com suas próprias palavras, seu direito teria “a forma de título da dívida pública”. Em razão do caso não envolver informações que dissessem respeito à pessoa do impetrante, nos termos da previsão constitucional para o instituto do Habeas Data, a ele neguei seguimento. Após a interposição de agravo regimental pelo então impetrante, o Plenário desta Corte manteve o entendimento da decisão monocrática, negando provimento ao recurso. Em 15.9.2010, exatamente um dia antes da Sessão Plenária em que se deu o referido julgamento do HD 92, o ora recorrente ajuizou dez ações cautelares, autuadas sob os números 2.704, 2.705, 2.706, 2.707, 2.708, 2.711, 2.712, 2.713, 2.714 e 2.715. Trata-se de dez petições idênticas, em que se pleiteia unicamente a reconsideração da decisão monocrática proferida no HD 92, com a singela diferença de que, em cada uma das petições, o requerente pede a distribuição a um Relator distinto. Para tanto, somente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807003. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório AC 2.704 ED / DF alterou o endereçamento das petições, constando em cada cabeçalho um Ministro distinto, além de haver incluído pedido voltado à distribuição, para que promovesse o encaminhamento a cada Relator designado. Após a distribuição por dependência de todas as ações cautelares a mim, a elas neguei seguimento, por manifesta inadequação da via eleita. Nos presentes embargos de declaração, o recorrente aduz, em síntese, que a decisão é omissa, por não apreciar seu pedido de “encaminhamento ao eminente Relator indicado (sic)”, e que a redistribuição se faria necessária para que os Ministros desta Corte, “tomando ciência da matéria, atribuam voto de acordo com a realidade diversa proclamada pela parte pelo apontamento de provas não relatadas nos julgamentos (sic)”. Assim, afirma que “mais de uma dezena [de ações cautelares] foram peticionados (sic) aos demais Ministros”, devendo cada qual ser distribuída ao Relator designado, para nova apreciação do HD 92. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807003. Supremo Tribunal Federal AC 2.704 ED / DF alterou o endereçamento das petições, constando em cada cabeçalho um Ministro distinto, além de haver incluído pedido voltado à distribuição, para que promovesse o encaminhamento a cada Relator designado. Após a distribuição por dependência de todas as ações cautelares a mim, a elas neguei seguimento, por manifesta inadequação da via eleita. Nos presentes embargos de declaração, o recorrente aduz, em síntese, que a decisão é omissa, por não apreciar seu pedido de “encaminhamento ao eminente Relator indicado (sic)”, e que a redistribuição se faria necessária para que os Ministros desta Corte, “tomando ciência da matéria, atribuam voto de acordo com a realidade diversa proclamada pela parte pelo apontamento de provas não relatadas nos julgamentos (sic)”. Assim, afirma que “mais de uma dezena [de ações cautelares] foram peticionados (sic) aos demais Ministros”, devendo cada qual ser distribuída ao Relator designado, para nova apreciação do HD 92. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807003. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. GILMAR MENDES 03/11/2010 PLENÁRIO EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Tendo em vista o princípio da economia processual, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, desde logo, passo a apreciá-lo. O recorrente não logrou infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados na decisão agravada. No caso, o agravante pretende direcionar a distribuição nesta Corte, em detrimento da sistemática legal construída para assegurar o princípio do juiz natural (CF, art. 5º, XXXVII). Assim, protocolou dez petições, cada qual endereçada a um suposto Relator, de modo a tentar frustrar a distribuição. Em seu recurso, opôs-se a uma suposta falha no processamento de suas petições, uma vez que não fora respeitada a indicação feita nas peças, em virtude da distribuição por dependência. É evidente que o Regimento Interno desta Corte, em seu art. 77-A, determina que a ação cautelar seja distribuída por dependência ao Relator do processo principal. Assim, uma vez que as dez ações cautelares tentam impugnar o julgamento do HD 92, do qual fui Relator, é certo que, por expressa disposição regimental, todas cabem à minha relatoria. Da mesma forma, como já explicitado, a ação cautelar não é via adequada para a revisão de decisão proferida pelo Plenário do STF. In casu, é também inaplicável a fungibilidade – de modo a converter a presente ação cautelar no recurso adequado – por se tratar de erro grosseiro. Vale ressaltar que é patente o intuito do recorrente de tumultuar o trâmite processual. Inclusive, no julgamento do HD 92, o ora agravante juntou nove petições consecutivas com vistas a rediscutir a decisão plenária, pleiteando a concessão de excepcionais efeitos modificativos. Em razão da deslealdade processual, demonstrada pelo uso abusivo de recursos e sucedâneos recursais legalmente previstos – e até não previstos –, imponho a multa prevista no art. 557, § 2º, do CPC. Consigno, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807004. Supremo Tribunal Federal 03/11/2010 PLENÁRIO EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Tendo em vista o princípio da economia processual, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, desde logo, passo a apreciá-lo. O recorrente não logrou infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados na decisão agravada. No caso, o agravante pretende direcionar a distribuição nesta Corte, em detrimento da sistemática legal construída para assegurar o princípio do juiz natural (CF, art. 5º, XXXVII). Assim, protocolou dez petições, cada qual endereçada a um suposto Relator, de modo a tentar frustrar a distribuição. Em seu recurso, opôs-se a uma suposta falha no processamento de suas petições, uma vez que não fora respeitada a indicação feita nas peças, em virtude da distribuição por dependência. É evidente que o Regimento Interno desta Corte, em seu art. 77-A, determina que a ação cautelar seja distribuída por dependência ao Relator do processo principal. Assim, uma vez que as dez ações cautelares tentam impugnar o julgamento do HD 92, do qual fui Relator, é certo que, por expressa disposição regimental, todas cabem à minha relatoria. Da mesma forma, como já explicitado, a ação cautelar não é via adequada para a revisão de decisão proferida pelo Plenário do STF. In casu, é também inaplicável a fungibilidade – de modo a converter a presente ação cautelar no recurso adequado – por se tratar de erro grosseiro. Vale ressaltar que é patente o intuito do recorrente de tumultuar o trâmite processual. Inclusive, no julgamento do HD 92, o ora agravante juntou nove petições consecutivas com vistas a rediscutir a decisão plenária, pleiteando a concessão de excepcionais efeitos modificativos. Em razão da deslealdade processual, demonstrada pelo uso abusivo de recursos e sucedâneos recursais legalmente previstos – e até não previstos –, imponho a multa prevista no art. 557, § 2º, do CPC. Consigno, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807004. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. GILMAR MENDES AC 2.704 ED / DF de antemão, que eventual insistência do recorrente em perpetuar a turbação processual ensejará a aplicação da sanção prevista no art. 538, par. único, do CPC. Por fim, noto que o protocolo simultâneo de dez petições – cada qual endereçada a um dos Ministros desta Corte – configura-se inaceitável ‘balbúrdia’ processual, merecendo ser desaprovada por onerar desnecessariamente o Poder Judiciário e, em especial, este STF. Ante o exposto, recebo os embargos declaratórios como agravo regimental, ao qual nego provimento, e aplico multa de 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. art. 557, § 2º, do CPC. Ademais, determino o imediato arquivamento dos autos, independentemente de publicação, e que sejam oficiados o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a respectiva Seccional de Santa Catarina para que tomem as providências disciplinares que entenderem cabíveis. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807004. Supremo Tribunal Federal AC 2.704 ED / DF de antemão, que eventual insistência do recorrente em perpetuar a turbação processual ensejará a aplicação da sanção prevista no art. 538, par. único, do CPC. Por fim, noto que o protocolo simultâneo de dez petições – cada qual endereçada a um dos Ministros desta Corte – configura-se inaceitável ‘balbúrdia’ processual, merecendo ser desaprovada por onerar desnecessariamente o Poder Judiciário e, em especial, este STF. Ante o exposto, recebo os embargos declaratórios como agravo regimental, ao qual nego provimento, e aplico multa de 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. art. 557, § 2º, do CPC. Ademais, determino o imediato arquivamento dos autos, independentemente de publicação, e que sejam oficiados o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a respectiva Seccional de Santa Catarina para que tomem as providências disciplinares que entenderem cabíveis. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 807004. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 03/11/2010 PLENÁRIO EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, fico vencido na primeira parte e, na segunda, quanto à multa. Quanto à primeira, reitero o que tenho consignado: Entendo que os embargos declaratórios são cabíveis, quer direcionados a decisão definitiva, terminativa do processo, interlocutória, de colegiado ou individual, não sofrendo, sequer, esse recurso sui generis, as peias decorrentes da cláusula da irrecorribilidade, já que prescinde até mesmo do gravame, ou seja, da sucumbência. No caso, a parte, vislumbrando não sei se omissão, obscuridade ou contradição na decisão que implicara a apreciação do agravo de instrumento, protocolizou os declaratórios. A meu ver, incumbia o julgamento desses declaratórios, não sendo possível - como ia iniciando o voto, antes do pregão do processo - inverter o princípio da fungibilidade, mesmo porque, caso se assentasse que não cabem os embargos declaratórios, estaríamos diante de um erro grosseiro, que não ensejaria, portanto, a conversão desse recurso em agravo regimental. Penso que há um prejuízo enorme para a parte, quando se procede a essa conversão. É que as causas de pedir dos embargos declaratórios são diversas e devem estar centradas num daqueles defeitos que os respaldam - em omissão, contradição ou dúvida -, enquanto, no agravo, a articulação é outra: afirma-se o desacerto da decisão proferida, sob o ângulo do vício de procedimento ou de julgamento. Por isso, peço vênia para não conhecer do recurso interposto como agravo inominado, agravo interno, na dicção do professor Sálvio de Figueiredo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 830796. Supremo Tribunal Federal 03/11/2010 PLENÁRIO EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, fico vencido na primeira parte e, na segunda, quanto à multa. Quanto à primeira, reitero o que tenho consignado: Entendo que os embargos declaratórios são cabíveis, quer direcionados a decisão definitiva, terminativa do processo, interlocutória, de colegiado ou individual, não sofrendo, sequer, esse recurso sui generis, as peias decorrentes da cláusula da irrecorribilidade, já que prescinde até mesmo do gravame, ou seja, da sucumbência. No caso, a parte, vislumbrando não sei se omissão, obscuridade ou contradição na decisão que implicara a apreciação do agravo de instrumento, protocolizou os declaratórios. A meu ver, incumbia o julgamento desses declaratórios, não sendo possível - como ia iniciando o voto, antes do pregão do processo - inverter o princípio da fungibilidade, mesmo porque, caso se assentasse que não cabem os embargos declaratórios, estaríamos diante de um erro grosseiro, que não ensejaria, portanto, a conversão desse recurso em agravo regimental. Penso que há um prejuízo enorme para a parte, quando se procede a essa conversão. É que as causas de pedir dos embargos declaratórios são diversas e devem estar centradas num daqueles defeitos que os respaldam - em omissão, contradição ou dúvida -, enquanto, no agravo, a articulação é outra: afirma-se o desacerto da decisão proferida, sob o ângulo do vício de procedimento ou de julgamento. Por isso, peço vênia para não conhecer do recurso interposto como agravo inominado, agravo interno, na dicção do professor Sálvio de Figueiredo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 830796. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO AC 2.704 ED / DF Relativamente à segunda, não consigo agasalhar a possibilidade de, tendo o jurisdicionado manuseado um certo instrumental, vir-se a observar o princípio da fungibilidade, para mim, com a devida vênia, na contramão, e impor-se a ele multa, considerado recurso que surgiu, no caso, ante a transformação dos declaratórios em regimental. É ter-se pena sem a prática de ato pela parte, mas sim pelo órgão judicante. Por isso, peço vênia para ficar vencido na conversão e, também, na imposição da multa. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 830796. Supremo Tribunal Federal AC 2.704 ED / DF Relativamente à segunda, não consigo agasalhar a possibilidade de, tendo o jurisdicionado manuseado um certo instrumental, vir-se a observar o princípio da fungibilidade, para mim, com a devida vênia, na contramão, e impor-se a ele multa, considerado recurso que surgiu, no caso, ante a transformação dos declaratórios em regimental. É ter-se pena sem a prática de ato pela parte, mas sim pelo órgão judicante. Por isso, peço vênia para ficar vencido na conversão e, também, na imposição da multa. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 830796. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PLENÁRIO EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : HELIO BARRETO DOS SANTOS FILHO ADV.(A/S) : HÉLIO BARRETO DOS SANTOS FILHO EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, aplicando multa, contra o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio quanto à multa. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 03.11.2010. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Ellen Gracie, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Sandra Cureau. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 826750 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR 2.704 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : HELIO BARRETO DOS SANTOS FILHO ADV.(A/S) : HÉLIO BARRETO DOS SANTOS FILHO EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, aplicando multa, contra o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio quanto à multa. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 03.11.2010. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Ellen Gracie, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Sandra Cureau. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 826750 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=835487
2010-11-03T00:00:00
2010-11-23T00:00:00
O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, aplicando multa, contra o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio quanto à multa. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 03.11.2010.
EMB.DECL. NA AÇÃO CAUTELAR
Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. O agravante não logrou infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados na decisão agravada. 3. Distribuição por prevenção da ação cautelar ao Relator do processo principal. RISTF, art. 77-A. 4. Intuito meramente protelatório. Aplicação da multa do art. 557, § 2º, do CPC. 5. Agravo regimental a que se nega seguimento.
sjur184953
- Veja HD 92 do STF. Número de páginas: 8. Análise: 29/11/2010, IMC. Revisão: 10/12/2010, SEV.
GILMAR MENDES
Tribunal Pleno
2704
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00037 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00538 PAR-ÚNICO ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-0077A \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" ]
AC-ED
acordaos
AC 2704 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : HELIO BARRETO DOS SANTOS FILHO ADV.(A/S) : HÉLIO BARRETO DOS SANTOS FILHO EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "AC 2. 704 ED / DF", "AC 2. 704 ED / DF", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "HD", "HD", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "HD 92", "HD 92", "AC 2. 704 ED / DF", "AC 2. 704 ED / DF", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "AC 2. 704 ED / DF", "AC 2. 704 ED / DF", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 704" ], "LEGISLACAO": [ "R", "IS", "T", "F, art. 77- A", "art. 557, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F, art. [UNK], XXXVII", "Regimento Interno desta Corte", "art. 557, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F, art. [UNK], XXXVII", "art. 557, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 538, par. único, do CPC", "art. art. 557, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 538, par. único, do CPC", "art. art. 557, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "SE", "NA", "DO FEDERAL", "Brasília", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "SE", "NA", "DO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "HD 92", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Santa Catarina", "Santa Catarina", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O E", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", 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MENDES", "H", "EL", "IO BARRETO DOS SANTOS FILHO", "H", "É", "L", "IO BARRETO DOS SANTOS FILHO EMBDO", "Marco Aurélio", "Marco Aurélio", "Joaquim Barbosa", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Sandra Cureau", "Luiz Tomimatsu", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "H", "EL", "IO BARRETO DOS SANTOS FILHO", "H", "É", "L", "IO BARRETO DOS SANTOS FILHO", "Marco Aurélio", "Marco Aurélio", "Joaquim Barbosa", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Sandra Cureau", "Luiz Tomimatsu" ], "TEMPO": [ "03", "/", "11", "/", "2010", "3 de novembro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "11", "/", "2010", "03", "/", "11", "/", "2010", "15", ".", "9", 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Ementa e Acórdão 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.811 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES IMPTE.(S) :VALTER AUGUSTO KAMINSKI COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. INTEMPESTIVIDADE DE RECURSO ESPECIAL RECONHECIDA NO STJ. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE, CONTRANGIMENTO ILEGAL OU ABUSO DE PODER. DIREITO DE IR E VIR. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. O WRIT NÃO PODE SER UTILIZADO COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL, SALVO NOS CASOS DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. ORDEM DENEGADA. I - Não se verifica nos autos a presença de constrangimento ilegal, nem ilegalidade ou abuso de poder a ensejar a concessão da ordem. II – A via estreita do habeas corpus não pode ser utilizada como sucedâneo de recurso para discutir questões alheias a liberdade de locomoção, tais como tempestividade recursal. Precedentes. III – Inexistindo nulidade ou ilegalidade flagrante a ser sanada, não se pode admitir o habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal, ante a verificação do trânsito em julgado do acórdão que tornou definitiva a condenação. IV – Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por maioria de votos, indeferir o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689277. Supremo Tribunal Federal DJe 24/09/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão HC 103.811 / RS Brasília, 31 de agosto de 2010. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689277. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS Brasília, 31 de agosto de 2010. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689277. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.811 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES IMPTE.(S) :VALTER AUGUSTO KAMINSKI COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI: Trata-se de habeas corpus impetrado por Valter Augusto Kaminski em favor de VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES, contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que rejeitou os embargos de declaração opostos no Agravo de Instrumento 1.206.088/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura. O impetrante informa, inicialmente, que a paciente foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul, em sede de apelação, à pena de um ano de reclusão e dez dias-multa, substituída por prestação de serviço à comunidade, pela prática do crime de falso testemunho. Inconformada com a condenação, a defesa interpôs recurso especial, que inadmitido na origem, ensejou a interposição de agravo de instrumento no Superior Tribunal de Justiça, ao qual foi negado seguimento em virtude da intempestividade do especial. Na sequência, a defesa interpôs agravo regimental e embargos de declaração que restaram, respectivamente, desprovidos e rejeitados pela Turma julgadora. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge o impetrante. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689279. Supremo Tribunal Federal 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.811 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES IMPTE.(S) :VALTER AUGUSTO KAMINSKI COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI: Trata-se de habeas corpus impetrado por Valter Augusto Kaminski em favor de VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES, contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que rejeitou os embargos de declaração opostos no Agravo de Instrumento 1.206.088/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura. O impetrante informa, inicialmente, que a paciente foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul, em sede de apelação, à pena de um ano de reclusão e dez dias-multa, substituída por prestação de serviço à comunidade, pela prática do crime de falso testemunho. Inconformada com a condenação, a defesa interpôs recurso especial, que inadmitido na origem, ensejou a interposição de agravo de instrumento no Superior Tribunal de Justiça, ao qual foi negado seguimento em virtude da intempestividade do especial. Na sequência, a defesa interpôs agravo regimental e embargos de declaração que restaram, respectivamente, desprovidos e rejeitados pela Turma julgadora. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge o impetrante. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689279. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório HC 103.811 / RS Sustenta, em síntese, que a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça não conheceu do recurso especial por considerá-lo intempestivo ao fundamento de que não teria sido transladada a peça comprobatória do envio do especial por fax para formar o agravo de instrumento. Alega, ainda, o direito de a paciente ter o mérito de seu recurso examinado pelo STJ, uma vez que o recurso especial foi interposto dentro do prazo legal, sendo que constou dos autos informação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul acerca da data do protocolo transmitido via fax. Argumenta, também, que, ao não considerar tal informação apta para comprovar a tempestividade do recurso enviado por meio de fax, a Corte Superior negou “existência ao princípio da presunção de legitimidade e veracidade dos atos públicos”. Afirma, assim, que, “por mais que não tenha constado nos autos o protocolo da petição enviada via fax, constou informação gozada de fé pública, a qual, comprova a data de interposição do recurso especial”. Diz, mais, que não há legislação que exija a necessidade de comprovação do protocolo da petição enviada por fax, mas apenas que o recurso especial deve ser interposto dentro do prazo legal e comprovada sua tempestividade por ocasião do ajuizamento do recurso cabível contra sua inadmissão pelo juízo a quo. Assevera, assim, que inexistindo forma específica prescrita em lei, a informação prestada pelo Tribunal gaúcho é verossímil, passível de comprovação, não podendo o STJ exigir o protocolo da petição enviada por fax, sob pena de ofensa ao princípio do devido processo legal. Aduz, ademais, que a paciente está na iminência de sofrer cerceamento de sua liberdade de locomoção, em razão da 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689279. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS Sustenta, em síntese, que a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça não conheceu do recurso especial por considerá-lo intempestivo ao fundamento de que não teria sido transladada a peça comprobatória do envio do especial por fax para formar o agravo de instrumento. Alega, ainda, o direito de a paciente ter o mérito de seu recurso examinado pelo STJ, uma vez que o recurso especial foi interposto dentro do prazo legal, sendo que constou dos autos informação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul acerca da data do protocolo transmitido via fax. Argumenta, também, que, ao não considerar tal informação apta para comprovar a tempestividade do recurso enviado por meio de fax, a Corte Superior negou “existência ao princípio da presunção de legitimidade e veracidade dos atos públicos”. Afirma, assim, que, “por mais que não tenha constado nos autos o protocolo da petição enviada via fax, constou informação gozada de fé pública, a qual, comprova a data de interposição do recurso especial”. Diz, mais, que não há legislação que exija a necessidade de comprovação do protocolo da petição enviada por fax, mas apenas que o recurso especial deve ser interposto dentro do prazo legal e comprovada sua tempestividade por ocasião do ajuizamento do recurso cabível contra sua inadmissão pelo juízo a quo. Assevera, assim, que inexistindo forma específica prescrita em lei, a informação prestada pelo Tribunal gaúcho é verossímil, passível de comprovação, não podendo o STJ exigir o protocolo da petição enviada por fax, sob pena de ofensa ao princípio do devido processo legal. Aduz, ademais, que a paciente está na iminência de sofrer cerceamento de sua liberdade de locomoção, em razão da 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689279. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório HC 103.811 / RS inadmissibilidade do recurso especial. Requer, ao final, a concessão da ordem para determinar que o Superior Tribunal de Justiça aprecie o mérito do recurso especial inadmitido. Em 6/5/2010, por estarem os autos devidamente instruídos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson de Oliveira de Almeida, manifestou-se pela concessão da ordem para que, “superada a preliminar de intempestividade, o Superior Tribunal de Justiça prossiga no exame do agravo de instrumento”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689279. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS inadmissibilidade do recurso especial. Requer, ao final, a concessão da ordem para determinar que o Superior Tribunal de Justiça aprecie o mérito do recurso especial inadmitido. Em 6/5/2010, por estarem os autos devidamente instruídos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson de Oliveira de Almeida, manifestou-se pela concessão da ordem para que, “superada a preliminar de intempestividade, o Superior Tribunal de Justiça prossiga no exame do agravo de instrumento”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689279. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.811 RIO GRANDE DO SUL V O T O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (Relator): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. Eis a ementa do acórdão impugnado: “PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL INTEMPESTIVO. JUÍZO PRÉVIO NA INSTÂNCIA A QUO. NÃO VINCULAÇÃO. JUNTADA POSTERIOR DE PEÇAS. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impraticável o agravo de instrumento ante a intempestividade do Recurso Especial. 2. O juízo prévio de admissibilidade realizado pela Corte a quo não vincula ou restringe o exame dos pressupostos recursais a ser realizado pelo relator na instância ad quem. 3. É pacífico nesta Corte o entendimento no sentido de ser impossível a juntada posterior das peças faltantes, com o objetivo de completar o traslado, em razão da ocorrência da preclusão consumativa 4. Agravo regimental improvido”. Conforme relatado, o impetrante sustenta que o Superior Tribunal de Justiça equivocou-se ao inadmitir recurso especial lá ajuizado, ao fundamento de que seria intempestivo. Assim, pretende neste writ o reconhecimento da tempestividade do Resp para determinar que o STJ analise o seu mérito. Ao contrário do que foi mencionado, não vislumbro nessa decisão nenhuma ilegalidade, abuso de poder ou teratologia que justifique a concessão da ordem. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Supremo Tribunal Federal 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.811 RIO GRANDE DO SUL V O T O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (Relator): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. Eis a ementa do acórdão impugnado: “PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL INTEMPESTIVO. JUÍZO PRÉVIO NA INSTÂNCIA A QUO. NÃO VINCULAÇÃO. JUNTADA POSTERIOR DE PEÇAS. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impraticável o agravo de instrumento ante a intempestividade do Recurso Especial. 2. O juízo prévio de admissibilidade realizado pela Corte a quo não vincula ou restringe o exame dos pressupostos recursais a ser realizado pelo relator na instância ad quem. 3. É pacífico nesta Corte o entendimento no sentido de ser impossível a juntada posterior das peças faltantes, com o objetivo de completar o traslado, em razão da ocorrência da preclusão consumativa 4. Agravo regimental improvido”. Conforme relatado, o impetrante sustenta que o Superior Tribunal de Justiça equivocou-se ao inadmitir recurso especial lá ajuizado, ao fundamento de que seria intempestivo. Assim, pretende neste writ o reconhecimento da tempestividade do Resp para determinar que o STJ analise o seu mérito. Ao contrário do que foi mencionado, não vislumbro nessa decisão nenhuma ilegalidade, abuso de poder ou teratologia que justifique a concessão da ordem. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 103.811 / RS Com efeito, o habeas corpus, tal como está no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal, é instrumento que se destina a garantir o direito à liberdade de locomoção do indivíduo, sempre que este sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em tal direito, por ilegalidade ou abuso de poder. Daí porque o referido remédio constitucional visa a resguardar a liberdade de ir e vir do ser humano, quando efetivamente houver constrangimento decorrente de ilegalidade ou abuso de poder. É dizer, o habeas corpus é instrumento nobre, de uso excepcional, razão pela qual não pode ter seus contornos deformados a ponto de banalizá-lo. Assim, não se pode ter, via de regra, como constrangimento à liberdade de locomoção decisão que nega seguimento ao agravo de instrumento em virtude da intempestividade do recurso especial interposto. Desse modo, não se vislumbra, nem mesmo em tese, a suscitada ilegalidade e coação por parte da autoridade apontada como coatora. Cumpre, destacar, ainda, que a discussão sobre os pressupostos de admissibilidade recursal deve esgotar-se dentro do próprio recurso, não sendo cabível essa pretensão por meio do remédio heróico. Ressalte-se, também, que as vias ordinárias poderão ser adequadamente acionadas para a consecução dos fins pretendidos pelo impetrante. O pedido, portanto, é de todo incabível. Nesse sentido, é o entendimento de ambas as Turmas desta Corte: “HABEAS CORPUS. Pedido de absolvição em ação penal. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS Com efeito, o habeas corpus, tal como está no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal, é instrumento que se destina a garantir o direito à liberdade de locomoção do indivíduo, sempre que este sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em tal direito, por ilegalidade ou abuso de poder. Daí porque o referido remédio constitucional visa a resguardar a liberdade de ir e vir do ser humano, quando efetivamente houver constrangimento decorrente de ilegalidade ou abuso de poder. É dizer, o habeas corpus é instrumento nobre, de uso excepcional, razão pela qual não pode ter seus contornos deformados a ponto de banalizá-lo. Assim, não se pode ter, via de regra, como constrangimento à liberdade de locomoção decisão que nega seguimento ao agravo de instrumento em virtude da intempestividade do recurso especial interposto. Desse modo, não se vislumbra, nem mesmo em tese, a suscitada ilegalidade e coação por parte da autoridade apontada como coatora. Cumpre, destacar, ainda, que a discussão sobre os pressupostos de admissibilidade recursal deve esgotar-se dentro do próprio recurso, não sendo cabível essa pretensão por meio do remédio heróico. Ressalte-se, também, que as vias ordinárias poderão ser adequadamente acionadas para a consecução dos fins pretendidos pelo impetrante. O pedido, portanto, é de todo incabível. Nesse sentido, é o entendimento de ambas as Turmas desta Corte: “HABEAS CORPUS. Pedido de absolvição em ação penal. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 103.811 / RS Prescrição reconhecida. Punibilidade extinta. Não ocorrência de fatos capazes de repercutir na liberdade de locomoção física do paciente. Inexistência de cerceamento da liberdade de ir e vir. Remédio processual impróprio. HC não conhecido. Agravo improvido. Precedentes. Habeas corpus não é via processual adequada para pleitear a absolvição de acusado cuja punibilidade foi declarada extinta, pela ocorrência de prescrição, por inexistir risco à liberdade de ir e vir do paciente (86.011-AgR/MG, Rel. Min. Cezar Peluso – grifos meus). “HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ALEGADA DIFICULDADE NO ACESSO DA DEFESA ÀS INFORMAÇÕES E DOCUMENTOS DO PROCESSO-CRIME: ALEGAÇÃO INÉDITA, QUE NÃO PODE SER CONHECIDA SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL DECORRENTE DA NÃO APRECIAÇÃO DO PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA E DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CAUTELAR IDÔNEA PARA A EVENTUAL PRISÃO: INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO E INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. PRECEDENTES. CORPUS PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESTA PARTE, DENEGADO. 1. Não se comprovam, nos autos, a presença de constrangimento ilegal a ferir direito do Paciente nem ilegalidade ou abuso de poder a ensejar a concessão da ordem. (...) sendo firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que, não havendo risco efetivo de constrição à liberdade de locomoção física, não se revela pertinente o remédio do habeas corpus, cuja utilização supõe, necessariamente, a concreta configuração de ofensa - atual ou iminente - ao direito de ir, vir e permanecer das pessoas. Precedentes. 4. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nesta parte, denegado.” (HC 96.220/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia). No mesmo sentido: HC 97.119-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello; 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS Prescrição reconhecida. Punibilidade extinta. Não ocorrência de fatos capazes de repercutir na liberdade de locomoção física do paciente. Inexistência de cerceamento da liberdade de ir e vir. Remédio processual impróprio. HC não conhecido. Agravo improvido. Precedentes. Habeas corpus não é via processual adequada para pleitear a absolvição de acusado cuja punibilidade foi declarada extinta, pela ocorrência de prescrição, por inexistir risco à liberdade de ir e vir do paciente (86.011-AgR/MG, Rel. Min. Cezar Peluso – grifos meus). “HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ALEGADA DIFICULDADE NO ACESSO DA DEFESA ÀS INFORMAÇÕES E DOCUMENTOS DO PROCESSO-CRIME: ALEGAÇÃO INÉDITA, QUE NÃO PODE SER CONHECIDA SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL DECORRENTE DA NÃO APRECIAÇÃO DO PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA E DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CAUTELAR IDÔNEA PARA A EVENTUAL PRISÃO: INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO E INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. PRECEDENTES. CORPUS PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESTA PARTE, DENEGADO. 1. Não se comprovam, nos autos, a presença de constrangimento ilegal a ferir direito do Paciente nem ilegalidade ou abuso de poder a ensejar a concessão da ordem. (...) sendo firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que, não havendo risco efetivo de constrição à liberdade de locomoção física, não se revela pertinente o remédio do habeas corpus, cuja utilização supõe, necessariamente, a concreta configuração de ofensa - atual ou iminente - ao direito de ir, vir e permanecer das pessoas. Precedentes. 4. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nesta parte, denegado.” (HC 96.220/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia). No mesmo sentido: HC 97.119-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello; 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 103.811 / RS HC 82.880-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; HC 76.605/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; HC 79.791/GO, Rel. Min. Néri da Silveira. Nessa mesma linha, em recente julgamento de caso análogo, HC 94.574/GO, Rel. Min. Dias Toffoli, realizado em 10/8/2010, esta Turma entendeu que o habeas corpus é incabível para analisar questões alheias à privação da liberdade de locomoção, tais como discussões relativas ao reconhecimento de tempestividade de recurso. Nesse julgado, assentou- se que: “A impetração, tal como posta nos autos, tem a finalidade exclusiva de reconhecer a tempestividade do agravo de instrumento interposto no Superior Tribunal de Justiça, o qual, por sua vez, tem o objetivo de dar seguimento ao recurso especial interposto para aquela Corte Superior, não havendo previsão legal para a concessão da ordem nestes termos. Demonstrado, em última análise, que o impetrante/paciente não busca afastar ou evitar qualquer ameaça ao seu direito de locomoção, mas tão somente desincumbir-se do ônus de comprovar a tempestividade do recurso no momento da sua interposição, conforme reiterada jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e desta Suprema Corte, a impetração não merece conhecimento” (grifos meus). Cito, ainda, na mesma esteira o HC 81.524/SP, Rel. Min. Néri da Silveira: “ Habeas Corpus. 2. Decisão do STJ que negou seguimento a agravo de instrumento, por deficiência na formação do traslado. 3. A decisão impugnada não atenta contra a liberdade de ir e vir do paciente. 4. Ressalvada a possibilidade de discutir os temas do recurso especial, em habeas corpus, até com maior amplitude. 5. Habeas corpus não conhecido” . De qualquer sorte, destaco, que, neste caso, não houve qualquer 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS HC 82.880-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; HC 76.605/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; HC 79.791/GO, Rel. Min. Néri da Silveira. Nessa mesma linha, em recente julgamento de caso análogo, HC 94.574/GO, Rel. Min. Dias Toffoli, realizado em 10/8/2010, esta Turma entendeu que o habeas corpus é incabível para analisar questões alheias à privação da liberdade de locomoção, tais como discussões relativas ao reconhecimento de tempestividade de recurso. Nesse julgado, assentou- se que: “A impetração, tal como posta nos autos, tem a finalidade exclusiva de reconhecer a tempestividade do agravo de instrumento interposto no Superior Tribunal de Justiça, o qual, por sua vez, tem o objetivo de dar seguimento ao recurso especial interposto para aquela Corte Superior, não havendo previsão legal para a concessão da ordem nestes termos. Demonstrado, em última análise, que o impetrante/paciente não busca afastar ou evitar qualquer ameaça ao seu direito de locomoção, mas tão somente desincumbir-se do ônus de comprovar a tempestividade do recurso no momento da sua interposição, conforme reiterada jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e desta Suprema Corte, a impetração não merece conhecimento” (grifos meus). Cito, ainda, na mesma esteira o HC 81.524/SP, Rel. Min. Néri da Silveira: “ Habeas Corpus. 2. Decisão do STJ que negou seguimento a agravo de instrumento, por deficiência na formação do traslado. 3. A decisão impugnada não atenta contra a liberdade de ir e vir do paciente. 4. Ressalvada a possibilidade de discutir os temas do recurso especial, em habeas corpus, até com maior amplitude. 5. Habeas corpus não conhecido” . De qualquer sorte, destaco, que, neste caso, não houve qualquer 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 103.811 / RS ilegalidade, pois conforme constou do acórdão que julgou o agravo regimental no STJ, a paciente não juntou no agravo de instrumento protocolo de que o recurso especial havia sido interposto por meio de fax, realizando apenas posteriormente, na petição do agravo regimental. Por oportuno, transcrevo os seguintes trechos do referido julgado, que bem esclarecem o ocorrido: “(...) conforme já salientado na decisão ora agravada, a informação juntada à fl. 134 não tem o condão substituir o protocolo processual. De fato, a comprovação da interposição do recurso se faz por meio do protocolo ou de certidão que comprove a data de sua apresentação. Dessarte, tendo o recorrente transmitido seu recurso via fax, deveria ter trasladado, pelo menos, a página do fax com o protocolo, a fim de comprovar sua interposição dentro do prazo legal, não bastando para os fins legais a simples juntada de informação do Tribunal, que nem ao menos atesta a interposição do Recurso Especial via fax. Note-se que é assente o entendimento desta Corte, no sentido de que a tempestividade dos recursos é aferida pela data do protocolo lançado na petição da interposição destes, e não por termo de recebimento do Tribunal, comprovante de movimentação processual ou informações processuais, como pretende o agravante” (grifos meus). Assim, consoante pronunciamentos reiterados desta Corte, é dever processual da parte zelar pela correta formação do agravo de instrumento, não sendo possível sanar o vício com a juntada posterior de documento. Nesse sentido cito, entre outras, as seguintes decisões: AI 237.361-AgR/SC, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 308.589-AgR/PR, Rel. Min. Moreira Alves; AI 493.916-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 252.090- AgR/PE, Rel. Min. Celso de Mello; e AI 550.987-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 583.803-AgR/SP e AI 582.086-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau. Por outro lado, a defesa deveria ter observado a correta formação do 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS ilegalidade, pois conforme constou do acórdão que julgou o agravo regimental no STJ, a paciente não juntou no agravo de instrumento protocolo de que o recurso especial havia sido interposto por meio de fax, realizando apenas posteriormente, na petição do agravo regimental. Por oportuno, transcrevo os seguintes trechos do referido julgado, que bem esclarecem o ocorrido: “(...) conforme já salientado na decisão ora agravada, a informação juntada à fl. 134 não tem o condão substituir o protocolo processual. De fato, a comprovação da interposição do recurso se faz por meio do protocolo ou de certidão que comprove a data de sua apresentação. Dessarte, tendo o recorrente transmitido seu recurso via fax, deveria ter trasladado, pelo menos, a página do fax com o protocolo, a fim de comprovar sua interposição dentro do prazo legal, não bastando para os fins legais a simples juntada de informação do Tribunal, que nem ao menos atesta a interposição do Recurso Especial via fax. Note-se que é assente o entendimento desta Corte, no sentido de que a tempestividade dos recursos é aferida pela data do protocolo lançado na petição da interposição destes, e não por termo de recebimento do Tribunal, comprovante de movimentação processual ou informações processuais, como pretende o agravante” (grifos meus). Assim, consoante pronunciamentos reiterados desta Corte, é dever processual da parte zelar pela correta formação do agravo de instrumento, não sendo possível sanar o vício com a juntada posterior de documento. Nesse sentido cito, entre outras, as seguintes decisões: AI 237.361-AgR/SC, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 308.589-AgR/PR, Rel. Min. Moreira Alves; AI 493.916-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 252.090- AgR/PE, Rel. Min. Celso de Mello; e AI 550.987-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 583.803-AgR/SP e AI 582.086-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau. Por outro lado, a defesa deveria ter observado a correta formação do 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 103.811 / RS instrumento, inclusive com a cópia integral da peça enviada por fax, possibilitando a realização do juízo de admissibilidade do recurso pela Corte Superior, pois o exame dos pressupostos realizado pelo Tribunal a quo não vincula ou restringe sua análise pela Corte ad quem. Por fim, verifico, em consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de Justiça que a decisão ora atacada transitou em julgado em 24/5/2010, restando definitiva a condenação imposta à paciente. Assim, eventual erro judiciário deve ser questionado por meio de instrumento próprio, qual seja, a revisão criminal. Isso porque, como é sabido, o habeas corpus, em que pese configurar remédio constitucional de largo espectro, não pode ser utilizado como sucedâneo da revisão criminal, salvo em situações nas quais se verifique flagrante ilegalidade ou nulidade, o que, a meu sentir, não é o caso dos autos. Diante do exposto, denego a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Supremo Tribunal Federal HC 103.811 / RS instrumento, inclusive com a cópia integral da peça enviada por fax, possibilitando a realização do juízo de admissibilidade do recurso pela Corte Superior, pois o exame dos pressupostos realizado pelo Tribunal a quo não vincula ou restringe sua análise pela Corte ad quem. Por fim, verifico, em consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de Justiça que a decisão ora atacada transitou em julgado em 24/5/2010, restando definitiva a condenação imposta à paciente. Assim, eventual erro judiciário deve ser questionado por meio de instrumento próprio, qual seja, a revisão criminal. Isso porque, como é sabido, o habeas corpus, em que pese configurar remédio constitucional de largo espectro, não pode ser utilizado como sucedâneo da revisão criminal, salvo em situações nas quais se verifique flagrante ilegalidade ou nulidade, o que, a meu sentir, não é o caso dos autos. Diante do exposto, denego a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 689280. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.811 RIO GRANDE DO SUL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, vou pedir vênia para subscrever o parecer da Procuradoria Geral da República. Eis o resumo do que ocorreu no Superior Tribunal de Justiça: "Publicado o acórdão dos embargos em 30.03.2009, o prazo do recurso especial, iniciado em 01.04.2009, terminou no dia 15.04.2009. Nessa data foi protocolada a petição enviada por fax (fls. 134)," – utilizou-se o meio de transmissão moderno, fac- símile – "sendo que, no dia seguinte (16.04.2009)," – não se aguardou nem o transcurso dos cinco dias – "foi protocolada a petição original (fls. 135). Donde a tempestividade do recurso especial (art. 2º da Lei 9.800/99). Isso posto, opino pelo deferimento da ordem para que, superada a preliminar de intempestividade, o Superior Tribunal de Justiça prossiga no exame do agravo de instrumento." Em síntese, houve a interposição do recurso via fac-símile no prazo assinado em lei e a protocolação do original no dia imediato. Não se chegou a utilizar o espaço de tempo de cinco dias para essa apresentação. Peço vênia para, ante esse quadro, conceder a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 705530. Supremo Tribunal Federal 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.811 RIO GRANDE DO SUL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, vou pedir vênia para subscrever o parecer da Procuradoria Geral da República. Eis o resumo do que ocorreu no Superior Tribunal de Justiça: "Publicado o acórdão dos embargos em 30.03.2009, o prazo do recurso especial, iniciado em 01.04.2009, terminou no dia 15.04.2009. Nessa data foi protocolada a petição enviada por fax (fls. 134)," – utilizou-se o meio de transmissão moderno, fac- símile – "sendo que, no dia seguinte (16.04.2009)," – não se aguardou nem o transcurso dos cinco dias – "foi protocolada a petição original (fls. 135). Donde a tempestividade do recurso especial (art. 2º da Lei 9.800/99). Isso posto, opino pelo deferimento da ordem para que, superada a preliminar de intempestividade, o Superior Tribunal de Justiça prossiga no exame do agravo de instrumento." Em síntese, houve a interposição do recurso via fac-símile no prazo assinado em lei e a protocolação do original no dia imediato. Não se chegou a utilizar o espaço de tempo de cinco dias para essa apresentação. Peço vênia para, ante esse quadro, conceder a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 705530. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 103.811 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES IMPTE.(S) : VALTER AUGUSTO KAMINSKI COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 31.08.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão os Ministros Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 701668 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 103.811 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES IMPTE.(S) : VALTER AUGUSTO KAMINSKI COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 31.08.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão os Ministros Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 701668 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=714891
2010-08-31T00:00:00
2010-09-24T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 31.08.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. INTEMPESTIVIDADE DE RECURSO ESPECIAL RECONHECIDA NO STJ. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE, CONTRANGIMENTO ILEGAL OU ABUSO DE PODER. DIREITO DE IR E VIR. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. O WRIT NÃO PODE SER UTILIZADO COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL, SALVO NOS CASOS DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. ORDEM DENEGADA. I - Não se verifica nos autos a presença de constrangimento ilegal, nem ilegalidade ou abuso de poder a ensejar a concessão da ordem. II - A via estreita do habeas corpus não pode ser utilizada como sucedâneo de recurso para discutir questões alheias a liberdade de locomoção, tais como tempestividade recursal. Precedentes. III - Inexistindo nulidade ou ilegalidade flagrante a ser sanada, não se pode admitir o habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal, ante a verificação do trânsito em julgado do acórdão que tornou definitiva a condenação. IV - Ordem denegada.
sjur182404
- Acórdãos citados: HC 76605, HC 79791, HC 81524, HC 82880 AgR, HC 86011 AgR, HC 94574, HC 96220, HC 97119 AgR, AI 237361 AgR, AI 252090 AgR, AI 308589 AgR, AI 493916 AgR, AI 550987 AgR, AI 582086 AgR, AI 583803 AgR. - Veja AI 1206088 do STJ. Número de páginas: 13. Análise: 01/10/2010, MMR. Revisão: 04/10/2010, ACG.
RICARDO LEWANDOWSKI
Primeira Turma
103811
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
HC
acordaos
HC 103811
[ "" ]
PACTE.(S) : VALDIRENE VANDA NEUMANN SIMÕES IMPTE.(S) : VALTER AUGUSTO KAMINSKI COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "Ag", "ravo de Instrumento 1. 206. 088 / RS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "Ag", "ravo de Instrumento 1. 206. 088 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "86", ".", "01", "1", "-", "Ag", "R", "/", "MG", "H", "C 96. 220 / PR", "H", "C 97. 119- AgR / DF", "H", "C 103. 811 / RS", "86", ".", "01", "1", "-", "Ag", "R", "/", "MG", "H", "C 96. 220 / PR", "H", "C 97. 119- AgR / DF", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 82. 880- AgR / SP", "H", "C 76. 605 / SP", "H", "C 79. 791 / GO", "H", "C 94. 574 / GO", "H", "C 81. 524 / SP", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 82. 880- AgR / SP", "H", "C 76. 605 / SP", "H", "C 79. 791 / GO", "H", "C 94. 574 / GO", "H", "C 81. 524 / SP", "H", "C 103. 811 / RS", "A", "I 237. 361- AgR / SC", "A", "I 308. 589- AgR / PR", "A", "I 493. 916- AgR / RJ", "A", "I 252. 090- AgR / PE", "A", "I 550. 987- AgR / MG", "A", "I 583. 803- AgR / SP", "A", "I 582. 086- AgR / SP", "H", "C 103. 811 / RS", "A", "I 237. 361- AgR / SC", "A", "I 308. 589- AgR / PR", "A", "I 493. 916- AgR / RJ", "A", "I 252. 090- AgR / PE", "A", "I 550. 987- AgR / MG", "A", "I 583. 803- AgR / SP", "A", "I 582. 086- AgR / SP", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "C 103. 811 / RS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 103. 811" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], LXVIII da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], LXVIII da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK] da Lei 9. 800 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK] da Lei 9. 800 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO GRANDE DO SUL", "Brasília", "Brasília", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL", "R", "IO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "ST", "J", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Sex", "ta Turma do Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Sex", "ta Turma do Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "[UNK] Turma do Superior Tribunal de Justiça", "ST", "J", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma do Superior Tribunal de Justiça", "ST", "J", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Superior Tribunal de Justiça", "Ministério Público Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Ministério Público Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Superior Tribunal de Justiça", "Superior Tribunal de Justiça", "Suprema Corte", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Superior Tribunal de Justiça", "Suprema Corte", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Procurador", "ia Geral da República", "Superior Tribunal de Justiça", "Superior Tribunal de Justiça", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Procurador", "ia Geral da República", "Superior Tribunal de Justiça", "Superior Tribunal de Justiça", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "V", "AL", "DI", "RE", "N", "E VANDA NEUMANN SIMÕES", "V", "AL", "TE", "R AUGUSTO KAMINSKI COAT", "Ricardo Lew", "ando", "wski", "Marco Aurélio", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "V", "AL", "DI", "RE", "N", "E VANDA NEUMANN SIM", "V", "AL", "TE", "R AUGUSTO KAMINSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Val", "ter Augusto Kaminski", "V", "AL", "DI", "RE", "N", "E VANDA NEUMANN SIMÕES", "Maria Thereza de Assis Moura", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "V", "AL", "DI", "RE", "N", "E VANDA NEUMANN SIMÕES", "V", "AL", "TE", "R AUGUSTO KAMINSKI COAT", "R", "IC", "AR", "DO 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Velloso", "Er", "os Grau", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "V", "AL", "DI", "RE", "N", "E VANDA NEUMANN SIMÕES", "V", "AL", "TE", "R AUGUSTO KAMINSKI COATOR", "Marco Aurélio", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Fab", "iane Duarte", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "V", "AL", "DI", "RE", "N", "E VANDA NEUMANN SIMÕES", "V", "AL", "TE", "R AUGUSTO KAMINSKI COATOR", "Marco Aurélio", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco", "Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Fab", "iane Duarte" ], "TEMPO": [ "31", "/", "08", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "09", "/", "2010", "31 de agosto de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "31 de agosto de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", "/", "08", "/", "2010", "24", 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Ementa e Acórdão 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.016 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ ADV.(A/S) : PGE-CE - CARLOS OTÁVIO DE ARRUDA BEZERRA ADV.(A/S) : PGE-CE - DANIEL MAIA TEIXEIRA EMBDO.(A/S) : TEREZINHA RODRIGUES REBOUÇAS ADV.(A/S) : JOSÉ NUNES RODRIGUES E OUTRO(A/S) EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. 1) NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) QUESTÕES PROCESSUAIS: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental; vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio, e, à unanimidade, em negar provimento ao agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 31 de agosto de 2010. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693650 Supremo Tribunal Federal DJe 24/09/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.016 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ ADV.(A/S) : PGE-CE - CARLOS OTÁVIO DE ARRUDA BEZERRA ADV.(A/S) : PGE-CE - DANIEL MAIA TEIXEIRA EMBDO.(A/S) : TEREZINHA RODRIGUES REBOUÇAS ADV.(A/S) : JOSÉ NUNES RODRIGUES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 31 de março de 2009, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Estado do Ceará contra julgado do Tribunal de Justiça local do Ceará, o qual manteve sentença concessiva de mandado de segurança que garantira o recebimento de proventos proporcionais em valor não inferior ao salário-mínimo. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. Na espécie, o Desembargador Relator do acórdão recorrido registrou em seu voto: “No presente caso, a autora estava recebendo sua remuneração em desacordo com a ordem constitucional, uma vez que, em 06 de novembro de 2003, conforme documento de fl. 14 dos autos, percebia, como somatório da sua remuneração (proventos e demais vantagens), o valor de R$ 148, 16 (cento e quarenta e oito reais e dezesseis centavos), quando, à época, o valor do salário-mínimo fixado nacionalmente era de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais)”. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que os proventos recebidos por servidor inativo não podem ser inferiores ao salário mínimo. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693651 Supremo Tribunal Federal 31/08/2010 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.016 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ ADV.(A/S) : PGE-CE - CARLOS OTÁVIO DE ARRUDA BEZERRA ADV.(A/S) : PGE-CE - DANIEL MAIA TEIXEIRA EMBDO.(A/S) : TEREZINHA RODRIGUES REBOUÇAS ADV.(A/S) : JOSÉ NUNES RODRIGUES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 31 de março de 2009, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Estado do Ceará contra julgado do Tribunal de Justiça local do Ceará, o qual manteve sentença concessiva de mandado de segurança que garantira o recebimento de proventos proporcionais em valor não inferior ao salário-mínimo. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. Na espécie, o Desembargador Relator do acórdão recorrido registrou em seu voto: “No presente caso, a autora estava recebendo sua remuneração em desacordo com a ordem constitucional, uma vez que, em 06 de novembro de 2003, conforme documento de fl. 14 dos autos, percebia, como somatório da sua remuneração (proventos e demais vantagens), o valor de R$ 148, 16 (cento e quarenta e oito reais e dezesseis centavos), quando, à época, o valor do salário-mínimo fixado nacionalmente era de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais)”. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que os proventos recebidos por servidor inativo não podem ser inferiores ao salário mínimo. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693651 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RE 587.016-ED / CE 2 “1. Servidor público aposentado por invalidez, com proventos proporcionais: direito a que estes não sejam inferiores ao mínimo legal: acórdão recorrido que decidiu em consonância com a orientação da Corte, no sentido de que, a partir da Constituição de 1988 (art. 7º, IV, c/c 39, § 2º - atual § 3º), nenhum servidor - ativo ou inativo - poderá perceber remuneração (vencimentos ou proventos) inferior ao salário mínimo, mesmo quando se tratar de aposentadoria com proventos proporcionais : precedentes. 2. Recurso extraordinário: descabimento: falta de prequestionamento: dispositivos constitucionais suscitados no RE (CF, arts. 5º, XXXVI e 37, caput) não cogitados pelo acórdão recorrido, ao qual não se opuseram embargos de declaração: Súmulas 282 e 356” (RE 340.599, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 28.11.2003). “Administrativo. Proventos proporcionais. Inferioridade ao salário mínimo. Impossibilidade. Precedentes do Tribunal. Fundamentos não afastados pela agravante. Regimental não provido” (RE 215.527-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ 27.9.2002). 5. O Agravante argumenta, ainda, que a vedação ao pagamento de prestação pecuniária em valor inferior ao salário mínimo refere-se ao total das verbas recebidas mensalmente e não apenas ao vencimento. Contudo, a análise do montante recebido pela Agravada foi realizada pelo Tribunal a quo e para se concluir de forma diversa seria necessário o reexame do conjunto probatório constante dos autos. Incide, na espécie, a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693651 Supremo Tribunal Federal RE 587.016-ED / CE 2 “1. Servidor público aposentado por invalidez, com proventos proporcionais: direito a que estes não sejam inferiores ao mínimo legal: acórdão recorrido que decidiu em consonância com a orientação da Corte, no sentido de que, a partir da Constituição de 1988 (art. 7º, IV, c/c 39, § 2º - atual § 3º), nenhum servidor - ativo ou inativo - poderá perceber remuneração (vencimentos ou proventos) inferior ao salário mínimo, mesmo quando se tratar de aposentadoria com proventos proporcionais : precedentes. 2. Recurso extraordinário: descabimento: falta de prequestionamento: dispositivos constitucionais suscitados no RE (CF, arts. 5º, XXXVI e 37, caput) não cogitados pelo acórdão recorrido, ao qual não se opuseram embargos de declaração: Súmulas 282 e 356” (RE 340.599, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 28.11.2003). “Administrativo. Proventos proporcionais. Inferioridade ao salário mínimo. Impossibilidade. Precedentes do Tribunal. Fundamentos não afastados pela agravante. Regimental não provido” (RE 215.527-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ 27.9.2002). 5. O Agravante argumenta, ainda, que a vedação ao pagamento de prestação pecuniária em valor inferior ao salário mínimo refere-se ao total das verbas recebidas mensalmente e não apenas ao vencimento. Contudo, a análise do montante recebido pela Agravada foi realizada pelo Tribunal a quo e para se concluir de forma diversa seria necessário o reexame do conjunto probatório constante dos autos. Incide, na espécie, a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693651 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 587.016-ED / CE 3 2. Publicada essa decisão no DJe de 13.4.2009, opõe o Estado do Ceará, ora Embargante, em 15.4.2009, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Afirma o Embargante que: “O objetivo da [Agravada] dirigiu-se a que a parcela básica de seus proventos não fosse inferior ao salário-mínimo, enquanto o Tribunal do Ceará e essa Relatora decidiram como se a pretensão estivesse voltada à concessão do piso correspondente ao salário mínimo, a título de aposentadoria proporcional, em seu valor global. Portanto, requer a entidade pública apenas que essa Corte, corrigindo o citado equívoco, repita o julgamento proferido no RE n. 265.129 (...), que diz respeito exatamente à controvérsia dos autos, de modo que seja dado provimento ao recurso extraordinário. Caso assim não entenda Vossa Excelência (...), requer a entidade pública então, para fins de futura interpretação do acórdão dessa Corte e execução da decisão judicial que transitar em julgado, que se deixe esclarecido que os limites da segurança apenas garantem que o valor total dos proventos proporcionais não seja inferior ao mínimo constitucional, e nunca que a parcela básica de aposentadoria tenha esse piso”. Requer o acolhimento dos embargos declaratórios. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693651 Supremo Tribunal Federal RE 587.016-ED / CE 3 2. Publicada essa decisão no DJe de 13.4.2009, opõe o Estado do Ceará, ora Embargante, em 15.4.2009, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Afirma o Embargante que: “O objetivo da [Agravada] dirigiu-se a que a parcela básica de seus proventos não fosse inferior ao salário-mínimo, enquanto o Tribunal do Ceará e essa Relatora decidiram como se a pretensão estivesse voltada à concessão do piso correspondente ao salário mínimo, a título de aposentadoria proporcional, em seu valor global. Portanto, requer a entidade pública apenas que essa Corte, corrigindo o citado equívoco, repita o julgamento proferido no RE n. 265.129 (...), que diz respeito exatamente à controvérsia dos autos, de modo que seja dado provimento ao recurso extraordinário. Caso assim não entenda Vossa Excelência (...), requer a entidade pública então, para fins de futura interpretação do acórdão dessa Corte e execução da decisão judicial que transitar em julgado, que se deixe esclarecido que os limites da segurança apenas garantem que o valor total dos proventos proporcionais não seja inferior ao mínimo constitucional, e nunca que a parcela básica de aposentadoria tenha esse piso”. Requer o acolhimento dos embargos declaratórios. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693651 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 587.016-ED / CE 4 V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED. Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. Como afirmado na decisão agravada, a controvérsia sobre os proventos efetivamente percebidos pela Agravada – se o valor total seria, ou não, inferior ao salário-mínimo – atrai a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido: “1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de fatos e provas. Aplicação das súmulas nº 279. Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por objeto o simples reexame de fatos e provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (RE 330.907- AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 9.5.2008 – grifos nossos). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693653 Supremo Tribunal Federal RE 587.016-ED / CE 4 V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED. Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. Como afirmado na decisão agravada, a controvérsia sobre os proventos efetivamente percebidos pela Agravada – se o valor total seria, ou não, inferior ao salário-mínimo – atrai a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido: “1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de fatos e provas. Aplicação das súmulas nº 279. Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por objeto o simples reexame de fatos e provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (RE 330.907- AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 9.5.2008 – grifos nossos). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693653 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 587.016-ED / CE 5 “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos” (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007). 4. A questão relativa a eventual descompasso entre os pedidos originariamente formulados pela Agravada e o julgado recorrido não tem natureza constitucional, o que também não enseja o recurso extraordinário. Nesse sentido: “PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NORMAS PROCESSUAIS. OFENSA REFLEXA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II - O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz- se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI 631.775-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 13.3.2009 – grifos nossos). “1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693653 Supremo Tribunal Federal RE 587.016-ED / CE 5 “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos” (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007). 4. A questão relativa a eventual descompasso entre os pedidos originariamente formulados pela Agravada e o julgado recorrido não tem natureza constitucional, o que também não enseja o recurso extraordinário. Nesse sentido: “PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NORMAS PROCESSUAIS. OFENSA REFLEXA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II - O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz- se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI 631.775-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 13.3.2009 – grifos nossos). “1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693653 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 587.016-ED / CE 6 contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008 – grifos nossos). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693653 Supremo Tribunal Federal RE 587.016-ED / CE 6 contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008 – grifos nossos). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 693653 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.016 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ ADV.(A/S) : PGE-CE - CARLOS OTÁVIO DE ARRUDA BEZERRA ADV.(A/S) : PGE-CE - DANIEL MAIA TEIXEIRA EMBDO.(A/S) : TEREZINHA RODRIGUES REBOUÇAS ADV.(A/S) : JOSÉ NUNES RODRIGUES E OUTRO(A/S) Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 31.08.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão os Ministros Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 708984 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.016 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ ADV.(A/S) : PGE-CE - CARLOS OTÁVIO DE ARRUDA BEZERRA ADV.(A/S) : PGE-CE - DANIEL MAIA TEIXEIRA EMBDO.(A/S) : TEREZINHA RODRIGUES REBOUÇAS ADV.(A/S) : JOSÉ NUNES RODRIGUES E OUTRO(A/S) Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 31.08.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão os Ministros Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 708984 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=714894
2010-08-31T00:00:00
2010-09-24T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 31.08.2010.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. 1) NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) QUESTÕES PROCESSUAIS: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur182476
- Acórdãos citados: Pet 1245 ED-AgR - Tribunal Pleno, RE 195578 ED, RE 330907 AgR, RE 376599 AgR, AI 508047 AgR, AI 631775 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 29/09/2010, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Primeira Turma
587016
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-ED
acordaos
RE 587016 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ ADV.(A/S) : PGE-CE - CARLOS OTÁVIO DE ARRUDA BEZERRA ADV.(A/S) : PGE-CE - DANIEL MAIA TEIXEIRA EMBDO.(A/S) : TEREZINHA RODRIGUES REBOUÇAS ADV.(A/S) : JOSÉ NUNES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 016", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "E", "MB", ".", "DE", "C", "L", ". NO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 016", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 016", "R", "E 587. 016- ED / CE", "R", "E 340. 599", "R", "E 215. 527- AgR", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 587. 016- ED / CE", "R", "E 340. 599", "R", "E 215. 527- AgR", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 587. 016- ED / CE", "R", "E n. 265. 129", "R", "E 587. 016- ED / CE", "R", "E n. 265. 129", "R", "E 587. 016- ED / CE", "Pet 1. 245- ED- AgR", "R", "E 195. 578- ED", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 330. 907- AgR", "R", "E 587. 016- ED / CE", "Pet 1. 245- ED- AgR", "R", "E 195. 578- ED", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 330. 907- AgR", "R", "E 587. 016- ED / CE", "R", "E 376. 599- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 DO STF", "S", "Ú", "M", "UL", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do STF", "S", "úm", "ula 280 do STF", "A", "I 631. 775- AgR", "R", "E 587. 016- ED", "R", "E 376. 599- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 DO STF", "S", "Ú", "M", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do STF", "S", "úm", "ula 280 do STF", "A", "I 631. 775- AgR", "R", "E 587. 016- ED / CE", "A", "I 508. 047- AgR", "R", "E 587. 016- ED / CE", "A", "I 508. 047- AgR", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 016", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 016" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição de 1988 (", "art. [UNK], IV, c / c 39, § [UNK]- atual § [UNK]", "C", "F, arts. [UNK], XXXVI e 37, caput", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição de 1988 ( art. [UNK], IV, c / c 39, § [UNK]- atual § [UNK] )", "C", "F, arts. [UNK], XXXVI e 37, caput", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, § [UNK], c. c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, § [UNK], c. c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "Constituição", "art. [UNK], XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "Constituição", "art. [UNK], XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "CE", "AR", "Á", "ES", "TA", "DO DO CEARÁ", "Brasília", "CE", "AR", "Á", "ES", "TA", "DO DO CEARÁ", "CE", "AR", "Á", "ES", "TA", "DO DO CEARÁ", "Estado do Ceará", "Estado do Ceará", "Estado do Ceará", "CE", "AR", "Á", "ES", "TA", "DO DO CEARÁ", "CE", "AR", "Á", "ES", "TA", "DO DO CEARÁ" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "P", "GE", "-", "CE", "P", "GE", "-", "CE", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "P", 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LÚCIA", "CA", "R", "LO", "S OTÁVIO DE ARRUDA BEZERRA", "D", "AN", "I", "EL MAIA TEIXEIRA EMBDO", "T", "ER", "E", "Z", "IN", "HA RODRIGUES REBOUÇAS", "J", "OS", "É NUNES RODRIGUES", "Marco Aurélio", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Fab", "iane Duarte" ], "TEMPO": [ "31", "/", "08", "/", "2010", "31 de agosto de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "09", "/", "2010", "31", "/", "08", "/", "2010", "31 de março de 2009", "06 de novembro de 2003", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", "/", "08", "/", "2010", "31 de março de 2009", "06 de novembro de 2003", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", ".", "11", ".", "2003", "27", ".", "9", ".", "2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", ".", "11", ".", "2003", "27", ".", "9", ".", "2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "13", ".", "4", ".", "2009", "15", ".", "4", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "13", ".", "4", ".", "2009", "15", 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Ementa e Acórdão 27/09/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.120 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. ARTS. 33, § 4º, E 42 DA LEI Nº 11.343 (LEI DE DROGAS). QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. APRECIAÇÃO DA CIRCUNSTÂNCIA NA TERCEIRA FASE DE APLICAÇÃO DA PENA. POSSIBILIDADE, CASO NÃO CONSIDERADA NA PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA. INEXISTÊNCIA DE BIS IN IDEM. PRECEDENTES DA PRIMEIRA TURMA. ORIENTAÇÃO DA SEGUNDA TURMA EM SENTIDO CONTRÁRIO. QUESTÃO DE ORDEM A FIM DE AFETAR A MATÉRIA AO PLENÁRIO. VENCIDA A PRELIMINAR DILATÓRIA, ORDEM DENEGADA. 1. A quantidade de droga objeto do delito pode ser utilizada pelo magistrado na primeira ou na terceira fase de aplicação da pena, desde que incida apenas uma vez, a fim de evitar-se o bis in idem. 2. Os princípios da culpabilidade e da proporcionalidade impõem que a pena para o fato delituoso seja a mesma, independentemente da fase em que a circunstância seja considerada pelo julgador, por isso que a elevada quantidade da droga é critério hábil a impedir a incidência da minorante prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 no seu grau máximo, de dois terços, salvo se antes utilizada para aumentar a pena- base. 3. O art. 42 da Lei de Drogas, que determina que “o juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto”, não constitui óbice à utilização desses mesmos fatores na terceira fase da dosimetria, máxime porque, se assim não fosse, faltariam ao magistrado critérios para aplicar a escala prevista no § 4º do art. 33 do diploma em comento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499598. Supremo Tribunal Federal DJe 17/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Ementa e Acórdão HC 108.120 / MG 4. Conforme já decidido por esta 1ª Turma, verbis: “A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto” (HC 104195, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011). 5. In casu: (i) o paciente foi surpreendido com 67 (sessenta e sete) invólucros plásticos contendo cocaína, incidindo no tipo previsto no artigo 12, caput, da Lei nº 6.368/76; (ii) após aplicar a pena-base no mínimo legal (três anos de reclusão), o Tribunal de Justiça decidiu que a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 não deveria retroagir, tendo em vista que a aplicação da minorante em conjunto com a pena mínima prevista no art. 33, caput, do novel diploma para o delito de tráfico (cinco anos de reclusão) não seria favorável ao réu, pois se considerou que a elevada quantidade de droga apreendida impediria uma diminuição expressiva; (iii) o montante da droga, assim, apenas foi apreciado na terceira fase de aplicação da pena, não na primeira, o que afasta por completo a alegação de bis in idem. 6. Questão de ordem suscitada, a fim de afetar o julgamento ao Plenário, na forma do art. 22, p. u., a, do RISTF, na medida em que a 2ª Turma vem decidindo de forma diametralmente oposta (HC 106313, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 15/03/2011; HC 98172, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma; HC 101317, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/06/2010). 6. Vencida a preliminar dilatória, ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499598. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG 4. Conforme já decidido por esta 1ª Turma, verbis: “A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto” (HC 104195, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011). 5. In casu: (i) o paciente foi surpreendido com 67 (sessenta e sete) invólucros plásticos contendo cocaína, incidindo no tipo previsto no artigo 12, caput, da Lei nº 6.368/76; (ii) após aplicar a pena-base no mínimo legal (três anos de reclusão), o Tribunal de Justiça decidiu que a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 não deveria retroagir, tendo em vista que a aplicação da minorante em conjunto com a pena mínima prevista no art. 33, caput, do novel diploma para o delito de tráfico (cinco anos de reclusão) não seria favorável ao réu, pois se considerou que a elevada quantidade de droga apreendida impediria uma diminuição expressiva; (iii) o montante da droga, assim, apenas foi apreciado na terceira fase de aplicação da pena, não na primeira, o que afasta por completo a alegação de bis in idem. 6. Questão de ordem suscitada, a fim de afetar o julgamento ao Plenário, na forma do art. 22, p. u., a, do RISTF, na medida em que a 2ª Turma vem decidindo de forma diametralmente oposta (HC 106313, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 15/03/2011; HC 98172, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma; HC 101317, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/06/2010). 6. Vencida a preliminar dilatória, ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499598. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Ementa e Acórdão HC 108.120 / MG Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 27 de setembro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499598. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 27 de setembro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499598. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Sobrestado 06/09/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.120 MINAS GERAIS O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É isso o que Vossa Excelência propõe, não é? Ministro Toffoli, Vossa Excelência versou que a matéria estaria submetida ao Plenário? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Sim, no RE nº 596.152, da relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Então acho melhor sobrestar. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sobrestaríamos aqui. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: É que naquele caso havia outro fundamento que impedia... Então eu ia sugerir o sobrestamento. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Vamos sobrestar. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque, como não caberão embargos de divergência do artigo 546 do Código de Processo Civil para o Plenário, fica a Segunda Turma decidindo de uma forma e a Primeira de outra. A distribuição do habeas ganha sabor lotérico. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR)- Acho que estou vendo um detalhe agora que é tanto melhor sobrestar, porque o STJ julgou isso como recurso repetitivo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1568962. Supremo Tribunal Federal 06/09/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.120 MINAS GERAIS O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É isso o que Vossa Excelência propõe, não é? Ministro Toffoli, Vossa Excelência versou que a matéria estaria submetida ao Plenário? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Sim, no RE nº 596.152, da relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Então acho melhor sobrestar. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sobrestaríamos aqui. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: É que naquele caso havia outro fundamento que impedia... Então eu ia sugerir o sobrestamento. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Vamos sobrestar. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque, como não caberão embargos de divergência do artigo 546 do Código de Processo Civil para o Plenário, fica a Segunda Turma decidindo de uma forma e a Primeira de outra. A distribuição do habeas ganha sabor lotérico. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR)- Acho que estou vendo um detalhe agora que é tanto melhor sobrestar, porque o STJ julgou isso como recurso repetitivo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1568962. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Sobrestado HC 108.120 / MG O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É melhor sobrestar. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - O Relator concorda em que seja sobrestado? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Concordo. Eu até anotei aqui. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Habeas corpus sobrestado até a decisão do Plenário sobre a matéria. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1568962. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É melhor sobrestar. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - O Relator concorda em que seja sobrestado? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Concordo. Eu até anotei aqui. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) - Habeas corpus sobrestado até a decisão do Plenário sobre a matéria. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1568962. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.120 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma sobrestou o julgamento do processo. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 6.9.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1454695 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.120 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma sobrestou o julgamento do processo. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 6.9.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1454695 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Relatório 27/09/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.120 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus interposto contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, a qual concedeu parcialmente a ordem em idêntico remédio constitucional apresentado perante aquela Corte. O paciente foi condenado nos termos da denúncia a uma pena de 03 (três) anos e 06 (seis) meses de reclusão em regime inicialmente fechado e ao pagamento de 63 (sessenta e três) dias-multa, por violação ao disposto no art. 12, caput, da Lei n.° 6.386/76, em razão de ter sido surpreendido por policiais militares com 25,09g de cocaína. O réu interpôs recurso de apelação perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, logrando parcial provimento, por maioria, "para somente reduzir a reprimenda do apelante ao seu patamar mínimo, deixando de aplicar o § 4° do art. 33, da Lei 11.343/06, ao argumento de que isto criaria uma terceira lei, bem como manteve o regime inicial de cumprimento de pena no fechado e não reconheceu a possibilidade de substituir a pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos". Foram opostos Embargos Infringentes, que restaram rejeitados, e, em seguida, a defesa impetrou habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça. O STJ manifestou entendimento no sentido de que a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343 não pode Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Supremo Tribunal Federal 27/09/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.120 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus interposto contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, a qual concedeu parcialmente a ordem em idêntico remédio constitucional apresentado perante aquela Corte. O paciente foi condenado nos termos da denúncia a uma pena de 03 (três) anos e 06 (seis) meses de reclusão em regime inicialmente fechado e ao pagamento de 63 (sessenta e três) dias-multa, por violação ao disposto no art. 12, caput, da Lei n.° 6.386/76, em razão de ter sido surpreendido por policiais militares com 25,09g de cocaína. O réu interpôs recurso de apelação perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, logrando parcial provimento, por maioria, "para somente reduzir a reprimenda do apelante ao seu patamar mínimo, deixando de aplicar o § 4° do art. 33, da Lei 11.343/06, ao argumento de que isto criaria uma terceira lei, bem como manteve o regime inicial de cumprimento de pena no fechado e não reconheceu a possibilidade de substituir a pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos". Foram opostos Embargos Infringentes, que restaram rejeitados, e, em seguida, a defesa impetrou habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça. O STJ manifestou entendimento no sentido de que a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343 não pode Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Relatório HC 108.120 / MG retroagir em separado, dissociadamente da pena-base prevista pela novel legislação para o crime de tráfico de drogas – neste ponto, mais gravosa que o diploma anterior. No caso, segundo considerou o Tribunal, a aplicação da minorante em conjunto com a nova pena base prevista para o delito de tráfico (pena de cinco a quinze anos) não seria favorável ao réu, pois, conforme assentado pelas instâncias inferiores, as circunstâncias que envolveram a prática do delito apenas autorizariam a diminuição da pena em patamar intermediário, não em seu grau máximo, de dois terços. A decisão restou assim ementada: HABEAS CORPUS . PENAL. ART. 12 DA LEI N.° 6.368/76. MINORANTE PREVISTA NO § 4.° DO ART. 33 DA LEI N.° 11.343/2006. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PREJUÍZO, NO CASO CONCRETO, PARA O PACIENTE. SUBSTITUIÇÃO DA PENA. REQUISITOS DO ART. 44, DO CÓDIGO PENAL PREENCHIDOS. CABIMENTO. REGIME INICIAL FECHADO. ILEGALIDADE. SÚMULA N.º 440 DESTA CORTE. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. WRIT CONCEDIDO DE OFÍCIO PARA FIXAR O REGIME INICIAL ABERTO. 1. O entendimento deste Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a nova Lei de Drogas pode ser aplicada aos delitos de tráfico ilícito de entorpecentes cometidos sob a égide do antigo diploma legal, desde que na sua integralidade. 2. Uma vez que o Tribunal a quo deixou assente que, em face da quantidade e da natureza da droga apreendida, a minorante prevista no § 4.º do art. 33 da Lei n.º 11.343/06 só poderia ser fixada em patamar intermediário, inviável, no caso concreto, a aplicação da nova Lei de Drogas, porquanto mais gravosa ao Paciente. 3. Diante da declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, para os crimes hediondos, cometidos antes da publicação da Lei n.º 11.464/07, o regime inicial fechado não é obrigatório, devendo se observar para a fixação do regime de cumprimento de pena o art. 33, c.c. o art. 59, ambos do Código Penal. 4. Excluído o único óbice à progressão de regime nos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG retroagir em separado, dissociadamente da pena-base prevista pela novel legislação para o crime de tráfico de drogas – neste ponto, mais gravosa que o diploma anterior. No caso, segundo considerou o Tribunal, a aplicação da minorante em conjunto com a nova pena base prevista para o delito de tráfico (pena de cinco a quinze anos) não seria favorável ao réu, pois, conforme assentado pelas instâncias inferiores, as circunstâncias que envolveram a prática do delito apenas autorizariam a diminuição da pena em patamar intermediário, não em seu grau máximo, de dois terços. A decisão restou assim ementada: HABEAS CORPUS . PENAL. ART. 12 DA LEI N.° 6.368/76. MINORANTE PREVISTA NO § 4.° DO ART. 33 DA LEI N.° 11.343/2006. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PREJUÍZO, NO CASO CONCRETO, PARA O PACIENTE. SUBSTITUIÇÃO DA PENA. REQUISITOS DO ART. 44, DO CÓDIGO PENAL PREENCHIDOS. CABIMENTO. REGIME INICIAL FECHADO. ILEGALIDADE. SÚMULA N.º 440 DESTA CORTE. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. WRIT CONCEDIDO DE OFÍCIO PARA FIXAR O REGIME INICIAL ABERTO. 1. O entendimento deste Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a nova Lei de Drogas pode ser aplicada aos delitos de tráfico ilícito de entorpecentes cometidos sob a égide do antigo diploma legal, desde que na sua integralidade. 2. Uma vez que o Tribunal a quo deixou assente que, em face da quantidade e da natureza da droga apreendida, a minorante prevista no § 4.º do art. 33 da Lei n.º 11.343/06 só poderia ser fixada em patamar intermediário, inviável, no caso concreto, a aplicação da nova Lei de Drogas, porquanto mais gravosa ao Paciente. 3. Diante da declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, para os crimes hediondos, cometidos antes da publicação da Lei n.º 11.464/07, o regime inicial fechado não é obrigatório, devendo se observar para a fixação do regime de cumprimento de pena o art. 33, c.c. o art. 59, ambos do Código Penal. 4. Excluído o único óbice à progressão de regime nos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Relatório HC 108.120 / MG crimes hediondos e equiparados, consubstanciado no caráter especial dos rigores do regime integralmente fechado, mostra- se adequada a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, uma vez que o Paciente é reconhecidamente primário, possui bons antecedentes e teve valoradas como favoráveis todas as circunstância judiciais, tanto que sua pena-base restou fixada no patamar mínimo. 5. "Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito." Enunciado da Súmula n.º 440 desta Corte. 6. Ordem parcialmente concedida para assegurar ao Paciente a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Habeas corpus concedido, de ofício, para fixar o regime inicial aberto, devendo as condições dos dois benefícios serem implementadas pelo Juízo das Execuções Penais . Alega a defesa que houve bis in idem, visto que a quantidade de droga apreendida foi utilizada pelas instâncias inferiores não somente como circunstância judicial para aplicação da pena-base, mas também como elemento para impedir a incidência da minorante prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06 no seu grau máximo. Ressalta, em reforço, que o paciente é primário, possui bons antecedentes, não se dedica à atividade e não integra organização criminosa. Pede, ao final, concessão da ordem, para garantir ao Paciente a redução prevista no art. 33, § 4°, da Lei 11.3432/06 em seu grau máximo. A Ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, prestou informações, sem acrescer novos dados. O Ministério Público Federal opinou pelo deferimento da ordem, porquanto entende que a quantidade da droga é circunstância que apenas 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG crimes hediondos e equiparados, consubstanciado no caráter especial dos rigores do regime integralmente fechado, mostra- se adequada a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, uma vez que o Paciente é reconhecidamente primário, possui bons antecedentes e teve valoradas como favoráveis todas as circunstância judiciais, tanto que sua pena-base restou fixada no patamar mínimo. 5. "Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito." Enunciado da Súmula n.º 440 desta Corte. 6. Ordem parcialmente concedida para assegurar ao Paciente a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Habeas corpus concedido, de ofício, para fixar o regime inicial aberto, devendo as condições dos dois benefícios serem implementadas pelo Juízo das Execuções Penais . Alega a defesa que houve bis in idem, visto que a quantidade de droga apreendida foi utilizada pelas instâncias inferiores não somente como circunstância judicial para aplicação da pena-base, mas também como elemento para impedir a incidência da minorante prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06 no seu grau máximo. Ressalta, em reforço, que o paciente é primário, possui bons antecedentes, não se dedica à atividade e não integra organização criminosa. Pede, ao final, concessão da ordem, para garantir ao Paciente a redução prevista no art. 33, § 4°, da Lei 11.3432/06 em seu grau máximo. A Ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, prestou informações, sem acrescer novos dados. O Ministério Público Federal opinou pelo deferimento da ordem, porquanto entende que a quantidade da droga é circunstância que apenas 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Relatório HC 108.120 / MG pode ser considerada no momento de aplicação da pena-base, e nunca na terceira fase de aplicação da pena. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG pode ser considerada no momento de aplicação da pena-base, e nunca na terceira fase de aplicação da pena. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499599. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Voto - MIN. LUIZ FUX 27/09/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.120 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): De início, cumpre salientar que o presente writ não apresenta a controvérsia relativa à possibilidade de retroação do chamado “tráfico privilegiado”, ou seja, a causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06. A referida controvérsia, submetida ao regime de julgamento de recursos repetitivos, teve sua repercussão social conhecida, conforme ementa abaixo transcrita: EMENTA: CONSTITUCIONAL. PENAL. CONFLITO DE LEIS NO TEMPO. NOVA LEGISLAÇÃO COM DISPOSITIVOS, AO MESMO TEMPO, MAIS GRAVOSOS E MAIS BENÉFICOS. ART. 5º, XL, DA CONSTITUIÇÃO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. (RE 596152 RG, Relator(a): Min. MIN. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 04/06/2009, DJe-113 DIVULG 18- 06-2009 PUBLIC 19-06-2009 EMENT VOL-02365-08 PP-01602 RF v. 105, n. 401, 2009, p. 602-606 LEXSTF v. 31, n. 367, 2009, p. 278- 284 ) A impetração parte do pressuposto de que é correta a vertente, esposada em diversas decisões deste Supremo Tribunal, de que a retroatividade do art. 33, § 4º, da nova Lei de Drogas só é possível caso conjugada com a pena-base definida no caput do mesmo artigo (pena de cinco a quinze anos). Neste sentido, é relevante citar trecho do voto da Min. Ellen Gracie no HC 98766 (Segunda Turma, julgado em 15/12/2009, DJe-040): Por certo não há como se afirmar que, em todos os casos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Supremo Tribunal Federal 27/09/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.120 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): De início, cumpre salientar que o presente writ não apresenta a controvérsia relativa à possibilidade de retroação do chamado “tráfico privilegiado”, ou seja, a causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06. A referida controvérsia, submetida ao regime de julgamento de recursos repetitivos, teve sua repercussão social conhecida, conforme ementa abaixo transcrita: EMENTA: CONSTITUCIONAL. PENAL. CONFLITO DE LEIS NO TEMPO. NOVA LEGISLAÇÃO COM DISPOSITIVOS, AO MESMO TEMPO, MAIS GRAVOSOS E MAIS BENÉFICOS. ART. 5º, XL, DA CONSTITUIÇÃO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. (RE 596152 RG, Relator(a): Min. MIN. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 04/06/2009, DJe-113 DIVULG 18- 06-2009 PUBLIC 19-06-2009 EMENT VOL-02365-08 PP-01602 RF v. 105, n. 401, 2009, p. 602-606 LEXSTF v. 31, n. 367, 2009, p. 278- 284 ) A impetração parte do pressuposto de que é correta a vertente, esposada em diversas decisões deste Supremo Tribunal, de que a retroatividade do art. 33, § 4º, da nova Lei de Drogas só é possível caso conjugada com a pena-base definida no caput do mesmo artigo (pena de cinco a quinze anos). Neste sentido, é relevante citar trecho do voto da Min. Ellen Gracie no HC 98766 (Segunda Turma, julgado em 15/12/2009, DJe-040): Por certo não há como se afirmar que, em todos os casos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 108.120 / MG de tráfico de substância entorpecente, haverá que se cogitar da retroatividade da Lei 11.343/06, porquanto nem sempre a aplicação da lei nova – atualmente em vigor – será mais benéfica para o sujeito ativo do crime. Contudo, há de se considerar que em determinadas situações será perfeitamente possível a constatação de que realmente deve haver aplicação da lei penal mais recente, já que, pontualmente, ela se revela mais favorável ao acusado do que a lei antiga. Sendo assim, a análise imediata do writ sub judice não avilta a competência do Pleno para pacificar a controvérsia atinente à retroatividade em separado da mencionada minorante. Posto isso, passo a analisar o âmago deste habeas corpus. A vexata quaestio consiste em definir se o paciente faz jus à aplicação da causa de diminuição de pena do § 4º do art. 33 da nova Lei de Drogas no seu patamar máximo, qual seja, de dois terços. A sentença de primeiro grau esclareceu que o ora paciente foi surpreendido com 67 (sessenta e sete) invólucros plásticos contendo cocaína, incidindo, portanto, no tipo previsto no artigo 12, caput, da Lei 6.368/76. Na primeira fase de aplicação da pena, registrou que o réu possui maus antecedentes, utilizando também a grande quantidade de droga apreendida para fixar a pena acima do mínimo legal disposto no preceito secundário da lei ultrativa. Em sede de apelação, todavia, a pena foi reduzida ao mínimo legal, deixando de figurar a elevada quantidade de droga como critério negativo na primeira fase de aplicação da reprimenda. Ao reformar a sentença, o acórdão do Tribunal de Justiça mineiro explicitou, minuciosamente, que não se aplica ao caso a diminuição de pena do tráfico privilegiado em virtude da elevada quantidade de cocaína (fls. 10 do documento 14). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG de tráfico de substância entorpecente, haverá que se cogitar da retroatividade da Lei 11.343/06, porquanto nem sempre a aplicação da lei nova – atualmente em vigor – será mais benéfica para o sujeito ativo do crime. Contudo, há de se considerar que em determinadas situações será perfeitamente possível a constatação de que realmente deve haver aplicação da lei penal mais recente, já que, pontualmente, ela se revela mais favorável ao acusado do que a lei antiga. Sendo assim, a análise imediata do writ sub judice não avilta a competência do Pleno para pacificar a controvérsia atinente à retroatividade em separado da mencionada minorante. Posto isso, passo a analisar o âmago deste habeas corpus. A vexata quaestio consiste em definir se o paciente faz jus à aplicação da causa de diminuição de pena do § 4º do art. 33 da nova Lei de Drogas no seu patamar máximo, qual seja, de dois terços. A sentença de primeiro grau esclareceu que o ora paciente foi surpreendido com 67 (sessenta e sete) invólucros plásticos contendo cocaína, incidindo, portanto, no tipo previsto no artigo 12, caput, da Lei 6.368/76. Na primeira fase de aplicação da pena, registrou que o réu possui maus antecedentes, utilizando também a grande quantidade de droga apreendida para fixar a pena acima do mínimo legal disposto no preceito secundário da lei ultrativa. Em sede de apelação, todavia, a pena foi reduzida ao mínimo legal, deixando de figurar a elevada quantidade de droga como critério negativo na primeira fase de aplicação da reprimenda. Ao reformar a sentença, o acórdão do Tribunal de Justiça mineiro explicitou, minuciosamente, que não se aplica ao caso a diminuição de pena do tráfico privilegiado em virtude da elevada quantidade de cocaína (fls. 10 do documento 14). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 108.120 / MG Resta claro, do exposto, que não houve o bis in idem alegado pelo impetrante. A circunstância da elevada quantidade de droga foi utilizada apenas na terceira fase de aplicação da pena. Não procede o argumento da impetração, acolhido pelo Ministério Público Federal, no sentido de que a quantidade da droga é elemento que só pode ser apreciado na primeira fase de aplicação da reprimenda, nunca na terceira. Com efeito, a única vedação existente é à utilização do mesmo elemento depreciativo em ambas as fases. Inexistindo bis in idem, pode o magistrado se valer da circunstância na primeira ou na terceira fase. Por uma questão de proporcionalidade, o correto é que, em qualquer dos casos, a pena final aplicada seja a mesma, porquanto a reprimenda deve refletir a culpabilidade do condenado. Ora, se o § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 trouxe uma escala de diminuição da reprimenda que varia entre um sexto e dois terços, os únicos critérios que podem ser utilizados pelo magistrado para decidir qual o grau de minoração são exatamente aqueles previstos no art. 59 do Código Penal e no art. 42 da Lei de Drogas. Outra interpretação tornaria estéril a referida escala, exigindo do julgador sempre a aplicação da diminuição máxima. É critério comezinho de hermenêutica o de que a interpretação dos dispositivos legais não pode ser feita de forma estanque. A exegese do art. 42 da Lei de Drogas deve ser sistemática, considerando a necessidade de dar aplicabilidade à expressão “de um sexto a dois terços” prevista no § 4º do art. 33 do mesmo diploma. Essa orientação já foi adotada por esta 1ª Turma por mais de uma ocasião, em processos de minha relatoria, assim ementados: EMENTA : PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. PRELIMINAR DE NÃO 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG Resta claro, do exposto, que não houve o bis in idem alegado pelo impetrante. A circunstância da elevada quantidade de droga foi utilizada apenas na terceira fase de aplicação da pena. Não procede o argumento da impetração, acolhido pelo Ministério Público Federal, no sentido de que a quantidade da droga é elemento que só pode ser apreciado na primeira fase de aplicação da reprimenda, nunca na terceira. Com efeito, a única vedação existente é à utilização do mesmo elemento depreciativo em ambas as fases. Inexistindo bis in idem, pode o magistrado se valer da circunstância na primeira ou na terceira fase. Por uma questão de proporcionalidade, o correto é que, em qualquer dos casos, a pena final aplicada seja a mesma, porquanto a reprimenda deve refletir a culpabilidade do condenado. Ora, se o § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 trouxe uma escala de diminuição da reprimenda que varia entre um sexto e dois terços, os únicos critérios que podem ser utilizados pelo magistrado para decidir qual o grau de minoração são exatamente aqueles previstos no art. 59 do Código Penal e no art. 42 da Lei de Drogas. Outra interpretação tornaria estéril a referida escala, exigindo do julgador sempre a aplicação da diminuição máxima. É critério comezinho de hermenêutica o de que a interpretação dos dispositivos legais não pode ser feita de forma estanque. A exegese do art. 42 da Lei de Drogas deve ser sistemática, considerando a necessidade de dar aplicabilidade à expressão “de um sexto a dois terços” prevista no § 4º do art. 33 do mesmo diploma. Essa orientação já foi adotada por esta 1ª Turma por mais de uma ocasião, em processos de minha relatoria, assim ementados: EMENTA : PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. PRELIMINAR DE NÃO 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 108.120 / MG CONHECIMENTO. AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO TERATOLÓGICA A ENSEJAR A SUBSTITUIÇÃO DA AÇÃO AUTÔNOMA DE IMPUGNAÇÃO PELO RECURSO CABÍVEL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006). DOSIMETRIA DA PENA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL E AUMENTADA EM RAZÃO DA QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA. CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. PENA REDUZIDA EM 1/6 (UM SEXTO) EM DECISÃO FUNDAMENTADA NA QUANTIDADE DE DROGAS APREENDIDA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER NA DOSIMETRIA DA PENA. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus, ação autônoma de impugnação, não é admissível como substitutivo do recurso próprio, o RHC, tampouco para aferir a exatidão da dosimetria da pena. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010, e HC 94.559, Segunda Turma, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010. 2. A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010 e HC 94.559, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010). 3. In casu: a) a paciente foi condenada a 7 (sete) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa pela prática do crime tipificado no artigo 33, caput, c/c art. 40, inciso V, da Lei n. 11.343/2006 (tráfico interestadual de entorpecentes), em razão de ter sido presa com quase um quilo de cocaína; b) o TJ/MS negou provimento ao apelo da defesa, mantendo a condenação; c) o Superior Tribunal de Justiça procedeu à nova dosimetria da pena, afastando as circunstâncias judiciais concernentes à culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG CONHECIMENTO. AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO TERATOLÓGICA A ENSEJAR A SUBSTITUIÇÃO DA AÇÃO AUTÔNOMA DE IMPUGNAÇÃO PELO RECURSO CABÍVEL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006). DOSIMETRIA DA PENA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL E AUMENTADA EM RAZÃO DA QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA. CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. PENA REDUZIDA EM 1/6 (UM SEXTO) EM DECISÃO FUNDAMENTADA NA QUANTIDADE DE DROGAS APREENDIDA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER NA DOSIMETRIA DA PENA. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus, ação autônoma de impugnação, não é admissível como substitutivo do recurso próprio, o RHC, tampouco para aferir a exatidão da dosimetria da pena. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010, e HC 94.559, Segunda Turma, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010. 2. A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto. Precedentes: HC 98.900, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 30/11/2010 e HC 94.559, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 04/11/2010). 3. In casu: a) a paciente foi condenada a 7 (sete) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa pela prática do crime tipificado no artigo 33, caput, c/c art. 40, inciso V, da Lei n. 11.343/2006 (tráfico interestadual de entorpecentes), em razão de ter sido presa com quase um quilo de cocaína; b) o TJ/MS negou provimento ao apelo da defesa, mantendo a condenação; c) o Superior Tribunal de Justiça procedeu à nova dosimetria da pena, afastando as circunstâncias judiciais concernentes à culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 108.120 / MG motivos e circunstâncias do crime, do que resultou a pena-base no mínimo legal (cinco anos de reclusão), que, em razão da quantidade de entorpecente passou para 6 (seis) anos de reclusão e (seiscentos) dias-multa. d) reconheceu, na fase intermediária, a atenuante da confissão espontânea, reduzindo a pena ao mínimo legal e, passo seguinte, aplicou a agravante prevista no art. 40, inc. V da Lei 11.343/2660, chegando-se à pena-base de 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão, mais 583 (quinhentos e oitenta e três) dias-multa. e) afastou, na terceira fase da dosimetria, a consideração feita pelo juízo processante no sentido de que inquéritos e processos em andamento impedem a aplicação causa de diminuição especial da pena prevista no art. 33, § 4º da Lei 11.343/2006. Fê-lo com fundamento no princípio da presunção de inocência, reduzindo a pena em 1/6, num intervalo de 1/6 a 2/3, afirmando que a redução mínima deveu-se à quantidade de droga apreendida, "aliada a outras circunstâncias próprias do caso concreto", circunstâncias não sujeitas à ponderação desta Corte. 4. Preliminar de não conhecimento ultrapassada. 5. Ordem denegada. (HC 104195, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011, DJe-111 DIVULG 09-06-2011 PUBLIC 10-06-2011 EMENT VOL-02541-01 PP-00022) Verifico, entretanto, que a colenda 2ª Turma vem decidindo de forma diametralmente oposta, como evidencia os seguinte precedente: Habeas Corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. 3. Pedido de aplicação da causa especial de diminuição de pena (Lei n. 11.343/2006, art. 33, § 4º) em seu patamar máximo. A quantidade de droga apreendia é circunstância que deve ser sopesada na primeira fase de individualização da pena, nos termos do art. 42 da Lei 11.343/2006, sendo impróprio invocá- la por ocasião de escolha do fator de redução previsto no § 4º do art. 33, sob pena de bis in idem. 4. Ordem parcialmente deferida para determinar que se proceda a nova 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG motivos e circunstâncias do crime, do que resultou a pena-base no mínimo legal (cinco anos de reclusão), que, em razão da quantidade de entorpecente passou para 6 (seis) anos de reclusão e (seiscentos) dias-multa. d) reconheceu, na fase intermediária, a atenuante da confissão espontânea, reduzindo a pena ao mínimo legal e, passo seguinte, aplicou a agravante prevista no art. 40, inc. V da Lei 11.343/2660, chegando-se à pena-base de 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão, mais 583 (quinhentos e oitenta e três) dias-multa. e) afastou, na terceira fase da dosimetria, a consideração feita pelo juízo processante no sentido de que inquéritos e processos em andamento impedem a aplicação causa de diminuição especial da pena prevista no art. 33, § 4º da Lei 11.343/2006. Fê-lo com fundamento no princípio da presunção de inocência, reduzindo a pena em 1/6, num intervalo de 1/6 a 2/3, afirmando que a redução mínima deveu-se à quantidade de droga apreendida, "aliada a outras circunstâncias próprias do caso concreto", circunstâncias não sujeitas à ponderação desta Corte. 4. Preliminar de não conhecimento ultrapassada. 5. Ordem denegada. (HC 104195, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011, DJe-111 DIVULG 09-06-2011 PUBLIC 10-06-2011 EMENT VOL-02541-01 PP-00022) Verifico, entretanto, que a colenda 2ª Turma vem decidindo de forma diametralmente oposta, como evidencia os seguinte precedente: Habeas Corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. 3. Pedido de aplicação da causa especial de diminuição de pena (Lei n. 11.343/2006, art. 33, § 4º) em seu patamar máximo. A quantidade de droga apreendia é circunstância que deve ser sopesada na primeira fase de individualização da pena, nos termos do art. 42 da Lei 11.343/2006, sendo impróprio invocá- la por ocasião de escolha do fator de redução previsto no § 4º do art. 33, sob pena de bis in idem. 4. Ordem parcialmente deferida para determinar que se proceda a nova 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 108.120 / MG individualização da pena, bem como que, fixada a individualização da pena, delibere-se sobre o regime inicial de cumprimento de pena e a possibilidade de conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direito, segundo os requisitos previstos no art. 44 do CP. (HC 106313, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 15/03/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-067 DIVULG 07-04-2011 PUBLIC 08-04- 2011) Há, ainda, outros julgados de idêntico teor: HC 98172, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, DJe- 190 DIVULG 07-10-2010 PUBLIC 08-10-2010 EMENT VOL-02418-02 PP- 00446; HC 101317, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/06/2010, DJe-145 DIVULG 05-08-2010 PUBLIC 06-08-2010 EMENT VOL-02409-04 PP-00921. Suscito, assim, questão de ordem no sentido de afetar o julgamento ao pleno, a fim de pacificar a orientação deste Supremo Tribunal a respeito do tema, na forma do art. 22, p. u., a, do Regimento Interno: Art. 22. O Relator submeterá o feito ao julgamento do Plenário, quando houver relevante argüição de inconstitucionalidade ainda não decidida. Parágrafo único. Poderá o Relator proceder na forma deste artigo: a) quando houver matérias em que divirjam as Turmas entre si ou alguma delas em relação ao Plenário. Vencida a questão de ordem, e com base nas razões acima alinhavadas, voto no sentido de denegar a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Supremo Tribunal Federal HC 108.120 / MG individualização da pena, bem como que, fixada a individualização da pena, delibere-se sobre o regime inicial de cumprimento de pena e a possibilidade de conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direito, segundo os requisitos previstos no art. 44 do CP. (HC 106313, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 15/03/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-067 DIVULG 07-04-2011 PUBLIC 08-04- 2011) Há, ainda, outros julgados de idêntico teor: HC 98172, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, DJe- 190 DIVULG 07-10-2010 PUBLIC 08-10-2010 EMENT VOL-02418-02 PP- 00446; HC 101317, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/06/2010, DJe-145 DIVULG 05-08-2010 PUBLIC 06-08-2010 EMENT VOL-02409-04 PP-00921. Suscito, assim, questão de ordem no sentido de afetar o julgamento ao pleno, a fim de pacificar a orientação deste Supremo Tribunal a respeito do tema, na forma do art. 22, p. u., a, do Regimento Interno: Art. 22. O Relator submeterá o feito ao julgamento do Plenário, quando houver relevante argüição de inconstitucionalidade ainda não decidida. Parágrafo único. Poderá o Relator proceder na forma deste artigo: a) quando houver matérias em que divirjam as Turmas entre si ou alguma delas em relação ao Plenário. Vencida a questão de ordem, e com base nas razões acima alinhavadas, voto no sentido de denegar a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1499600. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.120 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma sobrestou o julgamento do processo. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 6.9.2011. Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 27.9.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1504258 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.120 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma sobrestou o julgamento do processo. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 6.9.2011. Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 27.9.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1504258 Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1573898
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1573898
2011-09-27T00:00:00
2011-11-17T00:00:00
A Turma sobrestou o julgamento do processo. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 6.9.2011. Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 27.9.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. ARTS. 33, § 4º, E 42 DA LEI Nº 11.343 (LEI DE DROGAS). QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. APRECIAÇÃO DA CIRCUNSTÂNCIA NA TERCEIRA FASE DE APLICAÇÃO DA PENA. POSSIBILIDADE, CASO NÃO CONSIDERADA NA PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA. INEXISTÊNCIA DE BIS IN IDEM. PRECEDENTES DA PRIMEIRA TURMA. ORIENTAÇÃO DA SEGUNDA TURMA EM SENTIDO CONTRÁRIO. QUESTÃO DE ORDEM A FIM DE AFETAR A MATÉRIA AO PLENÁRIO. VENCIDA A PRELIMINAR DILATÓRIA, ORDEM DENEGADA. 1. A quantidade de droga objeto do delito pode ser utilizada pelo magistrado na primeira ou na terceira fase de aplicação da pena, desde que incida apenas uma vez, a fim de evitar-se o bis in idem. 2. Os princípios da culpabilidade e da proporcionalidade impõem que a pena para o fato delituoso seja a mesma, independentemente da fase em que a circunstância seja considerada pelo julgador, por isso que a elevada quantidade da droga é critério hábil a impedir a incidência da minorante prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 no seu grau máximo, de dois terços, salvo se antes utilizada para aumentar a pena-base. 3. O art. 42 da Lei de Drogas, que determina que “o juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto”, não constitui óbice à utilização desses mesmos fatores na terceira fase da dosimetria, máxime porque, se assim não fosse, faltariam ao magistrado critérios para aplicar a escala prevista no § 4º do art. 33 do diploma em comento. 4. Conforme já decidido por esta 1ª Turma, verbis: “A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto” (HC 104195, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011). 5. In casu: (i) o paciente foi surpreendido com 67 (sessenta e sete) invólucros plásticos contendo cocaína, incidindo no tipo previsto no artigo 12, caput, da Lei nº 6.368/76; (ii) após aplicar a pena-base no mínimo legal (três anos de reclusão), o Tribunal de Justiça decidiu que a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 não deveria retroagir, tendo em vista que a aplicação da minorante em conjunto com a pena mínima prevista no art. 33, caput, do novel diploma para o delito de tráfico (cinco anos de reclusão) não seria favorável ao réu, pois se considerou que a elevada quantidade de droga apreendida impediria uma diminuição expressiva; (iii) o montante da droga, assim, apenas foi apreciado na terceira fase de aplicação da pena, não na primeira, o que afasta por completo a alegação de bis in idem. 6. Questão de ordem suscitada, a fim de afetar o julgamento ao Plenário, na forma do art. 22, p. u., a, do RISTF, na medida em que a 2ª Turma vem decidindo de forma diametralmente oposta (HC 106313, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 15/03/2011; HC 98172, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma; HC 101317, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/06/2010). 6. Vencida a preliminar dilatória, ordem denegada.
sjur201594
- Acórdãos citados: HC 98172, HC 98766, HC 101317, HC 104195, HC 106313, RE 596152 RG. Número de páginas: 17. Análise: 28/11/2011, IMC. Revisão: 29/11/2011, KBP.
LUIZ FUX
Primeira Turma
108120
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00059 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00546 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n", "LEG-FED LEI-006368 ANO-1976\r\n ART-00012 \"CAPUT\" \r\n LTX-1976 LEI DE TÓXICOS\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 \"CAPUT\" PAR-00004 ART-00042 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00022 PAR-ÚNICO LET-A \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" ]
HC
acordaos
HC 108120
[ "" ]
PACTE.(S) : RAIMUNDO SEBASTIÃO DOS ANJOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 104195", "H", "C 106313", "H", "C 98172", "H", "C 101317", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 104195", "H", "C 106313", "H", "C 98172", "H", "C 101317", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "R", "E [UNK] 596. 152", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "R", "E [UNK] 596. 152", "H", "C 108", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "H", "C 108. 120 / MG", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. [UNK] 440 DESTA CORTE", "H", "C 108. 120 / MG", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. [UNK] 440 DESTA CORTE", "H", "C 108. 120 / MG", "S", "úm", "ula n. [UNK] 440 desta Corte", "H", "C 108. 120 / MG", "S", "úm", "ula n. [UNK] 440 desta Corte", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "R", "E 596152 RG", "V", "OL", "-", "02", "36", "5", "-", "08", "PP", "-", "01", "60", "2", "H", "C 98766", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120", "R", "E 596152 RG", "H", "C 98766", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 98. 900", "H", "C 94. 559", "H", "C 98. 900", "H", "C 94. 559", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 98. 900", "H", "C 94. 559", "H", "C 98. 900", "H", "C 94. 559", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 104195", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 104195", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 106313", "H", "C 98172", "C 101317", "H", "C 108. 120 / MG", "H", "C 106313", "H", "C 98172", "-", "-", "H", "C 101317", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 120" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "TS. 33, § [UNK], E 42 DA LEI [UNK] 11. 343", "L", "EI DE DROGAS", "art. 33, § [UNK], da Lei [UNK] 11. 343 / 06", "art. 42 da Lei de Drogas", "art. 59 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 33 da Lei n. 11. 343 / 2006", "artigo 12, caput, da Lei [UNK] 6. 368 / 76", "art. 33, § [UNK], da Lei [UNK] 11. 343 / 06", "art. 33, caput, do novel diploma", "art. 22, p. u., a, do RISTF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 33 da Lei n. 11. 343 / 2006", "artigo 12, caput, da Lei [UNK] 6. 368 / 76", "art. 33, § [UNK], da Lei [UNK] 11. 343 / 06", "art. 22, p. u., a, do RISTF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 546 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 12, caput, da Lei n. ° 6. 386 / 76", "§ 4° do art. 33, da Lei 11. 343 / 06", "art. 33, § [UNK], da Lei 11. 343", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 12, cap", "§ 4° do art. 33, da Lei 11. 343 / 06", "art. 33, § [UNK], da Lei 11. 343", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 12 DA LEI N. ° 6. 368 / 76", "AR", "T. 33 DA LEI N. ° 11. 343 / 2006", "AR", "T. 44, DO CÓDIGO PENAL", "Lei de Drogas", "§ 4. [UNK] do art. 33 da Lei n. [UNK] 11. 343 / 06", "Lei de Drogas", "§ [UNK] do art. [UNK] da Lei 8. 072 / 90", "Lei n. [UNK] 11. 464 / 07", "art. 33, c. c. o art. 59, ambos do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 12 DA LEI N. ° 6. 368 / 76", "§ 4. ° DO ART. 33 DA LEI N. ° 11. 343 / 2006", "AR", "T. 44, DO CÓDIGO PENAL", "§ 4. [UNK] do art. 33 da Lei n. [UNK] 11. 343 /", "Lei de Drogas", "§ [UNK] do art. [UNK] da Lei 8. 072 / 90", "Lei n. [UNK] 11. 464 / 07", "art. 33, c. c. o art. 59, ambos do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 33, § [UNK], da Lei 11. 343 / 06", "art. 33, § 4°, da Lei 11. 3432 / 06", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 33, § [UNK], da Lei 11. 343 / 06", "art. 33, § 4°, da Lei 11. 3432 / 06", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 33, § [UNK], da Lei 11. 343 / 06", "AR", "T. 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SEBASTIÃO DOS ANJOS", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "RA", "IM", "UN", "DO SEBASTIÃO DOS ANJOS", "L", "U", "I", "Z FUX", "Lau", "rita Vaz", "Lau", "rita Vaz", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ellen Gracie", "L", "U", "I", "Z FUX", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ellen Gracie", "L", "U", "I", "Z", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "L", "U", "I", "Z FUX", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "L", "U", "I", "Z FUX", "RA", "IM", "UN", "DO SEBASTIÃO DOS ANJOS", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", 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Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) :MATEUS PEREIRA DE SOUSA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. INFRAÇÃO DO ART. 290, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL MILITAR. ALEGAÇÃO DE NULIDADE POR TER SIDO O INTERROGATÓRIO DO RÉU REALIZADO MEDIANTE CARTA PRECATÓRIA. 1. PACIENTE ASSISTIDO NESSE ATO PROCESSUAL POR DEFENSOR DATIVO. INEXISTÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO PARA A DEFESA. 2. IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. PRINCÍPIO QUE COMPORTA FLEXIBILIZAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA. 1. Interrogatório do Paciente realizado pelo juízo deprecado com a presença de defensor dativo. Ausência de demonstração de prejuízo. Apesar de existir entendimento deste Supremo Tribunal no sentido de que o prejuízo de determinadas nulidades seria de “prova impossível”, o princípio do pas de nullité sans grief exige, em regra, a demonstração de prejuízo concreto à parte que suscita o vício, independentemente da sanção prevista para o ato, podendo ser ela tanto a de nulidade absoluta quanto a relativa, pois não se decreta nulidade processual por mera presunção. Precedentes. 2. Ausência de desarmonia entre o que decidido na sentença proferida pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército da Auditoria da 5ª Circunscrição Judiciária Milita e as provas colhidas, entre as quais o interrogatório do Paciente no juízo deprecado. Inexistência de afronta ao princípio da identidade física do juiz. Precedente. O princípio da identidade física do juiz não tem caráter absoluto e comporta flexibilização. 3. Pretensão de deslocamento do Paciente ou do Conselho Permanente de Justiça para ouvi-lo. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal segundo a qual não é possível reexame de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540301. Supremo Tribunal Federal DJe 28/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão HC 107.769 / PR provas em habeas corpus. 4. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 18 de outubro de 2011. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540301. Supremo Tribunal Federal HC 107.769 / PR provas em habeas corpus. 4. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 18 de outubro de 2011. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540301. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) :MATEUS PEREIRA DE SOUSA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor do ex-soldado do Exército MATEUS PEREIRA DE SOUSA, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, que, em 30.11.2010, por maioria, rejeitou os Embargos Infringentes n. 0000016-64.2007.7.05.0005, Relator o Ministro José Coêlho Ferreira e Redator para o acórdão o Ministro José Américo dos Santos. O caso 2. Tem-se nos autos que o Paciente foi denunciado como incurso no art. 290, caput, do Código Penal Militar, tendo sido preso em flagrante, em 22.7.2007, pela posse de aproximadamente 0,3 gramas da substância entorpecente conhecida como maconha em local sujeito à administração militar. 3. O Conselho Permanente de Justiça para o Exército da Auditoria da 5ª Circunscrição Judiciária Militar, em 25.5.2009, condenou o Paciente à pena de um ano de reclusão, com o benefício do sursis por dois anos e o direito de apelar em liberdade. 4. Essa sentença foi confirmada pelo Superior Tribunal Militar, que, ao julgar a Apelação n. 0000016-64.2007.7.05.0005 em 17.5.2010, por maioria, rejeitou a preliminar de nulidade e suspensão do processo, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) :MATEUS PEREIRA DE SOUSA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor do ex-soldado do Exército MATEUS PEREIRA DE SOUSA, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, que, em 30.11.2010, por maioria, rejeitou os Embargos Infringentes n. 0000016-64.2007.7.05.0005, Relator o Ministro José Coêlho Ferreira e Redator para o acórdão o Ministro José Américo dos Santos. O caso 2. Tem-se nos autos que o Paciente foi denunciado como incurso no art. 290, caput, do Código Penal Militar, tendo sido preso em flagrante, em 22.7.2007, pela posse de aproximadamente 0,3 gramas da substância entorpecente conhecida como maconha em local sujeito à administração militar. 3. O Conselho Permanente de Justiça para o Exército da Auditoria da 5ª Circunscrição Judiciária Militar, em 25.5.2009, condenou o Paciente à pena de um ano de reclusão, com o benefício do sursis por dois anos e o direito de apelar em liberdade. 4. Essa sentença foi confirmada pelo Superior Tribunal Militar, que, ao julgar a Apelação n. 0000016-64.2007.7.05.0005 em 17.5.2010, por maioria, rejeitou a preliminar de nulidade e suspensão do processo, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório HC 107.769 / PR suscitada de ofício pela Relatora, Ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, em razão de ter sido o interrogatório do Paciente realizado por carta precatória, e, no mérito, por unanimidade, negou-lhe provimento: “APELAÇÃO. DROGAS. PEQUENA QUANTIDADE. POSSE EM LUGAR SUJEITO À ADMINISTRAÇÃO MILITAR. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE IMPOSIÇÃO DE LEI N. 11.343, DE 2006. A aplicação do princípio da insignificância ao delito de porte de substância entorpecente em área sujeita à Administração Militar deve ser afastada, uma vez que a quantidade mínima de substância entorpecente não tem o condão de afastar a tipicidade delitiva inscrita no caput do art. 290 do CPM. As normas instituídas pela Lei n. 11.343/06, conquanto adequadas à vida civil, não devem ser acolhidas no âmbito da Justiça Militar, em razão das características da vida na caserna. Tendo em vista a necessidade de se tutelar valores intrínsecos às Forças Armadas, inaplicável o princípio da insignificância ou da bagatela em crime de tóxico, no âmbito desta Justiça Especializada. PRELIMINAR DE NULIDADE REJEITADA. DECISÃO MAJORITÁRIA. RECURSO NEGADO. DECISÃO UNÂNIME”. 5. Foram opostos pela defesa os Embargos Infringentes n. 0000016- 64.2007.7.05.0005, Relator o Ministro José Coêlho Ferreira. Em 30.11.2010, o Superior Tribunal Militar, por maioria, rejeitou os embargos, Redator para o acórdão o Ministro José Américo dos Santos: “EMBARGOS INFRINGENTES. NULIDADE. INTERROGATÓRIO. CARTA PRECATÓRIA. IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. Os atos de qualificação e interrogatório realizados mediante carta precatória, perante juízo distinto do processante, são 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Supremo Tribunal Federal HC 107.769 / PR suscitada de ofício pela Relatora, Ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, em razão de ter sido o interrogatório do Paciente realizado por carta precatória, e, no mérito, por unanimidade, negou-lhe provimento: “APELAÇÃO. DROGAS. PEQUENA QUANTIDADE. POSSE EM LUGAR SUJEITO À ADMINISTRAÇÃO MILITAR. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE IMPOSIÇÃO DE LEI N. 11.343, DE 2006. A aplicação do princípio da insignificância ao delito de porte de substância entorpecente em área sujeita à Administração Militar deve ser afastada, uma vez que a quantidade mínima de substância entorpecente não tem o condão de afastar a tipicidade delitiva inscrita no caput do art. 290 do CPM. As normas instituídas pela Lei n. 11.343/06, conquanto adequadas à vida civil, não devem ser acolhidas no âmbito da Justiça Militar, em razão das características da vida na caserna. Tendo em vista a necessidade de se tutelar valores intrínsecos às Forças Armadas, inaplicável o princípio da insignificância ou da bagatela em crime de tóxico, no âmbito desta Justiça Especializada. PRELIMINAR DE NULIDADE REJEITADA. DECISÃO MAJORITÁRIA. RECURSO NEGADO. DECISÃO UNÂNIME”. 5. Foram opostos pela defesa os Embargos Infringentes n. 0000016- 64.2007.7.05.0005, Relator o Ministro José Coêlho Ferreira. Em 30.11.2010, o Superior Tribunal Militar, por maioria, rejeitou os embargos, Redator para o acórdão o Ministro José Américo dos Santos: “EMBARGOS INFRINGENTES. NULIDADE. INTERROGATÓRIO. CARTA PRECATÓRIA. IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. Os atos de qualificação e interrogatório realizados mediante carta precatória, perante juízo distinto do processante, são 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório HC 107.769 / PR absolutamente válidos. No âmbito da Justiça Militar da União, não prevalece a regra da identidade física do juiz. Até mesmo nos Conselhos Especiais de Justiça, constituídos para processar e julgar um caso específico, os juízes, tanto togados, como militares, podem ser substituídos no correr da instrução criminal, pelas mais diversas razões, sem que isso implique a necessidade de renovação dos atos já praticados por outros juízes. Por questão de economia e celeridade processuais e visando garantir a efetiva prestação jurisdicional, socorrem-se os magistrados dos expedientes denominados 'deprecatas', para realização de atos processuais essenciais ao regular andamento do feito, contribuindo com isso para o rápido desate da relação jurídico-processual. Por unanimidade, rejeitada a preliminar de nulidade arguida pela Procuradoria-Geral da Justiça Militar. Embargos infringentes rejeitados. Decisão majoritária”. 6. Esse julgado é o objeto da presente ação, na qual a Impetrante alega que, assim “como no processo penal comum, o interrogatório no processo penal militar é o principal momento para o acusado exercer o seu direito à ampla defesa e ao contraditório. Por essa razão, deve ser realizado perante o juiz natural competente para o julgamento da ação, em obediência ao princípio da identidade física do juiz”. Afirma que nenhum “esforço foi despendido para tentar ouvir o acusado na sede da Auditoria, seja intimando-o para comparecer perante o juízo natural, seja deslocando o Conselho de Justiça para inquiri-lo. Ao contrário, a decisão do Juiz-Auditor Substituto foi tomada de imediato e não aponta motivos que justificassem a excepcionalidade da medida”. Ressalta “que a legislação processual penal militar não permite que o interrogatório do acusado seja realizado, como regra, por carta precatória. Autoriza tão somente que a citação dê-se por carta precatória, nos moldes do art. 277, inciso II, do CPPM, sendo silente quanto ao interrogatório”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Supremo Tribunal Federal HC 107.769 / PR absolutamente válidos. No âmbito da Justiça Militar da União, não prevalece a regra da identidade física do juiz. Até mesmo nos Conselhos Especiais de Justiça, constituídos para processar e julgar um caso específico, os juízes, tanto togados, como militares, podem ser substituídos no correr da instrução criminal, pelas mais diversas razões, sem que isso implique a necessidade de renovação dos atos já praticados por outros juízes. Por questão de economia e celeridade processuais e visando garantir a efetiva prestação jurisdicional, socorrem-se os magistrados dos expedientes denominados 'deprecatas', para realização de atos processuais essenciais ao regular andamento do feito, contribuindo com isso para o rápido desate da relação jurídico-processual. Por unanimidade, rejeitada a preliminar de nulidade arguida pela Procuradoria-Geral da Justiça Militar. Embargos infringentes rejeitados. Decisão majoritária”. 6. Esse julgado é o objeto da presente ação, na qual a Impetrante alega que, assim “como no processo penal comum, o interrogatório no processo penal militar é o principal momento para o acusado exercer o seu direito à ampla defesa e ao contraditório. Por essa razão, deve ser realizado perante o juiz natural competente para o julgamento da ação, em obediência ao princípio da identidade física do juiz”. Afirma que nenhum “esforço foi despendido para tentar ouvir o acusado na sede da Auditoria, seja intimando-o para comparecer perante o juízo natural, seja deslocando o Conselho de Justiça para inquiri-lo. Ao contrário, a decisão do Juiz-Auditor Substituto foi tomada de imediato e não aponta motivos que justificassem a excepcionalidade da medida”. Ressalta “que a legislação processual penal militar não permite que o interrogatório do acusado seja realizado, como regra, por carta precatória. Autoriza tão somente que a citação dê-se por carta precatória, nos moldes do art. 277, inciso II, do CPPM, sendo silente quanto ao interrogatório”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório HC 107.769 / PR Por fim, aponta que não teria sido garantido ao ora Paciente o pleno exercício da defesa técnica, pois o juiz deprecado nomeou, no momento do interrogatório, defensor dativo, o que não teria permitido à Defensoria Pública da União, ora Impetrante, que prestou assistência durante todo o processo, “traçar a melhor estratégia para a defesa de acordo com as peculiaridades da Justiça Militar, pouco conhecidas pela maioria dos advogados, especialmente nas localidades em que não há Auditoria Militar”. Este o teor do pedido: “Pelo exposto, requer a Defensoria Pública da União a concessão de ordem de habeas corpus para reconhecer a nulidade do interrogatório do acusado realizado nos autos da Ação Penal Militar n. 0000016.64-2007.7.05.0005, declarando a nulidade do processo a partir desse ato”. 7. Em 5.4.2011, não havendo requerimento de medida liminar a ser apreciado, requisitei informações e determinei vista ao Procurador-Geral da República. 8. As informações foram prestadas e a Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Supremo Tribunal Federal HC 107.769 / PR Por fim, aponta que não teria sido garantido ao ora Paciente o pleno exercício da defesa técnica, pois o juiz deprecado nomeou, no momento do interrogatório, defensor dativo, o que não teria permitido à Defensoria Pública da União, ora Impetrante, que prestou assistência durante todo o processo, “traçar a melhor estratégia para a defesa de acordo com as peculiaridades da Justiça Militar, pouco conhecidas pela maioria dos advogados, especialmente nas localidades em que não há Auditoria Militar”. Este o teor do pedido: “Pelo exposto, requer a Defensoria Pública da União a concessão de ordem de habeas corpus para reconhecer a nulidade do interrogatório do acusado realizado nos autos da Ação Penal Militar n. 0000016.64-2007.7.05.0005, declarando a nulidade do processo a partir desse ato”. 7. Em 5.4.2011, não havendo requerimento de medida liminar a ser apreciado, requisitei informações e determinei vista ao Procurador-Geral da República. 8. As informações foram prestadas e a Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540302. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Impetrante. 2. A questão dos autos refere-se à suposta nulidade em razão de ter sido o interrogatório do Paciente realizado por carta precatória perante a Primeira Vara Federal e Juizado Especial Federal Criminal de Criciúma/SC. 3. Primeiramente, cumpre ressaltar que consta do termo da audiência de interrogatório realizada pelo juízo deprecado que foi nomeado como defensor dativo do Paciente o advogado Fernando Rech, que estava presente nesse ato. Dessa forma, não há falar em qualquer prejuízo para a defesa. Como exposto no parecer da Procuradoria-Geral da República, “em matéria de nulidade, consoante preconiza o art. 499 do Código de Processo Penal Militar [“Nenhum ato judicial será declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa”], impõe-se a prova do prejuízo experimentado pela parte para a sua decretação, e desse ônus não se desincumbiu o ora paciente”. Apesar de existir entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido de que o prejuízo de determinadas nulidades seria de “prova impossível” (HC 84.835, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 26.8.2005; e HC 85.443, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 13.5.2005), este Supremo Tribunal assentou que, “no sistema processual-penal vigorante em nosso país, a declaração de nulidade depende da ocorrência e demonstração de prejuízo efetivo para a defesa ou acusação; ou ainda, de comprovação de interferência Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Impetrante. 2. A questão dos autos refere-se à suposta nulidade em razão de ter sido o interrogatório do Paciente realizado por carta precatória perante a Primeira Vara Federal e Juizado Especial Federal Criminal de Criciúma/SC. 3. Primeiramente, cumpre ressaltar que consta do termo da audiência de interrogatório realizada pelo juízo deprecado que foi nomeado como defensor dativo do Paciente o advogado Fernando Rech, que estava presente nesse ato. Dessa forma, não há falar em qualquer prejuízo para a defesa. Como exposto no parecer da Procuradoria-Geral da República, “em matéria de nulidade, consoante preconiza o art. 499 do Código de Processo Penal Militar [“Nenhum ato judicial será declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa”], impõe-se a prova do prejuízo experimentado pela parte para a sua decretação, e desse ônus não se desincumbiu o ora paciente”. Apesar de existir entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido de que o prejuízo de determinadas nulidades seria de “prova impossível” (HC 84.835, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 26.8.2005; e HC 85.443, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 13.5.2005), este Supremo Tribunal assentou que, “no sistema processual-penal vigorante em nosso país, a declaração de nulidade depende da ocorrência e demonstração de prejuízo efetivo para a defesa ou acusação; ou ainda, de comprovação de interferência Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 107.769 / PR indevida na apuração da verdade substancial e na decisão da causa (cfr. CPP, arts. 563, 565 e 566)” (HC 68152, Rel. Min. Célio Borja, DJ 28.9.1990), pois “não se declara nulidade processual por mera presunção” (HC 88.755, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 15.12.2006). 4. Quanto ao princípio da identidade física do juiz, tem-se que a Lei n. 11.719/2008 alterou o Código de Processo Penal para introduzir o § 2º no art. 399 do Código de Processo Penal, que dispõe: “O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença”. Esse dispositivo é específico e deve aplicar-se ao Processo Penal Militar, em razão da omissão do Código de Processo Penal Militar, nos termos do seu art. 3º, alínea a: “Os casos omissos neste Código serão supridos: a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar” (grifos nossos). No julgamento do Habeas Corpus n. 104.075, ao apreciar caso no qual a sentença foi proferida antes da alteração feita pela Lei n. 11.719/2008, quando não havia previsão específica quanto ao princípio da identidade física do juiz, esta Primeira Turma assentou que a aplicação desse princípio no processo penal, “sob a perspectiva da instrumentalidade das formas, impunha reconhecer nulidade apenas no caso de patente descompasso entre a decisão e as provas colhidas. (HC 74.131/MG, rel. Min. Moreira Alves, DJ de 18/10/1996)” (HC 104.075, Relator o Ministro Marco Aurélio, Redator para o acórdão Ministro Luiz Fux, DJe 1º.7.2011). Nesse julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski ressaltou em seu voto: “Eu também tenho aplicado esse princípio com temperamentos. Depende do caso concreto, se houver um prejuízo flagrante para o réu, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Supremo Tribunal Federal HC 107.769 / PR indevida na apuração da verdade substancial e na decisão da causa (cfr. CPP, arts. 563, 565 e 566)” (HC 68152, Rel. Min. Célio Borja, DJ 28.9.1990), pois “não se declara nulidade processual por mera presunção” (HC 88.755, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 15.12.2006). 4. Quanto ao princípio da identidade física do juiz, tem-se que a Lei n. 11.719/2008 alterou o Código de Processo Penal para introduzir o § 2º no art. 399 do Código de Processo Penal, que dispõe: “O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença”. Esse dispositivo é específico e deve aplicar-se ao Processo Penal Militar, em razão da omissão do Código de Processo Penal Militar, nos termos do seu art. 3º, alínea a: “Os casos omissos neste Código serão supridos: a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar” (grifos nossos). No julgamento do Habeas Corpus n. 104.075, ao apreciar caso no qual a sentença foi proferida antes da alteração feita pela Lei n. 11.719/2008, quando não havia previsão específica quanto ao princípio da identidade física do juiz, esta Primeira Turma assentou que a aplicação desse princípio no processo penal, “sob a perspectiva da instrumentalidade das formas, impunha reconhecer nulidade apenas no caso de patente descompasso entre a decisão e as provas colhidas. (HC 74.131/MG, rel. Min. Moreira Alves, DJ de 18/10/1996)” (HC 104.075, Relator o Ministro Marco Aurélio, Redator para o acórdão Ministro Luiz Fux, DJe 1º.7.2011). Nesse julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski ressaltou em seu voto: “Eu também tenho aplicado esse princípio com temperamentos. Depende do caso concreto, se houver um prejuízo flagrante para o réu, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 107.769 / PR uma incompatibilidade muito grande entre aquilo que foi colhido na instrução e a decisão final do magistrado de primeiro grau, seria, em tese, o caso de anulação. Em caso contrário, penso que a decisão há de subsistir” (grifos nossos). Tem-se na sentença proferida pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército da Auditoria da 5ª Circunscrição Judiciária Militar que não existe qualquer desarmonia entre a decisão e as provas colhidas, entre as quais o interrogatório do Paciente no juízo da Primeira Vara Federal e Juizado Especial Federal Criminal de Criciúma/SC: “Do exposto, verifica-se que o acusado tinha consciência da ilicitude da ação, sendo penalmente imputável pela prática do delito, enquanto lhe era exigível conduta diversa. Sua declaração, somada às demais citadas, demonstra seu intento em utilizar-se da substância ilícita por ocasião de seu serviço na limpeza no entorno do quiosque da Organização Militar. É de se ponderar, logo, a reprovabilidade da conduta do agente” (grifos nossos). Não há, portanto, qualquer nulidade a ser reconhecida. 5. Ademais, como exposto no parecer da Procuradoria-Geral da República, não há falar “em ofensa ao postulado da identidade física do juiz, que, consoante entendimento firmado pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (AgRg no Ag 624.779/RS, Rel. Ministro Castro Filho, Corte Especial, julgado em 15.8.2007, DJe 17.11.2008), não tem caráter absoluto, comportando flexibilização, inclusive, para admitir a utilização de carta precatória para o interrogatório do acusado”. 6. Por fim, quanto ao deslocamento do Paciente ou do Conselho Permanente de Justiça para ouvi-lo, seria imprescindível o reexame de fatos e provas para concluir pela possibilidade de utilização de uma ou outra alternativa. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Supremo Tribunal Federal HC 107.769 / PR uma incompatibilidade muito grande entre aquilo que foi colhido na instrução e a decisão final do magistrado de primeiro grau, seria, em tese, o caso de anulação. Em caso contrário, penso que a decisão há de subsistir” (grifos nossos). Tem-se na sentença proferida pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército da Auditoria da 5ª Circunscrição Judiciária Militar que não existe qualquer desarmonia entre a decisão e as provas colhidas, entre as quais o interrogatório do Paciente no juízo da Primeira Vara Federal e Juizado Especial Federal Criminal de Criciúma/SC: “Do exposto, verifica-se que o acusado tinha consciência da ilicitude da ação, sendo penalmente imputável pela prática do delito, enquanto lhe era exigível conduta diversa. Sua declaração, somada às demais citadas, demonstra seu intento em utilizar-se da substância ilícita por ocasião de seu serviço na limpeza no entorno do quiosque da Organização Militar. É de se ponderar, logo, a reprovabilidade da conduta do agente” (grifos nossos). Não há, portanto, qualquer nulidade a ser reconhecida. 5. Ademais, como exposto no parecer da Procuradoria-Geral da República, não há falar “em ofensa ao postulado da identidade física do juiz, que, consoante entendimento firmado pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (AgRg no Ag 624.779/RS, Rel. Ministro Castro Filho, Corte Especial, julgado em 15.8.2007, DJe 17.11.2008), não tem caráter absoluto, comportando flexibilização, inclusive, para admitir a utilização de carta precatória para o interrogatório do acusado”. 6. Por fim, quanto ao deslocamento do Paciente ou do Conselho Permanente de Justiça para ouvi-lo, seria imprescindível o reexame de fatos e provas para concluir pela possibilidade de utilização de uma ou outra alternativa. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 107.769 / PR Este Supremo Tribunal assentou que o “habeas corpus constitui remédio processual inadequado para a análise da prova, para o reexame do material probatório produzido, para a reapreciação da matéria de fato e, também, para a revalorização dos elementos instrutórios coligidos no processo penal de conhecimento” (HC 74.295, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22.6.2001). 7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a ordem. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Supremo Tribunal Federal HC 107.769 / PR Este Supremo Tribunal assentou que o “habeas corpus constitui remédio processual inadequado para a análise da prova, para o reexame do material probatório produzido, para a reapreciação da matéria de fato e, também, para a revalorização dos elementos instrutórios coligidos no processo penal de conhecimento” (HC 74.295, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22.6.2001). 7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a ordem. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1540303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu também vou acompanhar Vossa Excelência porque na verdade a inocorrência, no caso, do Princípio da Identidade Física do Juiz foi em prol do próprio acusado, que recebia um salário de quinhentos reais e seria muito oneroso que ele se deslocasse até o local onde estava o juízo, daí a razão pela qual foi expedida a precatória. Por outro lado, até a vida prática revela que quando muito pode haver um prejuízo pelo descumprimento do Princípio da Identidade Física, no momento de sentenciar, de avaliar provas, mas não no momento do interrogatório realizado naquela oportunidade em que era aquele interrogatório tradicional, meio de defesa do réu, não havia o contraditório que hoje há. De sorte que entendo também que não houve prejuízo capaz de nulificar um processo com decisão transitada em julgado. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE E RELATORA) - Com trânsito em julgado e, inclusive, ele tinha recebido o sursis, por isso o deslocamento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1562284. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu também vou acompanhar Vossa Excelência porque na verdade a inocorrência, no caso, do Princípio da Identidade Física do Juiz foi em prol do próprio acusado, que recebia um salário de quinhentos reais e seria muito oneroso que ele se deslocasse até o local onde estava o juízo, daí a razão pela qual foi expedida a precatória. Por outro lado, até a vida prática revela que quando muito pode haver um prejuízo pelo descumprimento do Princípio da Identidade Física, no momento de sentenciar, de avaliar provas, mas não no momento do interrogatório realizado naquela oportunidade em que era aquele interrogatório tradicional, meio de defesa do réu, não havia o contraditório que hoje há. De sorte que entendo também que não houve prejuízo capaz de nulificar um processo com decisão transitada em julgado. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE E RELATORA) - Com trânsito em julgado e, inclusive, ele tinha recebido o sursis, por isso o deslocamento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1562284. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, a pecha imputada ao processo não foi alegada na primeira oportunidade pela defesa. Para mim, é o que basta, a preclusão. Não vou fazer juízo de valor sobre a questão do vício, em si, e vou acompanhar Vossa Excelência em razão da preclusão. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560558. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Senhora Presidente, a pecha imputada ao processo não foi alegada na primeira oportunidade pela defesa. Para mim, é o que basta, a preclusão. Não vou fazer juízo de valor sobre a questão do vício, em si, e vou acompanhar Vossa Excelência em razão da preclusão. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1560558. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É interessante, Presidente. Muito embora o julgamento das ações penais no Supremo não seja monocrático, em relação àquelas com as quais me defrontei, sempre deleguei o interrogatório do acusado aos juízes de primeira instância. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE E RELATORA) - Pois é, e até na extradição eu me lembrei que raramente um de nós houve aqui, nós delegamos. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563450. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.769 PARANÁ O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É interessante, Presidente. Muito embora o julgamento das ações penais no Supremo não seja monocrático, em relação àquelas com as quais me defrontei, sempre deleguei o interrogatório do acusado aos juízes de primeira instância. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE E RELATORA) - Pois é, e até na extradição eu me lembrei que raramente um de nós houve aqui, nós delegamos. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563450. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 107.769 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) : MATEUS PEREIRA DE SOUSA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547435 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 107.769 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) : MATEUS PEREIRA DE SOUSA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547435 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1590889
2011-10-18T00:00:00
2011-11-28T00:00:00
A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. INFRAÇÃO DO ART. 290, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL MILITAR. ALEGAÇÃO DE NULIDADE POR TER SIDO O INTERROGATÓRIO DO RÉU REALIZADO MEDIANTE CARTA PRECATÓRIA. 1. PACIENTE ASSISTIDO NESSE ATO PROCESSUAL POR DEFENSOR DATIVO. INEXISTÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO PARA A DEFESA. 2. IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. PRINCÍPIO QUE COMPORTA FLEXIBILIZAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA. 1. Interrogatório do Paciente realizado pelo juízo deprecado com a presença de defensor dativo. Ausência de demonstração de prejuízo. Apesar de existir entendimento deste Supremo Tribunal no sentido de que o prejuízo de determinadas nulidades seria de “prova impossível”, o princípio do pas de nullité sans grief exige, em regra, a demonstração de prejuízo concreto à parte que suscita o vício, independentemente da sanção prevista para o ato, podendo ser ela tanto a de nulidade absoluta quanto a relativa, pois não se decreta nulidade processual por mera presunção. Precedentes. 2. Ausência de desarmonia entre o que decidido na sentença proferida pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército da Auditoria da 5ª Circunscrição Judiciária Milita e as provas colhidas, entre as quais o interrogatório do Paciente no juízo deprecado. Inexistência de afronta ao princípio da identidade física do juiz. Precedente. O princípio da identidade física do juiz não tem caráter absoluto e comporta flexibilização. 3. Pretensão de deslocamento do Paciente ou do Conselho Permanente de Justiça para ouvi-lo. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal segundo a qual não é possível reexame de provas em habeas corpus. 4. Ordem denegada.
sjur201909
- Acórdãos citados: HC 68152, HC 74295, HC 84835, HC 85443, HC 88755, HC 104075. - Veja Embargos Infringentes 0000016-64.2007.7.05.0005 do STM. Número de páginas: 14. Análise: 15/12/2011, SEV. Revisão: 16/12/2011, ACG.
CÁRMEN LÚCIA
Primeira Turma
107769
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00399 PAR-00002 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11719/2008\r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED DEL-001001 ANO-1969\r\n ART-00290 \"CAPUT\" \r\n CPM-1969 CÓDIGO PENAL MILITAR\r\n", "LEG-FED DEL-001002 ANO-1969\r\n ART-00003 LET-A ART-00499 \r\n CPPM-1969 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR\r\n", "LEG-FED LEI-011719 ANO-2008\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 107769
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PACTE.(S) : MATEUS PEREIRA DE SOUSA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 769", "H", "C 107. 769 / PR", "H", "C 107. 769 / PR", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 769", "Emb", "ar", "gos Infringentes n. 0000016- 64. 2007. 7. 05. 0005", "Ap", "ela", "ção n. 0000016- 64. 2007. 7. 05. 0005", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 769", "Emb", "ar", "gos Infringentes n. 0000016- 64. 2007. 7. 05. 0005", "Ap", "ela", "ção n. 0000016- 64. 2007. 7. 05. 0005", "H", "C 107. 769 / PR", "Emb", "ar", "gos Infringentes n. 0000016- 64. 2007. 7. 05. 0005", "H", "C 107. 769 / PR", "Emb", "ar", "gos Infringentes n. 0000016- 64. 2007. 7. 05. 0005", "H", "C 107", "PR", "H", "C 107. 769 / PR", "H", "C 107. 769 / PR", "Ação Penal Militar n. 0000016. 64- 2007. 7. 05. 0005", "H", "C 107. 769 / PR", "Ação Penal Militar n. 0000016. 64- 2007. 7. 05. 0005", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 769", "H", "C 84. 835", "H", "C 85. 443", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 107. 769", "H", "C 84. 835", "H", "C 85. 443", "H", "C 107. 769 / PR", "H", "C 68152", 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Ementa e Acórdão 18/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 444.044 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :EDGARD NOVAES ADV.(A/S) :CELSO ROLIM ROSA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBTETO. LEI ESTADUAL PAULISTA 6.995/1990. INCISO XI DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA (REDAÇÃO ANTERIOR À EC 41/2003). 1. No julgamento do RE 417.200, da relatoria do ministro Marco Aurélio, o Plenário do STF confirmou a validade da Lei estadual 6.995/1990, que fixa subteto remuneratório no âmbito do Estado de São Paulo, por considerá-la compatível com a redação originária do inciso XI do art. 37 do Magno Texto. 2. Agravo regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 18 de outubro de 2011. MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616702. Supremo Tribunal Federal DJe 19/12/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 18/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 444.044 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :EDGARD NOVAES ADV.(A/S) :CELSO ROLIM ROSA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão singular assim redigida (fls. 197-199): “Edgard Novaes e Benedicto Sérgio Galgani Ferreira Alves Pioli, Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo, manejam recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça local, com suporte no art. 102, inciso III, alínea ‘a’, da Constituição Republicana. O aresto recorrido entendeu que, mesmo após a EC 19/98, que alterou a redação do inciso XI do art. 37, remanesce a eficácia da Lei estadual nº 6.995/90, editada para fixar o limite máximo da remuneração dos servidores do Poder Executivo do Estado. 2. Os recorrentes apontam violação ao mesmo art. 37, inciso XI, do Magno Texto, com a redação dada pela EC 19/98. Em resumo, sustentam que o dispositivo constitucional referido é auto-aplicável, de sorte que o teto da remuneração dos servidores públicos deve ser o valor do subsídio dos Ministros do STF, e que a Lei estadual nº 6.995/90, editada na vigência da redação originária do inciso XI do art. 37 do Magno Texto, não foi recepcionada pela citada EC 19/98. 3. O apelo extremo não merece acolhida. É que a jurisprudência desta colenda Corte a respeito da matéria em foco, firmada após a EC 19/98 e antes da EC 41/03, orienta-se no seguinte sentido: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616703. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 444.044 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) :EDGARD NOVAES ADV.(A/S) :CELSO ROLIM ROSA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Trata-se de agravo regimental contra decisão singular assim redigida (fls. 197-199): “Edgard Novaes e Benedicto Sérgio Galgani Ferreira Alves Pioli, Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo, manejam recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça local, com suporte no art. 102, inciso III, alínea ‘a’, da Constituição Republicana. O aresto recorrido entendeu que, mesmo após a EC 19/98, que alterou a redação do inciso XI do art. 37, remanesce a eficácia da Lei estadual nº 6.995/90, editada para fixar o limite máximo da remuneração dos servidores do Poder Executivo do Estado. 2. Os recorrentes apontam violação ao mesmo art. 37, inciso XI, do Magno Texto, com a redação dada pela EC 19/98. Em resumo, sustentam que o dispositivo constitucional referido é auto-aplicável, de sorte que o teto da remuneração dos servidores públicos deve ser o valor do subsídio dos Ministros do STF, e que a Lei estadual nº 6.995/90, editada na vigência da redação originária do inciso XI do art. 37 do Magno Texto, não foi recepcionada pela citada EC 19/98. 3. O apelo extremo não merece acolhida. É que a jurisprudência desta colenda Corte a respeito da matéria em foco, firmada após a EC 19/98 e antes da EC 41/03, orienta-se no seguinte sentido: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório RE 444.044 AGR / SP 'enquanto não sobrevier a lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 48, XV), destinada a fixar o subsídio devido aos Ministros da Suprema Corte, continuarão a prevalecer os tetos remuneratórios estabelecidos, individualmente, para cada um dos Poderes da República (CF, art. 37, XI, na redação anterior à promulgação da EC 19/98), excluídas, em conseqüência, de tais limitações, as vantagens de caráter pessoal (RTJ 173/662), prevalecendo, desse modo, a doutrina consagrada no julgamento da ADI 14/DF (RTJ 130/475), até que seja instituído o valor do subsídio dos Juízes do Supremo Tribunal Federal.' (ADI 2.075-MC, Relator Ministro Celso de Mello, DJ de 27/06/2003, grifos acrescidos) 4. E ao reforçar a validade dos subtetos no âmbito dos entes federados, o Plenário consignou, na ementa desse mesmo julgado: 'A QUESTÃO DO SUBTETO NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO DOS ESTADOS-MEMBROS E DOS MUNICÍPIOS - HIPÓTESE EM QUE SE REVELA CONSTITUCIONALMENTE POSSÍVEL A FIXAÇÃO DESSE LIMITE EM VALOR INFERIOR AO PREVISTO NO ART. 37, XI, DA CONSTITUIÇÃO - RESSALVA QUANTO ÀS HIPÓTESES EM QUE A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO ESTIPULA TETOS ESPECÍFICOS (CF, ART. 27, § 2º E ART. 93, V) - PRECEDENTES.' 5. Logo, mesmo depois de promulgada a EC 19/98, continuou constitucionalmente possível a fixação de subteto no âmbito dos Estados-membros e dos Municípios, desde que o valor correspondente seja inferior ao previsto no art. 37, inciso XI, ou seja, ao subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616703. Supremo Tribunal Federal RE 444.044 AGR / SP 'enquanto não sobrevier a lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 48, XV), destinada a fixar o subsídio devido aos Ministros da Suprema Corte, continuarão a prevalecer os tetos remuneratórios estabelecidos, individualmente, para cada um dos Poderes da República (CF, art. 37, XI, na redação anterior à promulgação da EC 19/98), excluídas, em conseqüência, de tais limitações, as vantagens de caráter pessoal (RTJ 173/662), prevalecendo, desse modo, a doutrina consagrada no julgamento da ADI 14/DF (RTJ 130/475), até que seja instituído o valor do subsídio dos Juízes do Supremo Tribunal Federal.' (ADI 2.075-MC, Relator Ministro Celso de Mello, DJ de 27/06/2003, grifos acrescidos) 4. E ao reforçar a validade dos subtetos no âmbito dos entes federados, o Plenário consignou, na ementa desse mesmo julgado: 'A QUESTÃO DO SUBTETO NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO DOS ESTADOS-MEMBROS E DOS MUNICÍPIOS - HIPÓTESE EM QUE SE REVELA CONSTITUCIONALMENTE POSSÍVEL A FIXAÇÃO DESSE LIMITE EM VALOR INFERIOR AO PREVISTO NO ART. 37, XI, DA CONSTITUIÇÃO - RESSALVA QUANTO ÀS HIPÓTESES EM QUE A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO ESTIPULA TETOS ESPECÍFICOS (CF, ART. 27, § 2º E ART. 93, V) - PRECEDENTES.' 5. Logo, mesmo depois de promulgada a EC 19/98, continuou constitucionalmente possível a fixação de subteto no âmbito dos Estados-membros e dos Municípios, desde que o valor correspondente seja inferior ao previsto no art. 37, inciso XI, ou seja, ao subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório RE 444.044 AGR / SP Federal. 6. No caso, tal como decidiu o Tribunal a quo, subsiste a eficácia da Lei estadual nº 6.995/90, no ponto em que fixa o subteto dos servidores do executivo local. 7. Exatamente nesse sentido julguei os REs 407.279, 430.784, 436.710, 416.797 e 411.977, entre outros, que tratavam de caso semelhante ao presente e cujas decisões já transitaram em julgado. Assim, frente ao art. 557, caput, do CPC, e ao art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.” 2. Pois bem, a parte agravante reitera as alegações expendidas no apelo extremo e pugna pelo provimento do recurso. 3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * MOM/ 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616703. Supremo Tribunal Federal RE 444.044 AGR / SP Federal. 6. No caso, tal como decidiu o Tribunal a quo, subsiste a eficácia da Lei estadual nº 6.995/90, no ponto em que fixa o subteto dos servidores do executivo local. 7. Exatamente nesse sentido julguei os REs 407.279, 430.784, 436.710, 416.797 e 411.977, entre outros, que tratavam de caso semelhante ao presente e cujas decisões já transitaram em julgado. Assim, frente ao art. 557, caput, do CPC, e ao art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.” 2. Pois bem, a parte agravante reitera as alegações expendidas no apelo extremo e pugna pelo provimento do recurso. 3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame desta nossa Turma. É o relatório. * * * * * * * * * * * * MOM/ 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO 18/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 444.044 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque a matéria em questão (subsistência, após a Emenda Constitucional 19/1998, dos tetos remuneratórios criados com fundamento na redação original do inciso XI do art. 37 da Constituição Federal) foi apreciada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 417.200, da relatoria do ministro Marco Aurélio, dando-se que foi decidido o seguinte: “REMUNERAÇÃO - SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL – TETO - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 - EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO - ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA - SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. A eficácia do inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal, na redação decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida à fixação, por lei de iniciativa conjunta do Presidente da República, do Presidente do Supremo, do Presidente da Câmara e do Presidente do Senado, do subsídio, persistindo a vigência do texto primitivo da Carta, no que contemplado o teto por Poder, consideradas as esferas federal e estadual.” 6. Com base nesse entendimento, o STF confirmou a validade da Lei estadual 6.995/1990, que fixa subteto remuneratório no âmbito do Estado de São Paulo, por considerá-la compatível com a redação originária do inciso XI do art. 37 da Lei Maior. 7. Leiam-se, nessa vertente, o RE 464.031-AgR, da relatoria do ministro Luiz Fux (Primeira Turma – trânsito em julgado em 20/05/2011); e o AI 407.803-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes (Segunda Turma – trânsito em julgado em 14/10/2010). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616704. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 444.044 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Relator) Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque a matéria em questão (subsistência, após a Emenda Constitucional 19/1998, dos tetos remuneratórios criados com fundamento na redação original do inciso XI do art. 37 da Constituição Federal) foi apreciada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 417.200, da relatoria do ministro Marco Aurélio, dando-se que foi decidido o seguinte: “REMUNERAÇÃO - SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL – TETO - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 - EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO - ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA - SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. A eficácia do inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal, na redação decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida à fixação, por lei de iniciativa conjunta do Presidente da República, do Presidente do Supremo, do Presidente da Câmara e do Presidente do Senado, do subsídio, persistindo a vigência do texto primitivo da Carta, no que contemplado o teto por Poder, consideradas as esferas federal e estadual.” 6. Com base nesse entendimento, o STF confirmou a validade da Lei estadual 6.995/1990, que fixa subteto remuneratório no âmbito do Estado de São Paulo, por considerá-la compatível com a redação originária do inciso XI do art. 37 da Lei Maior. 7. Leiam-se, nessa vertente, o RE 464.031-AgR, da relatoria do ministro Luiz Fux (Primeira Turma – trânsito em julgado em 20/05/2011); e o AI 407.803-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes (Segunda Turma – trânsito em julgado em 14/10/2010). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616704. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. AYRES BRITTO RE 444.044 AGR / SP 8. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão agravada à jurisprudência firmada por esta nossa Casa de Justiça, nego provimento ao agravo regimental. 9. É como voto. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616704. Supremo Tribunal Federal RE 444.044 AGR / SP 8. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão agravada à jurisprudência firmada por esta nossa Casa de Justiça, nego provimento ao agravo regimental. 9. É como voto. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1616704. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 444.044 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : EDGARD NOVAES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : CELSO ROLIM ROSA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : PGE-SP - LESLIE GORGA NUNES Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1545781 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 444.044 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : EDGARD NOVAES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : CELSO ROLIM ROSA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : PGE-SP - LESLIE GORGA NUNES Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.10.2011. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1545781 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1642293
2011-10-18T00:00:00
2011-12-19T00:00:00
Agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.10.2011.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBTETO. LEI ESTADUAL PAULISTA 6.995/1990. INCISO XI DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA (REDAÇÃO ANTERIOR À EC 41/2003). 1. No julgamento do RE 417.200, da relatoria do ministro Marco Aurélio, o Plenário do STF confirmou a validade da Lei estadual 6.995/1990, que fixa subteto remuneratório no âmbito do Estado de São Paulo, por considerá-la compatível com a redação originária do inciso XI do art. 37 do Magno Texto. 2. Agravo regimental desprovido.
sjur203213
- Acórdãos citados: RE 417200 - Tribunal Pleno, RE 464031 AgR, AI 407803 AgR. Número de páginas: 7. Análise: 23/01/2012, GVS.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
444044
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 INC-00011 REDAÇÃO ANTERIOR A EMC-41/2003\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000041 ANO-2003\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-006995 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA, SP" ]
RE-AgR
acordaos
RE 444044 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : EDGARD NOVAES ADV.(A/S) : CELSO ROLIM ROSA AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 444. 044", "R", "E 417. 200", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 444. 044", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 444. 044", "R", "E 444. 044 AGR / SP", "R", "T", "J 173 / 662", "A", "DI 14 / DF", "R", "T", "J 130 / 475", "A", "DI 2. 075- MC", "R", "E 444. 044 AGR / SP", "R", "T", "J 173 / 662", "A", "DI 14 / DF", "R", "T", "J 130 / 475", "A", "DI 2. 075- MC", "R", "E 444. 044 AGR / SP", "R", "Es 407. 279", "43", "0", ".", "78", "4", "43", "6", ".", "71", "0", "41", "6", ".", "79", "7", "41", "1", ".", "97", "7", "R", "E 444. 044 AGR / SP", "R", "Es 407. 279", "43", "0", ".", "78", "4", "43", "6", ".", "71", "0", "41", "6", ".", "79", "7", "41", "1", ".", "97", "7", "A", "G", ".", "REG. NO RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 444. 044", "R", "E 417. 200", "R", "E 464. 031- AgR", "A", "I 407. 803- AgR", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 444. 044", "R", "E 417. 200", "R", "E 464. 031- AgR", "A", "I 407. 803- AgR", "R", "E 444. 044 AGR / SP", "R", "E 444. 044 AGR / SP", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 444. 044", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 444. 044" ], "LEGISLACAO": [ "L", "EI ESTADUAL PAULISTA 6. 995 / 1990", "IN", "CI", "SO XI DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA", "EC 41 / 2003", "Lei estadual 6. 995 / 1990", "inc", "iso XI do art. 37 do Magno Texto", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, inciso III, alínea ‘ a ’, da Constituição Republicana", "EC 19 / 98", "Lei estadual [UNK] 6. 995 / 90", "art. 37, inciso XI, do Magno Texto", "EC 19 / 98", "Lei estadual [UNK] 6. 995 / 90", "inc", "iso XI do art. 37 do Magno Tex", "EC 19 / 98", "EC 19 / 98", "EC 41 / 03", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, inciso III, alínea", "EC 19 / 98", "inc", "Lei estadual [UNK] 6. 995 / 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Ementa e Acórdão 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 104.743 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) :DARCLEY LOURENÇO ABILIO RIBEIRO IMPTE.(S) :MARCELO P. DUARTE COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA. COMETIMENTO DE FALTA GRAVE NO CURSO DO REGIME PRISIONAL FECHADO. REINÍCIO DA CONTAGEM DO LAPSO DE 1/6 PARA A OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO DA PROGRESSÃO. ORDEM DENEGADA. 1. É da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que o cometimento de falta grave reinicia a contagem do lapso temporal de 1/6 para a concessão de progressão de regime. Confiram-se, por amostragem, os seguintes julgados: HCs 85.141, da minha relatoria; 85.605, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 93.554, da relatoria do ministro Celso de Mello; 95.367, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e, mais recentemente, 101.915, da relatoria da ministra Ellen Gracie. 2. Tal maneira de decidir decorre da constatação de que o regime de cumprimento da pena é, em regra, progressivo, exigindo-se para tanto o cumprimento de, no mínimo, 1/6 do total da pena (requisito objetivo) e a presença de elementos subjetivos que recomendem a progressão do sentenciado. 3. No caso de condenados que pratiquem falta grave, o requisito objetivo para a obtenção do benefício da progressão é de ser reiniciado da data da falta grave, adotando-se por paradigma o quantum remanescente da pena. 4. Habeas corpus denegado. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em indeferir a ordem, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 843273. Supremo Tribunal Federal DJe 29/11/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão HC 104.743 / SP em sessão presidida pelo Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 19 de outubro de 2010. AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 843273. Supremo Tribunal Federal HC 104.743 / SP em sessão presidida pelo Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 19 de outubro de 2010. AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 843273. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 104.743 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) :DARCLEY LOURENÇO ABILIO RIBEIRO IMPTE.(S) :MARCELO P. DUARTE COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Trata-se de habeas corpus, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Acórdão que perfilhou o entendimento de que o cometimento de falta grave é causa de interrupção da contagem do lapso temporal para a progressão de regime penitenciário. 2. Pois bem, o impetrante reitera, aqui, a tese de que a prática de infração disciplinar de natureza grave não interfere na contagem do requisito objetivo da progressão de regime. Nas palavras do acionante: “[...] em nenhum momento o legislador determinou que a falta grave ocasiona a mudança do marco inicial para contagem do prazo para concessão de novos benefícios. O que está descrito na LEP é que a condenação por novo crime, e somente nesta hipótese, enseja o reinício da contagem do prazo. Não há que se confundir as duas hipóteses, pois o cometimento de novo crime é a espécie do gênero falta grave.” 3. Prossegue o acionante para dizer que, à falta de previsão legal da alteração da data-base, o caso é de ter-se por satisfeito o requisito temporal para a transferência do paciente para o regime semi-aberto. 4. Avanço neste relato para anotar que solicitei informações ao Juízo das Execuções Penais da Comarca de Avaré/SP. Na seqüência, abri vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Procuradoria que opinou Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832910. Supremo Tribunal Federal 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 104.743 SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) :DARCLEY LOURENÇO ABILIO RIBEIRO IMPTE.(S) :MARCELO P. DUARTE COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Trata-se de habeas corpus, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Acórdão que perfilhou o entendimento de que o cometimento de falta grave é causa de interrupção da contagem do lapso temporal para a progressão de regime penitenciário. 2. Pois bem, o impetrante reitera, aqui, a tese de que a prática de infração disciplinar de natureza grave não interfere na contagem do requisito objetivo da progressão de regime. Nas palavras do acionante: “[...] em nenhum momento o legislador determinou que a falta grave ocasiona a mudança do marco inicial para contagem do prazo para concessão de novos benefícios. O que está descrito na LEP é que a condenação por novo crime, e somente nesta hipótese, enseja o reinício da contagem do prazo. Não há que se confundir as duas hipóteses, pois o cometimento de novo crime é a espécie do gênero falta grave.” 3. Prossegue o acionante para dizer que, à falta de previsão legal da alteração da data-base, o caso é de ter-se por satisfeito o requisito temporal para a transferência do paciente para o regime semi-aberto. 4. Avanço neste relato para anotar que solicitei informações ao Juízo das Execuções Penais da Comarca de Avaré/SP. Na seqüência, abri vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Procuradoria que opinou Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832910. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório HC 104.743 / SP pela denegação da ordem. É o relatório. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832910. Supremo Tribunal Federal HC 104.743 / SP pela denegação da ordem. É o relatório. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832910. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. AYRES BRITTO 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 104.743 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Consoante relatado, a tese da impetração consiste em saber se o cometimento de falta grave impõe o reinício do lapso temporal de 1/6 da pena, exigido para efeito de progressão no regime penitenciário. 7. Pois bem, inicio meu voto com a anotação de que o Supremo Tribunal Federal perfilha o entendimento do reinício da contagem do lapso temporal de 1/6 para a concessão de progressão de regime, no caso de cometimento de falta grave. Confiram-se, por amostragem, os seguintes julgados: HCs 85.141, da minha relatoria; 85.605, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 93.554, da relatoria do ministro Celso de Mello; 95.367, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e, mais recentemente, e o HC 101.915, da relatoria da ministra Ellen Gracie, este último assim ementado: “DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DA PENA. FUGA DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL. FALTA GRAVE. RECONTAGEM DO PRAZO PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS PREVISTOS NA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS. POSSIBILIDADE. DENEGAÇÃO. 1. O tema em debate neste habeas corpus se relaciona à possibilidade de recontagem do requisito temporal para obtenção de benefícios previstos na LEP, quando houver a prática de falta grave pelo apenado. 2. Orientação predominante no Supremo Tribunal Federal no sentido de que o cometimento de falta grave, durante a execução da pena privativa de liberdade, implica a regressão de regime e a necessidade de reinício da contagem do prazo para obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena (RHC 85.605, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14.10.2005). 3. Em tese, se o réu que cumpre pena privativa de liberdade em regime menos severo, ao praticar falta grave, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832911. Supremo Tribunal Federal 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 104.743 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Consoante relatado, a tese da impetração consiste em saber se o cometimento de falta grave impõe o reinício do lapso temporal de 1/6 da pena, exigido para efeito de progressão no regime penitenciário. 7. Pois bem, inicio meu voto com a anotação de que o Supremo Tribunal Federal perfilha o entendimento do reinício da contagem do lapso temporal de 1/6 para a concessão de progressão de regime, no caso de cometimento de falta grave. Confiram-se, por amostragem, os seguintes julgados: HCs 85.141, da minha relatoria; 85.605, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 93.554, da relatoria do ministro Celso de Mello; 95.367, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e, mais recentemente, e o HC 101.915, da relatoria da ministra Ellen Gracie, este último assim ementado: “DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DA PENA. FUGA DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL. FALTA GRAVE. RECONTAGEM DO PRAZO PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS PREVISTOS NA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS. POSSIBILIDADE. DENEGAÇÃO. 1. O tema em debate neste habeas corpus se relaciona à possibilidade de recontagem do requisito temporal para obtenção de benefícios previstos na LEP, quando houver a prática de falta grave pelo apenado. 2. Orientação predominante no Supremo Tribunal Federal no sentido de que o cometimento de falta grave, durante a execução da pena privativa de liberdade, implica a regressão de regime e a necessidade de reinício da contagem do prazo para obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena (RHC 85.605, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14.10.2005). 3. Em tese, se o réu que cumpre pena privativa de liberdade em regime menos severo, ao praticar falta grave, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832911. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. AYRES BRITTO HC 104.743 / SP pode ser transferido para regime prisional mais gravoso (regressão prisional), logicamente é do sistema jurídico que o réu que cumpre pena corporal em regime fechado (o mais gravoso) deve ter reiniciada a contagem do prazo de 1/6, levando-se em conta o tempo ainda remanescente de cumprimento da pena. 4. O cômputo do novo período aquisitivo do direito à progressão de regime, considerando-se o lapso temporal remanescente de pena, terá início na data do cometimento da última falta grave pelo apenado ou, no caso de fuga do estabelecimento prisional, de sua recaptura. 5. A recontagem e o novo termo inicial da contagem do prazo para a concessão de benefícios, tal como na progressão de regime, decorrem de interpretação sistemática das regras legais existentes, não havendo violação ao princípio da legalidade. Precedente. 6. Habeas corpus denegado.” 8. Tal maneira de decidir decorre da constatação de que o regime de cumprimento da pena é, em regra, progressivo, exigindo-se para tanto o cumprimento de, no mínimo, 1/6 do total da pena (requisito objetivo) e a presença de elementos subjetivos que recomendem a progressão do sentenciado. Todavia, a execução da pena privativa de liberdade pode ocorrer de forma regressiva, se, dentre outras hipóteses, sobrevier a prática de crime doloso ou de falta grave. Donde concluir-se que determinado sentenciado, cumprindo pena em regime semi-aberto, pode vir a ser reconduzido para o regime fechado, caso ocorra falta grave. Nessa hipótese, é de se perguntar: e quando esse mesmo sentenciado voltará a se beneficiar com o regime semi-aberto? A resposta se me afigura clara, uma vez que é decorrente da própria literalidade do art. 112 da Lei de Execuções Penais: fará jus à progressão, se e quando “tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e seu mérito indicar a progressão”. 9. Acresce que a leitura dos autos não me permite enxergar nenhuma ilegalidade ou abuso de poder, que evidenciem uma 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832911. Supremo Tribunal Federal HC 104.743 / SP pode ser transferido para regime prisional mais gravoso (regressão prisional), logicamente é do sistema jurídico que o réu que cumpre pena corporal em regime fechado (o mais gravoso) deve ter reiniciada a contagem do prazo de 1/6, levando-se em conta o tempo ainda remanescente de cumprimento da pena. 4. O cômputo do novo período aquisitivo do direito à progressão de regime, considerando-se o lapso temporal remanescente de pena, terá início na data do cometimento da última falta grave pelo apenado ou, no caso de fuga do estabelecimento prisional, de sua recaptura. 5. A recontagem e o novo termo inicial da contagem do prazo para a concessão de benefícios, tal como na progressão de regime, decorrem de interpretação sistemática das regras legais existentes, não havendo violação ao princípio da legalidade. Precedente. 6. Habeas corpus denegado.” 8. Tal maneira de decidir decorre da constatação de que o regime de cumprimento da pena é, em regra, progressivo, exigindo-se para tanto o cumprimento de, no mínimo, 1/6 do total da pena (requisito objetivo) e a presença de elementos subjetivos que recomendem a progressão do sentenciado. Todavia, a execução da pena privativa de liberdade pode ocorrer de forma regressiva, se, dentre outras hipóteses, sobrevier a prática de crime doloso ou de falta grave. Donde concluir-se que determinado sentenciado, cumprindo pena em regime semi-aberto, pode vir a ser reconduzido para o regime fechado, caso ocorra falta grave. Nessa hipótese, é de se perguntar: e quando esse mesmo sentenciado voltará a se beneficiar com o regime semi-aberto? A resposta se me afigura clara, uma vez que é decorrente da própria literalidade do art. 112 da Lei de Execuções Penais: fará jus à progressão, se e quando “tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e seu mérito indicar a progressão”. 9. Acresce que a leitura dos autos não me permite enxergar nenhuma ilegalidade ou abuso de poder, que evidenciem uma 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832911. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. AYRES BRITTO HC 104.743 / SP desproporcionalidade no próprio enquadramento dos fatos concretos assumidos pelo paciente como falta grave, nos termos do art. 50 da Lei de Execuções Penais. Sabido que a punição por falta grave é resultado de um procedimento administrativo, em que se devem assegurar a ampla defesa e o contraditório, sob pena de nulidade. Mais: como incidente da execução que é, tal decisão se expõe a exame da autoridade judiciária competente (no caso, o Juízo da Execução). Pelo que a autoridade judiciária competente pode manifestar-se sobre a legalidade do enquadramento da falta cometida pelo apenado, nada impedindo que os órgãos judicantes competentes avaliem o seu perfeito enquadramento legal, notadamente quando a sanção disciplinar aplicada ao prisioneiro for desproporcional ao fato que lhe deu causa. 10. Por tudo quanto posto, acolho o parecer ministerial público e denego a ordem. 11. É como voto. * * * * * * * * * * * * 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832911. Supremo Tribunal Federal HC 104.743 / SP desproporcionalidade no próprio enquadramento dos fatos concretos assumidos pelo paciente como falta grave, nos termos do art. 50 da Lei de Execuções Penais. Sabido que a punição por falta grave é resultado de um procedimento administrativo, em que se devem assegurar a ampla defesa e o contraditório, sob pena de nulidade. Mais: como incidente da execução que é, tal decisão se expõe a exame da autoridade judiciária competente (no caso, o Juízo da Execução). Pelo que a autoridade judiciária competente pode manifestar-se sobre a legalidade do enquadramento da falta cometida pelo apenado, nada impedindo que os órgãos judicantes competentes avaliem o seu perfeito enquadramento legal, notadamente quando a sanção disciplinar aplicada ao prisioneiro for desproporcional ao fato que lhe deu causa. 10. Por tudo quanto posto, acolho o parecer ministerial público e denego a ordem. 11. É como voto. * * * * * * * * * * * * 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832911. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.743 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) : DARCLEY LOURENÇO ABILIO RIBEIRO IMPTE.(S) : MARCELO P. DUARTE COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Indeferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 19.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 793364 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.743 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) : DARCLEY LOURENÇO ABILIO RIBEIRO IMPTE.(S) : MARCELO P. DUARTE COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Indeferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 19.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 793364 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
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2010-10-19T00:00:00
2010-11-29T00:00:00
Indeferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 19.10.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA. COMETIMENTO DE FALTA GRAVE NO CURSO DO REGIME PRISIONAL FECHADO. REINÍCIO DA CONTAGEM DO LAPSO DE 1/6 PARA A OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO DA PROGRESSÃO. ORDEM DENEGADA. 1. É da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que o cometimento de falta grave reinicia a contagem do lapso temporal de 1/6 para a concessão de progressão de regime. Confiram-se, por amostragem, os seguintes julgados: HCs 85.141, da minha relatoria; 85.605, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 93.554, da relatoria do ministro Celso de Mello; 95.367, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e, mais recentemente, 101.915, da relatoria da ministra Ellen Gracie. 2. Tal maneira de decidir decorre da constatação de que o regime de cumprimento da pena é, em regra, progressivo, exigindo-se para tanto o cumprimento de, no mínimo, 1/6 do total da pena (requisito objetivo) e a presença de elementos subjetivos que recomendem a progressão do sentenciado. 3. No caso de condenados que pratiquem falta grave, o requisito objetivo para a obtenção do benefício da progressão é de ser reiniciado da data da falta grave, adotando-se por paradigma o quantum remanescente da pena. 4. Habeas corpus denegado.
sjur185283
- Acórdãos citados: HC 85141, RHC 85605, HC 93554, HC 95367, HC 101915. Número de páginas: 8. Análise: 30/11/2010, SOF. Revisão: 14/12/2010, KBP.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
104743
[ "LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\r\n ART-00050 ART-00112 \r\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 104743
[ "" ]
PACTE.(S) : DARCLEY LOURENÇO ABILIO RIBEIRO IMPTE.(S) : MARCELO P. DUARTE COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 743", "H", "C", "s 85. 141", "85", ".", "60", "5", "93", ".", "55", "4", "95", ".", "36", "7", "101", ".", "91", "5", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 743", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 743", "H", "C", "s 85. 141", "85", ".", "60", "5", "93", ".", "55", "4", ".", "36", "7", "H", "C 101. 915", "R", "HC 85. 605", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 743", "H", "C", "s 85. 141", "85", ".", "60", "5", "93", ".", "55", "4", "95", ".", "36", "7", "H", "C 101. 915", "R", "HC 85. 605", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "C 104. 743 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 743", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 104. 743" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EI DE EXECUÇÕES PENAIS", "L", "EP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 112 da Lei de Execuções Penais", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 112 da Lei de Execuções Penais", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 50 da Lei de Execuções Penais", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 50 da Lei de Execuções Penais", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "Coma", "r", "ca de Avaré / SP", "S", "ÃO PAULO", "Coma", "r", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Superior Tribunal de Justiça", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Superior Tribunal de Justiça", "Ju", "ízo", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Procurador", "ia", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "D", "AR", "C", "L", "E", "Y LOURENÇO ABILIO RIBEIRO", "MA", "RC", "EL", "O P. 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Ementa e Acórdão 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.278 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) :DAVID DEODATO DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. VETORES DA LEGISLAÇÃO ESPECIAL. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. ELEIÇÃO DO GRAU DE REDUÇÃO. AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO VÁLIDA PARA REDUÇÃO NO GRAU MÍNIMO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. A necessidade de fundamentação dos pronunciamentos judiciais (inciso IX do art. 93 da Constituição Federal) tem na fixação da pena um dos seus momentos culminantes. Trata-se de garantia constitucional que junge o magistrado a coordenadas objetivas de imparcialidade e propicia às partes conhecer os motivos que levaram o julgador a decidir neste ou naquele sentido. 2. O Supremo Tribunal Federal junge a legalidade da pena ao motivado exame judicial das circunstâncias do delito. Exame, esse, revelador de um exercício racional de fundamentação e ponderação dos efeitos éticos e sociais da sanção, embasado nas peculiaridades do caso concreto, e no senso de realidade do órgão sentenciante. De outro modo não pode ser, devido a que o art. 59 do Código Penal confere ao Juízo sentenciante o poder-dever de estabelecer uma reprimenda apta à prevenção e simultaneamente à reprovação do delito, sempre atento o magistrado à concretude da causa. 3. O paciente se acha condenado pelo delito de tráfico de entorpecentes. Pelo que o caso é de calibração das balizas do art. 59 do Código Penal com as circunstâncias listadas na pertinente legislação extravagante. E o fato é que a pena-base está assentada num cuidadoso exame das circunstâncias que moldam o quadro fático-probatório da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 843276. Supremo Tribunal Federal DJe 29/11/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão HC 105.278 / RN causa e em nada afronta as garantias da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais (inciso XLVI do art. 5º e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal). Mais: reprimenda que decorre da motivação estampada na sentença, não sendo de ser atribuída ao voluntarismo do julgador, como pretende a impetração. 4. A mera reiteração aos requisitos legais não supre a necessidade de fundamentação quanto à eleição do grau de redução pela minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. 5. Ordem parcialmente concedida para determinar ao Juízo Processante que refaça a dosimetria da pena quanto à causa de diminuição da reprimenda. Juízo que deverá, considerando o que decidido no HC 97.256, da minha relatoria, examinar se estão presentes os requisitos da substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (art. 44 do Código Penal). A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em deferir, em parte, a ordem de habeas corpus, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 19 de outubro de 2010. AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 843276. Supremo Tribunal Federal HC 105.278 / RN causa e em nada afronta as garantias da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais (inciso XLVI do art. 5º e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal). Mais: reprimenda que decorre da motivação estampada na sentença, não sendo de ser atribuída ao voluntarismo do julgador, como pretende a impetração. 4. A mera reiteração aos requisitos legais não supre a necessidade de fundamentação quanto à eleição do grau de redução pela minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. 5. Ordem parcialmente concedida para determinar ao Juízo Processante que refaça a dosimetria da pena quanto à causa de diminuição da reprimenda. Juízo que deverá, considerando o que decidido no HC 97.256, da minha relatoria, examinar se estão presentes os requisitos da substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (art. 44 do Código Penal). A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em deferir, em parte, a ordem de habeas corpus, o que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em sessão presidida pelo Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Brasília, 19 de outubro de 2010. AYRES BRITTO - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 843276. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.278 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) :DAVID DEODATO DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Acórdão que exibe a seguinte ementa: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. APREENSÃO DE ENTORPECENTES. PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. QUANTIDADE SIGNIFICATIVA DA DROGA. CAUSA DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343⁄06. APLICABILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INEXISTÊNCIA. 1. Segundo o § 4º do art. 33 da Lei 11.343⁄06, nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, as penas poderão ser reduzidas de 1⁄6 (um sexto) a 2⁄3 (dois terços), desde que o agente seja primário, de bons antecedentes e não se dedique à atividades criminosas nem integre organização criminosa. 2. Esta Corte tem decidido, em inúmeros casos semelhantes, que a significativa quantidade de droga apreendida justifica a fixação da pena-base acima do mínimo legal, além de fundamentar a aplicação da causa de diminuição da pena em patamar diverso do máximo ou mesmo para afastar a incidência do benefício, no caso de ficar comprovado que o agente se dedica a atividades criminosas. 3. A fixação do quantum da redução aplicada deve respeitar o livre convencimento do julgador, segundo precedentes deste Superior Tribunal. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832919. Supremo Tribunal Federal 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.278 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) :DAVID DEODATO DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Acórdão que exibe a seguinte ementa: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. APREENSÃO DE ENTORPECENTES. PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. QUANTIDADE SIGNIFICATIVA DA DROGA. CAUSA DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343⁄06. APLICABILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INEXISTÊNCIA. 1. Segundo o § 4º do art. 33 da Lei 11.343⁄06, nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, as penas poderão ser reduzidas de 1⁄6 (um sexto) a 2⁄3 (dois terços), desde que o agente seja primário, de bons antecedentes e não se dedique à atividades criminosas nem integre organização criminosa. 2. Esta Corte tem decidido, em inúmeros casos semelhantes, que a significativa quantidade de droga apreendida justifica a fixação da pena-base acima do mínimo legal, além de fundamentar a aplicação da causa de diminuição da pena em patamar diverso do máximo ou mesmo para afastar a incidência do benefício, no caso de ficar comprovado que o agente se dedica a atividades criminosas. 3. A fixação do quantum da redução aplicada deve respeitar o livre convencimento do julgador, segundo precedentes deste Superior Tribunal. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832919. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório HC 105.278 / RN 4. Ordem denegada.” 2. Pois bem, a Defensoria Pública da União, impetrante, postula a redução da pena aplicada ao paciente. Isto sob os argumentos de que não há motivação idônea para o aumento da pena-base e de que a redução pelo privilégio do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 é de se dar em seu patamar máximo. 3. Antes de concluir este aligeirado resumo da causa, anoto que, à falta de pedido de medida liminar e estando o pedido devidamente instruído, abri vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Orgão que opinou pela concessão da ordem, nos termos seguintes: “[...] Embora reconhecendo o tráfico privilegiado, a sentença deixou de justificar a razão da imposição do fator de redução aquém do máximo previsto, o que somente seria possível se explicitado, motivadamente, um maior grau de envolvimento do paciente com o tráfico de drogas. É que a condição do paciente, como traficante menor, apesar de graduável, deve ser adequadamente explicitada para permitir, com a correta individualização, uma redução aquém dos dois terços previstos na lei. Sendo o paciente um simples mula, cooptado pelo tráfico, não havendo na sentença qualquer indicação de envolvimento dele em atividades ilícitas, cabe deferir desde logo a redução de dois terços, com o consequente reajuste da pena, cabendo operar, por último, a causa especial de diminuição. [...]” É o relatório. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832919. Supremo Tribunal Federal HC 105.278 / RN 4. Ordem denegada.” 2. Pois bem, a Defensoria Pública da União, impetrante, postula a redução da pena aplicada ao paciente. Isto sob os argumentos de que não há motivação idônea para o aumento da pena-base e de que a redução pelo privilégio do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 é de se dar em seu patamar máximo. 3. Antes de concluir este aligeirado resumo da causa, anoto que, à falta de pedido de medida liminar e estando o pedido devidamente instruído, abri vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Orgão que opinou pela concessão da ordem, nos termos seguintes: “[...] Embora reconhecendo o tráfico privilegiado, a sentença deixou de justificar a razão da imposição do fator de redução aquém do máximo previsto, o que somente seria possível se explicitado, motivadamente, um maior grau de envolvimento do paciente com o tráfico de drogas. É que a condição do paciente, como traficante menor, apesar de graduável, deve ser adequadamente explicitada para permitir, com a correta individualização, uma redução aquém dos dois terços previstos na lei. Sendo o paciente um simples mula, cooptado pelo tráfico, não havendo na sentença qualquer indicação de envolvimento dele em atividades ilícitas, cabe deferir desde logo a redução de dois terços, com o consequente reajuste da pena, cabendo operar, por último, a causa especial de diminuição. [...]” É o relatório. * * * * * * * * * * * * 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832919. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. AYRES BRITTO 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.278 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Consoante relatado, o que se discute neste habeas corpus é a pena aplicada ao paciente, condenado pelo delito de tráfico de entorpecentes, na forma do § 4º do art. 33 combinadamente com o inciso I do art. 40, ambos da Lei 11.343/2006. Caso dos mais trabalhosos em matéria penal, por demandar aturado exame quanto à adequação da sanção ao caso concreto. Exame, esse, que, nesta via de verdadeiro atalho que é o habeas corpus, fica circunscrito à “motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão (v.g., HC 69.419, Pertence, RTJ 143/600)”. 6. E o que diz a impetração? Fala que os fundamentos lançados pelo magistrado sentenciante para legitimar a aplicação da causa de diminuição da pena a que se refere o § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 não se prestam para justificar a reprimenda ao final aplicada ao paciente. Pelo que o impetrante requer, de logo, a redução do castigo “em seu grau máximo de 2/3 (dois terços)”. Não é só: a acionante postula a fixação da pena-base no mínimo legal, na ausência de circunstâncias judiciais desfavoráveis. 7. Muito bem. Como já afirmei em julgamentos anteriores, a necessidade de fundamentação dos pronunciamentos judiciais (inciso IX do art. 93 da Constituição Federal) tem na fixação da pena um dos seus momentos culminantes. Trata-se de garantia constitucional que junge o magistrado a coordenadas objetivas de imparcialidade e propicia às partes conhecer os motivos que levaram o julgador a decidir neste ou naquele sentido. É que, segundo ressalta Aury Lopes Júnior1: “[...] o poder judicial somente está legitimado enquanto 1 Introdução Crítica ao Processo Penal: fundamentos da instrumentalidade garantista. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005, p. 256. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Supremo Tribunal Federal 19/10/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.278 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (RELATOR) Consoante relatado, o que se discute neste habeas corpus é a pena aplicada ao paciente, condenado pelo delito de tráfico de entorpecentes, na forma do § 4º do art. 33 combinadamente com o inciso I do art. 40, ambos da Lei 11.343/2006. Caso dos mais trabalhosos em matéria penal, por demandar aturado exame quanto à adequação da sanção ao caso concreto. Exame, esse, que, nesta via de verdadeiro atalho que é o habeas corpus, fica circunscrito à “motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão (v.g., HC 69.419, Pertence, RTJ 143/600)”. 6. E o que diz a impetração? Fala que os fundamentos lançados pelo magistrado sentenciante para legitimar a aplicação da causa de diminuição da pena a que se refere o § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 não se prestam para justificar a reprimenda ao final aplicada ao paciente. Pelo que o impetrante requer, de logo, a redução do castigo “em seu grau máximo de 2/3 (dois terços)”. Não é só: a acionante postula a fixação da pena-base no mínimo legal, na ausência de circunstâncias judiciais desfavoráveis. 7. Muito bem. Como já afirmei em julgamentos anteriores, a necessidade de fundamentação dos pronunciamentos judiciais (inciso IX do art. 93 da Constituição Federal) tem na fixação da pena um dos seus momentos culminantes. Trata-se de garantia constitucional que junge o magistrado a coordenadas objetivas de imparcialidade e propicia às partes conhecer os motivos que levaram o julgador a decidir neste ou naquele sentido. É que, segundo ressalta Aury Lopes Júnior1: “[...] o poder judicial somente está legitimado enquanto 1 Introdução Crítica ao Processo Penal: fundamentos da instrumentalidade garantista. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005, p. 256. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. AYRES BRITTO HC 105.278 / RN amparado por argumentos cognoscitivos seguros e válidos (não basta apenas boa argumentação), submetidos ao contraditório e refutáveis. A fundamentação das decisões é instrumento de controle da racionalidade e do sentir do julgador, num assumido anticartesianismo. Mas também serve para controlar o poder, e nisso reside o núcleo da garantia” 8. A necessidade de motivação no trajeto da dosimetria da pena não passou despercebida à reforma penal de 1984. Tanto que a ela o legislador fez expressa referência na Exposição de Motivos da Nova Parte Geral do Código Penal, ao cuidar do sistema trifásico de aplicação da pena privativa de liberdade, in verbis: “Decorridos quase quarenta anos da entrada em vigor do Código Penal, remanescem as divergências suscitadas sobre as etapas da aplicação da pena. O projeto opta claramente pelo critério das três fases, predominante na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Fixa-se, inicialmente, a pena-base, obedecido o disposto no art. 59; consideram-se, em seguida, as circunstâncias atenuantes e agravantes; incorporam-se ao cálculo, finalmente, as causas de diminuição e aumento. Tal critério permite o completo conhecimento da operação realizada pelo juiz e a exata determinação dos elementos incorporados à dosimetria. (...) Alcança-se, pelo critério, a plenitude de garantia constitucional da ampla defesa.” (Grifei.) 9. Daqui se segue que o Supremo Tribunal Federal submete a legalidade da pena ao motivado exame judicial das circunstâncias do delito. Exame, esse, revelador de um exercício racional de fundamentação e ponderação dos efeitos éticos e sociais da sanção, embasado nas peculiaridades do caso concreto e no senso de realidade do órgão sentenciante. 10. De outro modo não pode ser, devido a que o art. 59 do Código Penal confere ao Juízo sentenciante o poder-dever de estabelecer uma 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Supremo Tribunal Federal HC 105.278 / RN amparado por argumentos cognoscitivos seguros e válidos (não basta apenas boa argumentação), submetidos ao contraditório e refutáveis. A fundamentação das decisões é instrumento de controle da racionalidade e do sentir do julgador, num assumido anticartesianismo. Mas também serve para controlar o poder, e nisso reside o núcleo da garantia” 8. A necessidade de motivação no trajeto da dosimetria da pena não passou despercebida à reforma penal de 1984. Tanto que a ela o legislador fez expressa referência na Exposição de Motivos da Nova Parte Geral do Código Penal, ao cuidar do sistema trifásico de aplicação da pena privativa de liberdade, in verbis: “Decorridos quase quarenta anos da entrada em vigor do Código Penal, remanescem as divergências suscitadas sobre as etapas da aplicação da pena. O projeto opta claramente pelo critério das três fases, predominante na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Fixa-se, inicialmente, a pena-base, obedecido o disposto no art. 59; consideram-se, em seguida, as circunstâncias atenuantes e agravantes; incorporam-se ao cálculo, finalmente, as causas de diminuição e aumento. Tal critério permite o completo conhecimento da operação realizada pelo juiz e a exata determinação dos elementos incorporados à dosimetria. (...) Alcança-se, pelo critério, a plenitude de garantia constitucional da ampla defesa.” (Grifei.) 9. Daqui se segue que o Supremo Tribunal Federal submete a legalidade da pena ao motivado exame judicial das circunstâncias do delito. Exame, esse, revelador de um exercício racional de fundamentação e ponderação dos efeitos éticos e sociais da sanção, embasado nas peculiaridades do caso concreto e no senso de realidade do órgão sentenciante. 10. De outro modo não pode ser, devido a que o art. 59 do Código Penal confere ao Juízo sentenciante o poder-dever de estabelecer uma 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. AYRES BRITTO HC 105.278 / RN reprimenda apta à prevenção e simultaneamente à reprovação do delito, sempre atento o magistrado à concretude da causa. Tanto é assim que os vetores do art. 59 do CP não se prestam apenas para a fixação da pena-base. Leia-se: “Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.” 11. Sucede que, em situações como a retratada nos autos, o juiz sentenciante há de considerar parâmetros que são próprios da legislação de drogas. Parâmetros constantes do art. 42 da Lei 11.343/2006, in verbis: “Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.” 12. Assim postas as coisas, de se ver que o caso é de calibração das balizas do art. 59 do Código Penal com as circunstâncias listadas na pertinente legislação extravagante. Fazendo tal calibração, não enxergo qualquer ilegalidade na pena-base aplicada ao paciente. Pena, essa, assim fixada: “[...] CONSIDERANDO que o dolo verificado não evidencia 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Supremo Tribunal Federal HC 105.278 / RN reprimenda apta à prevenção e simultaneamente à reprovação do delito, sempre atento o magistrado à concretude da causa. Tanto é assim que os vetores do art. 59 do CP não se prestam apenas para a fixação da pena-base. Leia-se: “Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.” 11. Sucede que, em situações como a retratada nos autos, o juiz sentenciante há de considerar parâmetros que são próprios da legislação de drogas. Parâmetros constantes do art. 42 da Lei 11.343/2006, in verbis: “Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.” 12. Assim postas as coisas, de se ver que o caso é de calibração das balizas do art. 59 do Código Penal com as circunstâncias listadas na pertinente legislação extravagante. Fazendo tal calibração, não enxergo qualquer ilegalidade na pena-base aplicada ao paciente. Pena, essa, assim fixada: “[...] CONSIDERANDO que o dolo verificado não evidencia 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. AYRES BRITTO HC 105.278 / RN culpabilidade incomum ao tipo penal; a primariedade e bons antecedentes do agente; a motivação para o cometimento do crime ter sido econômico, determinados pela obtenção de lucro fácil, inerente ao tipo; a normalidade da conduta do acusado no meio social; a inexistência de elementos coletados acerca de sua personalidade, razão pela qual deixo de valorá-lo; que as circunstância do crime não favorecem o denunciado, tendo em vista que transportava considerável quantidade (1,010 Kg um quilometro de dez gramas) de substância entorpecente conhecida como cocaína (artigo 42 da lei nº 11.343/2006); que não houve conseqüência extrapenais do delito; que a vítima é difusa, não individualizada, e por isso em nada contribui para o cometimento do ilícito, FIXO A PENA BASE em (seis) anos de reclusão. Considerando a inexistência de circunstâncias atenuantes e agravantes mantenho a sanção em 06 (seis) anos de reclusão. Diante da existência de causa especial de diminuição de pena, qual seja, a disposta no artigo 33, §4º da Lei 11.343/2006, vez que, pelo que dos autos consta, Davi Deodato da Silva é primário, de bons antecedentes, não se dedica à atividades criminosa e nem integra organização criminosa, diminuo a sanção em 1/3 (um terço), atingindo a pena de 04 anos de reclusão. [...]” 13. Com efeito, fica difícil acatar o primeiro pedido veiculado na petição inicial deste HC para, de imediato, estabelecer a pena-base no mínimo legal. É que tal reprimenda, a meu juízo, está assentada num cuidadoso exame das circunstâncias que moldam o quadro fático-probatório da causa e em nada afronta as garantias da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais (inciso XLVI do art. 5º e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal). Mais: reprimenda que decorre da motivação estampada na sentença, não sendo ser atribuída ao voluntarismo do julgador, como pretende a impetração. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Supremo Tribunal Federal HC 105.278 / RN culpabilidade incomum ao tipo penal; a primariedade e bons antecedentes do agente; a motivação para o cometimento do crime ter sido econômico, determinados pela obtenção de lucro fácil, inerente ao tipo; a normalidade da conduta do acusado no meio social; a inexistência de elementos coletados acerca de sua personalidade, razão pela qual deixo de valorá-lo; que as circunstância do crime não favorecem o denunciado, tendo em vista que transportava considerável quantidade (1,010 Kg um quilometro de dez gramas) de substância entorpecente conhecida como cocaína (artigo 42 da lei nº 11.343/2006); que não houve conseqüência extrapenais do delito; que a vítima é difusa, não individualizada, e por isso em nada contribui para o cometimento do ilícito, FIXO A PENA BASE em (seis) anos de reclusão. Considerando a inexistência de circunstâncias atenuantes e agravantes mantenho a sanção em 06 (seis) anos de reclusão. Diante da existência de causa especial de diminuição de pena, qual seja, a disposta no artigo 33, §4º da Lei 11.343/2006, vez que, pelo que dos autos consta, Davi Deodato da Silva é primário, de bons antecedentes, não se dedica à atividades criminosa e nem integra organização criminosa, diminuo a sanção em 1/3 (um terço), atingindo a pena de 04 anos de reclusão. [...]” 13. Com efeito, fica difícil acatar o primeiro pedido veiculado na petição inicial deste HC para, de imediato, estabelecer a pena-base no mínimo legal. É que tal reprimenda, a meu juízo, está assentada num cuidadoso exame das circunstâncias que moldam o quadro fático-probatório da causa e em nada afronta as garantias da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais (inciso XLVI do art. 5º e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal). Mais: reprimenda que decorre da motivação estampada na sentença, não sendo ser atribuída ao voluntarismo do julgador, como pretende a impetração. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. AYRES BRITTO HC 105.278 / RN 14. Por outra volta, penso que a sentença não se acha fundamentada quanto à eleição do grau mínimo de redução da pena aplicada ao paciente (em razão da minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006). O que afronta o conteúdo mínimo da fundamentação das decisões judiciais de que trata o inciso XI do art. 93 da CF/88. Isso porque do trecho mencionado percebe-se mera reiteração aos requisitos legais da incidência da minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 para embasar a redução em seu percentual mínimo. E o fato é que, segundo observado pela Procuradoria-Geral da República, “a condição do paciente, como traficante menor, apesar de graduável, deve ser adequadamente explicitada para permitir, com a correta individualização, uma redução aquém dos dois terços previstos na lei”. 15. Esse o quadro, concedo parcialmente a ordem. O que faço para determinar ao Juízo Processante que refaça a dosimetria da pena quanto à causa de diminuição da reprimenda. Juízo que deverá, considerando a decisão proferida no HC 97.256, da minha relatoria, examinar se estão presentes os requisitos da substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (art. 44 do Código Penal). 16. É como voto. * * * * * * * * * * * * 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Supremo Tribunal Federal HC 105.278 / RN 14. Por outra volta, penso que a sentença não se acha fundamentada quanto à eleição do grau mínimo de redução da pena aplicada ao paciente (em razão da minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006). O que afronta o conteúdo mínimo da fundamentação das decisões judiciais de que trata o inciso XI do art. 93 da CF/88. Isso porque do trecho mencionado percebe-se mera reiteração aos requisitos legais da incidência da minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 para embasar a redução em seu percentual mínimo. E o fato é que, segundo observado pela Procuradoria-Geral da República, “a condição do paciente, como traficante menor, apesar de graduável, deve ser adequadamente explicitada para permitir, com a correta individualização, uma redução aquém dos dois terços previstos na lei”. 15. Esse o quadro, concedo parcialmente a ordem. O que faço para determinar ao Juízo Processante que refaça a dosimetria da pena quanto à causa de diminuição da reprimenda. Juízo que deverá, considerando a decisão proferida no HC 97.256, da minha relatoria, examinar se estão presentes os requisitos da substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (art. 44 do Código Penal). 16. É como voto. * * * * * * * * * * * * 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 832920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.278 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) : DAVID DEODATO DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Deferida, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 19.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 793369 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.278 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. AYRES BRITTO PACTE.(S) : DAVID DEODATO DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Deferida, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 19.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 793369 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=849541
2010-10-19T00:00:00
2010-11-29T00:00:00
Deferida, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 19.10.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. VETORES DA LEGISLAÇÃO ESPECIAL. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. ELEIÇÃO DO GRAU DE REDUÇÃO. AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO VÁLIDA PARA REDUÇÃO NO GRAU MÍNIMO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. A necessidade de fundamentação dos pronunciamentos judiciais (inciso IX do art. 93 da Constituição Federal) tem na fixação da pena um dos seus momentos culminantes. Trata-se de garantia constitucional que junge o magistrado a coordenadas objetivas de imparcialidade e propicia às partes conhecer os motivos que levaram o julgador a decidir neste ou naquele sentido. 2. O Supremo Tribunal Federal junge a legalidade da pena ao motivado exame judicial das circunstâncias do delito. Exame, esse, revelador de um exercício racional de fundamentação e ponderação dos efeitos éticos e sociais da sanção, embasado nas peculiaridades do caso concreto, e no senso de realidade do órgão sentenciante. De outro modo não pode ser, devido a que o art. 59 do Código Penal confere ao Juízo sentenciante o poder-dever de estabelecer uma reprimenda apta à prevenção e simultaneamente à reprovação do delito, sempre atento o magistrado à concretude da causa. 3. O paciente se acha condenado pelo delito de tráfico de entorpecentes. Pelo que o caso é de calibração das balizas do art. 59 do Código Penal com as circunstâncias listadas na pertinente legislação extravagante. E o fato é que a pena-base está assentada num cuidadoso exame das circunstâncias que moldam o quadro fático-probatório da causa e em nada afronta as garantias da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais (inciso XLVI do art. 5º e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal). Mais: reprimenda que decorre da motivação estampada na sentença, não sendo de ser atribuída ao voluntarismo do julgador, como pretende a impetração. 4. A mera reiteração aos requisitos legais não supre a necessidade de fundamentação quanto à eleição do grau de redução pela minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. 5. Ordem parcialmente concedida para determinar ao Juízo Processante que refaça a dosimetria da pena quanto à causa de diminuição da reprimenda. Juízo que deverá, considerando o que decidido no HC 97.256, da minha relatoria, examinar se estão presentes os requisitos da substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (art. 44 do Código Penal).
sjur185284
- Acórdãos citados: HC 69419, HC 97256; RTJ 143/600. Número de páginas: 10. Análise: 30/11/2010, ACG. Revisão: 02/12/2010, IMC.
AYRES BRITTO
Segunda Turma
105278
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00046 ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00044 ART-00059 INC-00001 INC-00002\r\n INC-00003 INC-00004 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 PAR-00004 ART-00040 INC-00001 \r\n ART-00042\r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 105278
[ "" ]
PACTE.(S) : DAVID DEODATO DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 278", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 97. 256", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 97. 256", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 278", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 278", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 278", "H", "C 69. 419", "R", "T", "J 143 / 600", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 278", "H", "C 69. 419", "R", "T", "J 143 / 600", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 97. 256", "H", "C 105. 278 / RN", "H", "C 97. 256", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 278", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 278" ], "LEGISLACAO": [ "inc", "iso IX do art. 93 da Constituição Federal", "art. 59 do Código Penal", "art. 59 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "inc", "iso XLVI do art. [UNK] e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "art. 44 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "inc", "iso XLVI do art. [UNK] e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "art. 44 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 33, § [UNK], DA LEI [UNK] 11. 343⁄06", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343⁄06", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 33, § [UNK], DA LEI [UNK] 11. 343⁄06", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343⁄06", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do art. 33", "inc", "iso I do art. 40, ambos da Lei 11. 343 / 2006", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "inc", "iso IX do art. 93 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do art. 33", "inc", "iso I do art. 40, ambos da Lei 11. 343 / 2006", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "inc", "iso IX do art. 93 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Nova Parte Geral do Código Penal", "Código Penal", "art. 59 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Nova Parte Geral do Código Penal", "Código Penal", "art. 59 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 59 do CP", "art. 42 da Lei 11. 343 / 2006", "art. 59 do Código Penal", "art. 59 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 59 do CP", "art. 42 da Lei 11. 343 / 2006", "art. 59 do Código Penal", "art. 59 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 42 da lei [UNK] 11. 343 / 2006", "artigo 33, § [UNK] da Lei 11. 343 / 2006", "inc", "iso XLVI do art. [UNK] e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 42 da lei [UNK] 11. 343 / 2006", "artigo 33, § [UNK] da Lei 11. 343 / 2006", "inc", "iso XLVI do art. [UNK] e inciso IX do art. 93 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "inc", "iso XI do art. 93 da CF / 88", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "art. 44 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "inc", "iso XI do art. 93 da CF / 88", "§ [UNK] do art. 33 da Lei 11. 343 / 2006", "art. 44 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO GRANDE DO NORTE", "Brasília", "Brasília", "R", "IO GRANDE DO NORTE", "R", "IO GRANDE DO NORTE", "R", "IO GRANDE DO NORTE", "Perte", "nce", "Rio de Janeiro", "R", "IO GRANDE DO NORTE", "Perte", "nce", "Rio de Janeiro", "R", "IO GRANDE DO NORTE", "R", "IO GRANDE DO NORTE" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "DE", "F", "EN", "SO", "RI", "A PÚBLICA DA UNIÃO", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "DE", "F", "EN", "SO", "RI", "A PÚBLICA DA UNIÃO", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "DE", "F", "EN", "SO", "RI", "A PÚBLICA DA UNIÃO", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Def", "enso", "ria Pública da União", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Or", "gão", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Def", "enso", "ria Pública da União", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Or", "gão", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Lu", "men Juris", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Lu", "men Juris", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "DE", "F", "EN", "SO", "RI", "A PÚBLICA DA UNIÃO", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "DE", "F", "EN", "SO", "RI", "A PÚBLICA DA UNIÃO", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTI", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "D", "A", "VI", "D DEODATO DA SILVA", "Gil", "mar Mendes", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "Gil", "mar Mendes", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "D", "A", "VI", "D DEODATO DA SILVA", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "D", "A", "VI", "D DEODATO DA SILVA", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "Aur", "y Lopes Júnior1", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "Aur", "y Lopes Júnior1", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "Davi Deodato da Silva", "Davi Deodato da Silva", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "D", "A", "VI", "D DEODATO DA SILVA", "Gil", "mar Mendes", "Celso de Mello", "Ellen Gracie", "Ay", "res Britto", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Carlos Alberto Cantanhede", "A", "Y", "RE", "S BRITTO", "D", "A", "VI", "D DEODATO DA SILVA", "Gil", "mar Mendes", "Celso de Mello", "Ellen Gracie", "Ay", "res Britto", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Carlos Alberto Cantanhede" ], "TEMPO": [ "19", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "29", "/", "11", "/", "2010", "19 de outubro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "19 de outubro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", "/", "10", "/", "2010", "2005", "24", "/", "08", "/", 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E m e n t a e A c ó r d ã o Supremo Tribunal Federal DJe 28/08/2009 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 R e l a t ó r i o Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 R e l a t ó r i o Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 V o t o - M I N . M E N E Z E S D I R E I T O Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 V o t o - M I N . M E N E Z E S D I R E I T O Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 E x t r a t o d e A t a - 0 5 / 0 5 / 2 0 0 9 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.476-5 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. MENEZES DIREITO AGTE.(S) : DIGIARTE INFORMÁTICA LTDA. ADV.(A/S) : JOSE LUIZ MATTHES E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 05.05.2009. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. Presentes à Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Menezes Direito. Subprocurador-Geral da República, Dra. Ela Wiecko. Ricardo Dias Duarte Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 363869 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.476-5 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. MENEZES DIREITO AGTE.(S) : DIGIARTE INFORMÁTICA LTDA. ADV.(A/S) : JOSE LUIZ MATTHES E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 05.05.2009. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. Presentes à Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Menezes Direito. Subprocurador-Geral da República, Dra. Ela Wiecko. Ricardo Dias Duarte Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 363869 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=409673
2009-05-05T00:00:00
2009-08-28T00:00:00
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 05.05.2009.
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Exclusão do REFIS. Legislação infraconstitucional. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. As questões referentes à exclusão de contribuinte do Programa REFIS estão adstritas ao âmbito da legislação infraconstitucional. 2. As alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Agravo regimental desprovido.
sjur165597
Número de páginas: 6. Análise: 01/09/2009, MMR. Revisão: 02/09/2009, JBM.
MENEZES DIREITO
Primeira Turma
551476
[ "LEG-FED LEI-009964 ANO-2000\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR
acordaos
RE 551476 AgR
[ "" ]
AGTE.(S): DIGIARTE INFORMÁTICA LTDA. ADV.(A/S): JOSE LUIZ MATTHES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S): UNIÃO ADV.(A/S): PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 551. 476- 5", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 551. 476- 5" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "D", "IG", "IA", "RT", "E INFORMÁTICA LTDA.", "UN", "I", "ÃO", "PR", "OC", "UR", "AD", "OR", "IA", "-", "G", "ER", "AL DA FAZENDA NACIONAL", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IG", "IA", "RT", "E INFORMÁTICA LTDA.", "UN", "I", "ÃO", "PR", "OC", "UR", "AD", "OR", "IA", "-", "G", "ER", "AL DA FAZENDA NACIONAL", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "M", "EN", "E", "Z", "ES DIR", "J", "OS", "E LUIZ MATTHES", "Carlos Ayres Britto", "Marco Aurélio", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Menezes Direito", "Ela Wiecko", "Ricardo Dias Duarte", "M", "EN", "E", "Z", "ES DIREITO", "J", "OS", "E LUIZ MATTHES", "Carlos Ayres Britto", "Marco Aurélio", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Menezes Direito", "Ela Wiecko", "Ricardo Dias Duarte" ], "TEMPO": [ "28", "/", "08", "/", "2009", "05", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
E m e n t a e A c ó r d ã o 09/06/2009 SEGUNDA TURMA EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.360-0 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBARGANTE(S) : JUREMA CARLI LAGROTTA ADVOGADO(A/S) : ANDRE LUIS MACHADO MENDES EMBARGADO(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO(A/S) : RENATA GAMBOGI CARDOSO CAMPOS E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – REVISÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS – INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 9.032/95 A BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DE SUA VIGÊNCIA – AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO, NESSE DIPLOMA LEGISLATIVO, DE SUA APLICAÇÃO RETROATIVA – INEXISTÊNCIA, AINDA, NA LEI, DE CLÁUSULA INDICATIVA DA FONTE DE CUSTEIO TOTAL CORRESPONDENTE À MAJORAÇÃO DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO COMO LEGISLADOR POSITIVO – VEDAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os benefícios previdenciários devem regular-se pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão. Incidência, nesse domínio, da regra “tempus regit actum”, que indica o estatuto de regência ordinariamente aplicável em matéria de instituição e/ou de majoração de benefícios de caráter previdenciário. Precedentes. - A majoração de benefícios previdenciários, além de submetida ao postulado da contrapartida (CF, art. 195, § 5º), também depende, para efeito de sua legítima adequação ao texto da Constituição da República, da observância do princípio da reserva de lei formal, cuja incidência traduz limitação ao exercício da atividade jurisdicional do Estado. Precedentes. - Não se revela constitucionalmente possível, ao Poder Judiciário, sob fundamento de isonomia, estender, em sede jurisdicional, majoração de benefício previdenciário, quando inexistente, na lei, a indicação da correspondente fonte de custeio total, sob pena de o Tribunal, se assim proceder, atuar na anômala condição de legislador positivo, transgredindo, desse modo, o princípio da separação de poderes. Precedentes. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387089 Supremo Tribunal Federal DJe 07/08/2009 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 E m e n t a e A c ó r d ã o RE 567.360-ED / MG 2 - A Lei nº 9.032/95, por não veicular qualquer cláusula autorizadora de sua aplicação retroativa, torna impertinente a invocação da Súmula 654/STF. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Ellen Gracie, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negar provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 09 de junho de 2009. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387089 Supremo Tribunal Federal RE 567.360-ED / MG 2 - A Lei nº 9.032/95, por não veicular qualquer cláusula autorizadora de sua aplicação retroativa, torna impertinente a invocação da Súmula 654/STF. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Ellen Gracie, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negar provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 09 de junho de 2009. CELSO DE MELLO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387089 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 R e l a t ó r i o 09/06/2009 SEGUNDA TURMA EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.360-0 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBARGANTE(S) : JUREMA CARLI LAGROTTA ADVOGADO(A/S) : ANDRE LUIS MACHADO MENDES EMBARGADO(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO(A/S) : RENATA GAMBOGI CARDOSO CAMPOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos a decisão monocrática, que, proferida em sede de recurso extraordinário, interposto pela parte ora embargada, conheceu e deu provimento ao apelo extremo em questão. Inconformada com esse ato decisório, opõe, a parte ora recorrente, os presentes embargos de declaração, alegando, em síntese, a ocorrência dos vícios a que se refere o art. 535 do CPC. Submeto, à apreciação desta Colenda Turma, os presentes embargos declaratórios. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387090 Supremo Tribunal Federal 09/06/2009 SEGUNDA TURMA EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.360-0 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBARGANTE(S) : JUREMA CARLI LAGROTTA ADVOGADO(A/S) : ANDRE LUIS MACHADO MENDES EMBARGADO(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO(A/S) : RENATA GAMBOGI CARDOSO CAMPOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos a decisão monocrática, que, proferida em sede de recurso extraordinário, interposto pela parte ora embargada, conheceu e deu provimento ao apelo extremo em questão. Inconformada com esse ato decisório, opõe, a parte ora recorrente, os presentes embargos de declaração, alegando, em síntese, a ocorrência dos vícios a que se refere o art. 535 do CPC. Submeto, à apreciação desta Colenda Turma, os presentes embargos declaratórios. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387090 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 V o t o - M I N . C E L S O D E M E L L O RE 567.360-ED / MG 2 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Conheço, preliminarmente, dos presentes embargos de declaração como recurso de agravo (RTJ 145/664 - RTJ 153/834 - AI 243.159-ED/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - AI 243.832-ED/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – Rcl 4.395-ED/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO, v.g.). E, ao fazê-lo, reconheço que não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora agravada, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária diverge da orientação que o Plenário do Supremo Tribunal Federal firmou no julgamento do RE 415.454/SC e do RE 416.827/SC, de que foi Relator o eminente Ministro GILMAR MENDES. Esta Suprema Corte, ao apreciar os recursos extraordinários em questão, entendeu que o acórdão recorrido incidiu em múltiplas transgressões à Constituição, seja fazendo má aplicação da garantia constitucional do direito adquirido, seja não observando a exigência da precedência da fonte de custeio (CF, art. 195, § 5º) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Supremo Tribunal Federal RE 567.360-ED / MG 2 V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Conheço, preliminarmente, dos presentes embargos de declaração como recurso de agravo (RTJ 145/664 - RTJ 153/834 - AI 243.159-ED/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - AI 243.832-ED/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – Rcl 4.395-ED/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO, v.g.). E, ao fazê-lo, reconheço que não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora agravada, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária diverge da orientação que o Plenário do Supremo Tribunal Federal firmou no julgamento do RE 415.454/SC e do RE 416.827/SC, de que foi Relator o eminente Ministro GILMAR MENDES. Esta Suprema Corte, ao apreciar os recursos extraordinários em questão, entendeu que o acórdão recorrido incidiu em múltiplas transgressões à Constituição, seja fazendo má aplicação da garantia constitucional do direito adquirido, seja não observando a exigência da precedência da fonte de custeio (CF, art. 195, § 5º) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 V o t o - M I N . C E L S O D E M E L L O RE 567.360-ED / MG 3 ou da contrapartida (que mantém íntima conexão com o postulado do equilíbrio atuarial), seja, ainda, desrespeitando o princípio da reserva de lei. Na realidade, o Supremo Tribunal Federal, por diversas vezes, já se pronunciou no sentido de que os benefícios previdenciários devem regular-se pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão, de tal modo que - presente referido contexto de ordem temporal - não se revelava viável fazer incidir, como pretendido pela parte ora agravante, uma nova lei (como a Lei nº 9.032/95) sobre o cálculo “das prestações futuras relativas a benefício já concedido pelo INSS”, como corretamente advertiu, em seu douto voto, o eminente Relator do “leading case”. Esse entendimento – que emana, diretamente, do postulado constitucional da segurança jurídica - desautoriza, ainda que se trate de diploma legislativo de ordem pública, a projeção imediata de lei nova (como a Lei nº 9.032/95) sobre os efeitos futuros resultantes de causa a ela anterior, sob pena de se configurar situação caracterizadora de retroatividade mínima (MATOS PEIXOTO, “Limite Temporal da Lei”, “in” Revista dos Tribunais, vol. 173/459, 468; REYNALDO PORCHAT, “Curso Elementar de Direito Romano”, vol. I/338-339, item n. 528, 1937, Melhoramentos, v.g.), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Supremo Tribunal Federal RE 567.360-ED / MG 3 ou da contrapartida (que mantém íntima conexão com o postulado do equilíbrio atuarial), seja, ainda, desrespeitando o princípio da reserva de lei. Na realidade, o Supremo Tribunal Federal, por diversas vezes, já se pronunciou no sentido de que os benefícios previdenciários devem regular-se pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão, de tal modo que - presente referido contexto de ordem temporal - não se revelava viável fazer incidir, como pretendido pela parte ora agravante, uma nova lei (como a Lei nº 9.032/95) sobre o cálculo “das prestações futuras relativas a benefício já concedido pelo INSS”, como corretamente advertiu, em seu douto voto, o eminente Relator do “leading case”. Esse entendimento – que emana, diretamente, do postulado constitucional da segurança jurídica - desautoriza, ainda que se trate de diploma legislativo de ordem pública, a projeção imediata de lei nova (como a Lei nº 9.032/95) sobre os efeitos futuros resultantes de causa a ela anterior, sob pena de se configurar situação caracterizadora de retroatividade mínima (MATOS PEIXOTO, “Limite Temporal da Lei”, “in” Revista dos Tribunais, vol. 173/459, 468; REYNALDO PORCHAT, “Curso Elementar de Direito Romano”, vol. I/338-339, item n. 528, 1937, Melhoramentos, v.g.), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 V o t o - M I N . C E L S O D E M E L L O RE 567.360-ED / MG 4 vedada pela cláusula inscrita no inciso XXXVI do art. 5º da Constituição da República, como o evidenciam decisões deste Tribunal proferidas a propósito da inaplicabilidade de lei nova a benefícios de caráter previdenciário que tenham sido anteriormente deferidos (RTJ 111/1373 – RTJ 119/895 - RTJ 135/792 – RTJ 182/809 – RTJ 184/1179- -1180, v.g.). Cabe fazer referência, neste ponto, à inaplicabilidade, ao caso, da Súmula 654/STF, cujo enunciado dispõe que “A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado”. Revela-se de todo impertinente a invocação, na espécie, desse enunciado sumular. É que os precedentes que motivaram a formulação da Súmula 654/STF versavam hipóteses em que o próprio diploma legislativo previa, de modo expresso, a aplicação retroativa de seus efeitos, de cuja incidência, no entanto, o Poder Público – que editara a lei – pretendia ver-se excluído, invocando, então, de maneira inadequada, o postulado da irretroatividade da lei. Daí a formulação sumular em referência, cujo sentido, por isso mesmo, deve ser extraído dos fundamentos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Supremo Tribunal Federal RE 567.360-ED / MG 4 vedada pela cláusula inscrita no inciso XXXVI do art. 5º da Constituição da República, como o evidenciam decisões deste Tribunal proferidas a propósito da inaplicabilidade de lei nova a benefícios de caráter previdenciário que tenham sido anteriormente deferidos (RTJ 111/1373 – RTJ 119/895 - RTJ 135/792 – RTJ 182/809 – RTJ 184/1179- -1180, v.g.). Cabe fazer referência, neste ponto, à inaplicabilidade, ao caso, da Súmula 654/STF, cujo enunciado dispõe que “A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado”. Revela-se de todo impertinente a invocação, na espécie, desse enunciado sumular. É que os precedentes que motivaram a formulação da Súmula 654/STF versavam hipóteses em que o próprio diploma legislativo previa, de modo expresso, a aplicação retroativa de seus efeitos, de cuja incidência, no entanto, o Poder Público – que editara a lei – pretendia ver-se excluído, invocando, então, de maneira inadequada, o postulado da irretroatividade da lei. Daí a formulação sumular em referência, cujo sentido, por isso mesmo, deve ser extraído dos fundamentos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 V o t o - M I N . C E L S O D E M E L L O RE 567.360-ED / MG 5 subjacentes aos precedentes jurisprudenciais de que a Súmula 654/STF se originou. O exame atento de tais precedentes evidencia que a situação neles referida simplesmente não ocorre na espécie, eis que a Lei nº 9.032/95 não veiculou qualquer cláusula autorizadora de sua aplicação retroativa, o que torna impertinente, portanto, a invocação da Súmula 654/STF. Cumpre assinalar, ainda, por necessário, que não se revela constitucionalmente possível, ao Poder Judiciário, sob fundamento de isonomia, estender, em sede jurisdicional, majoração de benefício previdenciário, quando inexistente, na lei (como sucede na espécie), a indicação da correspondente fonte de custeio total, sob pena de o Tribunal, se assim proceder, atuar na anômala condição de legislador positivo (RTJ 143/57 – RTJ 153/765 – RTJ 161/739-740 – RTJ 175/1137, v.g.), transgredindo, desse modo, o princípio da separação de poderes. É que a majoração de benefícios previdenciários, além de submetida ao postulado da contrapartida (CF, art. 195, § 5º), também depende, para efeito de sua veiculação, da observância do princípio da reserva de lei. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Supremo Tribunal Federal RE 567.360-ED / MG 5 subjacentes aos precedentes jurisprudenciais de que a Súmula 654/STF se originou. O exame atento de tais precedentes evidencia que a situação neles referida simplesmente não ocorre na espécie, eis que a Lei nº 9.032/95 não veiculou qualquer cláusula autorizadora de sua aplicação retroativa, o que torna impertinente, portanto, a invocação da Súmula 654/STF. Cumpre assinalar, ainda, por necessário, que não se revela constitucionalmente possível, ao Poder Judiciário, sob fundamento de isonomia, estender, em sede jurisdicional, majoração de benefício previdenciário, quando inexistente, na lei (como sucede na espécie), a indicação da correspondente fonte de custeio total, sob pena de o Tribunal, se assim proceder, atuar na anômala condição de legislador positivo (RTJ 143/57 – RTJ 153/765 – RTJ 161/739-740 – RTJ 175/1137, v.g.), transgredindo, desse modo, o princípio da separação de poderes. É que a majoração de benefícios previdenciários, além de submetida ao postulado da contrapartida (CF, art. 195, § 5º), também depende, para efeito de sua veiculação, da observância do princípio da reserva de lei. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 V o t o - M I N . C E L S O D E M E L L O RE 567.360-ED / MG 6 Essa orientação – que consagra a advertência de que o princípio constitucional da reserva de lei formal traduz limitação ao exercício da atividade jurisdicional do Estado (RTJ 184/1170-1172) - acha-se consubstanciada em inúmeros julgamentos proferidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal (RTJ 189/747 – RTJ 190/685-686 – RTJ 195/635, v.g.). Em suma: nenhum benefício previdenciário poderá ser estendido (tanto quanto instituído ou majorado) sem a correspondente indicação, na legislação pertinente, da fonte de custeio total (CF, art. 195, § 5º), a significar, portanto, que a nova legislação previdenciária somente deverá ser aplicada aos benefícios cujos requisitos hajam sido preenchidos, pelo interessado, sob a égide de mencionado diploma legislativo. Cabe observar, finalmente, que o entendimento exposto na decisão ora agravada – que nada mais reflete senão a orientação consagrada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal – encontra-se, agora, consubstanciado em acórdãos assim ementados: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. CONCESSÃO ANTERIOR À LEI N. 9.032/95. IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO. SÚMULA 359 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO PROVIDO. 1. Em matéria previdenciária, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a lei de regência é a vigente no tempo de concessão do benefício (‘tempus regit actum’). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Supremo Tribunal Federal RE 567.360-ED / MG 6 Essa orientação – que consagra a advertência de que o princípio constitucional da reserva de lei formal traduz limitação ao exercício da atividade jurisdicional do Estado (RTJ 184/1170-1172) - acha-se consubstanciada em inúmeros julgamentos proferidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal (RTJ 189/747 – RTJ 190/685-686 – RTJ 195/635, v.g.). Em suma: nenhum benefício previdenciário poderá ser estendido (tanto quanto instituído ou majorado) sem a correspondente indicação, na legislação pertinente, da fonte de custeio total (CF, art. 195, § 5º), a significar, portanto, que a nova legislação previdenciária somente deverá ser aplicada aos benefícios cujos requisitos hajam sido preenchidos, pelo interessado, sob a égide de mencionado diploma legislativo. Cabe observar, finalmente, que o entendimento exposto na decisão ora agravada – que nada mais reflete senão a orientação consagrada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal – encontra-se, agora, consubstanciado em acórdãos assim ementados: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. CONCESSÃO ANTERIOR À LEI N. 9.032/95. IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO. SÚMULA 359 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO PROVIDO. 1. Em matéria previdenciária, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a lei de regência é a vigente no tempo de concessão do benefício (‘tempus regit actum’). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 V o t o - M I N . C E L S O D E M E L L O RE 567.360-ED / MG 7 2. Lei nova (Lei n. 9.032/95 para os beneficiados antes do seu advento e Lei n. 8.213 para aqueles que obtiveram a concessão em data anterior a 1991), que não tenha fixado a retroatividade de seus efeitos para os casos anteriormente aperfeiçoados, submete-se à exigência normativa estabelecida no art. 195, § 5º, da Constituição: ‘Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total’.” (RE 420.532/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) “I. Benefício previdenciário: aposentadoria por invalidez concedida na vigência da redação original do art. 44 da L. 8.213/91, antes, portanto, da edição da L. 9.032/95: revisão indevida: aplicação à espécie, ‘mutatis mudandis’, da decisão plenária dos RREE 415.454 e 416.827, 8.2.2007, Gilmar Mendes. Ao julgar os RREE 415.454 e 416.827, Pleno, 8.2.2007, Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal decidiu que contraria a Constituição (art. 5º, XXXVI, e 195, § 5º), a decisão que defere a revisão para 100% do ‘salário de benefício’ das pensões por morte instituídas antes da vigência da L. 9.032/95, que alterou o art. 75 da L. 8.213/91, sob o qual ocorrera a morte do segurado. RE provido, conforme os precedentes, com ressalva do voto vencido do Relator deste. II. Ônus da sucumbência indevidos.” (RE 495.042/AL, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei) Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Supremo Tribunal Federal RE 567.360-ED / MG 7 2. Lei nova (Lei n. 9.032/95 para os beneficiados antes do seu advento e Lei n. 8.213 para aqueles que obtiveram a concessão em data anterior a 1991), que não tenha fixado a retroatividade de seus efeitos para os casos anteriormente aperfeiçoados, submete-se à exigência normativa estabelecida no art. 195, § 5º, da Constituição: ‘Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total’.” (RE 420.532/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) “I. Benefício previdenciário: aposentadoria por invalidez concedida na vigência da redação original do art. 44 da L. 8.213/91, antes, portanto, da edição da L. 9.032/95: revisão indevida: aplicação à espécie, ‘mutatis mudandis’, da decisão plenária dos RREE 415.454 e 416.827, 8.2.2007, Gilmar Mendes. Ao julgar os RREE 415.454 e 416.827, Pleno, 8.2.2007, Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal decidiu que contraria a Constituição (art. 5º, XXXVI, e 195, § 5º), a decisão que defere a revisão para 100% do ‘salário de benefício’ das pensões por morte instituídas antes da vigência da L. 9.032/95, que alterou o art. 75 da L. 8.213/91, sob o qual ocorrera a morte do segurado. RE provido, conforme os precedentes, com ressalva do voto vencido do Relator deste. II. Ônus da sucumbência indevidos.” (RE 495.042/AL, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei) Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em conseqüência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 387091 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 E x t r a t o d e A t a - 0 9 / 0 6 / 2 0 0 9 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.360-0 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) : JUREMA CARLI LAGROTTA ADV.(A/S) : ANDRE LUIS MACHADO MENDES EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) : RENATA GAMBOGI CARDOSO CAMPOS Decisão: A Turma, à unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.06.2009. Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Eros Grau. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Sandra Cureau. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 386027 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.360-0 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) : JUREMA CARLI LAGROTTA ADV.(A/S) : ANDRE LUIS MACHADO MENDES EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) : RENATA GAMBOGI CARDOSO CAMPOS Decisão: A Turma, à unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.06.2009. Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Eros Grau. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Sandra Cureau. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 386027 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=404777
2009-06-09T00:00:00
2009-08-07T00:00:00
A Turma, à unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.06.2009.
EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - REVISÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS - INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 9.032/95 A BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DE SUA VIGÊNCIA - AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO, NESSE DIPLOMA LEGISLATIVO, DE SUA APLICAÇÃO RETROATIVA - INEXISTÊNCIA, AINDA, NA LEI, DE CLÁUSULA INDICATIVA DA FONTE DE CUSTEIO TOTAL CORRESPONDENTE À MAJORAÇÃO DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO COMO LEGISLADOR POSITIVO - VEDAÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os benefícios previdenciários devem regular-se pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão. Incidência, nesse domínio, da regra "tempus regit actum", que indica o estatuto de regência ordinariamente aplicável em matéria de instituição e/ou de majoração de benefícios de caráter previdenciário. Precedentes. - A majoração de benefícios previdenciários, além de submetida ao postulado da contrapartida (CF, art. 195, § 5º), também depende, para efeito de sua legítima adequação ao texto da Constituição da República, da observância do princípio da reserva de lei formal, cuja incidência traduz limitação ao exercício da atividade jurisdicional do Estado. Precedentes. - Não se revela constitucionalmente possível, ao Poder Judiciário, sob fundamento de isonomia, estender, em sede jurisdicional, majoração de benefício previdenciário, quando inexistente, na lei, a indicação da correspondente fonte de custeio total, sob pena de o Tribunal, se assim proceder, atuar na anômala condição de legislador positivo, transgredindo, desse modo, o princípio da separação de poderes. Precedentes. - A Lei nº 9.032/95, por não veicular qualquer cláusula autorizadora de sua aplicação retroativa, torna impertinente a invocação da Súmula 654/STF.
sjur163366
- Acórdãos citados: Rcl 4395 ED, AI 243159 ED, AI 243832 ED, RE 415454, RE 416827, RE 420532, RE 495042; RTJ 111/1373, RTJ 119/895, RTJ 135/792, RTJ 143/57, RTJ 145/664, RTJ 153/765, RTJ 153/834, RTJ 161/739, RTJ 175/1137, RTJ 182/809, RTJ 184/1170, RTJ 184/1179, RTJ 189/747, RTJ 190/685, RTJ 195/635. Número de páginas: 10. Análise: 30/09/2009, IMC. Revisão: 16/10/2009, JBM.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
567360
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 ART-00195 PAR-00005 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-009032 ANO-1995\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000654 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-ED
acordaos
RE 567360 ED
[ "" ]
EMBTE.(S): JUREMA CARLI LAGROTTA ADV.(A/S): ANDRE LUIS MACHADO MENDES EMBDO.(A/S): INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S): RENATA GAMBOGI CARDOSO CAMPOS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "E 567. 360- ED / MG", "S", "úm", "ula 654 / STF", "R", "E 567. 360- ED / MG", "S", "úm", "ula 654 / STF", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 567. 360- 0", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 567. 360- 0", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "T", "J 145 / 664-", "R", "T", "J 153 / 834- A", "I 243. 159- ED / DF", "A", "I 243. 832- ED / MG", "R", "cl 4. 395- ED / SP", "R", "E 415. 454 / SC", "R", "E 416. 827 / SC", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "T", "J 145 / 664", "R", "T", "J 153 / 834", "A", "I 243. 159- ED / DF", "A", "I 243. 832- ED / MG", "R", "cl 4. 395- ED / SP", "R", "E 415. 454 / SC", "R", "E 416. 827 / SC", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "T", "J 111 / 1373", "R", "T", "J 119 / 895", "R", "T", "J 135 / 792", "R", "T", "J 182 / 809", "R", "T", "J 184 / 1179", "S", "úm", "ula 654 / STF", "S", "úm", "ula 654 / STF", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "T", "J 111 / 1373", "R", "T", "J 119 / 895", "R", "T", "J 135 / 792", "R", "T", "J 182 / 809", "R", "T", "J 184 / 1179", "-", "1180", "S", "úm", "ula 654 / STF", "S", "úm", "ula 654 / STF", "R", "E 567. 360- ED / MG", "S", "úm", "ula 654 / STF", "S", "úm", "ula 654 / STF", "R", "T", "J 143 / 57", "R", "T", "J 153 / 765", "R", "T", "J 161 / 739- 740", "R", "T", "J 175 / 1137", "R", "E 567. 360- ED / MG", "S", "úm", "ula 654 / STF", "S", "úm", "ula 654 / STF", "R", "T", "J 143 / 57", "R", "T", "J 153 / 765", "R", "T", "J 161 / 739- 740", "R", "T", "J 175 / 1137", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "T", "J 184 / 1170- 1172", "R", "T", "J 189 / 747", "R", "T", "J 190 / 685- 686", "R", "T", "J", "S", "Ú", "M", "UL", "A 359 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "-", "2", "2001", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "T", "J 184 / 1170- 1172", "R", "T", "J 189 / 747", "R", "T", "J 190 / 685", "R", "T", "J", "S", "Ú", "M", "UL", "A 359 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "E 420. 532 / SC", "R", "RE", "E 415. 454", "41", "6", ".", "82", "7", "R", "RE", "E 415. 454", "41", "6", ".", "82", "7", "R", "E 495. 042 / AL", "R", "E 567. 360- ED / MG", "R", "E 420. 532 / SC", "R", "RE", "E 415. 454", "41", "6", ".", "R", "RE", "E 415. 454", "41", "6", ".", "82", "7", "R", "E 495. 042 / AL", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 567. 360- 0", "E", "MB", ". DECL. NO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 567. 360- 0" ], "LEGISLACAO": [ "L", "EI [UNK] 9. 032 / 95", "C", "F, art. 195, § [UNK]", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 9. 032 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 9. 032 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 535 do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 535 do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "C", "F, art. 195, § [UNK]", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "C", "F, art. 195, § [UNK]", "MP n° 2. 200-", "2 / 2001", "Lei [UNK] 9. 032 / 95", "Lei [UNK] 9. 032 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 9. 032 / 95", "Lei [UNK] 9. 032 / 95", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "inc", "iso XXXVI do art. [UNK] da Constituição da República", "art. [UNK], XXXVI, da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "inc", "iso XXXVI do art. [UNK] da Constituição da República", "art. 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"EM", "A CARLI LAGROTTA", "AN", "DR", "E LUIS MACHADO MENDES", "R", "EN", "AT", "A GAMBOG", "I CARDOSO CAMPOS", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "N", "É", "RI DA SILVEIRA", "M", "OR", "EI", "RA ALVES", "CE", "Z", "AR PELUSO", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "CE", "LS", "O DE MELLO", "N", "É", "RI DA SILVEIRA", "M", "OR", "EI", "RA ALVES", "CE", "Z", "AR PELUSO", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "MA", "TO", "S PEIXOTO", "R", "E", "Y", "NA", "L", "DO PORCHAT", "MA", "TO", "S PEIXOTO,", "R", "E", "Y", "NA", "L", "DO PORCHAT", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Gil", "mar Mendes", "Gil", "mar Mendes", "SE", "P", "Ú", "L", "V", "ED", "A PERTENCE", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Gil", "mar Mendes", "Gil", "mar Mendes", "SE", "P", "Ú", "L", "V", "ED", "A PERTENCE", "CE", "LS", "O DE MELLO", "J", "UR", "EM", "A CARLI LAGROTTA", "AN", "DR", "E LUIS MACHADO MENDES EMBDO", "R", "EN", "AT", "A GAMBOGI CARDOSO CAMPOS", "Joaquim Barbosa", "Ellen Gracie", "Celso de Mello", "Ce", "zar Peluso", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Sandra Cureau", "Carlos Alberto Cantanhede", "CE", "LS", "O DE MELLO", "J", "UR", "EM", "A CARLI LAGROTTA", "AN", "DR", "E LUIS MACHADO MENDES", "R", "EN", "AT", "A GAMBOGI CARDOSO CAMPOS", "Joaquim Barbosa", "Ellen Gracie", "Celso de Mello", "Ce", "zar Peluso", "Joaquim Barbosa", "Er", "os Grau", "Sandra Cureau", "Carlos Alberto Cantanhede" ], "TEMPO": [ "09", "/", "06", "/", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "07", "/", "08", "/", "2009", "09 de junho de 2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "09 de junho de 2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "06", "/", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "06", "/", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", 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Ementa e Acórdão 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.275 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA IMPTE.(S) :ANDERSON SILVA PAIVA PACTE.(S) :BRUNO FERREIRA GONÇALES COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 178787 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. DECISÃO DE INDEFERIMENTO DE LIMINAR. NÃO CONHECIMENTO DO WRIT PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SÚMULA 691. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. 1. Ao negar seguimento ao habeas corpus impetrado contra decisão de indeferimento de liminar, o tribunal de origem aplicou jurisprudência pacífica do STF, no sentido de que a superação da súmula 691 somente é possível quando demonstrada a existência de constrangimento flagrante contra a liberdade do paciente. 2. Habeas corpus não conhecido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não conhecer do pedido de habeas corpus, nos termos do voto do relator. Brasília, 14 de setembro de 2010. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718879. Supremo Tribunal Federal DJe 01/10/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Ementa e Acórdão HC 105.275 / SP JOAQUIM BARBOSA - Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718879. Supremo Tribunal Federal HC 105.275 / SP JOAQUIM BARBOSA - Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718879. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.275 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA IMPTE.(S) :ANDERSON SILVA PAIVA PACTE.(S) :BRUNO FERREIRA GONÇALES COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 178787 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de BRUNO FERREIRA GONÇALVES, contra decisão do STJ que negou seguimento ao HC 178.787. O impetrante alega que a prisão preventiva do paciente é ilegal, pois estaria baseada, apenas, na gravidade abstrata do crime a ele imputado – latrocínio. A decisão do STJ, aqui impugnada, tem o seguinte teor: “O Superior Tribunal de Justiça tem compreensão assentada no sentido de não caber habeas corpus contra decisão que denega liminar, a não ser que reste demonstrada flagrante ilegalidade, o que não se pode aferir na hipótese, pois não se juntou o inteiro teor da decisão atacada.” É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718881. Supremo Tribunal Federal 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.275 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA IMPTE.(S) :ANDERSON SILVA PAIVA PACTE.(S) :BRUNO FERREIRA GONÇALES COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 178787 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de BRUNO FERREIRA GONÇALVES, contra decisão do STJ que negou seguimento ao HC 178.787. O impetrante alega que a prisão preventiva do paciente é ilegal, pois estaria baseada, apenas, na gravidade abstrata do crime a ele imputado – latrocínio. A decisão do STJ, aqui impugnada, tem o seguinte teor: “O Superior Tribunal de Justiça tem compreensão assentada no sentido de não caber habeas corpus contra decisão que denega liminar, a não ser que reste demonstrada flagrante ilegalidade, o que não se pode aferir na hipótese, pois não se juntou o inteiro teor da decisão atacada.” É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718881. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.275 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Senhor Presidente, o presente habeas corpus não pode ser conhecido. Com efeito, a decisão impugnada aplicou entendimento sumulado deste Supremo Tribunal Federal, conforme enunciado na Súmula 691. No caso, o impetrante não juntou aos autos de origem o inteiro teor da decisão impugnada, o que é essencial para que se analise a existência ou não de flagrante constrangimento contra a liberdade do paciente, a autorizar a superação da referida Súmula. Assim, por ser manifestamente contrário à nossa jurisprudência, não conheço do writ. É como voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718882. Supremo Tribunal Federal 14/09/2010 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 105.275 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Senhor Presidente, o presente habeas corpus não pode ser conhecido. Com efeito, a decisão impugnada aplicou entendimento sumulado deste Supremo Tribunal Federal, conforme enunciado na Súmula 691. No caso, o impetrante não juntou aos autos de origem o inteiro teor da decisão impugnada, o que é essencial para que se analise a existência ou não de flagrante constrangimento contra a liberdade do paciente, a autorizar a superação da referida Súmula. Assim, por ser manifestamente contrário à nossa jurisprudência, não conheço do writ. É como voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 718882. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.275 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA IMPTE.(S) : ANDERSON SILVA PAIVA PACTE.(S) : BRUNO FERREIRA GONÇALES COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 178787 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Não conhecido o habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 14.09.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 718120 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.275 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA IMPTE.(S) : ANDERSON SILVA PAIVA PACTE.(S) : BRUNO FERREIRA GONÇALES COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 178787 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Não conhecido o habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 14.09.2010. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Ellen Gracie, Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. Carlos Alberto Cantanhede Coordenador Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 718120 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=726252
2010-09-14T00:00:00
2010-10-01T00:00:00
Não conhecido o habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 14.09.2010.
HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. DECISÃO DE INDEFERIMENTO DE LIMINAR. NÃO CONHECIMENTO DO WRIT PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SÚMULA 691. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. 1. Ao negar seguimento ao habeas corpus impetrado contra decisão de indeferimento de liminar, o tribunal de origem aplicou jurisprudência pacífica do STF, no sentido de que a superação da súmula 691 somente é possível quando demonstrada a existência de constrangimento flagrante contra a liberdade do paciente. 2. Habeas corpus não conhecido.
sjur182858
Número de páginas: 5. Análise: 08/10/2010, ACG. Revisão: 13/10/2010, KBP.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
105275
[ "LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
HC
acordaos
HC 105275
[ "" ]
IMPTE.(S) : ANDERSON SILVA PAIVA PACTE.(S) : BRUNO FERREIRA GONÇALES COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 178787 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 275", "H", "C 178787 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "S", "Ú", "M", "UL", "A 691", "H", "C 105. 275 / SP", "H", "C 105. 275 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 275", "H", "C 178787", "H", "C 178. 787", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 275 SÃO PAULO", "H", "C 178787", "H", "C 178. 787", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 275", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 275", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 275", "H", "C 178787 DO SUPERIOR T", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 105. 275", "H", "C 178787" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PR", "EM", "O TRIBUNAL FEDERAL", "ST", "F", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "ST", "J", "ST", "J", "Superior Tribunal de", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "ST", "J", "ST", "J", "Superior Tribunal de Justiça", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "U", "PE", "RI", "OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "AN", "DE", "RS", "ON SILVA PAIVA PACT", "BR", "UN", "O FERREIRA GONÇALES COATOR", "Gil", "mar Mendes", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "AN", "DE", "RS", "ON SILVA PAIVA", "BR", "UN", "O FERREIRA GONÇALES COATOR", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "BR", "UN", "O FERREIRA GONÇALVES", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "AN", "DE", "RS", "ON SILVA PAIVA", "BR", "UN", "O FERREIRA GONÇALES COAT", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "BR", "UN", "O FERREIRA GONÇALVES", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "AN", "DE", "RS", "ON SILVA PAIVA", "BR", "UN", "O FERREIRA GONÇALES COAT", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ellen Gracie", "Ay", "res Britto", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Mário José Gisi", "Carlos Alberto Cantanhede", "J", "O", "A", "Q", "U", "IM BARBOSA", "AN", "DE", "RS", "ON SILVA PAIVA", "BR", "UN", "O FERREIRA GONÇALES COAT", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ellen Gracie", "Ay", "res Britto", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Mário José Gisi", "Carlos Alberto Cantanhede" ], "TEMPO": [ "14", "/", "09", "/", "2010", "14 de setembro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "09", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "09", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "09", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 14/10/2010 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.620 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MARIA CLARA GOMES ZUMA ADV.(A/S) :SHIRLEI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX EMENTA Processual civil – Agravo regimental – Cautelar – Destrancamento de recurso extraordinário - Artigo 542, § 3º, CPC – Impossibilidade – Agravo interno não provido. 1 - A norma do no art. 542, § 3º, CPC, tem por finalidade jurídico- política impedir a superposição de juízos de delibação e de mérito em órgão jurisdicional de cúpula quando o processo não se encontra maduro na origem. Sua flexibilização, por conseguinte, além de excepcional, deve ser demonstrada pelo requerente, sob pena de se fragilizar a própria essência da figura jurídica criada pelas Reformas Processuais. 2 - O recurso extraordinário interposto contra decisão interlocutória não terminativa ficará retido nos autos, somente sendo processado se a parte o reiterar no prazo para a interposição do recurso contra decisão final. Não há situação de caráter excepcional no caso, quando o objetivo da agravante é rever decisão que indeferiu a realização de prova pericial na origem, considerada complexa pelo juízo competente, o que se mostra claramente ofensivo à Súmula STF 279. 3 - Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, sob a presidência do Sr. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 847207. Supremo Tribunal Federal DJe 01/12/2010 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão AC 2.620 AGR / RJ Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não prover o recurso de agravo, nos termos do voto do relator. Brasília, 14 de outubro de 2010. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 847207. Supremo Tribunal Federal AC 2.620 AGR / RJ Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não prover o recurso de agravo, nos termos do voto do relator. Brasília, 14 de outubro de 2010. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 847207. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 14/10/2010 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.620 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MARIA CLARA GOMES ZUMA ADV.(A/S) :SHIRLEI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Cuida-se de agravo regimental na ação cautelar de Maria Clara Gomes Zuma em face de Sérgio Octávio Félix, com o objetivo de submeter ao controle colegiado a decisão monocrática, de minha lavra, que negou seguimento à ação. A fim de uma melhor compreensão da demanda, reproduzo o relatório da decisão agravada: “Cuida-se de medida cautelar, com pedido de liminar, de MARIA CLARA GOMES ZUMA em face de SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX, com o objetivo de destrancar recurso extraordinário ajuizado contra acórdão do egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a requerente, o Desembargador Terceiro Vice- Presidente do e. TJRJ 'determinou a retenção do Recurso Especial e do Recurso Extraordinário'. Entende a requerente que houve cerceamento ao direito de defesa e ao contraditório. Ao final, descreve várias situações de ordem fática, ligadas à causa na origem. A título de periculum in mora, requisito justificador da liminar, a requerente informa que 'o processo principal encontra-se com Audiência de instrução e julgamento já designada, e, na hipótese de provimento da presente Medida Cautelar, eventual sentença a ser proferida, inevitavelmente estará maculada com a pecha de nulidade, decorrente da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837384. Supremo Tribunal Federal 14/10/2010 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.620 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MARIA CLARA GOMES ZUMA ADV.(A/S) :SHIRLEI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Cuida-se de agravo regimental na ação cautelar de Maria Clara Gomes Zuma em face de Sérgio Octávio Félix, com o objetivo de submeter ao controle colegiado a decisão monocrática, de minha lavra, que negou seguimento à ação. A fim de uma melhor compreensão da demanda, reproduzo o relatório da decisão agravada: “Cuida-se de medida cautelar, com pedido de liminar, de MARIA CLARA GOMES ZUMA em face de SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX, com o objetivo de destrancar recurso extraordinário ajuizado contra acórdão do egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a requerente, o Desembargador Terceiro Vice- Presidente do e. TJRJ 'determinou a retenção do Recurso Especial e do Recurso Extraordinário'. Entende a requerente que houve cerceamento ao direito de defesa e ao contraditório. Ao final, descreve várias situações de ordem fática, ligadas à causa na origem. A título de periculum in mora, requisito justificador da liminar, a requerente informa que 'o processo principal encontra-se com Audiência de instrução e julgamento já designada, e, na hipótese de provimento da presente Medida Cautelar, eventual sentença a ser proferida, inevitavelmente estará maculada com a pecha de nulidade, decorrente da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório AC 2.620 AGR / RJ inversão da ordem de produção das provas, eis que nesta hipótese a prova testemunhal seria colhida antes da prova pericial'. Pede-se a procedência da cautelar para que se determine o processamento do juízo de admissibilidade do recurso especial e do recurso extraordinário. Juntados documentos eletrônicos. É o relatório.” A agravante aforou recurso de embargos declaratórios, os quais, ante seu manifesto não cabimento, foram convertidos em recurso interno, por força de despacho, que levou em conta o princípio da fungibilidade. As razões do recurso podem ser assim resumidas: a) a decisão desconsiderou a Súmula STJ nº 98 e as Súmulas STF nºs 282 e 356, além de os artigos 102, inciso III, e 105, inciso III, CF/1988; b) não poderia a decisão agravada omitir-se quanto ao exame do fundamento do “indeferimento da prova pericial complexa, consistente na realização da reconstituição simulada dos fatos, incompatível com a brevidade do Procedimento Sumário sem a qual o ora Contestante estará impedido de comprovar a impossibilidade de ocorrência dos fatos conforme narrados na Inicial desta Ação, bem como comprovar a tese defendida na Reconvenção e/ou nos Pedidos Contrapostos”; c) a decisão é ofensiva aos princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal, além de a diversos direitos fundamentais previstos na Constituição de 1988 e em tratados internacionais. Sem contrarrazões, a despeito da regularidade da intimação. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837384. Supremo Tribunal Federal AC 2.620 AGR / RJ inversão da ordem de produção das provas, eis que nesta hipótese a prova testemunhal seria colhida antes da prova pericial'. Pede-se a procedência da cautelar para que se determine o processamento do juízo de admissibilidade do recurso especial e do recurso extraordinário. Juntados documentos eletrônicos. É o relatório.” A agravante aforou recurso de embargos declaratórios, os quais, ante seu manifesto não cabimento, foram convertidos em recurso interno, por força de despacho, que levou em conta o princípio da fungibilidade. As razões do recurso podem ser assim resumidas: a) a decisão desconsiderou a Súmula STJ nº 98 e as Súmulas STF nºs 282 e 356, além de os artigos 102, inciso III, e 105, inciso III, CF/1988; b) não poderia a decisão agravada omitir-se quanto ao exame do fundamento do “indeferimento da prova pericial complexa, consistente na realização da reconstituição simulada dos fatos, incompatível com a brevidade do Procedimento Sumário sem a qual o ora Contestante estará impedido de comprovar a impossibilidade de ocorrência dos fatos conforme narrados na Inicial desta Ação, bem como comprovar a tese defendida na Reconvenção e/ou nos Pedidos Contrapostos”; c) a decisão é ofensiva aos princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal, além de a diversos direitos fundamentais previstos na Constituição de 1988 e em tratados internacionais. Sem contrarrazões, a despeito da regularidade da intimação. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 14/10/2010 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.620 RIO DE JANEIRO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Mantenho a decisão agravada por seus próprios fundamentos, os quais seguem abaixo resenhados: a) A norma do art. 542, § 3º, CPC, tem por finalidade jurídico-política impedir a superposição de juízos de delibação e de mérito em órgão jurisdicional de cúpula quando o processo não se encontra maduro na origem. Sua flexibilização, por conseguinte, além de excepcional, deve ser robustamente demonstrada pelo requerente, sob pena de se fragilizar a própria essência da figura jurídica criada pelas Reformas Processuais. b) Na espécie, não se mostram convincentes os argumentos mencionados na vestibular e reiterados no agravo interno. Não houve ao menos o cuidado em demonstrar a ocorrência do periculum in mora. Ademais, o mero exame de pressupostos de uma liminar ultrapassa o óbice da Súmula STF 279. A jurisprudência do STF é uníssona nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CAUTELAR. DESTRANCAMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO RETIDO (ART. 542, § 3º, DO CPC). AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO EXCEPCIONAL E DE PLAUSIBILIDADE DA TESE JURÍDICA SUBJACENTE QUE PERMITAM O IMEDIATO PROCESSAMENTO DO RECURSO. PROVIMENTO LIMINAR. DESCABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA 735. AGRAVO IMPROVIDO. 1. O recurso extraordinário interposto contra decisão interlocutória não terminativa ficará retido nos autos, somente sendo processado se a parte o reiterar no prazo para a interposição do recurso contra decisão final. Precedentes: (AI nº 241.860/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 15.10.99; AI nº 467.603/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 8.4.05; AI 492.751/SP-AgR, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837383. Supremo Tribunal Federal 14/10/2010 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.620 RIO DE JANEIRO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Mantenho a decisão agravada por seus próprios fundamentos, os quais seguem abaixo resenhados: a) A norma do art. 542, § 3º, CPC, tem por finalidade jurídico-política impedir a superposição de juízos de delibação e de mérito em órgão jurisdicional de cúpula quando o processo não se encontra maduro na origem. Sua flexibilização, por conseguinte, além de excepcional, deve ser robustamente demonstrada pelo requerente, sob pena de se fragilizar a própria essência da figura jurídica criada pelas Reformas Processuais. b) Na espécie, não se mostram convincentes os argumentos mencionados na vestibular e reiterados no agravo interno. Não houve ao menos o cuidado em demonstrar a ocorrência do periculum in mora. Ademais, o mero exame de pressupostos de uma liminar ultrapassa o óbice da Súmula STF 279. A jurisprudência do STF é uníssona nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CAUTELAR. DESTRANCAMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO RETIDO (ART. 542, § 3º, DO CPC). AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO EXCEPCIONAL E DE PLAUSIBILIDADE DA TESE JURÍDICA SUBJACENTE QUE PERMITAM O IMEDIATO PROCESSAMENTO DO RECURSO. PROVIMENTO LIMINAR. DESCABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA 735. AGRAVO IMPROVIDO. 1. O recurso extraordinário interposto contra decisão interlocutória não terminativa ficará retido nos autos, somente sendo processado se a parte o reiterar no prazo para a interposição do recurso contra decisão final. Precedentes: (AI nº 241.860/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 15.10.99; AI nº 467.603/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 8.4.05; AI 492.751/SP-AgR, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837383. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AC 2.620 AGR / RJ Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 7.4.06). 2. O pedido de efeito suspensivo a recurso extraordinário consubstancia mero incidente nesse recurso, sujeitando-se às normas do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e não às do Código de Processo Civil (arts. 798 e ss.). A plausibilidade da tese jurídica defendida no recurso é um dos requisitos para que se lhe atribua esse efeito, que ordinariamente não possui. 3. Não cabe recurso extraordinário contra decisão que concede ou indefere provimento liminar (Súmula n. 735 do STF). Agravo regimental a que se nega provimento” (AC nº 833/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 9/5/08). “RECURSO. Extraordinário. Decisão Interlocutória. Admissibilidade. Retenção. Descabimento. Art. 542, § 3º, do CPC. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a destrancar recurso extraordinário contra decisão interlocutória que não causar prejuízo irremediável ao recorrente” (AI nº 492.751/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 7/4/06). c) A cautelar revelava claro propósito de reexaminar fatos e provas, o que é alcançado pela Súmula STF nº 279. As alegações relativas à violação de direitos fundamentais e normas contidas em tratados internacionais são absolutamente desconexas e incompatíveis com a espécie. O objetivo da agravante é, de modo singelo, obrigar o STF a examinar os pressupostos de uma decisão monocrática de primeiro grau que indeferiu a realização de prova pericial complexa por considerá-la inviável no procedimento sumário. Trata-se de objetivo incompatível com a natureza e a função da cautelar, bem assim com a jurisdição exercida nesta Suprema Corte. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837383. Supremo Tribunal Federal AC 2.620 AGR / RJ Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 7.4.06). 2. O pedido de efeito suspensivo a recurso extraordinário consubstancia mero incidente nesse recurso, sujeitando-se às normas do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e não às do Código de Processo Civil (arts. 798 e ss.). A plausibilidade da tese jurídica defendida no recurso é um dos requisitos para que se lhe atribua esse efeito, que ordinariamente não possui. 3. Não cabe recurso extraordinário contra decisão que concede ou indefere provimento liminar (Súmula n. 735 do STF). Agravo regimental a que se nega provimento” (AC nº 833/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 9/5/08). “RECURSO. Extraordinário. Decisão Interlocutória. Admissibilidade. Retenção. Descabimento. Art. 542, § 3º, do CPC. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a destrancar recurso extraordinário contra decisão interlocutória que não causar prejuízo irremediável ao recorrente” (AI nº 492.751/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 7/4/06). c) A cautelar revelava claro propósito de reexaminar fatos e provas, o que é alcançado pela Súmula STF nº 279. As alegações relativas à violação de direitos fundamentais e normas contidas em tratados internacionais são absolutamente desconexas e incompatíveis com a espécie. O objetivo da agravante é, de modo singelo, obrigar o STF a examinar os pressupostos de uma decisão monocrática de primeiro grau que indeferiu a realização de prova pericial complexa por considerá-la inviável no procedimento sumário. Trata-se de objetivo incompatível com a natureza e a função da cautelar, bem assim com a jurisdição exercida nesta Suprema Corte. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 837383. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.620 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MARIA CLARA GOMES ZUMA ADV.(A/S) : SHIRLEI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, desproveu o recurso de agravo. Votou o Presidente. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Presidente), em representação junto ao Conselho Constitucional, Conselho de Estado, ao Secretário de Estado para a Justiça e à Escola Nacional de Administração – ENA, da França, e à Comissão Européia para Democracia através do Direito (Comissão de Veneza), para participação na 84ª Sessão Plenária e preparação do Segundo Congresso da Conferência Internacional sobre Justiça Constitucional, a Senhora Ministra Ellen Gracie, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Ayres Britto (Vice-Presidente). Plenário, 14.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto (Vice-Presidente). Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 849051 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.620 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MARIA CLARA GOMES ZUMA ADV.(A/S) : SHIRLEI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, desproveu o recurso de agravo. Votou o Presidente. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Presidente), em representação junto ao Conselho Constitucional, Conselho de Estado, ao Secretário de Estado para a Justiça e à Escola Nacional de Administração – ENA, da França, e à Comissão Européia para Democracia através do Direito (Comissão de Veneza), para participação na 84ª Sessão Plenária e preparação do Segundo Congresso da Conferência Internacional sobre Justiça Constitucional, a Senhora Ministra Ellen Gracie, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Ayres Britto (Vice-Presidente). Plenário, 14.10.2010. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto (Vice-Presidente). Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 849051 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=856315
2010-10-14T00:00:00
2010-12-01T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, desproveu o recurso de agravo. Votou o Presidente. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Presidente), em representação junto ao Conselho Constitucional, Conselho de Estado, ao Secretário de Estado para a Justiça e à Escola Nacional de Administração – ENA, da França, e à Comissão Européia para Democracia através do Direito (Comissão de Veneza), para participação na 84ª Sessão Plenária e preparação do Segundo Congresso da Conferência Internacional sobre Justiça Constitucional, a Senhora Ministra Ellen Gracie, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Ayres Britto (Vice-Presidente). Plenário, 14.10.2010.
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR
EMENTA Processual civil – Agravo regimental – Cautelar – Destrancamento de recurso extraordinário - Artigo 542, § 3º, CPC – Impossibilidade – Agravo interno não provido. 1 - A norma do no art. 542, § 3º, CPC, tem por finalidade jurídico-política impedir a superposição de juízos de delibação e de mérito em órgão jurisdicional de cúpula quando o processo não se encontra maduro na origem. Sua flexibilização, por conseguinte, além de excepcional, deve ser demonstrada pelo requerente, sob pena de se fragilizar a própria essência da figura jurídica criada pelas Reformas Processuais. 2 - O recurso extraordinário interposto contra decisão interlocutória não terminativa ficará retido nos autos, somente sendo processado se a parte o reiterar no prazo para a interposição do recurso contra decisão final. Não há situação de caráter excepcional no caso, quando o objetivo da agravante é rever decisão que indeferiu a realização de prova pericial na origem, considerada complexa pelo juízo competente, o que se mostra claramente ofensivo à Súmula STF 279. 3 - Agravo regimental não provido.
sjur185513
- Acórdãos citados: AC 833 AgR, AI 492751 AgR. Número de páginas: 7. Análise: 03/12/2010, SOF. Revisão: 17/12/2010, ACG.
DIAS TOFFOLI
Tribunal Pleno
2620
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00542 PAR-00003 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AC-AgR
acordaos
AC 2620 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MARIA CLARA GOMES ZUMA ADV.(A/S) : SHIRLEI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : SÉRGIO OCTÁVIO FÉLIX
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 620", "S", "úm", "ula STF 279", "AC 2. 620 AGR / RJ", "AC 2. 620 AGR / RJ", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 620", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 620", "AC 2. 620 AGR / RJ", "S", "úm", "ula STJ [UNK] 98", "S", "úm", "ulas STF [UNK] 282 e 356", "AC 2. 620 AGR /", "RJ", "S", "úm", "ula STJ [UNK] 98", "S", "úm", "ulas STF [UNK] 282 e 356", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2", "S", "úm", "ula STF 279", "S", "Ú", "M", "UL", "A", "I [UNK] 241. 860 / SP- AgR", "A", "I [UNK] 467. 603 / MG- AgR", "A", "I 492. 751 / SP- AgR", "G", "N", "A", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 620", "S", "úm", "ula STF 279", "S", "Ú", "M", "A", "I [UNK] 241. 860 / SP- AgR", "A", "I [UNK] 467. 603 / MG- AgR", "A", "I 492. 751 / SP- AgR", "AC 2. 620 AGR / RJ", "S", "úm", "ula n. 735 do STF", "AC [UNK] 833 / SP- AgR", "A", "I [UNK] 492. 751", "/", "SP", "-", "Ag", "R", "S", "úm", "ula STF [UNK] 279", "AC 2. 620 AGR / RJ", "S", "úm", "ula n. 735 do STF", "AC [UNK] 833 / SP- AgR", "A", "I [UNK] 492. 751 / SP- AgR", "S", "úm", "ula STF [UNK] 279", "R", "G", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 620", "A", "Ç", "ÃO CAUTELAR 2. 620" ], "LEGISLACAO": [ "Art", "igo 542, § [UNK], CPC", "art. 542, § [UNK], CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos 102, inciso III, e 105, inciso III, CF / 1988", "Constituição de 1988", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos 102, inciso III, e 105, inciso III, CF / 1988", "Constituição de 1988", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 542, § [UNK], CPC", "AR", "T. 542, § [UNK], DO CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 542, § [UNK], CPC", "AR", "T. 542, § [UNK], DO CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Código de Processo Civil ( arts. 798 e ss.", "Art. 542, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Art. 542, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO DE JANEIRO", "Brasília", "Brasília", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro", "T", "J", "RJ", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro", "T", "J", "RJ", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "ST", "F", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "ST", "F", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "ST", "F", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "ST", "F", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "U", "Conselho Constitucional", "Escola Nacional de Administração", "E", "NA", "França", "Comissão Européia para Democracia através do Direito", "Comissão de Veneza", "Ple", "nário", "-", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "Conselho Constitucional", "Conselho", "Escola Nacional de Administração", "E", "NA", "França", "Comissão Européia para Democracia através do Direito", "Comissão de Veneza", "Segundo Congresso da Conferência Internacional sobre Justiça Constitucional", "Ple", "nário", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "D", "IA", "S TOFFOLI", "MA", "RI", "A CLARA GOMES ZUMA", "S", "H", "IR", "L", "EI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS", "S", "É", "R", "G", "IO OCTÁVIO FÉLIX", "Ay", "res Britto", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Ay", "res Britto", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "MA", "RI", "A CLARA GOMES ZUMA", "S", "H", "IR", "L", "EI DENISE NOGUEIRA RANG", "EL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS", "S", "É", "R", "G", "IO OCTÁVIO FÉLIX", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Maria Clara Gomes Zuma", "Sérgio Octávio Félix", "MA", "RI", "A CLARA GOMES ZUMA", "S", "É", "R", "G", "IO OCTÁVIO FÉLIX", "D", "IA", "S TOFFOLI", "MA", "RI", "A CLA", "RA GOMES ZUMA", "S", "H", "IR", "L", "EI DENISE NOGUEIRA RANGEL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS", "S", "É", "R", "G", "IO OCTÁVIO FÉLIX", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Maria Clara Gomes Zuma", "Sérgio Octávio Félix", "MA", "RI", "A CLARA GOMES ZUMA", "S", "É", "R", "G", "IO OCTÁVIO FÉLIX", "D", "IA", "S TOFFOLI", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Marco Aurélio", "Carlos Velloso", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Marco Aurélio", "Carlos Velloso", "D", "IA", "S TOFFOLI", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "Ce", "zar Peluso", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "Ce", "zar Peluso", "D", "IA", "S TOFFOLI", "MA", "RI", "A CLARA GOMES ZUMA", "S", "H", "IR", "L", "EI DENISE NOG", "S", "É", "R", "G", "IO OCTÁVIO FÉLIX", "Ce", "zar Peluso", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Roberto Monteiro Gurgel Santos", "Luiz Tomimatsu", "D", "IA", "S TOFFOLI", "MA", "RI", "A CLARA GOMES ZUMA", "S", "H", "IR", "L", "EI DENISE NOGUEIRA RANG", "EL DE AZEREDO COUTINHO DOS SANTOS", "S", "É", "R", "G", "IO OCTÁVIO FÉLIX", "Ce", "zar Peluso", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Gil", "mar Mendes", "Ay", "res Britto", "Ay", "res Britto", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Roberto Monteiro Gurgel Santos", "Luiz Tomimatsu" ], "TEMPO": [ "14", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", "/", "12", "/", "2010", "14 de outubro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14 de outubro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "10", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 744 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :SÉRGIO JOSÉ OLIVAN ADV.(A/S) :SÉRGIO JOSÉ OLIVAN AGDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. DIREITO DE SER PROCESSADO PELA AUTORIDADE COMPETENTE. ART. 5º, LIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR ACERCA DE NULIDADE DECORRENTE DA INOBSERVÂNCIA DE PREVENÇÃO. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. O mandado de injunção, nos termos do art. 5º, LXXI, da Lei Fundamental, reclama a demonstração de que a falta de norma regulamentadora torna inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 2. In casu, “O impetrante procura demonstrar, do que se pode depreender da inicial, a ausência de preceito, no corpo do regimento interno desta Corte, que discipline a nulidade dos feitos quando não observada a prevenção”. 3. A jurisprudência desta Corte é remansosa no sentido do descabimento do mandado de injunção para fins de questionamento da disciplina legal vigente. Precedentes. 4. Agravo Regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos este autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos e nos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203861. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão MI 744 AGR / DF termos do voto Relator, em negar provimento ao agravo regimental. Brasília, 18 de dezembro de 2013. Ministro LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203861. Supremo Tribunal Federal MI 744 AGR / DF termos do voto Relator, em negar provimento ao agravo regimental. Brasília, 18 de dezembro de 2013. Ministro LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203861. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 744 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :SÉRGIO JOSÉ OLIVAN ADV.(A/S) :SÉRGIO JOSÉ OLIVAN AGDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto de decisão proferida pelo Ministro Eros Grau, então relator, que negou seguimento ao mandado de injunção sob o fundamento de que o impetrante não logrou demonstrar a existência de lacuna legislativa. O ora agravante sustenta, em síntese, que a ausência de norma regulamentadora especificamente no que diz respeito à decretação de nulidade do feito por inobservância da prevenção inviabiliza o exercício do seu direito constitucional de ser julgado pela autoridade competente. Pede, ao final, a reconsideração da decisão agravada para que “possa receber do Poder Judiciário a providência jurisdicional justa e efetiva no recurso extraordinário nº 259.336-2” (fl. 39). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203862. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 744 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :SÉRGIO JOSÉ OLIVAN ADV.(A/S) :SÉRGIO JOSÉ OLIVAN AGDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto de decisão proferida pelo Ministro Eros Grau, então relator, que negou seguimento ao mandado de injunção sob o fundamento de que o impetrante não logrou demonstrar a existência de lacuna legislativa. O ora agravante sustenta, em síntese, que a ausência de norma regulamentadora especificamente no que diz respeito à decretação de nulidade do feito por inobservância da prevenção inviabiliza o exercício do seu direito constitucional de ser julgado pela autoridade competente. Pede, ao final, a reconsideração da decisão agravada para que “possa receber do Poder Judiciário a providência jurisdicional justa e efetiva no recurso extraordinário nº 259.336-2” (fl. 39). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203862. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 744 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Estes os fundamentos da decisão ora agravada: DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção impetrado por Sérgio José Olivan contra a Presidente do Supremo Tribunal Federal. 2. Alega a omissão da autoridade impetrada "por falta de norma regulamentadora 'interna corporis' que torne viável o exercício constitucional de seu direito previsto no art. 5º, LIII, da Constituição Federal de 1988" [fl. 2]. 3. Informa que, em abril de 1994, impetrou mandado de segurança contra ato do Presidente do Conselho da Justiça Federal em São Paulo. 4. O writ foi indeferido liminarmente, decisão confirmada por acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região - TRF. Foi interposto recurso ordinário ao Superior Tribunal de Justiça - STJ, a que foi negado provimento. 5. Foi interposto recurso extraordinário, julgado deserto por ausência de recolhimento de custas processuais. Contra essa decisão, foi impetrado mandado de segurança contra ato do Vice-Presidente do STJ, a fim de obter os benefícios da justiça gratuita, isentando de preparo o recurso extraordinário. 6. Paralelamente, foi proposta reclamação perante o Supremo Tribunal Federal – STF, distribuída ao Ministro CELSO DE MELLO. Nessa medida judicial, o ora impetrante alegou violação de competência desta Corte, eis que a decisão que julgou deserto o extraordinário impediu a subida dos autos, declarando de imediato o seu trânsito em julgado. 7. O Ministro CELSO DE MELLO deferiu o benefício da justiça gratuita. Os autos do recurso extraordinário foram remetidos a esta Corte e distribuídos ao Ministro MARCO AURÉLIO [RE n. 259.336]. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 744 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Estes os fundamentos da decisão ora agravada: DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção impetrado por Sérgio José Olivan contra a Presidente do Supremo Tribunal Federal. 2. Alega a omissão da autoridade impetrada "por falta de norma regulamentadora 'interna corporis' que torne viável o exercício constitucional de seu direito previsto no art. 5º, LIII, da Constituição Federal de 1988" [fl. 2]. 3. Informa que, em abril de 1994, impetrou mandado de segurança contra ato do Presidente do Conselho da Justiça Federal em São Paulo. 4. O writ foi indeferido liminarmente, decisão confirmada por acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região - TRF. Foi interposto recurso ordinário ao Superior Tribunal de Justiça - STJ, a que foi negado provimento. 5. Foi interposto recurso extraordinário, julgado deserto por ausência de recolhimento de custas processuais. Contra essa decisão, foi impetrado mandado de segurança contra ato do Vice-Presidente do STJ, a fim de obter os benefícios da justiça gratuita, isentando de preparo o recurso extraordinário. 6. Paralelamente, foi proposta reclamação perante o Supremo Tribunal Federal – STF, distribuída ao Ministro CELSO DE MELLO. Nessa medida judicial, o ora impetrante alegou violação de competência desta Corte, eis que a decisão que julgou deserto o extraordinário impediu a subida dos autos, declarando de imediato o seu trânsito em julgado. 7. O Ministro CELSO DE MELLO deferiu o benefício da justiça gratuita. Os autos do recurso extraordinário foram remetidos a esta Corte e distribuídos ao Ministro MARCO AURÉLIO [RE n. 259.336]. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 744 AGR / DF 8.8. O impetrante sustenta que "[t]endo obtido a gratuidade do preparo no recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal, [...] entendeu cabível a interposição da segunda peça do recurso extraordinário, uma vez que o artigo 5º, § 5º, da Lei n. 1.060/50 concede o prazo em dobro, através a [SIC] redação dada pela Lei n. 7.871/89." [fl. 6]. 9. O Relator do extraordinário, Ministro MARCO AURÉLIO, determinou a devolução da segunda peça ao ora impetrante, entendendo haver mera duplicidade de petições. Contra essa decisão foi interposto agravo regimental, a que foi negado provimento, com trânsito em julgado em 20.08.2001. 10. Requer a concessão do mandado de injunção, "para decretar a ilegalidade e por conseguinte a nulidade do julgamento proferido em 29.05.2001, pela douta 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal [...], determinando a requisição dos autos processuais do mandado de segurança […] que se encontra arquivado no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para após, encaminhá-lo a Relatoria do DD. Ministro CELSO DE MELLO, para que outro julgamento seja realizado, sem os vícios indesejáveis aqui relatados, a fim de que o Impetrante possa receber providência jurisdicional justa e efetiva" [fl. 11]. 11. É o relatório. Decido. 12. A concessão de mandado de injunção pressupõe a existência de preceito constitucional que imponha ao poder público o dever de legislar, para viabilizar o exercício de direitos e liberdades, bem como das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania [art. 5º, LXXI, da Constituição do Brasil]. 13. Neste sentido a jurisprudência desta Corte: "EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. INEXISTÊNCIA DE LACUNA TÉCNICA. INADMISSIBILIDADE DO WRIT INJUNCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO NÃO CONHECIDO. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Supremo Tribunal Federal MI 744 AGR / DF 8.8. O impetrante sustenta que "[t]endo obtido a gratuidade do preparo no recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal, [...] entendeu cabível a interposição da segunda peça do recurso extraordinário, uma vez que o artigo 5º, § 5º, da Lei n. 1.060/50 concede o prazo em dobro, através a [SIC] redação dada pela Lei n. 7.871/89." [fl. 6]. 9. O Relator do extraordinário, Ministro MARCO AURÉLIO, determinou a devolução da segunda peça ao ora impetrante, entendendo haver mera duplicidade de petições. Contra essa decisão foi interposto agravo regimental, a que foi negado provimento, com trânsito em julgado em 20.08.2001. 10. Requer a concessão do mandado de injunção, "para decretar a ilegalidade e por conseguinte a nulidade do julgamento proferido em 29.05.2001, pela douta 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal [...], determinando a requisição dos autos processuais do mandado de segurança […] que se encontra arquivado no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para após, encaminhá-lo a Relatoria do DD. Ministro CELSO DE MELLO, para que outro julgamento seja realizado, sem os vícios indesejáveis aqui relatados, a fim de que o Impetrante possa receber providência jurisdicional justa e efetiva" [fl. 11]. 11. É o relatório. Decido. 12. A concessão de mandado de injunção pressupõe a existência de preceito constitucional que imponha ao poder público o dever de legislar, para viabilizar o exercício de direitos e liberdades, bem como das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania [art. 5º, LXXI, da Constituição do Brasil]. 13. Neste sentido a jurisprudência desta Corte: "EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. INEXISTÊNCIA DE LACUNA TÉCNICA. INADMISSIBILIDADE DO WRIT INJUNCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO NÃO CONHECIDO. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 744 AGR / DF evidenciar" “EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. INEXISTÊNCIA DE LACUNA TÉCNICA. INADMISSIBILIDADE DO WRIT INJUNCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO NÃO CONHECIDO. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. [MI n. 668, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, DJ 08.05.2002] 14. No presente caso, o impetrante não demonstrou a existência da lacuna legislativa. 15. Sustenta que não foi respeitada a prevenção do Ministro CELSO DE MELLO, nos termos do disposto no art. 69, do RISTF, quando da distribuição dos autos do RE n. 259.336-2, remetidos indevidamente ao Ministro MARCO AURÉLIO. 16. O impetrante procura demonstrar, do que se pode depreender da inicial, a ausência de preceito, no corpo do regimento interno desta Corte, que discipline a nulidade dos feitos quando não observada a prevenção. 17. Pretende, na verdade, o rejulgamento de seu recurso extraordinário, cuja última decisão transitou em julgado em 20.08.2001, como afirma textualmente na petição inicial [fl. 6]. 18. O mandado de injunção não consubstancia sucedâneo de ação rescisória. Nego seguimento à impetração, com fundamento no § 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Supremo Tribunal Federal MI 744 AGR / DF evidenciar" “EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. INEXISTÊNCIA DE LACUNA TÉCNICA. INADMISSIBILIDADE DO WRIT INJUNCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO NÃO CONHECIDO. - O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público. Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes. [MI n. 668, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, DJ 08.05.2002] 14. No presente caso, o impetrante não demonstrou a existência da lacuna legislativa. 15. Sustenta que não foi respeitada a prevenção do Ministro CELSO DE MELLO, nos termos do disposto no art. 69, do RISTF, quando da distribuição dos autos do RE n. 259.336-2, remetidos indevidamente ao Ministro MARCO AURÉLIO. 16. O impetrante procura demonstrar, do que se pode depreender da inicial, a ausência de preceito, no corpo do regimento interno desta Corte, que discipline a nulidade dos feitos quando não observada a prevenção. 17. Pretende, na verdade, o rejulgamento de seu recurso extraordinário, cuja última decisão transitou em julgado em 20.08.2001, como afirma textualmente na petição inicial [fl. 6]. 18. O mandado de injunção não consubstancia sucedâneo de ação rescisória. Nego seguimento à impetração, com fundamento no § 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 744 AGR / DF 1º do art. 21 do RISTF”. A irresignação do impetrante não prospera. Conforme relatado, o impetrante alega a inexistência de norma que discipline, no âmbito desta Corte, a garantia prevista no art. 5º, LIII, da Constituição Federal. Sustenta que a ausência de previsão, no regimento interno deste Tribunal, de nulidade do ato de distribuição do recurso extraordinário a ministro que não o prevento, inviabilizou o exercício da garantia constitucional de ser julgado pela autoridade competente. Entretanto, olvida-se o impetrante de que a decisão que supostamente tornaria o Ministro Celso de Mello prevento foi proferida nos termos do art. 13, V, a, do RISTF (na redação original), ou seja, tratava-se de questão da competência da Presidência da Corte (pedido de assistência judiciaria). Essa circunstância põe por terra a alegação do ora recorrente de que o recurso extraordinário deveria ter sido distribuído ao Ministro Celso de Mello (então Presidente) por prevenção, haja vista que o Presidente da Corte é excluído da distribuição dos processos (art. 67 do RISTF). No mais, a jurisprudência desta Corte é remansosa no sentido do descabimento do mandado de injunção para fins de questionamento da disciplina legal vigente. Não havendo omissão legislativa, é inadmissível o remédio constitucional em apreço. Confiram-se, por exemplo, os seguintes arestos: “DIREITO CONSTITUCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO, IMPETRADO POR EX-OFICIAIS TEMPORÁRIOS DA RESERVA NÃO REMUNERADA DO EXÉRCITO, PARA QUE LHES SEJAM ASSEGURADOS OS DIREITOS PREVISTOS NO ART. 142, § 3º, INCISOS I A IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, COM A REDAÇÃO DADA PELA E.C. Nº 18, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Supremo Tribunal Federal MI 744 AGR / DF 1º do art. 21 do RISTF”. A irresignação do impetrante não prospera. Conforme relatado, o impetrante alega a inexistência de norma que discipline, no âmbito desta Corte, a garantia prevista no art. 5º, LIII, da Constituição Federal. Sustenta que a ausência de previsão, no regimento interno deste Tribunal, de nulidade do ato de distribuição do recurso extraordinário a ministro que não o prevento, inviabilizou o exercício da garantia constitucional de ser julgado pela autoridade competente. Entretanto, olvida-se o impetrante de que a decisão que supostamente tornaria o Ministro Celso de Mello prevento foi proferida nos termos do art. 13, V, a, do RISTF (na redação original), ou seja, tratava-se de questão da competência da Presidência da Corte (pedido de assistência judiciaria). Essa circunstância põe por terra a alegação do ora recorrente de que o recurso extraordinário deveria ter sido distribuído ao Ministro Celso de Mello (então Presidente) por prevenção, haja vista que o Presidente da Corte é excluído da distribuição dos processos (art. 67 do RISTF). No mais, a jurisprudência desta Corte é remansosa no sentido do descabimento do mandado de injunção para fins de questionamento da disciplina legal vigente. Não havendo omissão legislativa, é inadmissível o remédio constitucional em apreço. Confiram-se, por exemplo, os seguintes arestos: “DIREITO CONSTITUCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO, IMPETRADO POR EX-OFICIAIS TEMPORÁRIOS DA RESERVA NÃO REMUNERADA DO EXÉRCITO, PARA QUE LHES SEJAM ASSEGURADOS OS DIREITOS PREVISTOS NO ART. 142, § 3º, INCISOS I A IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, COM A REDAÇÃO DADA PELA E.C. Nº 18, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 744 AGR / DF DE 1998. 1. Como demonstraram as informações presidenciais e o parecer da Procuradoria-Geral da República, a Constituição Federal não outorga aos impetrantes, Oficiais Temporários da Reserva não Remunerada do Exército Brasileiro, os direitos, que sustentam, e cujo exercício esteja dependendo de norma regulamentadora, a ser elaborada pela Presidência da República ou por sua iniciativa. 2. A legislação, que lhes diz respeito, existe, está em vigor. E se lhes parece injusta ou inconstitucional, não é o mandado de Injunção o instrumento adequado à obtenção de tratamento mais justo, nem pode ter por objeto principal a declaração de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos. 3. mandado de Injunção não conhecido, por impossibilidade jurídica do pedido”. (Pleno, MI 582, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, unânime, j. 28.08.2002) “MANDADO DE INJUNÇÃO. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. ART. 195, § 7.º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI N.º 9.732/98. Não cabe mandado de injunção para tornar efetivo o exercício da imunidade prevista no art. 195, § 7.º, da Carta Magna, com alegação de falta de norma regulamentadora do dispositivo, decorrente de suposta inconstitucionalidade formal da legislação ordinária que disciplinou a matéria. Impetrante carecedora da ação”. (Pleno, MI 605, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, unânime, j. 30.08.2001) Em que pesem os argumentos expendidos no presente agravo regimental, resta evidenciado das razões recursais que a parte agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual ela deve ser mantida por seus próprios fundamentos, até porque consentânea com a iterativa jurisprudência do Plenário desta Suprema Corte, conforme visto. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Supremo Tribunal Federal MI 744 AGR / DF DE 1998. 1. Como demonstraram as informações presidenciais e o parecer da Procuradoria-Geral da República, a Constituição Federal não outorga aos impetrantes, Oficiais Temporários da Reserva não Remunerada do Exército Brasileiro, os direitos, que sustentam, e cujo exercício esteja dependendo de norma regulamentadora, a ser elaborada pela Presidência da República ou por sua iniciativa. 2. A legislação, que lhes diz respeito, existe, está em vigor. E se lhes parece injusta ou inconstitucional, não é o mandado de Injunção o instrumento adequado à obtenção de tratamento mais justo, nem pode ter por objeto principal a declaração de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos. 3. mandado de Injunção não conhecido, por impossibilidade jurídica do pedido”. (Pleno, MI 582, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, unânime, j. 28.08.2002) “MANDADO DE INJUNÇÃO. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. ART. 195, § 7.º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI N.º 9.732/98. Não cabe mandado de injunção para tornar efetivo o exercício da imunidade prevista no art. 195, § 7.º, da Carta Magna, com alegação de falta de norma regulamentadora do dispositivo, decorrente de suposta inconstitucionalidade formal da legislação ordinária que disciplinou a matéria. Impetrante carecedora da ação”. (Pleno, MI 605, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, unânime, j. 30.08.2001) Em que pesem os argumentos expendidos no presente agravo regimental, resta evidenciado das razões recursais que a parte agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual ela deve ser mantida por seus próprios fundamentos, até porque consentânea com a iterativa jurisprudência do Plenário desta Suprema Corte, conforme visto. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203863. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Extrato de Ata - 18/12/2013 PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 744 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : SÉRGIO JOSÉ OLIVAN ADV.(A/S) : SÉRGIO JOSÉ OLIVAN AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283058 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 744 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : SÉRGIO JOSÉ OLIVAN ADV.(A/S) : SÉRGIO JOSÉ OLIVAN AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283058 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5290443
2013-12-18T00:00:00
2014-02-18T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013.
AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. DIREITO DE SER PROCESSADO PELA AUTORIDADE COMPETENTE. ART. 5º, LIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR ACERCA DE NULIDADE DECORRENTE DA INOBSERVÂNCIA DE PREVENÇÃO. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. O mandado de injunção, nos termos do art. 5º, LXXI, da Lei Fundamental, reclama a demonstração de que a falta de norma regulamentadora torna inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 2. In casu, “O impetrante procura demonstrar, do que se pode depreender da inicial, a ausência de preceito, no corpo do regimento interno desta Corte, que discipline a nulidade dos feitos quando não observada a prevenção”. 3. A jurisprudência desta Corte é remansosa no sentido do descabimento do mandado de injunção para fins de questionamento da disciplina legal vigente. Precedentes. 4. Agravo Regimental desprovido.
sjur255236
- Acórdão(s) citado(s): (MI, CABIMENTO) MI 582 (TP), MI 605 (1ªT). Número de páginas: 9. Análise: 21/02/2014, MAR.
LUIZ FUX
Tribunal Pleno
744
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00053 INC-00071\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00013 INC-00005 ART-00067\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" ]
MI-AgR
acordaos
MI 744 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : SÉRGIO JOSÉ OLIVAN ADV.(A/S) : SÉRGIO JOSÉ OLIVAN AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 744", "M", "I 744", "AGR / DF", "M", "I 744", "A", "G", "R", "/", "D", "F", "DO DE INJUNÇÃO 744", "recurso extraordinário [UNK] 259. 336- 2", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 744", "recurso extraordinário [UNK] 259. 336- 2", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO", "R", "E n. 259. 336", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 74", "R", "E n. 259. 336", "M", "I", "A", "G", "R", "/", "D", "F", "M", "I 744 AGR / DF", "M", "I n. 668", "R", "E n. 259. 336- 2", "M", "I 744 AGR / DF", "M", "I n. 668", "R", "E n. 259. 336- 2", "M", "I 744 AGR / DF", "E", ".", "C. [UNK] 18", "M", "I 582", "M", "I 605", "M", "I 744 A", "G", "R / DF", "M", "I 582", "M", "I 605", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 744", "R", "E", "G", ".", "NO MAN", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 744" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. [UNK], LIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "art. 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[UNK], LIII, da Constituição Federal", "art. 13, V, a, do RISTF", "art. 67 do RISTF", "AR", "T. 142, § [UNK], INCISOS I A IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "AR", "T. 195, § 7. [UNK], DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "L", "EI N. [UNK] 9. 732 / 98", "art. 195, § 7. [UNK], da Carta Magna", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "AR", "T. 195, § 7. [UNK], DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "L", "EI N. [UNK] 9. 732 / 98", "art. 195, § 7. [UNK], da Carta Magna", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Brasília", "Brasília", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "São Paulo", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "São Paulo", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "S", "U", "PR", "EM", "O TRIBUNAL FEDERAL", "S", "U", "PR", "EM", "O TRIBUNAL FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "S", "U", "PR", "EM", "O TRIBUNAL FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "S", "U", "PR", "EM", "O TRIBUNAL FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "Supremo Tribunal Federal", "Conselho da Justiça Federal", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "T", "R", "F", "Superior Tribunal de Justiça", "ST", "J", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "ST", "F", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "Supremo Tribunal Federal", "Conselho da Justiça Federal", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "T", "R", "F", "Superior Tribunal de Justiça", "ST", "J", "ST", "J", "Supremo Tribunal Federal", "ST", "F", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma do Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma do Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "R", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Exército Brasileiro", "Presidência da República", "Ple", "no", "Ple", "no", "Ple", "nário", "Suprema Corte", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Procurador", "ia", "-", "Geral da República", "Reserva", "Exército Brasileiro", "Presidência da República", "Ple", "no", "Ple", "no", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "S", "U", "PR", "EM", "O TRIBUNAL FEDERAL", "Ple", "nário", "Ple", "nário", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "S", "U", "PR", "EM", "O TRIBUNAL FEDERAL", "Ple", "nário", 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MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "CE", "LS", "O DE MELLO", "MA", "RC", "O AURÉLIO", "L", "U", "I", "Z FUX MI 744", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "L", "U", "I", "Z FUX MI 74", "S", "Y", "DN", "E", "Y SANCHES", "I", "L", "MA", "R GALVÃO", "S", "Y", "DN", "E", "Y SANCHES", "I", "L", "MA", "R GALVÃO", "L", "U", "I", "Z FUX", "S", "É", "R", "G", "IO JOSÉ OLIVAN", "S", "É", "R", "G", "IO JOSÉ OLIVAN", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Te", "ori Zavascki", "Roberto Barroso", "Rodrigo Janot Monteiro de Barros", "Luiz Tomimatsu", "L", "U", "I", "Z FUX", "S", "É", "R", "G", "IO JOSÉ OLIVAN", "S", "É", "R", "G", "IO JOSÉ OLIVAN", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Te", "ori Zavascki", "Roberto Barroso", "Rodrigo Janot Monteiro de Barros", "Luiz Tomimatsu" ], "TEMPO": [ "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "abril de 1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "abril de 1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "08", ".", "2001", "29", ".", "05", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "08", ".", "2001", "29", ".", "05", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", ".", "05", ".", "2002", "20", ".", "08", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", ".", "05", ".", "2002", "20", ".", "08", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "1988", "24", "/", "08", "/", "2001", "1998", "28", ".", "08", ".", "2002", "30", ".", "08", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "1998", "28", ".", "08", ".", "2002", "30", ".", "08", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "18", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.362 PARAÍBA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :PETROBRÁS TRANSPORTE S/A - TRANSPETRO ADV.(A/S) :ANDRE BARACHISIO LISBOA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :HERBERT DE LUNA SOARES ADV.(A/S) :NOEL CHARLES TAVARES LEITE EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NÃO CONHECEU DO PRIMEIRO AGRAVO INTERPOSTO. PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO INSTITUÍDO PELA LEI 11.419/2006 E REGULAMENTADO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PELA RESOLUÇÃO STF 427/2010. PROTOCOLIZAÇÃO DE PETIÇÃO DE RECURSO POR TRANSMISSÃO DE DADOS E IMAGENS TIPO FAC- SÍMILE. IMPOSSIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DA RESOLUÇÃO STF 179/1999 AOS PROCESSOS QUE TRAMITAM ELETRONICAMENTE NA CORTE. INDISPENSABILIDADE DO RECEBIMENTO DAS PETIÇÕES NO E-STF PARA QUE OS ATOS PROCESSUAIS DAS PARTES SEJAM CONSIDERADOS REALIZADOS. ARTS. 7º, 12, 19, V, E 31 DA RESOLUÇÃO STF 427/2010. INAPLICABILIDADE, NO CASO CONCRETO, DA AUTORIZAÇÃO EXCEPCIONAL PREVISTA NO ART. 8º DO REFERIDO ATO NORMATIVO, TENDO EM VISTA A INEXISTÊNCIA DE ALEGAÇÃO DA RECLAMANTE QUANTO À EVENTUAL OCORRÊNCIA DE INDISPONIBILIDADE DO SISTEMA OU DE COMPROVADA IMPOSSIBILIDADE TÉCNICA. RECURSO MANIFESTAMENTE INTEMPESTIVO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I –O art. 19, V, da Resolução STF 427/2010 determina que as ações reclamatórias devem ser exclusivamente recebidas e processadas nesta Corte na forma eletrônica. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087492. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RCL 14362 AGR-AGR / PB II – O 7º da Resolução STF 427/2010, por sua vez, disciplina que todas as petições referentes a processos eletrônicos, como é o caso desta reclamação, deverão ser produzidas eletronicamente e protocolizadas no e-STF. III – Nos termos do art. 8º da Resolução 427/2010, o peticionamento físico exige a comprovação da impossibilidade técnica de fazê-lo por meio eletrônico. IV – Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente), na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negar provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Brasília, 18 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087492. Supremo Tribunal Federal RCL 14362 AGR-AGR / PB II – O 7º da Resolução STF 427/2010, por sua vez, disciplina que todas as petições referentes a processos eletrônicos, como é o caso desta reclamação, deverão ser produzidas eletronicamente e protocolizadas no e-STF. III – Nos termos do art. 8º da Resolução 427/2010, o peticionamento físico exige a comprovação da impossibilidade técnica de fazê-lo por meio eletrônico. IV – Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente), na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negar provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Brasília, 18 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087492. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.362 PARAÍBA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :PETROBRÁS TRANSPORTE S/A - TRANSPETRO ADV.(A/S) :ANDRE BARACHISIO LISBOA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :HERBERT DE LUNA SOARES ADV.(A/S) :NOEL CHARLES TAVARES LEITE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão na qual não conheci do agravo regimental interposto contra decisum em que neguei seguimento à reclamação. A decisão que negou seguimento à reclamação foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico em 3/9/2012. No último dia do prazo recursal, ou seja, em 10/9/2012, a reclamante apresentou petição de agravo regimental, mediante transmissão de fac- símile dirigido à Seção de Protocolo deste Tribunal (Petição STF 46.588/2012). O original impresso da mencionada peça recursal foi posteriormente encaminhado a esta Corte, pela reclamante, e registrado, em 12/9/2012, como Petição STF 47.088/2012. A Seção de Atendimento Presencial da Secretaria Judiciária, por meio do Ofício 5.724/SEJ, de 18/9/2012, devolveu as referidas petições ao seu signatário, tendo em vista a determinação contida no art. 7º da Resolução STF 427/2010, no sentido de que “as petições referentes a processos eletrônicos deverão ser produzidas eletronicamente e protocoladas no e- STF”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087493. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.362 PARAÍBA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :PETROBRÁS TRANSPORTE S/A - TRANSPETRO ADV.(A/S) :ANDRE BARACHISIO LISBOA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :HERBERT DE LUNA SOARES ADV.(A/S) :NOEL CHARLES TAVARES LEITE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão na qual não conheci do agravo regimental interposto contra decisum em que neguei seguimento à reclamação. A decisão que negou seguimento à reclamação foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico em 3/9/2012. No último dia do prazo recursal, ou seja, em 10/9/2012, a reclamante apresentou petição de agravo regimental, mediante transmissão de fac- símile dirigido à Seção de Protocolo deste Tribunal (Petição STF 46.588/2012). O original impresso da mencionada peça recursal foi posteriormente encaminhado a esta Corte, pela reclamante, e registrado, em 12/9/2012, como Petição STF 47.088/2012. A Seção de Atendimento Presencial da Secretaria Judiciária, por meio do Ofício 5.724/SEJ, de 18/9/2012, devolveu as referidas petições ao seu signatário, tendo em vista a determinação contida no art. 7º da Resolução STF 427/2010, no sentido de que “as petições referentes a processos eletrônicos deverão ser produzidas eletronicamente e protocoladas no e- STF”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087493. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RCL 14362 AGR-AGR / PB Em seguida, a Secretaria Judiciária, após certificar o trânsito em julgado da decisão de 24/8/2012, remeteu os autos à Seção de Arquivo em 28/9/2012. Em 1º/10/2012, por fim, a reclamante interpôs eletronicamente agravo regimental por meio eletrônico(Petição STF 51.311/2012), requerendo que a petição protocolizada fosse recebida e encaminhada para julgamento, pois, “em que pese a correspondência enviada por esta Corte Superior devolvendo o expediente acima mencionado, cumpre salientar que o referido recurso foi protocolizado oportunamente, via fac-símile, com arrimo na Lei 9.800/1999”. Não conheci, contudo, desse segundo agravo, tendo em conta a manifesta intempestividade. Inconformada, a reclamante interpõe outro agravo regimental, sob o argumento de que o agravo regimental interposto contra a decisão que negou seguimento à reclamação deve ser conhecido, uma vez que a Lei 9.800/1999 permite às partes a utilização de sistema de transmissão de dados eletrônicos para a prática de atos processuais. Instada a se pronunciar, a Procuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do agravo, em parecer assim ementado: “RECLAMAÇÃO. DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO À RECLAMAÇÃO. PETIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL. RESOLUÇÃO Nº 427/2010 DO STF. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO ELETRÔNICA DAS PEÇAS PROCESSUAIS. ENVIO DA PETIÇÃO VIA FAC-SÍMILE. IMPOSSIBILIDADE. INTEMPESTIVIDADE. PRODUÇÃO EXTEMPORÂNEA DO RECURSO. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL”. É o relatório necessário. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087493. Supremo Tribunal Federal RCL 14362 AGR-AGR / PB Em seguida, a Secretaria Judiciária, após certificar o trânsito em julgado da decisão de 24/8/2012, remeteu os autos à Seção de Arquivo em 28/9/2012. Em 1º/10/2012, por fim, a reclamante interpôs eletronicamente agravo regimental por meio eletrônico(Petição STF 51.311/2012), requerendo que a petição protocolizada fosse recebida e encaminhada para julgamento, pois, “em que pese a correspondência enviada por esta Corte Superior devolvendo o expediente acima mencionado, cumpre salientar que o referido recurso foi protocolizado oportunamente, via fac-símile, com arrimo na Lei 9.800/1999”. Não conheci, contudo, desse segundo agravo, tendo em conta a manifesta intempestividade. Inconformada, a reclamante interpõe outro agravo regimental, sob o argumento de que o agravo regimental interposto contra a decisão que negou seguimento à reclamação deve ser conhecido, uma vez que a Lei 9.800/1999 permite às partes a utilização de sistema de transmissão de dados eletrônicos para a prática de atos processuais. Instada a se pronunciar, a Procuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do agravo, em parecer assim ementado: “RECLAMAÇÃO. DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO À RECLAMAÇÃO. PETIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL. RESOLUÇÃO Nº 427/2010 DO STF. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO ELETRÔNICA DAS PEÇAS PROCESSUAIS. ENVIO DA PETIÇÃO VIA FAC-SÍMILE. IMPOSSIBILIDADE. INTEMPESTIVIDADE. PRODUÇÃO EXTEMPORÂNEA DO RECURSO. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL”. É o relatório necessário. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087493. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.362 PARAÍBA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque, conforme consignado na decisão ora agravada, esta reclamação foi processada de forma eletrônica desde a sua propositura, em 17/8/2012 (Petição STF 41.936/2012). Com efeito, a Lei Federal 11.419, de 19/12/2006, que autorizou o uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, foi regulamentada no Supremo Tribunal Federal, com base no art. 18 desse mesmo Diploma, pela Resolução STF 427, de 20/4/2010. O art. 19, V, da referida Resolução determina que as ações reclamatórias devem ser exclusivamente recebidas e processadas nesta Corte na forma eletrônica. Não foi por outra razão que a agravante, em 17/8/2012, ajuizou esta reclamação fazendo o uso regular do sistema de processamento eletrônico disponível neste Tribunal (e-STF). Contudo, a reclamante, na tentativa de interpor agravo regimental no último dia do prazo recursal de que dispunha, lançou mão do sistema de transmissão de dados e imagens tipo fac-símile (fax) – utilizado para a prática de atos processuais que dependem de petição escrita, previsto na Lei 9.800/1999 e instituído nesta Corte pela Resolução STF 179, de 26/7/1999, com as alterações promovidas pela Resolução STF 351, de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.362 PARAÍBA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque, conforme consignado na decisão ora agravada, esta reclamação foi processada de forma eletrônica desde a sua propositura, em 17/8/2012 (Petição STF 41.936/2012). Com efeito, a Lei Federal 11.419, de 19/12/2006, que autorizou o uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, foi regulamentada no Supremo Tribunal Federal, com base no art. 18 desse mesmo Diploma, pela Resolução STF 427, de 20/4/2010. O art. 19, V, da referida Resolução determina que as ações reclamatórias devem ser exclusivamente recebidas e processadas nesta Corte na forma eletrônica. Não foi por outra razão que a agravante, em 17/8/2012, ajuizou esta reclamação fazendo o uso regular do sistema de processamento eletrônico disponível neste Tribunal (e-STF). Contudo, a reclamante, na tentativa de interpor agravo regimental no último dia do prazo recursal de que dispunha, lançou mão do sistema de transmissão de dados e imagens tipo fac-símile (fax) – utilizado para a prática de atos processuais que dependem de petição escrita, previsto na Lei 9.800/1999 e instituído nesta Corte pela Resolução STF 179, de 26/7/1999, com as alterações promovidas pela Resolução STF 351, de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RCL 14362 AGR-AGR / PB 29/11/2007. Com isso, a recorrente contrariou frontalmente o comando presente no art. 7º da Resolução STF 427/2010, que determina que todas as petições referentes a processos eletrônicos, como é o caso desta reclamação, deverão ser produzidas eletronicamente e protocolizadas no e-STF. Nesse sentido cito a decisão proferida pelo Ministro Marco Aurélio ao apreciar idêntica situação nos autos da Rcl 10.417/MG, cujo trecho destaco por oportuno: “Atentem para a organicidade e a dinâmica do Direito, especialmente do instrumental. Os prazos recursais são peremptórios e não dilatórios. Em trâmite processo eletrônico, cumpre observar as normas de regência, presente essa premissa. A Lei nº 11.419/2006, a dispor sobre a informatização do processo judicial, prevê que defeito no sistema do Poder Judiciário apenas projeta o termo final do prazo alusivo à prática do ato, ao ônus processual, para o primeiro dia útil seguinte à solução do problema. O reclamante veio a incidir em equívoco no que, em vez de protocolar o regimental por meio eletrônico, o fez de forma física. O defeito não é escusável, sob pena de adotar-se postura incompatível com a disciplina da matéria, beneficiando uma parte em prejuízo da outra – no caso, o recorrido. 3. Indefiro a pretendida devolução do prazo”. Por isso é que a Seção de Atendimento Presencial da Secretaria Judiciária promoveu a devolução das Petições 46.588/2012 (fax) e 47.088/2012 (original) ao advogado que as subscreveu, conforme determina o art. 7º, parágrafo único, do ato normativo acima citado. Além disso, a reclamante, ao tentar interpor, sem sucesso, recurso mediante a utilização de fac-símile, não observou o disposto no art. 31 da Resolução STF 427/2010, que estabelece, de forma categórica, a inaplicabilidade do sistema de transmissão de dados e imagens previsto na Resolução STF 179/1999 aos processos eletrônicos em tramitação nesta 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Supremo Tribunal Federal RCL 14362 AGR-AGR / PB 29/11/2007. Com isso, a recorrente contrariou frontalmente o comando presente no art. 7º da Resolução STF 427/2010, que determina que todas as petições referentes a processos eletrônicos, como é o caso desta reclamação, deverão ser produzidas eletronicamente e protocolizadas no e-STF. Nesse sentido cito a decisão proferida pelo Ministro Marco Aurélio ao apreciar idêntica situação nos autos da Rcl 10.417/MG, cujo trecho destaco por oportuno: “Atentem para a organicidade e a dinâmica do Direito, especialmente do instrumental. Os prazos recursais são peremptórios e não dilatórios. Em trâmite processo eletrônico, cumpre observar as normas de regência, presente essa premissa. A Lei nº 11.419/2006, a dispor sobre a informatização do processo judicial, prevê que defeito no sistema do Poder Judiciário apenas projeta o termo final do prazo alusivo à prática do ato, ao ônus processual, para o primeiro dia útil seguinte à solução do problema. O reclamante veio a incidir em equívoco no que, em vez de protocolar o regimental por meio eletrônico, o fez de forma física. O defeito não é escusável, sob pena de adotar-se postura incompatível com a disciplina da matéria, beneficiando uma parte em prejuízo da outra – no caso, o recorrido. 3. Indefiro a pretendida devolução do prazo”. Por isso é que a Seção de Atendimento Presencial da Secretaria Judiciária promoveu a devolução das Petições 46.588/2012 (fax) e 47.088/2012 (original) ao advogado que as subscreveu, conforme determina o art. 7º, parágrafo único, do ato normativo acima citado. Além disso, a reclamante, ao tentar interpor, sem sucesso, recurso mediante a utilização de fac-símile, não observou o disposto no art. 31 da Resolução STF 427/2010, que estabelece, de forma categórica, a inaplicabilidade do sistema de transmissão de dados e imagens previsto na Resolução STF 179/1999 aos processos eletrônicos em tramitação nesta 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RCL 14362 AGR-AGR / PB Corte. Este é o teor do referido dispositivo: “A Resolução nº 179, de 26 de julho de 1999, que trata da utilização do sistema de transmissão de dados e imagens tipo fac- símile (fax) para a prática de atos processuais, não se aplica aos processos que tramitam eletronicamente nesta Corte” (grifos meus). Portanto, tendo-se em conta a sistemática estabelecida por esta Corte para a tramitação dos processos eletrônicos, não ficou configurada a interposição válida de agravo regimental, pela reclamante, no curso do prazo recursal deflagrado pela publicação da decisão prolatada em 24/8/2012, que teve o dia 10/9/2012 como seu termo ad quem. Veja-se que, de acordo com o art. 12 da Resolução STF 427/2010, “os atos processuais das partes consideram-se realizados no dia e na hora de seu recebimento no e-STF”, sendo reconhecida como tempestiva, ainda de acordo com o citado dispositivo, a petição eletronicamente enviada para atender a prazo processual “quando recebida até as vinte e quatro horas do seu último dia, considerada a hora legal de Brasília” (grifos meus). Verifica-se, dessa forma, que transcorreu o prazo recursal sem a efetiva realização do ato processual de interposição do agravo regimental, que somente teria ocorrido com o recebimento da peça recursal – eletronicamente produzida – no e-STF. Por sua vez, o segundo agravo regimental – dessa vez regularmente apresentado, mediante peticionamento eletrônico, mas somente levado a efeito em 1º/10/2012 (Petição STF 51.311/2012) – mostra-se, por óbvio, manifestamente intempestivo. Ressalto, por fim, que nem mesmo a excepcional autorização de encaminhamento de petições e de prática de outros atos processuais em meio físico, prevista no caput do art. 8º da Resolução STF 427/2010, seria 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Supremo Tribunal Federal RCL 14362 AGR-AGR / PB Corte. Este é o teor do referido dispositivo: “A Resolução nº 179, de 26 de julho de 1999, que trata da utilização do sistema de transmissão de dados e imagens tipo fac- símile (fax) para a prática de atos processuais, não se aplica aos processos que tramitam eletronicamente nesta Corte” (grifos meus). Portanto, tendo-se em conta a sistemática estabelecida por esta Corte para a tramitação dos processos eletrônicos, não ficou configurada a interposição válida de agravo regimental, pela reclamante, no curso do prazo recursal deflagrado pela publicação da decisão prolatada em 24/8/2012, que teve o dia 10/9/2012 como seu termo ad quem. Veja-se que, de acordo com o art. 12 da Resolução STF 427/2010, “os atos processuais das partes consideram-se realizados no dia e na hora de seu recebimento no e-STF”, sendo reconhecida como tempestiva, ainda de acordo com o citado dispositivo, a petição eletronicamente enviada para atender a prazo processual “quando recebida até as vinte e quatro horas do seu último dia, considerada a hora legal de Brasília” (grifos meus). Verifica-se, dessa forma, que transcorreu o prazo recursal sem a efetiva realização do ato processual de interposição do agravo regimental, que somente teria ocorrido com o recebimento da peça recursal – eletronicamente produzida – no e-STF. Por sua vez, o segundo agravo regimental – dessa vez regularmente apresentado, mediante peticionamento eletrônico, mas somente levado a efeito em 1º/10/2012 (Petição STF 51.311/2012) – mostra-se, por óbvio, manifestamente intempestivo. Ressalto, por fim, que nem mesmo a excepcional autorização de encaminhamento de petições e de prática de outros atos processuais em meio físico, prevista no caput do art. 8º da Resolução STF 427/2010, seria 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RCL 14362 AGR-AGR / PB aplicável ao caso ora em análise, visto que a reclamante em nenhum momento acusou a eventual ocorrência de qualquer indisponibilidade do sistema ou de comprovada impossibilidade técnica. Nessa linha, cito o julgamento da Rcl 13.492-AgR/SP, de minha relatoria, cujo acórdão foi assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. PETICIONAMENTO POR MEIO FÍSICO. ART. 8º DA RESOLUÇÃO 427/2010-STF. NECESSIDADE DE COMPROVAR A IMPOSSIBILIDADE TÉCNICA. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUPOSTO EQUÍVOCO NA APLICAÇÃO DA REPERCUSSÃO GERAL PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Nos termos do art. 8º da Resolução 427/2010, o peticionamento físico exige a comprovação da impossibilidade técnica de fazê-lo por meio eletrônico. II – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que não é cabível a reclamação para corrigir eventual equívoco na aplicação da repercussão geral pela Corte de origem. III – Agravo improvido” (grifei). Isso posto, nego provimento ao agravo. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Supremo Tribunal Federal RCL 14362 AGR-AGR / PB aplicável ao caso ora em análise, visto que a reclamante em nenhum momento acusou a eventual ocorrência de qualquer indisponibilidade do sistema ou de comprovada impossibilidade técnica. Nessa linha, cito o julgamento da Rcl 13.492-AgR/SP, de minha relatoria, cujo acórdão foi assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. PETICIONAMENTO POR MEIO FÍSICO. ART. 8º DA RESOLUÇÃO 427/2010-STF. NECESSIDADE DE COMPROVAR A IMPOSSIBILIDADE TÉCNICA. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUPOSTO EQUÍVOCO NA APLICAÇÃO DA REPERCUSSÃO GERAL PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Nos termos do art. 8º da Resolução 427/2010, o peticionamento físico exige a comprovação da impossibilidade técnica de fazê-lo por meio eletrônico. II – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que não é cabível a reclamação para corrigir eventual equívoco na aplicação da repercussão geral pela Corte de origem. III – Agravo improvido” (grifei). Isso posto, nego provimento ao agravo. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087494. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Extrato de Ata - 18/12/2013 PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.362 PROCED. : PARAÍBA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : PETROBRÁS TRANSPORTE S/A - TRANSPETRO ADV.(A/S) : ANDRE BARACHISIO LISBOA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : HERBERT DE LUNA SOARES ADV.(A/S) : NOEL CHARLES TAVARES LEITE Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente no exercício da Presidência), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283174 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.362 PROCED. : PARAÍBA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : PETROBRÁS TRANSPORTE S/A - TRANSPETRO ADV.(A/S) : ANDRE BARACHISIO LISBOA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : HERBERT DE LUNA SOARES ADV.(A/S) : NOEL CHARLES TAVARES LEITE Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente no exercício da Presidência), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283174 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5296673
2013-12-18T00:00:00
2014-02-19T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente no exercício da Presidência), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013.
AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NÃO CONHECEU DO PRIMEIRO AGRAVO INTERPOSTO. PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO INSTITUÍDO PELA LEI 11.419/2006 E REGULAMENTADO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PELA RESOLUÇÃO STF 427/2010. PROTOCOLIZAÇÃO DE PETIÇÃO DE RECURSO POR TRANSMISSÃO DE DADOS E IMAGENS TIPO FAC-SÍMILE. IMPOSSIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DA RESOLUÇÃO STF 179/1999 AOS PROCESSOS QUE TRAMITAM ELETRONICAMENTE NA CORTE. INDISPENSABILIDADE DO RECEBIMENTO DAS PETIÇÕES NO E-STF PARA QUE OS ATOS PROCESSUAIS DAS PARTES SEJAM CONSIDERADOS REALIZADOS. ARTS. 7º, 12, 19, V, E 31 DA RESOLUÇÃO STF 427/2010. INAPLICABILIDADE, NO CASO CONCRETO, DA AUTORIZAÇÃO EXCEPCIONAL PREVISTA NO ART. 8º DO REFERIDO ATO NORMATIVO, TENDO EM VISTA A INEXISTÊNCIA DE ALEGAÇÃO DA RECLAMANTE QUANTO À EVENTUAL OCORRÊNCIA DE INDISPONIBILIDADE DO SISTEMA OU DE COMPROVADA IMPOSSIBILIDADE TÉCNICA. RECURSO MANIFESTAMENTE INTEMPESTIVO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I –O art. 19, V, da Resolução STF 427/2010 determina que as ações reclamatórias devem ser exclusivamente recebidas e processadas nesta Corte na forma eletrônica. II – O 7º da Resolução STF 427/2010, por sua vez, disciplina que todas as petições referentes a processos eletrônicos, como é o caso desta reclamação, deverão ser produzidas eletronicamente e protocolizadas no e-STF. III – Nos termos do art. 8º da Resolução 427/2010, o peticionamento físico exige a comprovação da impossibilidade técnica de fazê-lo por meio eletrônico. IV – Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur255333
- Acórdão(s) citado(s): (RCL, PETICIONAMENTO ELETRÔNICO) Rcl 13492 AgR (TP). - Decisão monocrática citada: (PRAZO, INTERPOSIÇÃO, PROCESSO ELETRÔNICO) Rcl 14017. Número de páginas: 9. Análise: 24/02/2014, AUR.
RICARDO LEWANDOWSKI
Tribunal Pleno
14362
[ "LEG-FED LEI-009800 ANO-1999\n LEI ORDINÁRIA\n\n", "LEG-FED LEI-011419 ANO-2006\n LEI ORDINÁRIA\n\n", "LEG-FED RES-000179 ANO-1999\n RESOLUÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED RES-000351 ANO-2007\n RESOLUÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED RES-000427 ANO-2010\n ART-00007 ART-00008 ART-00012 ART-00019 \n INC-00005 ART-00031\n RESOLUÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
Rcl-AgR-AgR
acordaos
Rcl 14362 AgR-AgR
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AGTE.(S) : PETROBRÁS TRANSPORTE S/A - TRANSPETRO ADV.(A/S) : ANDRE BARACHISIO LISBOA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : HERBERT DE LUNA SOARES ADV.(A/S) : NOEL CHARLES TAVARES LEITE
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.206 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :ANSELMO ANTONIO TIEZE IMPTE.(S) :EVANDRO MULITERNO DE QUADROS COATOR(A/S)(ES) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS. ESTUPRO DE MENOR DE 14 ANOS (CP, ART. 213, C/C ART. 224, “A”). PRESUNÇÃO ABSOLUTA DE VIOLÊNCIA. ERRO DE TIPO. TEMA INSUSCETÍVEL DE EXAME EM HABEAS CORPUS, POR DEMANDAR APROFUNDADA ANÁLISE DE FATOS E PROVAS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS ALEGADOS. PLEITO PREJUDICADO. 1. O bem jurídico tutelado no crime de estupro contra menor de 14 (quatorze) anos é imaturidade psicológica, por isso que sendo a presunção de violência absoluta não pode ser elidida pela compleição física da vítima nem por sua anterior experiência em sexo. Precedentes: HC 93.263, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJe de 14/04/08, RHC 79.788, Rel. Min. NELSON JOBIM, 2ª Turma, DJ de 17/08/01 e HC 101.456, Rel. Min. Eros Grau, DJe de 30/04/10). 2. A alegação de erro de tipo, fundada em que a vítima dissera ao paciente ter 18 anos de idade e que era experiente na atividade sexual, é insuscetível de exame em habeas corpus, por demandar aprofundada análise dos fatos e das provas que o levaram a acreditar em tais afirmações. 3. In casu, o paciente manteve relação sexual, mediante paga, com menina de 12 (doze) anos de idade, que lhe dissera ter 18 (dezoito) anos, foi absolvido em primeira e segunda instâncias e, ante o provimento de recurso especial do Ministério Público, afastando a atipicidade da conduta e determinando ao TJ/RS que retomasse o julgamento da apelação, com o exame dos demais argumentos nela suscitados, restou Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539661. Supremo Tribunal Federal DJe 16/11/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão HC 109.206 / RS condenado a 7 (sete) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. 4. A premissa de que a vítima dissera ao paciente ter 18 (dezoito) anos de idade, em acentuada desproporcionalidade com a idade real (12 anos), e que serviu de fundamento para indeferir a liminar nestes autos, foi extraída da própria inicial, não cabendo falar em contradição e obscuridade nos embargos de declaração opostos contra a referida decisão, com o escopo de esclarecer que o apurado na ação penal conduzia a que a menor aparentava ter 14 anos, o que favoreceria a tese do erro de tipo. 5. De qualquer sorte, e em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a violência no crime de estupro contra menor de quatorze é absoluta, não tem relevância para o deslinde do caso se a vítima aparentava ter idade um pouco acima dos quatorze anos ou dos dezoito anos que afirmara ter. 6. Ordem denegada, restando prejudicados os embargos de declaração opostos da decisão que indeferiu a liminar. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus e julgar prejudicados os embargos de declaração opostos, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539661. Supremo Tribunal Federal HC 109.206 / RS condenado a 7 (sete) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. 4. A premissa de que a vítima dissera ao paciente ter 18 (dezoito) anos de idade, em acentuada desproporcionalidade com a idade real (12 anos), e que serviu de fundamento para indeferir a liminar nestes autos, foi extraída da própria inicial, não cabendo falar em contradição e obscuridade nos embargos de declaração opostos contra a referida decisão, com o escopo de esclarecer que o apurado na ação penal conduzia a que a menor aparentava ter 14 anos, o que favoreceria a tese do erro de tipo. 5. De qualquer sorte, e em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a violência no crime de estupro contra menor de quatorze é absoluta, não tem relevância para o deslinde do caso se a vítima aparentava ter idade um pouco acima dos quatorze anos ou dos dezoito anos que afirmara ter. 6. Ordem denegada, restando prejudicados os embargos de declaração opostos da decisão que indeferiu a liminar. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em denegar a ordem de habeas corpus e julgar prejudicados os embargos de declaração opostos, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de outubro de 2011. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539661. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.206 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :ANSELMO ANTONIO TIEZE IMPTE.(S) :EVANDRO MULITERNO DE QUADROS COATOR(A/S)(ES) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra ato do Superior Tribunal de Justiça consubstanciado em acórdão cuja ementa tem o seguinte teor: “PENAL. RECURSO ESPECIAL. ART. 213, C/C ART. 224, ALÍNEA 'A' DO CÓDIGO PENAL (ANTIGA REDAÇÃO). PRESUNÇÃO. NATUREZA. I – No estupro com violência presumida, a norma impõe um dever geral de abstenção de manter conjunção carnal com jovens que não sejam maiores de 14 anos. II – O consentimento da vítima ou sua experiência em relação ao sexo, no caso, não tem relevância jurídico-penal (Precedentes do STF e do STJ). Recurso provido.” O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia contra o paciente e outra nos seguintes termos: “(...) No mês de maio de 2006, em horário incerto, e, posteriormente, no dia 13 de julho de 2006, por volta das 16h20m, no interior do Hotel Center, situado na Rua Marechal Deodoro, Bairro Centro, em Lajeado, os denunciados Anselmo e Maria, em comunhão de vontades e conjugação de esforços, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.206 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) :ANSELMO ANTONIO TIEZE IMPTE.(S) :EVANDRO MULITERNO DE QUADROS COATOR(A/S)(ES) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra ato do Superior Tribunal de Justiça consubstanciado em acórdão cuja ementa tem o seguinte teor: “PENAL. RECURSO ESPECIAL. ART. 213, C/C ART. 224, ALÍNEA 'A' DO CÓDIGO PENAL (ANTIGA REDAÇÃO). PRESUNÇÃO. NATUREZA. I – No estupro com violência presumida, a norma impõe um dever geral de abstenção de manter conjunção carnal com jovens que não sejam maiores de 14 anos. II – O consentimento da vítima ou sua experiência em relação ao sexo, no caso, não tem relevância jurídico-penal (Precedentes do STF e do STJ). Recurso provido.” O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia contra o paciente e outra nos seguintes termos: “(...) No mês de maio de 2006, em horário incerto, e, posteriormente, no dia 13 de julho de 2006, por volta das 16h20m, no interior do Hotel Center, situado na Rua Marechal Deodoro, Bairro Centro, em Lajeado, os denunciados Anselmo e Maria, em comunhão de vontades e conjugação de esforços, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório HC 109.206 / RS mediante violência presumida, constrangeram a adolescente Betina Teresinha da Silva, 12 anos de idade (nascida em janeiro de 1994), à prática de conjunção carnal. Naquele período, ainda no mês de maio, a denunciada, em atividade de facilitação à prostituição, apresentou a adolescente Betina ao denunciado Anselmo, que utilizava o apelido de 'Paulo', o qual mostrou-se interessado em manter relações sexuais com a vítima, sendo consumado coito vagínico, pelo que pago à vítima o valor de R$ 70,00 (setenta reais). Já dia 13 de julho de 2006, a denunciada, novamente, instigou a adolescente Betina à prostituir-se com o denunciado, informando-lhe a respeito do interesse do denunciado de reencontrá-la e relacionarem-se sexualmente. Vítima e denunciado reencontraram-se e foram ao Hotel Center, onde Betina, novamente, consumou coito vagínico com o denunciado, pelo que receberia R$ 50,00 (cinquenta reais), contudo o fato foi comunicado ao Conselho Tutelar e Brigada Militar, os quais lá compareceram, localizaram a vítima e denunciado, esse conseguindo fugir antes da chegada da Brigada Militar. A vítima foi encaminhada à Delegacia de Polícia, onde a perícia médica confirmou o relacionamento sexual, inclusive, revelando-se a presença de espermatozóides na cavidade vaginal. Assim sendo, a denunciada MARIA DO NASCIMENTO incorreu, duas vezes, nas penas do artigo 213 combinado com o artigo 224, alínea 'a', artigo 29, caput, e 71, caput, todos do Código Penal e o denunciado ANSELMO ANTÔNIO TIEZE, duas vezes, nas penas do artigo 213, combinado com artigo 224, alínea 'a', na forma do artigo 71, 'caput', todos do Código Penal (...).” A Juíza de Direito da Comarca de Lajeado acolheu a tese de atipicidade da conduta, sob o fundamento de que a vítima, então com 12 (doze) anos de idade, aparentava, por sua compleição física, ter idade superior, além de possuir discernimento necessário para consentir na relação sexual. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Supremo Tribunal Federal HC 109.206 / RS mediante violência presumida, constrangeram a adolescente Betina Teresinha da Silva, 12 anos de idade (nascida em janeiro de 1994), à prática de conjunção carnal. Naquele período, ainda no mês de maio, a denunciada, em atividade de facilitação à prostituição, apresentou a adolescente Betina ao denunciado Anselmo, que utilizava o apelido de 'Paulo', o qual mostrou-se interessado em manter relações sexuais com a vítima, sendo consumado coito vagínico, pelo que pago à vítima o valor de R$ 70,00 (setenta reais). Já dia 13 de julho de 2006, a denunciada, novamente, instigou a adolescente Betina à prostituir-se com o denunciado, informando-lhe a respeito do interesse do denunciado de reencontrá-la e relacionarem-se sexualmente. Vítima e denunciado reencontraram-se e foram ao Hotel Center, onde Betina, novamente, consumou coito vagínico com o denunciado, pelo que receberia R$ 50,00 (cinquenta reais), contudo o fato foi comunicado ao Conselho Tutelar e Brigada Militar, os quais lá compareceram, localizaram a vítima e denunciado, esse conseguindo fugir antes da chegada da Brigada Militar. A vítima foi encaminhada à Delegacia de Polícia, onde a perícia médica confirmou o relacionamento sexual, inclusive, revelando-se a presença de espermatozóides na cavidade vaginal. Assim sendo, a denunciada MARIA DO NASCIMENTO incorreu, duas vezes, nas penas do artigo 213 combinado com o artigo 224, alínea 'a', artigo 29, caput, e 71, caput, todos do Código Penal e o denunciado ANSELMO ANTÔNIO TIEZE, duas vezes, nas penas do artigo 213, combinado com artigo 224, alínea 'a', na forma do artigo 71, 'caput', todos do Código Penal (...).” A Juíza de Direito da Comarca de Lajeado acolheu a tese de atipicidade da conduta, sob o fundamento de que a vítima, então com 12 (doze) anos de idade, aparentava, por sua compleição física, ter idade superior, além de possuir discernimento necessário para consentir na relação sexual. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório HC 109.206 / RS O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou provimento à apelação interposta pelo Ministério Público estadual, mantendo a sentença absolutória. Irresignado, o Parquet interpôs recurso especial, o qual foi provido para afastar a atipicidade da conduta e determinar ao Tribunal de Justiça que procedesse ao exame das demais teses defensivas suscitadas nas contrarrazões da apelação. Ato contínuo, o Tribunal de Justiça, em atendimento ao mandamento do Superior Tribunal de Justiça, proveu a apelação do Ministério Público, condenando o paciente a 7 (sete) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. Os impetrantes alegam, em síntese, (a) atipicidade da conduta, por ausência de dolo, porquanto a vítima afirmara ao paciente ter 18 (dezoito) anos de idade, informação que, pelo seu desenvolvimento físico, aparentava ser verdadeira e, portanto, suficiente para elidir a violência presumida em relação ao crime de estupro (CP, art. 213, c/c art. 214, “a”, e (b) erro de tipo, também em razão de equívoco quanto à idade da vítima. Citam precedente desta Corte firmado no HC n. 73.662, Rel. Min. Marco Aurélio, no sentido de que a presunção de violência prevista no art. 224, alínea “a” do Código Penal, é relativa. Requerem a concessão de liminar a fim que seja suspenso o processo n. 700290095551, em trâmite na 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, e, no mérito, o deferimento do writ para reformar o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, restabelecendo a absolvição do paciente. Indeferida a liminar, os impetrantes opuseram embargos de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Supremo Tribunal Federal HC 109.206 / RS O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou provimento à apelação interposta pelo Ministério Público estadual, mantendo a sentença absolutória. Irresignado, o Parquet interpôs recurso especial, o qual foi provido para afastar a atipicidade da conduta e determinar ao Tribunal de Justiça que procedesse ao exame das demais teses defensivas suscitadas nas contrarrazões da apelação. Ato contínuo, o Tribunal de Justiça, em atendimento ao mandamento do Superior Tribunal de Justiça, proveu a apelação do Ministério Público, condenando o paciente a 7 (sete) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. Os impetrantes alegam, em síntese, (a) atipicidade da conduta, por ausência de dolo, porquanto a vítima afirmara ao paciente ter 18 (dezoito) anos de idade, informação que, pelo seu desenvolvimento físico, aparentava ser verdadeira e, portanto, suficiente para elidir a violência presumida em relação ao crime de estupro (CP, art. 213, c/c art. 214, “a”, e (b) erro de tipo, também em razão de equívoco quanto à idade da vítima. Citam precedente desta Corte firmado no HC n. 73.662, Rel. Min. Marco Aurélio, no sentido de que a presunção de violência prevista no art. 224, alínea “a” do Código Penal, é relativa. Requerem a concessão de liminar a fim que seja suspenso o processo n. 700290095551, em trâmite na 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, e, no mérito, o deferimento do writ para reformar o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, restabelecendo a absolvição do paciente. Indeferida a liminar, os impetrantes opuseram embargos de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório HC 109.206 / RS declaração apontando contradição ou obscuridade no seguinte trecho do decisum: “(...) In casu, no entanto, tenho, à primeira vista, que o exame desses temas demanda esmiuçamento de fatos e provas, notadamente em razão de a paciente, então com doze anos de idade, ter sido considerada como se tivesse dezoito anos, circunstância que caracteriza acentuada desproporcionalidade. (…).” Os embargantes entendem “como contradição senão obscuridade fixar em dezoito anos como acima transcrito, pois se há nos autos posicionamento da sedizente vítima que se apresentou como maior de idade, houve contemplação pela magistrada prolatora da decisão absolutória mensurando que a sedizente vítima efetivamente não aparentava 12 (doze) anos de idade. Destarte, não se vê justo pontuar na decisão ora embargada que a sedizente vítima não tivesse 18 (dezoito) anos”. Requerem “o recebimento do presente com o devido processamento, reconhecendo este juízo as circunstâncias acima, a fim de não pontuar a idade mínima de 18 anos como fixara na decisão ora embargada, também a gerar efeito para o instituto erro de tipo outrora requerido”. O Ministério Público Federal opinou no sentido da denegação da ordem. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Supremo Tribunal Federal HC 109.206 / RS declaração apontando contradição ou obscuridade no seguinte trecho do decisum: “(...) In casu, no entanto, tenho, à primeira vista, que o exame desses temas demanda esmiuçamento de fatos e provas, notadamente em razão de a paciente, então com doze anos de idade, ter sido considerada como se tivesse dezoito anos, circunstância que caracteriza acentuada desproporcionalidade. (…).” Os embargantes entendem “como contradição senão obscuridade fixar em dezoito anos como acima transcrito, pois se há nos autos posicionamento da sedizente vítima que se apresentou como maior de idade, houve contemplação pela magistrada prolatora da decisão absolutória mensurando que a sedizente vítima efetivamente não aparentava 12 (doze) anos de idade. Destarte, não se vê justo pontuar na decisão ora embargada que a sedizente vítima não tivesse 18 (dezoito) anos”. Requerem “o recebimento do presente com o devido processamento, reconhecendo este juízo as circunstâncias acima, a fim de não pontuar a idade mínima de 18 anos como fixara na decisão ora embargada, também a gerar efeito para o instituto erro de tipo outrora requerido”. O Ministério Público Federal opinou no sentido da denegação da ordem. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539662. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.206 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A controvérsia atinente ao caráter relativo ou absoluto da presunção de violência no crime de menor de 14 (quatorze) anos, de que trata o art. 224, alínea “a”, do Código Penal1, restou superada por esta Corte, que pacificou entendimento no sentido de que se trata de presunção absoluta, por ser a imaturidade psicológica da vítima o bem jurídico tutelado, conforme se vê nos seguintes precedentes: “HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ALEGAÇÃO DE QUE A PRESUNÇÃO DE VIOLÊNCIA NO ESTUPRO DE MENOR DE QUATORZE ANOS SERIA RELATIVA EM RAZÃO DO CONSENTIMENTO DA OFENDIDA: IRRELEVÂNCIA PARA A CONFIGURAÇÃO DO DELITO QUANDO A VÍTIMA É MENOR DE QUATORZE ANOS. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS INDEFERIDO. 1. É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de que o eventual consentimento da ofendida, menor de 14 anos, para a conjunção carnal e mesmo sua experiência anterior não elidem a presunção de violência, para a caracterização do estupro. Precedentes. 2. Habeas Corpus indeferido. “ (HC 93.263, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 14/04/08) “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. ESTUPRO. NEGATIVA DE AUTORIA. ERRO DE TIPO. VIDA DESREGRADA DA OFENDIDA. CONCUBINATO. 1 Art. 224. Presume-se a violência, se a vítima: a) não é maior de catorze anos; b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância; c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.206 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A controvérsia atinente ao caráter relativo ou absoluto da presunção de violência no crime de menor de 14 (quatorze) anos, de que trata o art. 224, alínea “a”, do Código Penal1, restou superada por esta Corte, que pacificou entendimento no sentido de que se trata de presunção absoluta, por ser a imaturidade psicológica da vítima o bem jurídico tutelado, conforme se vê nos seguintes precedentes: “HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ALEGAÇÃO DE QUE A PRESUNÇÃO DE VIOLÊNCIA NO ESTUPRO DE MENOR DE QUATORZE ANOS SERIA RELATIVA EM RAZÃO DO CONSENTIMENTO DA OFENDIDA: IRRELEVÂNCIA PARA A CONFIGURAÇÃO DO DELITO QUANDO A VÍTIMA É MENOR DE QUATORZE ANOS. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS INDEFERIDO. 1. É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de que o eventual consentimento da ofendida, menor de 14 anos, para a conjunção carnal e mesmo sua experiência anterior não elidem a presunção de violência, para a caracterização do estupro. Precedentes. 2. Habeas Corpus indeferido. “ (HC 93.263, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 14/04/08) “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. ESTUPRO. NEGATIVA DE AUTORIA. ERRO DE TIPO. VIDA DESREGRADA DA OFENDIDA. CONCUBINATO. 1 Art. 224. Presume-se a violência, se a vítima: a) não é maior de catorze anos; b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância; c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 109.206 / RS 1. Em se tratando de delito contra os costumes, a palavra da ofendida ganha especial relevo. Aliada aos exames periciais, ilide o argumento da negativa de autoria. 2. O erro quanto à idade da ofendida é o que a doutrina chama de erro de tipo, ou seja o erro quanto a um dos elementos integrantes do erro do tipo. A jurisprudência do tribunal reconhece a atipicidade do fato somente quando se demonstra que a ofendida aparenta ter idade superior a 14 (quatorze) anos. Precedentes. No caso, era do conhecimento do réu que a ofendida tinha 12 (doze) anos de idade. 3. Tratando-se de menor de 14 (quatorze) anos, a violência, como elemento do tipo, é presumida. Eventual experiência anterior da ofendida não tem força para descaracterizar essa presunção legal. Precedentes. Ademais, a demonstração de comportamento desregrado de uma menina de 12 (doze) anos implica em revolver o contexto probatório. Inviável em Habeas. 4. O casamento da ofendida com terceiro, no curso da ação penal, é causa de extinção da punibilidade (CP, art. 107, VIII). Por analogia, poder-se-ia admitir, também, o concubinato da ofendida com terceiro. Entretanto, tal alegação deve ser feita antes do trânsito em julgado da decisão condenatória. O recorrente só fez após o trânsito em julgado. Negado provimento ao recurso.” (RHC 79.788, Rel. Min. NELSON JOBIM, 2ª Turma, DJ de 17/08/01) “HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTUPRO. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. CARÁTER ABSOLUTO. 1.Ambas as Turmas desta Corte pacificaram o entendimento de que a presunção de violência de que trata o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Supremo Tribunal Federal HC 109.206 / RS 1. Em se tratando de delito contra os costumes, a palavra da ofendida ganha especial relevo. Aliada aos exames periciais, ilide o argumento da negativa de autoria. 2. O erro quanto à idade da ofendida é o que a doutrina chama de erro de tipo, ou seja o erro quanto a um dos elementos integrantes do erro do tipo. A jurisprudência do tribunal reconhece a atipicidade do fato somente quando se demonstra que a ofendida aparenta ter idade superior a 14 (quatorze) anos. Precedentes. No caso, era do conhecimento do réu que a ofendida tinha 12 (doze) anos de idade. 3. Tratando-se de menor de 14 (quatorze) anos, a violência, como elemento do tipo, é presumida. Eventual experiência anterior da ofendida não tem força para descaracterizar essa presunção legal. Precedentes. Ademais, a demonstração de comportamento desregrado de uma menina de 12 (doze) anos implica em revolver o contexto probatório. Inviável em Habeas. 4. O casamento da ofendida com terceiro, no curso da ação penal, é causa de extinção da punibilidade (CP, art. 107, VIII). Por analogia, poder-se-ia admitir, também, o concubinato da ofendida com terceiro. Entretanto, tal alegação deve ser feita antes do trânsito em julgado da decisão condenatória. O recorrente só fez após o trânsito em julgado. Negado provimento ao recurso.” (RHC 79.788, Rel. Min. NELSON JOBIM, 2ª Turma, DJ de 17/08/01) “HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTUPRO. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. CARÁTER ABSOLUTO. 1.Ambas as Turmas desta Corte pacificaram o entendimento de que a presunção de violência de que trata o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 109.206 / RS artigo 224, alínea “a” do Código Penal é absoluta. 2.A violência presumida foi eliminada pela Lei n. 12.015/2009. A simples conjunção carnal com menor de quatorze anos consubstancia crime de estupro. Não se há mais de perquirir se houve ou não violência. A lei consolidou de vez a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Ordem indeferida.” (HC 101.456, Rel. Min. EROS GRAU, 2ª Turma, DJe de 30/04/10) O tema concernente ao erro de tipo, fundado em que a vítima afirmara ao paciente ter mais de 18 anos de idade, é insuscetível de exame na via estreita do writ, por demandar aprofundada análise dos fatos e das provas que o levaram a acreditar que ela tinha 18 anos e era experiente na atividade sexual. O impetrante opôs embargos de declaração da decisão que indeferiu a liminar, sob o fundamento de que há “contradição senão obscuridade fixar em dezoito anos como acima transcrito, pois se há nos autos posicionamento da sedizente vítima que se apresentou como maior de idade, houve contemplação pela magistrada prolatora da decisão absolutória mensurando que a sedizente vítima efetivamente não aparentava 12 (doze) anos de idade. Destarte, não se vê justo pontuar na decisão ora embargada que a sedizente vítima não tivesse 18 (dezoito) anos”. A decisão embargada não contém os vícios alegados. Destarte, a premissa de que a vítima aparentava ter 18 (dezoito) anos de idade, a consubstanciar acentuada desproporcionalidade com a idade real (12 anos), foi extraída da própria inicial, no tocante à defesa da tese do erro de tipo, verbis: “A reforçar a síntese do parágrafo acima, há exposição probatória induvidosa de que a sedizente Vítima providenciou 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Supremo Tribunal Federal HC 109.206 / RS artigo 224, alínea “a” do Código Penal é absoluta. 2.A violência presumida foi eliminada pela Lei n. 12.015/2009. A simples conjunção carnal com menor de quatorze anos consubstancia crime de estupro. Não se há mais de perquirir se houve ou não violência. A lei consolidou de vez a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Ordem indeferida.” (HC 101.456, Rel. Min. EROS GRAU, 2ª Turma, DJe de 30/04/10) O tema concernente ao erro de tipo, fundado em que a vítima afirmara ao paciente ter mais de 18 anos de idade, é insuscetível de exame na via estreita do writ, por demandar aprofundada análise dos fatos e das provas que o levaram a acreditar que ela tinha 18 anos e era experiente na atividade sexual. O impetrante opôs embargos de declaração da decisão que indeferiu a liminar, sob o fundamento de que há “contradição senão obscuridade fixar em dezoito anos como acima transcrito, pois se há nos autos posicionamento da sedizente vítima que se apresentou como maior de idade, houve contemplação pela magistrada prolatora da decisão absolutória mensurando que a sedizente vítima efetivamente não aparentava 12 (doze) anos de idade. Destarte, não se vê justo pontuar na decisão ora embargada que a sedizente vítima não tivesse 18 (dezoito) anos”. A decisão embargada não contém os vícios alegados. Destarte, a premissa de que a vítima aparentava ter 18 (dezoito) anos de idade, a consubstanciar acentuada desproporcionalidade com a idade real (12 anos), foi extraída da própria inicial, no tocante à defesa da tese do erro de tipo, verbis: “A reforçar a síntese do parágrafo acima, há exposição probatória induvidosa de que a sedizente Vítima providenciou 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 109.206 / RS em erro de tipo ao presente caso, quando tendo compleição física superior a de uma menina de 12 anos (como mensurado pela magistrada), e, quando perguntada pelo Paciente quantos anos tinha respondeu de plano que era 18 (anos), agregado ser experiente na atividade sexual (…).” “E com a devida vênia, não há que falar em inexistência de referência pela defesa, pois em prol do Paciente, fora questionado a Vítima Betina se a mesma confirmava ou não de que o Paciente teria lhe perguntado qual era sua idade, tendo informado que aduziu ao mesmo que sua idade era 18 anos).” De qualquer sorte, e em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a violência no crime de estupro contra menor de quatorze é absoluta, não tem relevância para o deslinde do caso se a vítima aparentava ter idade um pouco acima dos quatorze anos ou dezoito anos. Ex positis, denego a ordem e julgo prejudicados os embargos de declaração opostos da decisão que indeferiu a liminar. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Supremo Tribunal Federal HC 109.206 / RS em erro de tipo ao presente caso, quando tendo compleição física superior a de uma menina de 12 anos (como mensurado pela magistrada), e, quando perguntada pelo Paciente quantos anos tinha respondeu de plano que era 18 (anos), agregado ser experiente na atividade sexual (…).” “E com a devida vênia, não há que falar em inexistência de referência pela defesa, pois em prol do Paciente, fora questionado a Vítima Betina se a mesma confirmava ou não de que o Paciente teria lhe perguntado qual era sua idade, tendo informado que aduziu ao mesmo que sua idade era 18 anos).” De qualquer sorte, e em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a violência no crime de estupro contra menor de quatorze é absoluta, não tem relevância para o deslinde do caso se a vítima aparentava ter idade um pouco acima dos quatorze anos ou dezoito anos. Ex positis, denego a ordem e julgo prejudicados os embargos de declaração opostos da decisão que indeferiu a liminar. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1539663. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.206 RIO GRANDE DO SUL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, Juízo e Órgão revisor decidiram a favor do paciente, examinando a prova, os elementos coligidos ao processo-crime. O Superior Tribunal de Justiça, numa via afunilada, que é a do recurso especial, de natureza extraordinária, veio a reformar essa decisão. E o fez potencializando, a mais não poder, a presunção de violência pela idade da vítima e desprezando as premissas fáticas constantes das duas decisões formalizadas no âmbito ordinário. Presidente, peço vênia ao relator para, mais uma vez, reafirmar que não existe tipo doloso por presunção. Não há tipo penal por presunção. O que assentado no Código, quanto à idade da vítima, não possui natureza absoluta. Caso a caso, deve-se examinar a prática, para concluir-se pela tipologia ou não. Concedo a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563453. Supremo Tribunal Federal 18/10/2011 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.206 RIO GRANDE DO SUL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, Juízo e Órgão revisor decidiram a favor do paciente, examinando a prova, os elementos coligidos ao processo-crime. O Superior Tribunal de Justiça, numa via afunilada, que é a do recurso especial, de natureza extraordinária, veio a reformar essa decisão. E o fez potencializando, a mais não poder, a presunção de violência pela idade da vítima e desprezando as premissas fáticas constantes das duas decisões formalizadas no âmbito ordinário. Presidente, peço vênia ao relator para, mais uma vez, reafirmar que não existe tipo doloso por presunção. Não há tipo penal por presunção. O que assentado no Código, quanto à idade da vítima, não possui natureza absoluta. Caso a caso, deve-se examinar a prática, para concluir-se pela tipologia ou não. Concedo a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1563453. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.206 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : ANSELMO ANTONIO TIEZE IMPTE.(S) : EVANDRO MULITERNO DE QUADROS COATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus e julgou prejudicados os embargos de declaração opostos, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547440 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.206 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : ANSELMO ANTONIO TIEZE IMPTE.(S) : EVANDRO MULITERNO DE QUADROS COATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus e julgou prejudicados os embargos de declaração opostos, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz Fux. Compareceram os Senhores Ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski para julgar processos a eles vinculados. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1547440 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1571631
2011-10-18T00:00:00
2011-11-16T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus e julgou prejudicados os embargos de declaração opostos, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 18.10.2011.
HABEAS CORPUS
Ementa: PENAL. HABEAS CORPUS. ESTUPRO DE MENOR DE 14 ANOS (CP, ART. 213, C/C ART. 224, “A”). PRESUNÇÃO ABSOLUTA DE VIOLÊNCIA. ERRO DE TIPO. TEMA INSUSCETÍVEL DE EXAME EM HABEAS CORPUS, POR DEMANDAR APROFUNDADA ANÁLISE DE FATOS E PROVAS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS ALEGADOS. PLEITO PREJUDICADO. 1. O bem jurídico tutelado no crime de estupro contra menor de 14 (quatorze) anos é imaturidade psicológica, por isso que sendo a presunção de violência absoluta não pode ser elidida pela compleição física da vítima nem por sua anterior experiência em sexo. Precedentes: HC 93.263, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJe de 14/04/08, RHC 79.788, Rel. Min. NELSON JOBIM, 2ª Turma, DJ de 17/08/01 e HC 101.456, Rel. Min. Eros Grau, DJe de 30/04/10). 2. A alegação de erro de tipo, fundada em que a vítima dissera ao paciente ter 18 anos de idade e que era experiente na atividade sexual, é insuscetível de exame em habeas corpus, por demandar aprofundada análise dos fatos e das provas que o levaram a acreditar em tais afirmações. 3. In casu, o paciente manteve relação sexual, mediante paga, com menina de 12 (doze) anos de idade, que lhe dissera ter 18 (dezoito) anos, foi absolvido em primeira e segunda instâncias e, ante o provimento de recurso especial do Ministério Público, afastando a atipicidade da conduta e determinando ao TJ/RS que retomasse o julgamento da apelação, com o exame dos demais argumentos nela suscitados, restou condenado a 7 (sete) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. 4. A premissa de que a vítima dissera ao paciente ter 18 (dezoito) anos de idade, em acentuada desproporcionalidade com a idade real (12 anos), e que serviu de fundamento para indeferir a liminar nestes autos, foi extraída da própria inicial, não cabendo falar em contradição e obscuridade nos embargos de declaração opostos contra a referida decisão, com o escopo de esclarecer que o apurado na ação penal conduzia a que a menor aparentava ter 14 anos, o que favoreceria a tese do erro de tipo. 5. De qualquer sorte, e em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a violência no crime de estupro contra menor de quatorze é absoluta, não tem relevância para o deslinde do caso se a vítima aparentava ter idade um pouco acima dos quatorze anos ou dos dezoito anos que afirmara ter. 6. Ordem denegada, restando prejudicados os embargos de declaração opostos da decisão que indeferiu a liminar.
sjur201532
- Acórdãos citados: RHC 79788, HC 93263, HC 101456. Número de páginas: 12. Análise: 28/11/2011, MMR. Revisão: 14/12/2011, ACG.
LUIZ FUX
Primeira Turma
109206
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00213 ART-00224 LET-A LET-B\r\n LET-C \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 109206
[ "" ]
PACTE.(S) : ANSELMO ANTONIO TIEZE IMPTE.(S) : EVANDRO MULITERNO DE QUADROS COATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "C 93. 263", "R", "HC 79. 788", "H", "C 101. 456", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C n. 73. 662", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C n. 73. 662", "processo n. 700290095551", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "C 93. 263", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "C 93. 263", "H", "C 109. 206 / RS", "R", "HC 79. 788", "H", "C 109. 206 / RS", "R", "HC 79. 788", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C 101. 456", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C 101. 456", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "C 109. 206 / RS", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 109. 206" ], "LEGISLACAO": [ "CP, ART. 213, C / C ART. 224, “ A ”", "MP 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Ementa e Acórdão 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.780 SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :SIND. TRAB. IND. PAPEL, CELUL. PASTA MAD.P/PAPEL, PAPELAO E CORT. E ARTEFATOS DE PAPEL, PAPELAO E CORT. JAU E REG. ADV.(A/S) :ANTÔNIO ROSELLA AGDO.(A/S) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :CARTONAGEM JAUENSE LTDA ADV.(A/S) :ADILSON ROBERTO BATTOCHIO INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE BAURU E REGIÃO ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO BOBRI RIBAS E OUTRO(A/S) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM CONFLITO DE COMPETÊNCIA. DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Brasília, 18 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217468. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão CC 7780 AGR / SP Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217468. Supremo Tribunal Federal CC 7780 AGR / SP Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217468. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.780 SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :SIND. TRAB. IND. PAPEL, CELUL. PASTA MAD.P/PAPEL, PAPELAO E CORT. E ARTEFATOS DE PAPEL, PAPELAO E CORT. JAU E REG. ADV.(A/S) :ANTÔNIO ROSELLA AGDO.(A/S) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :CARTONAGEM JAUENSE LTDA ADV.(A/S) :ADILSON ROBERTO BATTOCHIO INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE BAURU E REGIÃO ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO BOBRI RIBAS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao conflito de competência, ante o trânsito em julgado de uma das decisões confrontadas. Consta do ato ora agravado: Não obstante a competência desta Corte para julgamento do caso, pois, nos termos do art. 102, I, o, da Constituição da República, envolve decisões do TST e do TJ/SP, consulta ao sítio eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho na internet (www.tst.jus.br) revela, entretanto, que o processo no qual foi proferida uma das supostas decisões conflitantes baixou à origem, por ausência de interposição de recurso no prazo legal. A jurisprudência desta Corte não conhece de conflito de competência em que haja decisão com trânsito em julgado: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217554. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.780 SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :SIND. TRAB. IND. PAPEL, CELUL. PASTA MAD.P/PAPEL, PAPELAO E CORT. E ARTEFATOS DE PAPEL, PAPELAO E CORT. JAU E REG. ADV.(A/S) :ANTÔNIO ROSELLA AGDO.(A/S) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :CARTONAGEM JAUENSE LTDA ADV.(A/S) :ADILSON ROBERTO BATTOCHIO INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE BAURU E REGIÃO ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO BOBRI RIBAS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao conflito de competência, ante o trânsito em julgado de uma das decisões confrontadas. Consta do ato ora agravado: Não obstante a competência desta Corte para julgamento do caso, pois, nos termos do art. 102, I, o, da Constituição da República, envolve decisões do TST e do TJ/SP, consulta ao sítio eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho na internet (www.tst.jus.br) revela, entretanto, que o processo no qual foi proferida uma das supostas decisões conflitantes baixou à origem, por ausência de interposição de recurso no prazo legal. A jurisprudência desta Corte não conhece de conflito de competência em que haja decisão com trânsito em julgado: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217554. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório CC 7780 AGR / SP “Direito Constitucional e Processual Civil. Conflito de competência. Decisões proferidas, em processos diferentes, pelo Tribunal de Alçada Cível do Rio de Janeiro e pelo Superior Tribunal de Justiça (art. 102, I, "o", da Constituição Federal). 1. Havendo transitado em julgado os acórdãos do Tribunal de Alçada Cível do Rio de Janeiro e do Superior Tribunal de Justiça, proferidos em processos diferentes, e competindo o cumprimento de ambos a um mesmo juiz de 1. grau, a este caberá decidir, em primeiro lugar, sobre como fará a execução. Se lhe parecerem conciliáveis ou incompatíveis e contraditórios, proferirá a decisão que lhe parecer correta, restando às partes os recursos admissíveis. 2. Não se pode vislumbrar conflito de competência entre as duas Cortes referidas, dirimível pelo Supremo Tribunal Federal, quando os acórdãos de ambas já transitaram em julgado, e, na execução, ainda não há decisão do Juiz competente, nem dos Tribunais confrontados, que caracterize um conflito atual no respectivo cumprimento. 3. Conflito de competência não conhecido. (CC 7007, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, Pleno, DJ de 7.10.1994). Há, ainda, precedentes monocráticos que também não conhecem de conflito quando pelo menos uma das decisões tenha transitado em julgado, adotando como fundamento o disposto na súmula 59 do Superior Tribunal de Justiça. É o que se extrai da decisão proferida pelo Ministro DIAS TOFFOLI, nos autos do CC 7679: “Ressalte-se, por oportuno, que em já tendo sido proferida decisão, por parte de um dos juízos suscitados, com trânsito em julgado, não se tem mesmo por caracterizado o conflito de competência, existindo até mesmo Súmula do Superior Tribunal de Justiça (de nº 59), 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217554. Supremo Tribunal Federal CC 7780 AGR / SP “Direito Constitucional e Processual Civil. Conflito de competência. Decisões proferidas, em processos diferentes, pelo Tribunal de Alçada Cível do Rio de Janeiro e pelo Superior Tribunal de Justiça (art. 102, I, "o", da Constituição Federal). 1. Havendo transitado em julgado os acórdãos do Tribunal de Alçada Cível do Rio de Janeiro e do Superior Tribunal de Justiça, proferidos em processos diferentes, e competindo o cumprimento de ambos a um mesmo juiz de 1. grau, a este caberá decidir, em primeiro lugar, sobre como fará a execução. Se lhe parecerem conciliáveis ou incompatíveis e contraditórios, proferirá a decisão que lhe parecer correta, restando às partes os recursos admissíveis. 2. Não se pode vislumbrar conflito de competência entre as duas Cortes referidas, dirimível pelo Supremo Tribunal Federal, quando os acórdãos de ambas já transitaram em julgado, e, na execução, ainda não há decisão do Juiz competente, nem dos Tribunais confrontados, que caracterize um conflito atual no respectivo cumprimento. 3. Conflito de competência não conhecido. (CC 7007, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, Pleno, DJ de 7.10.1994). Há, ainda, precedentes monocráticos que também não conhecem de conflito quando pelo menos uma das decisões tenha transitado em julgado, adotando como fundamento o disposto na súmula 59 do Superior Tribunal de Justiça. É o que se extrai da decisão proferida pelo Ministro DIAS TOFFOLI, nos autos do CC 7679: “Ressalte-se, por oportuno, que em já tendo sido proferida decisão, por parte de um dos juízos suscitados, com trânsito em julgado, não se tem mesmo por caracterizado o conflito de competência, existindo até mesmo Súmula do Superior Tribunal de Justiça (de nº 59), 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217554. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Relatório CC 7780 AGR / SP assim dispondo.” (DJe de 2.12.2011. No mesmo sentido: CC 7627, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, DJe de 4.5.2010). O agravante alega, em síntese, que o trânsito em julgado da decisão proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho teria ocorrido após o conflito de competência ter sido suscitado junto a esta Corte. A Procuradoria-Geral da República opina pelo desprovimento do agravo, ante o trânsito em julgado do acórdão do TST. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217554. Supremo Tribunal Federal CC 7780 AGR / SP assim dispondo.” (DJe de 2.12.2011. No mesmo sentido: CC 7627, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, DJe de 4.5.2010). O agravante alega, em síntese, que o trânsito em julgado da decisão proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho teria ocorrido após o conflito de competência ter sido suscitado junto a esta Corte. A Procuradoria-Geral da República opina pelo desprovimento do agravo, ante o trânsito em julgado do acórdão do TST. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217554. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.780 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. O agravo regimental não merece prosperar. Cumpre esclarecer o contexto processual, para que não restem dúvidas sobre a correção do ato ora agravado. O Tribunal Superior do Trabalho não admitiu agravo de instrumento em recurso de revista, por deficiência de traslado. Contra a decisão foi interposto recurso extraordinário, não admitido por ausência de questão constitucional declarada por esta Corte, uma vez que versa sobre requisito de admissibilidade de recurso de competência de outras Cortes. Contra a inadmissibilidade foi interposto agravo (convertido em regimental, em observância à jurisprudência do STF), ao qual foi negado provimento, com aplicação de multa do art. 557, § 2º, do CPC (acórdão publicado em 23/03/2012). Contra o acórdão sobrevieram embargos de declaração, não conhecidos por ausência de recolhimento da multa. Ora, uma vez não conhecidos os embargos, o prazo para o trânsito em julgado começou a correr da decisão embargada, no caso, em 23/03/2012. O presente conflito, entretanto, somente foi protocolado no Supremo Tribunal Federal em 25/06/2012. Ante o trânsito em julgado, a jurisprudência do STF não conhece do conflito (CC 7.007, Rel. Min. Sydney Sanches, Pleno, DJ de 07/10/1994), merecendo destaque referência à Súmula 59 do Superior Tribunal de Justiça: “Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes.” 2. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217555. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.780 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. O agravo regimental não merece prosperar. Cumpre esclarecer o contexto processual, para que não restem dúvidas sobre a correção do ato ora agravado. O Tribunal Superior do Trabalho não admitiu agravo de instrumento em recurso de revista, por deficiência de traslado. Contra a decisão foi interposto recurso extraordinário, não admitido por ausência de questão constitucional declarada por esta Corte, uma vez que versa sobre requisito de admissibilidade de recurso de competência de outras Cortes. Contra a inadmissibilidade foi interposto agravo (convertido em regimental, em observância à jurisprudência do STF), ao qual foi negado provimento, com aplicação de multa do art. 557, § 2º, do CPC (acórdão publicado em 23/03/2012). Contra o acórdão sobrevieram embargos de declaração, não conhecidos por ausência de recolhimento da multa. Ora, uma vez não conhecidos os embargos, o prazo para o trânsito em julgado começou a correr da decisão embargada, no caso, em 23/03/2012. O presente conflito, entretanto, somente foi protocolado no Supremo Tribunal Federal em 25/06/2012. Ante o trânsito em julgado, a jurisprudência do STF não conhece do conflito (CC 7.007, Rel. Min. Sydney Sanches, Pleno, DJ de 07/10/1994), merecendo destaque referência à Súmula 59 do Superior Tribunal de Justiça: “Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes.” 2. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5217555. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 18/12/2013 PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.780 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : SIND. TRAB. IND. PAPEL, CELUL. PASTA MAD.P/PAPEL, PAPELAO E CORT. E ARTEFATOS DE PAPEL, PAPELAO E CORT. JAU E REG. ADV.(A/S) : ANTÔNIO ROSELLA AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : CARTONAGEM JAUENSE LTDA ADV.(A/S) : ADILSON ROBERTO BATTOCHIO INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE BAURU E REGIÃO ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO BOBRI RIBAS E OUTRO(A/S) Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283123 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.780 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : SIND. TRAB. IND. PAPEL, CELUL. PASTA MAD.P/PAPEL, PAPELAO E CORT. E ARTEFATOS DE PAPEL, PAPELAO E CORT. JAU E REG. ADV.(A/S) : ANTÔNIO ROSELLA AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : CARTONAGEM JAUENSE LTDA ADV.(A/S) : ADILSON ROBERTO BATTOCHIO INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE BAURU E REGIÃO ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO BOBRI RIBAS E OUTRO(A/S) Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283123 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5298110
2013-12-18T00:00:00
2014-02-19T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013.
AG.REG. NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM CONFLITO DE COMPETÊNCIA. DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
sjur255395
- Acórdão(s) citado(s): (CONFLITO DE COMPETÊNCIA, DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO) CC 7007 (TP). Número de páginas: 7. Análise: 25/02/2014, MAR.
TEORI ZAVASCKI
Tribunal Pleno
7780
[ "LEG-FED SUM-000059\r\n SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ" ]
CC-AgR
acordaos
CC 7780 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : SIND. TRAB. IND. PAPEL, CELUL. PASTA MAD.P/PAPEL, PAPELAO E CORT. E ARTEFATOS DE PAPEL, PAPELAO E CORT. JAU E REG. ADV.(A/S) : ANTÔNIO ROSELLA AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : CARTONAGEM JAUENSE LTDA ADV.(A/S) : ADILSON ROBERTO BATTOCHIO INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE BAURU E REGIÃO ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO BOBRI RIBAS E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "CON", "FL", "IT", "O DE COMPETÊNCIA 7. 780", "CC 7780", "A", "G", "R", "/", "SP", "CC 7780", "A", "G", "R /", "SP", "CON", "FL", "IT", "O DE COMPETÊNCIA 7. 780", "CON", "FL", "IT", "O DE COMPETÊNCIA 7. 780", "CC 7007", "sú", "mul", "a 59 do Superior Tribunal de Justiça", "CC 7679", "S", "úm", "ula", "CC 7780 AGR / SP", "CC 7007", "sú", "mul", "a 59 do Superior Tribunal de Justiça", "CC 7679", "S", "úm", "ula", "CC 7780 AGR /", "SP", "CC 7627", "CC 7780", "A", "G", "R", "/ SP", "CC 7627", "CON", "FL", "IT", "O DE COMPETÊNCIA 7. 780", "CC 7. 007", "S", "úm", "ula 59 do Superior Tribunal de Justiça", "CON", "FL", "IT", "O DE COMPETÊNCIA 7. 780", "CC 7. 007", "S", "úm", "ula 59 do Superior Tribunal de Justiça", "CON", "FL", "IT", "O DE COMPETÊNCIA 7. 780", "CON", "FL", "IT", "O DE COMPETÊNCIA 7. 780" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, I, o, da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, I, o, da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, I, \" o \", da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, I, \" o \", da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, § [UNK], do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "IN", "D", "Ú", "ST", "RI", "AS", "B", "A", "UR", "U E", "R", "E", "G", "I", "ÃO", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "B", "A", "UR", "U E", "R", "E", "G", "I", "ÃO", "S", "ÃO PAULO", "B", "A", "UR", "U", "R", "E", "G", "I", "ÃO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "B", "A", "UR", "U E", "R", "E", "G", "I", "ÃO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "S", "IN", "T", "RI", "B", "UN", "AL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO", "T", "RI", "B", "UN", "AL SUPERIOR DO TRABALHO", "CA", 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Tomimatsu", "T", "E", "OR", "I ZAVASCKI", "AN", "T", "Ô", "N", "IO ROSELLA", "A", "DI", "LS", "ON ROBERTO BATTOCHIO", "L", "U", "I", "Z FERNANDO BOBRI RIBAS", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Te", "ori Zavascki", "Roberto Barroso", "Rodrigo Janot Monteiro de Barros", "Luiz Tomimatsu" ], "TEMPO": [ "18", "/", "12", "/", "2013", "18 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "7", ".", "10", ".", "1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "7", ".", "10", ".", "1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "2", ".", "12", ".", "2011", "4", ".", "5", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "2", ".", "12", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :JOSÉ LUIZ LIRA IMPTE.(S) :ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Ementa: HABEAS CORPUS EM SUBSTITUIÇÃO A RECURSO ORDINÁRIO. TRÁFICO DE ENTORPECENTE, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO E LAVAGEM DE DINHEIRO. PRISÃO PREVENTIVA. INADEQUAÇÃO DA VIA PROCESSUAL. 1. Não cabe habeas corpus para o Supremo Tribunal Federal em substituição a recurso ordinário. Precedentes. 2. Inexiste ilegalidade flagrante ou abuso de poder que autorize a concessão da ordem de ofício. 3. Habeas Corpus extinto sem resolução de mérito por inadequação da via processual, cassada a liminar deferida. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual e cassar a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do Ministro Luís Roberto Barroso, Redator para o acórdão, vencido o Ministro Marco Aurélio, Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - REDATOR P/ O ACÓRDÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5089689. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :JOSÉ LUIZ LIRA IMPTE.(S) :ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: Eis a decisão mediante a qual o Juízo da Vara de Inquéritos da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba/PR determinou, em 27 de fevereiro de 2012, a prisão preventiva do paciente, ante a suposta prática dos crimes previstos nos artigos 33, cabeça, e 35, cabeça, da Lei nº 11.343/2006 e 1º, inciso I, da Lei nº 9.613/1998, na forma do artigo 69 do Código Penal: [...] sendo a prisão preventiva uma medida cautelar de caráter excepcional, é necessária a demonstração de situações efetivas que justifiquem o sacrifício da liberdade individual. Pois bem. No presente caso, mostram-se evidentes os requisitos acima elencados, tal como a garantia da ordem pública, haja vista a periculosidade dos representados que supostamente praticam o crime de tráfico e associação ao tráfico de drogas, que possui como rota a capital paranaense, colocando em grave risco a saúde pública. Ressalte-se, ainda, que o crime de tráfico de drogas é daqueles que causam sentimento de repúdio na população, sendo considerado extremamente grave, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :JOSÉ LUIZ LIRA IMPTE.(S) :ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: Eis a decisão mediante a qual o Juízo da Vara de Inquéritos da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba/PR determinou, em 27 de fevereiro de 2012, a prisão preventiva do paciente, ante a suposta prática dos crimes previstos nos artigos 33, cabeça, e 35, cabeça, da Lei nº 11.343/2006 e 1º, inciso I, da Lei nº 9.613/1998, na forma do artigo 69 do Código Penal: [...] sendo a prisão preventiva uma medida cautelar de caráter excepcional, é necessária a demonstração de situações efetivas que justifiquem o sacrifício da liberdade individual. Pois bem. No presente caso, mostram-se evidentes os requisitos acima elencados, tal como a garantia da ordem pública, haja vista a periculosidade dos representados que supostamente praticam o crime de tráfico e associação ao tráfico de drogas, que possui como rota a capital paranaense, colocando em grave risco a saúde pública. Ressalte-se, ainda, que o crime de tráfico de drogas é daqueles que causam sentimento de repúdio na população, sendo considerado extremamente grave, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório HC 117416 / PR abalando fortemente a ordem pública, mesmo porque, o tráfico de drogas é responsável pelo aumento de outros crimes, tais como furtos, roubos e até mesmo homicídios. [...] Assim, a gravidade da infração, a repercussão que a mesma possa atingir, com a indignação social e a comoção pública, colocando em cheque [sic] a própria credibilidade do Judiciário e a periculosidade do infrator, daquele que por si só é um risco, o que se pode aferir da ficha de antecedentes, ou da frieza com que atua, poderiam, em conjunto ou separadamente, autorizar a segregação cautelar. Além disso, os representados, soltos, poderão vir a evadir-se do distrito da culpa, condição reforçada considerando que os mesmos são cautelosos, atuam de forma organizada e hierarquizada e trocam seus numerais telefônicos com frequência, configurando, assim, o requisito da garantia da aplicação penal. Por fim, pela conveniência da instrução criminal, a segregação se faz necessária para, com isso, imprimir esforço no atendimento ao devido processo legal, que é expressão da garantia, na faceta da justa e livre produção do manancial de provas e, deste modo, elucidar perfeitamente os fatos aqui apurados, resgatar os bens adquiridos com os frutos do crime e realizar apreensões das drogas comercializadas pela quadrilha, sem embargo ainda da necessidade de se averiguar a origem efetiva das mesmas. Destarte, há relevantes fundamentos legalmente válidos para subsidiar a decretação da prisão preventiva dos representados. Com efeito, a dimensão e a perniciosidade das ações da organização criminosa, delineadas pelos elementos já colhidos, evidenciam clara ameaça à ordem pública, a autorizar o encarceramento provisório dos agentes envolvidos, a fim de estancar a continuidade das empreitadas criminosas. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR abalando fortemente a ordem pública, mesmo porque, o tráfico de drogas é responsável pelo aumento de outros crimes, tais como furtos, roubos e até mesmo homicídios. [...] Assim, a gravidade da infração, a repercussão que a mesma possa atingir, com a indignação social e a comoção pública, colocando em cheque [sic] a própria credibilidade do Judiciário e a periculosidade do infrator, daquele que por si só é um risco, o que se pode aferir da ficha de antecedentes, ou da frieza com que atua, poderiam, em conjunto ou separadamente, autorizar a segregação cautelar. Além disso, os representados, soltos, poderão vir a evadir-se do distrito da culpa, condição reforçada considerando que os mesmos são cautelosos, atuam de forma organizada e hierarquizada e trocam seus numerais telefônicos com frequência, configurando, assim, o requisito da garantia da aplicação penal. Por fim, pela conveniência da instrução criminal, a segregação se faz necessária para, com isso, imprimir esforço no atendimento ao devido processo legal, que é expressão da garantia, na faceta da justa e livre produção do manancial de provas e, deste modo, elucidar perfeitamente os fatos aqui apurados, resgatar os bens adquiridos com os frutos do crime e realizar apreensões das drogas comercializadas pela quadrilha, sem embargo ainda da necessidade de se averiguar a origem efetiva das mesmas. Destarte, há relevantes fundamentos legalmente válidos para subsidiar a decretação da prisão preventiva dos representados. Com efeito, a dimensão e a perniciosidade das ações da organização criminosa, delineadas pelos elementos já colhidos, evidenciam clara ameaça à ordem pública, a autorizar o encarceramento provisório dos agentes envolvidos, a fim de estancar a continuidade das empreitadas criminosas. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório HC 117416 / PR Contra o ato que implicou o indeferimento do pedido de revogação dessa decisão, a defesa formalizou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. A 3ª Câmara Criminal, ao deixar de acolher o pleito, asseverou haver provas da materialidade e indícios de autoria, que, somados aos demais elementos do processo, revelariam a presença dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Apontou a necessidade da preventiva para resguardar a ordem pública, ante “a periculosidade dos crimes imputados ao paciente”. No habeas impetrado no Superior Tribunal de Justiça – de nº 249.729/PR –, a Sexta Turma assentou a inadequação do pedido, porquanto substitutivo de recurso ordinário. Consignou a existência de medida idêntica anteriormente formalizada naquele Tribunal, a discutir o exame da legalidade da custódia. Anotou envolver a pretensão dilação probatória, incompatível com a via eleita. Entendeu ter havido referência expressa a indícios suficientes de autoria na decisão mediante a qual foi indeferida a liberdade provisória. Ressaltou ainda não ter sido proferida sentença no Juízo de origem, mostrando-se inviável a discussão, em sede de habeas corpus, acerca da presença de prova da materialidade, mormente para efeito de manutenção da prisão cautelar. Neste habeas, os impetrantes sustentam a inviabilidade de se exigir a interposição de recurso ordinário nos casos de réu preso. Dizem versar a impetração sobre fatos incontroversos. Alegam ter sido a custódia determinada sem a existência de prova da materialidade delitiva. Apontam a ausência de fundamentação do ato formalizado pela relatora do habeas no Superior. Requerem o implemento de liminar para suspender, até o julgamento final, os efeitos do pronunciamento mediante o qual se determinou a segregação do paciente. No mérito, pleiteiam a revogação da prisão ou a concessão da ordem “para forçar o Superior Tribunal de Justiça a conhecer do habeas corpus nº 249.729/PR e enfrentar o mérito daquela impetração” [sic]. O processo encontra-se instruído para apreciação da 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR Contra o ato que implicou o indeferimento do pedido de revogação dessa decisão, a defesa formalizou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. A 3ª Câmara Criminal, ao deixar de acolher o pleito, asseverou haver provas da materialidade e indícios de autoria, que, somados aos demais elementos do processo, revelariam a presença dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Apontou a necessidade da preventiva para resguardar a ordem pública, ante “a periculosidade dos crimes imputados ao paciente”. No habeas impetrado no Superior Tribunal de Justiça – de nº 249.729/PR –, a Sexta Turma assentou a inadequação do pedido, porquanto substitutivo de recurso ordinário. Consignou a existência de medida idêntica anteriormente formalizada naquele Tribunal, a discutir o exame da legalidade da custódia. Anotou envolver a pretensão dilação probatória, incompatível com a via eleita. Entendeu ter havido referência expressa a indícios suficientes de autoria na decisão mediante a qual foi indeferida a liberdade provisória. Ressaltou ainda não ter sido proferida sentença no Juízo de origem, mostrando-se inviável a discussão, em sede de habeas corpus, acerca da presença de prova da materialidade, mormente para efeito de manutenção da prisão cautelar. Neste habeas, os impetrantes sustentam a inviabilidade de se exigir a interposição de recurso ordinário nos casos de réu preso. Dizem versar a impetração sobre fatos incontroversos. Alegam ter sido a custódia determinada sem a existência de prova da materialidade delitiva. Apontam a ausência de fundamentação do ato formalizado pela relatora do habeas no Superior. Requerem o implemento de liminar para suspender, até o julgamento final, os efeitos do pronunciamento mediante o qual se determinou a segregação do paciente. No mérito, pleiteiam a revogação da prisão ou a concessão da ordem “para forçar o Superior Tribunal de Justiça a conhecer do habeas corpus nº 249.729/PR e enfrentar o mérito daquela impetração” [sic]. O processo encontra-se instruído para apreciação da 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório HC 117416 / PR medida acauteladora. A Procuradoria Geral da República opina pelo indeferimento da ordem. Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, em 27 de novembro de 2013, revelou que a Sexta Turma não conheceu do pedido formalizado no Habeas Corpus nº 249.729/PR. O acórdão transitou em julgado em 8 de maio de 2013. Lancei visto no processo em 5 de dezembro de 2013, liberando-o para ser examinado na Turma a partir de 10 seguinte, isso objetivando a ciência dos impetrantes. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR medida acauteladora. A Procuradoria Geral da República opina pelo indeferimento da ordem. Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, em 27 de novembro de 2013, revelou que a Sexta Turma não conheceu do pedido formalizado no Habeas Corpus nº 249.729/PR. O acórdão transitou em julgado em 8 de maio de 2013. Lancei visto no processo em 5 de dezembro de 2013, liberando-o para ser examinado na Turma a partir de 10 seguinte, isso objetivando a ciência dos impetrantes. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101699. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – HABEAS CORPUS – SUBSTITUTIVO DO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL – LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO ATINGIDA NA VIA DIRETA – ADEQUAÇÃO. Sendo objeto do habeas corpus a preservação da liberdade de ir e vir atingida diretamente, porque expedido mandado de prisão ou porquanto, com maior razão, esta já ocorreu, mostra-se adequada a impetração substitutiva, dando-se alcance maior à garantia versada no artigo 5º, inciso LXVIII, da Carta de 1988. Evolução em óptica linear assentada anteriormente. PRISÃO PREVENTIVA – AUTOMATICIDADE. A ordem jurídica não contempla a prisão automática, pouco importando as tintas fortes da denúncia. PRISÃO PREVENTIVA – CLAMOR POPULAR – INDIGNAÇÃO DA SOCIEDADE – PERFIL DO JUDICIÁRIO. O clamor social, a indignação da sociedade, o juízo subjetivo desta quanto à respeitabilidade do Judiciário não respaldam a prisão preventiva. ANTECEDENTES CRIMINAIS – PRINCÍPIO DA NÃO CULPABILIDADE – PRIMARIEDADE – RECUPERAÇÃO – CONSIDERAÇÃO. Ante o princípio da não culpabilidade, apenas cabe considerar os antecedentes criminais, nas diversas repercussões jurídicas, caso haja título condenatório transitado em julgado e não tenha ocorrido a passagem de tempo superior a cinco anos presente a data de cumprimento ou de extinção da pena e a infração posterior. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – HABEAS CORPUS – SUBSTITUTIVO DO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL – LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO ATINGIDA NA VIA DIRETA – ADEQUAÇÃO. Sendo objeto do habeas corpus a preservação da liberdade de ir e vir atingida diretamente, porque expedido mandado de prisão ou porquanto, com maior razão, esta já ocorreu, mostra-se adequada a impetração substitutiva, dando-se alcance maior à garantia versada no artigo 5º, inciso LXVIII, da Carta de 1988. Evolução em óptica linear assentada anteriormente. PRISÃO PREVENTIVA – AUTOMATICIDADE. A ordem jurídica não contempla a prisão automática, pouco importando as tintas fortes da denúncia. PRISÃO PREVENTIVA – CLAMOR POPULAR – INDIGNAÇÃO DA SOCIEDADE – PERFIL DO JUDICIÁRIO. O clamor social, a indignação da sociedade, o juízo subjetivo desta quanto à respeitabilidade do Judiciário não respaldam a prisão preventiva. ANTECEDENTES CRIMINAIS – PRINCÍPIO DA NÃO CULPABILIDADE – PRIMARIEDADE – RECUPERAÇÃO – CONSIDERAÇÃO. Ante o princípio da não culpabilidade, apenas cabe considerar os antecedentes criminais, nas diversas repercussões jurídicas, caso haja título condenatório transitado em julgado e não tenha ocorrido a passagem de tempo superior a cinco anos presente a data de cumprimento ou de extinção da pena e a infração posterior. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 117416 / PR Em um primeiro passo, em processos anteriores, veiculei: A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão, o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem- se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de Tribunal Regional 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR Em um primeiro passo, em processos anteriores, veiculei: A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão, o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem- se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de Tribunal Regional 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 117416 / PR Federal e de Tribunal de Justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas no caso, constitucional , salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando- se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR Federal e de Tribunal de Justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas no caso, constitucional , salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando- se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 117416 / PR Superior Tribunal de Justiça. Quanto a esse enfoque, vim a evoluir nos seguintes termos: Após a Turma ter assentado a inadmissibilidade linear do habeas corpus quando substitutivo do recurso ordinário, muitas ponderações têm sido feitas, calcadas na garantia do artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, a revelar que será concedido habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação ao direito de ir e vir, por ilegalidade ou abuso de poder. Observem que o caso que deu origem ao precedente envolvia alegação de constrangimento ilegal em decorrência do fato de o Juízo haver indeferido diligências requeridas pela defesa – Habeas Corpus nº 109.956/PR, de minha relatoria, acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 11 de setembro de 2012. Ocorre que, na espécie, a liberdade de locomoção não está apenas diretamente ameaçada, em razão de mandado de prisão pendente, mas alcançada e, portanto, cerceada. Sensibiliza a angústia da comunidade jurídica e acadêmica com a circunstância de o recurso ordinário seguir parâmetros instrumentais que implicam a demora na submissão ao órgão competente para julgá-lo. Isso acontece especialmente nos Tribunais de Justiça e Federais, onde se aponta que, a rigor, um recurso ordinário em habeas corpus tramita durante cerca de três a quatro meses até chegar ao Colegiado, enquanto o cidadão permanece preso, cabendo notar que, revertido o quadro, a liberdade, ante a ordem natural das coisas, cuja força é inafastável, não lhe será devolvida. O habeas corpus, ao contrário, tem tramitação célere, em razão de previsão nos regimentos em geral. Daí evoluir para, presente a premissa segundo a qual a virtude está no meio-termo, adotar a óptica de admitir a impetração substitutiva toda vez que a liberdade de ir e vir, e não somente questões ligadas ao processo-crime, à instrução 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR Superior Tribunal de Justiça. Quanto a esse enfoque, vim a evoluir nos seguintes termos: Após a Turma ter assentado a inadmissibilidade linear do habeas corpus quando substitutivo do recurso ordinário, muitas ponderações têm sido feitas, calcadas na garantia do artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, a revelar que será concedido habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação ao direito de ir e vir, por ilegalidade ou abuso de poder. Observem que o caso que deu origem ao precedente envolvia alegação de constrangimento ilegal em decorrência do fato de o Juízo haver indeferido diligências requeridas pela defesa – Habeas Corpus nº 109.956/PR, de minha relatoria, acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 11 de setembro de 2012. Ocorre que, na espécie, a liberdade de locomoção não está apenas diretamente ameaçada, em razão de mandado de prisão pendente, mas alcançada e, portanto, cerceada. Sensibiliza a angústia da comunidade jurídica e acadêmica com a circunstância de o recurso ordinário seguir parâmetros instrumentais que implicam a demora na submissão ao órgão competente para julgá-lo. Isso acontece especialmente nos Tribunais de Justiça e Federais, onde se aponta que, a rigor, um recurso ordinário em habeas corpus tramita durante cerca de três a quatro meses até chegar ao Colegiado, enquanto o cidadão permanece preso, cabendo notar que, revertido o quadro, a liberdade, ante a ordem natural das coisas, cuja força é inafastável, não lhe será devolvida. O habeas corpus, ao contrário, tem tramitação célere, em razão de previsão nos regimentos em geral. Daí evoluir para, presente a premissa segundo a qual a virtude está no meio-termo, adotar a óptica de admitir a impetração substitutiva toda vez que a liberdade de ir e vir, e não somente questões ligadas ao processo-crime, à instrução 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 117416 / PR deste, esteja em jogo na via direta, quer porquanto expedido mandado de prisão, quer porque já foi cumprido, encontrando- se o paciente sob custódia. Então, tomo de empréstimo o que tive a oportunidade de consignar ao deferir, em 17 de junho de 2013, a medida acauteladora, tornando-a definitiva: 2. Percebam inexistir, no arcabouço jurídico, a prisão automática, descabendo potencializar as tintas fortes da acusação. Vinga o princípio da não culpabilidade. Do mesmo modo, haver imputação ligada a prática delituosa implementada em rota de certa capital e, procedente a denúncia, ter-se risco à saúde pública são dados neutros considerada a inversão da ordem natural, que direciona a apurar para, depois, prender. Também não se pode dar ênfase ao repúdio da população. A circunstância de o tráfico gerar outros crimes é desinfluente. Quanto à credibilidade do Judiciário, esta consiste em observar, de forma irrestrita, as normas de regência, e não em punir a ferro e fogo. No tocante à ficha de antecedentes, não consta, na decisão proferida, a elucidação sobre autos de inquérito em curso, processos-crimes em tramitação ou títulos condenatórios transitados em julgado. É como voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR deste, esteja em jogo na via direta, quer porquanto expedido mandado de prisão, quer porque já foi cumprido, encontrando- se o paciente sob custódia. Então, tomo de empréstimo o que tive a oportunidade de consignar ao deferir, em 17 de junho de 2013, a medida acauteladora, tornando-a definitiva: 2. Percebam inexistir, no arcabouço jurídico, a prisão automática, descabendo potencializar as tintas fortes da acusação. Vinga o princípio da não culpabilidade. Do mesmo modo, haver imputação ligada a prática delituosa implementada em rota de certa capital e, procedente a denúncia, ter-se risco à saúde pública são dados neutros considerada a inversão da ordem natural, que direciona a apurar para, depois, prender. Também não se pode dar ênfase ao repúdio da população. A circunstância de o tráfico gerar outros crimes é desinfluente. Quanto à credibilidade do Judiciário, esta consiste em observar, de forma irrestrita, as normas de regência, e não em punir a ferro e fogo. No tocante à ficha de antecedentes, não consta, na decisão proferida, a elucidação sobre autos de inquérito em curso, processos-crimes em tramitação ou títulos condenatórios transitados em julgado. É como voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5101700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 PARANÁ PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 O SENHOR MINISTRO ROBERTO BARROSO - Senhor Presidente, compreendendo e respeitando as razões do eminente Ministro Marco Aurélio, eu estou divergindo. É um habeas corpus impetrado contra acórdão unânime da Sexta Turma do STJ, da Relatoria do Ministro Sebastião Reis Júnior, que não conheceu do habeas corpus ali formalizado por inadequação da via processual. A hipótese é de tráfico de entorpecente, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro em concurso material, tendo resultado na apreensão de 100 Kg de cocaína em poder do grupo criminoso do qual o paciente faz parte. De modo que o primeiro e o segundo grau foram convergentes e o Superior Tribunal de Justiça, unânime. Eu estou votando pela extinção do processo, sem resolução do mérito por inadequação da via processual e não considero Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5089690. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 PARANÁ PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 117.416 O SENHOR MINISTRO ROBERTO BARROSO - Senhor Presidente, compreendendo e respeitando as razões do eminente Ministro Marco Aurélio, eu estou divergindo. É um habeas corpus impetrado contra acórdão unânime da Sexta Turma do STJ, da Relatoria do Ministro Sebastião Reis Júnior, que não conheceu do habeas corpus ali formalizado por inadequação da via processual. A hipótese é de tráfico de entorpecente, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro em concurso material, tendo resultado na apreensão de 100 Kg de cocaína em poder do grupo criminoso do qual o paciente faz parte. De modo que o primeiro e o segundo grau foram convergentes e o Superior Tribunal de Justiça, unânime. Eu estou votando pela extinção do processo, sem resolução do mérito por inadequação da via processual e não considero Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5089690. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO HC 117416 / PR ser o caso de habeas corpus de ofício por não entender que a prisão seja arrazoada ou desfundamentada. *********** 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5089690. Supremo Tribunal Federal HC 117416 / PR ser o caso de habeas corpus de ofício por não entender que a prisão seja arrazoada ou desfundamentada. *********** 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5089690. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 117.416 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) : JOSÉ LUIZ LIRA IMPTE.(S) : ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual e cassou a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do Senhor Ministro Roberto Barroso, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5244990 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 117.416 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) : JOSÉ LUIZ LIRA IMPTE.(S) : ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual e cassou a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do Senhor Ministro Roberto Barroso, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5244990 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5270787
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual e cassou a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do Senhor Ministro Roberto Barroso, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS EM SUBSTITUIÇÃO A RECURSO ORDINÁRIO. TRÁFICO DE ENTORPECENTE, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO E LAVAGEM DE DINHEIRO. PRISÃO PREVENTIVA. INADEQUAÇÃO DA VIA PROCESSUAL. 1. Não cabe habeas corpus para o Supremo Tribunal Federal em substituição a recurso ordinário. Precedentes. 2. Inexiste ilegalidade flagrante ou abuso de poder que autorize a concessão da ordem de ofício. 3. Habeas Corpus extinto sem resolução de mérito por inadequação da via processual, cassada a liminar deferida.
sjur254726
Número de páginas: 13. Análise: 11/03/2014, GOD. Revisão: 24/04/2014, SER.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
117416
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00068\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
HC
acordaos
HC 117416
[ "" ]
PACTE.(S) : JOSÉ LUIZ LIRA IMPTE.(S) : ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", "H", "C 117416 / PR", "H", "C 117416 / PR", "H", "C 117416 / PR", "hab", "e", "as", "de", "[UNK] 249. 729 / PR", "hab", "e", "as corpus [UNK] 249. 729 / PR", "H", "C 117416 / PR", "hab", "e", "as", "de", "[UNK] 249. 729 / PR", "hab", "e", "as corpus [UNK] 249. 729 / PR", "H", "C 117416 / PR", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 249. 729 / PR", "H", "C 117416 / PR", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 249. 729 / PR", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", "H", "C 117416 / PR", "H", "C 117416 / PR", "H", "C 117416 / PR", "H", "C 117416 / PR", "H", "C 117416 / PR", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 109. 956 / PR", "H", "C 117416 / PR", "Ha", "be", "as Corpus [UNK] 109. 956 / PR", "H", "C 117416 / PR", "H", "C 117416 / PR", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 416", 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Ementa e Acórdão 18/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.506 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :FRANCISCO POSSIDONIO DE MELO AGTE.(S) :STENIO FRANCISCO GOMES DE MELO ADV.(A/S) :ADEMAR RIGUEIRA NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :RELATOR DO ARESP Nº 328.812 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE MINISTRO DO STJ. INVIABILIDADE. CABIMENTO DE AGRAVO INTERNO. INTERPOSIÇÃO INDISPENSÁVEL PARA ATENDER AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL E PARA EXAURIR A INSTÂNCIA RECORRIDA, PRESSUPOSTO PARA INAUGURAR A COMPETÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O habeas corpus ataca diretamente decisão monocrática de Ministra do STJ. Essa decisão tem o respaldo formal do art. 38 da Lei 8.038/1990 e contra ela é cabível o agravo previsto no art. 39 da mesma Lei. Ambos os dispositivos estão reproduzidos, tanto no Regimento Interno do STF (arts. 192 e 317), quanto no Regimento do STJ (arts. 34, XVIII, e 258). Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por uma ação de habeas corpus, de competência de outro tribunal. 2. A se admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/1990, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087249. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão HC 120506 AGR / PE 3. Não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência exclusiva do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, III), salvo em hipótese de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na espécie. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Brasília, 18 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087249. Supremo Tribunal Federal HC 120506 AGR / PE 3. Não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência exclusiva do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, III), salvo em hipótese de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na espécie. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Brasília, 18 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087249. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 18/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.506 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :FRANCISCO POSSIDONIO DE MELO AGTE.(S) :STENIO FRANCISCO GOMES DE MELO ADV.(A/S) :ADEMAR RIGUEIRA NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :RELATOR DO ARESP Nº 328.812 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao habeas corpus sob o fundamento de que é inviável a impetração de habeas corpus (a) contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ; (b) para rever o preenchimento de pressupostos de admissibilidade de recurso especial. Sustentam os agravantes, em síntese, que: (a) a regularização da representação processual na instância especial não se confunde com a análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial; (b) não há afronta ao princípio da unirrecorribilidade das decisões, já que “é a única forma encontrada pelos impetrantes de submeter a ilegalidade suscitada à esse Egrégio Tribunal, uma vez que a questão não possui repercussão geral e consequentemente não admitirá recurso extraordinário”. Requer, assim, o provimento do recurso, para “admitir o processamento regular do mandamus impetrado, inclusive com a concessão da medida liminar pleiteada, nos termos expostos na inicial deste writ”. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087334. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.506 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :FRANCISCO POSSIDONIO DE MELO AGTE.(S) :STENIO FRANCISCO GOMES DE MELO ADV.(A/S) :ADEMAR RIGUEIRA NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :RELATOR DO ARESP Nº 328.812 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao habeas corpus sob o fundamento de que é inviável a impetração de habeas corpus (a) contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ; (b) para rever o preenchimento de pressupostos de admissibilidade de recurso especial. Sustentam os agravantes, em síntese, que: (a) a regularização da representação processual na instância especial não se confunde com a análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial; (b) não há afronta ao princípio da unirrecorribilidade das decisões, já que “é a única forma encontrada pelos impetrantes de submeter a ilegalidade suscitada à esse Egrégio Tribunal, uma vez que a questão não possui repercussão geral e consequentemente não admitirá recurso extraordinário”. Requer, assim, o provimento do recurso, para “admitir o processamento regular do mandamus impetrado, inclusive com a concessão da medida liminar pleiteada, nos termos expostos na inicial deste writ”. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087334. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 18/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.506 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A decisão agravada deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. Conforme registrado, a decisão do Superior Tribunal de Justiça, contra o qual o impetrante ora se insurge, negou provimento ao agravo em recurso especial por entender que não é viável a regularização da representação processual na instância especial, nos termos da Súmula 115 do STJ. Por oportuno, transcrevo trecho da decisão emanada do Ministro Jorge Mussi: “Destaca-se, inicialmente, que os agravantes não possuíam nos autos a necessária procuração de seu causídico por ocasião da interposição do recurso especial, momento no qual é aferida a regularidade processual. É de se ressaltar, outrossim, que não cabe prazo para regularização posterior, afastando-se a regra do art. 13 do CPC. Incide, portanto, a Súmula n. 115 desta Corte, verbis: na instância especial é inexistente recurso interposto por advogado sem procuração nos autos”. A decisão agravada, por sua vez, é do seguinte teor: 2. O caso é de não conhecimento do pedido. O habeas corpus foi impetrado diretamente contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ. Essa decisão tem o respaldo formal do art. 38 da Lei 8.038/90, a saber: ‘O Relator, no Supremo Tribunal Federal ou no Superior Tribunal de Justiça, decidirá o pedido ou o recurso que haja perdido seu objeto, bem como negará seguimento a pedido ou recurso manifestamente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.506 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A decisão agravada deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. Conforme registrado, a decisão do Superior Tribunal de Justiça, contra o qual o impetrante ora se insurge, negou provimento ao agravo em recurso especial por entender que não é viável a regularização da representação processual na instância especial, nos termos da Súmula 115 do STJ. Por oportuno, transcrevo trecho da decisão emanada do Ministro Jorge Mussi: “Destaca-se, inicialmente, que os agravantes não possuíam nos autos a necessária procuração de seu causídico por ocasião da interposição do recurso especial, momento no qual é aferida a regularidade processual. É de se ressaltar, outrossim, que não cabe prazo para regularização posterior, afastando-se a regra do art. 13 do CPC. Incide, portanto, a Súmula n. 115 desta Corte, verbis: na instância especial é inexistente recurso interposto por advogado sem procuração nos autos”. A decisão agravada, por sua vez, é do seguinte teor: 2. O caso é de não conhecimento do pedido. O habeas corpus foi impetrado diretamente contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ. Essa decisão tem o respaldo formal do art. 38 da Lei 8.038/90, a saber: ‘O Relator, no Supremo Tribunal Federal ou no Superior Tribunal de Justiça, decidirá o pedido ou o recurso que haja perdido seu objeto, bem como negará seguimento a pedido ou recurso manifestamente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 120506 AGR / PE intempestivo, incabível ou improcedente ou, ainda, que contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula do respectivo Tribunal’. Dispõe a mesma Lei, no dispositivo seguinte: ‘Art. 39. Da decisão do Presidente do Tribunal, de Seção, de Turma ou de Relator que causar gravame à parte, caberá agravo para o órgão especial, Seção ou Turma, conforme o caso, no prazo de cinco dias’. Ambos os dispositivos estão reproduzidos, tanto no Regimento Interno do STF (arts. 192 e 317), quanto no Regimento do STJ (arts. 34, XVIII, e 258). Aliás, é recorrente a utilização dessa regra no âmbito desta Corte para negar seguimento a pedidos da espécie. Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por uma ação de habeas corpus, de competência de outro tribunal. A se admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/90, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é, em verdade, medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF. Nesse sentido: ‘HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERE LIMINARMENTE WRIT MANEJADO NO STJ. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA. I – No caso sob exame, verifica-se que a decisão 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Supremo Tribunal Federal HC 120506 AGR / PE intempestivo, incabível ou improcedente ou, ainda, que contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula do respectivo Tribunal’. Dispõe a mesma Lei, no dispositivo seguinte: ‘Art. 39. Da decisão do Presidente do Tribunal, de Seção, de Turma ou de Relator que causar gravame à parte, caberá agravo para o órgão especial, Seção ou Turma, conforme o caso, no prazo de cinco dias’. Ambos os dispositivos estão reproduzidos, tanto no Regimento Interno do STF (arts. 192 e 317), quanto no Regimento do STJ (arts. 34, XVIII, e 258). Aliás, é recorrente a utilização dessa regra no âmbito desta Corte para negar seguimento a pedidos da espécie. Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por uma ação de habeas corpus, de competência de outro tribunal. A se admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/90, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é, em verdade, medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF. Nesse sentido: ‘HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERE LIMINARMENTE WRIT MANEJADO NO STJ. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA. I – No caso sob exame, verifica-se que a decisão 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 120506 AGR / PE impugnada foi proferida monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, que pressupõem seja a coação praticada por Tribunal Superior. II – A não interposição de agravo regimental no STJ e, portanto, a ausência da análise da decisão monocrática pelo colegiado, impede o conhecimento do habeas corpus por esta Corte. III – Writ não conhecido’. (HC 118.189, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 19/11/2013). ‘(...). Writ não conhecido, monocraticamente, no STJ. Não interposição de agravo regimental. Jurisdição não exaurida no âmbito do Tribunal a quo. Inobservância do princípio da colegialidade (artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal). Supressão de instância. (…) 4. A carência de exaurimento da jurisdição no âmbito do Tribunal a quo, configurada pela não interposição de agravo regimental da decisão monocrática que negou seguimento ao writ, também configura óbice ao conhecimento do presente recurso, por inobservância ao princípio da colegialidade insculpido no artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal (RHC nº 108.877/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/10/11; RHC 111.639/DF, Relator o Ministro Dias Toffoli). 5. Recurso ordinário em habeas corpus desprovido’. (RHC 111935, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, DJe 30-09-2013). ‘HABEAS CORPUS. DECISÃO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NÃO CABIMENTO. SÚMULA 606. DECISÃO IMPUGNÁVEL 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Supremo Tribunal Federal HC 120506 AGR / PE impugnada foi proferida monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, que pressupõem seja a coação praticada por Tribunal Superior. II – A não interposição de agravo regimental no STJ e, portanto, a ausência da análise da decisão monocrática pelo colegiado, impede o conhecimento do habeas corpus por esta Corte. III – Writ não conhecido’. (HC 118.189, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 19/11/2013). ‘(...). Writ não conhecido, monocraticamente, no STJ. Não interposição de agravo regimental. Jurisdição não exaurida no âmbito do Tribunal a quo. Inobservância do princípio da colegialidade (artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal). Supressão de instância. (…) 4. A carência de exaurimento da jurisdição no âmbito do Tribunal a quo, configurada pela não interposição de agravo regimental da decisão monocrática que negou seguimento ao writ, também configura óbice ao conhecimento do presente recurso, por inobservância ao princípio da colegialidade insculpido no artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal (RHC nº 108.877/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/10/11; RHC 111.639/DF, Relator o Ministro Dias Toffoli). 5. Recurso ordinário em habeas corpus desprovido’. (RHC 111935, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, DJe 30-09-2013). ‘HABEAS CORPUS. DECISÃO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NÃO CABIMENTO. SÚMULA 606. DECISÃO IMPUGNÁVEL 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 120506 AGR / PE POR MEIO DE AGRAVO INTERNO, E NÃO ATRAVÉS DE OUTRA IMPETRAÇÃO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. 1. Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606). 2. É legítima a decisão monocrática de Relator que nega seguimento a habeas corpus manifestamente inadmissível, por expressa permissão do art. 38 da Lei 8.038/1990 e do art. 21, § 1º, do RISTF. O caminho natural e adequado para, nesses casos, provocar a manifestação do colegiado é o agravo interno (art. 39 da Lei 8.038/1990 e art. 317 do RISTF), e não outro habeas corpus. 3. Habeas corpus não conhecido’. (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/04/2013, pendente de publicação). No mesmo sentido: HC 96471, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 10/03/2009, DJe de 03-04- 2009; HC 95978-AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 13/10/2009, DJe de 28-05-2010; HC 112422, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 13/08/2013, DJe de 27-08-2013; HC 115327, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 23/04/2013, DJe de 14-05-2013; HC 108718-AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, DJe de 24-09-2013; HC 100882, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 25/05/2010, DJe de 25-06-2010. 3. Ademais, não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Supremo Tribunal Federal HC 120506 AGR / PE POR MEIO DE AGRAVO INTERNO, E NÃO ATRAVÉS DE OUTRA IMPETRAÇÃO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. 1. Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606). 2. É legítima a decisão monocrática de Relator que nega seguimento a habeas corpus manifestamente inadmissível, por expressa permissão do art. 38 da Lei 8.038/1990 e do art. 21, § 1º, do RISTF. O caminho natural e adequado para, nesses casos, provocar a manifestação do colegiado é o agravo interno (art. 39 da Lei 8.038/1990 e art. 317 do RISTF), e não outro habeas corpus. 3. Habeas corpus não conhecido’. (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/04/2013, pendente de publicação). No mesmo sentido: HC 96471, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 10/03/2009, DJe de 03-04- 2009; HC 95978-AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 13/10/2009, DJe de 28-05-2010; HC 112422, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 13/08/2013, DJe de 27-08-2013; HC 115327, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 23/04/2013, DJe de 14-05-2013; HC 108718-AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, DJe de 24-09-2013; HC 100882, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 25/05/2010, DJe de 25-06-2010. 3. Ademais, não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 120506 AGR / PE exclusiva do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, III), salvo em hipótese de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na espécie. Nesse sentido: HC 94236, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 19-09-2013; HC 113.407, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 15/02/2013; HC 112323, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 25-09-2012; HC 85195, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, DJ 07-10-2005, este assim ementado: ‘HABEAS CORPUS. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL, CONSISTENTE EM ACÓRDÃO QUE NÃO CONHECEU DO RECURSO ESPECIAL, AO FUNDAMENTO DE IMPUGNAÇÃO GENÉRICA E DE IMPRESCINDIBILIDADE DE REEXAME PROBATÓRIO. O Superior Tribunal de Justiça é a jurisdição final sobre os pressupostos de admissibilidade do recurso especial, motivo pelo qual não pode o Supremo Tribunal Federal reapreciar tais requisitos e o rejulgar do recurso, salvo, por se tratar de habeas corpus, na hipótese de flagrante ilegalidade. Caso em que a Corte Superior de Justiça deu adequada solução ao recurso interposto. Inexistência, portanto, do alegado constrangimento ilegal’. O agravo regimental não traz qualquer subsídio apto a alterar esses fundamentos, razão pela qual deve ser mantido incólume o entendimento da decisão agravada. 2. Registre-se, ainda, que há nos autos a informação de que o agravo interno interposto pela defesa perante o Superior Tribunal de Justiça aguarda julgamento. 3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Supremo Tribunal Federal HC 120506 AGR / PE exclusiva do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, III), salvo em hipótese de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na espécie. Nesse sentido: HC 94236, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 19-09-2013; HC 113.407, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 15/02/2013; HC 112323, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 25-09-2012; HC 85195, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, DJ 07-10-2005, este assim ementado: ‘HABEAS CORPUS. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL, CONSISTENTE EM ACÓRDÃO QUE NÃO CONHECEU DO RECURSO ESPECIAL, AO FUNDAMENTO DE IMPUGNAÇÃO GENÉRICA E DE IMPRESCINDIBILIDADE DE REEXAME PROBATÓRIO. O Superior Tribunal de Justiça é a jurisdição final sobre os pressupostos de admissibilidade do recurso especial, motivo pelo qual não pode o Supremo Tribunal Federal reapreciar tais requisitos e o rejulgar do recurso, salvo, por se tratar de habeas corpus, na hipótese de flagrante ilegalidade. Caso em que a Corte Superior de Justiça deu adequada solução ao recurso interposto. Inexistência, portanto, do alegado constrangimento ilegal’. O agravo regimental não traz qualquer subsídio apto a alterar esses fundamentos, razão pela qual deve ser mantido incólume o entendimento da decisão agravada. 2. Registre-se, ainda, que há nos autos a informação de que o agravo interno interposto pela defesa perante o Superior Tribunal de Justiça aguarda julgamento. 3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Extrato de Ata - 18/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.506 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : FRANCISCO POSSIDONIO DE MELO AGTE.(S) : STENIO FRANCISCO GOMES DE MELO ADV.(A/S) : ADEMAR RIGUEIRA NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : RELATOR DO ARESP Nº 328.812 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. 2a Turma, 18.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089627 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.506 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : FRANCISCO POSSIDONIO DE MELO AGTE.(S) : STENIO FRANCISCO GOMES DE MELO ADV.(A/S) : ADEMAR RIGUEIRA NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : RELATOR DO ARESP Nº 328.812 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. 2a Turma, 18.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089627 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5253442
2013-12-18T00:00:00
2014-02-11T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. 2a Turma, 18.12.2013.
AG.REG. NO HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE MINISTRO DO STJ. INVIABILIDADE. CABIMENTO DE AGRAVO INTERNO. INTERPOSIÇÃO INDISPENSÁVEL PARA ATENDER AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL E PARA EXAURIR A INSTÂNCIA RECORRIDA, PRESSUPOSTO PARA INAUGURAR A COMPETÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O habeas corpus ataca diretamente decisão monocrática de Ministra do STJ. Essa decisão tem o respaldo formal do art. 38 da Lei 8.038/1990 e contra ela é cabível o agravo previsto no art. 39 da mesma Lei. Ambos os dispositivos estão reproduzidos, tanto no Regimento Interno do STF (arts. 192 e 317), quanto no Regimento do STJ (arts. 34, XVIII, e 258). Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por uma ação de habeas corpus, de competência de outro tribunal. 2. A se admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/1990, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF. 3. Não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência exclusiva do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, III), salvo em hipótese de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na espécie. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur254295
Número de páginas: 9. Análise: 13/02/2014, MAR.
TEORI ZAVASCKI
Segunda Turma
120506
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00105 INC-00003\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED LEI-008038 ANO-1990\n ART-00038 ART-00039\n LEI ORDINÁRIA\n\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00192 ART-00317\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\n\n", "LEG-FED RGI \n ART-00034 INC-00018 ART-00258\n REGIMENTO INTERNO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ" ]
HC-AgR
acordaos
HC 120506 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : FRANCISCO POSSIDONIO DE MELO AGTE.(S) : STENIO FRANCISCO GOMES DE MELO ADV.(A/S) : ADEMAR RIGUEIRA NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : RELATOR DO ARESP Nº 328.812 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 506", "AR", "ESP [UNK] 328. 812", "H", "C 120506 AGR / PE", "H", "C 120506 AGR / PE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 506", "AR", "ESP [UNK] 328. 812", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 506", "AR", "ESP [UNK] 328. 812", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 506", "S", "úm", "ula 115 do STJ", "S", "úm", "ula n. 115 desta Corte", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 506", "S", "úm", "ula 115 do STJ", "S", "úm", "ula n. 115 desta Corte", "H", "C 120506 AGR / PE", "H", "C 120506 AGR / PE", "H", "C 120506 AGR / PE", "H", "C 118. 189", "R", "HC [UNK] 108. 877 / SP", "R", "HC 111. 639 / DF", "R", "HC 111935", "S", "Ú", "M", "UL", "A 606", "H", "C 120506 AGR / PE", "H", "C 118. 189", "R", "HC [UNK] 108. 877 / SP", "R", "HC 111. 639 / DF", "R", "HC 111935", "S", "Ú", "M", "UL", "A", "H", "C 120506 AGR / PE", "H", "C 97009", "H", "C 96471", "H", "C 95978- AgR", "H", "C 112422", "H", "C 115327", "H", "C 108718- AgR", "H", "C 100882", "H", "C 120506 AGR / 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.578 SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MARLY GAIA LIMA ADV.(A/S) :LUCILIA GARCIA QUELHAS AGDO.(A/S) :INSTITUTO BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA ADV.(A/S) :NIRCE DO AMARAL MARRA E OUTRO(A/S) E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215039. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ARE 772578 AGR / SP Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215039. Supremo Tribunal Federal ARE 772578 AGR / SP Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215039. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.578 SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MARLY GAIA LIMA ADV.(A/S) :LUCILIA GARCIA QUELHAS AGDO.(A/S) :INSTITUTO BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA ADV.(A/S) :NIRCE DO AMARAL MARRA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário deduzido pela parte ora recorrente. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o órgão judiciário de origem teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República. Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215040. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.578 SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MARLY GAIA LIMA ADV.(A/S) :LUCILIA GARCIA QUELHAS AGDO.(A/S) :INSTITUTO BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA ADV.(A/S) :NIRCE DO AMARAL MARRA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário deduzido pela parte ora recorrente. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o órgão judiciário de origem teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República. Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215040. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 772578 AGR / SP torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem. De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário a que ele se refere (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘a’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215040. Supremo Tribunal Federal ARE 772578 AGR / SP torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem. De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário a que ele se refere (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘a’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215040. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.578 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Com efeito, a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário. De outro lado, tal como acentuado no ato decisório ora questionado, o recurso extraordinário em causa revela-se insuscetível de conhecimento, eis que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe: “Para simples reexame de prova, não cabe recurso extraordinário.” (grifei) A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir a decisão questionada no apelo extremo, apoiou-se, essencialmente, em elementos de fato que deram suporte legitimador ao reconhecimento de que “(...) a ineficácia do UNO-CICLO derivou da sua utilização pela apelante em desacordo com a orientação traçada na bula (...)”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215041. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.578 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Com efeito, a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário. De outro lado, tal como acentuado no ato decisório ora questionado, o recurso extraordinário em causa revela-se insuscetível de conhecimento, eis que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe: “Para simples reexame de prova, não cabe recurso extraordinário.” (grifei) A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir a decisão questionada no apelo extremo, apoiou-se, essencialmente, em elementos de fato que deram suporte legitimador ao reconhecimento de que “(...) a ineficácia do UNO-CICLO derivou da sua utilização pela apelante em desacordo com a orientação traçada na bula (...)”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215041. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 772578 AGR / SP Não foi por outro motivo que o acórdão recorrido fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios, a seguir destacados: “(...). A utilização do medicamento exigia prescrição médica e não, conforme ocorrido no caso dos autos, indicação por enfermeira (fls. 278), conferindo-se, neste particular, o depoimento de fls. 279: ‘... só o médico que acompanha o paciente é que pode verificar a sua conveniência’. Além disso, a aplicação do produto se deu em desconformidade com o recomendado na bula (quadrante súpero-externo, da região glútea), enquanto que a apelante tomou as injeções no ombro (fls. 278). Ainda: a aplicação, na diretriz da bula, deveria ocorrer ‘entre o 7º e o 10º dia da menstruação, preferencialmente no 8º dia a partir do início de cada menstruação’ (fls. 82); a apelante tomava o medicamento ‘todo dia 5 de cada mês’ (fls. 278), ou seja, em desacordo com a bula. (…).” Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida pela parte recorrente revela-se processualmente inviável, pois o recurso extraordinário não permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito temático, questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ 161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias, como sucede na espécie, se mostram condicionantes da própria resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 – RTJ 158/693, v.g.). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215041. Supremo Tribunal Federal ARE 772578 AGR / SP Não foi por outro motivo que o acórdão recorrido fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios, a seguir destacados: “(...). A utilização do medicamento exigia prescrição médica e não, conforme ocorrido no caso dos autos, indicação por enfermeira (fls. 278), conferindo-se, neste particular, o depoimento de fls. 279: ‘... só o médico que acompanha o paciente é que pode verificar a sua conveniência’. Além disso, a aplicação do produto se deu em desconformidade com o recomendado na bula (quadrante súpero-externo, da região glútea), enquanto que a apelante tomou as injeções no ombro (fls. 278). Ainda: a aplicação, na diretriz da bula, deveria ocorrer ‘entre o 7º e o 10º dia da menstruação, preferencialmente no 8º dia a partir do início de cada menstruação’ (fls. 82); a apelante tomava o medicamento ‘todo dia 5 de cada mês’ (fls. 278), ou seja, em desacordo com a bula. (…).” Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida pela parte recorrente revela-se processualmente inviável, pois o recurso extraordinário não permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito temático, questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ 161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias, como sucede na espécie, se mostram condicionantes da própria resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 – RTJ 158/693, v.g.). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5215041. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.578 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : MARLY GAIA LIMA ADV.(A/S) : LUCILIA GARCIA QUELHAS AGDO.(A/S) : INSTITUTO BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA ADV.(A/S) : NIRCE DO AMARAL MARRA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089494 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.578 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : MARLY GAIA LIMA ADV.(A/S) : LUCILIA GARCIA QUELHAS AGDO.(A/S) : INSTITUTO BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA ADV.(A/S) : NIRCE DO AMARAL MARRA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089494 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5270029
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.
sjur254664
- Acórdão(s) citado(s): (OFENSA REFLEXA) RTJ 120/912, RTJ 132/455. (SÚMULA 279) RTJ 161/992, RTJ 186/703, RTJ 152/612, RTJ 153/1019, RTJ 158/693. Número de páginas: 7. Análise: 17/02/2014, MAR.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
772578
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 772578 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MARLY GAIA LIMA ADV.(A/S) : LUCILIA GARCIA QUELHAS AGDO.(A/S) : INSTITUTO BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA ADV.(A/S) : NIRCE DO AMARAL MARRA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772. 578", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "AR", "E 772578", "AGR /", "SP", "AR", "E 772578", "AGR /", "SP", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO", "R", "T", "J 120 / 912", "R", "T", "J 132 / 455", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772. 578", "R", "T", "J 120 / 912", "R", "T", "J 132 / 455", "AR", "E 772578 AGR / SP", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "AR", "E 772578 AGR / SP", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "T", "J 120 / 912", "R", "T", "J 132 / 455", "S", "úm", "ula 279 / STF", "R", "T", "J 120 / 912", "R", "T", "J 132 / 455", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 772578 AGR / SP", "R", "T", "J 161 / 992", "R", "T", "J 186 / 703", "R", "T", "J 152 / 612", "R", "T", "J 153 / 1019", "R", "T", "J 158 / 693", "AR", "E 772578 AGR / SP", "R", "T", "J 161 / 992", "R", "T", "J", "R", "T", "J 152 / 612", "R", "T", "J", "R", "T", "J", "G", "RA", "VO 772. 578" ], "LEGISLACAO": [ "L", "EI [UNK] 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 12. 322 / 2010", "Constituição da República", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 12. 322 / 2010", "Constituição da República", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "CP", "C, art. 544, § [UNK], II, ‘ a ’,", "Lei [UNK] 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "CP", "C, art. 544, § [UNK], II, ‘ a ’,", "Lei [UNK] 12. 322 / 2010", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO", "PA", "UL", "O", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", 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Paulo", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CE", "LS", "O DE MELLO", "MA", "R", "L", "Y GAIA LIMA", "L", "UC", "IL", "IA GARCIA QUELHAS", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.230 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) :LUIZ FERNANDO FRANCA LICATI ADV.(A/S) :JAIRO ASSIS DE OLIVEIRA EMBDO.(A/S) :EVANDRO CARLOS DA SILVA EMBDO.(A/S) :JOSE DALBERTO DE CARVALHO EMBDO.(A/S) :MAXIMINIANO FERNANDES DOS SANTOS ADV.(A/S) :DIJALMA COSTA EMBDO.(A/S) :RANI DO BRASIL INDUSTRIA METALURGICA LTDA. ADV.(A/S) :CARDO ATHIÉ SIMÃO EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. LEI 8009/90. PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO DE RECURSOS DE OUTROS TRIBUNAIS. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE 748.371 (REL. MIN. GILMAR MENDES - TEMA 660), E RE 598.365 (REL. MIN. AYRES BRITTO TEMA 181). FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087269. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ARE 700230 ED / DF Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087269. Supremo Tribunal Federal ARE 700230 ED / DF Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087269. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.230 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) :LUIZ FERNANDO FRANCA LICATI ADV.(A/S) :JAIRO ASSIS DE OLIVEIRA EMBDO.(A/S) :EVANDRO CARLOS DA SILVA EMBDO.(A/S) :JOSE DALBERTO DE CARVALHO EMBDO.(A/S) :MAXIMINIANO FERNANDES DOS SANTOS ADV.(A/S) :DIJALMA COSTA EMBDO.(A/S) :RANI DO BRASIL INDUSTRIA METALURGICA LTDA. ADV.(A/S) :CARDO ATHIÉ SIMÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou provimento ao agravo em recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos: (a) o objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do RE 598.365- RG/MG (Rel. Min. AYRES BRITTO, Tema 181), por se tratar de questão infraconstitucional; (b) conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável o exame da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa (ARE 748.371-RG/MG, Min. Gilmar Mendes, TEMA 660); (c) o entendimento do Tribunal a quo se ajusta ao precedente firmado no AI 791.292 RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de - TEMA 339); (d) quanto aos artigos 1º, III, e 226 da Constituição, não houve o indispensável prequestionamento, incidindo os óbices das Súmulas 282 e 356 do STF; (e) o acolhimento do recurso dependeria do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087274. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.230 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) :LUIZ FERNANDO FRANCA LICATI ADV.(A/S) :JAIRO ASSIS DE OLIVEIRA EMBDO.(A/S) :EVANDRO CARLOS DA SILVA EMBDO.(A/S) :JOSE DALBERTO DE CARVALHO EMBDO.(A/S) :MAXIMINIANO FERNANDES DOS SANTOS ADV.(A/S) :DIJALMA COSTA EMBDO.(A/S) :RANI DO BRASIL INDUSTRIA METALURGICA LTDA. ADV.(A/S) :CARDO ATHIÉ SIMÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou provimento ao agravo em recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos: (a) o objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do RE 598.365- RG/MG (Rel. Min. AYRES BRITTO, Tema 181), por se tratar de questão infraconstitucional; (b) conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável o exame da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa (ARE 748.371-RG/MG, Min. Gilmar Mendes, TEMA 660); (c) o entendimento do Tribunal a quo se ajusta ao precedente firmado no AI 791.292 RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de - TEMA 339); (d) quanto aos artigos 1º, III, e 226 da Constituição, não houve o indispensável prequestionamento, incidindo os óbices das Súmulas 282 e 356 do STF; (e) o acolhimento do recurso dependeria do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087274. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 700230 ED / DF exame de fatos da causa, inviável nos termos da Súmula 279/STF. Sustenta a parte embargante, em suma, que (I) a matéria sobre o bem de família tem repercussão geral, pois (i) no RE 612.630, esta Suprema Corte reconheceu a repercussão geral de tema relativo à penhora do bem de família do fiador; (ii) a Constituição Federal, ao garantir o direito à moradia, protege também o bem de família, não podendo a matéria ser tratada como de índole infraconstitucional; (II) houve o prequestionamento, inclusive reconhecido pelo acórdão regional; (III) as provas trazidas aos autos não foram analisadas pelos demais Tribunais. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087274. Supremo Tribunal Federal ARE 700230 ED / DF exame de fatos da causa, inviável nos termos da Súmula 279/STF. Sustenta a parte embargante, em suma, que (I) a matéria sobre o bem de família tem repercussão geral, pois (i) no RE 612.630, esta Suprema Corte reconheceu a repercussão geral de tema relativo à penhora do bem de família do fiador; (ii) a Constituição Federal, ao garantir o direito à moradia, protege também o bem de família, não podendo a matéria ser tratada como de índole infraconstitucional; (II) houve o prequestionamento, inclusive reconhecido pelo acórdão regional; (III) as provas trazidas aos autos não foram analisadas pelos demais Tribunais. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087274. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.230 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Embora o recorrente tenha denominado o presente recurso de "embargos de declaração", pela análise de sua fundamentação, deduz-se, de forma clara e inequívoca, que objetiva reformar a decisão que negou provimento ao agravo, e não sanar qualquer erro material, omissão, obscuridade ou contradição (art. 535 do CPC). Evidenciando-se, portanto, a finalidade do recurso de reformar a decisão em referência, recebo-o como agravo regimental. 2. Não havendo qualquer subsídio trazido pela agravante capaz de alterar os fundamentos da decisão ora agravada, subsiste incólume o entendimento nela firmado: 1. O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do RE 598.365-RG/MG (Rel. Min. AYRES BRITTO, Tema 181), por se tratar de questão infraconstitucional. É o que a recorrente pretende debater no presente caso, pois, negado seguimento ao recurso de revista pelo TRT, entendimento este confirmado em sede de agravo no Tribunal Superior do Trabalho, insurge-se quanto aos fundamentos do acórdão, ao argumento de que não se encontra devidamente fundamentado e, portanto, implicou negativa de prestação jurisdicional e violação a outros dispositivos constitucionais, insistindo, ainda, na rediscussão das questões de mérito não apreciadas pelo TST. 2. Ademais, conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável o exame da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087275. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.230 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Embora o recorrente tenha denominado o presente recurso de "embargos de declaração", pela análise de sua fundamentação, deduz-se, de forma clara e inequívoca, que objetiva reformar a decisão que negou provimento ao agravo, e não sanar qualquer erro material, omissão, obscuridade ou contradição (art. 535 do CPC). Evidenciando-se, portanto, a finalidade do recurso de reformar a decisão em referência, recebo-o como agravo regimental. 2. Não havendo qualquer subsídio trazido pela agravante capaz de alterar os fundamentos da decisão ora agravada, subsiste incólume o entendimento nela firmado: 1. O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do RE 598.365-RG/MG (Rel. Min. AYRES BRITTO, Tema 181), por se tratar de questão infraconstitucional. É o que a recorrente pretende debater no presente caso, pois, negado seguimento ao recurso de revista pelo TRT, entendimento este confirmado em sede de agravo no Tribunal Superior do Trabalho, insurge-se quanto aos fundamentos do acórdão, ao argumento de que não se encontra devidamente fundamentado e, portanto, implicou negativa de prestação jurisdicional e violação a outros dispositivos constitucionais, insistindo, ainda, na rediscussão das questões de mérito não apreciadas pelo TST. 2. Ademais, conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável o exame da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087275. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI ARE 700230 ED / DF devido processo legal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa (ARE 748.371-RG/MG, Min. Gilmar Mendes, TEMA 660). De fato, não há como conhecer das alegações de impenhorabilidade centradas na Lei 8.009/90. 3. No que toca à alegada ofensa ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o recurso diz respeito à tema cuja repercussão geral foi reconhecida, e já julgado no mérito, na análise do AI 791.292 RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de - TEMA 339). O entendimento do Tribunal a quo se ajusta a esse precedente. 4. Quanto aos artigos 1º, III, e 226 da Constituição, não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca das matérias de que tratam essas normas, e tampouco a questão foi suscitada no momento oportuno, em sede dos embargos de declaração, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, não pode ser o recurso extraordinário conhecido, incidindo os óbices das Súmulas 282 e 356 do STF. 5. Por fim, o acolhimento do recurso dependeria do exame de fatos da causa, sendo necessário analisar se a alegada pequena propriedade rural era trabalhada pela família, conforme exige o artigo 5º, XXVI, da Constituição Federal. Tal juízo é inviável em recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279/STF. 6. Ante o exposto, nego provimento ao agravo em recurso extraordinário. 3. Diante do exposto, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e nego-lhe provimento. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087275. Supremo Tribunal Federal ARE 700230 ED / DF devido processo legal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa (ARE 748.371-RG/MG, Min. Gilmar Mendes, TEMA 660). De fato, não há como conhecer das alegações de impenhorabilidade centradas na Lei 8.009/90. 3. No que toca à alegada ofensa ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o recurso diz respeito à tema cuja repercussão geral foi reconhecida, e já julgado no mérito, na análise do AI 791.292 RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de - TEMA 339). O entendimento do Tribunal a quo se ajusta a esse precedente. 4. Quanto aos artigos 1º, III, e 226 da Constituição, não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca das matérias de que tratam essas normas, e tampouco a questão foi suscitada no momento oportuno, em sede dos embargos de declaração, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, não pode ser o recurso extraordinário conhecido, incidindo os óbices das Súmulas 282 e 356 do STF. 5. Por fim, o acolhimento do recurso dependeria do exame de fatos da causa, sendo necessário analisar se a alegada pequena propriedade rural era trabalhada pela família, conforme exige o artigo 5º, XXVI, da Constituição Federal. Tal juízo é inviável em recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279/STF. 6. Ante o exposto, nego provimento ao agravo em recurso extraordinário. 3. Diante do exposto, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e nego-lhe provimento. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087275. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.230 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) : LUIZ FERNANDO FRANCA LICATI ADV.(A/S) : JAIRO ASSIS DE OLIVEIRA EMBDO.(A/S) : EVANDRO CARLOS DA SILVA EMBDO.(A/S) : JOSE DALBERTO DE CARVALHO EMBDO.(A/S) : MAXIMINIANO FERNANDES DOS SANTOS ADV.(A/S) : DIJALMA COSTA EMBDO.(A/S) : RANI DO BRASIL INDUSTRIA METALURGICA LTDA. ADV.(A/S) : CARDO ATHIÉ SIMÃO Decisão: A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089401 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.230 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) : LUIZ FERNANDO FRANCA LICATI ADV.(A/S) : JAIRO ASSIS DE OLIVEIRA EMBDO.(A/S) : EVANDRO CARLOS DA SILVA EMBDO.(A/S) : JOSE DALBERTO DE CARVALHO EMBDO.(A/S) : MAXIMINIANO FERNANDES DOS SANTOS ADV.(A/S) : DIJALMA COSTA EMBDO.(A/S) : RANI DO BRASIL INDUSTRIA METALURGICA LTDA. ADV.(A/S) : CARDO ATHIÉ SIMÃO Decisão: A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089401 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5270276
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. LEI 8009/90. PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO DE RECURSOS DE OUTROS TRIBUNAIS. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE 748.371 (REL. MIN. GILMAR MENDES - TEMA 660), E RE 598.365 (REL. MIN. AYRES BRITTO TEMA 181). FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
sjur254637
- Acórdão(s) citado(s): (PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO, AMPLA DEFESA, MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) ARE 748371 RG. (ADMISSIBILIDADE, RECURSO) RE 598365 RG. Número de páginas: 7. Análise: 18/02/2014, AUR.
TEORI ZAVASCKI
Segunda Turma
700230
[ "LEG-FED LEI-008009 ANO-1990\n LEI ORDINÁRIA\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 700230 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : LUIZ FERNANDO FRANCA LICATI ADV.(A/S) : JAIRO ASSIS DE OLIVEIRA EMBDO.(A/S) : EVANDRO CARLOS DA SILVA EMBDO.(A/S) : JOSE DALBERTO DE CARVALHO EMBDO.(A/S) : MAXIMINIANO FERNANDES DOS SANTOS ADV.(A/S) : DIJALMA COSTA EMBDO.(A/S) : RANI DO BRASIL INDUSTRIA METALURGICA LTDA. ADV.(A/S) : CARDO ATHIÉ SIMÃO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AR", "E 748. 371", "R", "E 598. 365", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 DO STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "AR", "E 700230 ED / DF", "AR", "E 700230", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700. 230", "R", "E 598. 365- RG / MG", "AR", "E 748. 371- RG / MG", "A", "I 791. 292 RG", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700. 230", "R", "E 598. 365- RG / MG", "AR", "E 748. 371- RG / MG", "A", "I 791. 292 RG", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do STF", "AR", "E 700230 ED / DF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "R", "E 612. 630", "AR", "E 700230 ED / DF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "R", "E 612. 630", "R", "G", "V", "R", "E 598. 365- RG / MG", "R", "E 598. 365- RG / MG", "AR", "E 700230", "E", "D", "/", "D", "F", "AR", "E 748. 371- RG / MG", "A", "I 791. 292 RG", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 700230 ED / DF", "AR", "E", "74", "8", ".", "37", "1", "-", "R", "G", "/", "MG", "A", "I 791. 292 RG", "S", 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Ementa e Acórdão 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.953 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES - MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL - SUPOSTA IRREGULARIDADE NA APLICAÇÃO DE RECURSOS POR ENTE SINDICAL E SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO - INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL - COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA DIRIMIR O CONFLITO – SÚMULA 516 DO STF - ATRIBUIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. I - O SENAI, a exemplo do Serviço Social da Indústria – SESI, está sujeito à jurisdição da Justiça estadual, nos termos da Súmula 516 do Supremo Tribunal Federal. Os serviços sociais autônomos do denominado sistema “S”, embora compreendidos na expressão de entidade paraestatal, são pessoas jurídicas de direito privado, definidos como entes de colaboração, mas não integrantes da Administração Pública. II - Quando o produto das contribuições ingressa nos cofres dos Serviços Sociais Autônomos perde o caráter de recurso público. Precedentes. III - Seja em razão da pessoa, seja em razão da natureza dos recursos objeto dos autos, não se tem por justificada a atuação do Ministério Público Federal, posto que não se vislumbra na hipótese a incidência do art. 109 da Constituição Federal. IV- Agravo regimental a que se nega provimento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087225. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ACO 1953 AGR / ES A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente), na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negar provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Brasília, 18 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087225. Supremo Tribunal Federal ACO 1953 AGR / ES A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente), na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negar provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Brasília, 18 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.953 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental apresentado pela Procuradoria-Geral da República contra decisão que reconheceu a atribuição do Ministério Público do Estado do Espírito Santo para apurar supostas irregularidades na prestação de contas do departamento regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Neste recurso, o agravante ataca os fundamentos da decisão agravada, contradizendo parecer anteriormente apresentado pelo próprio Procurador-Geral da República. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087226. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.953 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental apresentado pela Procuradoria-Geral da República contra decisão que reconheceu a atribuição do Ministério Público do Estado do Espírito Santo para apurar supostas irregularidades na prestação de contas do departamento regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Neste recurso, o agravante ataca os fundamentos da decisão agravada, contradizendo parecer anteriormente apresentado pelo próprio Procurador-Geral da República. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087226. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.953 ESPÍRITO SANTO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece reforma. Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão ora combatida: “Trata-se de conflito negativo de atribuição entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Espírito Santo, a fim de se estabelecer a atribuição para a atuação em procedimento administrativo instaurado para apurar supostas irregularidades na prestação de contas do departamento regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI no Estado do Espírito Santo. O Ministério Público Estadual sustentou que o fato de o SENAI não integrar a Administração Pública federal não é motivo suficiente para afastar a atribuição do Parquet Federal, porquanto haveria o gerenciamento de recursos federais e o controle realizado pelo Tribunal de Contas da União (fls. 56-60). Por outro lado, o Ministério Público Federal sustenta que eventual ação civil pública a ser proposta em decorrência das irregularidades objeto dos autos deveria ser endereçada à Justiça estadual, competente para atuar no caso em virtude de a prestação de contas do SENAI estar submetida à análise do Tribunal de Contas da União (fls. 42-45). A Procuradoria-Geral da Republica apresentou parecer pelo reconhecimento da atribuição do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (fls. 70-75). É o relatório. Passo a decidir. De início, cumpre ressaltar que o SENAI, a exemplo do Serviço Social da Indústria – SESI, está sujeito à jurisdição da Justiça estadual, nos termos da Súmula 516 do Supremo Tribunal Federal. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087227. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.953 ESPÍRITO SANTO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece reforma. Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão ora combatida: “Trata-se de conflito negativo de atribuição entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Espírito Santo, a fim de se estabelecer a atribuição para a atuação em procedimento administrativo instaurado para apurar supostas irregularidades na prestação de contas do departamento regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI no Estado do Espírito Santo. O Ministério Público Estadual sustentou que o fato de o SENAI não integrar a Administração Pública federal não é motivo suficiente para afastar a atribuição do Parquet Federal, porquanto haveria o gerenciamento de recursos federais e o controle realizado pelo Tribunal de Contas da União (fls. 56-60). Por outro lado, o Ministério Público Federal sustenta que eventual ação civil pública a ser proposta em decorrência das irregularidades objeto dos autos deveria ser endereçada à Justiça estadual, competente para atuar no caso em virtude de a prestação de contas do SENAI estar submetida à análise do Tribunal de Contas da União (fls. 42-45). A Procuradoria-Geral da Republica apresentou parecer pelo reconhecimento da atribuição do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (fls. 70-75). É o relatório. Passo a decidir. De início, cumpre ressaltar que o SENAI, a exemplo do Serviço Social da Indústria – SESI, está sujeito à jurisdição da Justiça estadual, nos termos da Súmula 516 do Supremo Tribunal Federal. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087227. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ACO 1953 AGR / ES Ademais, os serviços sociais autônomos do denominado sistema “S”, embora compreendidos na expressão de entidade paraestatal, são pessoas jurídicas de direito privado, definidos como entes de colaboração, mas não integrantes da Administração Pública. No tocante à natureza dos recursos objeto dos autos, deve-se destacar trecho do voto do Ministro Eros Grau na ACO 1382/SP: 'Por fim, importa destacar que os Serviços Sociais Autônomos recebem subvenções recolhidas pelo órgão previdenciário (INSS), ou seja, auxílios pecuniários determinados em lei, calculados sobre a folha de pagamentos total de empregados do estabelecimento contribuinte. Conforme a maior parte da doutrina, esta distribuição que mantém os Serviços Sociais Autônomos não integra a título algum a receita do Estado, pois a passagem de recursos pelo INSS é meramente procedimental. Em parecer elaborado a pedido do SESI e do SENAI, o ex-ministro ILMAR GALVÃO esclareceu que, quando o produto das contribuições ingressa nos cofres dos Serviços Sociais Autônomos, este perde o caráter de recursos públicos (GALVÃO, Ilmar. Parecer elaborado ao SESI e SENAI. Brasília, [s.d.], p. 18). Desse modo, tratando-se de fatos que podem configurar a prática de atos de improbidade administrativa por funcionários da SESCOOP, impõe-se o reconhecimento da atribuição do Ministério Público Estadual, já que inexiste, no caso, interesse processual da União'. No mesmo sentido, ACO 1588/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, cuja ementa é a seguinte: 'CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. SUPOSTA IRREGULARIDADE NA APLICAÇÃO DE RECURSOS POR ENTE SINDICAL E SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA DIRIMIR O CONFLITO. ATRIBUIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087227. Supremo Tribunal Federal ACO 1953 AGR / ES Ademais, os serviços sociais autônomos do denominado sistema “S”, embora compreendidos na expressão de entidade paraestatal, são pessoas jurídicas de direito privado, definidos como entes de colaboração, mas não integrantes da Administração Pública. No tocante à natureza dos recursos objeto dos autos, deve-se destacar trecho do voto do Ministro Eros Grau na ACO 1382/SP: 'Por fim, importa destacar que os Serviços Sociais Autônomos recebem subvenções recolhidas pelo órgão previdenciário (INSS), ou seja, auxílios pecuniários determinados em lei, calculados sobre a folha de pagamentos total de empregados do estabelecimento contribuinte. Conforme a maior parte da doutrina, esta distribuição que mantém os Serviços Sociais Autônomos não integra a título algum a receita do Estado, pois a passagem de recursos pelo INSS é meramente procedimental. Em parecer elaborado a pedido do SESI e do SENAI, o ex-ministro ILMAR GALVÃO esclareceu que, quando o produto das contribuições ingressa nos cofres dos Serviços Sociais Autônomos, este perde o caráter de recursos públicos (GALVÃO, Ilmar. Parecer elaborado ao SESI e SENAI. Brasília, [s.d.], p. 18). Desse modo, tratando-se de fatos que podem configurar a prática de atos de improbidade administrativa por funcionários da SESCOOP, impõe-se o reconhecimento da atribuição do Ministério Público Estadual, já que inexiste, no caso, interesse processual da União'. No mesmo sentido, ACO 1588/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, cuja ementa é a seguinte: 'CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. SUPOSTA IRREGULARIDADE NA APLICAÇÃO DE RECURSOS POR ENTE SINDICAL E SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA DIRIMIR O CONFLITO. ATRIBUIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087227. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ACO 1953 AGR / ES PAULO'. Assim, seja em razão da pessoa, seja em razão da natureza dos recursos objeto dos autos, não se tem por justificada a atuação do Ministério Público Federal, posto que não se vislumbra na hipótese a incidência do art. 109 da Constituição Federal. Isso posto, conheço do conflito e declaro a atribuição do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, órgão para o qual os autos deverão ser remetidos. ” Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os fundamentos da decisão agravada, que, por tal razão, deve ser mantida. Isso posto, nego provimento ao agravo. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087227. Supremo Tribunal Federal ACO 1953 AGR / ES PAULO'. Assim, seja em razão da pessoa, seja em razão da natureza dos recursos objeto dos autos, não se tem por justificada a atuação do Ministério Público Federal, posto que não se vislumbra na hipótese a incidência do art. 109 da Constituição Federal. Isso posto, conheço do conflito e declaro a atribuição do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, órgão para o qual os autos deverão ser remetidos. ” Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os fundamentos da decisão agravada, que, por tal razão, deve ser mantida. Isso posto, nego provimento ao agravo. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087227. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 18/12/2013 PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.953 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente no exercício da Presidência), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283072 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.953 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente no exercício da Presidência), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283072 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5297521
2013-12-18T00:00:00
2014-02-19T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Vice-Presidente no exercício da Presidência), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013.
AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA
Ementa: CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES - MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL - SUPOSTA IRREGULARIDADE NA APLICAÇÃO DE RECURSOS POR ENTE SINDICAL E SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO - INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL - COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA DIRIMIR O CONFLITO – SÚMULA 516 DO STF - ATRIBUIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. I - O SENAI, a exemplo do Serviço Social da Indústria – SESI, está sujeito à jurisdição da Justiça estadual, nos termos da Súmula 516 do Supremo Tribunal Federal. Os serviços sociais autônomos do denominado sistema “S”, embora compreendidos na expressão de entidade paraestatal, são pessoas jurídicas de direito privado, definidos como entes de colaboração, mas não integrantes da Administração Pública. II - Quando o produto das contribuições ingressa nos cofres dos Serviços Sociais Autônomos perde o caráter de recurso público. Precedentes. III - Seja em razão da pessoa, seja em razão da natureza dos recursos objeto dos autos, não se tem por justificada a atuação do Ministério Público Federal, posto que não se vislumbra na hipótese a incidência do art. 109 da Constituição Federal. IV- Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur255379
Número de páginas: 7. Análise: 24/02/2014, AUR.
RICARDO LEWANDOWSKI
Tribunal Pleno
1953
[ "LEG-FED SUMSTF-000516 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ACO-AgR
acordaos
ACO 1953 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "A", "Ç", "ÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1. 953", "S", "Ú", "M", "UL", "A 516 DO STF", "S", "úm", "ula 516 do Supremo Tribunal Federal", "AC", "O 1953", "A", "G", "R /", "ES", "AC", "O", "1953", "A", "G", "R", "/", "ES", "A", "Ç", "ÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1. 953", "A", "Ç", "ÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1. 953", "A", "Ç", "ÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1. 953", "S", "úm", "ula 516 do Supremo Tribunal Federal", "A", "Ç", "ÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1. 953", "S", "úm", "ula 516 do Supremo Tribunal Federal", "AC", "O 1382 / SP", "AC", "O 1588 / SP", "AC", "O 1953 AGR / ES", "AC", "O 1382 / SP", "AC", "O 1588 / SP", "AC", "O 1953", "A", "G", "R", "/", "ES", "AC", "O 1953", "A", "G", "R", "/", "ES", "A", "Ç", "ÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1. 953", "A", "Ç", "ÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1. 953" ], "LEGISLACAO": [ "art. 109 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 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Janot Monteiro de Barros", "Luiz Tomimatsu", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Marco Aurélio", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Te", "ori Zavascki", "Roberto Barroso", "Rodrigo Janot Monteiro de Barros", "Luiz Tomimatsu" ], "TEMPO": [ "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "12", "/", "2013", "18", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.045 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :CAMPO DA ESPERANÇA SERVIÇOS LTDA ADV.(A/S) :ELISA CASTELO BRANCO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB ADV.(A/S) :JOSÉ DE RIBAMAR CAMPOS ROCHA E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279/STF. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. SÚMULA 636/STF. Nova apreciação dos fatos e do material probatório atrai a incidência da Súmula 279/STF. Precedentes. Não cabe recurso extraordinário, por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. Incidência da Súmula 636/STF. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247525. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.045 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :CAMPO DA ESPERANÇA SERVIÇOS LTDA ADV.(A/S) :ELISA CASTELO BRANCO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB ADV.(A/S) :JOSÉ DE RIBAMAR CAMPOS ROCHA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática que conheceu do agravo para negar seguimento a recurso extraordinário, pelos seguintes fundamentos: “Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado: ‘PROCESSUAL CIVIL – RECURSOS DE APELAÇÃO – PRONUNCIAMENTO MONOCRÁTICO DO RELATOR – ADMISSIBILIDADE – AGRAVO INTERNO – ILEGITIMIDADE PASSIVA, VALOR DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA E IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO MONOCRÁTICO DOS RECURSOS – REJEIÇÃO. 1. Correto se revela o pronunciamento jurisdicional do Relator que, em obediência ao regramento insculpido no artigo 557 do Código de Processo Civil, monocraticamente nega provimento ao recurso da parte Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247526. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.045 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :CAMPO DA ESPERANÇA SERVIÇOS LTDA ADV.(A/S) :ELISA CASTELO BRANCO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB ADV.(A/S) :JOSÉ DE RIBAMAR CAMPOS ROCHA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática que conheceu do agravo para negar seguimento a recurso extraordinário, pelos seguintes fundamentos: “Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado: ‘PROCESSUAL CIVIL – RECURSOS DE APELAÇÃO – PRONUNCIAMENTO MONOCRÁTICO DO RELATOR – ADMISSIBILIDADE – AGRAVO INTERNO – ILEGITIMIDADE PASSIVA, VALOR DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA E IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO MONOCRÁTICO DOS RECURSOS – REJEIÇÃO. 1. Correto se revela o pronunciamento jurisdicional do Relator que, em obediência ao regramento insculpido no artigo 557 do Código de Processo Civil, monocraticamente nega provimento ao recurso da parte Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 765045 AGR / DF ré, porquanto manifestamente improcedente, e, concomitantemente, provê o apelo da autora, fixando os honorários advocatícios de sucumbência em 10% (dez por cento) do valor da condenação em ação de cobrança, ancorado em dispositivo legal e precedente jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça. 2. Rejeita-se a alegação de ilegitimidade passiva em ação de cobrança de faturas de consumo de água, quando a própria parte devedora admite a instalação de hidrômetros nos terrenos onde explora suas atividades e a respectiva utilização por terceiros. 3. Consoante precedentes do Superior Tribunal de Justiça e inteligência do artigo 20, § 3º, do Código de Processo Civil, nas ações condenatórias ‘os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação’. 4. Não há vício na utilização da faculdade trazida pelo artigo 557 do Código de Processo Civil a decisão do relator que, monocrática e concomitantemente, nega provimento a recurso de uma das partes, por manifesta improcedência, e provê o apelo do adversário ancorado em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 5. Agravo Interno conhecido e desprovido.’ O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 37 da Constituição. A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário, sob os seguintes fundamentos: (i) o dispositivo constitucional tido por violado não foi devidamente prequestionado, incidindo as Súmulas 282 e 356/STF; (ii) ‘a questão de fundo, posta no apelo, é de cunho infraconstitucional, não cabendo sua análise pelo Supremo Tribunal Federal’; (iii) ‘em sede extraordinária não se admite a reapreciação de matéria de prova, por força do enunciado 279 da Súmula do STF’. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247526. Supremo Tribunal Federal ARE 765045 AGR / DF ré, porquanto manifestamente improcedente, e, concomitantemente, provê o apelo da autora, fixando os honorários advocatícios de sucumbência em 10% (dez por cento) do valor da condenação em ação de cobrança, ancorado em dispositivo legal e precedente jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça. 2. Rejeita-se a alegação de ilegitimidade passiva em ação de cobrança de faturas de consumo de água, quando a própria parte devedora admite a instalação de hidrômetros nos terrenos onde explora suas atividades e a respectiva utilização por terceiros. 3. Consoante precedentes do Superior Tribunal de Justiça e inteligência do artigo 20, § 3º, do Código de Processo Civil, nas ações condenatórias ‘os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação’. 4. Não há vício na utilização da faculdade trazida pelo artigo 557 do Código de Processo Civil a decisão do relator que, monocrática e concomitantemente, nega provimento a recurso de uma das partes, por manifesta improcedência, e provê o apelo do adversário ancorado em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 5. Agravo Interno conhecido e desprovido.’ O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 37 da Constituição. A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário, sob os seguintes fundamentos: (i) o dispositivo constitucional tido por violado não foi devidamente prequestionado, incidindo as Súmulas 282 e 356/STF; (ii) ‘a questão de fundo, posta no apelo, é de cunho infraconstitucional, não cabendo sua análise pelo Supremo Tribunal Federal’; (iii) ‘em sede extraordinária não se admite a reapreciação de matéria de prova, por força do enunciado 279 da Súmula do STF’. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 765045 AGR / DF O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em vista que o preceito constitucional tido por violado não foi objeto de análise pelo Tribunal de origem. Tampouco a questão foi suscitada em embargos de declaração. O recurso carece, portanto, de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF). Ainda que assim não fosse, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF, in verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.’ Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.” 2. A parte agravante sustenta que a matéria está devidamente prequestionada e que “não se pretende revolver matéria fático-probatória, mas que diante do enfrentamento das matérias pelo tribunal a quo, bem como, por não se tratar de revolvimento de matéria fato, e sim de valoração da matéria de direito, é que merece provimento o recurso da ora Agravante, e, assim, dar seguimento ao recurso extraordinário”. 3. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247526. Supremo Tribunal Federal ARE 765045 AGR / DF O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em vista que o preceito constitucional tido por violado não foi objeto de análise pelo Tribunal de origem. Tampouco a questão foi suscitada em embargos de declaração. O recurso carece, portanto, de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF). Ainda que assim não fosse, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF, in verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.’ Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.” 2. A parte agravante sustenta que a matéria está devidamente prequestionada e que “não se pretende revolver matéria fático-probatória, mas que diante do enfrentamento das matérias pelo tribunal a quo, bem como, por não se tratar de revolvimento de matéria fato, e sim de valoração da matéria de direito, é que merece provimento o recurso da ora Agravante, e, assim, dar seguimento ao recurso extraordinário”. 3. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.045 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. O agravo não deve ser provido, tendo em conta que a parte recorrente se limita a repetir as alegações do recurso extraordinário, sem trazer novos argumentos suficientes para modificar a decisão ora agravada. 2. Tal como constatou a decisão agravada, para dissentir do entendimento do Tribunal de origem, seria necessária uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos, procedimento inviável neste momento processual. A hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Nesse sentido, veja-se a ementa do ARE 738.292-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito do Consumidor. Tarifa de esgoto. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório dos autos. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Controvérsia decidida à luz da legislação infraconstitucional pertinente. Enunciado 636 da Súmula do STF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” 3. Ademais, quanto à alegação de ofensa ao art. 37 da Constituição Federal, incide a Súmula 636/STF: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247527. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.045 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. O agravo não deve ser provido, tendo em conta que a parte recorrente se limita a repetir as alegações do recurso extraordinário, sem trazer novos argumentos suficientes para modificar a decisão ora agravada. 2. Tal como constatou a decisão agravada, para dissentir do entendimento do Tribunal de origem, seria necessária uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos, procedimento inviável neste momento processual. A hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Nesse sentido, veja-se a ementa do ARE 738.292-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito do Consumidor. Tarifa de esgoto. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório dos autos. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Controvérsia decidida à luz da legislação infraconstitucional pertinente. Enunciado 636 da Súmula do STF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” 3. Ademais, quanto à alegação de ofensa ao art. 37 da Constituição Federal, incide a Súmula 636/STF: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO ARE 765045 AGR / DF infraconstitucionais pela decisão recorrida.” 4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247527. Supremo Tribunal Federal ARE 765045 AGR / DF infraconstitucionais pela decisão recorrida.” 4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.045 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) : CAMPO DA ESPERANÇA SERVIÇOS LTDA ADV.(A/S) : ELISA CASTELO BRANCO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB ADV.(A/S) : JOSÉ DE RIBAMAR CAMPOS ROCHA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245111 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.045 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) : CAMPO DA ESPERANÇA SERVIÇOS LTDA ADV.(A/S) : ELISA CASTELO BRANCO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB ADV.(A/S) : JOSÉ DE RIBAMAR CAMPOS ROCHA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245111 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5265303
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279/STF. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. SÚMULA 636/STF. Nova apreciação dos fatos e do material probatório atrai a incidência da Súmula 279/STF. Precedentes. Não cabe recurso extraordinário, por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. Incidência da Súmula 636/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur254708
- Acórdão(s) citado(s): (SÚMULA 279) ARE 738292 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 17/02/2014, TIA.
ROBERTO BARROSO
Primeira Turma
765045
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00037\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 765045 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : CAMPO DA ESPERANÇA SERVIÇOS LTDA ADV.(A/S) : ELISA CASTELO BRANCO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB ADV.(A/S) : JOSÉ DE RIBAMAR CAMPOS ROCHA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765. 045", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 636 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "S", "úm", "ula 636 / STF", "R", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765. 045", "R", "UR", "SO E", "G", "RA", "VO 765. 045", "AR", "E 765045 AGR / DF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "en", "unciado 279 da Súmula do STF", "AR", "E 765045 AGR / DF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "en", "unciado 279 da Súmula do STF", "AR", "E 765045 AGR / DF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 765045 AGR / DF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "R", "EC", "UR", "SO", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 738. 292- AgR", "En", "unciado 279 da Súmula do STF", "En", "unciado 636 da Súmula do STF", "S", "úm", "ula 636 / STF", "R", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765. 045", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 738. 292- AgR", "En", "unciado 279 da Súmula do STF", "En", "unciado 636 da Súmula do STF", "S", "úm", "ula 636 / STF", "AR", "E 765045", "AR", "E 765045 AGR / DF", "G", "VO 765. 045" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 20, § [UNK], do Código de Processo Civil", "artigo 557 do Código de Processo Civil", "art. 102, III, a, da Constituição Federal", "art. 37 da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 20, § [UNK], do Código de Processo Civil", "artigo 557 do Código de Processo Civil", "art. 102, III, a, da Constituição Federal", "art. 37 da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK], II, b, do CPC", "art. 21, § [UNK], do RI / STF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 544, § [UNK], II, b, do CPC", "art. 21, § [UNK], do RI / STF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 37 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 37 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Brasília", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CA", "MP", "O DA", "CO", "MP", "AN", "H", "IA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL", "CA", "ES", "B", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "M", "IN", "IS", "T", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CO", "MP", "AN", "H", "IA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL", "CA", "ES", "B", "Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios", "Inf", "ra", 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Ementa e Acórdão 18/12/2013 PLENÁRIO EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.388 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :ANTONIO ANIELLO TROCCOLI ADV.(A/S) :CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ EMBDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR APOSENTADO ANTERIORMENTE À PROLAÇÃO DA DECISÃO ORA EMBARGADA. INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO AO EXERCÍCIO DO DIREITO. INIDONEIDADE, IN CASU, DA ORDEM INJUNCIONAL. PRECEDENTES DO STF. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011). 2. O direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado não pode ser veiculado como causa petendi em mandado de injunção, conforme iterativa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: MI 3.248-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, Dje 16/5/2011; MI 4.771-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, Dje 20/6/2013; MI Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203885. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão MI 4388 AGR-ED / DF 4.328/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, Dje de 29/6/2012, inter plures. 3. Agravo Regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos este autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos e nos termos do voto Relator, em receber os embargos de declaração como agravo regimental e a este negar provimento. Brasília, 18 de dezembro de 2013. Ministro LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203885. Supremo Tribunal Federal MI 4388 AGR-ED / DF 4.328/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, Dje de 29/6/2012, inter plures. 3. Agravo Regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos este autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos e nos termos do voto Relator, em receber os embargos de declaração como agravo regimental e a este negar provimento. Brasília, 18 de dezembro de 2013. Ministro LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203885. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 18/12/2013 PLENÁRIO EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.388 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :ANTONIO ANIELLO TROCCOLI ADV.(A/S) :CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ EMBDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos de decisão que julgou reconsiderou “a decisão ora agravada para negar seguimento ao mandado de injunção (art. 317, § 2º, c/c o art. 21, § 1º, do RI/STF)”. A embargante sustenta, em síntese, que o Impetrante não se encontrava aposentado quando impetrou o mandado de injunção, sendo certo ainda que “tendo sido aposentado durante a tramitação deste Mandado de Injunção subsiste ainda mais o interesse em vê-lo prosseguir para que, o trânsito em julgado da decisão que lhe concedeu parcialmente a ordem possa respaldar ação judicial contra eventual ilegalidade ou arbitrariedade do ato administrativo que o aposentou de forma proporcional, a fim de que seja aposentado de forma especial, nos termos do art.57 da Lei Federal nº. 8.213/91, desde que preenchidos os requisitos legais”. Pede, ao final, seja sanada a omissão decorrente da não observância do fato de que o Impetrante não estava aposentado à época em que impetrou o mandado de injunção. Pugna, assim, pelo reconhecimento do direito de ter o seu pedido de aposentadoria especial analisado, bem Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203886. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.388 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :ANTONIO ANIELLO TROCCOLI ADV.(A/S) :CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ EMBDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos de decisão que julgou reconsiderou “a decisão ora agravada para negar seguimento ao mandado de injunção (art. 317, § 2º, c/c o art. 21, § 1º, do RI/STF)”. A embargante sustenta, em síntese, que o Impetrante não se encontrava aposentado quando impetrou o mandado de injunção, sendo certo ainda que “tendo sido aposentado durante a tramitação deste Mandado de Injunção subsiste ainda mais o interesse em vê-lo prosseguir para que, o trânsito em julgado da decisão que lhe concedeu parcialmente a ordem possa respaldar ação judicial contra eventual ilegalidade ou arbitrariedade do ato administrativo que o aposentou de forma proporcional, a fim de que seja aposentado de forma especial, nos termos do art.57 da Lei Federal nº. 8.213/91, desde que preenchidos os requisitos legais”. Pede, ao final, seja sanada a omissão decorrente da não observância do fato de que o Impetrante não estava aposentado à época em que impetrou o mandado de injunção. Pugna, assim, pelo reconhecimento do direito de ter o seu pedido de aposentadoria especial analisado, bem Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203886. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório MI 4388 AGR-ED / DF como pelo restabelecimento da decisão inicial por seus próprios fundamentos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203886. Supremo Tribunal Federal MI 4388 AGR-ED / DF como pelo restabelecimento da decisão inicial por seus próprios fundamentos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203886. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/12/2013 PLENÁRIO EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.388 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, anoto que, consoante se verifica das razões dos embargos declaratórios, é evidente a pretensão de ver reformada a decisão monocrática por mim proferida. Em casos como o da espécie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, como agravo regimental, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011 e a Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011, este último, assim ementado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO“. Destarte, converto os embargos de declaração em agravo regimental, e passo a apreciá-lo. Eis a ementa da decisão questionada: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Supremo Tribunal Federal 18/12/2013 PLENÁRIO EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.388 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, anoto que, consoante se verifica das razões dos embargos declaratórios, é evidente a pretensão de ver reformada a decisão monocrática por mim proferida. Em casos como o da espécie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, como agravo regimental, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011 e a Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011, este último, assim ementado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO“. Destarte, converto os embargos de declaração em agravo regimental, e passo a apreciá-lo. Eis a ementa da decisão questionada: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 4388 AGR-ED / DF APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR APOSENTADO ANTERIORMENTE À PROLAÇÃO DA DECISÃO ORA AGRAVADA. INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO AO EXERCÍCIO DO DIREITO. INIDONEIDADE, IN CASU, DA ORDEM INJUNCIONAL. PRECEDENTES DO STF. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO WRIT INJUNCIONAL. 1. O direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado não pode ser veiculado como causa petendi em mandado de injunção, conforme iterativa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: MI 3.248-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, DJe 16/5/2011; MI 4.771-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, Plenário, DJe 20/6/2013; MI 4.328/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 29/6/2012, inter plures. 2. Reconsideração da decisão agravada para negar seguimento ao mandado de injunção, nos termos do art. 317, § 2º, c/c o art. 21, § 1º, do RI/STF”. A presente irresignação não merece prosperar. A aposentadoria especial de servidores públicos que exercem atividades sob condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física, com fundamento no art. 40, § 4º, da Constituição da República, já foi repetidas vezes apreciada por esta Corte, consolidando-se a jurisprudência no sentido do reconhecimento da mora legislativa. Com efeito, é expresso o art. 40, § 4º, da Carta Magna, no sentido da exigência de lei complementar que regulamentasse a concessão de aposentadoria especial aos servidores públicos. Verbis: “Art. 40. [...] § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Supremo Tribunal Federal MI 4388 AGR-ED / DF APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR APOSENTADO ANTERIORMENTE À PROLAÇÃO DA DECISÃO ORA AGRAVADA. INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO AO EXERCÍCIO DO DIREITO. INIDONEIDADE, IN CASU, DA ORDEM INJUNCIONAL. PRECEDENTES DO STF. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO WRIT INJUNCIONAL. 1. O direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado não pode ser veiculado como causa petendi em mandado de injunção, conforme iterativa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: MI 3.248-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, DJe 16/5/2011; MI 4.771-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, Plenário, DJe 20/6/2013; MI 4.328/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 29/6/2012, inter plures. 2. Reconsideração da decisão agravada para negar seguimento ao mandado de injunção, nos termos do art. 317, § 2º, c/c o art. 21, § 1º, do RI/STF”. A presente irresignação não merece prosperar. A aposentadoria especial de servidores públicos que exercem atividades sob condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física, com fundamento no art. 40, § 4º, da Constituição da República, já foi repetidas vezes apreciada por esta Corte, consolidando-se a jurisprudência no sentido do reconhecimento da mora legislativa. Com efeito, é expresso o art. 40, § 4º, da Carta Magna, no sentido da exigência de lei complementar que regulamentasse a concessão de aposentadoria especial aos servidores públicos. Verbis: “Art. 40. [...] § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 4388 AGR-ED / DF trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I – portadores de deficiência; II – que exerçam atividades de risco; III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. À luz da classificação proposta por Gomes Canotilho (Constituição Dirigente e Vinculação do Legislador: Contributo para a Compreensão das Normas Constitucionais Programáticas. 2ª Edição. Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p. 315), o dispositivo constitucional transcrito acima se consubstancia numa imposição constitucional legiferante, isto é, um dever permanente e inescusável do legislador de editar a norma que concretize o comando constitucional, conferindo-lhe o grau de densidade normativa suficiente a assegurar-lhe a plena eficácia. É estreme de dúvida que a interpositio legislatoris, no caso, é indispensável a que o servidor policial exerça seu direito, constitucionalmente garantido, à aposentadoria mediante a adoção de requisitos e critérios diferenciados, considerado o risco a que se sujeitam no exercício de suas atividades. Quando inexistentes as leis complementares a que alude o art. 40, § 4º, está caracterizada a omissão legislativa inconstitucional, de modo que resta autorizada a deflagração do remédio constitucional concebido para vencer a frustração do exercício de direito previsto em sede constitucional pela inércia do legislador, qual seja, o mandado de injunção, como previsto no art. 5º, LXXI, da Lei Magna de 1988. Todavia, o caso ora sub examen diferencia-se da questão posta na jurisprudência mencionada e nos precedentes citados pela parte impetrante. Assim, o direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado pode ser veiculado como causa petendi em ação que não o mandado de injunção, conforme iterativa jurisprudência do Supremo 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Supremo Tribunal Federal MI 4388 AGR-ED / DF trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I – portadores de deficiência; II – que exerçam atividades de risco; III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. À luz da classificação proposta por Gomes Canotilho (Constituição Dirigente e Vinculação do Legislador: Contributo para a Compreensão das Normas Constitucionais Programáticas. 2ª Edição. Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p. 315), o dispositivo constitucional transcrito acima se consubstancia numa imposição constitucional legiferante, isto é, um dever permanente e inescusável do legislador de editar a norma que concretize o comando constitucional, conferindo-lhe o grau de densidade normativa suficiente a assegurar-lhe a plena eficácia. É estreme de dúvida que a interpositio legislatoris, no caso, é indispensável a que o servidor policial exerça seu direito, constitucionalmente garantido, à aposentadoria mediante a adoção de requisitos e critérios diferenciados, considerado o risco a que se sujeitam no exercício de suas atividades. Quando inexistentes as leis complementares a que alude o art. 40, § 4º, está caracterizada a omissão legislativa inconstitucional, de modo que resta autorizada a deflagração do remédio constitucional concebido para vencer a frustração do exercício de direito previsto em sede constitucional pela inércia do legislador, qual seja, o mandado de injunção, como previsto no art. 5º, LXXI, da Lei Magna de 1988. Todavia, o caso ora sub examen diferencia-se da questão posta na jurisprudência mencionada e nos precedentes citados pela parte impetrante. Assim, o direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado pode ser veiculado como causa petendi em ação que não o mandado de injunção, conforme iterativa jurisprudência do Supremo 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 4388 AGR-ED / DF Tribunal Federal. Destaco, pois, do voto proferido no MI 3.428-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, DJe de 16/5/2011: “(...) Dessa forma, é pressuposto do mandado de injunção a demonstração no plano fático da concreta inviabilidade do exercício de direito constitucional, em razão da ausência de norma que lhe dê eficácia plena. Essa circunstância não ocorre ao Impetrante, servidor público aposentado, que já está exercendo o seu direito à aposentadoria, independentemente da ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. 4. Ademais, o art. 40, § 4º, da Constituição da República não dispõe sobre o suposto direito à revisão do ato de aposentadoria tampouco exige a sua regulamentação. Esse artigo da Constituição assegura tão somente o direito à aposentadoria especial para os servidores que: I) sejam portadores de deficiência; II) exerçam atividades de risco; e III) desempenhem suas atividades sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, nos termos a serem definidos por leis complementares. Por isso, os Ministros deste Supremo Tribunal têm negado seguimento a mandados de injunção impetrados por servidor público inativo com o propósito de obter a revisão de suas aposentadorias, por faltar a essas impetrações a demonstração da inviabilidade do exercício de direito constitucional, em razão da inexistência da norma que lhe dê eficácia plena. Nesse sentido, os seguintes julgados: MI 2.924, de minha relatoria, DJe 25.6.2010; MI 2.351, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 31.8.2010; MI 2.494, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Dje 31.8.2010; MI 1.096, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 6.8.2009; e MI 929, Rel. Min. Ellen Gracie, Dje 30.1.2009.” Aliás, dissipando-se quaisquer dúvidas, especificamente para o caso 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Supremo Tribunal Federal MI 4388 AGR-ED / DF Tribunal Federal. Destaco, pois, do voto proferido no MI 3.428-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, DJe de 16/5/2011: “(...) Dessa forma, é pressuposto do mandado de injunção a demonstração no plano fático da concreta inviabilidade do exercício de direito constitucional, em razão da ausência de norma que lhe dê eficácia plena. Essa circunstância não ocorre ao Impetrante, servidor público aposentado, que já está exercendo o seu direito à aposentadoria, independentemente da ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República. 4. Ademais, o art. 40, § 4º, da Constituição da República não dispõe sobre o suposto direito à revisão do ato de aposentadoria tampouco exige a sua regulamentação. Esse artigo da Constituição assegura tão somente o direito à aposentadoria especial para os servidores que: I) sejam portadores de deficiência; II) exerçam atividades de risco; e III) desempenhem suas atividades sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, nos termos a serem definidos por leis complementares. Por isso, os Ministros deste Supremo Tribunal têm negado seguimento a mandados de injunção impetrados por servidor público inativo com o propósito de obter a revisão de suas aposentadorias, por faltar a essas impetrações a demonstração da inviabilidade do exercício de direito constitucional, em razão da inexistência da norma que lhe dê eficácia plena. Nesse sentido, os seguintes julgados: MI 2.924, de minha relatoria, DJe 25.6.2010; MI 2.351, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 31.8.2010; MI 2.494, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Dje 31.8.2010; MI 1.096, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 6.8.2009; e MI 929, Rel. Min. Ellen Gracie, Dje 30.1.2009.” Aliás, dissipando-se quaisquer dúvidas, especificamente para o caso 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX MI 4388 AGR-ED / DF em questão, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 29/5/2013, ao julgar o MI 4.771-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 20/6/2013, manteve o entendimento supracitado, verbis: “Ementa: MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, APLICAÇÃO DAS NORMAS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. AGRAVO DESPROVIDO. 1. (…) Ainda, o mandado de injunção não é o meio processual adequado para assegurar o direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado, diante da falta de impedimento ao exercício do direito. 2. Agravo regimental desprovido.” No mesmo sentido foram as decisões proferidas nos Mandados de Injunção 4.328/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 29/6/2012; MI 3.441/DF, Rel Min. Celso de Mello, DJe de 29/3/2011 e MI 3.963-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 28/02/2013. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao presente agravo. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Supremo Tribunal Federal MI 4388 AGR-ED / DF em questão, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 29/5/2013, ao julgar o MI 4.771-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 20/6/2013, manteve o entendimento supracitado, verbis: “Ementa: MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, APLICAÇÃO DAS NORMAS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. AGRAVO DESPROVIDO. 1. (…) Ainda, o mandado de injunção não é o meio processual adequado para assegurar o direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado, diante da falta de impedimento ao exercício do direito. 2. Agravo regimental desprovido.” No mesmo sentido foram as decisões proferidas nos Mandados de Injunção 4.328/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 29/6/2012; MI 3.441/DF, Rel Min. Celso de Mello, DJe de 29/3/2011 e MI 3.963-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 28/02/2013. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao presente agravo. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5203887. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 18/12/2013 PLENÁRIO EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.388 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) : ANTONIO ANIELLO TROCCOLI ADV.(A/S) : CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ EMBDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este negou provimento. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283095 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.388 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) : ANTONIO ANIELLO TROCCOLI ADV.(A/S) : CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ EMBDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este negou provimento. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros. p/ Luiz Tomimatsu Assessor-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5283095 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5296946
2013-12-18T00:00:00
2014-02-19T00:00:00
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este negou provimento. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski, Vice-Presidente no exercício da Presidência. Ausentes, ocasionalmente, os Ministros Joaquim Barbosa (Presidente), Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Plenário, 18.12.2013.
EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR APOSENTADO ANTERIORMENTE À PROLAÇÃO DA DECISÃO ORA EMBARGADA. INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO AO EXERCÍCIO DO DIREITO. INIDONEIDADE, IN CASU, DA ORDEM INJUNCIONAL. PRECEDENTES DO STF. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011). 2. O direito à aposentadoria especial de servidor público já aposentado não pode ser veiculado como causa petendi em mandado de injunção, conforme iterativa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: MI 3.248-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, Dje 16/5/2011; MI 4.771-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, Dje 20/6/2013; MI 4.328/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, Dje de 29/6/2012, inter plures. 3. Agravo Regimental desprovido.
sjur255352
- Acórdão(s) citado(s): (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, CONVERSÃO) AI 547827 ED (1ªT), RE 546525 ED (2ªT), Pet 4837 ED (TP), Rcl 11022 ED (TP). (APOSENTADORIA ESPECIAL, SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO) MI 4771 AgR (TP), MI 3248 AGR (TP). - Decisão monocrática citada: (APOSENTADORIA ESPECIAL, SERVIDOR APOSENTADO) MI 4328. Número de páginas: 10. Análise: 24/02/2014, MAR.
LUIZ FUX
Tribunal Pleno
4388
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00071 ART-00040 PAR-00004\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
MI-AgR-ED
acordaos
MI 4388 AgR-ED
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EMBTE.(S) : ANTONIO ANIELLO TROCCOLI ADV.(A/S) : CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ EMBDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 4. 388", "Pet 4. 837- ED", "R", "cl 11. 022- ED", "A", "I 547. 827- ED", "R", "E 546. 525- ED", "M", "I 3. 248- AgR / DF", "M", "I 4. 771- AgR / DF", "M", "I", "43", "8", "8", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "D", "F 4. 328 / DF", "M", "I 4388", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "D", "F 4. 328 / DF", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 4. 388", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 4. 388", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 4. 388", "R", "cl 11. 022- ED", "A", "I 547. 827- ED", "R", "E 546. 525- ED", "Pet 4. 837- ED", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 4. 388", "R", "cl 11. 022- ED", "A", "I 547. 827- ED", "R", "E 546. 525- ED", "Pet 4. 837- ED", "I", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "D", "F", "M", "I 3. 248- AgR / DF", "M", "I 4. 771- AgR / DF", "M", "I 4. 328 / DF", "M", "I", "M", "I 3. 248- AgR / DF", "M", "I 4. 771- AgR / DF", "M", "I 4. 328 / DF", "R", "E", "M", "I 4388 AGR- ED / DF", "M", "I 3. 428- AgR / DF", "M", "I 2. 924", "M", "I 2. 351", "M", "I 2. 494", "M", "I 1. 096", "M", "I 929", "M", "I 4388", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "D", "F", "M", "I 3. 428- AgR / DF", "M", "I 2. 924", "M", "I 2. 351", "M", "I 2. 494", "M", "I 1. 096", "M", "I 929", "M", "I 43", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "D", "F", "M", "I 4. 771- AgR / DF", "Manda", "dos de Injunção 4. 328 / DF", "M", "I 3. 441 / DF", "M", "I 3. 963- AgR / DF", "M", "I 4388 AGR", "-", "ED /", "DF", "M", "I 4. 771- AgR / DF", "Manda", "dos de Injunção 4. 328 / DF", "M", "I 3. 441 / DF", "M", "I 3. 963- AgR / DF", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 4. 388", "MA", "N", "DA", "DO DE INJUNÇÃO 4. 388" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 317, § [UNK], c / c o art. 21, § [UNK], do RI / STF", "art. 57 da Lei Federal [UNK]. 8. 213 / 91", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 317, § [UNK], c / c o art. 21, § [UNK], do RI / STF", "art. 57 da Lei Federal [UNK]. 8. 213 / 91", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 317, § [UNK], c / c o art. 21, § [UNK], do RI / STF", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], da Carta Magna", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 317, § [UNK], c / c o art. 21, § [UNK], do RI / STF", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], da Carta Magna", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Dirig", "art. 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III, da Constituição da República", "art. 40, § [UNK], da Constituição da República", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 40, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 40, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Brasília", "Brasília", "D", "IS", "T", "RI", "TO FED", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Coimbra", "Coimbra", "D", "IS", "TO F", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "CON", "G", "RE", "SS", "O NACIONAL", "AP", "OS", "EN", "TA", "DO", "RI", "A ESPECIAL", "ST", "F", "Tribunal Pleno", "Tribunal Pleno", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "CON", "G", "RE", "SS", "O NACIONAL", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "P", "L", "EN", "Á", "RI", "O", "UN", "I", "ÃO", "UN", "I", "ÃO", "CON", "G", "RE", "SS", "O", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", 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Editora", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Coimbra Editora", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ple", "nário do Supremo Tribunal Federal", "AP", "OS", "EN", "TA", "DO", "RI", "A ESPECIAL DE SE", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "P", "L", 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Ementa e Acórdão 02/12/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ZELIA INES SCHMITZ ADV.(A/S) :JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PROFESSOR. GRATIFICAÇÃO. PRÊMIO EDUCAR. VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. SÚMULA VINCULANTE 10 DO STF. I – Viola o art. 97 da Constituição a decisão de órgão fracionário de tribunal que, sem declarar expressamente a inconstitucionalidade de dispositivo de lei, afasta a sua incidência por suposta ofensa a princípios constitucionais. Precedentes. II - Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por decisão unânime, negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Brasília, 2 de dezembro de 2010. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 886190. Supremo Tribunal Federal DJe 01/02/2011 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 02/12/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ZELIA INES SCHMITZ ADV.(A/S) :JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA R E L A T Ó R I O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI: Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário eletrônico. A agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula Vinculante 10 do STF, bem como ausência de ofensa ao art. 97 da Constituição Federal, sob o argumento de que o Tribunal recorrido não decidiu a questão à luz de dispositivos constitucionais. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895415. Supremo Tribunal Federal 02/12/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ZELIA INES SCHMITZ ADV.(A/S) :JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA R E L A T Ó R I O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI: Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário eletrônico. A agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula Vinculante 10 do STF, bem como ausência de ofensa ao art. 97 da Constituição Federal, sob o argumento de que o Tribunal recorrido não decidiu a questão à luz de dispositivos constitucionais. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895415. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 02/12/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 SANTA CATARINA V O T O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (Relator): Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de recurso extraordinário eletrônico contra acórdão de órgão fracionário do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina que afastou a aplicação do art. 5º da Lei estadual 14.406/2008, que veda a concessão do abono salarial denominado 'Prêmio Educar' a professores em afastamento por determinados motivos, dentre os quais a readaptação. Neste RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa ao art. 97 da mesma Carta, bem como à Súmula Vinculante 10. O recurso merece acolhida. Isso porque esta Corte, em Sessão Plenária de 18/6/2008, corroborada pela discussão que envolveu o julgamento do RE 482.090/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, aprovou a Súmula Vinculante 10, cujo teor segue transcrito: 'Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte'. Ressalte-se que, durante os debates, fixou-se entendimento de que a afronta ao art. 97 da Constituição persiste mesmo que o Tribunal a quo tenha, por meio do pleno ou de seu órgão especial, declarado, após a interposição do recurso extraordinário sob julgamento, a inconstitucionalidade do dispositivo afastado. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Supremo Tribunal Federal 02/12/2010 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 SANTA CATARINA V O T O O Sr. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (Relator): Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de recurso extraordinário eletrônico contra acórdão de órgão fracionário do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina que afastou a aplicação do art. 5º da Lei estadual 14.406/2008, que veda a concessão do abono salarial denominado 'Prêmio Educar' a professores em afastamento por determinados motivos, dentre os quais a readaptação. Neste RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa ao art. 97 da mesma Carta, bem como à Súmula Vinculante 10. O recurso merece acolhida. Isso porque esta Corte, em Sessão Plenária de 18/6/2008, corroborada pela discussão que envolveu o julgamento do RE 482.090/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, aprovou a Súmula Vinculante 10, cujo teor segue transcrito: 'Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte'. Ressalte-se que, durante os debates, fixou-se entendimento de que a afronta ao art. 97 da Constituição persiste mesmo que o Tribunal a quo tenha, por meio do pleno ou de seu órgão especial, declarado, após a interposição do recurso extraordinário sob julgamento, a inconstitucionalidade do dispositivo afastado. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 613.767 AGR / SC Nessa hipótese, a decisão atacada também será cassada, mas apenas para aplicação, pelo relator ou pelo órgão fracionário, do precedente firmado pelo pleno ou pelo órgão especial competente para a declaração de inconstitucionalidade. Isso posto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento (CPC, art. 557, § 1º-A) para cassar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que proceda a novo julgamento pelo órgão competente, nos termos do art. 97 da Constituição Federal”. Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Ademais, o acórdão do Tribunal de origem, apesar de não declarar expressamente a inconstitucionalidade do art. 5º da Lei estadual 14.406/2008, que veda a concessão do abono salarial denominado “Prêmio Educar” a professores em afastamento por motivos elencados na referida lei, dentre os quais a readaptação, afastou a sua aplicação com base, também, em fundamentos constitucionais. Nesse sentido, transcrevo os seguintes trechos do aresto recorrido: “É que o art. 5º da referia Lei expressamente veda a percepção da benesse por aqueles que se encontram fora das salas de aula por motivos de saúde ou no gozo de direitos assegurados constitucionalmente, como é o caso de férias, licença-maternidade ou paternidade. (...). Ora, afigura-se um contra-senso e caracteriza manifesta violação aos princípios da igualdade, razoabilidade e proporcionalidade exigir que o servidor, para não sofrer decesso remuneratório, deixe de usufruir de direito previsto na Carta Maior, como férias, licença- maternidade ou paternidade (CF, arts. 7º, incisos XVII, XVIII e XIX 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Supremo Tribunal Federal RE 613.767 AGR / SC Nessa hipótese, a decisão atacada também será cassada, mas apenas para aplicação, pelo relator ou pelo órgão fracionário, do precedente firmado pelo pleno ou pelo órgão especial competente para a declaração de inconstitucionalidade. Isso posto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento (CPC, art. 557, § 1º-A) para cassar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que proceda a novo julgamento pelo órgão competente, nos termos do art. 97 da Constituição Federal”. Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Ademais, o acórdão do Tribunal de origem, apesar de não declarar expressamente a inconstitucionalidade do art. 5º da Lei estadual 14.406/2008, que veda a concessão do abono salarial denominado “Prêmio Educar” a professores em afastamento por motivos elencados na referida lei, dentre os quais a readaptação, afastou a sua aplicação com base, também, em fundamentos constitucionais. Nesse sentido, transcrevo os seguintes trechos do aresto recorrido: “É que o art. 5º da referia Lei expressamente veda a percepção da benesse por aqueles que se encontram fora das salas de aula por motivos de saúde ou no gozo de direitos assegurados constitucionalmente, como é o caso de férias, licença-maternidade ou paternidade. (...). Ora, afigura-se um contra-senso e caracteriza manifesta violação aos princípios da igualdade, razoabilidade e proporcionalidade exigir que o servidor, para não sofrer decesso remuneratório, deixe de usufruir de direito previsto na Carta Maior, como férias, licença- maternidade ou paternidade (CF, arts. 7º, incisos XVII, XVIII e XIX 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 613.767 AGR / SC c/c 39, § 3º), licença para tratamento de saúde ou ainda licença- prêmio, estas últimas previstas nos arts. 110 e 118 do Estatuto do Magistério Público Estadual – Lei n. 6.844/86. (...). Sobre o princípio da igualdade... (...). Esse importantíssimo postulado, se não leva à declaração de inconstitucionalidade do art. 5º da Lei n. 14.406/2008, pois algumas situações nele prevista são perfeitamente admissíveis, no que diz respeito especificamente à licença para tratamento de saúde e, por interpretação extensiva, à readaptação, recomenda seja aplicada a regra do art. 110 do Estatuto do Magistério – Lei n. 6.844/86 – o que ostenta aparente antinomia com aquela regra especial”. Assim, para afastar a incidência, ainda que parcial, do dispositivo questionado, ante a suposta ofensa a princípios constitucionais, o Tribunal de origem deveria ter observado a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição). Nesse sentido, menciono, a contrário senso, o decidido no julgamento do RE 495.370-AgR/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, de cuja ementa transcrevo os seguintes trechos: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. ISS. REGIME DE TRIBUTAÇÃO MAIS FAVORÁVEL. APURAÇÃO CONFORME VALOR PREFIXADO (TRIBUTO 'FIXO' OU 'ESPECÍFICO'). ART. 9º, DL 406/1968. ALEGADA VIOLAÇÃO DOS ARTS. 5º, CAPUT, LIV, LV, 93, IX, 97, 150, I E II DA CONSTITUIÇÃO FUNDAMENTO AUTÔNOMO E SUFICIENTE. INAPLICABILIDADE DO ART. 9º DO DL 406/1968. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA. (...). 4. Não se aplica a reserva de Plenário ao julgamento que se limita a examinar a legislação ordinária sem a necessidade de invocar implícita ou explicitamente a Constituição para reforçar ou justificar a exegese. (...)”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Supremo Tribunal Federal RE 613.767 AGR / SC c/c 39, § 3º), licença para tratamento de saúde ou ainda licença- prêmio, estas últimas previstas nos arts. 110 e 118 do Estatuto do Magistério Público Estadual – Lei n. 6.844/86. (...). Sobre o princípio da igualdade... (...). Esse importantíssimo postulado, se não leva à declaração de inconstitucionalidade do art. 5º da Lei n. 14.406/2008, pois algumas situações nele prevista são perfeitamente admissíveis, no que diz respeito especificamente à licença para tratamento de saúde e, por interpretação extensiva, à readaptação, recomenda seja aplicada a regra do art. 110 do Estatuto do Magistério – Lei n. 6.844/86 – o que ostenta aparente antinomia com aquela regra especial”. Assim, para afastar a incidência, ainda que parcial, do dispositivo questionado, ante a suposta ofensa a princípios constitucionais, o Tribunal de origem deveria ter observado a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição). Nesse sentido, menciono, a contrário senso, o decidido no julgamento do RE 495.370-AgR/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, de cuja ementa transcrevo os seguintes trechos: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. ISS. REGIME DE TRIBUTAÇÃO MAIS FAVORÁVEL. APURAÇÃO CONFORME VALOR PREFIXADO (TRIBUTO 'FIXO' OU 'ESPECÍFICO'). ART. 9º, DL 406/1968. ALEGADA VIOLAÇÃO DOS ARTS. 5º, CAPUT, LIV, LV, 93, IX, 97, 150, I E II DA CONSTITUIÇÃO FUNDAMENTO AUTÔNOMO E SUFICIENTE. INAPLICABILIDADE DO ART. 9º DO DL 406/1968. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA. (...). 4. Não se aplica a reserva de Plenário ao julgamento que se limita a examinar a legislação ordinária sem a necessidade de invocar implícita ou explicitamente a Constituição para reforçar ou justificar a exegese. (...)”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 613.767 AGR / SC No mesmo sentido, cito as seguintes decisões, entre outras: RE 491.685-AgR/SE e RE 482.674-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 529.492- AgR/SP e RE 585.728-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 462.770/RN e RE 602.896/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 593.766/RS, Rel. Min. Menezes Direito. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Supremo Tribunal Federal RE 613.767 AGR / SC No mesmo sentido, cito as seguintes decisões, entre outras: RE 491.685-AgR/SE e RE 482.674-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 529.492- AgR/SP e RE 585.728-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 462.770/RN e RE 602.896/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 593.766/RS, Rel. Min. Menezes Direito. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 895416. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ZELIA INES SCHMITZ ADV.(A/S) : JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 02.12.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Edson Oliveira de Almeida. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 900533 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ZELIA INES SCHMITZ ADV.(A/S) : JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 02.12.2010. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli. Subprocurador-Geral da República, Edson Oliveira de Almeida. Fabiane Duarte Coordenadora Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 900533 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=935015
2010-12-02T00:00:00
2011-02-01T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 02.12.2010.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PROFESSOR. GRATIFICAÇÃO. PRÊMIO EDUCAR. VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. SÚMULA VINCULANTE 10 DO STF. I – Viola o art. 97 da Constituição a decisão de órgão fracionário de tribunal que, sem declarar expressamente a inconstitucionalidade de dispositivo de lei, afasta a sua incidência por suposta ofensa a princípios constitucionais. Precedentes. II - Agravo regimental improvido.
sjur186737
- Acórdãos citados: RE 482674 AgR, RE 491685 AgR, RE 495370 AgR, RE 529492 AgR, RE 585728 AgR. - Decisões monocráticas citadas: RE 462770, RE 602896, RE 593766. Número de páginas: 7. Análise: 07/02/2011, CRE.
RICARDO LEWANDOWSKI
Primeira Turma
613767
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUV-000010 \r\n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-014406 ANO-2008\r\n ART-00005 \r\n LEI ORDINÁRIA, SC" ]
RE-AgR
acordaos
RE 613767 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ZELIA INES SCHMITZ ADV.(A/S) : JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 613. 767", "S", "Ú", "M", "UL", "A VINCULANTE 10 DO STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 613. 767", "S", "úm", "ula Vinculante 10 do STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 613. 767", "S", "úm", "ula Vinculante 10 do STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 613. 767", "S", "úm", "ula Vinculante 10", "R", "E 482. 090 / SP", "S", "úm", "ula Vinculante 10", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 613. 767", "S", "úm", "ula Vinculante 10", "R", "E 482. 090 / SP", "S", "úm", "ula Vinculante 10", "R", "E 613. 767 AGR / SC", "R", "E 613. 767 AGR / SC", "R", "E 613. 767", "A", "G", "R", "/", "SC", "R", "E 495. 370- AgR / PR", "R", "E 613. 767 AGR / SC", "R", "E 495. 370- AgR / PR", "R", "E 613. 767 AGR / SC", "R", "E 491. 685- AgR / SE", "R", "E 482. 674- AgR / SP", "R", "E 529. 492- AgR / SP", "R", "E 585. 728- AgR / RJ", "R", "E 462. 770 / RN", "R", "E 602. 896 / SP", "R", "E 593. 766 / RS", "R", "E 613. 767 AGR / SC", "R", "E 491. 685- AgR / SE", "R", "E 482. 674- AgR / SP", "R", "E 529. 492- AgR / SP", "R", "E 585. 728- AgR / RJ", "R", "E 462. 770 / RN", "R", "E 602. 896 / SP", "R", "E 59", "3", ".", "76", "6", "/", "RS", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 613. 767", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 613. 767" ], "LEGISLACAO": [ "art. 97 da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 97 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 97 da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK] da Lei estadual 14. 406 / 2008", "art. 102, III, a e c, da Constituição", "art. 97 da mesma Carta", "C", "F, art. 97", "art. 97 da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK] da Lei estadual 14. 406 / 2008", "art. 102, III, a e c, da Constituição", "art. 97", "C", "F, art. 97", "art. 97 da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "CP", "C, art. 557, § [UNK]- A", "art. 97 da Constituição Federal", "art. [UNK] da Lei estadual 14. 406 / 2008", "Carta Maior", "C", "F, arts. [UNK], incisos XVII, XVIII e XIX", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "CP", "C, art. 557, § [UNK]- A", "art. 97 da Constituição Federal", "art. [UNK] da Lei estadual 14. 406 / 2008", "Carta Maior", "C", "F, arts. [UNK], incisos XVII, XVIII e XIX", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 110 e 118 do Estatuto do Magistério Público Estadual", "Lei n. 6. 844 / 86", "art. [UNK] da Lei n. 14. 406 / 2008", "art. 110 do Estatuto do Magistério", "Lei n. 6. 844 / 86", "art. 97 da Constituição", "AR", "T. [UNK], DL 406 / 1968", "AR", "TS. [UNK], CAPUT, LIV, LV, 93, IX, 97, 150, I E II DA CONSTITUIÇÃO", "AR", "T. [UNK] DO DL 406 / 1968", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 110 e 118 do Estatuto do Magistério Público Estadual", "Lei n. 6. 844 / 86", "art. [UNK] da Lei n. 14. 406 / 2008", "art. 110 do Estatuto do Magistério", "Lei n. 6. 844 / 86", "art. 97 da Constituição", "AR", "T. [UNK], DL 406 / 1968", "AR", "TS. [UNK], CAPUT, LIV, LV, 93, IX, 97, 150, I E II DA CONSTITUIÇÃO", "AR", "T. [UNK] DO DL 406 / 1968", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SA", "NT", "A CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "Brasília", "SA", "NT", "A CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "SA", "NT", "A CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "SA", "NT", "A CATARINA", "SA", "NT", "A CATARINA", "SA", "NT", "A CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "SA", "NT", "A CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA", "ES", "TA", "DO DE SANTA CATARINA" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Z", "EL", "IA INES SCHMITZ", "J", "OS", "É SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN", "Ricardo Lewandowski", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Z", "EL", "IA INES SCHMITZ", "J", "OS", "É SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Z", "EL", "IA INES SCHMITZ", "J", "OS", "É SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Joaquim Barbosa", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Joaquim Barbosa", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", "Menezes Direito", "Ce", "zar Peluso", "Er", "os Grau", "Cá", "r", "men Lúcia", "Menezes Direito", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Z", "EL", "IA INES SCHMITZ", "J", "OS", "É SÉRG", "IO DA SILVA CRISTÓVAN", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Edson Oliveira de Almeida", "Fab", "iane Duarte", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "Z", "EL", "IA INES SCHMITZ", "J", "OS", "É SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAN", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Marco Aurélio", "Cá", "r", "men Lúcia", "Dias Toffoli", "Edson Oliveira de Almeida", "Fab", "iane Duarte" ], "TEMPO": [ "02", "/", "12", "/", "2010", "2 de dezembro de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", "/", "02", "/", "2011", "02", "/", "12", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", "/", "12", "/", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", "/", "12", "/", "2010", "18", "/", "6", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", "/", "12", "/", "2010", "18", "/", "6", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", ".", "12", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", ".", "12", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :GUILHERME SILVA RIBEIRO IMPTE.(S) :PATRICK DE OLIVEIRA BERRIEL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. INOBSERVÂNCIA DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TRÁFICO DE DROGAS. FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA. 1. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento no sentido da inadmissibilidade da impetração de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário, previsto no art. 102, II, da Constituição Federal. Até que essa questão seja debatida pelo Plenário do Tribunal, apenas em caso de teratologia ou de evidente contrariedade à orientação jurisprudencial do Tribunal a impetração deve ser admitida. 2. Em matéria de prisão cautelar, o Supremo Tribunal Federal exige a demonstração, empiricamente motivada, da presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal. 3. No caso, o decreto prisional está “lastreado em elementos concretos colhidos nos próprios autos”, especialmente em “indícios de traficância habitual”. 4. A mera referência ao artigo 33 do Código Penal e ao art. 2º da Lei nº 8.038/1990 fundamenta a fixação de regime prisional mais gravoso do que aquele admitido pela quantidade de pena. 5. Especificamente quanto aos crimes hediondos e equiparados, o Tribunal Pleno superou o entendimento de que a natureza do delito é fundamento idôneo para a imposição de regime mais gravoso para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade (HC 111.840, Rel. Min. Dias Toffoli). 6. Ordem parcialmente concedida para, confirmando-se a liminar deferida, determinar ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que reaprecie, fundamentadamente, os requisitos objetivos e subjetivos estabelecidos no art. 33 do CP. Assegurado ao paciente o direito de aguardar a nova decisão, em regime aberto, cujas condições serão fixadas, antes do cumprimento de alvará de soltura, pelo Juízo das Execuções Criminais de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247543. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão HC 118925 / RJ Campos dos Goytacazes. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em implementar, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio quanto ao regime de cumprimento da pena. Não participou do julgamento, justificadamente, o Ministro Luiz Fux. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247543. Supremo Tribunal Federal HC 118925 / RJ Campos dos Goytacazes. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em implementar, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio quanto ao regime de cumprimento da pena. Não participou do julgamento, justificadamente, o Ministro Luiz Fux. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :GUILHERME SILVA RIBEIRO IMPTE.(S) :PATRICK DE OLIVEIRA BERRIEL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional, com pedido liminar, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que manteve a prisão preventiva do ora paciente. 2. Extrai-se dos autos que o G. S. R (Guilherme Silva Ribeiro), preso em flagrante em 09 de fevereiro de 2012, foi condenado pelo delito de tráfico de drogas (Lei nº 11.343/2006, art. 33) à pena de 6 anos de reclusão, em regime fechado, sendo-lhe vedado recorrer em liberdade. Os fatos implicados na condenação foram assim narrados na denúncia: “No dia 09 de fevereiro de 2012, por volta das 10h50m, no porta-luvas do automóvel […] o denunciado, de forma livre e consciente, trazia consigo e ocultava para fins de tráfico […] 245,0g (duzentos e quarenta e cinco gramas) da substância vulgarmente conhecida como maconha, distribuída em 02 (dois) tabletes envoltos em fita adesiva”. 3. A sentença penal condenatória foi proferida em audiência realizada em 29 de maio de 2012 pelo Juízo de Direito da 3ª Vara Criminal de Campos de Goytacazes/RJ. Na oportunidade, o Promotor de Justiça afirmou que, após a prisão em flagrante do ora paciente, fora encontrada “plantação de maconha hidropônica na casa do réu, fato Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247544. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :GUILHERME SILVA RIBEIRO IMPTE.(S) :PATRICK DE OLIVEIRA BERRIEL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional, com pedido liminar, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que manteve a prisão preventiva do ora paciente. 2. Extrai-se dos autos que o G. S. R (Guilherme Silva Ribeiro), preso em flagrante em 09 de fevereiro de 2012, foi condenado pelo delito de tráfico de drogas (Lei nº 11.343/2006, art. 33) à pena de 6 anos de reclusão, em regime fechado, sendo-lhe vedado recorrer em liberdade. Os fatos implicados na condenação foram assim narrados na denúncia: “No dia 09 de fevereiro de 2012, por volta das 10h50m, no porta-luvas do automóvel […] o denunciado, de forma livre e consciente, trazia consigo e ocultava para fins de tráfico […] 245,0g (duzentos e quarenta e cinco gramas) da substância vulgarmente conhecida como maconha, distribuída em 02 (dois) tabletes envoltos em fita adesiva”. 3. A sentença penal condenatória foi proferida em audiência realizada em 29 de maio de 2012 pelo Juízo de Direito da 3ª Vara Criminal de Campos de Goytacazes/RJ. Na oportunidade, o Promotor de Justiça afirmou que, após a prisão em flagrante do ora paciente, fora encontrada “plantação de maconha hidropônica na casa do réu, fato Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório HC 118925 / RJ objeto de outro processo em que sua esposa é co-ré”. O Juízo, a seu turno, reiterou que fora encontrada na casa do réu “grande quantidade de pés de maconha hidropônica” e, na sequência, manteve a prisão cautelar para “resguardo da ordem pública, evitando-se a prática de novos delitos”. Aditivamente, o magistrado afirmou que “os réus acusados da prática de crime hediondo não têm direito à liberdade provisória”. Com base na redação da Lei nº 8.072/1990, o Juízo ainda fixou o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena de 6 anos de reclusão. 4. Da sentença, foi interposta apelação, desprovida, por maioria, pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Tendo em vista que o voto divergente reduzia a pena e fixava o regime aberto para o cumprimento da reprimenda, a defesa apresentou embargos infringentes, ainda não apreciados. Para impugnar especificamente a manutenção da prisão preventiva, a defesa também impetrou habeas corpus na Corte Estadual, que indeferiu a ordem pelo fundamento de que a custódia cautelar fora embasada nos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. 5. No Superior Tribunal de Justiça, reiterou-se a alegação de falta de fundamentação para a prisão provisória. A Sexta Turma não conheceu do habeas corpus pela inadequação da via eleita. No entanto, examinou o mérito da impetração e entendeu, sob a relatoria da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, que “estando a prisão fundamentada no risco concreto de reiteração delituosa e na gravidade concreta dos fatos, cifrada na quantidade de droga apreendida com o paciente (245g de maconha), evidencia-se risco para a ordem pública. Ademais, a sentença ressaltou o fato de ter permanecido o paciente preso durante a instrução” (trecho da ementa). 6. No presente habeas corpus, o impetrante renova a proposição de que inexiste razão idônea para manter-se a custódia cautelar, tendo em vista as condições pessoais do acusado e o substrato fático da causa. Nesse sentido, requer a revogação da prisão preventiva para que o paciente aguarde, em liberdade, eventual trânsito em julgado da condenação. 7. Em análise preliminar, determinei ao Tribunal de Justiça 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247544. Supremo Tribunal Federal HC 118925 / RJ objeto de outro processo em que sua esposa é co-ré”. O Juízo, a seu turno, reiterou que fora encontrada na casa do réu “grande quantidade de pés de maconha hidropônica” e, na sequência, manteve a prisão cautelar para “resguardo da ordem pública, evitando-se a prática de novos delitos”. Aditivamente, o magistrado afirmou que “os réus acusados da prática de crime hediondo não têm direito à liberdade provisória”. Com base na redação da Lei nº 8.072/1990, o Juízo ainda fixou o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena de 6 anos de reclusão. 4. Da sentença, foi interposta apelação, desprovida, por maioria, pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Tendo em vista que o voto divergente reduzia a pena e fixava o regime aberto para o cumprimento da reprimenda, a defesa apresentou embargos infringentes, ainda não apreciados. Para impugnar especificamente a manutenção da prisão preventiva, a defesa também impetrou habeas corpus na Corte Estadual, que indeferiu a ordem pelo fundamento de que a custódia cautelar fora embasada nos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. 5. No Superior Tribunal de Justiça, reiterou-se a alegação de falta de fundamentação para a prisão provisória. A Sexta Turma não conheceu do habeas corpus pela inadequação da via eleita. No entanto, examinou o mérito da impetração e entendeu, sob a relatoria da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, que “estando a prisão fundamentada no risco concreto de reiteração delituosa e na gravidade concreta dos fatos, cifrada na quantidade de droga apreendida com o paciente (245g de maconha), evidencia-se risco para a ordem pública. Ademais, a sentença ressaltou o fato de ter permanecido o paciente preso durante a instrução” (trecho da ementa). 6. No presente habeas corpus, o impetrante renova a proposição de que inexiste razão idônea para manter-se a custódia cautelar, tendo em vista as condições pessoais do acusado e o substrato fático da causa. Nesse sentido, requer a revogação da prisão preventiva para que o paciente aguarde, em liberdade, eventual trânsito em julgado da condenação. 7. Em análise preliminar, determinei ao Tribunal de Justiça 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório HC 118925 / RJ do Estado do Rio de Janeiro que reapreciasse, “com a urgência que o caso exige, o pedido da defesa de alteração do regime prisional determinado na sentença”. Ocorre que, até a presente data, não houve cumprimento da tutela de urgência por parte da Corte Estadual, de modo que submeto, de logo, o feito ao exame da Turma, observando que a Procuradoria Geral da República opinou pelo não conhecimento do writ e, no mérito, pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247544. Supremo Tribunal Federal HC 118925 / RJ do Estado do Rio de Janeiro que reapreciasse, “com a urgência que o caso exige, o pedido da defesa de alteração do regime prisional determinado na sentença”. Ocorre que, até a presente data, não houve cumprimento da tutela de urgência por parte da Corte Estadual, de modo que submeto, de logo, o feito ao exame da Turma, observando que a Procuradoria Geral da República opinou pelo não conhecimento do writ e, no mérito, pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Antecipação ao Voto 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO ANTECIPAÇÃO AO VOTO O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR) - Senhor Presidente, antes de proferir o meu voto, eu considero próprio estabelecer dois componentes da minha pré-compreensão sobre esta questão. O paciente foi acusado e condenado pela traficância suposta de uma quantidade de maconha - 245g de maconha. Dentro da minha pré- compreensão, portanto, esse não é um elemento técnico-jurídico, eu, pessoalmente, sou a favor da descriminalização da maconha e acho que é uma má política criminal apinhar os presídios com jovens condenados pelo tráfico de quantias relativamente pequenas de maconha. Além do que, a maconha - a despeito de razoável grau de controvérsia sobre o tipo de dano que ela causa ao usuário - certamente não é uma droga que torne o indivíduo que a consome socialmente perigoso. De modo que, por essas pré-compreensões que eu declino aqui, eu considero que, em situações que envolvem tão somente a maconha, a minha perspectiva é de não exacerbação da pretensão punitiva do Estado. ********* Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247545. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO ANTECIPAÇÃO AO VOTO O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR) - Senhor Presidente, antes de proferir o meu voto, eu considero próprio estabelecer dois componentes da minha pré-compreensão sobre esta questão. O paciente foi acusado e condenado pela traficância suposta de uma quantidade de maconha - 245g de maconha. Dentro da minha pré- compreensão, portanto, esse não é um elemento técnico-jurídico, eu, pessoalmente, sou a favor da descriminalização da maconha e acho que é uma má política criminal apinhar os presídios com jovens condenados pelo tráfico de quantias relativamente pequenas de maconha. Além do que, a maconha - a despeito de razoável grau de controvérsia sobre o tipo de dano que ela causa ao usuário - certamente não é uma droga que torne o indivíduo que a consome socialmente perigoso. De modo que, por essas pré-compreensões que eu declino aqui, eu considero que, em situações que envolvem tão somente a maconha, a minha perspectiva é de não exacerbação da pretensão punitiva do Estado. ********* Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Inicialmente, registro que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento no sentido da inadmissibilidade da impetração de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário, previsto no art. 102, II, da Constituição Federal (HC 116.388, Rel.ª Min.ª Rosa Weber, decisão monocrática, HC 116.885, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Muito embora o Ministro Marco Aurélio tenha passado a admitir o HC substitutivo impetrado em favor de paciente preso ou com mandado de prisão já expedido, tem prevalecido na Turma a orientação de não conhecimento da impetração por inadequação da via eleita. Até que essa questão seja debatida pelo Plenário do Tribunal, inclino-me pela posição de só admitir a impetração substitutiva do recurso cabível em caso de teratologia ou de evidente contrariedade à orientação jurisprudencial do Tribunal. O que me parece, em parte, ser o caso dos autos. 2. Dito isso, observo que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em matéria de prisão cautelar exige a demonstração, empiricamente motivada, da presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal (Cf. HC 109.449, Rel. Min. Marco Aurélio, e HC 115.623, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Nesse sentido, ambas as Turmas desta Corte desautorizam a decretação de prisão preventiva com base na gravidade abstrata do delito ou em circunstâncias elementares do tipo penal. Foi seguindo esse entendimento que a Primeira Turma julgou o HC 115.558, Rel. Min. Luiz Fux, reiterando a ilegalidade da “prisão cautelar para garantia da ordem pública e para conveniência da instrução criminal [...] quando fundamentada, como no caso sub examine, tão somente na Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247546. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Inicialmente, registro que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento no sentido da inadmissibilidade da impetração de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário, previsto no art. 102, II, da Constituição Federal (HC 116.388, Rel.ª Min.ª Rosa Weber, decisão monocrática, HC 116.885, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Muito embora o Ministro Marco Aurélio tenha passado a admitir o HC substitutivo impetrado em favor de paciente preso ou com mandado de prisão já expedido, tem prevalecido na Turma a orientação de não conhecimento da impetração por inadequação da via eleita. Até que essa questão seja debatida pelo Plenário do Tribunal, inclino-me pela posição de só admitir a impetração substitutiva do recurso cabível em caso de teratologia ou de evidente contrariedade à orientação jurisprudencial do Tribunal. O que me parece, em parte, ser o caso dos autos. 2. Dito isso, observo que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em matéria de prisão cautelar exige a demonstração, empiricamente motivada, da presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal (Cf. HC 109.449, Rel. Min. Marco Aurélio, e HC 115.623, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Nesse sentido, ambas as Turmas desta Corte desautorizam a decretação de prisão preventiva com base na gravidade abstrata do delito ou em circunstâncias elementares do tipo penal. Foi seguindo esse entendimento que a Primeira Turma julgou o HC 115.558, Rel. Min. Luiz Fux, reiterando a ilegalidade da “prisão cautelar para garantia da ordem pública e para conveniência da instrução criminal [...] quando fundamentada, como no caso sub examine, tão somente na Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO HC 118925 / RJ gravidade in abstracto, ínsita ao crime.” (trecho da ementa) 3. Relativamente ao delito de tráfico de drogas, o Plenário deste Tribunal, ao julgar o HC 104.339, Rel. Min. Gilmar Mendes, reconheceu a incompatibilidade entre a vedação apriorística de concessão de liberdade provisória (Lei nº 11.343/2006, art. 44) e as garantias da presunção de não culpabilidade, do devido processo legal e da fundamentação das decisões judiciais. Na oportunidade, por maioria de votos, entendeu-se que “a previsão constitucional de que o crime de tráfico de entorpecentes é inafiançável (art. 5º, XLIII) não traduz dizer que seja insuscetível de liberdade provisória, pois conflitaria com o inciso LXVI do mesmo dispositivo, que estabelece que ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança” (trecho do voto do Ministro Gilmar Mendes). 4. No caso dos autos, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade de votos, reconheceu que o decreto prisional estaria “lastreado em elementos concretos colhidos nos próprios autos”, especialmente em “indícios de traficância habitual” (trechos do voto da relatora, Ministra Maria Thereza de Assis Moura). De modo que, em linha de princípio, o decreto de prisão está embasado em dados objetivos reveladores da gravidade concreta da conduta e em elementos individualizados evidenciadores do risco efetivo de reiteração delitiva pelo ora paciente. 5. Por outro lado, a leitura da sentença e do acórdão condenatórios evidencia que o caráter hediondo do delito foi o fundamento utilizado para justificar a imposição do regime prisional mais gravoso do que aquele admitido pela pena concreta (seis anos). Confira-se, a propósito, trecho do voto condutor do acórdão a quo: “O pleito de abrandamento do regime prisional não merece guarida. Primeiro, em razão da regra inserta no § 1º do art. 2º da Lei nº 8.038/1990, pois a declaração de inconstitucionalidade do citado dispositivo pelo E. Supremo Tribunal Federal (HC 11.840-ES, Relator Ministro Dias Toffoli, julgado em 27.06.2012) ocorreu em controle difuso e não teve a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247546. Supremo Tribunal Federal HC 118925 / RJ gravidade in abstracto, ínsita ao crime.” (trecho da ementa) 3. Relativamente ao delito de tráfico de drogas, o Plenário deste Tribunal, ao julgar o HC 104.339, Rel. Min. Gilmar Mendes, reconheceu a incompatibilidade entre a vedação apriorística de concessão de liberdade provisória (Lei nº 11.343/2006, art. 44) e as garantias da presunção de não culpabilidade, do devido processo legal e da fundamentação das decisões judiciais. Na oportunidade, por maioria de votos, entendeu-se que “a previsão constitucional de que o crime de tráfico de entorpecentes é inafiançável (art. 5º, XLIII) não traduz dizer que seja insuscetível de liberdade provisória, pois conflitaria com o inciso LXVI do mesmo dispositivo, que estabelece que ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança” (trecho do voto do Ministro Gilmar Mendes). 4. No caso dos autos, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade de votos, reconheceu que o decreto prisional estaria “lastreado em elementos concretos colhidos nos próprios autos”, especialmente em “indícios de traficância habitual” (trechos do voto da relatora, Ministra Maria Thereza de Assis Moura). De modo que, em linha de princípio, o decreto de prisão está embasado em dados objetivos reveladores da gravidade concreta da conduta e em elementos individualizados evidenciadores do risco efetivo de reiteração delitiva pelo ora paciente. 5. Por outro lado, a leitura da sentença e do acórdão condenatórios evidencia que o caráter hediondo do delito foi o fundamento utilizado para justificar a imposição do regime prisional mais gravoso do que aquele admitido pela pena concreta (seis anos). Confira-se, a propósito, trecho do voto condutor do acórdão a quo: “O pleito de abrandamento do regime prisional não merece guarida. Primeiro, em razão da regra inserta no § 1º do art. 2º da Lei nº 8.038/1990, pois a declaração de inconstitucionalidade do citado dispositivo pelo E. Supremo Tribunal Federal (HC 11.840-ES, Relator Ministro Dias Toffoli, julgado em 27.06.2012) ocorreu em controle difuso e não teve a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO HC 118925 / RJ execução suspensa por Resolução do Senado Federal, portanto, em plena vigência a norma que estabelece o regime inicial fechado para o cumprimento da pena, nas hipóteses de crimes hediondos e assemelhados e, segundo lugar, em razão do quantum de pena aplicada e da regra inserta no artigo 33, § 2º b e § 3º do Código Penal.” 6. Nessas condições, tendo em vista a mera referência ao artigo 33 do Código Penal, considero demonstrada a inobservância da orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal a respeito da determinação do regime inicial de cumprimento de pena firmada nas Súmulas 718 e 719. Ademais, especificamente quanto aos crimes hediondos e equiparados, no julgamento do HC 111.840, Rel. Min. Dias Toffoli, o Tribunal Pleno, ao declarar a inconstitucionalidade do art. 2º, §1º da Lei nº 8.072/1990, superou o entendimento de que a natureza do delito é fundamento idôneo para a imposição de regime mais gravoso para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade. 7. Já me encaminhando para o final, Sr. Presidente, observo que o ora paciente obteve, no julgamento da apelação, voto favorável à fixação da pena em 2 (dois) anos de reclusão, em regime inicial aberto, substituída por duas penas restritivas de direitos. Essa contingência, somada à orientação de que não nos cabe, nessa via, analisar as condições fáticas da causa para, de logo, fixar o regime de cumprimento da pena, leva-me a votar no sentido de confirmar-se a liminar deferida, assegurando ao paciente o direito de aguardar em regime aberto o julgamento dos embargos infringentes. Caberá ao Juízo das Execuções Criminais de Campos dos Goytacazes/RJ, antes do cumprimento do alvará de soltura, fixar as condições a serem observadas pelo acusado, sob pena de expedição de novo mandado de prisão. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247546. Supremo Tribunal Federal HC 118925 / RJ execução suspensa por Resolução do Senado Federal, portanto, em plena vigência a norma que estabelece o regime inicial fechado para o cumprimento da pena, nas hipóteses de crimes hediondos e assemelhados e, segundo lugar, em razão do quantum de pena aplicada e da regra inserta no artigo 33, § 2º b e § 3º do Código Penal.” 6. Nessas condições, tendo em vista a mera referência ao artigo 33 do Código Penal, considero demonstrada a inobservância da orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal a respeito da determinação do regime inicial de cumprimento de pena firmada nas Súmulas 718 e 719. Ademais, especificamente quanto aos crimes hediondos e equiparados, no julgamento do HC 111.840, Rel. Min. Dias Toffoli, o Tribunal Pleno, ao declarar a inconstitucionalidade do art. 2º, §1º da Lei nº 8.072/1990, superou o entendimento de que a natureza do delito é fundamento idôneo para a imposição de regime mais gravoso para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade. 7. Já me encaminhando para o final, Sr. Presidente, observo que o ora paciente obteve, no julgamento da apelação, voto favorável à fixação da pena em 2 (dois) anos de reclusão, em regime inicial aberto, substituída por duas penas restritivas de direitos. Essa contingência, somada à orientação de que não nos cabe, nessa via, analisar as condições fáticas da causa para, de logo, fixar o regime de cumprimento da pena, leva-me a votar no sentido de confirmar-se a liminar deferida, assegurando ao paciente o direito de aguardar em regime aberto o julgamento dos embargos infringentes. Caberá ao Juízo das Execuções Criminais de Campos dos Goytacazes/RJ, antes do cumprimento do alvará de soltura, fixar as condições a serem observadas pelo acusado, sob pena de expedição de novo mandado de prisão. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, comungo da pré-compreensão exposta pelo eminente Relator. Concluo na mesma linha de Sua Excelência e louvo os novos ares que estão chegando à América Latina no que diz respeito à maconha, em função das recentes deliberações do Uruguai a respeito. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5426177. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, comungo da pré-compreensão exposta pelo eminente Relator. Concluo na mesma linha de Sua Excelência e louvo os novos ares que estão chegando à América Latina no que diz respeito à maconha, em função das recentes deliberações do Uruguai a respeito. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5426177. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – A pena-base foi fixada acima do mínimo estabelecido para o tipo? O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Foi usada uma quantidade para poder exasperar a pena para seis anos. E, na terceira fase, o magistrado entendeu também que a quantidade de entorpecentes seria fator para não reduzir ao mínimo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Então as circunstâncias judiciais se mostraram negativas? O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Não, mostraram-se favoráveis. Ele reconheceu na sentença também. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Estou perguntando justamente isso. O que preciso saber é se a pena-base ficou acima do mínimo previsto para o tipo. O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Ficou em seis anos. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Ficou acima? O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Ficou. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Se ficou acima, quando se fixou o regime fechado, considerou-se o disposto no § 3º do artigo 33 do Código Penal. Realmente, os patamares contidos nas alíneas do § 2º do artigo 33 aludido não direcionam, por si sós, à fixação do regime, a não ser que a pena tenha extravasado os oito anos, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5226886. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 118.925 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – A pena-base foi fixada acima do mínimo estabelecido para o tipo? O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Foi usada uma quantidade para poder exasperar a pena para seis anos. E, na terceira fase, o magistrado entendeu também que a quantidade de entorpecentes seria fator para não reduzir ao mínimo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Então as circunstâncias judiciais se mostraram negativas? O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Não, mostraram-se favoráveis. Ele reconheceu na sentença também. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Estou perguntando justamente isso. O que preciso saber é se a pena-base ficou acima do mínimo previsto para o tipo. O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Ficou em seis anos. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Ficou acima? O SENHOR PATRICK BERRIEL (ADVOGADO) - Ficou. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Se ficou acima, quando se fixou o regime fechado, considerou-se o disposto no § 3º do artigo 33 do Código Penal. Realmente, os patamares contidos nas alíneas do § 2º do artigo 33 aludido não direcionam, por si sós, à fixação do regime, a não ser que a pena tenha extravasado os oito anos, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5226886. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 118925 / RJ quando o regime, necessariamente, há de ser o fechado. Por isso, peço vênia ao relator para deferir parcialmente a ordem. Faço-o apenas quanto à liberdade. Entendo desfundamentado o ato de constrição, merecendo, portanto, a glosa do Tribunal. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5226886. Supremo Tribunal Federal HC 118925 / RJ quando o regime, necessariamente, há de ser o fechado. Por isso, peço vênia ao relator para deferir parcialmente a ordem. Faço-o apenas quanto à liberdade. Entendo desfundamentado o ato de constrição, merecendo, portanto, a glosa do Tribunal. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5226886. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 118.925 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) : GUILHERME SILVA RIBEIRO IMPTE.(S) : PATRICK DE OLIVEIRA BERRIEL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma implementou, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio quanto ao regime de cumprimento da pena. Falou o Dr. Patrick Berriel, pelo Paciente. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5244996 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 118.925 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) : GUILHERME SILVA RIBEIRO IMPTE.(S) : PATRICK DE OLIVEIRA BERRIEL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma implementou, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio quanto ao regime de cumprimento da pena. Falou o Dr. Patrick Berriel, pelo Paciente. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5244996 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5475568
2013-12-17T00:00:00
2014-03-21T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma implementou, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio quanto ao regime de cumprimento da pena. Falou o Dr. Patrick Berriel, pelo Paciente. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 17.12.2013.
HABEAS CORPUS
Ementa: habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Inobservância da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Tráfico de drogas. Fixação do regime inicial de cumprimento de pena. 1. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento no sentido da inadmissibilidade da impetração de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário, previsto no art. 102, II, da Constituição Federal. Até que essa questão seja debatida pelo Plenário do Tribunal, apenas em caso de teratologia ou de evidente contrariedade à orientação jurisprudencial do Tribunal a impetração deve ser admitida. 2. Em matéria de prisão cautelar, o Supremo Tribunal Federal exige a demonstração, empiricamente motivada, da presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal. 3. No caso, o decreto prisional está “lastreado em elementos concretos colhidos nos próprios autos”, especialmente em “indícios de traficância habitual”. 4. A mera referência ao artigo 33 do Código Penal e ao art. 2º da Lei nº 8.038/1990 fundamenta a fixação de regime prisional mais gravoso do que aquele admitido pela quantidade de pena. 5. Especificamente quanto aos crimes hediondos e equiparados, o Tribunal Pleno superou o entendimento de que a natureza do delito é fundamento idôneo para a imposição de regime mais gravoso para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade (HC 111.840, Rel. Min. Dias Toffoli). 6. Ordem parcialmente concedida para, confirmando-se a liminar deferida, determinar ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que reaprecie, fundamentadamente, os requisitos objetivos e subjetivos estabelecidos no art. 33 do CP. Assegurado ao paciente o direito de aguardar a nova decisão, em regime aberto, cujas condições serão fixadas, antes do cumprimento de alvará de soltura, pelo Juízo das Execuções Criminais de Campos dos Goytacazes.
sjur258253
- Acórdão(s) citado(s): (REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA, LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) HC 111840 (TP). (HC, SUBSTITUIÇÃO, RHC) HC 116885 (1ªT). (PRISÃO CAUTELAR, REQUISITO) HC 109449 (1ªT), HC 115623 (1ªT). (LIBERDADE PROVISÓRIA, TRÁFICO DE ENTORPECENTES) HC 104339 (TP). (PRISÃO CAUTELAR, GRAVIDADE ABSTRATA, DELITO) HC 115558 (1ªT). - Decisão monocrática citada: (HC, SUBSTITUIÇÃO, RHC) HC 116388. Número de páginas: 13. Análise: 27/03/2014, RAF. Revisão: 22/04/2014, SER.
ROBERTO BARROSO
Primeira Turma
118925
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 INC-00002\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED LEI-008038 ANO-1990\n ART-00002 PAR-00001\n LEI ORDINÁRIA\n\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\n ART-00044\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\n\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-00033 PAR-00002 PAR-00003\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\n\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00312\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000718 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000719 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
HC
acordaos
HC 118925
[ "" ]
PACTE.(S) : GUILHERME SILVA RIBEIRO IMPTE.(S) : PATRICK DE OLIVEIRA BERRIEL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "C 111. 840", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 118925 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 118925 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "C 116. 388", "H", "C 116. 885", "H", "C 109. 449", "H", "C 115. 623", "H", "C 115. 558", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "C 116. 388", "H", "C 116. 885", "H", "C 109. 449", "H", "C 115. 623", "H", "C 115. 558", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 104. 339", "H", "C 11. 840- ES", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 104. 339", "H", "C 11. 840- ES", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 111. 840", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 111. 840", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "C 118925 / RJ", "H", "C 118925 / RJ", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 118. 925" ], "LEGISLACAO": [ "art. 102, II, da Constituição Federal", "art. 312 do Código de Processo Penal", "artigo 33 do Código Penal", "art. [UNK] da Lei [UNK] 8. 038 / 1990", "art. 33 do CP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 11. 343 / 2006, art. 33", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 11. 343 / 2006, art. 33", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 8. 072 / 1990", "art. 312 do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 8. 072 / 1990", "art. 312 do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, II, da Constituição Federal", "art. 312 do Código de", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, II, da Constituição Federal", "art. 312 do Código de Processo Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 11. 343 / 2006, art. 44", "§ [UNK] do art. [UNK] da Lei [UNK] 8. 038 / 1990", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei [UNK] 11. 343 / 2006, art. 44", "§ [UNK] do art. [UNK] da Lei [UNK] 8. 038 / 1990", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 33, § [UNK] b e § [UNK] do Código Penal.", "artigo 33 do Código Penal", "art. [UNK], § [UNK] da Lei [UNK] 8. 072 / 1990", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 33, § [UNK] b e § [UNK] do Código Penal.", "artigo 33 do Código Penal", "art. [UNK], § [UNK] da Lei [UNK] 8. 072 / 1990", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 33 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 33 do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2." ], "LOCAL": [ "R", "IO DE JANEIRO", "Campos dos Goytacazes", "Brasília", "Campos dos Goytacazes.", "Brasília", "R", "IO DE JANEIRO", "[UNK] Vara Criminal de Campos de Goytacazes / RJ", "R", "IO DE JANEIRO", "Estado do Rio de Janeiro", "Estado do Rio de Janeiro", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "Campos dos Goytacazes / RJ", "Campos dos Goytacazes / RJ", "R", "IO DE JANEIRO", "América Latina", "R", "IO DE JANEIRO", "América Latina", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE J", "AN", "EI", "RO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "S", "U", "PE", 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"ME SILVA RIBEIRO", "PA", "T", "RI", "C", "K DE OLIVEIRA BERRIEL COAT", "Marco Aurélio", "Patrick Berriel", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "09 de fevereiro de 2012", "09 de fevereiro de 2012", "29 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "09 de fevereiro de 2012", "09 de fevereiro de 2012", "29 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 113.715 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS EMBDO.(A/S) :CLEINER MOREIRA DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA:EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ILEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. EMBARGOS INTEMPESTIVOS. CONTRADIÇÃO, OMISSÃO E ERRO MATERIAL. INEXISTÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DA CAUSA. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou não reconhecer a legitimidade de órgão do Ministério Público, que não o Procurador-Geral da República, para atuar no Supremo Tribunal Federal. 2. Embargos de declaração intempestivos. 3. Ausência de contradição, omissão e erro material. 4. É firme a jurisprudência no sentido de serem incabíveis os embargos de declaração quando a parte, a pretexto de esclarecer inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição, vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes. 5. Embargos de Declaração não conhecidos. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em não conhecer dos embargos de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5323929. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão HC 113715 ED / DF declaração, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5323929. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF declaração, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5323929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 113.715 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS EMBDO.(A/S) :CLEINER MOREIRA DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Embargos de declaração opostos pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, contra acórdão proferido por esta Segunda Turma, que, em 16.4.2013, concedeu a ordem no julgamento do Habeas Corpus n. 113.715, nos termos seguintes: “EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. FURTO QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. TERMO INICIAL DA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL: TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA PARA A ACUSAÇÃO. ORDEM CONCEDIDA. 1. O Paciente foi condenado a um ano e quatro meses de reclusão, sendo que, em 23.7.2007, a sentença penal condenatória transitou em julgado para a acusação; e, em 30.9.2011, o Juízo da Execução Penal decretou a extinção da punibilidade. Entre essas datas não houve qualquer causa impeditiva, interruptiva ou suspensiva da prescrição. 2. Segundo as regras vigentes nos arts. 109 e 110 do Código Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079145. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 113.715 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS EMBDO.(A/S) :CLEINER MOREIRA DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Embargos de declaração opostos pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, contra acórdão proferido por esta Segunda Turma, que, em 16.4.2013, concedeu a ordem no julgamento do Habeas Corpus n. 113.715, nos termos seguintes: “EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. FURTO QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. TERMO INICIAL DA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL: TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA PARA A ACUSAÇÃO. ORDEM CONCEDIDA. 1. O Paciente foi condenado a um ano e quatro meses de reclusão, sendo que, em 23.7.2007, a sentença penal condenatória transitou em julgado para a acusação; e, em 30.9.2011, o Juízo da Execução Penal decretou a extinção da punibilidade. Entre essas datas não houve qualquer causa impeditiva, interruptiva ou suspensiva da prescrição. 2. Segundo as regras vigentes nos arts. 109 e 110 do Código Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório HC 113715 ED / DF Penal, a prescrição executória se regula pela pena aplicada depois de transitar em julgado a sentença condenatória para a acusação, verificando-se em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois. 3. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal sedimentou-se no sentido de que o prazo prescricional da pretensão executória começa a fluir da data do trânsito em julgado para a acusação. Precedentes. 4. Ordem concedida”. 2. Publicada essa decisão no Dje de 28.5.2013, a presente ação transitou em julgado em 13.6.2013. 3. Em 5.8.2013, o ora Embargante opôs embargos de declaração. 4. No presente recurso, o Embargante afirma que o “MPDFT, no caso, deveria ter constado da autuação, ainda que na qualidade de interessado, bem como ter sido intimado pessoalmente, nos termos d[a Resolução n. 469/2011- STF]”: “quando partes na causa, os Ministérios Públicos dos Estados,o Ministério Publico do Distrito Federal e Territórios e as Defensorias Públicas dos Estados e do Distrito Federal serão intimados na pessoa que os represente no feito”. Ressalta que “embora se trate de impetração originária de habeas corpus, a concessão da ordem repercutiu no Recurso de Agravo em Execução n. 2011.0.02.021741-4 -TJDFT, transitado em julgado desde 15/02/2012, em que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios figurou como parte, fiscal do cumprimento da pena, nos termos peremptórios da Lei de Execução Penal”. Argumenta que a “particularidade da situação dos presentes autos - e todos os outros em semelhante situação - reclama fixar-se o alcance do art. 5° da Resolução 404/09 , na redação da Resolução 469/11, do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a intimação pessoal do parquet seja efetivada não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079145. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF Penal, a prescrição executória se regula pela pena aplicada depois de transitar em julgado a sentença condenatória para a acusação, verificando-se em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois. 3. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal sedimentou-se no sentido de que o prazo prescricional da pretensão executória começa a fluir da data do trânsito em julgado para a acusação. Precedentes. 4. Ordem concedida”. 2. Publicada essa decisão no Dje de 28.5.2013, a presente ação transitou em julgado em 13.6.2013. 3. Em 5.8.2013, o ora Embargante opôs embargos de declaração. 4. No presente recurso, o Embargante afirma que o “MPDFT, no caso, deveria ter constado da autuação, ainda que na qualidade de interessado, bem como ter sido intimado pessoalmente, nos termos d[a Resolução n. 469/2011- STF]”: “quando partes na causa, os Ministérios Públicos dos Estados,o Ministério Publico do Distrito Federal e Territórios e as Defensorias Públicas dos Estados e do Distrito Federal serão intimados na pessoa que os represente no feito”. Ressalta que “embora se trate de impetração originária de habeas corpus, a concessão da ordem repercutiu no Recurso de Agravo em Execução n. 2011.0.02.021741-4 -TJDFT, transitado em julgado desde 15/02/2012, em que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios figurou como parte, fiscal do cumprimento da pena, nos termos peremptórios da Lei de Execução Penal”. Argumenta que a “particularidade da situação dos presentes autos - e todos os outros em semelhante situação - reclama fixar-se o alcance do art. 5° da Resolução 404/09 , na redação da Resolução 469/11, do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a intimação pessoal do parquet seja efetivada não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório HC 113715 ED / DF somente nos feitos em que os MPs locais sejam parte na causa, mas, também, nos habeas corpus quando, conforme sucede na especie, o decisum se reflita no mérito da ação penal originária - no caso, fulminada, a própria sanção penal condenatoria! - na fase de conhecimento ou da execução”. Observa que o “v. acordão, ora embargado (...) incide em omissão e contradição que encontram saneamento na via eleita”, ressaltando que a) “a impetração originária perante o Superior Tribunal de Justiça do HC 231147/DF, assim como a ora embargada, sequer comportariam conhecimento, porquanto consubstanciam verdadeira burla -permita-se - ao sistema recursal e à Constituição da República de 1988”; e b) o “o atual magistério da Suprema Corte proclama, como não poderia deixar de ser, a obrigatoriedade de contar-se o prazo inicial da prescrição executória, definido no art. 112, I, do Código Penal, do transite em julgado para ambas as partes, consoante decorre da nova exegese conferida pela Suprema Corte à presunção de inocência a partir do julgamento do HC 84.078/MG, doutrina reafirmada, entre outros, no referido HC 110.133, ReI. Min. LUIZ FUX”. 5. Pede, ao final, “sejam os embargos de declaração acolhidos e não conhecido o habeas corpus impetrado como sucedâneo recursal. Acaso superada a preliminar, postula-se seja sanada a contradição apontada e, via de consequencia, por efeitos infringentes necessários, afastada a prescrição da pretensão executória, porquanto a interpretação literal do art. 112, I, do Código Penal não encontra mais guarida na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Os indispensáveis efeitos infringentes reclamam a dicção da defesa para, querendo, contestar os presentes embargos declaratórios. Pede-se, por fim, a comunicação do veredito ao STJ, TJDFT e Juízo da Vara de Execuções Criminais do Distrito Federal”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079145. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF somente nos feitos em que os MPs locais sejam parte na causa, mas, também, nos habeas corpus quando, conforme sucede na especie, o decisum se reflita no mérito da ação penal originária - no caso, fulminada, a própria sanção penal condenatoria! - na fase de conhecimento ou da execução”. Observa que o “v. acordão, ora embargado (...) incide em omissão e contradição que encontram saneamento na via eleita”, ressaltando que a) “a impetração originária perante o Superior Tribunal de Justiça do HC 231147/DF, assim como a ora embargada, sequer comportariam conhecimento, porquanto consubstanciam verdadeira burla -permita-se - ao sistema recursal e à Constituição da República de 1988”; e b) o “o atual magistério da Suprema Corte proclama, como não poderia deixar de ser, a obrigatoriedade de contar-se o prazo inicial da prescrição executória, definido no art. 112, I, do Código Penal, do transite em julgado para ambas as partes, consoante decorre da nova exegese conferida pela Suprema Corte à presunção de inocência a partir do julgamento do HC 84.078/MG, doutrina reafirmada, entre outros, no referido HC 110.133, ReI. Min. LUIZ FUX”. 5. Pede, ao final, “sejam os embargos de declaração acolhidos e não conhecido o habeas corpus impetrado como sucedâneo recursal. Acaso superada a preliminar, postula-se seja sanada a contradição apontada e, via de consequencia, por efeitos infringentes necessários, afastada a prescrição da pretensão executória, porquanto a interpretação literal do art. 112, I, do Código Penal não encontra mais guarida na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Os indispensáveis efeitos infringentes reclamam a dicção da defesa para, querendo, contestar os presentes embargos declaratórios. Pede-se, por fim, a comunicação do veredito ao STJ, TJDFT e Juízo da Vara de Execuções Criminais do Distrito Federal”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 113.715 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. O presente recurso não pode ser conhecido. 2. Pelo que se tem nos autos, a) o Habeas Corpus n. 113.715 foi julgado em 16.4.2013, na presença do Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino; b) o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e o Juízo da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal foram comunicados da decisão embargada em 18.4.2013; c) a decisão embargada foi publicada em 28.5.2013; d) a Secretaria do Supremo Tribunal Federal certificou o trânsito em julgado daquela decisão em 13.6.2013; e e) o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e o Juízo da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal foram comunicados do inteiro teor e do trânsito em julgado da decisão embargada em 19.6.2013. 3. O ora Embargante afirma a tempestividade do presente recurso e sua legitimidade, “porquanto não intimado da decisão publicada no Dje de 28/05/2013, não obstante tratar-se de interessado e o disposto nas Resoluções 404/2009 e 469/2011-STF”. 4. Todavia, há óbice processual para o conhecimento destes embargos de declaração, pois o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, ora Embargante, não é legitimado para atuar originariamente no Supremo Tribunal Federal, incumbência exclusiva do Procurador- Geral da República, conforme o que dispõe o art. 46 da Lei Complementar n. 75/93: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 113.715 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. O presente recurso não pode ser conhecido. 2. Pelo que se tem nos autos, a) o Habeas Corpus n. 113.715 foi julgado em 16.4.2013, na presença do Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino; b) o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e o Juízo da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal foram comunicados da decisão embargada em 18.4.2013; c) a decisão embargada foi publicada em 28.5.2013; d) a Secretaria do Supremo Tribunal Federal certificou o trânsito em julgado daquela decisão em 13.6.2013; e e) o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e o Juízo da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal foram comunicados do inteiro teor e do trânsito em julgado da decisão embargada em 19.6.2013. 3. O ora Embargante afirma a tempestividade do presente recurso e sua legitimidade, “porquanto não intimado da decisão publicada no Dje de 28/05/2013, não obstante tratar-se de interessado e o disposto nas Resoluções 404/2009 e 469/2011-STF”. 4. Todavia, há óbice processual para o conhecimento destes embargos de declaração, pois o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, ora Embargante, não é legitimado para atuar originariamente no Supremo Tribunal Federal, incumbência exclusiva do Procurador- Geral da República, conforme o que dispõe o art. 46 da Lei Complementar n. 75/93: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 113715 ED / DF “Art. 46. Incumbe ao Procurador-Geral da República exercer as funções do Ministério Público junto ao Supremo Tribunal Federal, manifestando-se previamente em todos os processos de sua competência”. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou não reconhecer a legitimidade de órgão do Ministério Público, que não o Procurador-Geral da República, para atuar no Supremo Tribunal Federal. Assim, confiram-se, entre outros: HC 80.463/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Plenário, DJ 1º.8.2003; SS 2.764/DF, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ 13.9.2005; SS 2.788/RS, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ 23.2.2006; SS 2.236/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 26.6.2003; Pet. 4.234/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 1º.2.2008; Rcl. 4.453-MC-AgR/SE, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 21.8.2008; MS 27.779-3/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 9.3.2009; e SS 3.738- 2/GO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 11.2.2009. Cumpre destacar que, na Reclamação n. 2.138/DF, Redator para o acórdão o Ministro Gilmar Mendes, DJe 18.4.2008, decidiu-se que não há como qualquer membro do Ministério Público, que não o Procurador- Geral da República, pretender atuar no Supremo Tribunal Federal. Isso porque o Procurador-Geral da República é o único legitimado do Ministério Público no Supremo Tribunal Federal, seja como parte ou como fiscal da lei. No mesmo sentido o Mandado de Segurança n. 27.723- 8/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 16.12.2008. Isso se dá, exatamente, porque, ao estabelecer a configuração do Ministério Público, a Constituição da República (art. 127) afirma-o como instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, una e independente. A Lei Complementar n. 75/93, que trata da organização, das atribuições e do estatuto do Ministério Público da União, dispõe que o Procurador-Geral da República exercerá as funções do Ministério 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF “Art. 46. Incumbe ao Procurador-Geral da República exercer as funções do Ministério Público junto ao Supremo Tribunal Federal, manifestando-se previamente em todos os processos de sua competência”. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou não reconhecer a legitimidade de órgão do Ministério Público, que não o Procurador-Geral da República, para atuar no Supremo Tribunal Federal. Assim, confiram-se, entre outros: HC 80.463/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Plenário, DJ 1º.8.2003; SS 2.764/DF, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ 13.9.2005; SS 2.788/RS, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ 23.2.2006; SS 2.236/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 26.6.2003; Pet. 4.234/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 1º.2.2008; Rcl. 4.453-MC-AgR/SE, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 21.8.2008; MS 27.779-3/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 9.3.2009; e SS 3.738- 2/GO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 11.2.2009. Cumpre destacar que, na Reclamação n. 2.138/DF, Redator para o acórdão o Ministro Gilmar Mendes, DJe 18.4.2008, decidiu-se que não há como qualquer membro do Ministério Público, que não o Procurador- Geral da República, pretender atuar no Supremo Tribunal Federal. Isso porque o Procurador-Geral da República é o único legitimado do Ministério Público no Supremo Tribunal Federal, seja como parte ou como fiscal da lei. No mesmo sentido o Mandado de Segurança n. 27.723- 8/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 16.12.2008. Isso se dá, exatamente, porque, ao estabelecer a configuração do Ministério Público, a Constituição da República (art. 127) afirma-o como instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, una e independente. A Lei Complementar n. 75/93, que trata da organização, das atribuições e do estatuto do Ministério Público da União, dispõe que o Procurador-Geral da República exercerá as funções do Ministério 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 113715 ED / DF Público junto ao Supremo Tribunal (art. 46). Daí, dentre outros, os julgados seguintes: “HABEAS CORPUS. MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS. ILEGITIMIDADE PARA OFICIAR PERANTE OS TRIBUNAIS SUPERIORES (LEI COMPLEMENTAR Nº 75/93, ARTIGO 37, I, 66, § 1º E 149). PRINCÍPIOS DA UNIDADE E INDIVISIBILIDADE (CF, ARTIGO 127, § 1º). O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios é parte legítima para interpor recursos perante o Tribunal de Justiça, inclusive o especial e o extraordinário, bem como agravar das decisões que lhes negarem seguimento. Contudo, somente o Ministério Público Federal tem legitimidade para oficiar nos Tribunais Superiores e, consequentemente, interpor recursos de suas decisões, sobretudo diante dos princípios da unidade e indivisibilidade previstos no artigo 127, § 1º, da Constituição Federal. Precedente. A atuação do Parquet local se exaure quando interpõe agravo de instrumento de decisão que nega seguimento a recurso especial. Habeas corpus deferido” (HC 80.463, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 1º.8.2003). “DECISÃO: O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios requer, nos termos do artigo 4º da Lei 4348/64 e do artigo 297 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a suspensão da execução de medida liminar concedida pelo Desembargador Valter Xavier nos autos do Mandado de Segurança 2003.00.2.004895-4, requerida pelo Desembargador Pedro Aurélio Rosa de Farias contra ato do relator do MS/TJDF 2003.00.2.004377. (...) 7. Impende, preliminarmente, verificar a presença dos pressupostos de existência e de validade do processo, mormente no que diz respeito à legitimidade do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios para valer-se da espécie processual utilizada, a teor do que dispõem os artigos 37, I, e 66, caput e § 1º, da Lei Complementar nº 75, de 20/05/93 (Estatuto do Ministério Público da União), que 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF Público junto ao Supremo Tribunal (art. 46). Daí, dentre outros, os julgados seguintes: “HABEAS CORPUS. MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS. ILEGITIMIDADE PARA OFICIAR PERANTE OS TRIBUNAIS SUPERIORES (LEI COMPLEMENTAR Nº 75/93, ARTIGO 37, I, 66, § 1º E 149). PRINCÍPIOS DA UNIDADE E INDIVISIBILIDADE (CF, ARTIGO 127, § 1º). O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios é parte legítima para interpor recursos perante o Tribunal de Justiça, inclusive o especial e o extraordinário, bem como agravar das decisões que lhes negarem seguimento. Contudo, somente o Ministério Público Federal tem legitimidade para oficiar nos Tribunais Superiores e, consequentemente, interpor recursos de suas decisões, sobretudo diante dos princípios da unidade e indivisibilidade previstos no artigo 127, § 1º, da Constituição Federal. Precedente. A atuação do Parquet local se exaure quando interpõe agravo de instrumento de decisão que nega seguimento a recurso especial. Habeas corpus deferido” (HC 80.463, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 1º.8.2003). “DECISÃO: O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios requer, nos termos do artigo 4º da Lei 4348/64 e do artigo 297 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a suspensão da execução de medida liminar concedida pelo Desembargador Valter Xavier nos autos do Mandado de Segurança 2003.00.2.004895-4, requerida pelo Desembargador Pedro Aurélio Rosa de Farias contra ato do relator do MS/TJDF 2003.00.2.004377. (...) 7. Impende, preliminarmente, verificar a presença dos pressupostos de existência e de validade do processo, mormente no que diz respeito à legitimidade do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios para valer-se da espécie processual utilizada, a teor do que dispõem os artigos 37, I, e 66, caput e § 1º, da Lei Complementar nº 75, de 20/05/93 (Estatuto do Ministério Público da União), que 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 113715 ED / DF estabelecem: ‘Art. 37. O Ministério Público Federal exercerá suas funções: I - nas causas de competência do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais, e dos Tribunais e Juízes Eleitorais’; (...) ‘Art. 66. Os Subprocuradores-Gerais da República serão designados para oficiar junto ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal Superior Eleitoral e nas Câmaras de Coordenação e Revisão. § 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, os Subprocuradores-Gerais da República atuarão por delegação do Procurador-Geral da República’. 8. Por outro lado, o artigo 149 da mesma Lei Complementar preceitua: ‘Art. 149. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios exercerá as suas funções nas causas de competência do Tribunal de Justiça e dos Juízes do Distrito Federal e Territórios’. 9. A questão em exame tem relação próxima com o julgamento proferido pela 1ª Turma no RE 262.178, Pertence, apreciado na Sessão de 3.10.2000. Nesse caso o tema de fundo relacionava-se com a interposição de recurso extraordinário pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios resultante do não-conhecimento de recurso especial, acerca da negativa de vigência dos artigos 904 e parágrafo único do Código de Processo Civil e 4º do Decreto-lei 911/69, e dissídio de jurisprudência, a respeito de ameaça de prisão civil de devedor em contrato de alienação fiduciária. 10. O recurso interposto não foi conhecido, à unanimidade, sendo esta a sua ementa, verbis: ‘I. Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios: problemas constitucionais de sua organização infraconstitucional. II. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios: LC 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF estabelecem: ‘Art. 37. O Ministério Público Federal exercerá suas funções: I - nas causas de competência do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais, e dos Tribunais e Juízes Eleitorais’; (...) ‘Art. 66. Os Subprocuradores-Gerais da República serão designados para oficiar junto ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal Superior Eleitoral e nas Câmaras de Coordenação e Revisão. § 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, os Subprocuradores-Gerais da República atuarão por delegação do Procurador-Geral da República’. 8. Por outro lado, o artigo 149 da mesma Lei Complementar preceitua: ‘Art. 149. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios exercerá as suas funções nas causas de competência do Tribunal de Justiça e dos Juízes do Distrito Federal e Territórios’. 9. A questão em exame tem relação próxima com o julgamento proferido pela 1ª Turma no RE 262.178, Pertence, apreciado na Sessão de 3.10.2000. Nesse caso o tema de fundo relacionava-se com a interposição de recurso extraordinário pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios resultante do não-conhecimento de recurso especial, acerca da negativa de vigência dos artigos 904 e parágrafo único do Código de Processo Civil e 4º do Decreto-lei 911/69, e dissídio de jurisprudência, a respeito de ameaça de prisão civil de devedor em contrato de alienação fiduciária. 10. O recurso interposto não foi conhecido, à unanimidade, sendo esta a sua ementa, verbis: ‘I. Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios: problemas constitucionais de sua organização infraconstitucional. II. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios: LC 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 113715 ED / DF 75, art. 149 e L. 8.625/93, art. 25, IX: inteligência: ilegitimidade para interpor recurso extraordinário de acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Tanto o Ministério Público dos Estados quanto o do Distrito Federal são igualmente legitimados para a interposição dos recursos da competência do Superior Tribunal de Justiça (v.g., o REsp, o RHC ou o RMS), mas a legitimação de ambos - ou, pelo menos, a do MPDFT - para recorrer ao Supremo Tribunal é adstrita ao recurso extraordinário das decisões de primeiro ou segundo grau das respectivas Justiças locais, não para interpor recurso ordinário ou extraordinário de decisões do STJ para o Supremo Tribunal.’ 11. Desenvolveu o Ministro Pertence no voto referido acurada análise acerca das perplexidades da Constituição Federal, no que tange ao tratamento dado às questões do Ministério Público, daí ter afirmado que ‘a complicação provém da lógica - se existe, de difícil intelecção - pela qual se orientou a Constituição na preordenação da organização infraconstitucional do Ministério Público, muito particularmente, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios’, de modo que esse ‘porque compreendido no Ministério Público da União (CF, art. 128, d) - se insere, nessa condição, no campo normativo da lei complementar federal que estabelecerá ‘a organização, as atribuições e o estatuto’ de todo o Ministério Público da União - por iniciativa concorrente do Procurador-Geral da República (CF, art. 61, § 1º, II, d, primeira parte): simultaneamente, contudo, na parte final dessa alínea d, a Carta Fundamental previu a edição, mediante iniciativa privativa do Presidente da República, de ‘normas gerais para a organização’, não só ‘do Ministério Público dos Estados’, mas também do mesmo ‘Ministério Público do Distrito Federal e Territórios’. 12. Rememoro, ademais, que esse entendimento foi reafirmando pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do HC 80463-2-DF, de que fui relator, sessão do dia 15.08.2001. Não vejo, por isso, como se possa dar solução distinta para a espécie dos autos, que reclama, em sintonia com esses precedentes, com os quais me ponho de acordo, a mesma conclusão: a ilegitimidade ativa do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios para formular 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF 75, art. 149 e L. 8.625/93, art. 25, IX: inteligência: ilegitimidade para interpor recurso extraordinário de acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Tanto o Ministério Público dos Estados quanto o do Distrito Federal são igualmente legitimados para a interposição dos recursos da competência do Superior Tribunal de Justiça (v.g., o REsp, o RHC ou o RMS), mas a legitimação de ambos - ou, pelo menos, a do MPDFT - para recorrer ao Supremo Tribunal é adstrita ao recurso extraordinário das decisões de primeiro ou segundo grau das respectivas Justiças locais, não para interpor recurso ordinário ou extraordinário de decisões do STJ para o Supremo Tribunal.’ 11. Desenvolveu o Ministro Pertence no voto referido acurada análise acerca das perplexidades da Constituição Federal, no que tange ao tratamento dado às questões do Ministério Público, daí ter afirmado que ‘a complicação provém da lógica - se existe, de difícil intelecção - pela qual se orientou a Constituição na preordenação da organização infraconstitucional do Ministério Público, muito particularmente, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios’, de modo que esse ‘porque compreendido no Ministério Público da União (CF, art. 128, d) - se insere, nessa condição, no campo normativo da lei complementar federal que estabelecerá ‘a organização, as atribuições e o estatuto’ de todo o Ministério Público da União - por iniciativa concorrente do Procurador-Geral da República (CF, art. 61, § 1º, II, d, primeira parte): simultaneamente, contudo, na parte final dessa alínea d, a Carta Fundamental previu a edição, mediante iniciativa privativa do Presidente da República, de ‘normas gerais para a organização’, não só ‘do Ministério Público dos Estados’, mas também do mesmo ‘Ministério Público do Distrito Federal e Territórios’. 12. Rememoro, ademais, que esse entendimento foi reafirmando pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do HC 80463-2-DF, de que fui relator, sessão do dia 15.08.2001. Não vejo, por isso, como se possa dar solução distinta para a espécie dos autos, que reclama, em sintonia com esses precedentes, com os quais me ponho de acordo, a mesma conclusão: a ilegitimidade ativa do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios para formular 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 113715 ED / DF perante esta Corte o pedido de suspensão de segurança. Ante o exposto, com base no artigo 21, § 1º, do RISTF, e 267, VI, do Código de Processo Civil, indefiro liminarmente o pedido” (SS 2.236-9/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 26.6.2003). No mesmo sentido: AI 629.676-5/RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 9.10.2008; AI 640.163-6/RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 9.10.2008; e AI 658.598-3, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 10.10.2008. E, em casos similares ao destes autos, Rcl. 7.828-MC e Rcl. 7.680-MC, de minha relatoria, DJe 23.4.2009. 5. Ademais, além de não ter legitimidade para opor embargos de declaração em habeas corpus impetrado por terceiro neste Supremo Tribunal, é de se ressaltar que nenhum prazo legal fora observado pelo ora Embargante para oposição do recurso em questão. O ora Embargante opôs o recurso de embargos apenas em 5.8.2013, muito depois do término do prazo legal em 13.6.2013. 6. Incabível, assim, a análise dos argumentos delineados no recurso. 7. Afastada, também, a alegada nulidade das intimações nestes autos, pois feitas nos termos do Regimento Interno e das Resoluções n. 404/2009 e 469/11, todos deste Supremo Tribunal, razão pela qual não houve qualquer irregularidade. 8. Ademais, é pacífico o entendimento de que os embargos de declaração não se prestam para provocar a reforma da decisão embargada, salvo no ponto em que esta tenha sido omissa, contraditória ou obscura, nos termos do art. 619 do Código de Processo Penal, o que não é o caso. 9. O exame da petição recursal é suficiente para constatar que não se pretende provocar o esclarecimento de qualquer ponto obscuro, omisso 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF perante esta Corte o pedido de suspensão de segurança. Ante o exposto, com base no artigo 21, § 1º, do RISTF, e 267, VI, do Código de Processo Civil, indefiro liminarmente o pedido” (SS 2.236-9/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 26.6.2003). No mesmo sentido: AI 629.676-5/RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 9.10.2008; AI 640.163-6/RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 9.10.2008; e AI 658.598-3, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 10.10.2008. E, em casos similares ao destes autos, Rcl. 7.828-MC e Rcl. 7.680-MC, de minha relatoria, DJe 23.4.2009. 5. Ademais, além de não ter legitimidade para opor embargos de declaração em habeas corpus impetrado por terceiro neste Supremo Tribunal, é de se ressaltar que nenhum prazo legal fora observado pelo ora Embargante para oposição do recurso em questão. O ora Embargante opôs o recurso de embargos apenas em 5.8.2013, muito depois do término do prazo legal em 13.6.2013. 6. Incabível, assim, a análise dos argumentos delineados no recurso. 7. Afastada, também, a alegada nulidade das intimações nestes autos, pois feitas nos termos do Regimento Interno e das Resoluções n. 404/2009 e 469/11, todos deste Supremo Tribunal, razão pela qual não houve qualquer irregularidade. 8. Ademais, é pacífico o entendimento de que os embargos de declaração não se prestam para provocar a reforma da decisão embargada, salvo no ponto em que esta tenha sido omissa, contraditória ou obscura, nos termos do art. 619 do Código de Processo Penal, o que não é o caso. 9. O exame da petição recursal é suficiente para constatar que não se pretende provocar o esclarecimento de qualquer ponto obscuro, omisso 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 113715 ED / DF ou contraditório, mas tão somente modificar o conteúdo do julgado, para fazer prevalecer a tese do Embargante. Na verdade, detendo-se em ponto de motivação claro e explícito do julgado, para refutá-lo, os embargos declaratórios passam a assumir caráter infringente, desnaturando-os por completo. 10. Em meu voto, nessa ação, ressaltei que não há embasamento jurídico a sustentar os argumentos expedidos pelo ora Embargante, para assegurar o êxito do seu pleito, pois a “jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal sedimentou-se no sentido de que o prazo prescricional da pretensão executória começa a fluir da data do trânsito em julgado para a acusação”. Nesse sentido, o Habeas Corpus n. 110.133, Relator o Ministro Luiz Fux, que expressamente registra: “A prescrição regula-se pela pena aplicada depois de proferida a sentença condenatória, sendo que, cuidando-se de execução da pena, o lapso prescricional flui do dia em que transita em julgado para a acusação, conforme previsto no artigo 112, combinado com o artigo 110 do Código Penal” (DJ 19.4.2012, grifos nossos). 11. Pelo que se tem nos embargos de declaração, a pretensão do Embargante é rediscutir a matéria. O Supremo Tribunal assentou serem incabíveis os embargos de declaração quando, a pretexto de esclarecer inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição, vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa (RTJ 191/694-695, Rel. Min. Celso de Mello). Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE ISNTRUMENTO. OMISSÃO, 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF ou contraditório, mas tão somente modificar o conteúdo do julgado, para fazer prevalecer a tese do Embargante. Na verdade, detendo-se em ponto de motivação claro e explícito do julgado, para refutá-lo, os embargos declaratórios passam a assumir caráter infringente, desnaturando-os por completo. 10. Em meu voto, nessa ação, ressaltei que não há embasamento jurídico a sustentar os argumentos expedidos pelo ora Embargante, para assegurar o êxito do seu pleito, pois a “jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal sedimentou-se no sentido de que o prazo prescricional da pretensão executória começa a fluir da data do trânsito em julgado para a acusação”. Nesse sentido, o Habeas Corpus n. 110.133, Relator o Ministro Luiz Fux, que expressamente registra: “A prescrição regula-se pela pena aplicada depois de proferida a sentença condenatória, sendo que, cuidando-se de execução da pena, o lapso prescricional flui do dia em que transita em julgado para a acusação, conforme previsto no artigo 112, combinado com o artigo 110 do Código Penal” (DJ 19.4.2012, grifos nossos). 11. Pelo que se tem nos embargos de declaração, a pretensão do Embargante é rediscutir a matéria. O Supremo Tribunal assentou serem incabíveis os embargos de declaração quando, a pretexto de esclarecer inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição, vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa (RTJ 191/694-695, Rel. Min. Celso de Mello). Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE ISNTRUMENTO. OMISSÃO, 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 113715 ED / DF OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO NÃO APONTADAS OU ALEGADAS. NOVA ANÁLISE DO MÉRITO: INVIABILIDADE POR MEIO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRECEDENTES. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 1. O recurso de embargos de declaração tem por objetivo esclarecer obscuridade da decisão, dirimir possível contradição ou solucionar omissão, porém não tem a finalidade de rediscutir matéria julgada (…) 2. Embargos desprovidos” (AI 618.279-AgR- ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 29.6.2007). 12. Assim, os argumentos do Embargante, insuficientes para modificar as decisões impugnadas, demonstram apenas inconformismo e resistência em por termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional, notadamente porque a resolução do conflito narrado na petição de habeas corpus se deu estritamente nos limites do que requerido. 13. Pelo exposto, não conheço dos presentes embargos declaratórios. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Supremo Tribunal Federal HC 113715 ED / DF OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO NÃO APONTADAS OU ALEGADAS. NOVA ANÁLISE DO MÉRITO: INVIABILIDADE POR MEIO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRECEDENTES. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 1. O recurso de embargos de declaração tem por objetivo esclarecer obscuridade da decisão, dirimir possível contradição ou solucionar omissão, porém não tem a finalidade de rediscutir matéria julgada (…) 2. Embargos desprovidos” (AI 618.279-AgR- ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 29.6.2007). 12. Assim, os argumentos do Embargante, insuficientes para modificar as decisões impugnadas, demonstram apenas inconformismo e resistência em por termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional, notadamente porque a resolução do conflito narrado na petição de habeas corpus se deu estritamente nos limites do que requerido. 13. Pelo exposto, não conheço dos presentes embargos declaratórios. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5079146. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 113.715 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS EMBDO.(A/S) : CLEINER MOREIRA DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089343 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 113.715 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS EMBDO.(A/S) : CLEINER MOREIRA DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089343 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5350229
2013-12-17T00:00:00
2014-02-28T00:00:00
A Turma, por votação unânime, não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013.
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS
EMENTA:EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ILEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. EMBARGOS INTEMPESTIVOS. CONTRADIÇÃO, OMISSÃO E ERRO MATERIAL. INEXISTÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DA CAUSA. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou não reconhecer a legitimidade de órgão do Ministério Público, que não o Procurador-Geral da República, para atuar no Supremo Tribunal Federal. 2. Embargos de declaração intempestivos. 3. Ausência de contradição, omissão e erro material. 4. É firme a jurisprudência no sentido de serem incabíveis os embargos de declaração quando a parte, a pretexto de esclarecer inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição, vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes. 5. Embargos de Declaração não conhecidos.
sjur256325
- Acórdão(s) citado(s): (LEGITIMIDADE, PGR) HC 80463 (TP). (PRESCRIÇÃO) HC 110133 (1ªT). (ED, EFEITOS INFRINGENTES) AI 618279 AgR-ED (1ªT), RTJ 191/694. - Decisões monocráticas citadas: (LEGITIMIDADE, MINISTÉRIO PÚBLICO) SS 2236, SS 2764, SS 2788, Pet 4234, Rcl 4453 MC-AgR, SS 3738, MS 27779. (LEGITIMIDADE, PGR) AI 640163, AI 629676, AI 658598, MS 27723, Rcl 7680 MC, Rcl 7828 MC. Número de páginas: 14. Análise: 05/03/2014, BRU.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
113715
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00127\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED LCP-000075 ANO-1993\n ART-00046\n LEI COMPLEMENTAR\n\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00619\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n\n", "LEG-FED RES-000404 ANO-2009\n RESOLUÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED RES-000469 ANO-2011\n RESOLUÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
HC-ED
acordaos
HC 113715 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS EMBDO.(A/S) : CLEINER MOREIRA DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 113. 715", "H", "C 113715 ED / DF", "H", "C 113715 ED / DF", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 113. 71", "Ha", "be", "as Corpus n. 113. 715", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 113. 715", "Ha", "be", "as Corpus n. 113. 715", "H", "C 113715 ED / DF Penal", "Rec", "urso de Agravo em Execução n. 2011. 0. 02. 021741- 4- TJDFT", "H", "C 113715 ED / DF Penal", "Rec", "urso de Agravo em Execução n. 2011. 0. 02. 021741- 4- TJDFT", "H", "C 113715 ED / DF", "H", "C 231147 / DF", "H", "C 84. 078 / MG", "H", "C 110. 133", "H", "C 113715 ED / DF", "H", "C 231147 / DF", "H", "C 84. 078 / MG", "H", "C 110. 133", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 113. 715", "Ha", "be", "as Corpus n. 113. 715", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 113. 715", "Ha", "be", "as Corpus n. 113. 715", "H", "C 113715 ED / DF", "H", "C 80. 463 / DF", "SS 2. 764 / DF", "SS 2. 788 / RS", "SS 2. 236 / DF", "Pet. 4. 234 / DF", "R", "cl. 4. 453- MC- AgR / SE", "MS 27. 779- 3 / DF", "SS 3. 738- 2 / GO", "Rec", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 120.550 PARANÁ RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :MARCOS FERNANDO OIKAWA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. IMPORTAÇÃO FRAUDULENTA DE CIGARROS. CONTRABANDO. 1. A importação clandestina de cigarros estrangeiros caracteriza crime de contrabando e não de descaminho. Precedentes. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite a aplicação do princípio da insignificância ao delito de contrabando. 3. Habeas corpus denegado. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247560. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 120.550 PARANÁ RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :MARCOS FERNANDO OIKAWA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça que, em sede de recurso especial, manteve a ação penal em curso contra o paciente por suposto delito de contrabando (CP, art. 334). 2. Extrai-se dos autos que o paciente foi flagrado logo após introduzir irregularmente em Território Nacional cigarros de origem estrangeira. Oferecida a denúncia, o Juízo Federal de Umuarama/PR não visualizou justa causa à acusação e não admitiu a instauração da ação penal (CPP, art. 395, III). Essa decisão reformada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que determinou o processamento da inicial acusatória, tendo em vista a existência de indícios de autoria e de materialidade. 3. No Superior Tribunal de Justiça, o recurso especial interposto pela defesa foi desprovido pelo fundamento de que, havendo proibição relativa para a comercialização de cigarros, constitui sua prática crime de contrabando e não de descaminho. O acórdão foi assim ementado: “PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. CONTRABANDO DE CIGARROS. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247561. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 120.550 PARANÁ RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) :MARCOS FERNANDO OIKAWA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça que, em sede de recurso especial, manteve a ação penal em curso contra o paciente por suposto delito de contrabando (CP, art. 334). 2. Extrai-se dos autos que o paciente foi flagrado logo após introduzir irregularmente em Território Nacional cigarros de origem estrangeira. Oferecida a denúncia, o Juízo Federal de Umuarama/PR não visualizou justa causa à acusação e não admitiu a instauração da ação penal (CPP, art. 395, III). Essa decisão reformada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que determinou o processamento da inicial acusatória, tendo em vista a existência de indícios de autoria e de materialidade. 3. No Superior Tribunal de Justiça, o recurso especial interposto pela defesa foi desprovido pelo fundamento de que, havendo proibição relativa para a comercialização de cigarros, constitui sua prática crime de contrabando e não de descaminho. O acórdão foi assim ementado: “PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. CONTRABANDO DE CIGARROS. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247561. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório HC 120550 / PR INAPLICABILIDADE. INOVAÇÃO RECURSAL, EM SEDE DE AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. A decisão recorrida encontra-se em consonância com a jurisprudência mais recente do STJ e do STF sobre o tema, no sentido da impossibilidade da aplicação do princípio da insignificância ao delito de contrabando de cigarros, uma vez que a norma propõe-se a tutelar, além da atividade de arrecadação dos impostos, outros bens protegidos pelo Estado, tais como a saúde pública. Nesse sentido: STJ, AgRg no REsp 1.375.659⁄PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, DJe de 02⁄10⁄2013; STJ, REsp 1.342.262⁄RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, DJe de 30⁄08⁄2013. II. A alegação da adequação dos fatos ora em apreciação ao disposto no art. 56 da Lei 9.605⁄98 caracteriza indevida inovação recursal, não admissível, na seara do Agravo Regimental, ante o princípio da preclusão consumativa. Precedentes da Corte. III. Agravo Regimental improvido.” 4. Neste habeas corpus, a Defensoria Pública da União alega que a importação irregular de cigarros constitui crime de descaminho, sendo-lhe aplicável a orientação jurisprudencial a respeito da atipicidade da conduta, quando os tributos sonegados não alcançam o montante de dez mil reais. Nesse sentido, requer o restabelecimento da decisão que rejeitou a denúncia. 5. Indeferida a liminar requerida, a Procuradoria Geral da República manifestou-se pelo não conhecimento do pedido e, no mérito, pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247561. Supremo Tribunal Federal HC 120550 / PR INAPLICABILIDADE. INOVAÇÃO RECURSAL, EM SEDE DE AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. A decisão recorrida encontra-se em consonância com a jurisprudência mais recente do STJ e do STF sobre o tema, no sentido da impossibilidade da aplicação do princípio da insignificância ao delito de contrabando de cigarros, uma vez que a norma propõe-se a tutelar, além da atividade de arrecadação dos impostos, outros bens protegidos pelo Estado, tais como a saúde pública. Nesse sentido: STJ, AgRg no REsp 1.375.659⁄PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, DJe de 02⁄10⁄2013; STJ, REsp 1.342.262⁄RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, DJe de 30⁄08⁄2013. II. A alegação da adequação dos fatos ora em apreciação ao disposto no art. 56 da Lei 9.605⁄98 caracteriza indevida inovação recursal, não admissível, na seara do Agravo Regimental, ante o princípio da preclusão consumativa. Precedentes da Corte. III. Agravo Regimental improvido.” 4. Neste habeas corpus, a Defensoria Pública da União alega que a importação irregular de cigarros constitui crime de descaminho, sendo-lhe aplicável a orientação jurisprudencial a respeito da atipicidade da conduta, quando os tributos sonegados não alcançam o montante de dez mil reais. Nesse sentido, requer o restabelecimento da decisão que rejeitou a denúncia. 5. Indeferida a liminar requerida, a Procuradoria Geral da República manifestou-se pelo não conhecimento do pedido e, no mérito, pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247561. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 120.550 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Feito o relatório, observo que o acórdão impugnado está alinhado com a jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a importação clandestina de cigarros estrangeiros caracteriza crime de contrabando e não de descaminho. Ao julgar o HC 100.367, Rel. Min. Luiz Fux, a Primeira Turma, por unanimidade de votos, entendeu que, “em se tratando de cigarro a mercadoria importada com elisão de impostos, há não apenas uma lesão ao erário e à atividade arrecadatória do Estado, mas a outros interesses públicos como a saúde e a atividade industrial internas, configurando-se contrabando e não descaminho”. 2. Da mesma forma, em diversos julgados, a Primeira e a Segunda Turma do Tribunal afastaram a aplicação do princípio da insignificância em hipóteses fáticas semelhantes à presente (v.g: HC 118.359, Rel.ª, Min.ª Cármen Lúcia, HC 97.541, Rel. Min. Gilmar Mendes, HC 116.316, Rel. Min. Marco Aurélio, HC 118.513, Rel. Min. Dias Toffoli, e HC 119.171, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). 3. Nessas condições, denego a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247562. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 120.550 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Feito o relatório, observo que o acórdão impugnado está alinhado com a jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a importação clandestina de cigarros estrangeiros caracteriza crime de contrabando e não de descaminho. Ao julgar o HC 100.367, Rel. Min. Luiz Fux, a Primeira Turma, por unanimidade de votos, entendeu que, “em se tratando de cigarro a mercadoria importada com elisão de impostos, há não apenas uma lesão ao erário e à atividade arrecadatória do Estado, mas a outros interesses públicos como a saúde e a atividade industrial internas, configurando-se contrabando e não descaminho”. 2. Da mesma forma, em diversos julgados, a Primeira e a Segunda Turma do Tribunal afastaram a aplicação do princípio da insignificância em hipóteses fáticas semelhantes à presente (v.g: HC 118.359, Rel.ª, Min.ª Cármen Lúcia, HC 97.541, Rel. Min. Gilmar Mendes, HC 116.316, Rel. Min. Marco Aurélio, HC 118.513, Rel. Min. Dias Toffoli, e HC 119.171, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). 3. Nessas condições, denego a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247562. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 120.550 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) : MARCOS FERNANDO OIKAWA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245007 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 120.550 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) : MARCOS FERNANDO OIKAWA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245007 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5265250
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
HABEAS CORPUS
Ementa: habeas corpus. Importação fraudulenta de cigarros. Contrabando. 1. A importação clandestina de cigarros estrangeiros caracteriza crime de contrabando e não de descaminho. Precedentes. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite a aplicação do princípio da insignificância ao delito de contrabando. 3. Habeas corpus denegado.
sjur254707
- Acórdão(s) citado(s): (CONTRABANDO) HC 100367 (1ªT). (PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA) HC 97541 (2ªT), HC 116316 (1ªT), HC 118359 (2ªT), HC 118513 (1ªT), HC 119171 (1ªT). Número de páginas: 5. Análise: 14/02/2014, TIA.
ROBERTO BARROSO
Primeira Turma
120550
null
HC
acordaos
HC 120550
[ "" ]
PACTE.(S) : MARCOS FERNANDO OIKAWA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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FERNANDO OIKAWA", "Luiz Fux", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "MA", "RC", "OS FERNANDO OIKAWA", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "MA", "RC", "OS FERNANDO OIKAWA", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "MA", "RC", "O AURÉLIO BELLIZZE", "O", "G FERNANDES", "MA", "RC", "O AURÉLIO BELLIZZE", "O", "G FERNANDES", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "Luiz Fux", "Cá", "r", "men Lúcia", "Gil", "mar Mendes", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "Luiz Fux", "Cá", "r", "men Lúcia", "Gil", "mar Mendes", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "MA", "RC", "OS FERNANDO OIKAWA", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "R", "O", "B", "ER", "TO BAR", "MA", "RC", "OS FERNANDO OIKAWA", "Luiz Fux", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.297 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :CALÇADOS FILLIS S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO ADV.(A/S) :SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PRAZO PARA APRECIAÇÃO E CONCLUSÃO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEI N. 9.784/1999. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Cármen Lúcia - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295486. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.297 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :CALÇADOS FILLIS S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO ADV.(A/S) :SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 16 de dezembro de 2010, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que estabelecera o prazo de 150 dias para que a Fazenda Pública instruísse e decidisse processo administrativo. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. O Tribunal de origem analisou e interpretou as normas da Lei n. 9.784/99 e da Portaria n. 6.087/05 da Secretaria da Receita Federal e concluiu que a Fazenda Nacional teria 150 dias para instruir e decidir processo administrativo. Para concluir de modo diverso, seria imprescindível a análise daquelas normas infraconstitucionais, o que é vedado em recurso extraordinário. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. LEI N. 9.784/99. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 622.219-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.3.2009, grifos nossos). “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295487. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.297 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :CALÇADOS FILLIS S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO ADV.(A/S) :SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 16 de dezembro de 2010, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que estabelecera o prazo de 150 dias para que a Fazenda Pública instruísse e decidisse processo administrativo. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. O Tribunal de origem analisou e interpretou as normas da Lei n. 9.784/99 e da Portaria n. 6.087/05 da Secretaria da Receita Federal e concluiu que a Fazenda Nacional teria 150 dias para instruir e decidir processo administrativo. Para concluir de modo diverso, seria imprescindível a análise daquelas normas infraconstitucionais, o que é vedado em recurso extraordinário. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. LEI N. 9.784/99. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 622.219-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.3.2009, grifos nossos). “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório RE 628297 AGR / DF REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO DE RETIFICAÇÃO DE APOSENTADORIA EM RAZÃO DE EVENTUAL DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. LEI 9.784/99. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI E XL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. A ausência de discussão, pelo acórdão recorrido, da matéria ventilada em sede de recurso extraordinário inviabiliza sua apreciação pelo STF, diante das Súmulas STF 282 e 356. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido” (AI 765.151-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 20.5.2010, grifos nossos). 5. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Intimada dessa decisão em 3.2.2011, interpõe a Fazenda Nacional, em 8.2.2011, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que “o presente processo requer sobrestamento, ante os termos da decisão prolatada por Vossa Excelência nos autos do processo Agravo de Instrumento n. 800.057, que determinou sua submissão ao procedimento de repercussão geral”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso para que sejam sobrestados os autos até decisão final sobre a existência de repercussão geral. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295487. Supremo Tribunal Federal RE 628297 AGR / DF REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO DE RETIFICAÇÃO DE APOSENTADORIA EM RAZÃO DE EVENTUAL DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. LEI 9.784/99. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI E XL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. A ausência de discussão, pelo acórdão recorrido, da matéria ventilada em sede de recurso extraordinário inviabiliza sua apreciação pelo STF, diante das Súmulas STF 282 e 356. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido” (AI 765.151-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 20.5.2010, grifos nossos). 5. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Intimada dessa decisão em 3.2.2011, interpõe a Fazenda Nacional, em 8.2.2011, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que “o presente processo requer sobrestamento, ante os termos da decisão prolatada por Vossa Excelência nos autos do processo Agravo de Instrumento n. 800.057, que determinou sua submissão ao procedimento de repercussão geral”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso para que sejam sobrestados os autos até decisão final sobre a existência de repercussão geral. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.297 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. No recurso extraordinário interposto, a Agravante insurgiu-se contra a estipulação, pelo Poder Judiciário, de prazo para que ela promovesse a instrução e resolução dos processos administrativos em que se discutiam questões relativas ao Imposto sobre Produtos Importados – IPI. Argumentou que a decisão recorrida teria contrariado os princípios da isonomia, dos freios e contrapesos e da razoável duração do processo. No Agravo de Instrumento n. 800.057, provido para admissão do recurso extraordinário e submissão da questão constitucional à repercussão geral, o tema a ser analisado é a correção monetária dos créditos escriturais do Imposto sobre Produtos Importados – IPI. Assim, não há identidade entre os casos em debate. Ademais, a proposta de submissão de determinado processo à sistemática da repercussão geral não vincula os demais processos semelhantes enquanto não reconhecida, ou negada, a repercussão geral do tema. 3. O Desembargador Relator do recurso no Tribunal de origem afirmou: “O art. 6º da Lei 9.363/96 conferiu ao Ministro de Estado da Fazenda delegação para editar as instruções necessárias ao cumprimento do disposto na Lei, inclusive quanto aos requisitos e periodicidade para apuração e para fruição do crédito presumido e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295508. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.297 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. No recurso extraordinário interposto, a Agravante insurgiu-se contra a estipulação, pelo Poder Judiciário, de prazo para que ela promovesse a instrução e resolução dos processos administrativos em que se discutiam questões relativas ao Imposto sobre Produtos Importados – IPI. Argumentou que a decisão recorrida teria contrariado os princípios da isonomia, dos freios e contrapesos e da razoável duração do processo. No Agravo de Instrumento n. 800.057, provido para admissão do recurso extraordinário e submissão da questão constitucional à repercussão geral, o tema a ser analisado é a correção monetária dos créditos escriturais do Imposto sobre Produtos Importados – IPI. Assim, não há identidade entre os casos em debate. Ademais, a proposta de submissão de determinado processo à sistemática da repercussão geral não vincula os demais processos semelhantes enquanto não reconhecida, ou negada, a repercussão geral do tema. 3. O Desembargador Relator do recurso no Tribunal de origem afirmou: “O art. 6º da Lei 9.363/96 conferiu ao Ministro de Estado da Fazenda delegação para editar as instruções necessárias ao cumprimento do disposto na Lei, inclusive quanto aos requisitos e periodicidade para apuração e para fruição do crédito presumido e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 628297 AGR / DF respectivo ressarcimento. Nesse passo, muito arrazoada a sistemática de aproveitamento prevista na IN/SRF 419/04, cujo art. 18 prevê a apuração trimestral de crédito presumido de IPI para fins de compensação ou ressarcimento: (…) No entanto, em outras hipóteses, como no pedido de ressarcimento, o aproveitamento do crédito presumido depende da intervenção da Fazenda. A gama de documentos necessários à apuração dos créditos, a complexidade da legislação, o montante dos valores envolvidos, eventual necessidade de diligências nos estabelecimentos do contribuinte, entre outros elementos, denotam a necessidade de cuidadosa análise dos pedidos de ressarcimento, o que pode provocar uma dilação temporal da resposta administrativa. Embora se reconheça a possibilidade de demora, deferindo-se ao Fisco o direito-dever de verificar com responsabilidade os valores a serem ressarcidos, as consequências dessa postergação não podem ser inteiramente suportadas pelo contribuinte, exceto se ele provocar o retardamento. Assim, deve haver um prazo razoável para a resposta do Fisco. (…) Não prevendo a legislação acima referida prazo para decidir o pedido instruído, incide, então, a Lei 9.784/99, por ser subsidiariamente aplicável aos processos administrativos federais (art. 69). (…) Chega-se, assim, ao prazo de 150 (cento e cinquenta), a contar do protocolo administrativo, para a resposta da Fazenda” (grifos nossos). Como afirmado na decisão agravada, concluir de forma contrária demandaria a prévia análise da legislação infraconstitucional interpretada e aplicada. Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Ofensa reflexa. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o exame de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional. 2. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295508. Supremo Tribunal Federal RE 628297 AGR / DF respectivo ressarcimento. Nesse passo, muito arrazoada a sistemática de aproveitamento prevista na IN/SRF 419/04, cujo art. 18 prevê a apuração trimestral de crédito presumido de IPI para fins de compensação ou ressarcimento: (…) No entanto, em outras hipóteses, como no pedido de ressarcimento, o aproveitamento do crédito presumido depende da intervenção da Fazenda. A gama de documentos necessários à apuração dos créditos, a complexidade da legislação, o montante dos valores envolvidos, eventual necessidade de diligências nos estabelecimentos do contribuinte, entre outros elementos, denotam a necessidade de cuidadosa análise dos pedidos de ressarcimento, o que pode provocar uma dilação temporal da resposta administrativa. Embora se reconheça a possibilidade de demora, deferindo-se ao Fisco o direito-dever de verificar com responsabilidade os valores a serem ressarcidos, as consequências dessa postergação não podem ser inteiramente suportadas pelo contribuinte, exceto se ele provocar o retardamento. Assim, deve haver um prazo razoável para a resposta do Fisco. (…) Não prevendo a legislação acima referida prazo para decidir o pedido instruído, incide, então, a Lei 9.784/99, por ser subsidiariamente aplicável aos processos administrativos federais (art. 69). (…) Chega-se, assim, ao prazo de 150 (cento e cinquenta), a contar do protocolo administrativo, para a resposta da Fazenda” (grifos nossos). Como afirmado na decisão agravada, concluir de forma contrária demandaria a prévia análise da legislação infraconstitucional interpretada e aplicada. Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Ofensa reflexa. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o exame de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional. 2. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 628297 AGR / DF (AI 702.257-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.3.2011). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária” (ARE 769.681-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 12.12.2013, grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295508. Supremo Tribunal Federal RE 628297 AGR / DF (AI 702.257-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.3.2011). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária” (ARE 769.681-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 12.12.2013, grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5295508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.297 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : CALÇADOS FILLIS S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO ADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5370124 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.297 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : CALÇADOS FILLIS S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO ADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5370124 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5370230
2013-12-17T00:00:00
2014-03-10T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PRAZO PARA APRECIAÇÃO E CONCLUSÃO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEI N. 9.784/1999. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur256827
- Acórdão(s) citado(s): (OFENSA REFLEXA) AI 702257 AgR (1ªT), ARE 769681 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 11/03/2014, BRU.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
628297
[ "LEG-FED LEI-009784 ANO-1999\n LPA-1999 LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO" ]
RE-AgR
acordaos
RE 628297 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : CALÇADOS FILLIS S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO ADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 628. 297", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 628. 297", "A", "I 622. 219- AgR", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 628. 297", "A", "I 622. 219- AgR", "R", "E 628297 AGR / DF", "S", "úm", "ulas STF 282", "A", "I 765. 151- AgR", "processo Ag", "ravo de Instrumento n. 800. 057", "R", "E 628297 AGR / DF", "S", "úm", "ulas STF 282", "A", "I 765. 151- AgR", "ravo de Instrumento n. 800. 057", "O 628. 297", "Ag", "ravo de Instrumento n. 800. 057", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 628. 297", "Ag", "ravo de Instrumento n. 800. 057", "R", "E 628297 AGR / DF", "S", "úm", "ulas [UNK] 636", "R", "E 628297 AGR / DF", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "R", "E 628297 AGR / DF", "A", "I 702. 257- AgR", "AR", "E 769. 681- AgR", "R", "E 628297 AGR / DF", "A", "I 702. 257- AgR", "AR", "E 769. 681- AgR", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 628. 297", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 628. 297" ], "LEGISLACAO": [ "L", "EI N. 9. 784 / 1999", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 9. 784 / 99", "Porta", "ria n. 6. 087 / 05 da Secretaria da Receita Federal", "L", "EI N. 9. 784 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei n. 9. 784 / 99", "Porta", "ria n. 6. 087 / 05", "L", "EI N. 9. 784 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EI 9. 784 / 99", "AR", "T. [UNK], XXXVI E XL", "Constituição Federal", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "EI 9. 784 / 99", "AR", "T. [UNK], XXXVI", "Constituição Federal", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK] da Lei 9. 363 / 96", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 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Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "CA", "L", "Ç", "AD", "OS FILLIS S / A INDÚSTRIA E COMÉRCIO", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "IN", "D", "Ú", "ST", "RI", "A E COMÉRCIO", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "S", "IL", "VI", "O LUIZ DE COSTA", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CA", "L", "Ç", "AD", "S", "IL", "VI", "O LUIZ DE COSTA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "S", "IL", "VI", "O LUIZ DE COSTA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.668 PARANÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :IRENE DE PADUA BIANCHINI ADV.(A/S) :GUSTAVO SCANDELARI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENÊ ARIEL DOTTI AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) :ANTONIO RONILSON ALVES INTDO.(A/S) :SHARIANE PADUA BIANCHINI INTDO.(A/S) :SUELLEN PADUA BIANCHINI EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO CRIMINAL COM AGRAVO. NEGATIVA DE VIGÊNCIA DE DISPOSITIVOS DO CÓDIGO PENAL. INTERPRETAÇÃO DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA A PRECEITO CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A alegada afronta aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. III – Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080624. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão ARE 780668 AGR / PR Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por votação unânime, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080624. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por votação unânime, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080624. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.668 PARANÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :IRENE DE PADUA BIANCHINI ADV.(A/S) :GUSTAVO SCANDELARI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENÊ ARIEL DOTTI AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) :ANTONIO RONILSON ALVES INTDO.(A/S) :SHARIANE PADUA BIANCHINI INTDO.(A/S) :SUELLEN PADUA BIANCHINI R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão mediante a qual neguei seguimento a recurso extraordinário com agravo. Eis o inteiro teor do ato impugnado: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita: 'TORTURA QUALIFICADA MEDIANTE SEQUESTRO (art. 1-I-’a’ c/c §4º-III do mesmo artigo da Lei nº. 9455/97). I- DESCLASSIFICAÇÃO PARA O DELITO DE LESÕES CORPORAIS E SEQUESTRO – ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE ATIVA E DE DOLO ESPECÍFICO – NÃO OCORRÊNCIA – CRIME COMUM – INTENÇÃO DE OBTER INFORMAÇÃO, DECLARAÇÃO OU CONFISSÃO. II- NEGATIVA DE AUTORIA – IMPOSSIBILIDADE – Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.668 PARANÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :IRENE DE PADUA BIANCHINI ADV.(A/S) :GUSTAVO SCANDELARI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENÊ ARIEL DOTTI AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) :ANTONIO RONILSON ALVES INTDO.(A/S) :SHARIANE PADUA BIANCHINI INTDO.(A/S) :SUELLEN PADUA BIANCHINI R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão mediante a qual neguei seguimento a recurso extraordinário com agravo. Eis o inteiro teor do ato impugnado: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita: 'TORTURA QUALIFICADA MEDIANTE SEQUESTRO (art. 1-I-’a’ c/c §4º-III do mesmo artigo da Lei nº. 9455/97). I- DESCLASSIFICAÇÃO PARA O DELITO DE LESÕES CORPORAIS E SEQUESTRO – ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE ATIVA E DE DOLO ESPECÍFICO – NÃO OCORRÊNCIA – CRIME COMUM – INTENÇÃO DE OBTER INFORMAÇÃO, DECLARAÇÃO OU CONFISSÃO. II- NEGATIVA DE AUTORIA – IMPOSSIBILIDADE – Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório ARE 780668 AGR / PR CONJUNTO PROBATÓRIO INDICA QUE TODOS OS RÉUS PRATICARAM O DELITO. III- DOSIMETRIA DA PENA – VALORAÇÃO DAS CISCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS – FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA – PLEITO DE REVISÃO DO CÁLCULO – INVIABILIDADE – EMBASAMENTO IDÔNEO – DISCRICIONARIEDADE DO MAGISTRADO – RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DE CONFISSÃO ESPONTÂNEA – INCIDÊNCIA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO' (fl. 64 do documento eletrônico 9 - grifos no original). No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se violação ao art. 5º, § 2º, da Carta Magna. Verifico que o dispositivo constitucional supostamente violado não foi prequestionado. Como tem consignado o Tribunal, de acordo com a Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional nele suscitada não tiver sido apreciada no acórdão impugnado. Ademais, se não foram opostos embargos declaratórios com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte: 'PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. I Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada, e não oposição dos embargos declaratórios com a finalidade de suprir essa omissão. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II – A alegada violação ao art. 5º, LIV, da CF, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. III - Ausência de novos argumentos. IV - Agravo regimental improvido' (AI 811.303-AgR/RS, de minha relatoria, Primeira Turma). 'AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR CONJUNTO PROBATÓRIO INDICA QUE TODOS OS RÉUS PRATICARAM O DELITO. III- DOSIMETRIA DA PENA – VALORAÇÃO DAS CISCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS – FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA – PLEITO DE REVISÃO DO CÁLCULO – INVIABILIDADE – EMBASAMENTO IDÔNEO – DISCRICIONARIEDADE DO MAGISTRADO – RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DE CONFISSÃO ESPONTÂNEA – INCIDÊNCIA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO' (fl. 64 do documento eletrônico 9 - grifos no original). No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se violação ao art. 5º, § 2º, da Carta Magna. Verifico que o dispositivo constitucional supostamente violado não foi prequestionado. Como tem consignado o Tribunal, de acordo com a Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional nele suscitada não tiver sido apreciada no acórdão impugnado. Ademais, se não foram opostos embargos declaratórios com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte: 'PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. I Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada, e não oposição dos embargos declaratórios com a finalidade de suprir essa omissão. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II – A alegada violação ao art. 5º, LIV, da CF, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. III - Ausência de novos argumentos. IV - Agravo regimental improvido' (AI 811.303-AgR/RS, de minha relatoria, Primeira Turma). 'AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório ARE 780668 AGR / PR EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. Nos termos da orientação deste Tribunal, cabe à parte impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso, tornando inviável o agravo regimental. Precedentes. Ausência de prequestionamento. Questão não ventilada no acórdão recorrido e que não foi suscitada em embargos de declaração. Óbice previsto pelos enunciados das Súmulas 282 e 356/STF. Inviável o recurso extraordinário quando as alegações de violação a dispositivos constitucionais exigem o reexame de fatos e provas (Súmula 279/STF). Discussão constitucional levantada pelo agravante que, para ser analisada, necessita de apreciação prévia de norma infraconstitucional. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta à Constituição Federal. Agravo regimental a que se nega provimento' (ARE 686.797-AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Ainda que superado o mencionado óbice, registre-se que o entendimento desta Corte é assente no sentido de que a alegação de afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Por oportuno, transcrevo a ementa do AI 580.465-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, que bem sintetiza a questão: 'PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. Nos termos da orientação deste Tribunal, cabe à parte impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso, tornando inviável o agravo regimental. Precedentes. Ausência de prequestionamento. Questão não ventilada no acórdão recorrido e que não foi suscitada em embargos de declaração. Óbice previsto pelos enunciados das Súmulas 282 e 356/STF. Inviável o recurso extraordinário quando as alegações de violação a dispositivos constitucionais exigem o reexame de fatos e provas (Súmula 279/STF). Discussão constitucional levantada pelo agravante que, para ser analisada, necessita de apreciação prévia de norma infraconstitucional. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta à Constituição Federal. Agravo regimental a que se nega provimento' (ARE 686.797-AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Ainda que superado o mencionado óbice, registre-se que o entendimento desta Corte é assente no sentido de que a alegação de afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Por oportuno, transcrevo a ementa do AI 580.465-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, que bem sintetiza a questão: 'PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório ARE 780668 AGR / PR AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (...). 2. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido' (grifos meus). Por fim, observo que, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. A recorrente suscita, preliminarmente, questão prejudicial ao exame do mérito, relacionada com a possibilidade do cumprimento da pena no regime inicial aberto. Esclarece que, condenada em primeira instância à pena de 4 (quatro) anos, 4 (quatro) meses e 15 (quinze) dias de reclusão, foi estabelecido o regime inicial fechado para cumprimento da reprimenda, em atenção ao disposto no art. 1º, § 7º, da Lei 9.455/97 (Lei de Repressão ao Crime de Tortura). A sanção penal foi modificada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que proveu parcialmente o recurso de apelação, para reduzir a pena para 3 (três) anos, 8 (oito) meses e 10 (dez) dias de reclusão, não procedendo à alteração do regime prisional inicial. Ressalta o fato de o Supremo Tribunal Federal ter declarado, no julgamento do HC 111.840/ES, a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90 (crimes hediondos), que impunha ao magistrado a fixação do regime inicial fechado a crimes considerados hediondos – entre eles, o crime de tortura –, tendo ficado expresso pela Corte a necessidade de o juiz sentenciante, ao estabelecer o regime prisional, analisar, caso a caso, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (...). 2. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido' (grifos meus). Por fim, observo que, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. A recorrente suscita, preliminarmente, questão prejudicial ao exame do mérito, relacionada com a possibilidade do cumprimento da pena no regime inicial aberto. Esclarece que, condenada em primeira instância à pena de 4 (quatro) anos, 4 (quatro) meses e 15 (quinze) dias de reclusão, foi estabelecido o regime inicial fechado para cumprimento da reprimenda, em atenção ao disposto no art. 1º, § 7º, da Lei 9.455/97 (Lei de Repressão ao Crime de Tortura). A sanção penal foi modificada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que proveu parcialmente o recurso de apelação, para reduzir a pena para 3 (três) anos, 8 (oito) meses e 10 (dez) dias de reclusão, não procedendo à alteração do regime prisional inicial. Ressalta o fato de o Supremo Tribunal Federal ter declarado, no julgamento do HC 111.840/ES, a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90 (crimes hediondos), que impunha ao magistrado a fixação do regime inicial fechado a crimes considerados hediondos – entre eles, o crime de tortura –, tendo ficado expresso pela Corte a necessidade de o juiz sentenciante, ao estabelecer o regime prisional, analisar, caso a caso, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório ARE 780668 AGR / PR os requisitos previstos na legislação penal comum. Pede o acolhimento da questão prejudicial do exame do mérito, que seja estabelecido, desde logo, o cumprimento da sanção penal no regime inicial aberto, pois, conforme expresso na sentença condenatória, “a pena aplicada foi inferior a 4 (quatro) anos” e a acusada não ostenta maus antecedentes nem reincidência. Na sequência, a recorrente afirma que, ao contrário do que constou na decisão agravada, a matéria constitucional suscitada no recurso extraordinário está devidamente prequestionada, pois foi arguida nas razões da apelação. Conquanto não se verifique no acórdão recorrido a menção expressa a preceito da Constituição Federal, o juízo de origem enfrentou a questão ao fazer remissão aos tratados internacionais de direitos humanos, que, nos termos do art. 5º, § 2º, da Constituição Federal, tem força de norma constitucional. Aduz, por fim, ser insubsistente o óbice ao conhecimento do recurso, relacionado com a impossibilidade de análise, em sede extraordinária, de preceito infraconstitucional. Diz não ser admissível falar em ofensa reflexa à Constituição, uma vez que o debate está circunscrito à inconstitucionalidade da aplicação da Lei 9.455/97 à acusada, que não preenche os requisitos típicos estabelecidos na referida lei, a qual não define a prática de tortura como “crime comum ou próprio”; apenas descreve as condutas, sem exprimir quais seriam os “legitimados ativos” para a sua prática. Estabelecida essa premissa, a recorrente assevera ser inconcebível falar em reexame de prova – e, portanto, incidência da Súmula 279/STF -- , pois o que se pretende é alcançar desta Corte a declaração de inconstitucionalidade da aplicação da Lei de Tortura à acusada, em face da descrição plena de todos os elementos do tipo na Lei 9.455/97. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR os requisitos previstos na legislação penal comum. Pede o acolhimento da questão prejudicial do exame do mérito, que seja estabelecido, desde logo, o cumprimento da sanção penal no regime inicial aberto, pois, conforme expresso na sentença condenatória, “a pena aplicada foi inferior a 4 (quatro) anos” e a acusada não ostenta maus antecedentes nem reincidência. Na sequência, a recorrente afirma que, ao contrário do que constou na decisão agravada, a matéria constitucional suscitada no recurso extraordinário está devidamente prequestionada, pois foi arguida nas razões da apelação. Conquanto não se verifique no acórdão recorrido a menção expressa a preceito da Constituição Federal, o juízo de origem enfrentou a questão ao fazer remissão aos tratados internacionais de direitos humanos, que, nos termos do art. 5º, § 2º, da Constituição Federal, tem força de norma constitucional. Aduz, por fim, ser insubsistente o óbice ao conhecimento do recurso, relacionado com a impossibilidade de análise, em sede extraordinária, de preceito infraconstitucional. Diz não ser admissível falar em ofensa reflexa à Constituição, uma vez que o debate está circunscrito à inconstitucionalidade da aplicação da Lei 9.455/97 à acusada, que não preenche os requisitos típicos estabelecidos na referida lei, a qual não define a prática de tortura como “crime comum ou próprio”; apenas descreve as condutas, sem exprimir quais seriam os “legitimados ativos” para a sua prática. Estabelecida essa premissa, a recorrente assevera ser inconcebível falar em reexame de prova – e, portanto, incidência da Súmula 279/STF -- , pois o que se pretende é alcançar desta Corte a declaração de inconstitucionalidade da aplicação da Lei de Tortura à acusada, em face da descrição plena de todos os elementos do tipo na Lei 9.455/97. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Relatório ARE 780668 AGR / PR Pede a reconsideração da decisão agravada e, sendo outro o entendimento, a submissão da controvérsia ao órgão colegiado. É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR Pede a reconsideração da decisão agravada e, sendo outro o entendimento, a submissão da controvérsia ao órgão colegiado. É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080625. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.668 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a controvérsia, voto no sentido de negar provimento ao agravo regimental. A recorrente suscita questão prejudicial ao exame do mérito, relacionada com o estabelecimento do regime prisional, e afirma ser adequado o regime inicial aberto, em vez do inicial fechado, tendo em consideração a sanção penal definitivamente estabelecida – 3 (três) anos, 8 (oito) meses e 10 (dez) dias de reclusão. A controvérsia relacionada com a fixação do regime prisional, tendo em conta a modificação, pelo Tribunal de Justiça, do quantum de pena estabelecido na sentença condenatória, não foi objeto de debate no juízo de origem, não se verificando, por isso, o requisito do prequestionamento. Ainda sobre o tema é importante anotar que a jurisprudência assente na Corte quanto à fixação do regime prisional inicial, tendo como parâmetro o quantum de pena fixado, é no sentido de não se tratar de direito subjetivo do sentenciado. No julgamento do HC 70.454, Rel. Min. Paulo Brossard, e do RHC 80.919, Rel. Min. Nelson Jobim, a Corte entendeu que cumpre ao juiz observar os critérios do art. 59 do Código Penal, combinado com o art. 33, § 3º, do referido Código, na determinação do regime inicial de cumprimento da pena, fazendo-o de modo fundamentado e com observância no que previsto na legislação penal, ou seja, o binômio necessidade/suficiência para reprovação e prevenção do crime. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080626. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.668 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a controvérsia, voto no sentido de negar provimento ao agravo regimental. A recorrente suscita questão prejudicial ao exame do mérito, relacionada com o estabelecimento do regime prisional, e afirma ser adequado o regime inicial aberto, em vez do inicial fechado, tendo em consideração a sanção penal definitivamente estabelecida – 3 (três) anos, 8 (oito) meses e 10 (dez) dias de reclusão. A controvérsia relacionada com a fixação do regime prisional, tendo em conta a modificação, pelo Tribunal de Justiça, do quantum de pena estabelecido na sentença condenatória, não foi objeto de debate no juízo de origem, não se verificando, por isso, o requisito do prequestionamento. Ainda sobre o tema é importante anotar que a jurisprudência assente na Corte quanto à fixação do regime prisional inicial, tendo como parâmetro o quantum de pena fixado, é no sentido de não se tratar de direito subjetivo do sentenciado. No julgamento do HC 70.454, Rel. Min. Paulo Brossard, e do RHC 80.919, Rel. Min. Nelson Jobim, a Corte entendeu que cumpre ao juiz observar os critérios do art. 59 do Código Penal, combinado com o art. 33, § 3º, do referido Código, na determinação do regime inicial de cumprimento da pena, fazendo-o de modo fundamentado e com observância no que previsto na legislação penal, ou seja, o binômio necessidade/suficiência para reprovação e prevenção do crime. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080626. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 780668 AGR / PR Não se olvida a possibilidade de ser concedida ordem de habeas corpus de ofício por esta Corte quando, analisando-se as razões de recurso, verifica-se, desde logo, o risco à liberdade de ir e vir do cidadão, em virtude de ato ilegal ou praticado com abuso de autoridade. Nesse sentido decidiu o Supremo Tribunal Federal no AI (Questão de Ordem) 540.287/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, no qual se lê que, “em recurso extraordinário criminal, perde relevo a inadmissibilidade do RE da defesa, por falta de prequestionamento e outros vícios formais, se, não obstante – evidenciando-se a lesão à liberdade de locomoção – seja possível a concessão de habeas corpus de ofício” (grifo meus). Assim também no precedente RE 228.685/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, em que ficou expresso que “a ausência de conhecimento do extraordinário não obstaculiza a concessão de habeas corpus de oficio. O móvel do procedimento é a constatação de ter-se alguém a sofrer ou ameaçado de vir a sofrer coação ilegal, sendo irrelevante o conhecimento, ou não, do recurso”. Contudo, essa não é a hipótese destes autos, em que há implicitamente a controvérsia se controverte sobre a boa ou a má interpretação dada ao art. 33 -- e seus parágrafos – do Código Penal e às disposições da Lei 9.455/97 (Lei de Combate à Tortura). Ora, o extraordinário é recurso de fundamentação vinculada, uma vez que é apto a veicular apenas os temas taxativamente previstos no art. 102, III, da Constituição Federal, decididos em única ou última instância. Assim, não se inserem no seu âmbito de arguição as questões jurídicas relacionadas à boa ou à má interpretação de legislação ordinária e as indagações cuja solução não prescinda do revolvimento de matéria fático- probatória. Percebe-se, então, que, no caso em exame, a via adequada para se ter 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080626. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR Não se olvida a possibilidade de ser concedida ordem de habeas corpus de ofício por esta Corte quando, analisando-se as razões de recurso, verifica-se, desde logo, o risco à liberdade de ir e vir do cidadão, em virtude de ato ilegal ou praticado com abuso de autoridade. Nesse sentido decidiu o Supremo Tribunal Federal no AI (Questão de Ordem) 540.287/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, no qual se lê que, “em recurso extraordinário criminal, perde relevo a inadmissibilidade do RE da defesa, por falta de prequestionamento e outros vícios formais, se, não obstante – evidenciando-se a lesão à liberdade de locomoção – seja possível a concessão de habeas corpus de ofício” (grifo meus). Assim também no precedente RE 228.685/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, em que ficou expresso que “a ausência de conhecimento do extraordinário não obstaculiza a concessão de habeas corpus de oficio. O móvel do procedimento é a constatação de ter-se alguém a sofrer ou ameaçado de vir a sofrer coação ilegal, sendo irrelevante o conhecimento, ou não, do recurso”. Contudo, essa não é a hipótese destes autos, em que há implicitamente a controvérsia se controverte sobre a boa ou a má interpretação dada ao art. 33 -- e seus parágrafos – do Código Penal e às disposições da Lei 9.455/97 (Lei de Combate à Tortura). Ora, o extraordinário é recurso de fundamentação vinculada, uma vez que é apto a veicular apenas os temas taxativamente previstos no art. 102, III, da Constituição Federal, decididos em única ou última instância. Assim, não se inserem no seu âmbito de arguição as questões jurídicas relacionadas à boa ou à má interpretação de legislação ordinária e as indagações cuja solução não prescinda do revolvimento de matéria fático- probatória. Percebe-se, então, que, no caso em exame, a via adequada para se ter 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080626. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 780668 AGR / PR a solução definitiva da controvérsia é a do habeas corpus – que efetivamente foi impetrado pela recorrente: HC 120.060/PR, remetido à Procuradoria Geral da República para emissão de parecer. Também insubsistente a irresignação da recorrente quanto à incidência das Súmulas 282 e 356 desta Corte. O tema constitucional suscitado nas razões extraordinárias não foi ventilado no acórdão da apelação e não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Ademais, a alegação da recorrente está circunscrita à existência de possível incompatibilidade da Lei 9.455/97 com as disposições da “Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes” e da “Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura”, que, segundo afirma, teriam sido recebidas pela Constituição Federal, ex vi do preceito do art. 5º, § 2º, com força de norma constitucional. Decorreria desse entendimento a alegação de inconstitucionalidade da referida lei. Disso se conclui que eventual eiva de inconstitucionalidade da Lei de Combate à Tortura (Lei 9.455/97), considerando o art. 5º, § 2º, da Constituição Federal, não prescindiria, antes, da confrontação dos preceitos da citada lei com os das referidas convenções internacionais. Assim, os fundamentos da decisão agravado restaram inabalados. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080626. Supremo Tribunal Federal ARE 780668 AGR / PR a solução definitiva da controvérsia é a do habeas corpus – que efetivamente foi impetrado pela recorrente: HC 120.060/PR, remetido à Procuradoria Geral da República para emissão de parecer. Também insubsistente a irresignação da recorrente quanto à incidência das Súmulas 282 e 356 desta Corte. O tema constitucional suscitado nas razões extraordinárias não foi ventilado no acórdão da apelação e não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Ademais, a alegação da recorrente está circunscrita à existência de possível incompatibilidade da Lei 9.455/97 com as disposições da “Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes” e da “Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura”, que, segundo afirma, teriam sido recebidas pela Constituição Federal, ex vi do preceito do art. 5º, § 2º, com força de norma constitucional. Decorreria desse entendimento a alegação de inconstitucionalidade da referida lei. Disso se conclui que eventual eiva de inconstitucionalidade da Lei de Combate à Tortura (Lei 9.455/97), considerando o art. 5º, § 2º, da Constituição Federal, não prescindiria, antes, da confrontação dos preceitos da citada lei com os das referidas convenções internacionais. Assim, os fundamentos da decisão agravado restaram inabalados. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080626. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.668 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : IRENE DE PADUA BIANCHINI ADV.(A/S) : GUSTAVO SCANDELARI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RENÊ ARIEL DOTTI AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) : ANTONIO RONILSON ALVES INTDO.(A/S) : SHARIANE PADUA BIANCHINI INTDO.(A/S) : SUELLEN PADUA BIANCHINI Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089538 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.668 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : IRENE DE PADUA BIANCHINI ADV.(A/S) : GUSTAVO SCANDELARI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RENÊ ARIEL DOTTI AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) : ANTONIO RONILSON ALVES INTDO.(A/S) : SHARIANE PADUA BIANCHINI INTDO.(A/S) : SUELLEN PADUA BIANCHINI Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089538 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5270059
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO CRIMINAL COM AGRAVO. NEGATIVA DE VIGÊNCIA DE DISPOSITIVOS DO CÓDIGO PENAL. INTERPRETAÇÃO DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA A PRECEITO CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A alegada afronta aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. III – Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur254622
- Acórdão(s) citado(s): (FIXAÇÃO, REGIME INICIAL) HC 70454 (2ªT), RHC 80919 (2ªT). (HC DE OFÍCIO) RE 228685 (2ªT), AI 540287 QO (1ªT). Número de páginas: 12. Análise: 17/02/2014, BRU.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
780668
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 PAR-00002 ART-00102 INC-00003\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED LEI-009455 ANO-1997\n LTT-1997 LEI DE TORTURA\n\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-00033 PAR-00003 ART-00059\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 780668 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : IRENE DE PADUA BIANCHINI ADV.(A/S) : GUSTAVO SCANDELARI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RENÊ ARIEL DOTTI AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) : ANTONIO RONILSON ALVES INTDO.(A/S) : SHARIANE PADUA BIANCHINI INTDO.(A/S) : SUELLEN PADUA BIANCHINI
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "AR", "E 780668", "A", "G", "R", "/", "PR", "AR", "E 780668", "A", "G", "R", "/", "PR", ".", "REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780. 668", "AR", "E 780668 AGR / PR", "S", "úm", "ula 356 do STF", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 DO STF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do STF", "A", "I 811. 303- AgR / RS", "AR", "E 780668 AGR / PR", "S", "úm", "ula 356 do STF", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 DO STF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 do STF", "A", "I 811. 303- AgR / RS", "AR", "E 780668 AGR / PR", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 686. 797- AgR / SP", "A", "I 580. 465- AgR / SP", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL", "AR", "E 780668", "A", "G", "R", "/", "PR", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 686. 797- AgR / SP", "A", "I 580. 465- AgR / SP", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL", "AR", "E 780668 AGR / PR", "S", "úm", "ula 279 do STF", "H", "C 111. 840 / ES", "AR", "E 780668 AGR / PR", "S", "úm", "ula 279 do STF", "H", "C 111. 840 / ES", "AR", "E 780668 AGR / PR", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 780668", "A", "G", "R", "/", "PR", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 780668 AGR / PR", "AR", "E 780668", "A", "G", "R", "/", "PR", "A", "G", "RA", "VO 780. 668", "H", "C 70. 454", "R", "HC 80. 919", "R", "E", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780. 668", "H", "C 70. 454", "R", "HC 80. 919", "PR", "A", "I (", "Que", "st", "ão de Ordem ) 540. 287 / MG", "R", "E 228. 685 / ES", "AR", "E 780668", "AG", "R /", "PR", "A", "I (", "Que", "st", "ão de Ordem ) 540. 287 / MG", "R", "E 228. 685 / ES", "E", "R", "PR", "H", "C 120. 060 / PR", "AR", "E 780668 AGR / PR", "H", "C 120. 060 / PR", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780. 668" ], "LEGISLACAO": [ "C", "Ó", "DI", "GO PENAL", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 1- I- ’ a ’ c / c § [UNK]- III do mesmo artigo da Lei [UNK]. 9455 / 97", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 1- I- ’ a ’ c / c § [UNK]- III do mesmo artigo da Lei [UNK]. 9455 / 97", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, III, a, da Constituição Federal", "art. [UNK], § [UNK], da Carta Magna", "art. [UNK], LIV, da CF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, III, a, da Constituição Federal", "art. [UNK], § [UNK], da Carta Magna", "art. [UNK], LIV, da CF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "CP", "C, art. 557, caput", "art. [UNK], § [UNK], da Lei 9. 455 / 97", "Lei de Repressão ao Crime de Tortura", "§ [UNK] do art. [UNK] da Lei 8. 072 / 90", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "CP", "C, art. 557, caput )", "art. [UNK], § [UNK], da Lei 9. 455 / 97", "Lei de Repressão ao Crime de Tortura", "§ [UNK] do art. [UNK] da Lei 8. 072 / 90", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "art. [UNK], § [UNK], da Constituição Federal", "Constituição", "Lei 9. 455 / 97", "Lei de Tortura", "Lei 9. 455 / 97", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "art. 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[UNK], § [UNK], da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 9. 455 / 97", "Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas", "Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura", "Constituição Federal", "Lei de Combate à Tortura", "Lei 9. 455 / 97", "art. [UNK], § [UNK], da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP", "n", "° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PA", "RA", "N", "Á", "ES", "TA", "DO DO PARANÁ", "Brasília", "Brasília", "PA", "RA", "N", "Á", "ES", "TA", "DO DO PARANÁ", "PA", "RA", "N", "Á", "ES", "TA", "DO DO PARANÁ", "Brasil", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á", "ES", "TA", "DO DO PARANÁ", "PA", "RA", "N", "Á", "ES", "TA", "DO DO PARANÁ" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal 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RONILSON ALVES", "S", "HA", "RI", "AN", "E PADUA BIANCHINI", "S", "U", "EL", "L", "EN PADUA BIANCHINI", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira", "R", "IC", "AR", "DO LEWANDOWSKI", "I", "RE", "N", "E DE PADUA BIANCHINI", "G", "US", "TA", "V", "O SCANDELARI", "R", "EN", "Ê ARIEL DOTTI", "AN", "TO", "N", "IO RONILSON ALVES", "S", "HA", "RI", "AN", "E PADUA BIANCHINI", "S", "U", "EL", "L", "EN PADUA BIANCHINI", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.870 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) :LUCIANO GOULART DOS SANTOS ADV.(A/S) :NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. POLICIAL CIVIL. LIMITE DE IDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A comprovação do requisito etário estabelecido na lei deve ocorrer no momento da inscrição no certame, e não no momento da inscrição do curso de formação A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Cármen Lúcia - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235065. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.870 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) :LUCIANO GOULART DOS SANTOS ADV.(A/S) :NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 20 de junho de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado de Minas Gerais contra julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que concedera a segurança ao Agravado para participação do Curso no Formação de Policial Civil daquele Estado. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Concluir de modo diverso do que decidido nas instâncias ordinárias demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo, das cláusulas editalícias e da interpretação conferida à Lei mineira n. 5.406/1969, procedimento inviável de ser adotado validamente nessa via processual. Incidem as Súmulas 279, 280 e 454 deste Supremo Tribunal Federal: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PRETERIÇÃO NA NOMEAÇÃO E POSSE DOS INTEGRANTES. QUEBRA DA ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO. ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235066. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.870 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) :LUCIANO GOULART DOS SANTOS ADV.(A/S) :NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 20 de junho de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado de Minas Gerais contra julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que concedera a segurança ao Agravado para participação do Curso no Formação de Policial Civil daquele Estado. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Concluir de modo diverso do que decidido nas instâncias ordinárias demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo, das cláusulas editalícias e da interpretação conferida à Lei mineira n. 5.406/1969, procedimento inviável de ser adotado validamente nessa via processual. Incidem as Súmulas 279, 280 e 454 deste Supremo Tribunal Federal: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PRETERIÇÃO NA NOMEAÇÃO E POSSE DOS INTEGRANTES. QUEBRA DA ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO. ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235066. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 685870 AGR / MG PREQUESTIONAMENTO. DEMANDA QUE NECESSITA DA ANÁLISE DO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF (AI 847.826-AgR/BA, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 4.10.2011). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. LIMITE DE IDADE EXIGÍVEL NO MOMENTO DA INSCRIÇÃO. SÚMULA N. 683 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (ARE 704.575-AgR/BA, de minha relatoria, Segunda Turma, DJ 14.12.2012). Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Agravo regimental que não impugna fundamentos da decisão agravada. Incidência do Enunciado 284 da Súmula desta Corte. 4. Concurso público. Regras editalícias. Limite de idade. A comprovação do requisito etário deve ocorrer no momento da inscrição do certame. Precedentes. 5. Alegada violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Não ocorrência. AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento (ARE 730.935-AgR/BA, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 15.4.2013). Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 1º.7.2013, interpõe o Estado de Minas Gerais, em 29.7.2013, tempestivamente, agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235066. Supremo Tribunal Federal ARE 685870 AGR / MG PREQUESTIONAMENTO. DEMANDA QUE NECESSITA DA ANÁLISE DO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF (AI 847.826-AgR/BA, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 4.10.2011). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. LIMITE DE IDADE EXIGÍVEL NO MOMENTO DA INSCRIÇÃO. SÚMULA N. 683 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (ARE 704.575-AgR/BA, de minha relatoria, Segunda Turma, DJ 14.12.2012). Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Agravo regimental que não impugna fundamentos da decisão agravada. Incidência do Enunciado 284 da Súmula desta Corte. 4. Concurso público. Regras editalícias. Limite de idade. A comprovação do requisito etário deve ocorrer no momento da inscrição do certame. Precedentes. 5. Alegada violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Não ocorrência. AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento (ARE 730.935-AgR/BA, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 15.4.2013). Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 1º.7.2013, interpõe o Estado de Minas Gerais, em 29.7.2013, tempestivamente, agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235066. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 685870 AGR / MG 3. Alega o Agravante que “o recurso extraordinário interposto pelo Estado de Minas Gerais deve ser conhecido e provido, uma vez que é admissível a limitação de idade em concurso público em decorrência da atribuição do cargo a ser preenchido, desde que previsto em lei”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235066. Supremo Tribunal Federal ARE 685870 AGR / MG 3. Alega o Agravante que “o recurso extraordinário interposto pelo Estado de Minas Gerais deve ser conhecido e provido, uma vez que é admissível a limitação de idade em concurso público em decorrência da atribuição do cargo a ser preenchido, desde que previsto em lei”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235066. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.870 MINAS GERAIS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na origem, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu: “A Constituição da República garante o direito de amplo acesso aos cargos públicos (art. 37, I), desde que preenchidos os requisitos necessários. Nesse contexto, podem ser impostas restrições a esse acesso, de acordo com a natureza do cargo (art. 39, § 3º). Por óbvio, tais restrições e limitações devem guardar correspondência entre o limite interposto e a função desempenhada. Em outras palavras, a restrição ao acesso (idade, altura, sexo) a determinado cargo público deve guardar correspondência com a real necessidade para o exercício da função. Desse modo, o acesso a cargos públicos só pode ser limitado em razão de requisitos como peso, altura, idade ou sexo em virtude de lei, e mesmo assim dentro dos princípios da razoabilidade e da legalidade, sendo inadmissível a exclusão com lastro em restrição que não guarda correspondência com a função a ser desempenhada de Agente da Polícia Civil, mormente com a limitação em 32 (trinta e dois) anos. No caso em julgamento, o critério veiculado na lei do certame configura ato discriminatório, por violar os princípios da isonomia e da ampla acessibilidade aos cargos, funções e empregos públicos, assegurados constitucionalmente, pois da análise dos deveres e responsabilidades impostos ao Agente de Polícia (fl. 32), não se mostra razoável a exigência do limite de 32 anos de idade para provimento no cargo, devendo exigir-se, sim, que o candidato apresente condições físicas e mentais suficientes para o exercício da função de policiamento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235067. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.870 MINAS GERAIS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na origem, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu: “A Constituição da República garante o direito de amplo acesso aos cargos públicos (art. 37, I), desde que preenchidos os requisitos necessários. Nesse contexto, podem ser impostas restrições a esse acesso, de acordo com a natureza do cargo (art. 39, § 3º). Por óbvio, tais restrições e limitações devem guardar correspondência entre o limite interposto e a função desempenhada. Em outras palavras, a restrição ao acesso (idade, altura, sexo) a determinado cargo público deve guardar correspondência com a real necessidade para o exercício da função. Desse modo, o acesso a cargos públicos só pode ser limitado em razão de requisitos como peso, altura, idade ou sexo em virtude de lei, e mesmo assim dentro dos princípios da razoabilidade e da legalidade, sendo inadmissível a exclusão com lastro em restrição que não guarda correspondência com a função a ser desempenhada de Agente da Polícia Civil, mormente com a limitação em 32 (trinta e dois) anos. No caso em julgamento, o critério veiculado na lei do certame configura ato discriminatório, por violar os princípios da isonomia e da ampla acessibilidade aos cargos, funções e empregos públicos, assegurados constitucionalmente, pois da análise dos deveres e responsabilidades impostos ao Agente de Polícia (fl. 32), não se mostra razoável a exigência do limite de 32 anos de idade para provimento no cargo, devendo exigir-se, sim, que o candidato apresente condições físicas e mentais suficientes para o exercício da função de policiamento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235067. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 685870 AGR / MG (…) Enfim, viola direito líquido e certo do impetrante o indeferimento de sua matrícula no Curso de formação, mormente, pelo fato de que foi aprovado em todas as etapas do concurso público, inclusive, nos exames biomédicos e biofísicos. Ressalto, ainda, que, quando da inscrição no certame o impetrante tinha 31 anos de idade.” (grifos nossos). 3. No presente caso, consta a afirmação no acórdão do Tribunal a quo de que o limite etário para provimento no cargo de policial civil, estabelecido pela lei mineira, é de 32 anos de idade, e que o candidato, na data da inscrição no certame, tinha 31 anos completos. Este Supremo Tribunal firmou o entendimento de que a comprovação do requisito etário estabelecido na lei deve ocorrer no momento da inscrição no certame, e não no momento da inscrição do curso de formação: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. Regras editalícias. Limite de idade. A comprovação do requisito etário deve ocorrer no momento da inscrição no certame. Precedentes. 4. Alegada violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Não ocorrência. AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 730.959-AgR, Relator o Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 15.4.2013) 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235067. Supremo Tribunal Federal ARE 685870 AGR / MG (…) Enfim, viola direito líquido e certo do impetrante o indeferimento de sua matrícula no Curso de formação, mormente, pelo fato de que foi aprovado em todas as etapas do concurso público, inclusive, nos exames biomédicos e biofísicos. Ressalto, ainda, que, quando da inscrição no certame o impetrante tinha 31 anos de idade.” (grifos nossos). 3. No presente caso, consta a afirmação no acórdão do Tribunal a quo de que o limite etário para provimento no cargo de policial civil, estabelecido pela lei mineira, é de 32 anos de idade, e que o candidato, na data da inscrição no certame, tinha 31 anos completos. Este Supremo Tribunal firmou o entendimento de que a comprovação do requisito etário estabelecido na lei deve ocorrer no momento da inscrição no certame, e não no momento da inscrição do curso de formação: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. Regras editalícias. Limite de idade. A comprovação do requisito etário deve ocorrer no momento da inscrição no certame. Precedentes. 4. Alegada violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Não ocorrência. AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 730.959-AgR, Relator o Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 15.4.2013) 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235067. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.870 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) : LUCIANO GOULART DOS SANTOS ADV.(A/S) : NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089397 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.870 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) : LUCIANO GOULART DOS SANTOS ADV.(A/S) : NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089397 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5264515
2013-12-17T00:00:00
2014-02-12T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. POLICIAL CIVIL. LIMITE DE IDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A comprovação do requisito etário estabelecido na lei deve ocorrer no momento da inscrição no certame, e não no momento da inscrição do curso de formação
sjur254433
- Acórdão(s) citado(s): (CONCURSO PÚBLICO, LIMITE DE IDADE) ARE 730959 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 13/02/2014, AUR.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
685870
null
ARE-AgR
acordaos
ARE 685870 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) : LUCIANO GOULART DOS SANTOS ADV.(A/S) : NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES E OUTRO(A/S)
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NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685. 870", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685. 870", "AR", "E 685870 AG", "R /", "MG", "A", "I", "-", "Q", "O", "-", "R", "G 79", "AR", "E 730. 959- AgR", "AR", "E 685870 AGR / MG", "A", "I", "-", "Q", "O", "-", "R", "G 791. 292", "AR", "E 730. 959- AgR", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685. 870", "A", "G", "RA", "V", "O 685. 870" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei mineira n. 5. 406 / 1969", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei mineira n. 5. 406 / 1969", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "art. 544, § [UNK], inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "art. 544, § [UNK], inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "Brasília", "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "Estado", "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "Estado de Minas Gerais", "Estado de Minas Gerais", "M", "IN", "AS GERAIS", "M", "IN", "AS GERAIS", "Brasil", "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "M", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.470 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :USINA ALBERTINA S/A E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) CONTRIBUIÇÃO DEVIDA AO INSTITUTO DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL – IAA – ALÍQUOTAS VIGENTES QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. O Supremo concluiu pela harmonia do tributo com o Diploma Maior, sendo conflitante apenas a possibilidade de a alíquota variar ou ser fixada por autoridade administrativa, ante o princípio da legalidade – Recursos Extraordinários nº 238.166/SP, relator ministro Moreira Alves, Diário da Justiça de 10 de agosto de 2001, e nº 214.206/AL, relator ministro Carlos Velloso, redator do acórdão ministro Nelson Jobim, Diário da Justiça de 29 de maio de 1998. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227683. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão RE 545470 AGR / SP MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227683. Supremo Tribunal Federal RE 545470 AGR / SP MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227683. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.470 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :USINA ALBERTINA S/A E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 668 e 669, dei provimento ao extraordinário, consignando: CONTRIBUIÇÃO DEVIDA AO INSTITUTO DE AÇÚCAR E DO ÁLCOOL – IAA – EXIGIBILIDADE COM AS ALÍQUOTAS VIGENTES QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A pretensão das recorrentes é afastar a contribuição ao Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA e respectivo adicional relativos às operações realizadas no mês de abril de 1990. O Tribunal de origem assentou a compatibilidade da contribuição com o artigo 149 do corpo permanente da Carta de 1988 e o § 5º do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Em declaratórios, as recorrentes arguiram omissão quanto à circunstância de o tributo ter sido majorado por ato normativo do IAA após a vigência da atual Constituição, o que, segundo alegaram, contraria entendimento do Supremo formalizado no Recurso Extraordinário nº 214.206/AL. Os embargos foram desprovidos. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227684. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.470 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :USINA ALBERTINA S/A E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 668 e 669, dei provimento ao extraordinário, consignando: CONTRIBUIÇÃO DEVIDA AO INSTITUTO DE AÇÚCAR E DO ÁLCOOL – IAA – EXIGIBILIDADE COM AS ALÍQUOTAS VIGENTES QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A pretensão das recorrentes é afastar a contribuição ao Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA e respectivo adicional relativos às operações realizadas no mês de abril de 1990. O Tribunal de origem assentou a compatibilidade da contribuição com o artigo 149 do corpo permanente da Carta de 1988 e o § 5º do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Em declaratórios, as recorrentes arguiram omissão quanto à circunstância de o tributo ter sido majorado por ato normativo do IAA após a vigência da atual Constituição, o que, segundo alegaram, contraria entendimento do Supremo formalizado no Recurso Extraordinário nº 214.206/AL. Os embargos foram desprovidos. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 545470 AGR / SP No extraordinário, requerem a reforma do julgado para declarar-se a exigibilidade da contribuição com a alíquota prevista antes da promulgação da Carta e proclamar-se a insubsistência das modificações posteriores, promovidas pela autoridade administrativa. Apontam, ainda, a falta de publicidade dos atos que implicaram a fixação das alíquotas. 2. Assiste razão às recorrentes quanto à inconstitucionalidade das alterações mediante ato administrativo ulterior à Lei Fundamental de 1988. O Supremo concluiu pela harmonia do tributo com o Diploma Maior, sendo conflitante apenas a possibilidade de a alíquota “variar ou ser fixada por autoridade administrativa, dado o princípio da legalidade” – Recurso Extraordinário nº 238.166/SP, relator ministro Moreira Alves, Diário da Justiça de 10 de agosto de 2001. No Recurso Extraordinário nº 214.206/AL, relator ministro Carlos Velloso, redator do acórdão ministro Nelson Jobim, Diário da Justiça de 29 de maio de 1998, o Plenário assim decidiu: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DEVIDA AO INSTITUTO DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL - IAA. A CF/88 RECEPCIONOU O DL 308/67, COM AS ALTERAÇÕES DOS DECRETOS-LEIS 1712/79 E 1952/82. Ficou afastada a ofensa ao art. 149, da CF/88, que exige lei complementar para a instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico. A contribuição para o IAA é compatível com o sistema tributário nacional. Não vulnera o art. 34, § 5º, do ADCT/CF/88. É incompatível com a CF/88 a possibilidade da alíquota variar ou ser fixada por autoridade administrativa. Recurso não conhecido. 3. Ante o exposto, conheço e dou provimento ao recurso para consignar a exigibilidade da contribuição com a observância da alíquota vigente quando da promulgação da 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227684. Supremo Tribunal Federal RE 545470 AGR / SP No extraordinário, requerem a reforma do julgado para declarar-se a exigibilidade da contribuição com a alíquota prevista antes da promulgação da Carta e proclamar-se a insubsistência das modificações posteriores, promovidas pela autoridade administrativa. Apontam, ainda, a falta de publicidade dos atos que implicaram a fixação das alíquotas. 2. Assiste razão às recorrentes quanto à inconstitucionalidade das alterações mediante ato administrativo ulterior à Lei Fundamental de 1988. O Supremo concluiu pela harmonia do tributo com o Diploma Maior, sendo conflitante apenas a possibilidade de a alíquota “variar ou ser fixada por autoridade administrativa, dado o princípio da legalidade” – Recurso Extraordinário nº 238.166/SP, relator ministro Moreira Alves, Diário da Justiça de 10 de agosto de 2001. No Recurso Extraordinário nº 214.206/AL, relator ministro Carlos Velloso, redator do acórdão ministro Nelson Jobim, Diário da Justiça de 29 de maio de 1998, o Plenário assim decidiu: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DEVIDA AO INSTITUTO DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL - IAA. A CF/88 RECEPCIONOU O DL 308/67, COM AS ALTERAÇÕES DOS DECRETOS-LEIS 1712/79 E 1952/82. Ficou afastada a ofensa ao art. 149, da CF/88, que exige lei complementar para a instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico. A contribuição para o IAA é compatível com o sistema tributário nacional. Não vulnera o art. 34, § 5º, do ADCT/CF/88. É incompatível com a CF/88 a possibilidade da alíquota variar ou ser fixada por autoridade administrativa. Recurso não conhecido. 3. Ante o exposto, conheço e dou provimento ao recurso para consignar a exigibilidade da contribuição com a observância da alíquota vigente quando da promulgação da 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório RE 545470 AGR / SP Constituição de 1988, excluídas quaisquer alterações posteriores veiculadas por ato administrativo. 4. Publiquem. A União, na minuta de folha 671 a 673, salienta ser legítima a alíquota fixada pelo Instituto do Açúcar e do Álcool, ainda que por ato administrativo, porquanto compatível com o atual sistema tributário nacional. O agravado apresentou a contraminuta de folha 679 a 683 sustentando o acerto da decisão. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227684. Supremo Tribunal Federal RE 545470 AGR / SP Constituição de 1988, excluídas quaisquer alterações posteriores veiculadas por ato administrativo. 4. Publiquem. A União, na minuta de folha 671 a 673, salienta ser legítima a alíquota fixada pelo Instituto do Açúcar e do Álcool, ainda que por ato administrativo, porquanto compatível com o atual sistema tributário nacional. O agravado apresentou a contraminuta de folha 679 a 683 sustentando o acerto da decisão. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.470 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador da Fazenda Nacional, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Não possui razão a agravante. Consoante relatado na origem, o processo versa a exigência da Contribuição ao Açúcar e Álcool, incluído adicional, tal como disciplinada por atos do Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA formalizados depois da Carta de 1988, que teriam resultado, segundo ressaltado pelo contribuinte, na majoração de alíquota com repercussão para o fato gerador ocorrido em abril de 1990. O Tribunal julgou constitucional a cobrança, asseverando a inexistência de prática legislativa que tenha majorado a contribuição pós-Constituição de 1988. No extraordinário, articulando com matéria de direito, o recorrente aduziu equívoco do julgado quanto à afirmada ausência de atos posteriores à Constituição vigente majorando o tributo. Apontou diferentes atos normativos do Executivo, veiculados em 1988 e 1990, que implicaram aumento da alíquota da contribuição. Ante o quadro, assentei na decisão recorrida a legitimidade da cobrança desde que com base em alíquota fixada quando da promulgação da Carta de 1988, excluídas as alterações posteriores por ato do Executivo. Não procede o alegado no agravo da União. No extraordinário, demonstrou-se o aumento da contribuição por ato normativo diverso de lei em sentido formal. A decisão está em plena consonância com a jurisprudência do Supremo – Recursos Extraordinários nº 238.166/SP, relator ministro Moreira Alves, Diário da Justiça de 10 de agosto de 2001, e nº 214.206/AL, relator ministro Carlos Velloso, redator do acórdão ministro Nelson Jobim, Diário da Justiça de 29 de maio de 1998. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227685. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.470 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador da Fazenda Nacional, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Não possui razão a agravante. Consoante relatado na origem, o processo versa a exigência da Contribuição ao Açúcar e Álcool, incluído adicional, tal como disciplinada por atos do Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA formalizados depois da Carta de 1988, que teriam resultado, segundo ressaltado pelo contribuinte, na majoração de alíquota com repercussão para o fato gerador ocorrido em abril de 1990. O Tribunal julgou constitucional a cobrança, asseverando a inexistência de prática legislativa que tenha majorado a contribuição pós-Constituição de 1988. No extraordinário, articulando com matéria de direito, o recorrente aduziu equívoco do julgado quanto à afirmada ausência de atos posteriores à Constituição vigente majorando o tributo. Apontou diferentes atos normativos do Executivo, veiculados em 1988 e 1990, que implicaram aumento da alíquota da contribuição. Ante o quadro, assentei na decisão recorrida a legitimidade da cobrança desde que com base em alíquota fixada quando da promulgação da Carta de 1988, excluídas as alterações posteriores por ato do Executivo. Não procede o alegado no agravo da União. No extraordinário, demonstrou-se o aumento da contribuição por ato normativo diverso de lei em sentido formal. A decisão está em plena consonância com a jurisprudência do Supremo – Recursos Extraordinários nº 238.166/SP, relator ministro Moreira Alves, Diário da Justiça de 10 de agosto de 2001, e nº 214.206/AL, relator ministro Carlos Velloso, redator do acórdão ministro Nelson Jobim, Diário da Justiça de 29 de maio de 1998. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227685. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO RE 545470 AGR / SP artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho do agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da agravada. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227685. Supremo Tribunal Federal RE 545470 AGR / SP artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho do agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da agravada. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5227685. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.470 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : USINA ALBERTINA S/A E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245019 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.470 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : USINA ALBERTINA S/A E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245019 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5270886
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
CONTRIBUIÇÃO DEVIDA AO INSTITUTO DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL – IAA – ALÍQUOTAS VIGENTES QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. O Supremo concluiu pela harmonia do tributo com o Diploma Maior, sendo conflitante apenas a possibilidade de a alíquota variar ou ser fixada por autoridade administrativa, ante o princípio da legalidade – Recursos Extraordinários nº 238.166/SP, relator ministro Moreira Alves, Diário da Justiça de 10 de agosto de 2001, e nº 214.206/AL, relator ministro Carlos Velloso, redator do acórdão ministro Nelson Jobim, Diário da Justiça de 29 de maio de 1998. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.
sjur254729
- Acórdão(s) citado(s): (MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA) RE 214206 (2ªT), RE 238166 (2ªT). Número de páginas: 8. Análise: 17/02/2014, BRU.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
545470
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\n ART-00557 PAR-00002\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
RE-AgR
acordaos
RE 545470 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : USINA ALBERTINA S/A E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.146 PARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :REBELO INDÚSTRIA COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO LTDA- REICON E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Embargos de declaração em recurso extraordinário com agravo. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Direito Processual Civil. Homologação de desistência formulada pelo Ministério Público do Trabalho em sede de ação civil pública. 4. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, converter os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negar provimento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090882. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.146 PARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :REBELO INDÚSTRIA COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO LTDA- REICON E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão de fls. 414-416 que negou provimento a recurso extraordinário com agravo com base na infraconstitucionalidade da questão posta. Nas razões recursais, alega-se, em síntese, a constitucionalidade da controvérsia acerca da possibilidade de o Ministério Público do Trabalho formular pedido de desistência em sede de ação civil pública. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090883. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.146 PARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :REBELO INDÚSTRIA COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO LTDA- REICON E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão de fls. 414-416 que negou provimento a recurso extraordinário com agravo com base na infraconstitucionalidade da questão posta. Nas razões recursais, alega-se, em síntese, a constitucionalidade da controvérsia acerca da possibilidade de o Ministério Público do Trabalho formular pedido de desistência em sede de ação civil pública. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090883. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.146 PARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Tendo em vista o princípio da economia processual, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, desde logo, passo a apreciá-lo. No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e protelatórias e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal, uma vez que não trouxe argumentos suficientes para infirmá-la. Na espécie, conforme consignado na decisão impugnada, o acórdão recorrido realizou um juízo de admissibilidade da desistência formulada pelo Ministério Público no caso em exame. Não há que se falar, portanto em ofensa direta à Constituição Federal, visto que o tema não ultrapassa o âmbito da infraconstitucionalidade. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes: “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Processual civil. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Extinção da ação. Falta de interesse de agir. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 636 e 279/STF. 4. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090884. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.146 PARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Tendo em vista o princípio da economia processual, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, desde logo, passo a apreciá-lo. No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e protelatórias e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal, uma vez que não trouxe argumentos suficientes para infirmá-la. Na espécie, conforme consignado na decisão impugnada, o acórdão recorrido realizou um juízo de admissibilidade da desistência formulada pelo Ministério Público no caso em exame. Não há que se falar, portanto em ofensa direta à Constituição Federal, visto que o tema não ultrapassa o âmbito da infraconstitucionalidade. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes: “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Processual civil. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Extinção da ação. Falta de interesse de agir. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 636 e 279/STF. 4. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090884. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES ARE 655146 ED / PA Agravo regimental não provido.” (ARE 767.584, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 28.11.2013). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. CARÊNCIA DE AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI-AgR 597.276, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 25.11.2010). Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090884. Supremo Tribunal Federal ARE 655146 ED / PA Agravo regimental não provido.” (ARE 767.584, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 28.11.2013). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. CARÊNCIA DE AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI-AgR 597.276, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 25.11.2010). Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090884. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.146 PROCED. : PARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : REBELO INDÚSTRIA COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO LTDA- REICON E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089391 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.146 PROCED. : PARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : REBELO INDÚSTRIA COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO LTDA- REICON E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089391 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5264301
2013-12-17T00:00:00
2014-02-12T00:00:00
A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Embargos de declaração em recurso extraordinário com agravo. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Direito Processual Civil. Homologação de desistência formulada pelo Ministério Público do Trabalho em sede de ação civil pública. 4. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur254425
- Acórdão(s) citado(s): (MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) AI 597276 AgR (1ªT). - Decisão monocrática citada: (MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) ARE 767584. Número de páginas: 5. Análise: 14/02/2014, BRU.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
655146
null
ARE-ED
acordaos
ARE 655146 ED
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EMBTE.(S) : REBELO INDÚSTRIA COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO LTDA- REICON E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.001 ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE VITÓRIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA AGDO.(A/S) :TELEMAR NORTE LESTE S/A ADV.(A/S) :MARCELO PAGANI DEVENS E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIOCOM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, INC. IV, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. EDIÇÃO DE LISTAS TELEFÔNICAS: INCIDÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Cármen Lúcia - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126258. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.001 ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE VITÓRIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA AGDO.(A/S) :TELEMAR NORTE LESTE S/A ADV.(A/S) :MARCELO PAGANI DEVENS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 16 de setembro de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Município de Vitória contra julgado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que reconheceu ser a Agravada beneficiária da imunidade tributária prevista no art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. Este Supremo Tribunal assentou a imunidade da edição listas telefônicas, pelo que o julgado guarda harmonia com a jurisprudência prevalecente: “EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. LIVRO, JORNAL, PERIÓDICO E PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO. EXTENSÃO ÀS LISTAS TELEFÔNICAS. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a imunidade do livro, jornal, período e do papel destinado à sua impressão é aplicável às operações com listas telefônicas. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 663.747-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 30.4.2010). “TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126259. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.001 ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE VITÓRIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA AGDO.(A/S) :TELEMAR NORTE LESTE S/A ADV.(A/S) :MARCELO PAGANI DEVENS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 16 de setembro de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Município de Vitória contra julgado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que reconheceu ser a Agravada beneficiária da imunidade tributária prevista no art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. Este Supremo Tribunal assentou a imunidade da edição listas telefônicas, pelo que o julgado guarda harmonia com a jurisprudência prevalecente: “EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. LIVRO, JORNAL, PERIÓDICO E PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO. EXTENSÃO ÀS LISTAS TELEFÔNICAS. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a imunidade do livro, jornal, período e do papel destinado à sua impressão é aplicável às operações com listas telefônicas. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 663.747-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 30.4.2010). “TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126259. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 763001 AGR / ES EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) SOBRE A EDITORAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL E DISTRIBUIÇÃO DE LISTAS TELEFONICAS. INQUINADA OFENSA AO ART. 19, III, D, DA CARTA DE 1969. Orientação jurisprudencial do STF, no sentido de que não estão excluídos da imunidade constitucional as publicações "que cuidam de informações genéricas ou especificas, sem caráter noticioso, discursivo, literário, poético ou filosófico, mas de inegável utilidade pública, como e o caso das listas telefônicas". Recurso provido.” (RE 134.071, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 30.10.1992). Não há, pois, nada a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 23.9.2013, interpõe o Município de Vitória, em 3.10.2013, tempestivamente, agravo regimental. 3. O Agravante afirma que “a jurisprudência utilizada não se amolda à situação tratada nesses autos havendo um distinguishing que não permite aplicar adequadamente a jurisprudência citada na decisão monocrática à hipótese, vez que no caso desses autos a exação incide sobre a renda de cobrança pela publicidade inserta na lista telefônica. Renda exclusiva da publicidade e propaganda”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126259. Supremo Tribunal Federal ARE 763001 AGR / ES EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) SOBRE A EDITORAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL E DISTRIBUIÇÃO DE LISTAS TELEFONICAS. INQUINADA OFENSA AO ART. 19, III, D, DA CARTA DE 1969. Orientação jurisprudencial do STF, no sentido de que não estão excluídos da imunidade constitucional as publicações "que cuidam de informações genéricas ou especificas, sem caráter noticioso, discursivo, literário, poético ou filosófico, mas de inegável utilidade pública, como e o caso das listas telefônicas". Recurso provido.” (RE 134.071, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 30.10.1992). Não há, pois, nada a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 23.9.2013, interpõe o Município de Vitória, em 3.10.2013, tempestivamente, agravo regimental. 3. O Agravante afirma que “a jurisprudência utilizada não se amolda à situação tratada nesses autos havendo um distinguishing que não permite aplicar adequadamente a jurisprudência citada na decisão monocrática à hipótese, vez que no caso desses autos a exação incide sobre a renda de cobrança pela publicidade inserta na lista telefônica. Renda exclusiva da publicidade e propaganda”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126259. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.001 ESPÍRITO SANTO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O voto condutor do acórdão recorrido foi proferido nos termos seguintes: “O Município Apelante autuou a Apelada em 26/03/1993, sob a alegação de ‘não recolhimento do ISSQN’ (fl. 29), sendo que no campo ‘ramo de atividade’ está escrito ‘Cobrança das publicidades veiculadas na lista telefônica’. Com a produção da prova pericial teve-se uma ideia do objeto da autuação fiscal. O Laudo Pericial de fls. 156/163 dá conta de que o objeto do lançamento fiscal em questão são ‘Cobranças relativas a figurações especiais, constantes nas listas telefônicas, conforme verificado em Relatórios de Apropriação Contábil de Faturamento’ (fl. 157). No referido Laudo, verificou-se, ainda, que ‘,,,a perícia constatou a existência de Contrato de Edição de Lista Telefônica com a Editora Catálogo Telefônico do Brasil S/A, no período alcançado pelo auto de infração baixado pelo Município de Vitória’ (fl. 159). O aludido Contrato, colacionado às fls. 164/195, dispõe, em sua cláusula 2.1, que o seu objeto consiste na ‘Edição de Lista Telefônica, TELEST nº 270 adiante especificada que a Editora se obriga a realizar, a seu custo, ressarcido mediante participação nos resultados da comercialização de figurações opcionais a serem inseridas na citada lista’ (fl. 164). O contrato ainda prevê, em sua Cláusula 3.1, que ‘A edição de Lista Telefônica se caracteriza pelas seguintes atividades, quais sejam: editoração, comercialização, produção industrial e distribuição’. Já a Cláusula 11 e seus itens, determina que, da receita arrecadada com a comercialização de figurações opcionais na lista Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126260. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.001 ESPÍRITO SANTO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O voto condutor do acórdão recorrido foi proferido nos termos seguintes: “O Município Apelante autuou a Apelada em 26/03/1993, sob a alegação de ‘não recolhimento do ISSQN’ (fl. 29), sendo que no campo ‘ramo de atividade’ está escrito ‘Cobrança das publicidades veiculadas na lista telefônica’. Com a produção da prova pericial teve-se uma ideia do objeto da autuação fiscal. O Laudo Pericial de fls. 156/163 dá conta de que o objeto do lançamento fiscal em questão são ‘Cobranças relativas a figurações especiais, constantes nas listas telefônicas, conforme verificado em Relatórios de Apropriação Contábil de Faturamento’ (fl. 157). No referido Laudo, verificou-se, ainda, que ‘,,,a perícia constatou a existência de Contrato de Edição de Lista Telefônica com a Editora Catálogo Telefônico do Brasil S/A, no período alcançado pelo auto de infração baixado pelo Município de Vitória’ (fl. 159). O aludido Contrato, colacionado às fls. 164/195, dispõe, em sua cláusula 2.1, que o seu objeto consiste na ‘Edição de Lista Telefônica, TELEST nº 270 adiante especificada que a Editora se obriga a realizar, a seu custo, ressarcido mediante participação nos resultados da comercialização de figurações opcionais a serem inseridas na citada lista’ (fl. 164). O contrato ainda prevê, em sua Cláusula 3.1, que ‘A edição de Lista Telefônica se caracteriza pelas seguintes atividades, quais sejam: editoração, comercialização, produção industrial e distribuição’. Já a Cláusula 11 e seus itens, determina que, da receita arrecadada com a comercialização de figurações opcionais na lista Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126260. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 763001 AGR / ES telefônica, caberá à Apelada o percentual de 25% (vinte e cinco por cento), sendo que a cobrança pelas figurações opcionais de assinantes ficará a cargo da Apelada (Cláusula 10.1) e de não assinantes será feita pela editora (Cláusula 10.2). Está claro, portanto, que o lançamento fiscal realizado pelo Município Apelante através do Auto de Infração nº 275/93 teve por objeto a arrecadação oriunda da comercialização de figurações opcionais inseridas na lista telefônica, sendo que 75% (setenta e cinco por cento) de seu total visava remunerar a editora contratada pela edição. Portanto, a exemplo do Juízo a quo, entendo que incide à hipótese o art. 150, IV, ‘d’, da CF/88 (…) Observo, ademais, que tal entendimento está há muito pacificado pelo Supremo Tribunal Federal”. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal firmada no sentido de que a imunidade tributária prevista no art. 150, inc. IV, alínea d, da Constituição da República abrange a edição de listas telefônicas: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. LIVRO, JORNAL, PERIÓDICO E PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO. EXTENSÃO ÀS LISTAS TELEFÔNICAS. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a imunidade do livro, jornal, período e do papel destinado à sua impressão é aplicável às operações com listas telefônicas. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 663.747-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 30.4.2010). “TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) SOBRE A EDITORAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL E DISTRIBUIÇÃO DE LISTAS TELEFONICAS. INQUINADA OFENSA AO ART. 19, III, D, DA CARTA DE 1969. Orientação jurisprudencial do STF, no sentido de que não estão excluídos da imunidade constitucional as publicações "que cuidam de informações genéricas ou especificas, sem caráter noticioso, discursivo, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126260. Supremo Tribunal Federal ARE 763001 AGR / ES telefônica, caberá à Apelada o percentual de 25% (vinte e cinco por cento), sendo que a cobrança pelas figurações opcionais de assinantes ficará a cargo da Apelada (Cláusula 10.1) e de não assinantes será feita pela editora (Cláusula 10.2). Está claro, portanto, que o lançamento fiscal realizado pelo Município Apelante através do Auto de Infração nº 275/93 teve por objeto a arrecadação oriunda da comercialização de figurações opcionais inseridas na lista telefônica, sendo que 75% (setenta e cinco por cento) de seu total visava remunerar a editora contratada pela edição. Portanto, a exemplo do Juízo a quo, entendo que incide à hipótese o art. 150, IV, ‘d’, da CF/88 (…) Observo, ademais, que tal entendimento está há muito pacificado pelo Supremo Tribunal Federal”. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal firmada no sentido de que a imunidade tributária prevista no art. 150, inc. IV, alínea d, da Constituição da República abrange a edição de listas telefônicas: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. LIVRO, JORNAL, PERIÓDICO E PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO. EXTENSÃO ÀS LISTAS TELEFÔNICAS. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a imunidade do livro, jornal, período e do papel destinado à sua impressão é aplicável às operações com listas telefônicas. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 663.747-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 30.4.2010). “TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) SOBRE A EDITORAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL E DISTRIBUIÇÃO DE LISTAS TELEFONICAS. INQUINADA OFENSA AO ART. 19, III, D, DA CARTA DE 1969. Orientação jurisprudencial do STF, no sentido de que não estão excluídos da imunidade constitucional as publicações "que cuidam de informações genéricas ou especificas, sem caráter noticioso, discursivo, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126260. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 763001 AGR / ES literário, poético ou filosófico, mas de inegável utilidade pública, como e o caso das listas telefônicas". Recurso provido.” (RE 134.071, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 30.10.1992). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126260. Supremo Tribunal Federal ARE 763001 AGR / ES literário, poético ou filosófico, mas de inegável utilidade pública, como e o caso das listas telefônicas". Recurso provido.” (RE 134.071, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 30.10.1992). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126260. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.001 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE VITÓRIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/A ADV.(A/S) : MARCELO PAGANI DEVENS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089469 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.001 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE VITÓRIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/A ADV.(A/S) : MARCELO PAGANI DEVENS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089469 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5236168
2013-12-17T00:00:00
2014-02-07T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIOCOM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, INC. IV, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. EDIÇÃO DE LISTAS TELEFÔNICAS: INCIDÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur253998
- Acórdão(s) citado(s): (LISTAS TELEFÔNICAS) RE 134071, AI 663747 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 11/02/2014, TIA.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
763001
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00150 INC-00004 LET-D\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 763001 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE VITÓRIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/A ADV.(A/S) : MARCELO PAGANI DEVENS E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "A", "I 663. 747- AgR", "A", "I 663. 747- AgR", "AR", "E 763001", "A", "G", "R", "/", "ES", "R", "E 134. 071", "AR", "E 763001 AGR / ES", "R", "E 134. 071", "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO", "A", "I 663. 747- AgR", "AR", "E", "Auto de Infração [UNK] 275 / 93", "A", "I 663. 747- AgR", "R", "E 134. 071", "AR", "E 763001 AGR / ES", "R", "E 134. 071", "SO", "VO 763. 001" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. 150, INC. IV, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 19, III, D, DA CARTA DE 1969", "art. 544, § [UNK], inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 19, III, D, DA CARTA DE 1969", "art. 544, § [UNK], inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Auto de Infração [UNK] 275 / 93", "art. 150, IV, ‘ d ’, da CF / 88", "art. 150, inc. IV, alínea d, da Constituição da República", "AR", "T. 19, III, D, DA CARTA DE 1969", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 150, IV, ‘ d ’, da CF / 88", "art. 150, inc. IV, alínea d, da Constituição da República", "AR", "T. 19, III, D, DA CARTA DE 1969", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "ESP", "Í", "RI", "TO SANTO", "UN", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE VITÓRIA", "Brasília", "ESP", "Í", "RI", "TO SANTO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE VITÓRIA", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE VITÓRIA", "Município de Vitória", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "ESP", "Í", "RI", "TO SANTO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE VITÓRIA", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE VITÓRIA", "Município de Vitória", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "Município de Vitória", "Município de Vitória", "ESP", "Í", "RI", "TO SANTO", "Município de Vitória", "ESP", "Í", "RI", "TO SANTO", "Município de Vitória", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO PAULO", "ESP", "Í", "RI", "TO SANTO", "M", "UN", "IC", "Í", 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"Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "ST", "F", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Editora Catálogo Telefônico do Brasil S / A", "Editora", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Editora Catálogo Telefônico do Brasil S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "ST", "F", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "ST", "F", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "T", "EL", "EM", "AR NORTE LESTE", "MA", "RC", "EL", "O PAGANI DEVENS", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "T", "EL", "EM", "AR NORTE LESTE S / A", "MA", "RC", "EL", "O PAGANI DEVENS", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "EL", "MA", "RC", "EL", "O PAGANI DEVENS", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Il", "mar Galvão", "Il", "mar Galvão", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCI", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA ARE", "Il", "mar Galvão", "Il", "mar Galvão", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "T", "EL", "EM", "AR NORTE LESTE S", "MA", "RC", "EL", "O PAGANI DEVENS", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "T", "EL", "EM", "AR NORTE LESTE S", "MA", "RC", "EL", "O PAGANI DEVENS", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão", "Ra", "vena Siqueira" ], "TEMPO": [ "17", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 742.970 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ADV.(A/S) :MAGALI PAIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO INTDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CRIAÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO (CONSULTOR TÉCNICO JURÍDICO) SEM CARÁTER DE ASSESSORAMENTO, CHEFIA OU DIREÇÃO. 1. Inconstitucionalidade das Leis municipais ns. 4.804/1999 e 5.365/2001. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 2. Análise da natureza das atribuições do cargo. Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Cármen Lúcia - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126515. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 742.970 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ADV.(A/S) :MAGALI PAIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO INTDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 24 de abril de 2013, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela Câmara Municipal de São Bernardo do Campo contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual declarara a inconstitucionalidade do art. 33 inc. I, alínea e, da Lei n. 4.804/1999 e do art. 77 da Lei n. 5.365/2001. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Inicialmente, cumpre esclarecer que o objeto deste processo é distinto daquele do Recurso Extraordinário n. 650.898-RG, Relator o Ministro Marco Aurélio, que trata da possibilidade ou não de recebimento de gratificação de férias, décimo terceiro salário ou verba indenizatória no caso de agente político que perceba por subsídio, sendo a Lei municipal n. 1.929/2008 de Alecrim/RS objeto de análise. 5. O Relator, Desembargador Artur Marques da Silva Filho, afirmou: (...) 6. Concluir de forma diversa do que decidido demandaria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126516. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 742.970 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ADV.(A/S) :MAGALI PAIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO INTDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 24 de abril de 2013, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela Câmara Municipal de São Bernardo do Campo contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual declarara a inconstitucionalidade do art. 33 inc. I, alínea e, da Lei n. 4.804/1999 e do art. 77 da Lei n. 5.365/2001. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Inicialmente, cumpre esclarecer que o objeto deste processo é distinto daquele do Recurso Extraordinário n. 650.898-RG, Relator o Ministro Marco Aurélio, que trata da possibilidade ou não de recebimento de gratificação de férias, décimo terceiro salário ou verba indenizatória no caso de agente político que perceba por subsídio, sendo a Lei municipal n. 1.929/2008 de Alecrim/RS objeto de análise. 5. O Relator, Desembargador Artur Marques da Silva Filho, afirmou: (...) 6. Concluir de forma diversa do que decidido demandaria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126516. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RE 742970 AGR / SP o reexame do conjunto fático-probatório e a análise da legislação infraconstitucional (Leis municipais n. 4.804/1999 e 5.365/2001), procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. (…) Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte recorrente. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 275-281). 2. Publicada essa decisão no DJe de 29.4.2013 (fl. 282), interpõe a Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, em 3.5.2013, tempestivamente, agravo regimental (fls. 284-288; 291-298). 3. O Agravante afirma que “o caso ora em análise não demanda análise de fatos e provas por este Supremo Tribunal Federal, pois se trata de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido em sede de controle abstrato de constitucionalidade, ou seja, em que há análise abstrata das normas impugnadas em face das normas constitucionais de controle”. Assevera que “em nenhum momento houve a produção de qualquer prova ou análise de fatos, mas apenas o confronto em abstrato das normas municipais com as normas da Constituição do Estado de São Paulo” (fl. 296). Pede o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126516. Supremo Tribunal Federal RE 742970 AGR / SP o reexame do conjunto fático-probatório e a análise da legislação infraconstitucional (Leis municipais n. 4.804/1999 e 5.365/2001), procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. (…) Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte recorrente. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 275-281). 2. Publicada essa decisão no DJe de 29.4.2013 (fl. 282), interpõe a Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, em 3.5.2013, tempestivamente, agravo regimental (fls. 284-288; 291-298). 3. O Agravante afirma que “o caso ora em análise não demanda análise de fatos e provas por este Supremo Tribunal Federal, pois se trata de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido em sede de controle abstrato de constitucionalidade, ou seja, em que há análise abstrata das normas impugnadas em face das normas constitucionais de controle”. Assevera que “em nenhum momento houve a produção de qualquer prova ou análise de fatos, mas apenas o confronto em abstrato das normas municipais com as normas da Constituição do Estado de São Paulo” (fl. 296). Pede o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126516. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 742.970 SÃO PAULO VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na origem, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo julgou procedente a ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, para declarar a inconstitucionalidade material do arts. 33, inc. I, alínea e, da Lei n. 4.804/1999 e do art. 77 da Lei n. 5.365/2001, ambas do Município de São Bernardo do Campo, em face dos arts. 111, 115 e 144 da Constituição do Estado de São Paulo. Constou do acórdão recorrido: “Em suma, a tese sustentada na presente ação é de que os cargos criados pelos dispositivos atacados não poderiam ser providos por comissão, uma vez que não demandam relação de confiança e que as respectivas atribuições restringem-se à atividades técnicas, administrativas ou burocráticas. A ação merece prosperar. Com efeito, a possibilidade de criação de cargos de provimento por comissão não é aferida pela denominação que se lhe dá, mas sim pela natureza das atribuições respectivas. E, se por um lado a Federação se compõe de entes autônomos, de modo que o Município seja dotado das capacidades de autogoverno e de autonomia administrativa, não há que se opor tais capacidades como escusa ao descumprimento da própria Constituição e dos princípios que a inspiram. (…) No caso concreto, a descrição das atividades desenvolvidas pelo Consultor Técnico Jurídico, conforme informações prestadas pelo Prefeito Municipal, são de ‘auxiliar o Secretário e o Assessor da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 742.970 SÃO PAULO VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na origem, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo julgou procedente a ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, para declarar a inconstitucionalidade material do arts. 33, inc. I, alínea e, da Lei n. 4.804/1999 e do art. 77 da Lei n. 5.365/2001, ambas do Município de São Bernardo do Campo, em face dos arts. 111, 115 e 144 da Constituição do Estado de São Paulo. Constou do acórdão recorrido: “Em suma, a tese sustentada na presente ação é de que os cargos criados pelos dispositivos atacados não poderiam ser providos por comissão, uma vez que não demandam relação de confiança e que as respectivas atribuições restringem-se à atividades técnicas, administrativas ou burocráticas. A ação merece prosperar. Com efeito, a possibilidade de criação de cargos de provimento por comissão não é aferida pela denominação que se lhe dá, mas sim pela natureza das atribuições respectivas. E, se por um lado a Federação se compõe de entes autônomos, de modo que o Município seja dotado das capacidades de autogoverno e de autonomia administrativa, não há que se opor tais capacidades como escusa ao descumprimento da própria Constituição e dos princípios que a inspiram. (…) No caso concreto, a descrição das atividades desenvolvidas pelo Consultor Técnico Jurídico, conforme informações prestadas pelo Prefeito Municipal, são de ‘auxiliar o Secretário e o Assessor da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 742970 AGR / SP Secretaria de Assuntos Jurídicos nas decisões, despachos e demais atividades referentes a assuntos técnicos da Pasta; e auxiliar de modo geral a ação administrativa diante da Secretaria, compreendendo matéria jurídica, técnico-legislativa, administrativa, orçamentária e econômico-financeira’ (fl. 36). Essas atividades constituem, na verdade, funções meramente técnicas, burocráticas ou operacionais, sem necessidade alguma de que sejam desempenhadas por pessoa com vínculo de confiança, de modo que não se poderia afastar a exigência de concurso público” (fls. 108-112). 3. Como afirmado na decisão agravada, a análise da natureza das atribuições do cargo de consultor técnico jurídico criado pelas leis do Município de São Bernardo do Campo/SP (Leis n. 4.804/1999 e Lei n. 5.365/2001) pressupõe a prévia análise das normas locais, além de fatos e provas. Incidem na espécie as Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Ainda que assim não fosse, o Órgão Especial do Tribunal a quo julgou em consonância com o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido da inconstitucionalidade da criação de cargos em comissão que não tenham atribuições de direção, chefia ou assessoramento, com a necessária relação de confiança entre o nomeado e o superior hierárquico (art. 37, inc. V, da Constituição da República). Confiram-se os seguintes julgados: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 37, II E V. CRIAÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO. LEI 15.224/2005 DO ESTADO DE GOIÁS. INCONSTITUCIONALIDADE. É inconstitucional a criação de cargos em comissão que não possuem caráter de assessoramento, chefia ou direção e que não demandam relação de confiança entre o servidor nomeado e o seu superior hierárquico, tais como os cargos de Perito Médico-Psiquiátrico, Perito Médico-Clínico, Auditor de Controle Interno, Produtor Jornalístico, Repórter Fotográfico, Perito 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Supremo Tribunal Federal RE 742970 AGR / SP Secretaria de Assuntos Jurídicos nas decisões, despachos e demais atividades referentes a assuntos técnicos da Pasta; e auxiliar de modo geral a ação administrativa diante da Secretaria, compreendendo matéria jurídica, técnico-legislativa, administrativa, orçamentária e econômico-financeira’ (fl. 36). Essas atividades constituem, na verdade, funções meramente técnicas, burocráticas ou operacionais, sem necessidade alguma de que sejam desempenhadas por pessoa com vínculo de confiança, de modo que não se poderia afastar a exigência de concurso público” (fls. 108-112). 3. Como afirmado na decisão agravada, a análise da natureza das atribuições do cargo de consultor técnico jurídico criado pelas leis do Município de São Bernardo do Campo/SP (Leis n. 4.804/1999 e Lei n. 5.365/2001) pressupõe a prévia análise das normas locais, além de fatos e provas. Incidem na espécie as Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Ainda que assim não fosse, o Órgão Especial do Tribunal a quo julgou em consonância com o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido da inconstitucionalidade da criação de cargos em comissão que não tenham atribuições de direção, chefia ou assessoramento, com a necessária relação de confiança entre o nomeado e o superior hierárquico (art. 37, inc. V, da Constituição da República). Confiram-se os seguintes julgados: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 37, II E V. CRIAÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO. LEI 15.224/2005 DO ESTADO DE GOIÁS. INCONSTITUCIONALIDADE. É inconstitucional a criação de cargos em comissão que não possuem caráter de assessoramento, chefia ou direção e que não demandam relação de confiança entre o servidor nomeado e o seu superior hierárquico, tais como os cargos de Perito Médico-Psiquiátrico, Perito Médico-Clínico, Auditor de Controle Interno, Produtor Jornalístico, Repórter Fotográfico, Perito 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 742970 AGR / SP Psicológico, Enfermeiro e Motorista de Representação. Ofensa ao artigo 37, II e V da Constituição federal. Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade dos incisos XI, XII, XIII, XVIII, XIX, XX, XXIV e XXV do art. 16-A da lei 15.224/2005 do Estado de Goiás, bem como do Anexo I da mesma lei, na parte em que cria os cargos em comissão mencionados” (ADI 3.602, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 7.6.2011, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. LEI MUNICIPAL. CRIAÇÃO DE CARGOS EM COMISSÃO. ALEGADA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONFIANÇA. PRECEDENTES DO PLENÁRIO. NECESSIDADE DE REEXAME FÁTICO- PROBATÓRIO. NORMA DE INTERESSE LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. DESPROVIMENTO. 1. O Plenário do Supremo, no julgamento da ADI 3.602, Rel. Ministro Joaquim Barbosa, assentou a inconstitucionalidade da norma municipal por incorrer em criação de cargos de direção, chefia e assessoramento desprovidos da necessária e característica relação de confiança. No mesmo sentido: ADI 1141, Rel. Ministra Ellen Gracie, Dj 29/08/03, ADI/MC 1269, Rel. Ministro Carlos Velloso, Dj 02/06/95, dentre outros. 2. A Súmula 279/STF dispõe verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 4. O debate em relação aos efeitos da Lei nº 3.364/10 do município de Cubatão caracterizaria mera ofensa a direito local, cuja análise é vedada nesta instância, nos termos da Súmula nº 280/STF, verbis:’Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário’. 5. Agravo regimental desprovido” (RE 710.350-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.2.2013, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. LEI MUNICIPAL. CRIAÇÃO DE CARGOS EM COMISSÃO. AUSÊNCIA DE 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Supremo Tribunal Federal RE 742970 AGR / SP Psicológico, Enfermeiro e Motorista de Representação. Ofensa ao artigo 37, II e V da Constituição federal. Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade dos incisos XI, XII, XIII, XVIII, XIX, XX, XXIV e XXV do art. 16-A da lei 15.224/2005 do Estado de Goiás, bem como do Anexo I da mesma lei, na parte em que cria os cargos em comissão mencionados” (ADI 3.602, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 7.6.2011, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. LEI MUNICIPAL. CRIAÇÃO DE CARGOS EM COMISSÃO. ALEGADA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONFIANÇA. PRECEDENTES DO PLENÁRIO. NECESSIDADE DE REEXAME FÁTICO- PROBATÓRIO. NORMA DE INTERESSE LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. DESPROVIMENTO. 1. O Plenário do Supremo, no julgamento da ADI 3.602, Rel. Ministro Joaquim Barbosa, assentou a inconstitucionalidade da norma municipal por incorrer em criação de cargos de direção, chefia e assessoramento desprovidos da necessária e característica relação de confiança. No mesmo sentido: ADI 1141, Rel. Ministra Ellen Gracie, Dj 29/08/03, ADI/MC 1269, Rel. Ministro Carlos Velloso, Dj 02/06/95, dentre outros. 2. A Súmula 279/STF dispõe verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 4. O debate em relação aos efeitos da Lei nº 3.364/10 do município de Cubatão caracterizaria mera ofensa a direito local, cuja análise é vedada nesta instância, nos termos da Súmula nº 280/STF, verbis:’Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário’. 5. Agravo regimental desprovido” (RE 710.350-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.2.2013, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. LEI MUNICIPAL. CRIAÇÃO DE CARGOS EM COMISSÃO. AUSÊNCIA DE 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 742970 AGR / SP CARÁTER DE ASSESSORAMENTO, CHEFIA OU DIREÇÃO. INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONFIANÇA ENTRE SERVIDOR NOMEADO E SUPERIOR HIERÁRQUICO. INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROVÉRSIA ACERCA DA NATUREZA DAS FUNÇÕES EXERCIDAS PELOS OCUPANTES DOS CARGOS EM COMISSÃO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPRESCINDIBILIDADE DE REINTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Esta Corte possui entendimento firmado no sentido de que é inconstitucional a criação de cargos em comissão que não tenham caráter de assessoramento, chefia ou direção e que não demandem relação de confiança entre o servidor nomeado e o seu superior hierárquico. Precedentes. II - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem quanto à natureza das funções exercidas pelos ocupantes dos cargos em comissão, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como a análise de normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE 753.415-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.11.2013, grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Supremo Tribunal Federal RE 742970 AGR / SP CARÁTER DE ASSESSORAMENTO, CHEFIA OU DIREÇÃO. INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONFIANÇA ENTRE SERVIDOR NOMEADO E SUPERIOR HIERÁRQUICO. INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROVÉRSIA ACERCA DA NATUREZA DAS FUNÇÕES EXERCIDAS PELOS OCUPANTES DOS CARGOS EM COMISSÃO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPRESCINDIBILIDADE DE REINTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Esta Corte possui entendimento firmado no sentido de que é inconstitucional a criação de cargos em comissão que não tenham caráter de assessoramento, chefia ou direção e que não demandem relação de confiança entre o servidor nomeado e o seu superior hierárquico. Precedentes. II - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem quanto à natureza das funções exercidas pelos ocupantes dos cargos em comissão, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como a análise de normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE 753.415-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.11.2013, grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126517. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 742.970 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ADV.(A/S) : MAGALI PAIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089439 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 742.970 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ADV.(A/S) : MAGALI PAIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089439 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5226543
2013-12-17T00:00:00
2014-02-06T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CRIAÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO (CONSULTOR TÉCNICO JURÍDICO) SEM CARÁTER DE ASSESSORAMENTO, CHEFIA OU DIREÇÃO. 1. Inconstitucionalidade das Leis municipais ns. 4.804/1999 e 5.365/2001. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 2. Análise da natureza das atribuições do cargo. Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur253851
- Acórdão(s) citado(s): (CARGO EM COMISSÃO, CRIAÇÃO) ADI 3602 (TP), RE 710350 AgR (1ªT), ARE 753415 AgR (2ªT). Número de páginas: 8. Análise: 10/02/2014, MAR.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
742970
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00037 INC-00005\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-MUN LEI-004804 ANO-1999\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP\n\n", "LEG-MUN LEI-536528 ANO-2001\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP" ]
RE-AgR
acordaos
RE 742970 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ADV.(A/S) : MAGALI PAIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 742. 970", "S", "úm", "ulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 742. 970", "Rec", "urso Extraordinário n. 650. 898- RG", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 742. 970", "Rec", "urso Extraordinário n. 650. 898- RG", "R", "E 742970 AGR / SP", "S", "úm", "ulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 742970 AGR / SP", "S", "úm", "ulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 742. 970", "R", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 742. 970", "R", "E 742970 AGR / SP", "S", "úm", "ulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 742970 AGR / SP", "S", "úm", "ulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal", "R", "E 742970 AGR /", "SP", "A", "DI 3. 602", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 280 DO STF", "A", "DI 3. 602", "A", "DI 1141", "A", "DI", "/", "MC 1269", "S", "úm", "ula 279 / STF", "S", "úm", "ula [UNK] 280 / STF", "R", "E 710. 350- AgR", "R", "E 742970 AGR / SP", "A", "DI 3. 602", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 280 DO STF", "A", "DI 3. 602", "A", "DI 1141", "A", "DI", "/", "MC 1269", "S", "úm", "ula 279 / STF", "S", "úm", "ula [UNK] 280 / STF", "R", "E 710. 350- AgR", "R", "E 742970 AGR / SP", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 280 DO STF", "S", "úm", "ulas 279 e 280 do STF", "AR", "E 753. 415- AgR", "R", "E 742970 AGR / SP", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 280 DO STF", "S", "úm", "ulas 279 e 280 do STF", "AR", "E 753. 415- AgR", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 742. 970", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 742. 970" ], "LEGISLACAO": [ "Lei", "s municipais ns. 4. 804 / 1999", "5", ".", "36", "5", "/", "2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 33 inc. I, alínea e, da Lei n. 4. 804 / 1999", "art. 77 da Lei n. 5. 365 / 2001", "Lei municipal n. 1. 929 / 2008", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 33 inc. I, alínea e, da Lei n. 4. 804 / 1999", "art. 77 da Lei n. 5. 365 / 2001", "Lei municipal n. 1. 929 / 2008 de Alecrim / RS", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei", "s municipais n. 4. 804 / 1999", "5", ".", "36", "5", "/", "2001", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Constituição do Estado de São Paulo", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei", "s municipais n. 4. 804 / 1999", "5", ".", "36", "5", "/", "2001", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Constituição do Estado de São Paulo", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 33, inc. I, alínea e, da Lei n. 4. 804 / 1999", "art. 77 da Lei n. 5. 365 / 2001", "art", "s. 111, 115 e 144 da Constituição do Estado de São Paulo", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 33, inc. I, alínea e, da Lei n. 4. 804 / 1999", "art. 77 da Lei n. 5. 365 / 2001", "art", "s. 111, 115 e 144 da Constituição do Estado de São Paulo", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei", "s n. 4. 804 / 1999", "Lei n. 5. 365 / 2001", "AR", "T. 37, II E V", "L", "EI 15. 224 / 2005", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei", "s n. 4. 804 / 1999", "Lei n. 5. 365 / 2001", "art. 37, inc. 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"M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO BERNARDO DO CAMPO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO BERNARDO", "ES", "TA", "DO DE SÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "Estado de São Paulo", "Município de São Bernardo do Campo", "S", "ÃO PAULO", "Estado de São Paulo", "Município de São Bernardo do Campo", "Município de São Bernardo do Campo / SP", "ES", "TA", "DO DE GOIÁS", "Município de São Bernardo do Campo / SP", "ES", "TA", "DO DE GOIÁS", "Estado de Goiás", "município de", "Cuba", "tão", "Estado de Goiás", "município de", "Cuba", "tão", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO BERNARDO DO CAMPO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO BERNARDO DO CAMPO", "ES", "TA", "DO DE SÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO BERNARDO DO CAMPO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE SÃO BERNARDO DO CAMPO", "ES", "TA", "DO DE SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "C", "Â", "MA", "RA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.401 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ITAPEVA FLORESTAL LTDA ADV.(A/S) :SÉRGIO MASSARU TAKOI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ITER/MG ADV.(A/S) :ABRAÃO SOARES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA LEI MAIOR. INOCORRÊNCIA. ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE ARRENDAMENTO. TERRAS DEVOLUTAS. OCUPAÇÃO. ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO. LEI 8.666/1993. REGIME JURÍDICO. NECESIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. II – Os Ministros deste Tribunal, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276695. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RE 679401 AGR / MG tratar de matéria restrita ao âmbito processual, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica. III – Julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. IV – A exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara as razões de seu convencimento. Precedentes. V – Para divergir do acórdão impugnado, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e de cláusulas contratuais – o que é vedado pelas Súmulas 279 e 454 do STF – e das normas infraconstitucionais pertinentes ao caso, sendo certo que eventual ofensa à Lei Maior seria meramente indireta. VI – O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Precedentes. VII – Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por votação unânime, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276695. Supremo Tribunal Federal RE 679401 AGR / MG tratar de matéria restrita ao âmbito processual, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica. III – Julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. IV – A exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara as razões de seu convencimento. Precedentes. V – Para divergir do acórdão impugnado, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e de cláusulas contratuais – o que é vedado pelas Súmulas 279 e 454 do STF – e das normas infraconstitucionais pertinentes ao caso, sendo certo que eventual ofensa à Lei Maior seria meramente indireta. VI – O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Precedentes. VII – Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por votação unânime, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276695. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.401 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ITAPEVA FLORESTAL LTDA ADV.(A/S) :SÉRGIO MASSARU TAKOI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ITER/MG ADV.(A/S) :ABRAÃO SOARES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário. A agravante, inconformada, interpõe este agravo regimental pelas razões expostas no documento de fls. 421-430 e requer o provimento do recurso. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080738. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.401 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ITAPEVA FLORESTAL LTDA ADV.(A/S) :SÉRGIO MASSARU TAKOI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ITER/MG ADV.(A/S) :ABRAÃO SOARES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário. A agravante, inconformada, interpõe este agravo regimental pelas razões expostas no documento de fls. 421-430 e requer o provimento do recurso. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080738. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.401 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. A decisão agravada, que deve ser mantida por seus próprios fundamentos, assim dirimiu a controvérsia em exame: “(…) Afasto, inicialmente, as alegações voltadas ao reconhecimento de nulidade do acórdão recorrido. A recorrente argumentou, em princípio, que o Tribunal de origem não lhe assegurou direito de defesa pois teria suprimido. '(...) ilegalmente, a etapa de instrução do feito pois em sendo examinada a natureza do contrato como o foi pelo V. Acórdão, era de rigor a juntada do Regulamento que rege o contrato, de forma completa e que se encontra em poder da recorrida' (fl. 346). Nesse ponto, ressalto que a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568- AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.401 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. A decisão agravada, que deve ser mantida por seus próprios fundamentos, assim dirimiu a controvérsia em exame: “(…) Afasto, inicialmente, as alegações voltadas ao reconhecimento de nulidade do acórdão recorrido. A recorrente argumentou, em princípio, que o Tribunal de origem não lhe assegurou direito de defesa pois teria suprimido. '(...) ilegalmente, a etapa de instrução do feito pois em sendo examinada a natureza do contrato como o foi pelo V. Acórdão, era de rigor a juntada do Regulamento que rege o contrato, de forma completa e que se encontra em poder da recorrida' (fl. 346). Nesse ponto, ressalto que a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568- AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 679401 AGR / MG Rel. Min. Eros Grau. Por essa razão, o Pleno deste Tribunal, quando do julgamento do ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu pela ausência de repercussão geral da discussão sobre o tema referente à violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório nos casos de indeferimento de produção de provas, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006. Por oportuno, trago à colação a ementa do referido julgado: 'Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional'. Não há que se falar, ainda, em descumprimento do dever de fundamentação das decisões judiciais no caso dos autos. De fato, este Tribunal fixou orientação no sentido de que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado, como na espécie. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes: 'Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Supremo Tribunal Federal RE 679401 AGR / MG Rel. Min. Eros Grau. Por essa razão, o Pleno deste Tribunal, quando do julgamento do ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu pela ausência de repercussão geral da discussão sobre o tema referente à violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório nos casos de indeferimento de produção de provas, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006. Por oportuno, trago à colação a ementa do referido julgado: 'Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional'. Não há que se falar, ainda, em descumprimento do dever de fundamentação das decisões judiciais no caso dos autos. De fato, este Tribunal fixou orientação no sentido de que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado, como na espécie. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes: 'Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 679401 AGR / MG reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral'. No mesmo sentido, menciono, ainda, as seguintes decisões, entre outras: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 712.035- AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 743.094-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 590.140-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 414.618- AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; RE 520.187-AgR/MG, de minha relatoria. Destaco, ainda, quanto à alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, da Constituição, que o julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: AI 747.611- AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 657.164-AgR/AM, Rel. Min. Menezes Direito; AI 648.551-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 469.341-AgR/SP, Rel. Min. Ayres Britto; AI 690.551-AgR/RJ, de minha relatoria. Em relação à questão de fundo, melhor sorte não assiste à recorrente. O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.666/1993). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. De fato, a pretensão da recorrente cinge-se a afastar a aplicação da Lei 8.666/1993 ao caso concreto e fazer incidir, na espécie, as disposições da Lei 4.504/1964, do Decreto 59.566/1966 e das Leis Estaduais mineiras 4.278/1966 e 14.084/2001. Demonstra esse objetivo o seguinte trecho, entre outros, das razões do extraordinário: '(...) 8. Deveras, ao contrário do afirmado no V. Acórdão, não prevalece a supremacia do interesse público sobre o privado no presente caso, pois se trata de arrendamento regulado pelo Estatuto da Terra conforme os artigos 91, parágrafo único da Lei Federal nº 4.504/64; arts. 3º e 81, §2º do Decreto nº 59.566/66; 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Supremo Tribunal Federal RE 679401 AGR / MG reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral'. No mesmo sentido, menciono, ainda, as seguintes decisões, entre outras: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 712.035- AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 743.094-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 590.140-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 414.618- AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; RE 520.187-AgR/MG, de minha relatoria. Destaco, ainda, quanto à alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, da Constituição, que o julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: AI 747.611- AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 657.164-AgR/AM, Rel. Min. Menezes Direito; AI 648.551-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 469.341-AgR/SP, Rel. Min. Ayres Britto; AI 690.551-AgR/RJ, de minha relatoria. Em relação à questão de fundo, melhor sorte não assiste à recorrente. O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.666/1993). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. De fato, a pretensão da recorrente cinge-se a afastar a aplicação da Lei 8.666/1993 ao caso concreto e fazer incidir, na espécie, as disposições da Lei 4.504/1964, do Decreto 59.566/1966 e das Leis Estaduais mineiras 4.278/1966 e 14.084/2001. Demonstra esse objetivo o seguinte trecho, entre outros, das razões do extraordinário: '(...) 8. Deveras, ao contrário do afirmado no V. Acórdão, não prevalece a supremacia do interesse público sobre o privado no presente caso, pois se trata de arrendamento regulado pelo Estatuto da Terra conforme os artigos 91, parágrafo único da Lei Federal nº 4.504/64; arts. 3º e 81, §2º do Decreto nº 59.566/66; 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 679401 AGR / MG art. 4º da Lei Estadual nºs 4.278 de 21 de novembro de 1966 e artigo 8 parágrafo único da lei nº 14.084 de 06 de dezembro de 2001 – violação aos arts. 5º, caput, e inciso II, XXXVI e 37 caput da CF/88. 9. O artigo 4º da Lei Estadual nº 4.278 de 21 de novembro de 1966 que instituiu a Fundação Rural Mineira (RURALMINAS), com quem a ora recorrente pactuou contrato de arrendamento rural, estabelece que 'a Fundação terá por objetivo a colonização e o desenvolvimento rural no Estado de Minas Gerais, na conformidade das disposições da Lei Federal nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra)' (grifei), sendo assim o contrato regido pelo Estatuto da Terra. 10. Cabe mencionar que o artigo 8º, parágrafo único da Lei Estadual nº 14.084 de 06 de dezembro de 2001, estabelece que: 'ficam transferidos para o ITER todos os direitos e obrigações relativos aos procedimentos administrativos ou judiciais decorrentes da gestão de contratos de arrendamento de terras devolutas, rurais e urbanas, celebrados pela Fundação Rural Mineira – Colonização e Desenvolvimento Agrário – RURALMINAS' (grifei). 11. O próprio Estatuto da Terra em seu artigo 94 parágrafo único excepcionalmente possibilita o arrendamento de terras de propriedade pública, o que de fato aconteceu com a assinatura do contrato entre a RURALMINAS e a ora recorrente e estabelece a igualdade de parte (...)' (grifos no original, fls. 347-348). Dessa forma, apesar de apontar a violação de dispositivos constitucionais, o que se nota é a intenção da recorrente de utilizar-se deste recurso como instrumento para reverter a interpretação de normas infraconstitucionais, federais e locais. Contudo, a tal finalidade não se presta o extraordinário. Eventual afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, além de incidir na espécie a Súmula 280 do STF. Incabível, portanto, o recurso. Aplicável à situação, ainda, o entendimento da Corte que afirma ser inadmissível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Supremo Tribunal Federal RE 679401 AGR / MG art. 4º da Lei Estadual nºs 4.278 de 21 de novembro de 1966 e artigo 8 parágrafo único da lei nº 14.084 de 06 de dezembro de 2001 – violação aos arts. 5º, caput, e inciso II, XXXVI e 37 caput da CF/88. 9. O artigo 4º da Lei Estadual nº 4.278 de 21 de novembro de 1966 que instituiu a Fundação Rural Mineira (RURALMINAS), com quem a ora recorrente pactuou contrato de arrendamento rural, estabelece que 'a Fundação terá por objetivo a colonização e o desenvolvimento rural no Estado de Minas Gerais, na conformidade das disposições da Lei Federal nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra)' (grifei), sendo assim o contrato regido pelo Estatuto da Terra. 10. Cabe mencionar que o artigo 8º, parágrafo único da Lei Estadual nº 14.084 de 06 de dezembro de 2001, estabelece que: 'ficam transferidos para o ITER todos os direitos e obrigações relativos aos procedimentos administrativos ou judiciais decorrentes da gestão de contratos de arrendamento de terras devolutas, rurais e urbanas, celebrados pela Fundação Rural Mineira – Colonização e Desenvolvimento Agrário – RURALMINAS' (grifei). 11. O próprio Estatuto da Terra em seu artigo 94 parágrafo único excepcionalmente possibilita o arrendamento de terras de propriedade pública, o que de fato aconteceu com a assinatura do contrato entre a RURALMINAS e a ora recorrente e estabelece a igualdade de parte (...)' (grifos no original, fls. 347-348). Dessa forma, apesar de apontar a violação de dispositivos constitucionais, o que se nota é a intenção da recorrente de utilizar-se deste recurso como instrumento para reverter a interpretação de normas infraconstitucionais, federais e locais. Contudo, a tal finalidade não se presta o extraordinário. Eventual afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, além de incidir na espécie a Súmula 280 do STF. Incabível, portanto, o recurso. Aplicável à situação, ainda, o entendimento da Corte que afirma ser inadmissível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 679401 AGR / MG interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). É certo ainda que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, quanto à natureza da relação contratual que subsiste entre a recorrente e o Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais – ITER/MG, necessário seria o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, bem como a interpretação de cláusulas contratuais, o que inviabiliza o recurso extraordinário nos termos das Súmulas 279 e 454 do STF. De igual forma, a instância ordinária dirimiu a matéria atinente à legitimidade dos valores fixados pela administração a título de remuneração pelo uso das terras públicas de posse da recorrente, com fundamento na análise do acervo probatório existente nos autos, conforme se observa do seguinte trecho da decisão de origem: '(...) 'In casu', não se pode olvidar a presença do elemento quantitativo, pois o valor pago pela autora afigura-se irrisório perante as finalidades do interesse público ante a valorização da área arrendada. Válido citar trecho da r. sentença recorrida (fls. 240): 'Não se pode negar que, entre os anos de 1981 e 2005, houve realmente manifesta defasagem do preço praticado pelo ente estatal, que restou apurado pela própria autora em irrisórios R$ 4.531,19 (quatro mil quinhentos e trinta e um reais e dezenove centavos) anuais pela utilização de quase 10.000 hectares de terras públicas, para o que concorreu a diferença entre o índice de correção estabelecido nos contratos de arrendamento e valorização das áreas.' (sic) (...)”(fls. 301-302). Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que, de igual forma, torna inviável o recurso, nos termos da Súmula 279 do STF'”. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Supremo Tribunal Federal RE 679401 AGR / MG interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). É certo ainda que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, quanto à natureza da relação contratual que subsiste entre a recorrente e o Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais – ITER/MG, necessário seria o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, bem como a interpretação de cláusulas contratuais, o que inviabiliza o recurso extraordinário nos termos das Súmulas 279 e 454 do STF. De igual forma, a instância ordinária dirimiu a matéria atinente à legitimidade dos valores fixados pela administração a título de remuneração pelo uso das terras públicas de posse da recorrente, com fundamento na análise do acervo probatório existente nos autos, conforme se observa do seguinte trecho da decisão de origem: '(...) 'In casu', não se pode olvidar a presença do elemento quantitativo, pois o valor pago pela autora afigura-se irrisório perante as finalidades do interesse público ante a valorização da área arrendada. Válido citar trecho da r. sentença recorrida (fls. 240): 'Não se pode negar que, entre os anos de 1981 e 2005, houve realmente manifesta defasagem do preço praticado pelo ente estatal, que restou apurado pela própria autora em irrisórios R$ 4.531,19 (quatro mil quinhentos e trinta e um reais e dezenove centavos) anuais pela utilização de quase 10.000 hectares de terras públicas, para o que concorreu a diferença entre o índice de correção estabelecido nos contratos de arrendamento e valorização das áreas.' (sic) (...)”(fls. 301-302). Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que, de igual forma, torna inviável o recurso, nos termos da Súmula 279 do STF'”. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.401 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ITAPEVA FLORESTAL LTDA ADV.(A/S) : SÉRGIO MASSARU TAKOI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ITER/ MG ADV.(A/S) : ABRAÃO SOARES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089395 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.401 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ITAPEVA FLORESTAL LTDA ADV.(A/S) : SÉRGIO MASSARU TAKOI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ITER/ MG ADV.(A/S) : ABRAÃO SOARES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089395 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5306544
2013-12-17T00:00:00
2014-02-20T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA LEI MAIOR. INOCORRÊNCIA. ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE ARRENDAMENTO. TERRAS DEVOLUTAS. OCUPAÇÃO. ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO. LEI 8.666/1993. REGIME JURÍDICO. NECESIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. II – Os Ministros deste Tribunal, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica. III – Julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. IV – A exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara as razões de seu convencimento. Precedentes. V – Para divergir do acórdão impugnado, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e de cláusulas contratuais – o que é vedado pelas Súmulas 279 e 454 do STF – e das normas infraconstitucionais pertinentes ao caso, sendo certo que eventual ofensa à Lei Maior seria meramente indireta. VI – O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Precedentes. VII – Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur255549
- Acórdão(s) citado(s): (DILIGÊNCIA PROBATÓRIA, INDEFERIMENTO) ARE 639228 RG. Número de páginas: 9. Análise: 25/02/2014, TIA.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
679401
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00035 INC-00054 INC-00055 \n ART-00093 INC-00009\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED LEI-008666 ANO-1993\n LLC-1993 LEI DE LICITAÇÕES\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000454 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 679401 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ITAPEVA FLORESTAL LTDA ADV.(A/S) : SÉRGIO MASSARU TAKOI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ITER/MG ADV.(A/S) : ABRAÃO SOARES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 679. 401", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 454 DO STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 636 DO STF", "AR", "E 639. 228- RG / RJ", "R", "E 679401 AGR / MG", "S", "úm", "ulas 279 e 454 do STF", "S", "úm", "ula 636 do STF", "R", "E 679401 AGR / MG", "S", "úm", "ulas 279 e 454 do STF", "S", "úm", "ula 636 do STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 679. 401", "A", ".", "R", ". NO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 679. 401", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679. 401", "A", "I 778. 923- AgR / RJ", "A", "I 596. 568- AgR / GO", "A", "I 806. 313- AgR / RN", "A", "I 727. 420- AgR / DF", "A", "I 795. 489- AgR / SP", "A", "I 755. 879- AgR / SP", "A", "I 756. 336- AgR", "/", "MG", "A", "I 508. 047-", "Ag", "R", "/", "RJ", "A", "I 723. 935- AgR / GO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 679. 401", "A", "I 778. 923- AgR / RJ", "A", "I 596. 568- AgR / GO", "A", "I 806. 313- AgR / RN", "A", "I 727. 420- AgR / DF", "A", "I 795. 489- AgR / SP", "A", "I 755. 879- AgR / SP", "A", "I 756. 336- AgR / MG", "A", "I 508. 047- AgR / RJ", "A", "I 723. 935- AgR / GO", "R", "E 679401 AGR / MG", "AR", "E 639. 228- RG / RJ", "A", "I 791. 292- QO- RG / PE", "R", "E 679401 AGR / MG", "AR", "E 639. 228- RG / RJ", "A", "I 791. 292- QO- RG / PE", "R", "E 679401", "A", "I 747. 611- AgR / SP", "A", "I 712. 035- AgR / RJ", "A", "I 529. 105- AgR / CE", "A", "I 743. 094- AgR / RJ", "A", "I 590. 140- AgR / SP", "R", "E 414. 618- AgR / RN", "R", "E 520. 187- AgR / MG", "A", "I 747. 611- AgR / SP", "A", "I 657. 164- AgR / AM", "A", "I 648. 551- AgR / RS", "A", "I 469. 341- AgR", "/ SP", "A", "I 690. 551- AgR / RJ", "R", "E 679401 AGR / MG", "A", "I 747. 611- AgR / SP", "A", "I 712. 035- AgR / RJ", "A", "I 529. 105- AgR / CE", "A", "I 743. 094- AgR / RJ", "A", "I 590. 140- AgR / SP", "R", "E 414. 618- AgR / RN", "R", "E 520. 187- AgR / MG", "A", "I 747. 611- AgR / SP", "A", "I 657. 164- AgR / AM", "A", "I 648. 551- AgR / RS", "A", "I 469. 341- AgR / SP", "A", "I 690. 551- AgR / RJ", "R", "E 679401 AGR / MG", "S", "úm", "ula 280 do STF", "R", "E 679401 AGR / MG", "S", "úm", "ula 280 do STF", "R", "E 679401 AGR / MG", "S", "úm", "ula 636 do STF", "S", "úm", "ulas 279 e 454 do STF", "S", "úm", "ula 279 do STF", "R", "E 679401 AGR / MG", "S", "úm", "ula 636 do STF", "S", "úm", "ulas 279 e 454 do STF", "S", "úm", "ula 279 do STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 679. 401", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 679. 401" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. [UNK], XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO", "AR", "T. 93, IX, DA LEI MAIOR", "L", "EI 8. 666 / 1993", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 93, IX, da Constituição", "Lei Maior", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 93, IX, da Constituição", "Lei Maior", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. 326 e 327, § [UNK], do RISTF", "art. 543- A, § [UNK], do CPC", "Lei 11. 418 / 2006", "art. 93, IX, da Constituição", "CP", "C, art. 544, § § 3° e 4°", "inc", "iso", "s XXXV e LX do art. [UNK] e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 543- A, § [UNK], do CPC", "Lei 11. 418 / 2006", "art. 93, IX, da Constituição", "CP", "C, art. 544, § § 3° e 4°", "inc", "iso", "s XXXV e LX do art. [UNK]", "inc", "iso IX do art. 93 da Constituição Federal", "art. 93, IX, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], XXXV, da Constituição", "Lei 8. 666 / 1993", "Constituição", "Lei 8. 666 / 1993", "Lei 4. 504 / 1964", "Decreto 59. 566 / 1966", "Lei", "s Estaduais mineiras 4. 278 / 1966", "14", ".", "08", "4", "/", "2001", "Estatuto da Terra", "artigos 91, parágrafo único da Lei Federal [UNK] 4. 504 / 64", "art", "s. [UNK] e 81, § [UNK] do Decreto [UNK] 59. 566 / 66", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], XXXV, da Constituição", "Lei 8. 666 / 1993", "Constituição", "Lei 8. 666 / 1993", "Lei 4. 504 / 1964", "Decreto 59. 566 / 1966", "Lei", "s Estaduais mineiras 4. 278 / 1966", "14", ".", "08", "4", "/", "2001", "Estatuto da Terra", "artigos 91, parágrafo único da Lei Federal [UNK] 4. 504 / 64", "art", "s. [UNK] e 81, § [UNK] do Decreto [UNK] 59. 566 / 66", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK] da Lei Estadual [UNK] 4. 278", "artigo 8 parágrafo único da lei [UNK] 14. 084", "art", "s. 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI RECTE.(S) :ALVARO DANIEL ROBERTO ADV.(A/S) :WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCO RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. TRÁFICO DE DROGAS. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. CONDIÇÕES SUBJETIVAS. IRRELEVÂNCIA NO CASO. FALTA DE PROVAS. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. INVIABILIDADE DE ANÁLISE DE FATOS E PROVAS NA VIA DO HABEAS CORPUS. RECURSO DESPROVIDO. 1. Os fundamentos utilizados revelam-se idôneos para manter a segregação cautelar do recorrente, na linha de precedentes desta Corte. É que a decisão aponta de maneira concreta a necessidade de garantir a ordem pública, ante a periculosidade do agente (= integrante de uma quadrilha especializada em tráfico de drogas). 2. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a primariedade, a residência fixa e a ocupação lícita não possuem o condão de impedir a prisão cautelar, quando presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, como ocorre no caso. 3. Recurso ordinário desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo recorrente, o Dr. Wagner Paulo da Costa Francisco. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087366. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RHC 117695 / SP Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087366. Supremo Tribunal Federal RHC 117695 / SP Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087366. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI RECTE.(S) :ALVARO DANIEL ROBERTO ADV.(A/S) :WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCO RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de medida liminar, interposto contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça nos autos do HC 166.359/SP, com a seguinte ementa: “(…) 3. O fato de estar inserido no rol dos delitos hediondos ou equiparados não basta para a imposição da constrição cautelar, por ser necessária a existência de circunstâncias que demonstrem a indispensabilidade da adoção desta medida excepcional. 4. As Turmas componentes da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça já cristalizaram o entendimento de inexistir constrangimento ilegal quando a prisão, suficientemente fundamentada, retratar a necessidade da medida, na forma do art. 312 do Código de Processo Penal. 5. No caso concreto, a participação da paciente em organização criminosa, voltada para o tráfico de entorpecente, evidencia a dedicação aos delitos da espécie, alicerce suficiente para a motivação da garantia da ordem pública. 6. O habeas corpus não comporta o exame de questões que, para seu deslinde, demandem aprofundado exame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é peculiar ao processo de conhecimento. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087367. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI RECTE.(S) :ALVARO DANIEL ROBERTO ADV.(A/S) :WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCO RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de medida liminar, interposto contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça nos autos do HC 166.359/SP, com a seguinte ementa: “(…) 3. O fato de estar inserido no rol dos delitos hediondos ou equiparados não basta para a imposição da constrição cautelar, por ser necessária a existência de circunstâncias que demonstrem a indispensabilidade da adoção desta medida excepcional. 4. As Turmas componentes da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça já cristalizaram o entendimento de inexistir constrangimento ilegal quando a prisão, suficientemente fundamentada, retratar a necessidade da medida, na forma do art. 312 do Código de Processo Penal. 5. No caso concreto, a participação da paciente em organização criminosa, voltada para o tráfico de entorpecente, evidencia a dedicação aos delitos da espécie, alicerce suficiente para a motivação da garantia da ordem pública. 6. O habeas corpus não comporta o exame de questões que, para seu deslinde, demandem aprofundado exame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é peculiar ao processo de conhecimento. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087367. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RHC 117695 / SP 7. Habeas corpus não conhecido, por ser substitutivo do recurso cabível.” Sustenta o recorrente, em síntese, que (a) foi denunciado como incurso nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006; (b) a prisão preventiva foi decretada para salvaguardar a ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal e para conveniência da instrução criminal; (c) o Tribunal local conheceu em parte do habeas corpus e, nesse parte, denegou a ordem, ao argumento de que a medida cautelar está devidamente fundamentada; (d) o STJ manteve a custódia cautelar pelos mesmos fundamentos; (e) a gravidade abstrata do delito não é fundamento idôneo para a manutenção da custódia; (f) não estão presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva (art. 312 do CPP); (g) o recorrente possui ocupação lícita; (h) não há provas da participação do recorrente no evento criminoso. Requer a concessão da ordem, para que seja posto em liberdade até o trânsito em julgado da ação penal (0009895- 50.2009.8.26.04.28). O pedido de liminar foi indeferido. Em parecer, a Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo desprovimento do recurso. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087367. Supremo Tribunal Federal RHC 117695 / SP 7. Habeas corpus não conhecido, por ser substitutivo do recurso cabível.” Sustenta o recorrente, em síntese, que (a) foi denunciado como incurso nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006; (b) a prisão preventiva foi decretada para salvaguardar a ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal e para conveniência da instrução criminal; (c) o Tribunal local conheceu em parte do habeas corpus e, nesse parte, denegou a ordem, ao argumento de que a medida cautelar está devidamente fundamentada; (d) o STJ manteve a custódia cautelar pelos mesmos fundamentos; (e) a gravidade abstrata do delito não é fundamento idôneo para a manutenção da custódia; (f) não estão presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva (art. 312 do CPP); (g) o recorrente possui ocupação lícita; (h) não há provas da participação do recorrente no evento criminoso. Requer a concessão da ordem, para que seja posto em liberdade até o trânsito em julgado da ação penal (0009895- 50.2009.8.26.04.28). O pedido de liminar foi indeferido. Em parecer, a Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo desprovimento do recurso. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087367. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Após a interposição do presente recurso, o recorrente foi condenado à pena de 05 anos e 10 meses de reclusão pela prática do delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006) e a 03 anos e 06 meses de reclusão pelo delito de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei 11.343/2006), a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Desse modo, não cabe a esta Corte, em sede de habeas corpus, verificar se há, ou não, provas suficientes que demonstrem a participação do paciente nas atividades criminosas que lhe foram imputadas. Como ressaltado pela Procuradoria-Geral da República, “cuida-se de questão a ser discutida em sede de apelação, uma vez que, para concluir em sentido diverso do estabelecido na sentença, há necessidade de revolvimento do acervo fático- probatório”. 2. Por considerar presentes os requisitos da custódia cautelar, a sentença condenatória manteve sua prisão preventiva. Não houve, assim, segundo a jurisprudência desta Corte, a perda do objeto da presente impetração ( v.g.: HC 113.185/SP, 2ª T, Min. Cármen Lúcia , julgamento em 04/12/2012). Pois bem. Ao contrário do alegado, a ordem de segregação está devidamente fundamentada, de acordo com os pressupostos e os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. A propósito, o registro do STJ: “In casu, o Magistrado singular consignou que a segregação cautelar do paciente, juntamente com outros 17 (dezessete) corréus, mantida pelo acórdão hostilizado, encontra justificativa na garantia da ordem pública, na conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal, considerada a sua participação em organização criminosa, apurada em minuciosa investigação policial, inclusive com interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que concluiu Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087368. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Após a interposição do presente recurso, o recorrente foi condenado à pena de 05 anos e 10 meses de reclusão pela prática do delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006) e a 03 anos e 06 meses de reclusão pelo delito de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei 11.343/2006), a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Desse modo, não cabe a esta Corte, em sede de habeas corpus, verificar se há, ou não, provas suficientes que demonstrem a participação do paciente nas atividades criminosas que lhe foram imputadas. Como ressaltado pela Procuradoria-Geral da República, “cuida-se de questão a ser discutida em sede de apelação, uma vez que, para concluir em sentido diverso do estabelecido na sentença, há necessidade de revolvimento do acervo fático- probatório”. 2. Por considerar presentes os requisitos da custódia cautelar, a sentença condenatória manteve sua prisão preventiva. Não houve, assim, segundo a jurisprudência desta Corte, a perda do objeto da presente impetração ( v.g.: HC 113.185/SP, 2ª T, Min. Cármen Lúcia , julgamento em 04/12/2012). Pois bem. Ao contrário do alegado, a ordem de segregação está devidamente fundamentada, de acordo com os pressupostos e os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. A propósito, o registro do STJ: “In casu, o Magistrado singular consignou que a segregação cautelar do paciente, juntamente com outros 17 (dezessete) corréus, mantida pelo acórdão hostilizado, encontra justificativa na garantia da ordem pública, na conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal, considerada a sua participação em organização criminosa, apurada em minuciosa investigação policial, inclusive com interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que concluiu Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087368. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI RHC 117695 / SP que ele era um dos chefes da quadrilha, e que tinha por função manter contatos com os fornecedores e determinar a cobrança dos pagamentos atrasados, evidenciando, então, a dedicação às atividades do gênero, como extrai-se do seguinte trecho (fls. 76): ‘Com efeito, conforme se verifica nas informações prestadas pelos investigadores da DISE, os denunciados são membros de uma importante organização criminosa destinada à prática de tráfico de entorpecentes na região de Campinas. A quantidade de entorpecente apreendido (aproximadamente 35 quilos de cocaína), a forma de acondicionamento da droga, o número de pessoas e a quantidade de dinheiro envolvido (o que se depreende das interceptações telefônicas) revela a alta periculosidade dos membros dessa organização, razão pela qual se mostra necessária a decretação da prisão preventiva, para a manutenção da ordem público. Além disso, a capacidade econômica revelada pela quadrilha (o que também se depreende dos valores envolvidos nas negociações interceptadas) torna temerária a liberdade de qualquer dos seus membros, que poderão facilmente se furtar da aplicação da lei penal (mormente porque muitos denunciados não residem neste município). Outrossim, não se pode olvidar da capacidade de intimidação de testemunhas ostentada por membros de organizações voltadas para o tráfico de entorpecentes, de modo que, por tal razão, a prisão dos denunciados é também necessária para a conveniência da instrução criminal. A segregação questionada está, assim, devidamente fundamentada, observada em fatos que torna patente a periculosidade do agente.” Vê-se, portanto, que o decreto preventivo apontou de maneira concreta as circunstâncias do caso, destacando a existência de indícios de que o recorrente seja integrante de uma quadrilha especializada em 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087368. Supremo Tribunal Federal RHC 117695 / SP que ele era um dos chefes da quadrilha, e que tinha por função manter contatos com os fornecedores e determinar a cobrança dos pagamentos atrasados, evidenciando, então, a dedicação às atividades do gênero, como extrai-se do seguinte trecho (fls. 76): ‘Com efeito, conforme se verifica nas informações prestadas pelos investigadores da DISE, os denunciados são membros de uma importante organização criminosa destinada à prática de tráfico de entorpecentes na região de Campinas. A quantidade de entorpecente apreendido (aproximadamente 35 quilos de cocaína), a forma de acondicionamento da droga, o número de pessoas e a quantidade de dinheiro envolvido (o que se depreende das interceptações telefônicas) revela a alta periculosidade dos membros dessa organização, razão pela qual se mostra necessária a decretação da prisão preventiva, para a manutenção da ordem público. Além disso, a capacidade econômica revelada pela quadrilha (o que também se depreende dos valores envolvidos nas negociações interceptadas) torna temerária a liberdade de qualquer dos seus membros, que poderão facilmente se furtar da aplicação da lei penal (mormente porque muitos denunciados não residem neste município). Outrossim, não se pode olvidar da capacidade de intimidação de testemunhas ostentada por membros de organizações voltadas para o tráfico de entorpecentes, de modo que, por tal razão, a prisão dos denunciados é também necessária para a conveniência da instrução criminal. A segregação questionada está, assim, devidamente fundamentada, observada em fatos que torna patente a periculosidade do agente.” Vê-se, portanto, que o decreto preventivo apontou de maneira concreta as circunstâncias do caso, destacando a existência de indícios de que o recorrente seja integrante de uma quadrilha especializada em 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087368. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI RHC 117695 / SP tráfico de entorpecentes, sendo um dos comandantes da organização e o responsável por manter contato com os fornecedores e determinar a cobrança dos devedores. Nesse contexto, justificada está, na linha de precedentes desta Corte, a decisão que manteve a segregação cautelar com vistas a resguardar a ordem pública, ante a periculosidade do agente (=comandante de uma quadrilha especializada em tráfico de entorpecentes). Sobre esse aspecto, esta Corte já decidiu que “a existência de organização criminosa impõe a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de seus integrantes como garantia da ordem pública, constituindo fundamentação cautelar idônea e suficiente para a prisão preventiva” (HC 95.024/SP, Relator(a): Min. CARMEN LUCIA, Primeira Turma, DJe de 20.02.2009). No mesmo sentido: HC 101300, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe de 18-11-2010; HC 94108, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe de 19-12-2008; HC 110848, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 10-05- 2012; HC 110888, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 23-02-2012; HC 117090, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 04-09-2013). 3. Por fim, é da jurisprudência desta Corte o entendimento de que a primariedade, a residência fixa e a ocupação lícita não possuem o condão, por si sós, de impedir a prisão provisória, quando presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, como ocorre no caso (v.g.: RHC 119454, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 19- 11-2013; HC 115602, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 11-04-2013; HC 98113, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 12-03-2010; HC 110121, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 01-08-2012; HC 110848, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 10-05-2012; HC 95704, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Primeira Turma, DJe de 20- 02-2009; entre outros). 4. Pelo exposto, nego provimento ao recurso. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087368. Supremo Tribunal Federal RHC 117695 / SP tráfico de entorpecentes, sendo um dos comandantes da organização e o responsável por manter contato com os fornecedores e determinar a cobrança dos devedores. Nesse contexto, justificada está, na linha de precedentes desta Corte, a decisão que manteve a segregação cautelar com vistas a resguardar a ordem pública, ante a periculosidade do agente (=comandante de uma quadrilha especializada em tráfico de entorpecentes). Sobre esse aspecto, esta Corte já decidiu que “a existência de organização criminosa impõe a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de seus integrantes como garantia da ordem pública, constituindo fundamentação cautelar idônea e suficiente para a prisão preventiva” (HC 95.024/SP, Relator(a): Min. CARMEN LUCIA, Primeira Turma, DJe de 20.02.2009). No mesmo sentido: HC 101300, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe de 18-11-2010; HC 94108, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe de 19-12-2008; HC 110848, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 10-05- 2012; HC 110888, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 23-02-2012; HC 117090, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 04-09-2013). 3. Por fim, é da jurisprudência desta Corte o entendimento de que a primariedade, a residência fixa e a ocupação lícita não possuem o condão, por si sós, de impedir a prisão provisória, quando presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, como ocorre no caso (v.g.: RHC 119454, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 19- 11-2013; HC 115602, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 11-04-2013; HC 98113, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 12-03-2010; HC 110121, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 01-08-2012; HC 110848, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 10-05-2012; HC 95704, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Primeira Turma, DJe de 20- 02-2009; entre outros). 4. Pelo exposto, nego provimento ao recurso. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087368. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 17/12/2013 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Acompanho, integralmente, o voto proferido pelo eminente Relator. Em consequência, nego provimento ao presente recurso ordinário. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5560913. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Acompanho, integralmente, o voto proferido pelo eminente Relator. Em consequência, nego provimento ao presente recurso ordinário. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5560913. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI RECTE.(S) : ALVARO DANIEL ROBERTO ADV.(A/S) : WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCO RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo recorrente, o Dr. Wagner Paulo da Costa Francisco. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089350 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.695 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI RECTE.(S) : ALVARO DANIEL ROBERTO ADV.(A/S) : WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCO RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo recorrente, o Dr. Wagner Paulo da Costa Francisco. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089350 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5579356
2013-12-17T00:00:00
2014-04-03T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo recorrente, o Dr. Wagner Paulo da Costa Francisco. 2ª Turma, 17.12.2013.
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
Ementa: PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. TRÁFICO DE DROGAS. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. CONDIÇÕES SUBJETIVAS. IRRELEVÂNCIA NO CASO. FALTA DE PROVAS. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. INVIABILIDADE DE ANÁLISE DE FATOS E PROVAS NA VIA DO HABEAS CORPUS. RECURSO DESPROVIDO. 1. Os fundamentos utilizados revelam-se idôneos para manter a segregação cautelar do recorrente, na linha de precedentes desta Corte. É que a decisão aponta de maneira concreta a necessidade de garantir a ordem pública, ante a periculosidade do agente (= integrante de uma quadrilha especializada em tráfico de drogas). 2. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a primariedade, a residência fixa e a ocupação lícita não possuem o condão de impedir a prisão cautelar, quando presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, como ocorre no caso. 3. Recurso ordinário desprovido.
sjur259792
- Acórdão(s) citado(s): (PERDA DE OBJETO, INOCORRÊNCIA) HC 113185 (2ªT). (PREVENTIVA IDÔNEA, ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA) HC 94108 (2ªT), HC 95024 (1ªT), HC 101300 (2ªT), HC 110848 (1ªT), HC 110888 (2ªT), HC 117090 (2ªT). (PRIMARIEDADE, OCUPAÇÃO LÍCITA) HC 95704 (1ªT), HC 98113 (2ªT), HC 110121 (1ªT), HC 110848 (1ªT), HC 115602 (2ªT), RHC 119454 (2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 09/04/2014, BRU.
TEORI ZAVASCKI
Segunda Turma
117695
[ "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\n ART-00033\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\n\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00312\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL" ]
RHC
acordaos
RHC 117695
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RECTE.(S) : ALVARO DANIEL ROBERTO ADV.(A/S) : WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCO RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 695", "R", "HC 117695 / SP", "R", "HC 117695 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 695", "H", "C 166. 359 / SP", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 695 SÃO PAULO", "H", "C 166. 359 / SP", "R", "HC 117695 / SP", "000", "98", "95", "-", "50", ".", "2009", ".", "8", ".", "26", ".", "04", ".", "28", "R", "HC 117695 / SP", "000", "98", "95", "-", "50", ".", "2009", ".", "8", ".", "26", ".", "04", ".", "28", "R", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 695", "H", "C 113. 185 / SP", "R", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 117. 695", "H", "C 113. 185 / SP", "R", "HC 117695 / SP", "R", "HC 117695 / SP", "R", "HC 117695 / SP", "H", "C 95. 024", "/", "SP", "H", "C 101300", "H", "C 94108", "H", "C 110848", "H", "C 110888", "H", "C 117090", "R", "HC 119454", "H", "C 115602", "H", "C 98113", "H", "C 110121", "H", "C 110848", "H", "C 95704", "R", "HC 117695 / SP", "H", "C 95. 024 / SP", "H", "C 101300", "H", "C 94108", "H", "C 110848", "H", "C 110888", "H", "C 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 720.400 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SYLVIA DELEGA DIAS ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :OS MESMOS EMENTA: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. PARCELA DENOMINADA “DIÁRIA DE ASILADO” COMPONENTE DOS PROVENTOS À ÉPOCA DO ÓBITO. DIREITO À PERCEPÇÃO PELO PENSIONISTA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Cármen Lúcia - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126511. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 720.400 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SYLVIA DELEGA DIAS ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :OS MESMOS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de janeiro de 2013, dei provimento ao recurso extraordinário interposto por Sylvia Delega Dias contra julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que concluíra pela impossibilidade de pensionista de militar receber a parcela denominada “Diária de Asilado”, nas situações em que esta compunha os proventos à época do falecimento do beneficiário. A decisão agravada fundamentou-se na desarmonia do acórdão recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 140- 144). 2. Juntada a intimação dessa decisão em 18.2.2013 (fl. 145), interpõe a União, em 28.2.2013, tempestivamente, agravo regimental (fls. 153-162). 3. Sustenta a Agravante que “a parcela denominada Diária de Asilado (posteriormente transformada em Auxílio-Invalidez) não pode ser considerada como integrante dos vencimentos ou proventos, por se tratar de benefício de caráter indenizatório, ou seja, personalíssimo, uma vez que concedida tão somente aos ex-militares nas condições especiais estabelecidas em lei” (fl. 157). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126512. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 720.400 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SYLVIA DELEGA DIAS ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :OS MESMOS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de janeiro de 2013, dei provimento ao recurso extraordinário interposto por Sylvia Delega Dias contra julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que concluíra pela impossibilidade de pensionista de militar receber a parcela denominada “Diária de Asilado”, nas situações em que esta compunha os proventos à época do falecimento do beneficiário. A decisão agravada fundamentou-se na desarmonia do acórdão recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 140- 144). 2. Juntada a intimação dessa decisão em 18.2.2013 (fl. 145), interpõe a União, em 28.2.2013, tempestivamente, agravo regimental (fls. 153-162). 3. Sustenta a Agravante que “a parcela denominada Diária de Asilado (posteriormente transformada em Auxílio-Invalidez) não pode ser considerada como integrante dos vencimentos ou proventos, por se tratar de benefício de caráter indenizatório, ou seja, personalíssimo, uma vez que concedida tão somente aos ex-militares nas condições especiais estabelecidas em lei” (fl. 157). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126512. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório RE 720400 AGR-SEGUNDO / RJ Alega a impossibilidade de cumulação de pensão especial de ex- combatente com proventos de militar reformado. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126512. Supremo Tribunal Federal RE 720400 AGR-SEGUNDO / RJ Alega a impossibilidade de cumulação de pensão especial de ex- combatente com proventos de militar reformado. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126512. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 720.400 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como assentado na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal reconhecer o direito de pensionistas de militar à percepção da parcela denominada “Diária de Asilado”, nas situações em que esta compunha os proventos à época do falecimento do beneficiário. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSIONISTA. AUTO- APLICABILIDADE DO § 5º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (REDAÇÃO ORIGINÁRIA). ACÓRDÃO RECORRIDO CALÇADO EM PREMISSA AFASTADA PELA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A adoção explícita, pela instância judicante de origem, de tese afastada pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal evidencia o debate da matéria constitucional deduzida no extraordinário. 2. De mais a mais, o reexame do acervo probatório dos autos, no caso, é desnecessário, dado que o provimento do apelo extremo se deu nos limites da moldura fática delineada pelo acórdão recorrido. 3. Agravo regimental desprovido” (RE 506.621-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 20.3.2012). No voto condutor desse julgado tem-se que: “Tenho que a insurgência não merece acolhida. No caso, a instância judicante de origem apreciou a controvérsia em acórdão assim fundamentado, na parte que interessa ao deslinde da causa (fls. 143/144): Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126513. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 720.400 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como assentado na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal reconhecer o direito de pensionistas de militar à percepção da parcela denominada “Diária de Asilado”, nas situações em que esta compunha os proventos à época do falecimento do beneficiário. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSIONISTA. AUTO- APLICABILIDADE DO § 5º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (REDAÇÃO ORIGINÁRIA). ACÓRDÃO RECORRIDO CALÇADO EM PREMISSA AFASTADA PELA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A adoção explícita, pela instância judicante de origem, de tese afastada pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal evidencia o debate da matéria constitucional deduzida no extraordinário. 2. De mais a mais, o reexame do acervo probatório dos autos, no caso, é desnecessário, dado que o provimento do apelo extremo se deu nos limites da moldura fática delineada pelo acórdão recorrido. 3. Agravo regimental desprovido” (RE 506.621-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 20.3.2012). No voto condutor desse julgado tem-se que: “Tenho que a insurgência não merece acolhida. No caso, a instância judicante de origem apreciou a controvérsia em acórdão assim fundamentado, na parte que interessa ao deslinde da causa (fls. 143/144): Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126513. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 720400 AGR-SEGUNDO / RJ ‘Portanto, o fato do ex-militar receber a 'Diária de Asilado' não garantia que sua esposa a receberia após o seu falecimento, tendo em vista que este benefício teria natureza de verba indenizatória, detendo um caráter personalíssimo, pois era concedido, tão-somente, aos ex-militares nas condições especiais estabelecidas nos artigos 148 e 149, da Lei nº 4.328/64, podendo, inclusive, ser cancelado no caso de reversão da enfermidade. No entanto, a viúva teria direito à respectiva verba, apenas, nos casos previstos nos artigos 149 e 153, da Lei nº 4.328/64, em condições excepcionalíssimas, conforme foi determinado pelos artigos 163 e 164 da Lei nº 5.787/72. Na hipótese do artigo 148, do mesmo diploma legal, não houve previsão de se resguardar o direito da viúva em receber este benefício em qualquer hipótese. No caso em tela, o casamento (fl. 08) foi posterior à data mencionada na legislação.’ 6. Muito bem. Entendo que não se poderia dar solução diversa ao processo. Isso porque o Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu de forma diametralmente oposta à jurisprudência que se firmou no Supremo Tribunal Federal, ao concluir pela prevalência da legislação infraconstitucional em face do contido em regra constitucional, negando às pensionistas de militares o recebimento da parcela intitulada “Diária de Asilado”, mesmo reconhecendo que tal parcela compunha os proventos, à época do falecimento dos militares. 7. Com efeito, esta nossa Casa de Justiça, ao julgar o MI 211, relator para o acórdão o ministro Marco Aurélio, decidiu que o § 5º do art. 40 do Magno Texto, cuja redação originária estatuía que ‘o benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido’, é norma auto- aplicável. 8. É dizer: na data da promulgação da Constituição Federal 1988, todos os pensionistas adquiriram o direito de receber o benefício à base de 100% dos vencimentos ou proventos do servidor falecido. 9. Confiram-se, a propósito, os REs 162.091, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 462.051, da minha relatoria; 504.271, da relatoria do ministro Eros Grau; 550.042, da relatoria do ministro Menezes Direito; 552.670-AgR, da relatoria do ministro Gilmar 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126513. Supremo Tribunal Federal RE 720400 AGR-SEGUNDO / RJ ‘Portanto, o fato do ex-militar receber a 'Diária de Asilado' não garantia que sua esposa a receberia após o seu falecimento, tendo em vista que este benefício teria natureza de verba indenizatória, detendo um caráter personalíssimo, pois era concedido, tão-somente, aos ex-militares nas condições especiais estabelecidas nos artigos 148 e 149, da Lei nº 4.328/64, podendo, inclusive, ser cancelado no caso de reversão da enfermidade. No entanto, a viúva teria direito à respectiva verba, apenas, nos casos previstos nos artigos 149 e 153, da Lei nº 4.328/64, em condições excepcionalíssimas, conforme foi determinado pelos artigos 163 e 164 da Lei nº 5.787/72. Na hipótese do artigo 148, do mesmo diploma legal, não houve previsão de se resguardar o direito da viúva em receber este benefício em qualquer hipótese. No caso em tela, o casamento (fl. 08) foi posterior à data mencionada na legislação.’ 6. Muito bem. Entendo que não se poderia dar solução diversa ao processo. Isso porque o Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu de forma diametralmente oposta à jurisprudência que se firmou no Supremo Tribunal Federal, ao concluir pela prevalência da legislação infraconstitucional em face do contido em regra constitucional, negando às pensionistas de militares o recebimento da parcela intitulada “Diária de Asilado”, mesmo reconhecendo que tal parcela compunha os proventos, à época do falecimento dos militares. 7. Com efeito, esta nossa Casa de Justiça, ao julgar o MI 211, relator para o acórdão o ministro Marco Aurélio, decidiu que o § 5º do art. 40 do Magno Texto, cuja redação originária estatuía que ‘o benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido’, é norma auto- aplicável. 8. É dizer: na data da promulgação da Constituição Federal 1988, todos os pensionistas adquiriram o direito de receber o benefício à base de 100% dos vencimentos ou proventos do servidor falecido. 9. Confiram-se, a propósito, os REs 162.091, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 462.051, da minha relatoria; 504.271, da relatoria do ministro Eros Grau; 550.042, da relatoria do ministro Menezes Direito; 552.670-AgR, da relatoria do ministro Gilmar 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126513. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 720400 AGR-SEGUNDO / RJ Mendes; e 563.187, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 10. Esse entendimento tem sido reafirmado no julgamento das causas alusivas a parcela denominada “Diária de Asilado”. Cito, a título de exemplo, os REs 605.662 e 608.803, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e AI 656.509, da relatoria do ministro do Dias Toffoli. 11. Nesta contextura, a adoção explícita, pela instância judicanate de origem, de tese afastada pela jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal evidencia o debate da matéria constitucional deduzida no extraordinário. Pelo que não há falar em ausência de prequestionamento ou afronta indireta ao Magno Texto. 12. De mais a mais, o reexame do acervo probatório dos autos é desnecessário, dado que o provimento do apelo extremo se deu nos limites da moldura fática delineada pelo acórdão recorrido. 13. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo Regimental”. 3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126513. Supremo Tribunal Federal RE 720400 AGR-SEGUNDO / RJ Mendes; e 563.187, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 10. Esse entendimento tem sido reafirmado no julgamento das causas alusivas a parcela denominada “Diária de Asilado”. Cito, a título de exemplo, os REs 605.662 e 608.803, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e AI 656.509, da relatoria do ministro do Dias Toffoli. 11. Nesta contextura, a adoção explícita, pela instância judicanate de origem, de tese afastada pela jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal evidencia o debate da matéria constitucional deduzida no extraordinário. Pelo que não há falar em ausência de prequestionamento ou afronta indireta ao Magno Texto. 12. De mais a mais, o reexame do acervo probatório dos autos é desnecessário, dado que o provimento do apelo extremo se deu nos limites da moldura fática delineada pelo acórdão recorrido. 13. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo Regimental”. 3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126513. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 720.400 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : SYLVIA DELEGA DIAS ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089410 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 720.400 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : SYLVIA DELEGA DIAS ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089410 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5227138
2013-12-17T00:00:00
2014-02-06T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. PARCELA DENOMINADA “DIÁRIA DE ASILADO” COMPONENTE DOS PROVENTOS À ÉPOCA DO ÓBITO. DIREITO À PERCEPÇÃO PELO PENSIONISTA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur253859
- Acórdão(s) citado(s): (DIÁRIA DE ASILADO) RE 506621 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 10/02/2014, MAR.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
720400
null
RE-AgR-segundo
acordaos
RE 720400 AgR-segundo
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AGTE.(S) : SYLVIA DELEGA DIAS ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : OS MESMOS
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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.833 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) :SULMED ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA ADV.(A/S) :DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DO TEMA RECONHECIDA NO RE 597.064 RG, REL. MIN. GILMAR MENDES, DJE DE 29/03/2011. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM, PARA APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS INFRINGENTES. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em afastar o sobrestamento e acolher os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o acórdão de fls. 543/548 e a decisão de fls. 506, determinando a devolução dos autos à origem, para os fins do art. 543-B do CPC, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087201. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Ementa e Acórdão AI 695833 AGR-ED / RJ Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087201. Supremo Tribunal Federal AI 695833 AGR-ED / RJ Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.833 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) :SULMED ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA ADV.(A/S) :DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão cuja ementa é a seguinte: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento. Sustenta a embargante, em suma, que (a) o acórdão embargado “deixou de considerar os argumentos dispostos na peça vestibular, bem como as razões aduzidas no recurso de apelação e as razões do recurso extraordinário” (fl. 567); (b) “não existe decisão de mérito proferida por essa Suprema Corte em favor da constitucionalidade do artigo 32 da Lei n. 9.656/98 nos autos da ADIn 1931-8” (fl. 567). Intimada a se manifestar, a parte embargada alega que a embagante não logrou êxito “em apontar omissão, contradição, obscuridade ou erro material no julgado embargado” (fl. 600). É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087202. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.833 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) :SULMED ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA ADV.(A/S) :DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão cuja ementa é a seguinte: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento. Sustenta a embargante, em suma, que (a) o acórdão embargado “deixou de considerar os argumentos dispostos na peça vestibular, bem como as razões aduzidas no recurso de apelação e as razões do recurso extraordinário” (fl. 567); (b) “não existe decisão de mérito proferida por essa Suprema Corte em favor da constitucionalidade do artigo 32 da Lei n. 9.656/98 nos autos da ADIn 1931-8” (fl. 567). Intimada a se manifestar, a parte embargada alega que a embagante não logrou êxito “em apontar omissão, contradição, obscuridade ou erro material no julgado embargado” (fl. 600). É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087202. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.833 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Os embargos de declaração merecem ser acolhidos, com efeitos infringentes. Isso porque as discussões acerca do ressarcimento ao Sistema Único de Saúde das despesas com atendimento a beneficiários de planos de saúde privada e da constitucionalidade do art. 32 da Lei 9.656/98 tiveram a repercussão geral reconhecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no RE 597.064 RG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 29/03/2011. 2. No que toca aos embargos de declaração que impugnam acórdãos proferidos em processos cuja repercussão geral do tema versado já foi reconhecida por este Supremo Tribunal Federal, a Segunda Turma desta Corte, ao apreciar os AI 584.615-AgR-ED / RJ (Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 06/09/2011); AI 360.461-AgR-ED / MG (Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 10/06/2011); e RE 598.182-AgR-ED-ED-ED / MG (Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 18/08/2011), decidiu pela anulação dos acórdãos embargados para determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem (art. 543-B, CPC). 3. Frise-se que tal entendimento aplica-se inclusive para acórdãos cuja publicação é anterior a 03 de maio de 2007, data da entrada em vigor da Emenda Regimental nº 21/07 ao RISTF, que estabeleceu as normas necessárias à execução das disposições legais e constitucionais sobre o novo instituto (QO-AI 664.567, Min. Sepúlveda Pertence). Nesse sentido: RE 540.410-QO, Rel. Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 20/08/2008, DJe de 17/10/2008. 4. Diante do exposto, afasto o sobrestamento de fls. 587 e acolho os Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087203. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.833 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Os embargos de declaração merecem ser acolhidos, com efeitos infringentes. Isso porque as discussões acerca do ressarcimento ao Sistema Único de Saúde das despesas com atendimento a beneficiários de planos de saúde privada e da constitucionalidade do art. 32 da Lei 9.656/98 tiveram a repercussão geral reconhecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no RE 597.064 RG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 29/03/2011. 2. No que toca aos embargos de declaração que impugnam acórdãos proferidos em processos cuja repercussão geral do tema versado já foi reconhecida por este Supremo Tribunal Federal, a Segunda Turma desta Corte, ao apreciar os AI 584.615-AgR-ED / RJ (Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 06/09/2011); AI 360.461-AgR-ED / MG (Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 10/06/2011); e RE 598.182-AgR-ED-ED-ED / MG (Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 18/08/2011), decidiu pela anulação dos acórdãos embargados para determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem (art. 543-B, CPC). 3. Frise-se que tal entendimento aplica-se inclusive para acórdãos cuja publicação é anterior a 03 de maio de 2007, data da entrada em vigor da Emenda Regimental nº 21/07 ao RISTF, que estabeleceu as normas necessárias à execução das disposições legais e constitucionais sobre o novo instituto (QO-AI 664.567, Min. Sepúlveda Pertence). Nesse sentido: RE 540.410-QO, Rel. Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 20/08/2008, DJe de 17/10/2008. 4. Diante do exposto, afasto o sobrestamento de fls. 587 e acolho os Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087203. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI AI 695833 AGR-ED / RJ embargos de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o acórdão de fls. 543/548 e a decisão de fls. 506, determinando a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087203. Supremo Tribunal Federal AI 695833 AGR-ED / RJ embargos de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o acórdão de fls. 543/548 e a decisão de fls. 506, determinando a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087203. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.833 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) : SULMED ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA ADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por votação unânime, afastado o sobrestamento, acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o acórdão de fls. 543/548 e a decisão de fls. 506, e determinou a devolução dos autos à origem, para os fins do art. 543-B do CPC, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089400 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.833 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI EMBTE.(S) : SULMED ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA ADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por votação unânime, afastado o sobrestamento, acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o acórdão de fls. 543/548 e a decisão de fls. 506, e determinou a devolução dos autos à origem, para os fins do art. 543-B do CPC, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089400 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5253763
2013-12-17T00:00:00
2014-02-11T00:00:00
A Turma, por votação unânime, afastado o sobrestamento, acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o acórdão de fls. 543/548 e a decisão de fls. 506, e determinou a devolução dos autos à origem, para os fins do art. 543-B do CPC, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013.
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DO TEMA RECONHECIDA NO RE 597.064 RG, REL. MIN. GILMAR MENDES, DJE DE 29/03/2011. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM, PARA APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS INFRINGENTES.
sjur254331
- Acórdão(s) citado(s): (RESSARSIMENTO, SUS) RE 597064 RG. (RECONHECIMENTO DE REPERCUSSÃO GERAL, DEVOLUÇÃO DOS AUTOS) AI 584615 AgR-ED (2ªT), AI 360461 AgR-ED (2ªT), AI 664567 QO (TP), RE 540410 QO (TP), RE 598182 AgR-ED-ED-ED (2ªT). Número de páginas: 6. Análise: 13/02/2014, MAR.
TEORI ZAVASCKI
Segunda Turma
695833
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\n ART-0543B\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n", "LEG-FED LEI-009656 ANO-1998\n ART-00032\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR-ED
acordaos
AI 695833 AgR-ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : SULMED ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA ADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "E 597. 064 RG", "A", "I 695833", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "RJ", "A", "I 695833", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "RJ", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 695. 833", "A", "DI n. 1. 931- MC", "A", "DI", "n 1931- 8", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 695. 833", "A", "DI n. 1. 931- MC", "A", "DI", "n 1931- 8", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 695. 833", "R", "E 597. 064 RG", "A", "I 584. 615- AgR- ED / RJ", "A", "I 360. 461- AgR- ED / MG", "R", "E 598. 182- AgR- ED- ED- ED / MG", "Q", "O", "-", "A", "I 664. 567", "R", "E 540. 410- QO", "R", "E 597. 064 RG", "A", "I 584. 615- AgR- ED / RJ", "A", "I 360. 461- AgR- ED / MG", "R", "E 598. 182- AgR- ED- ED- ED / MG", "Q", "O", "-", "A", "I 664. 567", "R", "E 540. 410- QO", "A", "I", "A", "G", "R", "-", "E", "D", "/", "RJ", "A", "I 695833 AGR- ED / RJ", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 695. 833", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 695. 833" ], "LEGISLACAO": [ "art. 543- B do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "TI", "GO 32 DA LEI N. 9. 656 / 98", "Lei n. 9. 656 / 98", "artigo 32 da Lei n. 9. 656 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "TI", "GO 32 DA LEI N. 9. 656 / 98", "Lei n. 9. 656 / 98", "artigo 32 da Lei n. 9. 656 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 32 da Lei 9. 656 / 98", "art. 543- B, CPC", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 32 da Lei 9. 656 / 98", "art. 543- B, CPC", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 543- B do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 543- B do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 543- B do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 543- B do CPC", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO DE JANEIRO", "Brasília", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "UL", "ME", "D ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA", "A", "G", "Ê", "N", "CI", "A NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR", "AN", "S", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "UL", "ME", "D ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA", "A", "G", "Ê", "N", "CI", "A NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR", "AN", "S", "Supremo Tribunal Federal", "S", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "UL", "ME", "D ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA", "A", "G", "Ê", "N", "CI", "A NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR", "AN", "S", "Supremo Tribunal Federal", "S", "US", "Suprema Corte", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Sistema Único de Saúde", "Ple", "nário do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "R", "IS", "T", "F", "Tribunal Pleno", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Sistema Único de Saúde", "Ple", "nário do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "R", "IS", "T", "F", "Tribunal Pleno", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "S", "UL", "D", "A", "G", "Ê", "N", "CI", "A NACIONAL DE SAÚDE SU", "AN", "S", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas 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"2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "28", ".", "5", ".", "04", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "29", "/", "03", "/", "2011", "06", "/", "09", "/", "2011", "10", "/", "06", "/", "2011", "18", "/", "08", "/", "2011", "03 de maio de 2007", "20", "/", "08", "/", "2008", "17", "/", "10", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "29", "/", "03", "/", "2011", "06", "/", "09", "/", "2011", "10", "/", "06", "/", "2011", "18", "/", "08", "/", "2011", "03 de maio de 2007", "20", "/", "08", "/", "2008", "17", "/", "10", "/", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.311 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :CARLOS IVAN NUNES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :PEDRO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CAIXA DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA - CAPAF ADV.(A/S) :SÉRGIO ROBERTO RONCADOR EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdência privada. Revisão de benefício. Reexame de fatos e provas e de cláusulas contratuais. Impossibilidade. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos e a interpretação de cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454/STF. 2. A alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, caso ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário Incidência da Súmula nº 636/STF. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276986. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão ARE 745311 AGR / DF MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276986. Supremo Tribunal Federal ARE 745311 AGR / DF MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276986. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.311 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :CARLOS IVAN NUNES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :PEDRO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CAIXA DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA - CAPAF ADV.(A/S) :SÉRGIO ROBERTO RONCADOR RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Carlos Ivan Nunes e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Sexta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado, na parte que interessa: ‘PREVIDÊNCIA PRIVADA. RELAÇÃO DE NATUREZA CONTRATUAL. COMPETÊNCIA. ESTATUTO. CONTRIBUIÇÃO. 1 – A relação mantida com entidade de previdência privada, tendo natureza contratual, independe da relação de emprego do associado com seu empregador. Se o fundamento do pedido não decorre de contrato de trabalho, competente para o julgamento da causa é a Justiça Comum. 2 – Se o associado não satisfazia as condições para se tornar isento da contribuição paga a entidade de previdência privada, não lhe é assegurado o direito de se Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.311 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :CARLOS IVAN NUNES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :PEDRO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CAIXA DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA - CAPAF ADV.(A/S) :SÉRGIO ROBERTO RONCADOR RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Carlos Ivan Nunes e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Sexta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado, na parte que interessa: ‘PREVIDÊNCIA PRIVADA. RELAÇÃO DE NATUREZA CONTRATUAL. COMPETÊNCIA. ESTATUTO. CONTRIBUIÇÃO. 1 – A relação mantida com entidade de previdência privada, tendo natureza contratual, independe da relação de emprego do associado com seu empregador. Se o fundamento do pedido não decorre de contrato de trabalho, competente para o julgamento da causa é a Justiça Comum. 2 – Se o associado não satisfazia as condições para se tornar isento da contribuição paga a entidade de previdência privada, não lhe é assegurado o direito de se Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório ARE 745311 AGR / DF exonerar do pagamento com base em disposição estatuária que não mais vigora. 3. Apelação provida.’. Opostos embargos declaratórios, foram acolhidos “para sanar a contradição entre a conclusão do julgado e a ementa, devendo constar, ao final da ementa, apelação não provida”. No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, haja vista que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa, o que inviabiliza o trânsito do recurso extraordinário nesse ponto. Sobre o tema, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Supremo Tribunal Federal ARE 745311 AGR / DF exonerar do pagamento com base em disposição estatuária que não mais vigora. 3. Apelação provida.’. Opostos embargos declaratórios, foram acolhidos “para sanar a contradição entre a conclusão do julgado e a ementa, devendo constar, ao final da ementa, apelação não provida”. No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, haja vista que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa, o que inviabiliza o trânsito do recurso extraordinário nesse ponto. Sobre o tema, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório ARE 745311 AGR / DF CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes.’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ressalte-se, por fim, que para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessária a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente e o reexame das provas dos autos, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Supremo Tribunal Federal ARE 745311 AGR / DF CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes.’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ressalte-se, por fim, que para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessária a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente e o reexame das provas dos autos, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório ARE 745311 AGR / DF INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA. NECESSIDADE DE REEXAME DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. I - O Tribunal a quo examinou a controvérsia à luz da legislação infraconstitucional e com interpretação de cláusulas do regulamento da entidade de previdência privada, hipóteses que inviabilizam o recurso extraordinário. Precedentes. II - Agravo regimental improvido.’ (AI nº 797.183/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 12/11/10). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. Insistem os agravantes que teria sido violado o art. 5°, inciso XXXVI, da Constituição Federal e que a mencionada ofensa seria direta, não demandando a prévia análise da legislação infraconstitucional ou dos fatos e das provas dos autos. Aduz, in verbis, que “(...) a decisão recorrida, em nenhum momento apontou qualquer deficiência, quer formal ou material, no recurso cujo trânsito inadmitiu. O entendimento de que houve violação à jurisprudência desse Egrégio Tribunal é apenas presumido, o que torna a fundamentação deficiente e nessa qualidade nula de pleno direito, por desatender à disposição constitucional do art. 93, inciso IX da nossa Carta Magna”. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Supremo Tribunal Federal ARE 745311 AGR / DF INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA. NECESSIDADE DE REEXAME DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. I - O Tribunal a quo examinou a controvérsia à luz da legislação infraconstitucional e com interpretação de cláusulas do regulamento da entidade de previdência privada, hipóteses que inviabilizam o recurso extraordinário. Precedentes. II - Agravo regimental improvido.’ (AI nº 797.183/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 12/11/10). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. Insistem os agravantes que teria sido violado o art. 5°, inciso XXXVI, da Constituição Federal e que a mencionada ofensa seria direta, não demandando a prévia análise da legislação infraconstitucional ou dos fatos e das provas dos autos. Aduz, in verbis, que “(...) a decisão recorrida, em nenhum momento apontou qualquer deficiência, quer formal ou material, no recurso cujo trânsito inadmitiu. O entendimento de que houve violação à jurisprudência desse Egrégio Tribunal é apenas presumido, o que torna a fundamentação deficiente e nessa qualidade nula de pleno direito, por desatender à disposição constitucional do art. 93, inciso IX da nossa Carta Magna”. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276983. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.311 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Anote-se, inicialmente, que não há falar em violação do art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, haja vista que a decisão ora agravada está devidamente fundamentada, sendo consentânea com a jurisprudência desta Corte. Quanto àa questão de fundo, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “O estatuto vigente no momento da contratação entre as partes (Portaria n. 375/69) foi alterado, em 19.8.81, pela Portaria n. 1700/79, do Ministério da Previdência e Assistência Social. O antigo estatuto previa isenção de contribuição para o associado que se aposentasse e completasse trinta anos de contribuição, o que não foi mantido pelo novo estatuto que elencou, expressamente, como uma das fontes de custeio do plano de suplementação a contribuição mensal dos participantes assistidos (art. 17, II), condição atual do apelado. Não fez a nova norma estatutária nenhuma exceção a essa regra, razão pela qual a isenção anteriormente prevista é incompatível com o novo estatuto, ainda que não revogada expressamente a portaria 365/69. A alteração do estatuto originário ocorreu em 19.8.1981, antes, portanto, que o apelado se aposentasse e completasse trinta anos de contribuição, condição para que o associado adquirisse o direito de exonerar-se do pagamento das contribuições (§ 7º, do art. 6º, da portaria 375/69). Se não havia implementado a condição necessária à isenção quando modificado o estatuto, o direito a essa ainda não havia se incorporado ao seu patrimônio jurídico. Não há, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276984. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.311 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Anote-se, inicialmente, que não há falar em violação do art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, haja vista que a decisão ora agravada está devidamente fundamentada, sendo consentânea com a jurisprudência desta Corte. Quanto àa questão de fundo, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “O estatuto vigente no momento da contratação entre as partes (Portaria n. 375/69) foi alterado, em 19.8.81, pela Portaria n. 1700/79, do Ministério da Previdência e Assistência Social. O antigo estatuto previa isenção de contribuição para o associado que se aposentasse e completasse trinta anos de contribuição, o que não foi mantido pelo novo estatuto que elencou, expressamente, como uma das fontes de custeio do plano de suplementação a contribuição mensal dos participantes assistidos (art. 17, II), condição atual do apelado. Não fez a nova norma estatutária nenhuma exceção a essa regra, razão pela qual a isenção anteriormente prevista é incompatível com o novo estatuto, ainda que não revogada expressamente a portaria 365/69. A alteração do estatuto originário ocorreu em 19.8.1981, antes, portanto, que o apelado se aposentasse e completasse trinta anos de contribuição, condição para que o associado adquirisse o direito de exonerar-se do pagamento das contribuições (§ 7º, do art. 6º, da portaria 375/69). Se não havia implementado a condição necessária à isenção quando modificado o estatuto, o direito a essa ainda não havia se incorporado ao seu patrimônio jurídico. Não há, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 745311 AGR / DF pois, direito adquirido. Ao tempo do advento do novo estatuto, 1981, havia tão somente mera expectativa de direito que não veio a se concretizar ante a modificação ocorrida. Somente tinham adquirido o direito à isenção das contribuições, os associados que já haviam se aposentado e também completado trinta anos de contribuição, na data de advento do novo estatuto (19.8.1981). Não é o caso dos apelantes, que se aposentaram em 31.3.97 e 29.2.96 e completou trinta anos de contribuição em junho e julho de 1999. Eram eles, ao tempo da alteração, associados ou participantes ativos e não assistidos”. Desse modo, o Tribunal de origem decidiu que as alterações no regulamento da entidade de previdência privada seriam aplicáveis aos ora agravantes, haja vista que ainda não tinham reunidos os requisitos necessários à concessão do benefício de aposentadoria ao tempo do advento do novo estatuto. Assim, é certo que, para ultrapassar tal entendimento, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, bem como analisar as cláusulas do estatuto e do regulamento da entidade de previdência privada, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O Tribunal a quo examinou a controvérsia à luz da legislação infraconstitucional e com interpretação de cláusulas do regulamento da entidade de previdência privada, hipóteses que inviabilizam o recurso extraordinário. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 814.628/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/ 2/11). 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276984. Supremo Tribunal Federal ARE 745311 AGR / DF pois, direito adquirido. Ao tempo do advento do novo estatuto, 1981, havia tão somente mera expectativa de direito que não veio a se concretizar ante a modificação ocorrida. Somente tinham adquirido o direito à isenção das contribuições, os associados que já haviam se aposentado e também completado trinta anos de contribuição, na data de advento do novo estatuto (19.8.1981). Não é o caso dos apelantes, que se aposentaram em 31.3.97 e 29.2.96 e completou trinta anos de contribuição em junho e julho de 1999. Eram eles, ao tempo da alteração, associados ou participantes ativos e não assistidos”. Desse modo, o Tribunal de origem decidiu que as alterações no regulamento da entidade de previdência privada seriam aplicáveis aos ora agravantes, haja vista que ainda não tinham reunidos os requisitos necessários à concessão do benefício de aposentadoria ao tempo do advento do novo estatuto. Assim, é certo que, para ultrapassar tal entendimento, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, bem como analisar as cláusulas do estatuto e do regulamento da entidade de previdência privada, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O Tribunal a quo examinou a controvérsia à luz da legislação infraconstitucional e com interpretação de cláusulas do regulamento da entidade de previdência privada, hipóteses que inviabilizam o recurso extraordinário. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 814.628/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/ 2/11). 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 745311 AGR / DF Sobre o tema, anotem-se também as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 728.732/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 26/2/13; ARE nº 694.243/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 1º/ 2/13; ARE nº 721.697/DF, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18/2/12. Por outro lado, a alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, caso ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. Nos termos da Súmula n. 636 do STF, não cabe recurso extraordinário por ofensa ao princípio da legalidade, se houver necessidade de rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 670.173/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 22/8/08). “RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Matéria infraconstitucional. Agravo regimental não provido. Não se admite recurso extraordinário que tenha por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (RE nº 544.383/RJ- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 5/10/07). Nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276984. Supremo Tribunal Federal ARE 745311 AGR / DF Sobre o tema, anotem-se também as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 728.732/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 26/2/13; ARE nº 694.243/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 1º/ 2/13; ARE nº 721.697/DF, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18/2/12. Por outro lado, a alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, caso ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. Nos termos da Súmula n. 636 do STF, não cabe recurso extraordinário por ofensa ao princípio da legalidade, se houver necessidade de rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 670.173/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 22/8/08). “RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Matéria infraconstitucional. Agravo regimental não provido. Não se admite recurso extraordinário que tenha por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (RE nº 544.383/RJ- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 5/10/07). Nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276984. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.311 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : CARLOS IVAN NUNES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : PEDRO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CAIXA DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA - CAPAF ADV.(A/S) : SÉRGIO ROBERTO RONCADOR Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245081 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.311 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : CARLOS IVAN NUNES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : PEDRO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CAIXA DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA - CAPAF ADV.(A/S) : SÉRGIO ROBERTO RONCADOR Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245081 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5290238
2013-12-17T00:00:00
2014-02-18T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdência privada. Revisão de benefício. Reexame de fatos e provas e de cláusulas contratuais. Impossibilidade. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos e a interpretação de cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454/STF. 2. A alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, caso ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário Incidência da Súmula nº 636/STF. 3. Agravo regimental não provido.
sjur255169
- Acórdão(s) citado(s): (SÚMULA 279, SÚMULA 454) AI 814628 AgR (1ªT). (OFENSA REFLEXA) RE 544383 AgR (2ªT), AI 670173 AgR (2ªT). - Decisões monocráticas citadas: (SÚMULA 279, SÚMULA 454) AI 728732, ARE 721697, ARE 694243. Número de páginas: 10. Análise: 20/02/2014, BRU.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
745311
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00036 ART-00093 INC-00009\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000454 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 745311 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : CARLOS IVAN NUNES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : PEDRO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CAIXA DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA - CAPAF ADV.(A/S) : SÉRGIO ROBERTO RONCADOR
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NO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745. 311", "S", "úm", "ulas [UNK] 279 e 454 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 454 DO STF", "A", "I [UNK] 814. 628 / DF- AgR", "AR", "E 745311 AGR / DF", "S", "úm", "ulas [UNK] 279 e 454 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 454 DO STF", "A", "I [UNK] 814. 628 / DF- AgR", "AR", "E", "53", "AR", "E [UNK] 728. 732 / DF", "AR", "E [UNK] 694. 243 / DF", "AR", "E [UNK] 721. 697 / DF", "S", "úm", "ula n. 636 do STF", "A", "I [UNK] 670. 173 / SP- AgR", "R", "E [UNK] 544. 383 / RJ- AgR", "AR", "E 745311 AGR / DF", "AR", "E [UNK] 728. 732 / DF", "AR", "E [UNK] 694. 243 / DF", "AR", "E [UNK] 721. 697 / DF", "S", "úm", "ula n. 636 do STF", "A", "I [UNK] 670. 173 / SP- AgR", "R", "E [UNK] 544. 383 / RJ-", "Ag", "R", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745. 311", "G", "RA", "V", "O 745. 311" ], "LEGISLACAO": [ "art. 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[UNK], da portaria 375 / 69", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 93, inciso IX, da Constituição Federal", "Porta", "ria n. 375 / 69", "Porta", "ria n. 1700 / 79", "porta", "ria 365 / 69", "§ [UNK], do art. [UNK], da portaria 375 / 69", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], inciso XXXVI, da Constituição Federal", "CON", "ST", "IT", "U", "I", "Ç", "ÃO", "Constituição do Brasil", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], inciso XXXVI, da Constituição Federal", "CON", "ST", "IT", "U", "I", "Ç", "ÃO DO BRASIL", "Constituição do Brasil", "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "CA", "PA", "F", "Brasília", "D", "IS", "T", "RI", "TO", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CA", "IX", "A DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CA", "IX", "A DA PREVIDENCIA", "B", "AN", "CO DA AMAZONIA", "CA", "PA", "F", "Sex", "ta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CA", "IX", "A DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA", "CA", "PA", "F", "Sex", "ta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "A", "G", "Tribunal Pleno", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Pleno", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.320 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SERV SCREEN COMÉRCIO DE MATERIAIS SERIGRÁFICOS LTDA ADV.(A/S) :RENATO DE LUIZI JÚNIOR E OUTRO(A/S) Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Administrativo. Inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ). Restrição ao exercício de atividades do contribuinte. 3. Jurisprudência da Corte no sentido de que são inconstitucionais restrições impostas pelo Poder Público ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quando utilizadas como meio de coerção indireta ao recolhimento de tributos. 4. Precedentes. Súmulas 70, 323 e 547. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090968. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.320 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SERV SCREEN COMÉRCIO DE MATERIAIS SERIGRÁFICOS LTDA ADV.(A/S) :RENATO DE LUIZI JÚNIOR E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário contra decisão de fls. 286/288, que negou seguimento ao recurso ao fundamento de que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte. No agravo regimental, sustenta-se que a referida decisão não faz a correta subsunção do caso à jurisprudência da Corte, já que não se cuida de restrição à inscrição como forma de cobrança de tributo. Argumenta-se o seguinte: “(...) não parece razoável considerar inconstitucional esse tipo de prática, pois o registro administrativo precisa cercar-se de certos requisitos, sob pena de inviabilizar-se o gerenciamento da coisa pública”. (Fl. 295). É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090969. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.320 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SERV SCREEN COMÉRCIO DE MATERIAIS SERIGRÁFICOS LTDA ADV.(A/S) :RENATO DE LUIZI JÚNIOR E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário contra decisão de fls. 286/288, que negou seguimento ao recurso ao fundamento de que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte. No agravo regimental, sustenta-se que a referida decisão não faz a correta subsunção do caso à jurisprudência da Corte, já que não se cuida de restrição à inscrição como forma de cobrança de tributo. Argumenta-se o seguinte: “(...) não parece razoável considerar inconstitucional esse tipo de prática, pois o registro administrativo precisa cercar-se de certos requisitos, sob pena de inviabilizar-se o gerenciamento da coisa pública”. (Fl. 295). É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090969. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.320 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal. A agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmá-la, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte. Observo que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual são inconstitucionais as restrições impostas pelo Poder Público ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quando utilizadas como meio de coerção indireta ao recolhimento de tributos. Transcrevo, a propósito, trecho do que decidido pelo Min. Celso de Mello no RE 523. 366, DJ 9.3.2007, que versa sobre matéria análoga a dos autos: O litígio em causa envolve discussão acerca da possibilidade constitucional de o Poder Público impor restrições, ainda que fundadas em lei, destinadas a compelir o contribuinte inadimplente a pagar o tributo e que culminam, quase sempre, em decorrência do caráter gravoso e indireto da coerção utilizada pelo Estado, por inviabilizar o exercício, pela empresa devedora, de atividade econômica lícita. Cabe acentuar, neste ponto, que o Supremo Tribunal Federal, tendo presentes os postulados constitucionais que asseguram a livre prática de atividades econômicas lícitas (CF, art. 170, parágrafo único), de um lado, e a liberdade de exercício profissional (CF, art. 5º, XIII), de outro, e considerando, ainda, que o Poder Público dispõe de meios legítimos que lhe permitem tornar efetivos os créditos tributários, firmou orientação jurisprudencial, hoje consubstanciada em enunciados sumulares (70, 323 e 547), no sentido de que a imposição, pela autoridade fiscal, de restrições de índole punitiva, quando motivada tal limitação pela mera Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090970. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.320 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal. A agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmá-la, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte. Observo que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual são inconstitucionais as restrições impostas pelo Poder Público ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quando utilizadas como meio de coerção indireta ao recolhimento de tributos. Transcrevo, a propósito, trecho do que decidido pelo Min. Celso de Mello no RE 523. 366, DJ 9.3.2007, que versa sobre matéria análoga a dos autos: O litígio em causa envolve discussão acerca da possibilidade constitucional de o Poder Público impor restrições, ainda que fundadas em lei, destinadas a compelir o contribuinte inadimplente a pagar o tributo e que culminam, quase sempre, em decorrência do caráter gravoso e indireto da coerção utilizada pelo Estado, por inviabilizar o exercício, pela empresa devedora, de atividade econômica lícita. Cabe acentuar, neste ponto, que o Supremo Tribunal Federal, tendo presentes os postulados constitucionais que asseguram a livre prática de atividades econômicas lícitas (CF, art. 170, parágrafo único), de um lado, e a liberdade de exercício profissional (CF, art. 5º, XIII), de outro, e considerando, ainda, que o Poder Público dispõe de meios legítimos que lhe permitem tornar efetivos os créditos tributários, firmou orientação jurisprudencial, hoje consubstanciada em enunciados sumulares (70, 323 e 547), no sentido de que a imposição, pela autoridade fiscal, de restrições de índole punitiva, quando motivada tal limitação pela mera Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090970. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES RE 576320 AGR / SP inadimplência do contribuinte, revela-se contrária às liberdades públicas ora referidas (RTJ 125/395, rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI). Cito, ainda, os seguintes precedentes: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS: REGIME ESPECIAL. RESTRIÇÕES DE CARÁTER PUNITIVO. LIBERDADE DE TRABALHO. CF/67, art. 153, § 23; CF/88, art. 5º, XIII. I. - Regime especial de ICM, autorizado em lei estadual: restrições e limitações, nele constantes, à atividade comercial do contribuinte, ofensivas à garantia constitucional da liberdade de trabalho (CF/67, art. 153, § 23; CF/88, art. 5º, XIII), constituindo forma oblíqua de cobrança do tributo, assim execução política, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sempre repeliu (súmulas n. 70, 323 e 547). II. - Precedente do STF: ERE 115.452-SP, Velloso, Plenário, 04.10.90, DJ de 16.11.90. III. - RE não admitido. Agravo não provido” (RE-AgR 216.983, rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 13.11.1998). “DÉBITO FISCAL - IMPRESSÃO DE NOTAS FISCAIS - PROIBIÇÃO - INSUBSISTÊNCIA. Surge conflitante com a Carta da República legislação estadual que proíbe a impressão de notas fiscais em bloco, subordinando o contribuinte, quando este se encontra em débito para com o fisco, ao requerimento de expedição, negócio a negócio, de nota fiscal avulsa (RE 413.782, rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ 3.6.2005). 1. Esta Corte orientou-se no sentido de que o regime especial do ICMS, mesmo quando autorizado em lei, impõe limitações à atividade comercial do contribuinte, com violação aos princípios da liberdade de trabalho e de comércio e ao da livre concorrência, constituindo-se forma oblíqua de cobrança do tributo e, por conseguinte, execução política, repelida pela jurisprudência sumulada deste Supremo Tribunal (Súmulas STF nºs 70, 323 e 547). 2. Agravo regimental improvido”. (AI-AgR 529.106, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 3.2.2006). No mesmo sentido, confiram-se decisões monocráticas proferidas 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090970. Supremo Tribunal Federal RE 576320 AGR / SP inadimplência do contribuinte, revela-se contrária às liberdades públicas ora referidas (RTJ 125/395, rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI). Cito, ainda, os seguintes precedentes: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS: REGIME ESPECIAL. RESTRIÇÕES DE CARÁTER PUNITIVO. LIBERDADE DE TRABALHO. CF/67, art. 153, § 23; CF/88, art. 5º, XIII. I. - Regime especial de ICM, autorizado em lei estadual: restrições e limitações, nele constantes, à atividade comercial do contribuinte, ofensivas à garantia constitucional da liberdade de trabalho (CF/67, art. 153, § 23; CF/88, art. 5º, XIII), constituindo forma oblíqua de cobrança do tributo, assim execução política, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sempre repeliu (súmulas n. 70, 323 e 547). II. - Precedente do STF: ERE 115.452-SP, Velloso, Plenário, 04.10.90, DJ de 16.11.90. III. - RE não admitido. Agravo não provido” (RE-AgR 216.983, rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 13.11.1998). “DÉBITO FISCAL - IMPRESSÃO DE NOTAS FISCAIS - PROIBIÇÃO - INSUBSISTÊNCIA. Surge conflitante com a Carta da República legislação estadual que proíbe a impressão de notas fiscais em bloco, subordinando o contribuinte, quando este se encontra em débito para com o fisco, ao requerimento de expedição, negócio a negócio, de nota fiscal avulsa (RE 413.782, rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ 3.6.2005). 1. Esta Corte orientou-se no sentido de que o regime especial do ICMS, mesmo quando autorizado em lei, impõe limitações à atividade comercial do contribuinte, com violação aos princípios da liberdade de trabalho e de comércio e ao da livre concorrência, constituindo-se forma oblíqua de cobrança do tributo e, por conseguinte, execução política, repelida pela jurisprudência sumulada deste Supremo Tribunal (Súmulas STF nºs 70, 323 e 547). 2. Agravo regimental improvido”. (AI-AgR 529.106, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 3.2.2006). No mesmo sentido, confiram-se decisões monocráticas proferidas 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090970. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES RE 576320 AGR / SP em casos análogos ao dos autos: AI 677.157, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 4.3.2011; AI-AgR 658.200, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 9.3.2011; AI- AgR 645.156, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 14.3.2011; e, o AI-AgR 650.964, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 25.2.2011. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090970. Supremo Tribunal Federal RE 576320 AGR / SP em casos análogos ao dos autos: AI 677.157, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 4.3.2011; AI-AgR 658.200, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 9.3.2011; AI- AgR 645.156, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 14.3.2011; e, o AI-AgR 650.964, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 25.2.2011. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5090970. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.320 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SERV SCREEN COMÉRCIO DE MATERIAIS SERIGRÁFICOS LTDA ADV.(A/S) : RENATO DE LUIZI JÚNIOR E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089371 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.320 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SERV SCREEN COMÉRCIO DE MATERIAIS SERIGRÁFICOS LTDA ADV.(A/S) : RENATO DE LUIZI JÚNIOR E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089371 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5264812
2013-12-17T00:00:00
2014-02-12T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Administrativo. Inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ). Restrição ao exercício de atividades do contribuinte. 3. Jurisprudência da Corte no sentido de que são inconstitucionais restrições impostas pelo Poder Público ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quando utilizadas como meio de coerção indireta ao recolhimento de tributos. 4. Precedentes. Súmulas 70, 323 e 547. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur254459
- Acórdão(s) citado(s): (RESTRIÇÕES, ATIVIDADE ECONÔMICA) RE 216983 AgR (2ªT), AI 529106 AgR (2ªT). - Decisões monocráticas citadas: (RESTRIÇÕES, ATIVIDADE ECONÔMICA) RE 523366, AI 650964, AI 645156, AI 677157, AI 658200. Número de páginas: 6. Análise: 13/02/2014, BRU.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
576320
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00013 ART-00170 PAR-ÚNICO\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000070 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000323 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000547 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 576320 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SERV SCREEN COMÉRCIO DE MATERIAIS SERIGRÁFICOS LTDA ADV.(A/S) : RENATO DE LUIZI JÚNIOR E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 576. 320", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 576. 320", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 576. 320", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 576. 320", "R", "E 523. 366", "E", "XT", "RA", "OR", "DI", "N", "Á", "RI", "O 576. 320", "R", "E 523. 366", "R", "E 576320 AGR / SP", "R", "T", "J 125 / 395", "sú", "mul", "as n. 70, 323 e 547", "E", "RE 115. 452- SP", "R", "E", "-", "Ag", "R 216. 983", "R", "E 413. 782", "S", "úm", "ulas STF [UNK] 70, 323", "A", "I", "-", "Ag", "R 529. 106", "R", "E 576320 AGR / SP", "R", "T", "J 125 / 395", "sú", "mul", "as", "E", "RE 115. 452- SP", "R", "E", "-", "Ag", "R 216. 983", "R", "E 413. 782", "S", "úm", "ulas STF [UNK] 70, 323 e 547", "A", "I", "-", "Ag", "R 529. 106", "R", "E 576320 AGR / SP", "A", "I 677. 157", "A", "I", "-", "Ag", "R 658", ".", "200", "A", "I", "-", "Ag", "R 645", ".", "156", "A", "I", "-", "Ag", "R 650. 964", "R", "E 576320 AGR / SP", "A", "I 677. 157", "A", "I", "-", "Ag", "R 658", ".", "200", "A", "I", "-", "Ag", "R 645. 156", "A", "I", "-", "Ag", "R 650. 964", "RA", "R", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 576. 320", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 576. 320" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F, art. 170, parágrafo único", "C", "F, art. [UNK], XIII", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F, art. 170, parágrafo único", "C", "F, art. [UNK], XIII", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F", "/", "67, art. 153, § 23", "C", "F", "/", "88, art. [UNK], XIII", "C", "F", "/", "67, art. 153, § 23", "C", "F", "/", "88, art. [UNK], XIII", "Carta da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F", "/", "67, art. 153, § 23", "C", "F", "/", "88, art. [UNK], XIII. I", "C", "F", "/", "67, art. 153, § 23", "C", "F", "/", "88, art. [UNK], XIII", "Carta da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "Z", "EN", "DA NACIONAL", "R", "V", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "Z", "EN", "DA NACIONAL", "SE", "R", "V SCREEN COMÉRCIO DE MATERIAIS SERIGRÁFICOS LTDA", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "SE", "V", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "ST", "F", "o", "Ple", "nário", "Segunda Turma", "Tribunal Pleno", "Supremo Tribunal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "ST", "F", "Vel", "los", "o", "Ple", "nário", "Segunda Turma", "Tribunal Pleno", "Supremo Tribunal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "Z", "EN", "DA NACIONAL", "V", "[UNK] Turma", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "Z", "EN", "DA", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "G", "IL", "MA", "R MENDES", "SE", "R", "EN", "AT", "O DE LUIZI JÚNIOR", "Cá", "r", "men Lúcia", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "R", "EN", "AT", "O DE LUIZI JÚNIOR", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "R", "R", "EN", "AT", "O DE LUIZI JÚNIOR", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Celso de Mello", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Celso de Mello", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "O", "CT", "A", "VI", "O GALLOTTI", "Vel", "los", "Carlos Velloso", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "O", "CT", "A", "VI", "O GALLOTTI", "Carlos Velloso", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "SE", "R", "R", "EN", "AT", "O DE LUIZI JÚNIOR", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira", "G", "IL", "MA", "R MENDES", "SE", "R", "V SCREEN CO", "R", "EN", "AT", "O DE LUIZI JÚNIOR", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "9", ".", "3", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "9", ".", "3", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "10", ".", "90", "16", ".", "11", ".", "90", "13", ".", "11", ".", "1998", "3", ".", "6", ".", "2005", "3", ".", "2", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "10", ".", "90", "16", ".", "11", ".", "90", "13", ".", "11", ".", "1998", "3", ".", "6", ".", "2005", "3", ".", "2", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "3", ".", "2011", "9", ".", "3", ".", "2011", "14", ".", "3", ".", "2011", "25", ".", "2", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "3", ".", "2011", "9", ".", "3", ".", "2011", "14", ".", "3", ".", "2011", "25", ".", "2", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.497 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :GILDO SOARES DA CRUZ ADV.(A/S) :BRUNO DIAS CÂNDIDO E OUTRO(A/S) ADV. :JOAO PEDRO DA COSTA BARROS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RECURSO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. A petição de agravo regimental não impugnou os fundamentos da decisão agravada. Nesses casos é inadmissível o agravo, conforme a orientação do Supremo Tribunal Federal. Precedente. Ademais, as questões constitucionais alegadas no recurso extraordinário não foram objeto de análise pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF. A resolução da controvérsia demandaria o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, o que é vedado em recurso extraordinário. Incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247501. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 712497 AGR / MG taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247501. Supremo Tribunal Federal ARE 712497 AGR / MG taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247501. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.497 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :GILDO SOARES DA CRUZ ADV.(A/S) :BRUNO DIAS CÂNDIDO E OUTRO(A/S) ADV. :JOAO PEDRO DA COSTA BARROS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator): 1. Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática do Ministro Joaquim Barbosa, relator originário do feito, que negou seguimento ao agravo, pelos seguintes fundamentos: “Trata-se de agravo interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição Federal) que tem como violado o disposto no art. 5º, XXXIX e LIV, da Carta Magna. Consta dos autos que o ora agravante foi condenado como incurso no art. 121, § 2º, II, do Código Penal, à pena de 12 (doze) anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Inconformado, interpôs recurso de apelação, ao qual o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais negou provimento, em acórdão cuja ementa tem o seguinte teor (fls. 1.117): ‘PENAL E PROCESSO PENAL - JÚRI - HOMICÍDIO DECISÃO MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS - LEGÍTIMA DEFESA - INOCORRÊNCIA - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247502. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.497 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :GILDO SOARES DA CRUZ ADV.(A/S) :BRUNO DIAS CÂNDIDO E OUTRO(A/S) ADV. :JOAO PEDRO DA COSTA BARROS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator): 1. Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática do Ministro Joaquim Barbosa, relator originário do feito, que negou seguimento ao agravo, pelos seguintes fundamentos: “Trata-se de agravo interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição Federal) que tem como violado o disposto no art. 5º, XXXIX e LIV, da Carta Magna. Consta dos autos que o ora agravante foi condenado como incurso no art. 121, § 2º, II, do Código Penal, à pena de 12 (doze) anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Inconformado, interpôs recurso de apelação, ao qual o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais negou provimento, em acórdão cuja ementa tem o seguinte teor (fls. 1.117): ‘PENAL E PROCESSO PENAL - JÚRI - HOMICÍDIO DECISÃO MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS - LEGÍTIMA DEFESA - INOCORRÊNCIA - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247502. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 712497 AGR / MG MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO - PRINCÍPIO DA SOBERANIA DO JURI - RECONHECIMENTO DO PRIVILÉGIO - IMPOSSIBILIDADE - AFASTAMENTO DAS QUALIFICADORAS - INADMISSIBILIDADE - RECURSO DESPROVIDO. - Se o Conselho de Sentença opta por uma das versões apresentadas amparada pelo acervo probatório, não há que se falar em decisão manifestamente contrária à prova dos autos. - Não estando comprovados os requisitos da legítima defesa a manutenção da condenação é medida que se impõe em observância ao princípio da soberania do júri. - Inviável o reconhecimento do privilégio porquanto não se encontram presentes os requisitos necessários. - Inadmissível o afastamento de circunstância qualificadora pelo Tribunal quando reconhecida pelos jurados com apoio na prova colacionada aos autos. - Recurso desprovido’. Nas razões recursais, alega-se ofensa ao princípio constitucional da legalidade, pois a decisão do Conselho de Sentença foi manifestamente contrária à prova dos autos, uma vez que ficou comprovado que o recorrente agiu em legítima defesa, amparado, portanto, pela lei. Sustenta-se que a decisão que deveria ter sido tomada na fase de pronúncia era a de absolvição sumária, em razão da legítima defesa, e que a pronúncia e a condenação do réu importou em violação ao princípio do devido processo legal. Decido. Inicialmente, observo que o ora agravante deixou de impugnar, nas razões do agravo, um dos fundamentos utilizados pela decisão agravada para inadmitir o recurso extraordinário, qual seja, de ausência de prequestionamento, o que impede a apreciação do recurso, à luz do enunciado da Súmula 287 deste Tribunal. Ademais, verifico que o recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os referidos preceitos, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247502. Supremo Tribunal Federal ARE 712497 AGR / MG MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO - PRINCÍPIO DA SOBERANIA DO JURI - RECONHECIMENTO DO PRIVILÉGIO - IMPOSSIBILIDADE - AFASTAMENTO DAS QUALIFICADORAS - INADMISSIBILIDADE - RECURSO DESPROVIDO. - Se o Conselho de Sentença opta por uma das versões apresentadas amparada pelo acervo probatório, não há que se falar em decisão manifestamente contrária à prova dos autos. - Não estando comprovados os requisitos da legítima defesa a manutenção da condenação é medida que se impõe em observância ao princípio da soberania do júri. - Inviável o reconhecimento do privilégio porquanto não se encontram presentes os requisitos necessários. - Inadmissível o afastamento de circunstância qualificadora pelo Tribunal quando reconhecida pelos jurados com apoio na prova colacionada aos autos. - Recurso desprovido’. Nas razões recursais, alega-se ofensa ao princípio constitucional da legalidade, pois a decisão do Conselho de Sentença foi manifestamente contrária à prova dos autos, uma vez que ficou comprovado que o recorrente agiu em legítima defesa, amparado, portanto, pela lei. Sustenta-se que a decisão que deveria ter sido tomada na fase de pronúncia era a de absolvição sumária, em razão da legítima defesa, e que a pronúncia e a condenação do réu importou em violação ao princípio do devido processo legal. Decido. Inicialmente, observo que o ora agravante deixou de impugnar, nas razões do agravo, um dos fundamentos utilizados pela decisão agravada para inadmitir o recurso extraordinário, qual seja, de ausência de prequestionamento, o que impede a apreciação do recurso, à luz do enunciado da Súmula 287 deste Tribunal. Ademais, verifico que o recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os referidos preceitos, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247502. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório ARE 712497 AGR / MG indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Por fim, a análise das questões constitucionais suscitadas nas razões recursais implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Do exposto, nego seguimento ao agravo (art. 38 da Lei 8.038/1990, c/c o art. 21, § 1º, do RISTF)”. 2. A parte agravante alega que “o agravo, regularmente instruído, combateu exaustivamente e de maneira precisa o ilegal argumento proferido pela instância estadual originária, ao contrário da respeitável interpretação ora objurgada”. 3. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247502. Supremo Tribunal Federal ARE 712497 AGR / MG indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Por fim, a análise das questões constitucionais suscitadas nas razões recursais implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Do exposto, nego seguimento ao agravo (art. 38 da Lei 8.038/1990, c/c o art. 21, § 1º, do RISTF)”. 2. A parte agravante alega que “o agravo, regularmente instruído, combateu exaustivamente e de maneira precisa o ilegal argumento proferido pela instância estadual originária, ao contrário da respeitável interpretação ora objurgada”. 3. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247502. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.497 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator): 1. O recurso não deve ser provido, tendo em vista que a parte agravante não atacou todos os fundamentos da decisão agravada. Dessa forma, a decisão permanece incólume. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 737.174-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I É deficiente a fundamentação do agravo regimental cujas razões não atacam o fundamento da decisão agravada. Incidência da Súmula 284 do STF. Precedentes. II Agravo regimental improvido”. 2. Quanto à alegada ofensa aos artigos constitucionais tidos por violados, a decisão recorrida assentou, com acerto, que a questão constitucional não foi objeto de apreciação no acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Também não foi suscitado em embargos declaratórios. Incidem, no caso, portanto, as Súmulas 282 e 356/STF, que exigem o prequestionamento da matéria alegada. 3. Ademais, o recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante nos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Nessa linha, vejam-se o AI 709.068-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, e o RE 559.742, Rel.ª Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247503. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.497 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator): 1. O recurso não deve ser provido, tendo em vista que a parte agravante não atacou todos os fundamentos da decisão agravada. Dessa forma, a decisão permanece incólume. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 737.174-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I É deficiente a fundamentação do agravo regimental cujas razões não atacam o fundamento da decisão agravada. Incidência da Súmula 284 do STF. Precedentes. II Agravo regimental improvido”. 2. Quanto à alegada ofensa aos artigos constitucionais tidos por violados, a decisão recorrida assentou, com acerto, que a questão constitucional não foi objeto de apreciação no acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Também não foi suscitado em embargos declaratórios. Incidem, no caso, portanto, as Súmulas 282 e 356/STF, que exigem o prequestionamento da matéria alegada. 3. Ademais, o recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante nos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Nessa linha, vejam-se o AI 709.068-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, e o RE 559.742, Rel.ª Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247503. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO ARE 712497 AGR / MG Min.ª Ellen Gracie. 4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247503. Supremo Tribunal Federal ARE 712497 AGR / MG Min.ª Ellen Gracie. 4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5247503. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.497 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) : GILDO SOARES DA CRUZ ADV.(A/S) : BRUNO DIAS CÂNDIDO E OUTRO(A/S) ADV. : JOAO PEDRO DA COSTA BARROS AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245048 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.497 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) : GILDO SOARES DA CRUZ ADV.(A/S) : BRUNO DIAS CÂNDIDO E OUTRO(A/S) ADV. : JOAO PEDRO DA COSTA BARROS AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245048 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5265596
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RECURSO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. A petição de agravo regimental não impugnou os fundamentos da decisão agravada. Nesses casos é inadmissível o agravo, conforme a orientação do Supremo Tribunal Federal. Precedente. Ademais, as questões constitucionais alegadas no recurso extraordinário não foram objeto de análise pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF. A resolução da controvérsia demandaria o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, o que é vedado em recurso extraordinário. Incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur254712
- Acórdão(s) citado(s): (IMPUGNAÇÃO, AUSÊNCIA) ARE 737174 AgR (2ªT). (SÚMULA 279) RE 559742 (2ªT), AI 709068 AgR (1ªT). Número de páginas: 8. Análise: 14/02/2014, TIA.
ROBERTO BARROSO
Primeira Turma
712497
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 712497 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : GILDO SOARES DA CRUZ ADV.(A/S) : BRUNO DIAS CÂNDIDO E OUTRO(A/S) ADV. : JOAO PEDRO DA COSTA BARROS AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712. 497", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 712497", "A", "G", "R", "/", "MG", "AR", "E 712497", "A", "G", "R", "/", "MG", "A", "G", ".", "REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712. 497", "AR", "E 712497 AGR / MG", "S", "úm", "ula 287 deste Tribunal", "AR", "E 712497", "AG", "R /", "MG", "AR", "E 712497 AGR / MG", "AR", "E 712497 AGR / MG", "AR", "E 737. 174- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A 284 DO STF", "S", "úm", "ula 284 do STF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "A", "I 709. 068- AgR", "R", "E 559. 742", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712. 497", "AR", "E 737. 174- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A 284 DO STF", "S", "úm", "ula 284 do STF", "S", "úm", "ulas 282 e 356 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "A", "I 709. 068- AgR", "R", "E 559. 742", "AR", "E 712497", "A", "G", "R", "/", "MG", "AR", "E 712497", "AG", "R /", "MG", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712. 497" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, III, a, da Constituição Federal", "art. [UNK], XXXIX e LIV, da Carta Magna", "art. 121, § [UNK], II, do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 102, III, a, da Constituição Federal", "art. [UNK], XXXIX e LIV, da Carta Magna", "art. 121, § [UNK], II, do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 38 da Lei 8. 038 / 1990", "art. 21, § [UNK], do RISTF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 38 da Lei 8. 038 / 1990", "art. 21, § [UNK], do RISTF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "Brasília", "Brasília", "7", "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS", "M", "IN", "AS GERAIS", "M", "IN", "AS GERAIS", "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GER", "M", "IN", "AS GERAIS", "ES", "TA", "DO DE MINAS GERAIS" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS", "Supremo 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Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "G", "IL", "DO SOARES DA CRUZ", "BR", "UN", "O DIAS CÂNDIDO", "J", "O", "A", "O PEDRO DA COSTA BARROS", "Luiz Fux", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "G", "IL", "DO SOARES DA CRUZ", "BR", "UN", "O DIAS CÂNDIDO", "J", "O", "A", "O PEDRO DA COSTA BARROS", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "Joaquim Barbosa", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "G", "IL", "DO SOARES DA CRUZ", "BR", "UN", "O DIAS CÂNDIDO", "J", "O", "A", "O PEDRO DA COSTA BARROS", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "Joaquim Barbosa", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "IS", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "Ricardo Lewandowski", "Ay", "res Britto", "L", "U", "Í", "S ROBERTO BARROSO", "Ricardo Lewandowski", "Ay", "res Britto", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "G", "IL", "DO SOARES DA CRUZ", "BR", "UN", "O DIAS CÂNDIDO", "J", "O", "A", "O PEDRO DA COSTA BARROS", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "G", "IL", "DO SOARES DA CRUZ", "BR", "UN", "O DIAS CÂNDIDO", "J", "O", "A", "O PEDRO DA COSTA BARROS", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.871 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SUZI DE CARVALHO SILVA ADV.(A/S) :FLÁVIO RODRIGUES FILHO AGDO.(A/S) :ANA DENISE RIBEIRO DE FARIA ME ADV.(A/S) :JAQUELINE CURIEL NAVES FREIRE E OUTRO(A/S) EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Direito Civil. Ação de cobrança. Prequestionamento. Ausência. Princípios do contraditório, da ampla defesa e da prestação jurisdicional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Indeferimento de prova pericial. Ausência de repercussão geral. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A jurisdição foi prestada pela Corte de origem mediante decisão suficientemente motivada. 3. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário. 4. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 5. O Plenário desta Corte, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 6. Agravo regimental não provido. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276938. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 777871 AGR / MG ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276938. Supremo Tribunal Federal RE 777871 AGR / MG ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276938. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.871 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SUZI DE CARVALHO SILVA ADV.(A/S) :FLÁVIO RODRIGUES FILHO AGDO.(A/S) :ANA DENISE RIBEIRO DE FARIA ME ADV.(A/S) :JAQUELINE CURIEL NAVES FREIRE E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Suzi de Carvalho Silva interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 118 a 123 – fax – e 125 a 130 – original) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 114/115), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de recurso extraordinário no qual se alega contrariedade aos artigos 5º, incisos XXXV, XXXVI e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que os Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276935. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.871 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SUZI DE CARVALHO SILVA ADV.(A/S) :FLÁVIO RODRIGUES FILHO AGDO.(A/S) :ANA DENISE RIBEIRO DE FARIA ME ADV.(A/S) :JAQUELINE CURIEL NAVES FREIRE E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Suzi de Carvalho Silva interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 118 a 123 – fax – e 125 a 130 – original) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 114/115), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de recurso extraordinário no qual se alega contrariedade aos artigos 5º, incisos XXXV, XXXVI e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que os Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 777871 AGR / MG dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. Insiste a agravante que teriam sido violados os arts. 5º, incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal. Alega que a Corte de origem não teria se manifestado sobre importantes pontos por ela suscitados, tais como a alegação de prescrição da nota promissória objeto da ação de cobrança proposta pela ora agravada, a necessidade de realização de prova pericial e da inversão do ônus da prova, bem como a ausência de julgamento do pedido por ela aviado. Aduz, ainda, in verbis, que: “A perícia (…) é e era fundamental porque a Nota Promissória em tela é título causal e permite a investigação da causa debendi. (…) É notório que a relação comercial, por sua vez, entre Pessoa Jurídica e Pessoa Física se comprova pela contabilidade da própria Pessoa Jurídica, o que, indubitavelmente, deve ser apurado por perícia e jamais inferido porque presente nas alegações da inicial” (fl. 129). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276935. Supremo Tribunal Federal RE 777871 AGR / MG dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. Insiste a agravante que teriam sido violados os arts. 5º, incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal. Alega que a Corte de origem não teria se manifestado sobre importantes pontos por ela suscitados, tais como a alegação de prescrição da nota promissória objeto da ação de cobrança proposta pela ora agravada, a necessidade de realização de prova pericial e da inversão do ônus da prova, bem como a ausência de julgamento do pedido por ela aviado. Aduz, ainda, in verbis, que: “A perícia (…) é e era fundamental porque a Nota Promissória em tela é título causal e permite a investigação da causa debendi. (…) É notório que a relação comercial, por sua vez, entre Pessoa Jurídica e Pessoa Física se comprova pela contabilidade da própria Pessoa Jurídica, o que, indubitavelmente, deve ser apurado por perícia e jamais inferido porque presente nas alegações da inicial” (fl. 129). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.871 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, o art. 5º, incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, em nenhum momento foram analisados pelo acórdão recorrido, sendo certo que a agravante não opôs embargos declaratórios para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. INOCORRÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.871 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, o art. 5º, incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, em nenhum momento foram analisados pelo acórdão recorrido, sendo certo que a agravante não opôs embargos declaratórios para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. INOCORRÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 777871 AGR / MG embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Por outro lado, é certo que não houve a alegada violação do art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, uma vez que a agravante teve acesso aos recursos cabíveis e que as decisões proferidas nos autos foram devidamente motivadas, embora contrárias aos seus interesses. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR PÚBLICO. REVISÃO GERAL DE VENCIMENTO. COMPORTAMENTO OMISSIVO DO CHEFE DO EXECUTIVO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. IMPOSSIBILIDADE. Esta Corte firmou o entendimento de que, embora reconhecida a mora legislativa, não pode o Judiciário deflagrar o processo legislativo, nem fixar prazo para que o chefe do Poder Executivo o faça. Além disso, esta Turma entendeu que o comportamento omissivo do chefe do Poder Executivo não gera direito à indenização por perdas e danos. Inexistência de ofensa ao art. 5º, XXXV, da Constituição federal, porquanto o recurso extraordinário foi analisado tal como proposto. Assim, não há confundir-se decisão desfavorável com falta de prestação jurisdicional. Agravo regimental a que se 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Supremo Tribunal Federal RE 777871 AGR / MG embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Por outro lado, é certo que não houve a alegada violação do art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, uma vez que a agravante teve acesso aos recursos cabíveis e que as decisões proferidas nos autos foram devidamente motivadas, embora contrárias aos seus interesses. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR PÚBLICO. REVISÃO GERAL DE VENCIMENTO. COMPORTAMENTO OMISSIVO DO CHEFE DO EXECUTIVO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. IMPOSSIBILIDADE. Esta Corte firmou o entendimento de que, embora reconhecida a mora legislativa, não pode o Judiciário deflagrar o processo legislativo, nem fixar prazo para que o chefe do Poder Executivo o faça. Além disso, esta Turma entendeu que o comportamento omissivo do chefe do Poder Executivo não gera direito à indenização por perdas e danos. Inexistência de ofensa ao art. 5º, XXXV, da Constituição federal, porquanto o recurso extraordinário foi analisado tal como proposto. Assim, não há confundir-se decisão desfavorável com falta de prestação jurisdicional. Agravo regimental a que se 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 777871 AGR / MG nega provimento” (RE nº 547.022/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/08). Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 836.830/MA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 26/4/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Supremo Tribunal Federal RE 777871 AGR / MG nega provimento” (RE nº 547.022/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/08). Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 836.830/MA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 26/4/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 777871 AGR / MG Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). No mais, ressalte-se que a Turma Recursal, no julgamento do recurso inominado, manteve a sentença de mérito por seus próprios fundamentos, na qual o juízo monocrático havia concluído, com fundamento nos fatos e nas provas dos autos, que a ora agravada efetivamente era credora da quantia declarada em nota promissória pela agravante. Para divergir desse entendimento, seria reexaminar o conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE CONDOMÍNIO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. SEM A PRESENÇA DE ADVOGADO. ANÁLISE DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A Súmula 279/STF dispõe verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 2. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimentos de dispositivos infraconstitucionais torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 841.434/PR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 20/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Supremo Tribunal Federal RE 777871 AGR / MG Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). No mais, ressalte-se que a Turma Recursal, no julgamento do recurso inominado, manteve a sentença de mérito por seus próprios fundamentos, na qual o juízo monocrático havia concluído, com fundamento nos fatos e nas provas dos autos, que a ora agravada efetivamente era credora da quantia declarada em nota promissória pela agravante. Para divergir desse entendimento, seria reexaminar o conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE CONDOMÍNIO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. SEM A PRESENÇA DE ADVOGADO. ANÁLISE DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A Súmula 279/STF dispõe verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 2. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimentos de dispositivos infraconstitucionais torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 841.434/PR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 20/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 777871 AGR / MG INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 738.483/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 9/9/11). Por fim, no tocante ao indeferimento da prova pericial, o Plenário desta Corte, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Supremo Tribunal Federal RE 777871 AGR / MG INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 738.483/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 9/9/11). Por fim, no tocante ao indeferimento da prova pericial, o Plenário desta Corte, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276936. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.871 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SUZI DE CARVALHO SILVA ADV.(A/S) : FLÁVIO RODRIGUES FILHO AGDO.(A/S) : ANA DENISE RIBEIRO DE FARIA ME ADV.(A/S) : JAQUELINE CURIEL NAVES FREIRE E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245141 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.871 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SUZI DE CARVALHO SILVA ADV.(A/S) : FLÁVIO RODRIGUES FILHO AGDO.(A/S) : ANA DENISE RIBEIRO DE FARIA ME ADV.(A/S) : JAQUELINE CURIEL NAVES FREIRE E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245141 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5296702
2013-12-17T00:00:00
2014-02-19T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Direito Civil. Ação de cobrança. Prequestionamento. Ausência. Princípios do contraditório, da ampla defesa e da prestação jurisdicional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Indeferimento de prova pericial. Ausência de repercussão geral. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A jurisdição foi prestada pela Corte de origem mediante decisão suficientemente motivada. 3. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da questão em recurso extraordinário. 4. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 5. O Plenário desta Corte, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 6. Agravo regimental não provido.
sjur255403
- Acórdão(s) citado(s): (PREQUESTIONAMENTO) RE 411859 AgR (2ªT), RE 607071 ED (1ªT). (PRESTAÇÃO JURISDICIONAL) RE 547022 AgR (2ªT). (OFENSA REFLEXA) AI 836830 AgR (1ªT), ARE 644667 AgR (1ªT). (SÚMULA 279) AI 738483 AgR (2ªT), AI 841434 ED (1ªT). (INDEFERIMENTO, DILIGÊNCIA PROBATÓRIA) ARE 639228 RG. Número de páginas: 10. Análise: 21/02/2014, BRU.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
777871
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00035 INC-00036 INC-00055\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 777871 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : SUZI DE CARVALHO SILVA ADV.(A/S) : FLÁVIO RODRIGUES FILHO AGDO.(A/S) : ANA DENISE RIBEIRO DE FARIA ME ADV.(A/S) : JAQUELINE CURIEL NAVES FREIRE E OUTRO(A/S)
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NO RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 777. 871", "Que", "st", "ão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 777. 871", "Que", "st", "ão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "R", "E 777871 AGR / MG", "S", "úm", "ulas", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "R", "E 777871 AGR / MG", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 777. 871", "S", "úm", "ulas [UNK] 282 e 356 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 DO STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 283 DO STF", "S", "úm", "ula 282 do STF", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 777. 871", "S", "úm", "ulas [UNK] 282 e 356 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282 E 356 DO STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 283 DO STF", "S", "úm", "ula 282 do STF", "R", "E 777871 AGR /", "MG", "S", "úm", "ula 356 desta Corte", "S", "úm", "ula 283 do STF", "R", "E [UNK] 607. 071 / DF- ED", "R", "E [UNK] 411. 859 / AL- AgR", "R", "E 777871 AGR / MG", "S", "úm", "ula 283 do STF", "R", "E [UNK] 607. 071 / DF- ED", "R", "E [UNK] 411. 859 / AL- AgR", "R", "E 777871", "R", "E [UNK] 547. 022 / RJ- AgR", "A", "I [UNK] 836. 830 / MA- AgR", "A", "I 804. 854- AgR", "R", "E 777871 AGR / MG", "R", "E [UNK] 547. 022 / RJ- AgR", "A", "I [UNK] 836. 830 / MA- AgR", "A", "I 804. 854- AgR", "R", "E 777871 AG", "R", "/", "MG", "A", "I 756. 336- AgR", "AR", "E [UNK] 644. 667 / RS- AgR", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "R", "E 596. 682", "A", "I 808. 361", "A", "I [UNK] 841. 434 / PR- ED", "R", "E 777871 AGR / MG", "A", "I 756. 336- AgR", "AR", "E [UNK] 644. 667 / RS- AgR", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "R", "E 596. 682", "A", "I 808. 361", "A", "I [UNK] 841. 434 / PR- ED", "R", "E 777871", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "A", "I [UNK] 738. 483 / SP- AgR", "AR", "E [UNK] 639. 228 / RJ", "R", "E 777871 AGR / MG", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "A", "I [UNK] 738. 483 / SP- AgR", "AR", "E [UNK] 639. 228 / RJ", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 777. 871", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 777. 871" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 /", "artigos [UNK], incisos XXXV, XXXVI e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos [UNK], incisos XXXV, XXXVI e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557, caput, do Código de Processo Civil", "art", "s. [UNK], incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 557, caput, do Código de Processo Civil", "art", "s. [UNK], incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "art. [UNK], inciso XXXV, da Constituição Federal", "art. [UNK], XXXV, da Constituição federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. [UNK], LXIX e 97, da Carta Magna", "Constituição", "art. [UNK], inciso XXXV, da Constituição Federal", "art. 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.563 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :GUARÁ MOTOR S/A AGTE.(S) :A. C. MORGADO - AUDITORIA, PERÍCIA E ASSESSORIA S/C LTDA. - ME AGTE.(S) :TEBERGA & FERNANDES LTDA ADV.(A/S) :ANTONIO CARLOS DE AZEREDO MORGADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE GUARATINGUETÁ ADV.(A/S) :MÔNICA AMOROSO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. TAXA DE LOCALIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E FISCALIZAÇÃO. REGULARIDADE DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA: CONSTITUCIONALIDADE. BASE DE CÁLCULO: ÁREA DE FISCALIZAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235053. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão AI 812563 AGR / SP Ministra Cármen Lúcia - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235053. Supremo Tribunal Federal AI 812563 AGR / SP Ministra Cármen Lúcia - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235053. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.563 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :GUARÁ MOTOR S/A AGTE.(S) :A. C. MORGADO - AUDITORIA, PERÍCIA E ASSESSORIA S/C LTDA. - ME AGTE.(S) :TEBERGA & FERNANDES LTDA ADV.(A/S) :ANTONIO CARLOS DE AZEREDO MORGADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE GUARATINGUETÁ ADV.(A/S) :MÔNICA AMOROSO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 6 de novembro de 2013, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário interposto por Guará Motor S/A contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual reconhecera a legalidade da taxa de localização, fiscalização e funcionamento. A decisão agravada a seguinte fundamentação: “6. O Tribunal a quo reconheceu a existência de efetivo exercício do poder de polícia e de órgãos estatais de fiscalização. Nesses casos, o Supremo Tribunal Federal assentou a legitimidade da cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento: ‘Recurso Extraordinário 1. Repercussão geral reconhecida. 2. Alegação de inconstitucionalidade da taxa de renovação de localização e de funcionamento do Município de Porto Velho. 3. Suposta violação ao artigo 145, inciso II, da Constituição, ao fundamento de não existir Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235054. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.563 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :GUARÁ MOTOR S/A AGTE.(S) :A. C. MORGADO - AUDITORIA, PERÍCIA E ASSESSORIA S/C LTDA. - ME AGTE.(S) :TEBERGA & FERNANDES LTDA ADV.(A/S) :ANTONIO CARLOS DE AZEREDO MORGADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE GUARATINGUETÁ ADV.(A/S) :MÔNICA AMOROSO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 6 de novembro de 2013, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário interposto por Guará Motor S/A contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual reconhecera a legalidade da taxa de localização, fiscalização e funcionamento. A decisão agravada a seguinte fundamentação: “6. O Tribunal a quo reconheceu a existência de efetivo exercício do poder de polícia e de órgãos estatais de fiscalização. Nesses casos, o Supremo Tribunal Federal assentou a legitimidade da cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento: ‘Recurso Extraordinário 1. Repercussão geral reconhecida. 2. Alegação de inconstitucionalidade da taxa de renovação de localização e de funcionamento do Município de Porto Velho. 3. Suposta violação ao artigo 145, inciso II, da Constituição, ao fundamento de não existir Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235054. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório AI 812563 AGR / SP comprovação do efetivo exercício do poder de polícia. 4. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 5. A regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. 6. À luz da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão administrativo não é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente. Precedentes. 7. O Tribunal de Justiça de Rondônia assentou que o Município de Porto Velho, que criou a taxa objeto do litígio, é dotado de aparato fiscal necessário ao exercício do poder de polícia. 8. Configurada a existência de instrumentos necessários e do efetivo exercício do poder de polícia. 9. É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto Velho/RO 10. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento’ (RE 588.322, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 3.9.2010, grifos nossos). (…) 7. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que a base de cálculo desse tributo ser calculada sobre a área de fiscalização não pode ser confundida com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do IPTU: ‘MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. Exação fiscal cobrada como contrapartida ao exercício do poder de polícia, sendo calculada em razão da área fiscalizada, dado adequadamente utilizado como critério de aferição da intensidade e da extensão do serviço prestado, não podendo ser confundido com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235054. Supremo Tribunal Federal AI 812563 AGR / SP comprovação do efetivo exercício do poder de polícia. 4. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 5. A regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. 6. À luz da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão administrativo não é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente. Precedentes. 7. O Tribunal de Justiça de Rondônia assentou que o Município de Porto Velho, que criou a taxa objeto do litígio, é dotado de aparato fiscal necessário ao exercício do poder de polícia. 8. Configurada a existência de instrumentos necessários e do efetivo exercício do poder de polícia. 9. É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto Velho/RO 10. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento’ (RE 588.322, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 3.9.2010, grifos nossos). (…) 7. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que a base de cálculo desse tributo ser calculada sobre a área de fiscalização não pode ser confundida com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do IPTU: ‘MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. Exação fiscal cobrada como contrapartida ao exercício do poder de polícia, sendo calculada em razão da área fiscalizada, dado adequadamente utilizado como critério de aferição da intensidade e da extensão do serviço prestado, não podendo ser confundido com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235054. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório AI 812563 AGR / SP IPTU, razão pela qual não se pode ter por ofensivo ao dispositivo constitucional em referência, que veda a bitributação. Serviço que, no caso, justamente em razão do mencionado critério pode ser referido a cada contribuinte em particular, e de modo divisível, porque em ordem a permitir uma medida tanto quanto possível justa, em termos de contraprestação. Recurso não conhecido’ (RE 220.316, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Plenário, DJ 29.6.2001, grifos nossos). (…) Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (flS. 499-505). 2. Publicada essa decisão no DJe de 18.11.2013 (fl. 506), interpõe Guará Motor S/A, em 23.11.2013, tempestivamente, agravo regimental (fls. 509-515). 3. Alega a Agravante que “o fato gerador da taxa de licença para localização e funcionamento guerreada sequer é oriundo do exercício regular do poder de polícia ou da utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, motivo pelo qual infundada a sua cobrança (…) Nesta diapasão, desde o início da demanda está evidenciada a inconstitucionalidade do artigo 203 da Lei Complementar Municipal n. 2/1994” (fl. 514). Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235054. Supremo Tribunal Federal AI 812563 AGR / SP IPTU, razão pela qual não se pode ter por ofensivo ao dispositivo constitucional em referência, que veda a bitributação. Serviço que, no caso, justamente em razão do mencionado critério pode ser referido a cada contribuinte em particular, e de modo divisível, porque em ordem a permitir uma medida tanto quanto possível justa, em termos de contraprestação. Recurso não conhecido’ (RE 220.316, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Plenário, DJ 29.6.2001, grifos nossos). (…) Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (flS. 499-505). 2. Publicada essa decisão no DJe de 18.11.2013 (fl. 506), interpõe Guará Motor S/A, em 23.11.2013, tempestivamente, agravo regimental (fls. 509-515). 3. Alega a Agravante que “o fato gerador da taxa de licença para localização e funcionamento guerreada sequer é oriundo do exercício regular do poder de polícia ou da utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, motivo pelo qual infundada a sua cobrança (…) Nesta diapasão, desde o início da demanda está evidenciada a inconstitucionalidade do artigo 203 da Lei Complementar Municipal n. 2/1994” (fl. 514). Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235054. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.563 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Este Supremo Tribunal Federal assentou a constitucionalidade da cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento, nos casos em que houver efetivo exercício do poder de polícia e de órgãos estatais de fiscalização: “Recurso Extraordinário 1. Repercussão geral reconhecida. 2. Alegação de inconstitucionalidade da taxa de renovação de localização e de funcionamento do Município de Porto Velho. 3. Suposta violação ao artigo 145, inciso II, da Constituição, ao fundamento de não existir comprovação do efetivo exercício do poder de polícia. 4. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 5. A regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. 6. À luz da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão administrativo não é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente. Precedentes. 7. O Tribunal de Justiça de Rondônia assentou que o Município de Porto Velho, que criou a taxa objeto do litígio, é dotado de aparato fiscal necessário ao exercício do poder de polícia. 8. Configurada a existência de instrumentos necessários e do efetivo exercício do poder de polícia. 9. É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.563 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Este Supremo Tribunal Federal assentou a constitucionalidade da cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento, nos casos em que houver efetivo exercício do poder de polícia e de órgãos estatais de fiscalização: “Recurso Extraordinário 1. Repercussão geral reconhecida. 2. Alegação de inconstitucionalidade da taxa de renovação de localização e de funcionamento do Município de Porto Velho. 3. Suposta violação ao artigo 145, inciso II, da Constituição, ao fundamento de não existir comprovação do efetivo exercício do poder de polícia. 4. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 5. A regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. 6. À luz da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão administrativo não é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente. Precedentes. 7. O Tribunal de Justiça de Rondônia assentou que o Município de Porto Velho, que criou a taxa objeto do litígio, é dotado de aparato fiscal necessário ao exercício do poder de polícia. 8. Configurada a existência de instrumentos necessários e do efetivo exercício do poder de polícia. 9. É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 812563 AGR / SP competentes para o respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto Velho/RO 10. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE 588.322, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 3.9.2010, grifos nossos). “1. Este Supremo Tribunal orientou-se no sentido da constitucionalidade da cobrança das taxas de fiscalização, localização e funcionamento, de fiscalização sanitária e de fiscalização de anúncios, instituídas por meio da Lei 5.641/89, do Município de Belo Horizonte. 2. Análise do apelo extremo que requer o reexame dos fatos e das provas da causa quanto à alegação de que o ente municipal não comprovou o efetivo exercício do poder de polícia que justificasse a exigibilidade desses tributos, hipótese inviável nesta sede pelo óbice da Súmula STF nº 279. 3. Agravo regimental improvido” (AI 440.036- AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 24.2.2006, grifos nossos). “MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO INCISO II E AO § 2º DO ART. 145 DO MAGNO TEXTO. O Supremo Tribunal Federal tem sistematicamente reconhecido a legitimidade da exigência da taxa em referência, cobrada como contrapartida pelo exercício do poder de polícia. Precedentes: REs 258.478 (Min. Sepúlveda Pertence), 276.254 (Min. Celso de Melo), 220.316(Min. Ilmar Galvão), 216.207 (Min. Ilmar Galvão) e 198.904 (Min. Ilmar Galvão). Nego provimento” (AI 527.814-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 9.12.2005, grifos nossos). 3. Ademais, a base de cálculo desse tributo deve ser aplicada sobre a área de fiscalização e não pode ser confundida com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do IPTU: “MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Supremo Tribunal Federal AI 812563 AGR / SP competentes para o respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto Velho/RO 10. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE 588.322, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 3.9.2010, grifos nossos). “1. Este Supremo Tribunal orientou-se no sentido da constitucionalidade da cobrança das taxas de fiscalização, localização e funcionamento, de fiscalização sanitária e de fiscalização de anúncios, instituídas por meio da Lei 5.641/89, do Município de Belo Horizonte. 2. Análise do apelo extremo que requer o reexame dos fatos e das provas da causa quanto à alegação de que o ente municipal não comprovou o efetivo exercício do poder de polícia que justificasse a exigibilidade desses tributos, hipótese inviável nesta sede pelo óbice da Súmula STF nº 279. 3. Agravo regimental improvido” (AI 440.036- AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 24.2.2006, grifos nossos). “MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO INCISO II E AO § 2º DO ART. 145 DO MAGNO TEXTO. O Supremo Tribunal Federal tem sistematicamente reconhecido a legitimidade da exigência da taxa em referência, cobrada como contrapartida pelo exercício do poder de polícia. Precedentes: REs 258.478 (Min. Sepúlveda Pertence), 276.254 (Min. Celso de Melo), 220.316(Min. Ilmar Galvão), 216.207 (Min. Ilmar Galvão) e 198.904 (Min. Ilmar Galvão). Nego provimento” (AI 527.814-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 9.12.2005, grifos nossos). 3. Ademais, a base de cálculo desse tributo deve ser aplicada sobre a área de fiscalização e não pode ser confundida com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do IPTU: “MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 812563 AGR / SP Exação fiscal cobrada como contrapartida ao exercício do poder de polícia, sendo calculada em razão da área fiscalizada, dado adequadamente utilizado como critério de aferição da intensidade e da extensão do serviço prestado, não podendo ser confundido com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do IPTU, razão pela qual não se pode ter por ofensivo ao dispositivo constitucional em referência, que veda a bitributação. Serviço que, no caso, justamente em razão do mencionado critério pode ser referido a cada contribuinte em particular, e de modo divisível, porque em ordem a permitir uma medida tanto quanto possível justa, em termos de contraprestação. Recurso não conhecido” (RE 220.316, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Plenário, DJ 29.6.2001, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE ITU. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. EFETIVO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. PRECEDENTES. 1. Este Tribunal decidiu pela constitucionalidade da Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento - TFLF, por entender que são exigidas com fundamento no efetivo exercício do poder de polícia pelo ente municipal. 2. Fixou-se, ainda, o entendimento de que não há identidade entre a base de cálculo das referidas taxas com a do IPTU, situação que não viola a vedação prevista no disposto no artigo 145, § 2º, da Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 730.565-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS - TFA. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - TFLF. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE. EFETIVO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. REEXAME DE 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Supremo Tribunal Federal AI 812563 AGR / SP Exação fiscal cobrada como contrapartida ao exercício do poder de polícia, sendo calculada em razão da área fiscalizada, dado adequadamente utilizado como critério de aferição da intensidade e da extensão do serviço prestado, não podendo ser confundido com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do IPTU, razão pela qual não se pode ter por ofensivo ao dispositivo constitucional em referência, que veda a bitributação. Serviço que, no caso, justamente em razão do mencionado critério pode ser referido a cada contribuinte em particular, e de modo divisível, porque em ordem a permitir uma medida tanto quanto possível justa, em termos de contraprestação. Recurso não conhecido” (RE 220.316, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Plenário, DJ 29.6.2001, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE ITU. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. EFETIVO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. PRECEDENTES. 1. Este Tribunal decidiu pela constitucionalidade da Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento - TFLF, por entender que são exigidas com fundamento no efetivo exercício do poder de polícia pelo ente municipal. 2. Fixou-se, ainda, o entendimento de que não há identidade entre a base de cálculo das referidas taxas com a do IPTU, situação que não viola a vedação prevista no disposto no artigo 145, § 2º, da Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 730.565-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009, grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS - TFA. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - TFLF. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE. EFETIVO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. REEXAME DE 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 812563 AGR / SP FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Este Tribunal decidiu pela constitucionalidade da cobrança da Taxa de Fiscalização de Anúncios - TFA e da Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento - TFLF, ambas do Município de Belo Horizonte, por entender que são exigidas com fundamento no efetivo exercício do poder de polícia pelo ente municipal. 2. Firmou-se, ainda, o entendimento de que não há identidade entre a base de cálculo das referidas taxas com a do IPTU, situação que não viola a vedação prevista no disposto no artigo 145, § 2º, da Constituição do Brasil. 3. Assentada a efetividade do exercício do poder de polícia para a cobrança das taxas em questão, para que se pudesse dissentir dessa orientação seria necessário o reexame de fatos e provas, circunstância que impede a admissão do extraordinário ante o óbice da Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 618.150-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, Dje 27.4.2007, grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Supremo Tribunal Federal AI 812563 AGR / SP FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Este Tribunal decidiu pela constitucionalidade da cobrança da Taxa de Fiscalização de Anúncios - TFA e da Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento - TFLF, ambas do Município de Belo Horizonte, por entender que são exigidas com fundamento no efetivo exercício do poder de polícia pelo ente municipal. 2. Firmou-se, ainda, o entendimento de que não há identidade entre a base de cálculo das referidas taxas com a do IPTU, situação que não viola a vedação prevista no disposto no artigo 145, § 2º, da Constituição do Brasil. 3. Assentada a efetividade do exercício do poder de polícia para a cobrança das taxas em questão, para que se pudesse dissentir dessa orientação seria necessário o reexame de fatos e provas, circunstância que impede a admissão do extraordinário ante o óbice da Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 618.150-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, Dje 27.4.2007, grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5235055. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.563 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : GUARÁ MOTOR S/A AGTE.(S) : A. C. MORGADO - AUDITORIA, PERÍCIA E ASSESSORIA S/C LTDA. - ME AGTE.(S) : TEBERGA & FERNANDES LTDA ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DE AZEREDO MORGADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARATINGUETÁ ADV.(A/S) : MÔNICA AMOROSO Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089589 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.563 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : GUARÁ MOTOR S/A AGTE.(S) : A. C. MORGADO - AUDITORIA, PERÍCIA E ASSESSORIA S/C LTDA. - ME AGTE.(S) : TEBERGA & FERNANDES LTDA ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DE AZEREDO MORGADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARATINGUETÁ ADV.(A/S) : MÔNICA AMOROSO Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089589 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5264431
2013-12-17T00:00:00
2014-02-12T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. TAXA DE LOCALIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E FISCALIZAÇÃO. REGULARIDADE DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA: CONSTITUCIONALIDADE. BASE DE CÁLCULO: ÁREA DE FISCALIZAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur254423
- Acórdão(s) citado(s): (CONSTITUCIONALIDADE, TAXA DE LOCALIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E FISCALIZAÇÃO) RE 588322 (TP), AI 527814 AgR (1ªT), AI 440036 AgR (2ªT). (BASE DE CÁLCULO, TAXA DE LOCALIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E FISCALIZAÇÃO) RE 220316 (2ªT), AI 618150 AgR (2ªT), AI 730565 AgR (2ªT). Número de páginas: 10. Análise: 13/02/2014, AUR.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
812563
null
AI-AgR
acordaos
AI 812563 AgR
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AGTE.(S) : GUARÁ MOTOR S/A AGTE.(S) : A. C. MORGADO - AUDITORIA, PERÍCIA E ASSESSORIA S/C LTDA. - ME AGTE.(S) : TEBERGA &amp; FERNANDES LTDA ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DE AZEREDO MORGADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARATINGUETÁ ADV.(A/S) : MÔNICA AMOROSO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "G", ".", "R", "E", "G", ".", "NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812. 563", "A", "I 812563 AGR / SP", "A", "I 812563 AGR / SP", "E", "G", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812. 563", "A", "I 812563 AGR / SP", "R", "E 588. 322", "A", "I 812563", "A", "G", "R", "/", "SP", "R", "E 588. 322", "A", "I 812563 AGR / SP", "R", "E 220. 316", "A", "I 812563", "A", "G", "R", "/", "SP", "R", "E 220. 316", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812. 563", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 812. 563", "A", "I 812563", "SP", "R", "E 588. 322", "S", "úm", "ula", "A", "I 440. 036- AgR", "R", "Es 258. 478", "27", "6", ".", "25", "4", "22", "0", ".", "31", "6", "6", ".", "20", "7", "198", ".", "90", "4", "A", "I 527. 814- AgR", "A", "I 812563 AGR / SP", "R", "E 588. 322", "S", "úm", "ula STF [UNK] 279", "A", "I 440. 036- AgR", "R", "Es 258. 478", "27", "6", ".", "25", "4", "22", "0", ".", "31", "6", "21", "6", ".", "20", "7", "198", ".", "90", "4", "A", "I 527. 814- AgR", "A", "I 812563", "A", "G", "R", "/", "SP", "R", "E 220. 316", "A", "I 730. 565- AgR", "A", "I 812563 AGR / SP", "R", "E 220. 316", "A", "I 730. 565- AgR", "A", "I 81", "2563", "A", "G", "R", "/", "SP", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "S", "úm", "ula n. 279 do ST", "A", "I 618. 150- AgR", "A", "I 812563 AGR / SP", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "S", "úm", "ula n. 279 do STF", "A", "I 618. 150- AgR", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ".", "NO", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 812. 563", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812. 563" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 145, inciso II, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 145, inciso II, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "artigo 203 da Lei Complementar Municipal n. 2 / 1994", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557, caput, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "artigo 203 da Lei Complementar Municipal n. 2 / 1994", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 145, inciso II, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 145, inciso II, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 5. 641 / 89", "IN", "CI", "SO II E AO § [UNK] DO ART. 145 DO MAGNO TEXTO", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei 5. 641 / 89", "IN", "CI", "SO II E AO § [UNK] DO ART. 145 DO MAGNO TEXTO", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "artigo 145, § [UNK], da Constituição do Brasil", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "artigo 145, § [UNK], da Constituição do Brasil", "AR", "T. 145, § [UNK], DA CONSTITUIÇÃO", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 145, § [UNK], da Constituição do Brasil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 145, § [UNK], da Constituição do Brasil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE GUARATINGUETÁ", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE G", "UA", "RA", "TI", "NGUET", "Á", "Município de Porto Velho", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE GUARATINGUETÁ", "Município de Porto Velho", "Município de Porto Velho", "Município de Porto Velho / RO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "Município de Porto Velho", "Município de Porto Velho / RO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "S", "ÃO PAULO", "Município de Porto Velho", "Município de", "Porto Velho", "S", "ÃO PAULO", "Município de Porto Velho", "Município de", "Porto Velho", "Município de Porto Velho / RO", "Município de Belo Horizonte", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "Município de Porto Velho / RO", "Município de Belo Horizonte", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "U", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE ITU", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE BELO HORIZONTE", "Município de Belo Horizonte", "Município de Belo Horizonte", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE GUARATINGUETÁ", "Brasil", "S", "ÃO PAULO", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE GUARATINGUETÁ" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "G", "UA", "R", "Á MOTOR S / A", ".", "A", "UDITORI", "A, PERÍCIA E ASSESSORIA S / C LTDA.", "T", "EB", "ER", "GA & FERNANDES LTDA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "G", "UA", "R", "Á MOTOR S / A", "A", "U", "DI", "TO", "RI", "A, PERÍCIA E ASSESSORIA S / C LTDA.", "E", "T", "EB", "GA & FERNANDES LTDA", "Guar", "á Motor S / A", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "G", "R", "Á", ".", "- AUDITORIA, PERÍCIA E ASSESSORIA S / C LTDA.", "T", "EB", "ER", "GA & FERNANDES LTDA", "Guar", "á Motor S / A", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal de Justiça de Rondônia", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal de Justiça de Rondônia", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Ple", "nário", "Guar", "á Motor S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ple", "nário", "Guar", "á Motor S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal de Justiça de Rondônia", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal de Justiça de Rondônia", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "A", "G", "R", "/", "Ple", "nário", "Supremo Tribunal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", 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MORGADO", "ER", "AN", "TO", "N", "IO CARLOS DE AZEREDO MORGADO", "M", "Ô", "N", "IC", "A AMOROSO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "UA", "A", "AN", "TO", "N", "IO CARLOS DE AZEREDO MORGA", "M", "Ô", "N", "IC", "A AMOROSO", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Gil", "mar Mendes", "Gil", "mar Mendes", "Il", "mar Galvão", "Il", "mar Galvão", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Gil", "mar Mendes", "Ellen Gracie", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Celso de Melo", "Il", "mar Galvão", "Il", "mar Galvão", "Il", "mar Galvão", "Ay", "res Britto", "Gil", "mar Mendes", "Ellen Gracie", "Se", "p", "úl", "ved", "a Pertence", "Celso de Melo", "Il", "mar Galvão", "Il", "mar Galvão", "Il", "mar Galvão", "Ay", "res Britto", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Il", "mar Galvão", "Er", "os Grau", "Il", "mar Galvão", "Er", "os Grau", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Er", "os Grau", "Er", "os Grau", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "A", ". C. MORGADO", "T", "EB", "ER", "GA & FERNANDES LTDA", "AN", "TO", "N", "IO CARLOS DE AZEREDO MORGADO", "M", "Ô", "N", "IC", "A AMOROSO", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "A", ". C. MORGADO", "AN", "TO", "N", "IO CARLOS DE AZEREDO MORGADO", "M", "Ô", "N", "IC", "A AMOROSO", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "6 de novembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "6 de novembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", ".", "9", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", ".", "9", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "29", ".", "6", ".", "2001", "18", ".", "11", ".", "2013", "23", ".", "11", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "29", ".", "6", ".", "2001", "18", ".", "11", ".", "2013", "23", ".", "11", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", ".", "9", ".", "2010", "24", ".", "2", ".", "2006", "9", ".", "12", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", ".", "9", ".", "2010", "24", ".", "2", ".", "2006", "9", ".", "12", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "29", ".", "6", ".", "2001", "27", ".", "2", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "29", ".", "6", ".", "2001", "27", ".", "2", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "27", ".", "4", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "27", ".", "4", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.461 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :JULIO CESAR AQUINO DOS SANTOS ADV.(A/S) :WALDYR ASSIS DOS SANTOS AGDO.(A/S) :ESPÓLIO DE ANTERO ALBERTO DO CRUZEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :WELLINGTON MOUSINHO LINS DOS SANTOS INTDO.(A/S) :LUIZ FERNANDO AQUINO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :THEREZINHA CHIBARNE DE BUSTAMENTE SÁ E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DOAÇÃO DE IMÓVEIS. ERRO DE CONSENTIMENTO. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279/STF. Hipótese em que para dissentir do entendimento do Tribunal de origem seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos (Súmula 279/STF), bem como o reexame da legislação infraconstitucional aplicada ao caso. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255315. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.461 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :JULIO CESAR AQUINO DOS SANTOS ADV.(A/S) :WALDYR ASSIS DOS SANTOS AGDO.(A/S) :ESPÓLIO DE ANTERO ALBERTO DO CRUZEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :WELLINGTON MOUSINHO LINS DOS SANTOS INTDO.(A/S) :LUIZ FERNANDO AQUINO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :THEREZINHA CHIBARNE DE BUSTAMENTE SÁ E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática que conheceu do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, pelos seguintes fundamentos: “(...) O recurso extraordinário de Júlio César Aquino dos Santos também não merece ser acolhido, uma vez que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF, in verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.’ Incide, igualmente, a jurisprudência do Supremo Tribunal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255316. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.461 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) :JULIO CESAR AQUINO DOS SANTOS ADV.(A/S) :WALDYR ASSIS DOS SANTOS AGDO.(A/S) :ESPÓLIO DE ANTERO ALBERTO DO CRUZEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :WELLINGTON MOUSINHO LINS DOS SANTOS INTDO.(A/S) :LUIZ FERNANDO AQUINO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :THEREZINHA CHIBARNE DE BUSTAMENTE SÁ E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática que conheceu do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, pelos seguintes fundamentos: “(...) O recurso extraordinário de Júlio César Aquino dos Santos também não merece ser acolhido, uma vez que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF, in verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.’ Incide, igualmente, a jurisprudência do Supremo Tribunal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255316. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 765461 AGR / RJ Federal que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nesse sentido, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski: ‘(...) II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.’ Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço dos agravos para negar seguimento aos recursos extraordinários.” 2. A parte agravante sustenta que “a agressão à carta magna que aniquilou o princípio do devido processo legal, restou mais que caracterizada pela não observação, em ralação à necessária intervenção do Ministério Público no feito, em face da constatação feita pela MM. Juíza Sentenciante, que registrou suas impressões em relação a incapacidade mental do 1º Autor, que de acordo com o que fizera constar padecia de ‘Mal de Alzheimer’”. 3. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255316. Supremo Tribunal Federal ARE 765461 AGR / RJ Federal que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nesse sentido, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski: ‘(...) II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.’ Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço dos agravos para negar seguimento aos recursos extraordinários.” 2. A parte agravante sustenta que “a agressão à carta magna que aniquilou o princípio do devido processo legal, restou mais que caracterizada pela não observação, em ralação à necessária intervenção do Ministério Público no feito, em face da constatação feita pela MM. Juíza Sentenciante, que registrou suas impressões em relação a incapacidade mental do 1º Autor, que de acordo com o que fizera constar padecia de ‘Mal de Alzheimer’”. 3. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255316. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.461 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. O agravo não deve ser provido, tendo em conta que a parte recorrente se limita a repetir as alegações do recurso extraordinário, sem trazer novos argumentos suficientes para modificar a decisão agravada. 2. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento ao recurso de apelação, sob o fundamento de que “emana dos autos, com clareza, que o agir dos Autores foi pautado pela atitude dos Réus, que se utilizaram de artifícios par enganá-los, acarretando uma manifestação viciada, que não correspondia à sua íntima vontade, caracterizando o dolo apto a anular o negócio jurídico viciado”. 3. Para dissentir do entendimento do Tribunal de origem, seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos, bem como o reexame da legislação infraconstitucional aplicada ao caso, procedimentos inviáveis neste momento processual. A hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Nesse sentido, veja-se a ementa do ARE 637.045-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux: “PROCESSUAL CIVIL. DOAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR À INSTITUIÇÃO RELIGIOSA. ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO. CÓDIGO CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário (precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255317. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.461 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 1. O agravo não deve ser provido, tendo em conta que a parte recorrente se limita a repetir as alegações do recurso extraordinário, sem trazer novos argumentos suficientes para modificar a decisão agravada. 2. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento ao recurso de apelação, sob o fundamento de que “emana dos autos, com clareza, que o agir dos Autores foi pautado pela atitude dos Réus, que se utilizaram de artifícios par enganá-los, acarretando uma manifestação viciada, que não correspondia à sua íntima vontade, caracterizando o dolo apto a anular o negócio jurídico viciado”. 3. Para dissentir do entendimento do Tribunal de origem, seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos, bem como o reexame da legislação infraconstitucional aplicada ao caso, procedimentos inviáveis neste momento processual. A hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Nesse sentido, veja-se a ementa do ARE 637.045-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux: “PROCESSUAL CIVIL. DOAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR À INSTITUIÇÃO RELIGIOSA. ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO. CÓDIGO CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário (precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255317. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. ROBERTO BARROSO ARE 765461 AGR / RJ 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11). 2. O art. 93, IX, da Constituição resta indene de violação quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos (precedentes: RE n. 611.926 - AgR/SC, 1ª T., Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ 03/03/2011; RE n. 626.689 - AgR/MG, 1ª T., Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ 02/03/11; AI n. 727.517 - AgR/RJ, 2ª T., Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 08/02/11; AI n. 749.229 - AgR/RS, 2ª T., Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 08/02/11). 3. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se violados, in casu, a ofensa seria indireta ou reflexa, o que também inviabiliza o recurso extraordinário (precedentes: AI n. 803.857-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 17.03.11; AI n. 812.678-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 08.02.11; AI n. 513.804-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, 1ª Turma, DJ 01.02.11). 4. A demonstração de que veículo automotor doado à instituição religiosa constitui, ou não, a integralidade do patrimônio do doador situa-se no contexto fático-probatório dos autos, demandando o revolvimento da matéria fática, o que é defeso em sede de recurso extraordinário em face do óbice erigido pela Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. 5. Agravo regimental desprovido.” 4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255317. Supremo Tribunal Federal ARE 765461 AGR / RJ 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11). 2. O art. 93, IX, da Constituição resta indene de violação quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos (precedentes: RE n. 611.926 - AgR/SC, 1ª T., Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ 03/03/2011; RE n. 626.689 - AgR/MG, 1ª T., Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ 02/03/11; AI n. 727.517 - AgR/RJ, 2ª T., Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 08/02/11; AI n. 749.229 - AgR/RS, 2ª T., Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 08/02/11). 3. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se violados, in casu, a ofensa seria indireta ou reflexa, o que também inviabiliza o recurso extraordinário (precedentes: AI n. 803.857-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 17.03.11; AI n. 812.678-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 08.02.11; AI n. 513.804-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, 1ª Turma, DJ 01.02.11). 4. A demonstração de que veículo automotor doado à instituição religiosa constitui, ou não, a integralidade do patrimônio do doador situa-se no contexto fático-probatório dos autos, demandando o revolvimento da matéria fática, o que é defeso em sede de recurso extraordinário em face do óbice erigido pela Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. 5. Agravo regimental desprovido.” 4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5255317. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.461 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) : JULIO CESAR AQUINO DOS SANTOS ADV.(A/S) : WALDYR ASSIS DOS SANTOS AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ANTERO ALBERTO DO CRUZEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : WELLINGTON MOUSINHO LINS DOS SANTOS INTDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO AQUINO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : THEREZINHA CHIBARNE DE BUSTAMENTE SÁ E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245112 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.461 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO AGTE.(S) : JULIO CESAR AQUINO DOS SANTOS ADV.(A/S) : WALDYR ASSIS DOS SANTOS AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ANTERO ALBERTO DO CRUZEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : WELLINGTON MOUSINHO LINS DOS SANTOS INTDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO AQUINO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : THEREZINHA CHIBARNE DE BUSTAMENTE SÁ E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245112 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5277273
2013-12-17T00:00:00
2014-02-14T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DOAÇÃO DE IMÓVEIS. ERRO DE CONSENTIMENTO. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279/STF. Hipótese em que para dissentir do entendimento do Tribunal de origem seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos (Súmula 279/STF), bem como o reexame da legislação infraconstitucional aplicada ao caso. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur254914
- Acórdão(s) citado(s): (ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, DOAÇÃO) ARE 637045 AgR (1ªT). Número de páginas: 6. Análise: 19/02/2014, MAR.
ROBERTO BARROSO
Primeira Turma
765461
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 765461 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : JULIO CESAR AQUINO DOS SANTOS ADV.(A/S) : WALDYR ASSIS DOS SANTOS AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ANTERO ALBERTO DO CRUZEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : WELLINGTON MOUSINHO LINS DOS SANTOS INTDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO AQUINO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : THEREZINHA CHIBARNE DE BUSTAMENTE SÁ E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765. 461", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "V", "S", "úm", "ula 279 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765. 461", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 765461", "A", "I 839. 837- AgR", "AR", "E 765461 AGR / RJ", "A", "I 839. 837- AgR", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765. 461", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 637. 045- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "A", "I n. 738. 145- AgR", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765. 461", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 637. 045- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "A", "I n. 738. 145- AgR", "5", "46", "A", "G", "R", "/", "RJ", "48", "2", ".", "31", "7", "-", "Ag", "R", "A", "I n. 646. 103- AgR", "R", "E n. 611. 926- AgR / SC", "R", "E n. 626. 689- AgR / MG", "A", "I n. 727. 517- AgR / RJ", "A", "I n. 749. 229- AgR / RS", "A", "I n. 803. 857- AgR", "A", "I n. 812. 678- AgR", "A", "I n. 513. 804- AgR", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "AR", "E 765461", "A", "G", "R", "/", "RJ", "48", "2", ".", "31", "7", "-", "Ag", "R", "A", "I n. 646. 103- AgR", "R", "E n. 611. 926- AgR / SC", "R", "E n. 626. 689- AgR / MG", ".", "A", "I n. 727. 517- AgR / RJ", "A", "I n. 749. 229- AgR / RS", "A", "I n. 803. 857- AgR", "A", "I n. 812. 678- AgR", "A", "I n. 513. 804- AgR", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "R", "EC", "UR", "SO", "A", "G", "RA", "VO 765. 461" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 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"Luiz Fux", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "R", "O", "B", "ER", "TO BARROSO", "J", "UL", "IO CESAR AQUINO DOS SANTOS", "W", "AL", "D", "Y", "R ASSIS DOS SANTOS", "ESP", "Ó", "L", "IO DE ANTERO ALBERTO DO CRUZEIRO", "W", "EL", "L", "IN", "G", "TO", "N MOUSINHO LINS DOS SANTOS", "L", "U", "I", "Z FERNANDO AQUINO DOS SANTOS", "T", "H", "ER", "E", "Z", "IN", "HA CHIBARNE DE BUSTAMENTE SÁ", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "25", ".", "02", ".", "11", "24", "/", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.360 BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ALESSANDRO MACIEL TEIXEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Concurso público. Limitação do número de habilitados na fase anterior para participação na subsequente. Possibilidade. Abertura de novo concurso. Prazo de validade. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não viola a Constituição Federal a limitação, pelo edital do concurso, do número de candidatos que participarão das fases subsequentes do certame, ainda que importe na eliminação de participantes que, não obstante tenham atingido as notas mínimas necessárias à habilitação, tenham se classificado além do número de vagas previsto no instrumento convocatório. 2. A Corte de origem concluiu, com base em normas infraconstitucionais e nos fatos e nas provas dos autos, que o prazo do concurso do qual participaram os ora agravantes já havia expirado quando da abertura da nova seleção. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276966. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15 Ementa e Acórdão ARE 656360 AGR / BA Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276966. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276966. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 15 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.360 BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ALESSANDRO MACIEL TEIXEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Alessandro Maciel Teixeira e Outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR COM ARRIMO NO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INOVAÇÃO DA LIDE EM SEDE DE AGRAVO REGIMENTAL. APRECIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CONCURSO PÚBLICO. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA. CANDIDATOS APROVADOS NA PRIMEIRA ETAPA, MAS NÃO CLASSIFICADOS DENTRO DAS VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. PROSSEGUIMENTO NAS DEMAIS ETAPAS DO CERTAME POR FORÇA DE LIMINAR. INAPLICABILIDADE DA TEORIA DO FATO CONSUMADO. PARTICIPAÇÃO NO CURSO DE Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.360 BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ALESSANDRO MACIEL TEIXEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Alessandro Maciel Teixeira e Outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR COM ARRIMO NO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INOVAÇÃO DA LIDE EM SEDE DE AGRAVO REGIMENTAL. APRECIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CONCURSO PÚBLICO. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA. CANDIDATOS APROVADOS NA PRIMEIRA ETAPA, MAS NÃO CLASSIFICADOS DENTRO DAS VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. PROSSEGUIMENTO NAS DEMAIS ETAPAS DO CERTAME POR FORÇA DE LIMINAR. INAPLICABILIDADE DA TEORIA DO FATO CONSUMADO. PARTICIPAÇÃO NO CURSO DE Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 15 Relatório ARE 656360 AGR / BA FORMAÇÃO. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. PRECEDENTES. 1. É permitido ao relator do recurso especial valer-se do art. 557 do Código de Processo Civil, quando o entendimento adotado na decisão monocrática encontra-se em consonância com a jurisprudência dominante desta Corte Superior de Justiça. 2. Fica superada eventual ofensa ao art. 557 do Código de Processo Civil pelo julgamento colegiado do agravo regimental interposto contra a decisão singular do Relator. Precedentes. 3. Em sede de agravo regimental não são apreciadas as alegações estranhas às razões da insurgência recursal e à motivação da decisão agravada, por se tratar da vedada inovação de fundamentos. 4. Conforme se depreende da documentação acostada aos auto, houve apenas uma prorrogação do concurso público e, portanto, é de ser afastado o argumento de que o novo certame foi aberto quando ainda válido aquele no qual os Impetrantes lograram classificação. 5. A Teoria do Fato Consumado, em matéria de concurso público, não é aplicável quando a participação do candidato no certame ocorre tão somente em razão de decisão liminar. 6. Não obtida classificação dentro do número de vagas fixado no edital, não há direito líquido e certo de participar do curso de formação relativo ao concurso público. 5. Agravo regimental desprovido’. Opostos embargos de declaração, foram acolhidos, mas ‘sem efeitos modificativos’. Opostos novos embargos declaratórios, foram rejeitados. Sustenta o agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação dos artigos 5º, caput e inciso XXXVI, e 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA FORMAÇÃO. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. PRECEDENTES. 1. É permitido ao relator do recurso especial valer-se do art. 557 do Código de Processo Civil, quando o entendimento adotado na decisão monocrática encontra-se em consonância com a jurisprudência dominante desta Corte Superior de Justiça. 2. Fica superada eventual ofensa ao art. 557 do Código de Processo Civil pelo julgamento colegiado do agravo regimental interposto contra a decisão singular do Relator. Precedentes. 3. Em sede de agravo regimental não são apreciadas as alegações estranhas às razões da insurgência recursal e à motivação da decisão agravada, por se tratar da vedada inovação de fundamentos. 4. Conforme se depreende da documentação acostada aos auto, houve apenas uma prorrogação do concurso público e, portanto, é de ser afastado o argumento de que o novo certame foi aberto quando ainda válido aquele no qual os Impetrantes lograram classificação. 5. A Teoria do Fato Consumado, em matéria de concurso público, não é aplicável quando a participação do candidato no certame ocorre tão somente em razão de decisão liminar. 6. Não obtida classificação dentro do número de vagas fixado no edital, não há direito líquido e certo de participar do curso de formação relativo ao concurso público. 5. Agravo regimental desprovido’. Opostos embargos de declaração, foram acolhidos, mas ‘sem efeitos modificativos’. Opostos novos embargos declaratórios, foram rejeitados. Sustenta o agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação dos artigos 5º, caput e inciso XXXVI, e 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15 Relatório ARE 656360 AGR / BA 37, caput, e incisos I e II, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno d o Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que o acórdão recorrido não se afastou da jurisprudência desta Corte, firmada no sentido de ser assegurado o direito à nomeação do candidato aprovado dentro do número de vagas previstas no edital do concurso público. Esse entendimento foi consolidado no julgamento do RE nº 598.099/MS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 3/10/11, de cuja ementa se extrai o seguinte trecho: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS EM EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS. I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA 37, caput, e incisos I e II, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno d o Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que o acórdão recorrido não se afastou da jurisprudência desta Corte, firmada no sentido de ser assegurado o direito à nomeação do candidato aprovado dentro do número de vagas previstas no edital do concurso público. Esse entendimento foi consolidado no julgamento do RE nº 598.099/MS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 3/10/11, de cuja ementa se extrai o seguinte trecho: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS EM EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS. I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15 Relatório ARE 656360 AGR / BA nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas. II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. BOA-FÉ. PROTEÇÃO À CONFIANÇA. O dever de boa-fé da Administração Pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas do concurso público. Isso igualmente decorre de um necessário e incondicional respeito à segurança jurídica como princípio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como princípio de proteção à confiança. Quando a Administração torna público um edital de concurso, convocando todos os cidadãos a participarem de seleção para o preenchimento de determinadas vagas no serviço público, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital. Aqueles cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame público depositam sua confiança no Estado administrador, que deve atuar de forma responsável quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança jurídica como guia de comportamento. Isso quer dizer, em outros termos, que o comportamento da Administração Pública no decorrer do concurso público deve se pautar pela boa-fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito à confiança nela depositada por todos os cidadãos (...)’. Sobre o tema, destaco o seguinte precedente: 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas. II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. BOA-FÉ. PROTEÇÃO À CONFIANÇA. O dever de boa-fé da Administração Pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas do concurso público. Isso igualmente decorre de um necessário e incondicional respeito à segurança jurídica como princípio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como princípio de proteção à confiança. Quando a Administração torna público um edital de concurso, convocando todos os cidadãos a participarem de seleção para o preenchimento de determinadas vagas no serviço público, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital. Aqueles cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame público depositam sua confiança no Estado administrador, que deve atuar de forma responsável quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança jurídica como guia de comportamento. Isso quer dizer, em outros termos, que o comportamento da Administração Pública no decorrer do concurso público deve se pautar pela boa-fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito à confiança nela depositada por todos os cidadãos (...)’. Sobre o tema, destaco o seguinte precedente: 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15 Relatório ARE 656360 AGR / BA ‘RECURSO ORDINÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL - CANDIDATA APROVADA MAS NÃO CLASSIFICADA DENTRO DAS VAGAS PREVISTAS PARA O CURSO DE FORMAÇÃO - EXPIRAÇÃO DO PRAZO DE VALIDADE - ABERTURA DE NOVO CONCURSO - PRETERIÇÃO - INEXISTÊNCIA Ambas as Turmas desta Corte, em decisões recentes, firmaram o entendimento de que não há direito ao ingresso no curso de formação nem a ocorrência de preterição na abertura de novo processo de seleção (quando já expirado o prazo de validade do anterior), com relação aos candidatos que, embora aprovados na primeira etapa do certame, não obtiveram classificação dentro do número de vagas previstas no edital. A participação em segunda etapa de concurso público assegurada por força de liminar cassada, posteriormente, em decisão definitiva, não é apta a caracterizar o direito líquido e certo à nomeação. Recurso ordinário a que se nega provimento’ (RMS nº 23.787/DF, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 15/3/02) . Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: ‘(...) No que diz respeito à alegação de que a validade do concurso foi, ilegalmente, prorrogada por 02 (duas) vezes, não assiste razão aos ora Agravantes, porquanto, em sendo a homologação do concurso datada de 27/02/2003, o prazo de validade previsto no edital – 01 ano – que se estenderia até 27/02/2004 foi, em 22/01/2004, prorrogado por igual período, ou seja, até 22/01/2005. Assim, como é possível depreender-se da documentação acostada aos autos (fl. 155 e fl. 267), houve apenas uma prorrogação. A partir dessas constatações, é de ser afastado 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA ‘RECURSO ORDINÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL - CANDIDATA APROVADA MAS NÃO CLASSIFICADA DENTRO DAS VAGAS PREVISTAS PARA O CURSO DE FORMAÇÃO - EXPIRAÇÃO DO PRAZO DE VALIDADE - ABERTURA DE NOVO CONCURSO - PRETERIÇÃO - INEXISTÊNCIA Ambas as Turmas desta Corte, em decisões recentes, firmaram o entendimento de que não há direito ao ingresso no curso de formação nem a ocorrência de preterição na abertura de novo processo de seleção (quando já expirado o prazo de validade do anterior), com relação aos candidatos que, embora aprovados na primeira etapa do certame, não obtiveram classificação dentro do número de vagas previstas no edital. A participação em segunda etapa de concurso público assegurada por força de liminar cassada, posteriormente, em decisão definitiva, não é apta a caracterizar o direito líquido e certo à nomeação. Recurso ordinário a que se nega provimento’ (RMS nº 23.787/DF, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 15/3/02) . Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: ‘(...) No que diz respeito à alegação de que a validade do concurso foi, ilegalmente, prorrogada por 02 (duas) vezes, não assiste razão aos ora Agravantes, porquanto, em sendo a homologação do concurso datada de 27/02/2003, o prazo de validade previsto no edital – 01 ano – que se estenderia até 27/02/2004 foi, em 22/01/2004, prorrogado por igual período, ou seja, até 22/01/2005. Assim, como é possível depreender-se da documentação acostada aos autos (fl. 155 e fl. 267), houve apenas uma prorrogação. A partir dessas constatações, é de ser afastado 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15 Relatório ARE 656360 AGR / BA igualmente o argumento de que o novo concurso, datado de janeiro de 2006 (fls. 95/102), foi aberto quando ainda válido aquele no qual os ora Recorridos lograram classificação’. Nesse caso, para acolher a pretensão dos agravantes e ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem, seria necessário o reexame dos fatos e provas dos autos e a interpretação das cláusulas editalícias que regem o certame, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454 desta Corte. A propósito, destaco os seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PERITO CRIMINAL FEDERAL. EDITAL. CURSO DE FORMAÇÃO. ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO. LOTAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes. 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 4. É que o recurso 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA igualmente o argumento de que o novo concurso, datado de janeiro de 2006 (fls. 95/102), foi aberto quando ainda válido aquele no qual os ora Recorridos lograram classificação’. Nesse caso, para acolher a pretensão dos agravantes e ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem, seria necessário o reexame dos fatos e provas dos autos e a interpretação das cláusulas editalícias que regem o certame, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454 desta Corte. A propósito, destaco os seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PERITO CRIMINAL FEDERAL. EDITAL. CURSO DE FORMAÇÃO. ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO. LOTAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes. 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 4. É que o recurso 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 15 Relatório ARE 656360 AGR / BA extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. POLÍCIA FEDERAL. LOTAÇÃO. CURSO DE FORMAÇÃO. TURMAS SUBSEQUENTES. PREFERÊNCIA DE CANDIDATO, DE TURMA ANTERIOR, MELHOR CLASSIFICADO NO CERTAME. DESCABIMENTO. 1. Alega o impetrante ter direito à prioridade de escolha de vagas destinadas aos concluintes dos cursos de formação subseqüentes para provimento do cargo de Perito Criminal Federal, do mesmo concurso. 2. Por esse raciocínio, qualquer vaga aberta a novo candidato advindo de turma de curso de formação ulterior teria que, primeiro, ser-lhe oferecida. Se houvesse esse direito de preferência em relação a candidato de turma seguinte, no mesmo concurso, com mais razão haveria de ser respeita da a suposta preferência em relação a candidatos em concursos posteriores. 3. A isonomia deve ser observada para a nomeação e primeira lotação. A partir daí, há de se reconhecer uma margem de discricionariedade para o remanejamento de pessoal, com vistas a atender as necessidades específicas das atividades do órgão. 4. Se não pode ser nomeado integrante de turma subseqüente para uma vaga que não foi oferecida para a 1ª Turma, com mais razão não poderá ser nomeado candidato de um concurso posterior para essa nova vaga, sem que essa vaga seja oferecida a todos os que se encontram já integrando o quadro de pessoal da Polícia Federal. Isso geraria permanente rodízio de pessoal, com interrupção de atividades. 5. Apelação e remessa oficial providas para, reformando a sentença, indeferir o pedido do impetrante. 6. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 787.165/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 13/9/12). 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. POLÍCIA FEDERAL. LOTAÇÃO. CURSO DE FORMAÇÃO. TURMAS SUBSEQUENTES. PREFERÊNCIA DE CANDIDATO, DE TURMA ANTERIOR, MELHOR CLASSIFICADO NO CERTAME. DESCABIMENTO. 1. Alega o impetrante ter direito à prioridade de escolha de vagas destinadas aos concluintes dos cursos de formação subseqüentes para provimento do cargo de Perito Criminal Federal, do mesmo concurso. 2. Por esse raciocínio, qualquer vaga aberta a novo candidato advindo de turma de curso de formação ulterior teria que, primeiro, ser-lhe oferecida. Se houvesse esse direito de preferência em relação a candidato de turma seguinte, no mesmo concurso, com mais razão haveria de ser respeita da a suposta preferência em relação a candidatos em concursos posteriores. 3. A isonomia deve ser observada para a nomeação e primeira lotação. A partir daí, há de se reconhecer uma margem de discricionariedade para o remanejamento de pessoal, com vistas a atender as necessidades específicas das atividades do órgão. 4. Se não pode ser nomeado integrante de turma subseqüente para uma vaga que não foi oferecida para a 1ª Turma, com mais razão não poderá ser nomeado candidato de um concurso posterior para essa nova vaga, sem que essa vaga seja oferecida a todos os que se encontram já integrando o quadro de pessoal da Polícia Federal. Isso geraria permanente rodízio de pessoal, com interrupção de atividades. 5. Apelação e remessa oficial providas para, reformando a sentença, indeferir o pedido do impetrante. 6. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 787.165/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 13/9/12). 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15 Relatório ARE 656360 AGR / BA ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CURSO DE FORMAÇÃO. NÚMERO LIMITADO DE VAGAS. CANDIDATOS APROVADOS FORA DO NÚMERO DE VAGAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise prévia da legislação infraconstitucional e das normas editalícias e, ainda, do reexame de provas (Súmula n. 279). Ofensa constitucional indireta. 2. Inadmissibilidade de inovação de fundamento no agravo regimental. Precedentes’ (AI 598.675/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/3/09). Nesse mesmo sentido, também, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 746.737/DF, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 3/6/13; AI nº 857.864/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 3/6/13; AI nº 857.792/DF, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/12/12; e RE nº 663.252/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 7/11/12. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. Alegam os agravantes que a decisão agravada teria violado o direito ao contraditório, uma vez que não teriam sido explicitadas as razões pelas quais se negou seguimento ao recurso extraordinário. Aduzem, ainda, que não buscam o reexame “das cláusulas editalícias que regem o certame, mas sim o reconhecimento de seus direitos em decorrência da violação expressa do edital, da lei, e dos princípios constitucionais.” Asseveram, por fim, que não seria aplicável ao caso o óbice da Súmula nº 279/STF. É o relatório. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CURSO DE FORMAÇÃO. NÚMERO LIMITADO DE VAGAS. CANDIDATOS APROVADOS FORA DO NÚMERO DE VAGAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise prévia da legislação infraconstitucional e das normas editalícias e, ainda, do reexame de provas (Súmula n. 279). Ofensa constitucional indireta. 2. Inadmissibilidade de inovação de fundamento no agravo regimental. Precedentes’ (AI 598.675/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/3/09). Nesse mesmo sentido, também, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 746.737/DF, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 3/6/13; AI nº 857.864/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 3/6/13; AI nº 857.792/DF, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/12/12; e RE nº 663.252/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 7/11/12. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. Alegam os agravantes que a decisão agravada teria violado o direito ao contraditório, uma vez que não teriam sido explicitadas as razões pelas quais se negou seguimento ao recurso extraordinário. Aduzem, ainda, que não buscam o reexame “das cláusulas editalícias que regem o certame, mas sim o reconhecimento de seus direitos em decorrência da violação expressa do edital, da lei, e dos princípios constitucionais.” Asseveram, por fim, que não seria aplicável ao caso o óbice da Súmula nº 279/STF. É o relatório. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276963. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.360 BAHIA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Anote-se, inicialmente, que não procede a alegação preliminar dos agravantes no sentido de que a decisão agravada, ao afirmar ser desnecessária a análise da repercussão geral, não teria explicitado “qual seria a outra razão de inadmissibilidade, o que violaria o direito do contraditório tendo em vista que ficaram sem saber qual o real motivo do não seguimento do recurso extraordinário”. Com efeito, ao se afastar, no caso, a necessidade da análise da repercussão geral, é obvio que a negativa de seguimento do recurso ocorreu em razão dos demais fundamentos externados na decisão ora agravada, não havendo falar, assim, em violação do direito ao contraditório. Quanto ao mérito, colhe-se do voto proferido no julgamento do agravo regimental no recurso em mandado de segurança proferido no Superior Tribunal de Justiça o seguinte: “A partir da leitura das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, bem como do exame da documentação acostada aos autos, tenho quer não assiste aos recorrentes qualquer direito líquido e certo de participar do curso de formação relativo ao concurso público a que se submeteram, uma vez que não obtiveram a classificação dentro do número de vagas fixado no Edital para a região a qual optaram por concorrer (…)”. Assim, é certo que os ora agravantes deixaram de participar das demais fases do concurso porque, apesar de habilitados na primeira etapa, não lograram classificação dentro do número de vagas previsto no edital. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.360 BAHIA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Anote-se, inicialmente, que não procede a alegação preliminar dos agravantes no sentido de que a decisão agravada, ao afirmar ser desnecessária a análise da repercussão geral, não teria explicitado “qual seria a outra razão de inadmissibilidade, o que violaria o direito do contraditório tendo em vista que ficaram sem saber qual o real motivo do não seguimento do recurso extraordinário”. Com efeito, ao se afastar, no caso, a necessidade da análise da repercussão geral, é obvio que a negativa de seguimento do recurso ocorreu em razão dos demais fundamentos externados na decisão ora agravada, não havendo falar, assim, em violação do direito ao contraditório. Quanto ao mérito, colhe-se do voto proferido no julgamento do agravo regimental no recurso em mandado de segurança proferido no Superior Tribunal de Justiça o seguinte: “A partir da leitura das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, bem como do exame da documentação acostada aos autos, tenho quer não assiste aos recorrentes qualquer direito líquido e certo de participar do curso de formação relativo ao concurso público a que se submeteram, uma vez que não obtiveram a classificação dentro do número de vagas fixado no Edital para a região a qual optaram por concorrer (…)”. Assim, é certo que os ora agravantes deixaram de participar das demais fases do concurso porque, apesar de habilitados na primeira etapa, não lograram classificação dentro do número de vagas previsto no edital. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 656360 AGR / BA A jurisprudência deste Tribunal tem se posicionado no sentido de que não viola a Constituição Federal a limitação, pelo edital do concurso, do número de candidatos que participarão das fases subsequentes do certame, ainda que importe na eliminação de participantes que, não obstante tenham atingido as notas mínimas necessárias à habilitação, tenham se classificado além do número de vagas previsto no instrumento convocatório. Nesse sentido, anote-se: “ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. AUDITOR DO TESOURO NACIONAL. EDITAL 18/91. APROVAÇÃO NA PRIMEIRA ETAPA E NÃO-APROVEITAMENTO NA SEGUNDA. DIREITO ADQUIRIDO: INEXISTÊNCIA. ANÁLISE DE CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279 E 454 DO SFT. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A Lei 8.541/92 autorizou, conforme interesse da administração pública, a convocação de candidatos para 2ª fase do certame. No caso, a aprovação na primeira fase do concurso não gera direito adquirido à participação da segunda etapa. II - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação de cláusulas editalícias. Súmulas 279 e 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 724.066/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 6/3/09). “I. Concurso público: limitação do número de candidatos habilitados à segunda fase. 1. O art. 37, II, da Constituição, ao dispor que a investidura em cargo público depende de aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, não impede a Administração de estabelecer, como condição para a realização das etapas sucessivas de um concurso, que o candidato, além de alcançar determinada pontuação mínima na fase precedente, esteja, como ocorreu na 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA A jurisprudência deste Tribunal tem se posicionado no sentido de que não viola a Constituição Federal a limitação, pelo edital do concurso, do número de candidatos que participarão das fases subsequentes do certame, ainda que importe na eliminação de participantes que, não obstante tenham atingido as notas mínimas necessárias à habilitação, tenham se classificado além do número de vagas previsto no instrumento convocatório. Nesse sentido, anote-se: “ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. AUDITOR DO TESOURO NACIONAL. EDITAL 18/91. APROVAÇÃO NA PRIMEIRA ETAPA E NÃO-APROVEITAMENTO NA SEGUNDA. DIREITO ADQUIRIDO: INEXISTÊNCIA. ANÁLISE DE CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279 E 454 DO SFT. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A Lei 8.541/92 autorizou, conforme interesse da administração pública, a convocação de candidatos para 2ª fase do certame. No caso, a aprovação na primeira fase do concurso não gera direito adquirido à participação da segunda etapa. II - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação de cláusulas editalícias. Súmulas 279 e 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 724.066/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 6/3/09). “I. Concurso público: limitação do número de candidatos habilitados à segunda fase. 1. O art. 37, II, da Constituição, ao dispor que a investidura em cargo público depende de aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, não impede a Administração de estabelecer, como condição para a realização das etapas sucessivas de um concurso, que o candidato, além de alcançar determinada pontuação mínima na fase precedente, esteja, como ocorreu na 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 656360 AGR / BA espécie, entre os 100 melhor classificados na primeira fase. 2. Ausência, ademais, de ofensa ao princípio da isonomia: não são idênticas as situações dos candidatos que se habilitaram nas primeiras colocações e os que se habilitaram nas últimas. II. Concurso público: recurso extraordinário: inviabilidade. Já decidiu o Supremo Tribunal que não compete ao Poder Judiciário, no controle jurisdicional da legalidade, examinar o conteúdo de questões de concurso público para aferir a avaliação ou correção dos gabaritos. Precedentes” (AI nº 608.639/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 13/4/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Concurso Público. Fiscal do Trabalho. Aprovação na 1a etapa. Não convocação para 2a etapa. Prazo de validade não prorrogado. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 367.460/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/2/06). “CONSTITUCIONAL. PROVIMENTO DO RECURSO PELO RELATOR. CONCURSO PÚBLICO. AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL. I. - Legitimidade constitucional da atribuição conferida ao Relator para arquivar, negar seguimento a pedido ou recurso e a dar provimento a este - R.I./S.T.F., art. 21, § 1º; Lei 8.038/90, art. 38; C.P.C., art. 557, redação da Lei 9.756/98 - desde que, mediante recurso, possam as decisões ser submetidas ao controle do Colegiado. II. - Candidato não classificado entre os que deveriam participar da segunda fase do concurso público, ou seja, do Curso de Formação Profissional. Inocorrência do direito de disputar vagas de concurso aberto após vencido o prazo de vigência do concurso anterior. Não ocorrência de preterição na ordem classificatória. Precedentes de ambas da Turmas. III. - Agravo não provido” (AI nº 392.266/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 4/4/03). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA espécie, entre os 100 melhor classificados na primeira fase. 2. Ausência, ademais, de ofensa ao princípio da isonomia: não são idênticas as situações dos candidatos que se habilitaram nas primeiras colocações e os que se habilitaram nas últimas. II. Concurso público: recurso extraordinário: inviabilidade. Já decidiu o Supremo Tribunal que não compete ao Poder Judiciário, no controle jurisdicional da legalidade, examinar o conteúdo de questões de concurso público para aferir a avaliação ou correção dos gabaritos. Precedentes” (AI nº 608.639/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 13/4/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Concurso Público. Fiscal do Trabalho. Aprovação na 1a etapa. Não convocação para 2a etapa. Prazo de validade não prorrogado. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 367.460/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/2/06). “CONSTITUCIONAL. PROVIMENTO DO RECURSO PELO RELATOR. CONCURSO PÚBLICO. AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL. I. - Legitimidade constitucional da atribuição conferida ao Relator para arquivar, negar seguimento a pedido ou recurso e a dar provimento a este - R.I./S.T.F., art. 21, § 1º; Lei 8.038/90, art. 38; C.P.C., art. 557, redação da Lei 9.756/98 - desde que, mediante recurso, possam as decisões ser submetidas ao controle do Colegiado. II. - Candidato não classificado entre os que deveriam participar da segunda fase do concurso público, ou seja, do Curso de Formação Profissional. Inocorrência do direito de disputar vagas de concurso aberto após vencido o prazo de vigência do concurso anterior. Não ocorrência de preterição na ordem classificatória. Precedentes de ambas da Turmas. III. - Agravo não provido” (AI nº 392.266/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 4/4/03). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 656360 AGR / BA Desse modo, não havendo os agravantes participado de todas as fases do concurso em razão de legítima limitação editalícia, não releva discutir o prazo de validade do concurso do qual participaram, haja vista que a Constituição, nesse contexto, confere proteção ao candidato aprovado em todas as etapas do certame, seja no caso de preterição da ordem de classificação, seja no caso da abertura de novo concurso ou da criação de novas vagas dentro do prazo de validade da seleção. Por outro lado, ainda que assim não fosse, a Corte de origem consignou que o novo concurso foi aberto após expirado o prazo de validade do concurso do qual participaram os ora agravantes. Assim, para acolher a tese de que o novo concurso foi aberto, ainda quando válido o anterior, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional aplicável à espécie, bem como o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário, haja vista os óbices das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Anote-se, por fim, que não se aplica ao caso dos autos o que decidido no RE nº 598.009/MS-RG, pois, naquele caso, assegurou-se o direito à nomeação de candidatos aprovados dentro do número de vagas, o que aqui não ocorre, conforme foi consignado pelas instâncias de origem. Nego provimento ao agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Supremo Tribunal Federal ARE 656360 AGR / BA Desse modo, não havendo os agravantes participado de todas as fases do concurso em razão de legítima limitação editalícia, não releva discutir o prazo de validade do concurso do qual participaram, haja vista que a Constituição, nesse contexto, confere proteção ao candidato aprovado em todas as etapas do certame, seja no caso de preterição da ordem de classificação, seja no caso da abertura de novo concurso ou da criação de novas vagas dentro do prazo de validade da seleção. Por outro lado, ainda que assim não fosse, a Corte de origem consignou que o novo concurso foi aberto após expirado o prazo de validade do concurso do qual participaram os ora agravantes. Assim, para acolher a tese de que o novo concurso foi aberto, ainda quando válido o anterior, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional aplicável à espécie, bem como o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário, haja vista os óbices das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Anote-se, por fim, que não se aplica ao caso dos autos o que decidido no RE nº 598.009/MS-RG, pois, naquele caso, assegurou-se o direito à nomeação de candidatos aprovados dentro do número de vagas, o que aqui não ocorre, conforme foi consignado pelas instâncias de origem. Nego provimento ao agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276964. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 15 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.360 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ALESSANDRO MACIEL TEIXEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245031 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.360 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ALESSANDRO MACIEL TEIXEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245031 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5290064
2013-12-17T00:00:00
2014-02-18T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Concurso público. Limitação do número de habilitados na fase anterior para participação na subsequente. Possibilidade. Abertura de novo concurso. Prazo de validade. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não viola a Constituição Federal a limitação, pelo edital do concurso, do número de candidatos que participarão das fases subsequentes do certame, ainda que importe na eliminação de participantes que, não obstante tenham atingido as notas mínimas necessárias à habilitação, tenham se classificado além do número de vagas previsto no instrumento convocatório. 2. A Corte de origem concluiu, com base em normas infraconstitucionais e nos fatos e nas provas dos autos, que o prazo do concurso do qual participaram os ora agravantes já havia expirado quando da abertura da nova seleção. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido.
sjur281523
- Acórdão(s) citado(s): (CONCURSO PÚBLICO, CLÁUSULA, EDITAL) AI 392266 AgR (2ªT), RE 367460 AgR (2ªT), AI 724066 AgR (1ªT). Número de páginas: 15. Análise: 22/10/2014, AUR.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
656360
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 656360 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ALESSANDRO MACIEL TEIXEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656. 360", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "AR", "E 656360 AGR / B", "A", "AR", "E 656360", "A", "G", "R", "/", "B", "A", "REC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656. 360", "AR", "E 656360 AGR / BA", "AR", "E 656360 AG", "R", "/", "BA", "AR", "E 656360", "A", "G", "R", "/ B", "A", "Que", "st", "ão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "R", "E [UNK] 598. 099 / MS", "AR", "E 656360", "A", "G", "R", "/", "B", "A", "Que", "st", "ão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "R", "E [UNK] 598. 099 / MS", "AR", "E 656360 AGR / BA", "AR", "E 656360 AGR / BA", "AR", "E 656360 AGR / BA", "R", "MS [UNK] 23. 787 / DF", "AR", "E 656360 AGR / BA", "R", "MS [UNK] 23. 787 / DF", "AR", "E 656360 AGR / BA", "S", "úm", "ulas", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 279 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 656360 AGR / BA", "S", "úm", "ulas [UNK] 279 e 454 desta Corte", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 279 / STF", "S", "úm", "ula 279 / STF", "AR", "E 656360 AGR / BA", "A", "I [UNK] 787. 165 / DF- AgR", "AR", "E 656360 AGR / BA", "A", "I [UNK] 787. 165 / DF- AgR", "AR", "E 656360 AGR / BA", "S", "úm", "ula", "A", "I 598. 675 / SP- AgR", "R", "E [UNK] 746. 737 / DF", "A", "I [UNK] 857. 864 / DF", "A", "I [UNK] 857. 792 / DF", "R", "E [UNK] 663. 252 / DF", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "AR", "E 656360 AG", "R", "/", "B", "A", "S", "úm", "ula n. 279", "A", "I 598. 675 / SP- AgR", "R", "E [UNK] 746. 737 / DF", "A", "I [UNK] 857. 864 / DF", "A", "I [UNK] 857. 792 / DF", "R", "E [UNK] 663. 252 / DF", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "A", "G", ". REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656. 360", "AR", "E 656360", "A", "G", "R", "/", "B", "A", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 454 DO SFT", "S", "úm", "ulas 279 e 454 do STF", "A", "I [UNK] 724. 066 / DF- AgR", "AR", "E 656360 AGR / BA", "E", "DI", "TA", "L 18 / 91", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 279 E 454 DO SFT", "S", "úm", "ulas 279 e 454 do STF", "A", "I [UNK] 724. 066 / DF- AgR", "AR", "E", "A", "G", "R", "/", "B", "A", "A", "I [UNK] 608. 639 / RJ-", "Ag", "R", "R", "E [UNK] 367. 460 / DF-", "Ag", "R", "A", "I [UNK] 392. 266 / DF- AgR", "AR", "E 656360 AGR / BA", "A", "I [UNK] 608. 639 / RJ- AgR", "R", "E [UNK] 367. 460 / DF- AgR", "R", "A", "I [UNK] 392. 266 / DF- AgR", "AR", "E 656360 AGR / BA", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "R", "E [UNK] 598. 009 / MS- RG", "AR", "E 656360 AGR / BA", "S", "úm", "ulas [UNK] 636 e 279 / STF", "R", "E [UNK] 598. 009 / MS- RG", "R", "EC", "UR", "SO EXTRA", "CO", "M", "A", "G", "RA", "VO 656. 360" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "TI", "GO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL", "MP n° 2. 200- 2", "/", "2001", "AR", "TI", "GO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557 do Código de Processo Civil", "art. 557 do Código de Processo Civil", "artigos [UNK], caput e inciso XXXVI", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 557 do Código de Processo Civil", "art. 557 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo 323 do Regimento Interno d o Supremo Tribunal Federal", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "37, caput, e incisos I e II, da Constituição Federal", "artigo 323 do Regimento Interno d o Supremo Tribunal Federal", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "art. 323 do RISTF", "art. 102, III, § [UNK], da CF", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "AR", "T. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "art. 323 do RISTF", "art. 102, III, § [UNK], da CF", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "E", "DI", "TA", "Lei 8. 541 / 92", "art. 37, II, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "Lei 8. 541 / 92", "art. 37, II, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "R. 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.929 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI PACTE.(S) :ROGÉRIO FRANCISCO ALVES IMPTE.(S) :JOÃO VIEIRA NETO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO PREVENTIVA. CARACTERIZAÇÃO. SITUAÇÃO INCOMPATÍVEL COM O PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO (CF, ART. 5º, LXXVIII). CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. ORDEM CONCEDIDA. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a demora para conclusão da instrução criminal, como circunstância apta a ensejar constrangimento ilegal, somente se dá em hipóteses excepcionais, nas quais a mora seja decorrência de (a) evidente desídia do órgão judicial, (b) exclusiva atuação da parte acusadora, ou (c) outra situação incompatível com o princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da CF/88. Precedentes. 2. No caso, transcorridos mais de 4 anos sem que o paciente sequer tenha sido levado a júri, é de se concluir que a manutenção da segregação cautelar representa situação de constrangimento ilegal. 3. Ordem concedida, para que o paciente seja posto em liberdade, salvo se por outro motivo estiver preso. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em conceder a ordem de habeas corpus, para que o paciente Rogério Francisco Alves seja posto em liberdade, com a ressalva de que fica o juízo competente autorizado a impor, considerando as circunstâncias de fato e as condições pessoais do paciente, quaisquer das medidas diversas da prisão previstas no artigo Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087303. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão HC 108929 / PE 319 do Código de Processo Penal, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087303. Supremo Tribunal Federal HC 108929 / PE 319 do Código de Processo Penal, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.929 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI PACTE.(S) :ROGÉRIO FRANCISCO ALVES IMPTE.(S) :JOÃO VIEIRA NETO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado em favor de Rogério Francisco Alves contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem nos autos do HC 172.093/PE. Eis a ementa do julgado: “HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A VIDA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PLEITO PELO RELAXAMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA. CIRCUNSTÂNCIAS AUTORIZADORAS PRESENTES. EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. NÃO CONFIGURADO. 1. As Turmas componentes da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça já cristalizaram o entendimento de inexistir constrangimento ilegal quando a prisão suficientemente fundamentada, retratar a necessidade da medida para garantir a ordem pública, por conveniência da instrução ou para assegurar a aplicação da lei penal. 2. No caso concreto, a privação da liberdade do paciente encontra-se fundamentada na periculosidade e no desrespeito às normas legais, demonstrados pelo modus operandi dos delitos. Evidente, ainda, pela ameaça às testemunhas. 3. Improcede a alegação de excesso de prazo para o encerramento da instrução criminal, diante da complexidade das circunstâncias dos procedimentos, sendo que, na espécie, a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087304. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.929 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI PACTE.(S) :ROGÉRIO FRANCISCO ALVES IMPTE.(S) :JOÃO VIEIRA NETO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado em favor de Rogério Francisco Alves contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem nos autos do HC 172.093/PE. Eis a ementa do julgado: “HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A VIDA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PLEITO PELO RELAXAMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA. CIRCUNSTÂNCIAS AUTORIZADORAS PRESENTES. EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. NÃO CONFIGURADO. 1. As Turmas componentes da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça já cristalizaram o entendimento de inexistir constrangimento ilegal quando a prisão suficientemente fundamentada, retratar a necessidade da medida para garantir a ordem pública, por conveniência da instrução ou para assegurar a aplicação da lei penal. 2. No caso concreto, a privação da liberdade do paciente encontra-se fundamentada na periculosidade e no desrespeito às normas legais, demonstrados pelo modus operandi dos delitos. Evidente, ainda, pela ameaça às testemunhas. 3. Improcede a alegação de excesso de prazo para o encerramento da instrução criminal, diante da complexidade das circunstâncias dos procedimentos, sendo que, na espécie, a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório HC 108929 / PE eventual demora se encontra justificada pela razoabilidade. 4. Ordem denegada”. Os impetrantes sustentam, em síntese, que: (a) o paciente foi denunciado pela suposta prática de um homicídio consumado (art. 121, § 2º, I e IV, do CP) e outro tentado (art. 121, § 2º, I e IV, c/c o art. 14, II, do CP), em concurso material (art. 69 do CP); (b) por esses fatos, foi preso preventivamente em 03/09/2009, custódia que foi mantida ao ser indeferido o pedido de liberdade provisória formulado pela defesa; (c) está configurado o excesso para o encerramento da instrução criminal, uma vez que não há “previsibilidade para a confecção da sentença de pronúncia, onde o Estado-Juiz é o único causador da demora injustificável da atividade jurisdicional, acarretando dano irreparável ao Paciente que não deu causa a demora (…)”; (d) a prisão cautelar não está devidamente fundamentada, especialmente porque a ameaça à testemunha referida no decreto não condiz com a realidade processual. Requer a concessão da ordem, “a fim de efetivar a tutela pretendida com a revogação da prisão preventiva (CPP, art. 316) e/ou o reconhecimento do cárcere por tempo excessivo com o relaxamento da prisão(art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal de 1988) do Paciente (…)”. O pedido de liminar foi indeferido. O Juízo da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital (Recife) prestou informações. Em parecer, a Procuradoria-Geral da República manifesta-se pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087304. Supremo Tribunal Federal HC 108929 / PE eventual demora se encontra justificada pela razoabilidade. 4. Ordem denegada”. Os impetrantes sustentam, em síntese, que: (a) o paciente foi denunciado pela suposta prática de um homicídio consumado (art. 121, § 2º, I e IV, do CP) e outro tentado (art. 121, § 2º, I e IV, c/c o art. 14, II, do CP), em concurso material (art. 69 do CP); (b) por esses fatos, foi preso preventivamente em 03/09/2009, custódia que foi mantida ao ser indeferido o pedido de liberdade provisória formulado pela defesa; (c) está configurado o excesso para o encerramento da instrução criminal, uma vez que não há “previsibilidade para a confecção da sentença de pronúncia, onde o Estado-Juiz é o único causador da demora injustificável da atividade jurisdicional, acarretando dano irreparável ao Paciente que não deu causa a demora (…)”; (d) a prisão cautelar não está devidamente fundamentada, especialmente porque a ameaça à testemunha referida no decreto não condiz com a realidade processual. Requer a concessão da ordem, “a fim de efetivar a tutela pretendida com a revogação da prisão preventiva (CPP, art. 316) e/ou o reconhecimento do cárcere por tempo excessivo com o relaxamento da prisão(art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal de 1988) do Paciente (…)”. O pedido de liminar foi indeferido. O Juízo da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital (Recife) prestou informações. Em parecer, a Procuradoria-Geral da República manifesta-se pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.929 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a demora para conclusão da instrução criminal, como circunstância apta a ensejar constrangimento ilegal, somente se dá em hipóteses excepcionais, nas quais a mora seja decorrência de (a) evidente desídia do órgão judicial, (b) exclusiva atuação da parte acusadora, ou (c) outra situação incompatível com o princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da CF/88. Ilustrativo, a esse respeito, entre outros, os seguintes precedentes: HC 113357, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 06-05-2013; HC 86850, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJ 06-11-2006; HC 87913, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJ 07-12-2006. É certo, por outro lado, que as particularidades do processo, como, por exemplo, o número de réus, a quantidade de testemunhas a serem inquiridas, o número de delitos imputados, a necessidade de expedição de cartas precatórias, devem ser levadas em consideração para a análise do decurso temporal (v.g., HC 104849, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 01-03-2011; HC 98689, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe de 06-11-2009; HC 106675, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe de 14-06- 2011). 2. No caso, o paciente foi denunciado e, posteriormente, preso preventivamente em 03/09/2009, pela suposta prática de um homicídio consumado e outro tentado, porque teria desferido cinco tiros de arma de fogo contra uma das vítimas, atingindo-a no lado direito do tórax e na face anterior da coxa, provocando ferimentos que a levaram a óbito. Na ocasião, um dos disparos atingiu também uma adolescente que passava Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 108.929 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a demora para conclusão da instrução criminal, como circunstância apta a ensejar constrangimento ilegal, somente se dá em hipóteses excepcionais, nas quais a mora seja decorrência de (a) evidente desídia do órgão judicial, (b) exclusiva atuação da parte acusadora, ou (c) outra situação incompatível com o princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da CF/88. Ilustrativo, a esse respeito, entre outros, os seguintes precedentes: HC 113357, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 06-05-2013; HC 86850, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJ 06-11-2006; HC 87913, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJ 07-12-2006. É certo, por outro lado, que as particularidades do processo, como, por exemplo, o número de réus, a quantidade de testemunhas a serem inquiridas, o número de delitos imputados, a necessidade de expedição de cartas precatórias, devem ser levadas em consideração para a análise do decurso temporal (v.g., HC 104849, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 01-03-2011; HC 98689, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe de 06-11-2009; HC 106675, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe de 14-06- 2011). 2. No caso, o paciente foi denunciado e, posteriormente, preso preventivamente em 03/09/2009, pela suposta prática de um homicídio consumado e outro tentado, porque teria desferido cinco tiros de arma de fogo contra uma das vítimas, atingindo-a no lado direito do tórax e na face anterior da coxa, provocando ferimentos que a levaram a óbito. Na ocasião, um dos disparos atingiu também uma adolescente que passava Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 108929 / PE pelo local, provocando-lhe ferimentos em uma das pernas. Em suas informações, o juízo de primeira instância esclareceu o seguinte, no que interessa: “(...) Despacho recebendo a denúncia e decretando a segregação cautelar do acusado (fls. 140/142). Em 22/09/2009, o presente processo fora remetido ao mutirão judiciário, apenas retornando a esta vara no dia 23/10/2009. Citação do ora paciente para apresentar defesa preliminar, em 09/10/2009. Defesa preliminar acostada aos autos em 06/11/2009 (fls. 186). (…) Decisão deferindo o pedido de restituição do bem apreendido, qual seja, (…), bem assim despacho designando audiência de instrução e julgamento para o dia 22/03/2010, às 14:00 (fls. 216/217). Termo de não realização de audiência motivado pela não apresentação do réu pela Seres, ocasião em que foi designado o ato processual para o dia 14/07/2010, às 15:00, na impossibilidade de ocorrência em data mais próxima, em virtude dos demais processos com réus presos. (…) Realização de audiência, em 14 de julho de 20[10], ocasião em que foram ouvidas algumas testemunhas da acusação, sendo determinado o dia 08/11/2010 às 15h30min para continuação da AIJ, para ouvir as remanescentes que não estiveram presentes. Audiência realizada em 08 de novembro de 2010 às 15h41min. (…) Decisão indeferindo o pedido de revogação da custódia cautelar, determinando o dia 16/03/2011 às 13h30min para a realização do interrogatório do réu. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Supremo Tribunal Federal HC 108929 / PE pelo local, provocando-lhe ferimentos em uma das pernas. Em suas informações, o juízo de primeira instância esclareceu o seguinte, no que interessa: “(...) Despacho recebendo a denúncia e decretando a segregação cautelar do acusado (fls. 140/142). Em 22/09/2009, o presente processo fora remetido ao mutirão judiciário, apenas retornando a esta vara no dia 23/10/2009. Citação do ora paciente para apresentar defesa preliminar, em 09/10/2009. Defesa preliminar acostada aos autos em 06/11/2009 (fls. 186). (…) Decisão deferindo o pedido de restituição do bem apreendido, qual seja, (…), bem assim despacho designando audiência de instrução e julgamento para o dia 22/03/2010, às 14:00 (fls. 216/217). Termo de não realização de audiência motivado pela não apresentação do réu pela Seres, ocasião em que foi designado o ato processual para o dia 14/07/2010, às 15:00, na impossibilidade de ocorrência em data mais próxima, em virtude dos demais processos com réus presos. (…) Realização de audiência, em 14 de julho de 20[10], ocasião em que foram ouvidas algumas testemunhas da acusação, sendo determinado o dia 08/11/2010 às 15h30min para continuação da AIJ, para ouvir as remanescentes que não estiveram presentes. Audiência realizada em 08 de novembro de 2010 às 15h41min. (…) Decisão indeferindo o pedido de revogação da custódia cautelar, determinando o dia 16/03/2011 às 13h30min para a realização do interrogatório do réu. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 108929 / PE Realização do interrogatório do acusado no dia 16 de março de 2011, dando por encerrada a instrução criminal, determinando que as partes ofereçam suas alegações finais em memoriais no prazo sucessivo de cinco dias. Apresentação de alegações finais por parte do Ministério Público. Alegações finais ofertadas pela defesa. Ressalto que o presente feito encontra-se concluso para decisão, encontrando-se superada a instrução criminal (Súmula nº 52 do STJ)”. Em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, constata-se que a sentença de pronúncia foi proferida em 14/12/2011, decisão contra a qual foi interposto recurso em sentido estrito pela defesa (Processo 0010367-21.2012.8.17.0000). Na Corte estadual, o recurso foi distribuído em 06/06/2012 e encontra-se concluso com o parecer do Ministério Público desde 21/06/2012. 3. Não obstante a análise dos autos revelar que a prisão preventiva do paciente foi devidamente fundamentada à luz dos pressupostos estabelecidos no art. 312 do Código de Processo Penal, em especial para a garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal (= relatos de ameaça a testemunhas), há um fato objetivo a ser considerado: o paciente ficou preso preventivamente por mais de 2 anos e 3 meses aguardando a sua pronúncia (único réu). O recurso interposto contra essa decisão encontra-se parado no Tribunal de Justiça local há quase 1 ano e 6 meses, sem nenhuma movimentação. No total, já são mais de 4 anos e 2 meses de prisão cautelar sem que sequer tenha sentença de pronúncia definitiva. Importante registrar que, embora tenha sido interposto em seu favor recurso em sentido estrito que inibi o andamento da ação penal, não se pode atribuir ao paciente a demora em seu julgamento, nem se pode negar a ele o legítimo direito de utilizar dos meios de defesa que a Constituição e as leis lhe asseguram. Assim, ante o quadro apresentado, imperioso reconhecer que a 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Supremo Tribunal Federal HC 108929 / PE Realização do interrogatório do acusado no dia 16 de março de 2011, dando por encerrada a instrução criminal, determinando que as partes ofereçam suas alegações finais em memoriais no prazo sucessivo de cinco dias. Apresentação de alegações finais por parte do Ministério Público. Alegações finais ofertadas pela defesa. Ressalto que o presente feito encontra-se concluso para decisão, encontrando-se superada a instrução criminal (Súmula nº 52 do STJ)”. Em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, constata-se que a sentença de pronúncia foi proferida em 14/12/2011, decisão contra a qual foi interposto recurso em sentido estrito pela defesa (Processo 0010367-21.2012.8.17.0000). Na Corte estadual, o recurso foi distribuído em 06/06/2012 e encontra-se concluso com o parecer do Ministério Público desde 21/06/2012. 3. Não obstante a análise dos autos revelar que a prisão preventiva do paciente foi devidamente fundamentada à luz dos pressupostos estabelecidos no art. 312 do Código de Processo Penal, em especial para a garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal (= relatos de ameaça a testemunhas), há um fato objetivo a ser considerado: o paciente ficou preso preventivamente por mais de 2 anos e 3 meses aguardando a sua pronúncia (único réu). O recurso interposto contra essa decisão encontra-se parado no Tribunal de Justiça local há quase 1 ano e 6 meses, sem nenhuma movimentação. No total, já são mais de 4 anos e 2 meses de prisão cautelar sem que sequer tenha sentença de pronúncia definitiva. Importante registrar que, embora tenha sido interposto em seu favor recurso em sentido estrito que inibi o andamento da ação penal, não se pode atribuir ao paciente a demora em seu julgamento, nem se pode negar a ele o legítimo direito de utilizar dos meios de defesa que a Constituição e as leis lhe asseguram. Assim, ante o quadro apresentado, imperioso reconhecer que a 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 108929 / PE situação retratada é incompatível com o princípio da razoável duração do processo (CF, art. 5º, XXLIII). Ora, a decisão que determinou a segregação cautelar durante o curso da ação penal é tomada no pressuposto implícito de que o processo tenha curso normal e prazo razoável de duração, o que, aliás, é direito fundamental dos litigantes (Convenção Americana sobre Direitos Humanos, promulgada pelo Decreto 678/92, art. 7º). Não sendo assim, a prisão acaba representando, na prática, uma punição antecipada, sem devido processo e sem condenação. Nessa linha de consideração, entre outros: HC 108004, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 17-12-2012; HC 112599, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 08-10-2012); HC 110365, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 16-03-2012; HC 107798, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe de 10-04-2012, este último assim ementado: “HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO PARA O JULGAMENTO DO PACIENTE NO TRIBUNAL DO JÚRI. ALONGAMENTO PROCESSUAL PARA O QUAL NÃO CONCORREU DECISIVAMENTE A DEFESA. DIREITO SUBJETIVO À RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO. RETARDAMENTO INJUSTIFICADO DA CAUSA. ORDEM CONCEDIDA. 1. O Supremo Tribunal Federal entende que a aferição de eventual excesso de prazo é de se dar em cada caso concreto, atento o julgador às peculiaridades do processo em que estiver oficiando. 2. A prisão instrumental do paciente já ultrapassa 5 (cinco) anos, tempo superior até mesmo a algumas das penas do Código Penal. Prazo alongado, esse, que não é de ser debitado decisivamente à defesa. 3. A gravidade da increpação não obsta o direito subjetivo à razoável duração do processo (inciso LXXVIII do art. 5º da CF). 4. Ordem concedida”. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Supremo Tribunal Federal HC 108929 / PE situação retratada é incompatível com o princípio da razoável duração do processo (CF, art. 5º, XXLIII). Ora, a decisão que determinou a segregação cautelar durante o curso da ação penal é tomada no pressuposto implícito de que o processo tenha curso normal e prazo razoável de duração, o que, aliás, é direito fundamental dos litigantes (Convenção Americana sobre Direitos Humanos, promulgada pelo Decreto 678/92, art. 7º). Não sendo assim, a prisão acaba representando, na prática, uma punição antecipada, sem devido processo e sem condenação. Nessa linha de consideração, entre outros: HC 108004, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 17-12-2012; HC 112599, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 08-10-2012); HC 110365, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 16-03-2012; HC 107798, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe de 10-04-2012, este último assim ementado: “HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO PARA O JULGAMENTO DO PACIENTE NO TRIBUNAL DO JÚRI. ALONGAMENTO PROCESSUAL PARA O QUAL NÃO CONCORREU DECISIVAMENTE A DEFESA. DIREITO SUBJETIVO À RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO. RETARDAMENTO INJUSTIFICADO DA CAUSA. ORDEM CONCEDIDA. 1. O Supremo Tribunal Federal entende que a aferição de eventual excesso de prazo é de se dar em cada caso concreto, atento o julgador às peculiaridades do processo em que estiver oficiando. 2. A prisão instrumental do paciente já ultrapassa 5 (cinco) anos, tempo superior até mesmo a algumas das penas do Código Penal. Prazo alongado, esse, que não é de ser debitado decisivamente à defesa. 3. A gravidade da increpação não obsta o direito subjetivo à razoável duração do processo (inciso LXXVIII do art. 5º da CF). 4. Ordem concedida”. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI HC 108929 / PE 4. Diante do exposto, concedo a ordem de habeas corpus, para que o paciente Rogério Francisco Alves seja posto em liberdade, com a ressalva de que fica o juízo competente autorizado a impor, considerando as circunstâncias de fato e as condições pessoais do paciente, quaisquer das medidas diversas da prisão previstas no art. 319 do Código de Processo Penal. É o voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Supremo Tribunal Federal HC 108929 / PE 4. Diante do exposto, concedo a ordem de habeas corpus, para que o paciente Rogério Francisco Alves seja posto em liberdade, com a ressalva de que fica o juízo competente autorizado a impor, considerando as circunstâncias de fato e as condições pessoais do paciente, quaisquer das medidas diversas da prisão previstas no art. 319 do Código de Processo Penal. É o voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.929 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI PACTE.(S) : ROGÉRIO FRANCISCO ALVES IMPTE.(S) : JOÃO VIEIRA NETO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por votação unânime, concedeu a ordem de habeas corpus, para que o paciente Rogério Francisco Alves seja posto em liberdade, com a ressalva de que fica o juízo competente autorizado a impor, considerando as circunstâncias de fato e as condições pessoais do paciente, quaisquer das medidas diversas da prisão previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089339 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.929 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI PACTE.(S) : ROGÉRIO FRANCISCO ALVES IMPTE.(S) : JOÃO VIEIRA NETO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por votação unânime, concedeu a ordem de habeas corpus, para que o paciente Rogério Francisco Alves seja posto em liberdade, com a ressalva de que fica o juízo competente autorizado a impor, considerando as circunstâncias de fato e as condições pessoais do paciente, quaisquer das medidas diversas da prisão previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089339 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5270929
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma, por votação unânime, concedeu a ordem de habeas corpus, para que o paciente Rogério Francisco Alves seja posto em liberdade, com a ressalva de que fica o juízo competente autorizado a impor, considerando as circunstâncias de fato e as condições pessoais do paciente, quaisquer das medidas diversas da prisão previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 17.12.2013.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO PREVENTIVA. CARACTERIZAÇÃO. SITUAÇÃO INCOMPATÍVEL COM O PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO (CF, ART. 5º, LXXVIII). CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. ORDEM CONCEDIDA. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a demora para conclusão da instrução criminal, como circunstância apta a ensejar constrangimento ilegal, somente se dá em hipóteses excepcionais, nas quais a mora seja decorrência de (a) evidente desídia do órgão judicial, (b) exclusiva atuação da parte acusadora, ou (c) outra situação incompatível com o princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da CF/88. Precedentes. 2. No caso, transcorridos mais de 4 anos sem que o paciente sequer tenha sido levado a júri, é de se concluir que a manutenção da segregação cautelar representa situação de constrangimento ilegal. 3. Ordem concedida, para que o paciente seja posto em liberdade, salvo se por outro motivo estiver preso.
sjur254651
- Acórdão(s) citado(s): (DEMORA, INSTRUÇÃO CRIMINAL, CONSTRANGIMENTO ILEGAL, EXCEPCIONALIDADE) HC 86850 (2ªT), HC 87913 (1ªT), HC 113357 (2ªT). (DEMORA, INSTRUÇÃO CRIMINAL, EXPEDIÇÃO, CARTA PRECATÓRIA, PLURALIDADE, RÉUS, TESTEMUNHAS, DELITOS) HC 98689 (1ªT), HC 104849 (2ªT), HC 106675 (2ªT). (EXCESSO DE PRAZO, PRISÃO CAUTELAR, CONSTRANGIMENTO ILEGAL) HC 107798 (2ªT), HC 108004 (2ªT), HC 110365 (1ªT), HC 112599 (2ªT). Número de páginas: 10. Análise: 18/02/2014, RAF. Revisão: 14/04/2014, SER.
TEORI ZAVASCKI
Segunda Turma
108929
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00043 INC-00078\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-INT CVC ANO-1969\n ART-00007\n CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS ASSINADA EM SÃO JOSÉ DA COSTA RICA, OEA\n\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00312 ART-00319\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n\n", "LEG-FED DLG-000027 ANO-1992\n DECRETO LEGISLATIVO - APROVA A CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS ASSINADA EM SÃO JOSÉ DA COSTA RICA, OEA \n\n", "LEG-FED DEC-000678 ANO-1992\n DECRETO - PROMULGA A CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS ASSINADA EM SÃO JOSÉ DA COSTA RICA, OEA" ]
HC
acordaos
HC 108929
[ "" ]
PACTE.(S) : ROGÉRIO FRANCISCO ALVES IMPTE.(S) : JOÃO VIEIRA NETO E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 929", "H", "C 108929 / PE 319 do Código de Processo Penal", "H", "C 108929 / PE 319 do Código de Processo Penal", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 929", "H", "C 172. 093 / PE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 929", "H", "C 172. 093 / PE", "H", "C 108929 / PE", "H", "C 108929 / PE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 929", "H", "C 113357", "H", "C 86850", "H", "C 87913", "H", "C 104849", "H", "C 98689", "H", "C 10667", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 929", "H", "C 113357", "H", "C 86850", "H", "C 87913", "H", "C 104849", "H", "C 98689", "H", "C 106675", "H", "C 108929 / PE", "H", "C 108929 / PE", "H", "C 108929 / PE", "S", "úm", "ula [UNK] 52 do STJ", "Processo 0010367- 21. 2012. 8. 17. 0000", "H", "C 108929 / PE", "S", "úm", "ula [UNK] 52 do STJ", "Processo 0010367- 21. 2012. 8. 17. 0000", "H", "C 108929 / PE", "H", "C 108004", "H", "C 112599", "H", "C 110365", "H", "C 107798", "H", "C 108929 / PE", "H", "C 108004", "H", "C 112599", "H", "C 110365", "H", "C 107798", "H", "C 108929 / PE", "H", "C 108929 / PE", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 929", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 108. 929" ], "LEGISLACAO": [ "C", "F, ART. 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"Rogério Francisco Alves", "Gil", "mar Mendes", "Cá", "r", "men Lúcia", "Celso de Mello", "Gil", "mar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Te", "ori Zavascki", "Od", "im Brandão Ferreira", "Ra", "vena Siqueira" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "03", "/", "09", "/", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "03", "/", "09", "/", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "06", "-", "05", "-", "2013", "06", "-", "11", "-", "2006", "07", "-", "12", "-", "2006", "01", "-", "03", "-", "2011", "06", "-", "11", "-", "2009", "14", "-", "06", "-", "2011", "03", "/", "09", "/", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "06", "-", "05", "-", "2013", "06", "-", "11", "-", "2006", "07", "-", "12", "-", "2006", "01", "-", "03", "-", "2011", "06", "-", "11", "-", "2009", "14", "-", "06", "-", "2011", "03", "/", "09", "/", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", "/", "09", "/", "2009", "23", "/", "10", "/", "2009", "09", "/", "10", "/", "2009", "06", "/", "11", "/", "2009", "22", "/", "03", "/", "2010", "14", "/", "07", "/", "2010", "14 de julho de 20", "08", "/", "11", "/", "2010", "08 de novembro de 2010", "16", "/", "03", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", "/", "09", "/", "2009", "23", "/", "10", "/", "2009", "09", "/", "10", "/", "2009", "06", "/", "11", "/", "2009", "22", "/", "03", "/", "2010", "14", "/", "07", "/", "2010", "14 de julho de 20", "08", "/", "11", "/", "2010", "08 de novembro de 2010", "16", "/", "03", "/", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de março de 2011", "14", "/", "12", "/", "2011", "06", "/", "06", "/", "2012", "21", "/", "06", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de março de 2011", "14", "/", "12", "/", "2011", "06", "/", "06", "/", "2012", "21", "/", "06", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "-", "12", "-", "2012", "08", "-", "10", "-", "2012", "16", "-", "03", "-", "2012", "10", "-", "04", "-", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "-", "12", "-", "2012", "08", "-", "10", "-", "2012", "16", "-", "03", "-", "2012", "10", "-", "04", "-", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "12", ".", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.637 PARANÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :IRM MADEIRAS LTDA ADV.(A/S) :JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE CURITIBA ADV.(A/S) :ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA. ACÓRDÃO RECORRIDO CONFORME A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SÚMULA 668/STF. LC MUNICIPAL 28/99. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087207. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.637 PARANÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :IRM MADEIRAS LTDA ADV.(A/S) :JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE CURITIBA ADV.(A/S) :ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão que reconsiderou a decisão de fl. 392 e negou seguimento ao recurso extraordinário, sob o fundamento de que o cerne da discussão não está na possibilidade de aplicação de alíquota progressiva em período anterior à EC 29/2000, mas na previsão, ou não, de progressividade pela Lei Complementar Municipal 28/99, o que enseja o exame de norma local, incabível na via extraordinária, por incidir o óbice da Súmula 280/STF. Sustenta a parte agravante, em suma, que (a) a controvérsia trata da progressividade da alíquota do IPTU, instituída pela Lei Complementar 28/99, matéria já pacificada pelo Plenário desta Corte quanto a sua inconstitucionalidade, não havendo o óbice previsto na Súmula 280/STF; (b) sua pretensão está em consonância com a Súmula 668/STF. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087349. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.637 PARANÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :IRM MADEIRAS LTDA ADV.(A/S) :JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE CURITIBA ADV.(A/S) :ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão que reconsiderou a decisão de fl. 392 e negou seguimento ao recurso extraordinário, sob o fundamento de que o cerne da discussão não está na possibilidade de aplicação de alíquota progressiva em período anterior à EC 29/2000, mas na previsão, ou não, de progressividade pela Lei Complementar Municipal 28/99, o que enseja o exame de norma local, incabível na via extraordinária, por incidir o óbice da Súmula 280/STF. Sustenta a parte agravante, em suma, que (a) a controvérsia trata da progressividade da alíquota do IPTU, instituída pela Lei Complementar 28/99, matéria já pacificada pelo Plenário desta Corte quanto a sua inconstitucionalidade, não havendo o óbice previsto na Súmula 280/STF; (b) sua pretensão está em consonância com a Súmula 668/STF. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087349. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.637 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A decisão agravada é do seguinte teor: 2. A decisão agravada merece reforma. O Tribunal de origem, interpretando a Lei Complementar Municipal 28/99, considerou que não houve imposição de alíquota progressiva de IPTU, razão pela qual afastou a necessidade de restituição do imposto recolhido no exercício de 2000. No recurso extraordinário o recorrente insurge-se contra essa interpretação, lançando mão do raciocínio de que a referida norma previu alíquota progressiva. O cerne da discussão não está na possibilidade de aplicação de alíquota progressiva em período anterior à EC 29/2000, mas na previsão, ou não, de progressividade pela Lei Complementar Municipal 28/99, o que enseja o exame de norma local, incabível na via extraordinária, por incidir o óbice da Súmula 280/STF (Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário ). 3. Diante do exposto, reconsidero a decisão de fl. 392 e nego seguimento ao recurso extraordinário. O agravo regimental não traz qualquer subsídio apto a alterar os fundamentos da decisão agravada, razão pela qual deve ser mantido incólume este entendimento. 2. O Tribunal de origem decidiu que (a) no exercício fiscal de 1998 e 1999, a cobrança do IPTU era progressiva, pois variável conforme o uso e a área do imóvel; (b) como, nessa época, não havia previsão constitucional para a progressividade do IPTU (o que se deu apenas com a EC 29/00), é inconstitucional a cobrança do imposto nestes exercícios, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087350. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.637 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A decisão agravada é do seguinte teor: 2. A decisão agravada merece reforma. O Tribunal de origem, interpretando a Lei Complementar Municipal 28/99, considerou que não houve imposição de alíquota progressiva de IPTU, razão pela qual afastou a necessidade de restituição do imposto recolhido no exercício de 2000. No recurso extraordinário o recorrente insurge-se contra essa interpretação, lançando mão do raciocínio de que a referida norma previu alíquota progressiva. O cerne da discussão não está na possibilidade de aplicação de alíquota progressiva em período anterior à EC 29/2000, mas na previsão, ou não, de progressividade pela Lei Complementar Municipal 28/99, o que enseja o exame de norma local, incabível na via extraordinária, por incidir o óbice da Súmula 280/STF (Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário ). 3. Diante do exposto, reconsidero a decisão de fl. 392 e nego seguimento ao recurso extraordinário. O agravo regimental não traz qualquer subsídio apto a alterar os fundamentos da decisão agravada, razão pela qual deve ser mantido incólume este entendimento. 2. O Tribunal de origem decidiu que (a) no exercício fiscal de 1998 e 1999, a cobrança do IPTU era progressiva, pois variável conforme o uso e a área do imóvel; (b) como, nessa época, não havia previsão constitucional para a progressividade do IPTU (o que se deu apenas com a EC 29/00), é inconstitucional a cobrança do imposto nestes exercícios, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087350. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI RE 587637 AGR-SEGUNDO / PR conforme a Súmula 668 do STF; (c) no exercício fiscal de 2000, vigia a LC 28/99, a qual unificou a alíquota do IPTU prevista na lei anterior, prevendo um valor fixo de 3%, não havendo, quanto a este exercício, progressividade. Portanto, neste período, não existe nenhuma ilegalidade ou inconstitucionalidade (fls. 251/274). Destarte, refutar as afirmações do acórdão de que a alíquota fixa de 3% não é progressiva, para se acolher as alegações da parte agravante de que “a alíquota única não existe, porque na prática foi mantida a progressividade” (fl. 303), demandaria a análise da Lei Complementar Municipal 28/99, e da Lei Municipal 6.202/80, inviável no âmbito do recurso extraordinário, nos termos da Súmula 280/STF. 3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087350. Supremo Tribunal Federal RE 587637 AGR-SEGUNDO / PR conforme a Súmula 668 do STF; (c) no exercício fiscal de 2000, vigia a LC 28/99, a qual unificou a alíquota do IPTU prevista na lei anterior, prevendo um valor fixo de 3%, não havendo, quanto a este exercício, progressividade. Portanto, neste período, não existe nenhuma ilegalidade ou inconstitucionalidade (fls. 251/274). Destarte, refutar as afirmações do acórdão de que a alíquota fixa de 3% não é progressiva, para se acolher as alegações da parte agravante de que “a alíquota única não existe, porque na prática foi mantida a progressividade” (fl. 303), demandaria a análise da Lei Complementar Municipal 28/99, e da Lei Municipal 6.202/80, inviável no âmbito do recurso extraordinário, nos termos da Súmula 280/STF. 3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5087350. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.637 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : IRM MADEIRAS LTDA ADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA ADV.(A/S) : ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089372 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.637 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : IRM MADEIRAS LTDA ADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA ADV.(A/S) : ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089372 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5253778
2013-12-17T00:00:00
2014-02-11T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA. ACÓRDÃO RECORRIDO CONFORME A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SÚMULA 668/STF. LC MUNICIPAL 28/99. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
sjur254332
Número de páginas: 5. Análise: 13/02/2014, MAR.
TEORI ZAVASCKI
Segunda Turma
587637
[ "LEG-FED SUMSTF-000280 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000668 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-MUN LCP-000028 ANO-1999\n LEI COMPLEMENTAR DO MUNICÍPIO DE CURITIBA, PR\n\n", "LEG-MUN LEI-006202 ANO-1980\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA, PR" ]
RE-AgR-segundo
acordaos
RE 587637 AgR-segundo
[ "" ]
AGTE.(S) : IRM MADEIRAS LTDA ADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA ADV.(A/S) : ROBERTO DE SOUZA MOSCOSO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 637", "S", "Ú", "M", "UL", "A 668 / STF", "L", "C", "S", "Ú", "M", "UL", "A 280 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 637", "S", "úm", "ula 280 / STF", "S", "úm", "ula 280 / STF", "S", "úm", "ula 668 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 637", "S", "úm", "ula", "S", "úm", "ula 280 / STF", "S", "úm", "ula 668 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 637", "S", "úm", "ula 280 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 637", "S", "úm", "ula 280 / STF", "R", "E 587637 AGR- SEGUNDO / PR", "S", "úm", "ula 668 do STF", "S", "úm", "ula 280 / STF", "R", "E 587637 AGR- SEGUNDO / PR", "S", "úm", "ula 668 do STF", "S", "úm", "ula 280 / STF", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 637", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 587. 637" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "EC 29 / 2000", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "Lei Complementar 28 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "EC 29 / 2000", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "Lei Complementar 28 / 99", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "EC 29 / 2000", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "EC 29 / 00", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "EC 29 / 2000", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "EC 29 / 00", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "C 28 / 99", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "Lei Municipal 6. 202 / 80", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "L", "C 28 / 99", "Lei Complementar Municipal 28 / 99", "Lei Municipal 6. 202 / 80", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "ER", "AL", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PA", "RA", "N", "Á", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE CURITIBA", "Brasília", "PA", "RA", "N", "Á", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE CURITIBA", "PA", "RA", "N", "Á", "M", "UN", "IC", "Í", "PI", "O DE CURITIBA", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á", "PA", "RA", "N", "Á", "Í", "PI", "O", "C", "UR", "IT", "IB", "A", "PA", "RA", "N", "Á", "UN", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.928 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :FRANCISCO DUARTE DE MOURA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REAJUSTE. LEI 10.698/2003. DEBATE INFRACONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. AUMENTO DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS PELO PODER JUDICIÁRIO SOB O FUNDAMENTO DA ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 339/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 17.9.2010. Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal. Na compreensão desta Suprema Corte, o texto constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões de seu convencimento, sem necessidade, contudo, do exame detalhado de cada argumento esgrimido pelas partes. O exame da alegada ofensa aos arts. 5º, XXXV e LV, e 37, X, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, Lei 10.698/2003, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Divergir do entendimento do acórdão recorrido quanto à natureza do pagamento da vantagem no valor fixo de R$ 59,87 (cinquenta e nove reais e oitenta e sete centavos), estabelecida pela Lei 10.698/03, se revisão geral ou vantagem pecuniária individual, demandaria a análise de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088646. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15 Ementa e Acórdão ARE 763928 AGR / DF legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Na esteira da jurisprudência desta Corte, a equiparação de vencimentos requer a edição de lei específica, razão pela qual não se admite a extensão, pela via judicial, de vantagem de natureza pessoal, legalmente instituída, a pretexto de se empregar tratamento isonômico. Óbice da Súmula 339/STF. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088646. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Na esteira da jurisprudência desta Corte, a equiparação de vencimentos requer a edição de lei específica, razão pela qual não se admite a extensão, pela via judicial, de vantagem de natureza pessoal, legalmente instituída, a pretexto de se empregar tratamento isonômico. Óbice da Súmula 339/STF. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 15 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.928 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :FRANCISCO DUARTE DE MOURA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra decisão por mim proferida, mediante a qual negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, manejam agravo regimental Francisco Duarte de Moura e Outro (a/s). Os agravantes insurgem-se contra a decisão agravada, ao argumento de que há ofensa direta e frontal aos arts. 5º, XXXV, e LV, 37, X, e 93, IX, da Constituição da República, uma vez que afirmam possuir direito a reajuste anual. Aduzem a negativa de prestação jurisdicional no momento em que o Tribunal a quo rejeitou os embargos de declaração opostos (fl. 215). Alegam a não incidência da Súmula 339/STF. Sustentam que a Lei 10.698/2003 ao conferir vantagem pecuniária a todos os servidores públicos de forma indistinta, instituiu revisão geral em complemento ao índice concedido pela Lei 10.697/2003. Reafirmam que a “Vantagem Pecuniária Individual”, à luz da Lei 10.698/2003, é uma verdadeira revisão de vencimentos em patamares diferenciados para os seus destinatários (fl. 229), sendo vetada pela Constituição a concessão de revisão, em percentuais distintos, aos servidores públicos. Requerem o provimento do recurso. Acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais – Seção do Distrito Federal publicado em 17.9.2010. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088647. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.928 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :FRANCISCO DUARTE DE MOURA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra decisão por mim proferida, mediante a qual negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, manejam agravo regimental Francisco Duarte de Moura e Outro (a/s). Os agravantes insurgem-se contra a decisão agravada, ao argumento de que há ofensa direta e frontal aos arts. 5º, XXXV, e LV, 37, X, e 93, IX, da Constituição da República, uma vez que afirmam possuir direito a reajuste anual. Aduzem a negativa de prestação jurisdicional no momento em que o Tribunal a quo rejeitou os embargos de declaração opostos (fl. 215). Alegam a não incidência da Súmula 339/STF. Sustentam que a Lei 10.698/2003 ao conferir vantagem pecuniária a todos os servidores públicos de forma indistinta, instituiu revisão geral em complemento ao índice concedido pela Lei 10.697/2003. Reafirmam que a “Vantagem Pecuniária Individual”, à luz da Lei 10.698/2003, é uma verdadeira revisão de vencimentos em patamares diferenciados para os seus destinatários (fl. 229), sendo vetada pela Constituição a concessão de revisão, em percentuais distintos, aos servidores públicos. Requerem o provimento do recurso. Acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais – Seção do Distrito Federal publicado em 17.9.2010. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088647. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.928 DISTRITO FEDERAL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 5º, XXXV e LV, 37, X, 51, IV, 52, XIII, 61, § 1º, II, “a”, 93, IX, 96, I e II, “b”, e 127, § 2º, da Lei Maior. É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo. O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da inafastabilidade jurisdicional, do contraditório e da ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.928 DISTRITO FEDERAL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 5º, XXXV e LV, 37, X, 51, IV, 52, XIII, 61, § 1º, II, “a”, 93, IX, 96, I e II, “b”, e 127, § 2º, da Lei Maior. É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo. O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da inafastabilidade jurisdicional, do contraditório e da ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF Tribunal Federal, verbis: ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas’ (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). ‘Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal.’ (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005) ‘CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF Tribunal Federal, verbis: ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas’ (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). ‘Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal.’ (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005) ‘CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido’ (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). ‘TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido’ (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: ‘Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.’ (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09) 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido’ (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). ‘TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido’ (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: ‘Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.’ (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09) 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF ‘Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.’ (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08) ‘O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.’ (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03) O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido: ARE 722.250, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 04.12.2012, ARE 706.819, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 1º.10.2012, AI 857.270-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 31.5.2013, AI 850.152-AgR, 1ª Turma, DJe 09.10.2012, ARE 649.212-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 13.8.2012, RE 538000-AgR, 1ª Turma, Rel. Luiz Fux, DJe 21.6.2012, cuja ementa transcrevo: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. REVISÃO GERAL ANUAL. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF ‘Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.’ (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08) ‘O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.’ (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03) O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido: ARE 722.250, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 04.12.2012, ARE 706.819, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 1º.10.2012, AI 857.270-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 31.5.2013, AI 850.152-AgR, 1ª Turma, DJe 09.10.2012, ARE 649.212-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 13.8.2012, RE 538000-AgR, 1ª Turma, Rel. Luiz Fux, DJe 21.6.2012, cuja ementa transcrevo: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. REVISÃO GERAL ANUAL. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. LEI Nº 10.698/03. OFENSA INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIÁRIO CONCEDER AUMENTO REMUNERATÓRIO SOB FUNDAMENTO DE ISONOMIA. SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. A controvérsia sub judice – natureza do pagamento da vantagem no valor fixo de R$ 59,87 (cinquenta e nove reais e oitenta e sete centavos), estatuída pela Lei 10.698/03, se revisão geral ou vantagem pecuniária individual – é de índole infraconstitucional, por isso que a eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. (Precedentes: RE n. 638.428-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, 1ª Turma, DJe de 20.10.11; AI n. 807.066-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 25.11.10; ARE n. 659.792, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 03.11.11; RE n. 655.374, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 11.10.11; ARE n. 655.274, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13.09.11; RE n. 655.742, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 06.09.11; ARE n. 649.212, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 649.212, entre outros.) 4. Ao Poder Judiciário é vedado conceder aumento a servidores públicos ou a militares com fundamento no princípio da isonomia, uma vez que não possui atribuição legislativa. Súmula n. 339 do STF, verbis: “não cabe ao Poder 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. LEI Nº 10.698/03. OFENSA INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIÁRIO CONCEDER AUMENTO REMUNERATÓRIO SOB FUNDAMENTO DE ISONOMIA. SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. A controvérsia sub judice – natureza do pagamento da vantagem no valor fixo de R$ 59,87 (cinquenta e nove reais e oitenta e sete centavos), estatuída pela Lei 10.698/03, se revisão geral ou vantagem pecuniária individual – é de índole infraconstitucional, por isso que a eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. (Precedentes: RE n. 638.428-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, 1ª Turma, DJe de 20.10.11; AI n. 807.066-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 25.11.10; ARE n. 659.792, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 03.11.11; RE n. 655.374, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 11.10.11; ARE n. 655.274, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13.09.11; RE n. 655.742, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 06.09.11; ARE n. 649.212, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 649.212, entre outros.) 4. Ao Poder Judiciário é vedado conceder aumento a servidores públicos ou a militares com fundamento no princípio da isonomia, uma vez que não possui atribuição legislativa. Súmula n. 339 do STF, verbis: “não cabe ao Poder 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. LEI 10.698/03. INOCORRÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 37, X, DA CF/88. I. Diferentemente do que entende a parte autora, a Lei 10.698/03 não instituiu uma revisão geral anual, de forma a obedecer aos parâmetros previstos no art. 37, X da CF/88. Tanto assim o é que a vantagem pecuniária nela estabelecida não servirá de base de cálculo para qualquer outra parcela, conforme disposto no parágrafo único, do art. 1º da citada Lei. II. A revisão geral ocorreu por determinação da Lei 10.697/03, a qual previu o reajuste no percentual de 1% para todos os servidores públicos federais. III. Apelação improvida. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.’ Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão da origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: RE 711.344- AgR/PB. Acresço, à demasia, que a questão dos autos é distinta do paradigma do RE 565.089, pois o objeto desse precedente trata da indenização pelo não encaminhamento de projeto de lei de reajuste anual dos vencimentos de servidores públicos e na espécie, diversamente, cinge-se a controvérsia à natureza jurídica do reajuste concedido pela lei 10.698/2003. Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, o Supremo Tribunal Federal entende que exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. LEI 10.698/03. INOCORRÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 37, X, DA CF/88. I. Diferentemente do que entende a parte autora, a Lei 10.698/03 não instituiu uma revisão geral anual, de forma a obedecer aos parâmetros previstos no art. 37, X da CF/88. Tanto assim o é que a vantagem pecuniária nela estabelecida não servirá de base de cálculo para qualquer outra parcela, conforme disposto no parágrafo único, do art. 1º da citada Lei. II. A revisão geral ocorreu por determinação da Lei 10.697/03, a qual previu o reajuste no percentual de 1% para todos os servidores públicos federais. III. Apelação improvida. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.’ Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão da origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: RE 711.344- AgR/PB. Acresço, à demasia, que a questão dos autos é distinta do paradigma do RE 565.089, pois o objeto desse precedente trata da indenização pelo não encaminhamento de projeto de lei de reajuste anual dos vencimentos de servidores públicos e na espécie, diversamente, cinge-se a controvérsia à natureza jurídica do reajuste concedido pela lei 10.698/2003. Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, o Supremo Tribunal Federal entende que exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF princípio da separação de Poderes. Nesse sentido: RE 417.408- AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 09.9.2012, este assim ementado: ‘Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao Princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento’. Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC)”. Irrepreensível a decisão agravada. Tal como consignado na decisão agravada, a discussão travada nos autos não alcança status constitucional. Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal. Na compreensão desta Suprema Corte, o texto constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões de seu convencimento, sem necessidade, contudo, do exame detalhado de cada argumento esgrimido pelas partes. Nesse sentido, cito o seguinte precedente: 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF princípio da separação de Poderes. Nesse sentido: RE 417.408- AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 09.9.2012, este assim ementado: ‘Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao Princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento’. Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC)”. Irrepreensível a decisão agravada. Tal como consignado na decisão agravada, a discussão travada nos autos não alcança status constitucional. Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal. Na compreensão desta Suprema Corte, o texto constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões de seu convencimento, sem necessidade, contudo, do exame detalhado de cada argumento esgrimido pelas partes. Nesse sentido, cito o seguinte precedente: 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF “Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral”. (AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, por maioria, DJe 13.8.2010) O Tribunal Regional com base na interpretação da Lei 10.698/2003 concluiu que o reajuste de R$ 59,87 (cinquenta e nove reais e oitenta e sete centavos) possui natureza de vantagem pecuniária individual. Destaco do acórdão recorrido: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AUSÊNCIA DE REVISÃO GERAL ANUAL. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO DA TESE DE 14,23%. LEIS Nº 10.697 E 10.698 DE 02.03.2003. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. SÚMULA 339 DO STF. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA PREJUDICADA. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (...)” (fl. 126). O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, cristalizada na Súmula 339/STF: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia.” Na esteira da jurisprudência desta Corte, a equiparação de vencimentos requer a edição de lei específica, razão pela qual não se 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF “Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral”. (AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, por maioria, DJe 13.8.2010) O Tribunal Regional com base na interpretação da Lei 10.698/2003 concluiu que o reajuste de R$ 59,87 (cinquenta e nove reais e oitenta e sete centavos) possui natureza de vantagem pecuniária individual. Destaco do acórdão recorrido: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AUSÊNCIA DE REVISÃO GERAL ANUAL. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO DA TESE DE 14,23%. LEIS Nº 10.697 E 10.698 DE 02.03.2003. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. SÚMULA 339 DO STF. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA PREJUDICADA. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (...)” (fl. 126). O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, cristalizada na Súmula 339/STF: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia.” Na esteira da jurisprudência desta Corte, a equiparação de vencimentos requer a edição de lei específica, razão pela qual não se 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF admite a extensão, pela via judicial, de vantagem de natureza pessoal, legalmente instituída, a pretexto de se empregar tratamento isonômico. Cito precedentes: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REAJUSTE. LEI 10.698/2003. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. IMPOSSILIDADE DE AUMENTO DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS PELO PODER JUDICIÁRIO SOB O FUNDAMENTO DA ISONOMIA (SÚMULA 339 DO STF). AGRAVO IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes. II - O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência predominante deste Tribunal firmada no sentido de que não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento da isonomia (Súmula 339 do STF). Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (RE 711.344-AgR/PB, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 11.3.2013). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. REVISÃO GERAL ANUAL. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. EXAME DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. LEI Nº 10.698/03. IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIÁRIO CONCEDER AUMENTO REMUNERATÓRIO. SÚMULA 339 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. O recurso extraordinário é inadmissível quando a aferição de violação constitucional dependente da 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF admite a extensão, pela via judicial, de vantagem de natureza pessoal, legalmente instituída, a pretexto de se empregar tratamento isonômico. Cito precedentes: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REAJUSTE. LEI 10.698/2003. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. IMPOSSILIDADE DE AUMENTO DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS PELO PODER JUDICIÁRIO SOB O FUNDAMENTO DA ISONOMIA (SÚMULA 339 DO STF). AGRAVO IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes. II - O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência predominante deste Tribunal firmada no sentido de que não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento da isonomia (Súmula 339 do STF). Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (RE 711.344-AgR/PB, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 11.3.2013). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. REVISÃO GERAL ANUAL. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. EXAME DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. LEI Nº 10.698/03. IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIÁRIO CONCEDER AUMENTO REMUNERATÓRIO. SÚMULA 339 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. O recurso extraordinário é inadmissível quando a aferição de violação constitucional dependente da 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra ofensa reflexa e oblíqua. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11) 3. Ao Poder Judiciário é vedado conceder aumento a servidores públicos ou a militares com fundamento no princípio da isonomia, uma vez que não possui atribuição legislativa. Súmula 339 do STF, verbis: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. Precedentes: RE 630.768-AgR, primeira turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 07/04/11, e RE 524.020-AgR, segunda turma, Rel. Min Gilmar Mendes, Dje de 15/10/10. 4. Agravo regimental não provido” (RE 638.428-AgR/PB, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 20.10.2011). De outro lado, o exame da alegada ofensa aos arts. 5º, XXXV e LV, e 37, X, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie – Lei 10.698/2003, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Cito o RE 655.374-AgR/PB, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 02.3.2012, o ARE 650.566-AgR/PB, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 22.5.2012, o AI 857.270-AgR/PR. Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 31.5.2013 e AI 745.285-AgR/PE, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 01.02.2012 e ARE 764.919-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 25.11.2013, cuja ementa segue transcrita: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Servidor público federal. Ausência de fundamentação do acórdão recorrido. Improcedência. AI-QO-RG 791.292. 3. Violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Matéria infraconstitucional. ARE-RG 748.371. 4. Reajuste de 14,23%, conferido pela Lei 10.698/2003 e alegação de revisão geral anual. Matéria infraconstitucional. Necessidade de 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra ofensa reflexa e oblíqua. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11) 3. Ao Poder Judiciário é vedado conceder aumento a servidores públicos ou a militares com fundamento no princípio da isonomia, uma vez que não possui atribuição legislativa. Súmula 339 do STF, verbis: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. Precedentes: RE 630.768-AgR, primeira turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 07/04/11, e RE 524.020-AgR, segunda turma, Rel. Min Gilmar Mendes, Dje de 15/10/10. 4. Agravo regimental não provido” (RE 638.428-AgR/PB, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 20.10.2011). De outro lado, o exame da alegada ofensa aos arts. 5º, XXXV e LV, e 37, X, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie – Lei 10.698/2003, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Cito o RE 655.374-AgR/PB, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 02.3.2012, o ARE 650.566-AgR/PB, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 22.5.2012, o AI 857.270-AgR/PR. Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 31.5.2013 e AI 745.285-AgR/PE, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 01.02.2012 e ARE 764.919-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 25.11.2013, cuja ementa segue transcrita: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Servidor público federal. Ausência de fundamentação do acórdão recorrido. Improcedência. AI-QO-RG 791.292. 3. Violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Matéria infraconstitucional. ARE-RG 748.371. 4. Reajuste de 14,23%, conferido pela Lei 10.698/2003 e alegação de revisão geral anual. Matéria infraconstitucional. Necessidade de 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 763928 AGR / DF interpretação das leis 10.698 e 10.697, de 2003. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento”. Nesse contexto, as razões do agravo não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Agravo regimental conhecido e não provido . É como voto. 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Supremo Tribunal Federal ARE 763928 AGR / DF interpretação das leis 10.698 e 10.697, de 2003. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento”. Nesse contexto, as razões do agravo não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Agravo regimental conhecido e não provido . É como voto. 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5088648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 15 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.928 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : FRANCISCO DUARTE DE MOURA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5244785 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.928 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : FRANCISCO DUARTE DE MOURA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5244785 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5253695
2013-12-17T00:00:00
2014-02-11T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REAJUSTE. LEI 10.698/2003. DEBATE INFRACONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. AUMENTO DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS PELO PODER JUDICIÁRIO SOB O FUNDAMENTO DA ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 339/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 17.9.2010. Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal. Na compreensão desta Suprema Corte, o texto constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões de seu convencimento, sem necessidade, contudo, do exame detalhado de cada argumento esgrimido pelas partes. O exame da alegada ofensa aos arts. 5º, XXXV e LV, e 37, X, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, Lei 10.698/2003, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Divergir do entendimento do acórdão recorrido quanto à natureza do pagamento da vantagem no valor fixo de R$ 59,87 (cinquenta e nove reais e oitenta e sete centavos), estabelecida pela Lei 10.698/03, se revisão geral ou vantagem pecuniária individual, demandaria a análise de legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Na esteira da jurisprudência desta Corte, a equiparação de vencimentos requer a edição de lei específica, razão pela qual não se admite a extensão, pela via judicial, de vantagem de natureza pessoal, legalmente instituída, a pretexto de se empregar tratamento isonômico. Óbice da Súmula 339/STF. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur254335
- Acórdão(s) citado(s): (FUNDAMENTAÇÃO, DECISÃO JUDICIAL) AI 791292 QO-RG. (AUMENTO DE VENCIMENTOS, PODER JUDICIÁRIO) RE 638428 AgR (1ªT), RE 711344 AgR (2ªT). (OFENSA REFLEXA) AI 745285 AgR (1ªT), RE 655374 AgR (2ªT), ARE 650566 AgR (2ªT), AI 857270 AgR (1ªT), ARE 764919 AgR (2ªT). Número de páginas: 15. Análise: 12/02/2014, TIA.
ROSA WEBER
Primeira Turma
763928
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00035 INC-00055 ART-00037 \n INC-00010 ART-00093 INC-00009 ART-00102\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED LEI-010698 ANO-2003\n LEI ORDINÁRIA\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000339 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 763928 AgR
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AGTE.(S) : FRANCISCO DUARTE DE MOURA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.023 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ERENICE ALVES GUERRA ADV.(A/S) :SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :COLIGAÇÃO O BRASIL PODE MAIS ADV.(A/S) :JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DILMA VANA ROUSSEFF EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Matéria eleitoral. Violação dos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, da dignidade da pessoa humana e da igualdade. Ofensas indiretas ou reflexas à Constituição Federal. Ausência de repercussão geral das questões postas e de prequestionamento. Inadssimibilidade de sua reapreciação pelo Supremo Tribunal Federal na via extraordinária. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Repercussão geral. Ausência. Precedentes. 1. O Tribunal Superior Eleitoral concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que a conduta da ora agravante foi abusiva e que os termos e meios utilizados para divulgação do comunicado objetivaram e atingiram repercussão muito superior a que normalmente é obtida pelos comunicados oficiais. 2. A penalidade foi arbitrada com fundamento no art. 50, § 4º, da Res.-TSE no. 23.191/2009, diante da configuração do tipo previsto no art. 73, inciso II, da Lei 9.504/97. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmulas nº 279/STF. 3. Para divergir desse entendimento e concluir que a veiculação da matéria não teria causado o suposto dano, ou que valor da multa fixada seria desproporcional ou não razoável, seria necessário reexaminar o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236416. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão ARE 779023 AGR / DF conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. 4. Ausência de repercussão geral e de prequestionamento. 5. As supostas violações aos princípios, na hipótese, configuram apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 6. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236416. Supremo Tribunal Federal ARE 779023 AGR / DF conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. 4. Ausência de repercussão geral e de prequestionamento. 5. As supostas violações aos princípios, na hipótese, configuram apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 6. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236416. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.023 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ERENICE ALVES GUERRA ADV.(A/S) :SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :COLIGAÇÃO O BRASIL PODE MAIS ADV.(A/S) :JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DILMA VANA ROUSSEFF RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): ERENICE ALVES GUERRA interpõe agravo regimental contra a decisão mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Erenice Alves Guerra interpõe agravo contra despacho denegatório de recurso extraordinário, fundamentado em alegada violação aos princípios da proporcionalidade, razoabilidade e igualdade. Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral, assim ementado: ‘ELEIÇÕES 2010. CONDUTA VEDADA. USO DE BENS E SERVIÇOS. MULTA. 1. O exame das condutas vedadas previstas no art. 73 da Lei das Eleições deve ser feito em dois momentos. Primeiro, verifica-se se o fato se enquadra nas hipótese previstas, que, por definição legal, são ‘tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.023 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ERENICE ALVES GUERRA ADV.(A/S) :SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :COLIGAÇÃO O BRASIL PODE MAIS ADV.(A/S) :JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DILMA VANA ROUSSEFF RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): ERENICE ALVES GUERRA interpõe agravo regimental contra a decisão mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Erenice Alves Guerra interpõe agravo contra despacho denegatório de recurso extraordinário, fundamentado em alegada violação aos princípios da proporcionalidade, razoabilidade e igualdade. Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral, assim ementado: ‘ELEIÇÕES 2010. CONDUTA VEDADA. USO DE BENS E SERVIÇOS. MULTA. 1. O exame das condutas vedadas previstas no art. 73 da Lei das Eleições deve ser feito em dois momentos. Primeiro, verifica-se se o fato se enquadra nas hipótese previstas, que, por definição legal, são ‘tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório ARE 779023 AGR / DF eleitorais’. Nesse momento, não cabe indagar sobre a potencialidade do fato. 2. Caraterizada a infração às hipóteses do art. 73 da Lei 9.504/97, é necessário verificar, de acordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, qual a sanção que deve ser aplicada. Nesse exame, cabe ao Judiciário dosar a multa prevista no § 4º do mencionado art. 73, de acordo com a capacidade econômica do infrator, a gravidade da conduta e a repercussão que o fato atingiu. Em caso extremo, a sanção pode alcançar o registro ou o diploma do candidato beneficiado, na forma do § 5º do referido artigo. 3. Representação julgada procedente’ (fl. 135). Opostos embargos de declaração (fls. 159 a 168), foram rejeitados (fls. 189 a 195). Processado sem contrarrazões (fl. 214), o recurso não foi admitido, na origem (fls. 216 a 219), daí a interposição do presente agravo. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. E, no presente caso, não merece prosperar a irresignação. Isso porque a jurisprudência deste Supremo Tribunal 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Supremo Tribunal Federal ARE 779023 AGR / DF eleitorais’. Nesse momento, não cabe indagar sobre a potencialidade do fato. 2. Caraterizada a infração às hipóteses do art. 73 da Lei 9.504/97, é necessário verificar, de acordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, qual a sanção que deve ser aplicada. Nesse exame, cabe ao Judiciário dosar a multa prevista no § 4º do mencionado art. 73, de acordo com a capacidade econômica do infrator, a gravidade da conduta e a repercussão que o fato atingiu. Em caso extremo, a sanção pode alcançar o registro ou o diploma do candidato beneficiado, na forma do § 5º do referido artigo. 3. Representação julgada procedente’ (fl. 135). Opostos embargos de declaração (fls. 159 a 168), foram rejeitados (fls. 189 a 195). Processado sem contrarrazões (fl. 214), o recurso não foi admitido, na origem (fls. 216 a 219), daí a interposição do presente agravo. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. E, no presente caso, não merece prosperar a irresignação. Isso porque a jurisprudência deste Supremo Tribunal 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório ARE 779023 AGR / DF Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada, da prestação jurisdicional e da isonomia, tal qual posta nestes autos, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, ou da análise dos fatos da causa, seria meramente indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Supremo Tribunal Federal ARE 779023 AGR / DF Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada, da prestação jurisdicional e da isonomia, tal qual posta nestes autos, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, ou da análise dos fatos da causa, seria meramente indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório ARE 779023 AGR / DF Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Constata-se, ainda, que o acórdão atacado procedeu ao exame dos fatos em disputa nos autos, em cotejo com a legislação pertinente, para aplicar a sanção então cominada, segundo, ainda, os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, tendo em vista, também, a capacidade econômica do infrator, a gravidade da conduta e a repercussão que o fato atingiu. Para concluir que o montante de multa então arbitrada fosse desproporcional ou ferisse os princípios da razoabilidade e da igualdade, seria imprescindível a análise das provas dos autos e da referida legislação, algo de insuscetível ocorrência nesta via extraordinária, a teor do disposto na Súmula nº 279 desta Corte. Citem-se, em arremate, os seguintes e recentes decisões sobre o tema: RE nº 688.312/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 26/6/12; ARE nº 654.680/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 11/9/13 e ARE nº 737.778/DF, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/4/13. Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao recurso extraordinário.” Sustenta a agravante que o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral implicou em direta ofensa à Constituição Federal, por violação aos princípios da proporcionalidade, razoabilidade e igualdade. Ressalta, ainda, que a decisão atacada pelo recurso extraordinário viola os arts. 1º, inciso III e 5º, caput, inciso XLVI, c da Constituição Federal e salienta, por fim, que ainda que a “violação às normas constitucionais se dê pela via reflexa, a C. Suprema Corte está totalmente autorizada a apreciá-la, uma vez que a Constituição Federal é a ‘Lei Maior’ do Estado”. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Supremo Tribunal Federal ARE 779023 AGR / DF Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Constata-se, ainda, que o acórdão atacado procedeu ao exame dos fatos em disputa nos autos, em cotejo com a legislação pertinente, para aplicar a sanção então cominada, segundo, ainda, os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, tendo em vista, também, a capacidade econômica do infrator, a gravidade da conduta e a repercussão que o fato atingiu. Para concluir que o montante de multa então arbitrada fosse desproporcional ou ferisse os princípios da razoabilidade e da igualdade, seria imprescindível a análise das provas dos autos e da referida legislação, algo de insuscetível ocorrência nesta via extraordinária, a teor do disposto na Súmula nº 279 desta Corte. Citem-se, em arremate, os seguintes e recentes decisões sobre o tema: RE nº 688.312/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 26/6/12; ARE nº 654.680/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 11/9/13 e ARE nº 737.778/DF, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/4/13. Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao recurso extraordinário.” Sustenta a agravante que o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral implicou em direta ofensa à Constituição Federal, por violação aos princípios da proporcionalidade, razoabilidade e igualdade. Ressalta, ainda, que a decisão atacada pelo recurso extraordinário viola os arts. 1º, inciso III e 5º, caput, inciso XLVI, c da Constituição Federal e salienta, por fim, que ainda que a “violação às normas constitucionais se dê pela via reflexa, a C. Suprema Corte está totalmente autorizada a apreciá-la, uma vez que a Constituição Federal é a ‘Lei Maior’ do Estado”. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236413. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.023 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): A pretensão recursal, neste agravo interno, não merece acolhimento. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida, como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Ressalte-se, ainda, que a referida matéria já foi submetida ao crivo do Plenário Virtual desta Corte, nos autos do RE nº 748.371/RG-MT (relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1/8/13), oportunidade em que se reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão, não sendo admitida sua reapreciação, pelo Supremo Tribunal Federal, nesta via extraordinária. Ademais, inexistiu o prequestionamento específico dos dispositivos constitucionais mencionados neste agravo interno, não tendo esses sido objeto de decisão nos acórdãos do Tribunal Superior Eleitoral. Tampouco procede a alegação de que não se pode “permitir que a agravante arque com a multa estipulada no valor de 04 (quatro) vezes o mínimo legal, por ter praticado conduta tal como como foi descrita no acórdão recorrido e, ‘in casu’, não se faz necessária a análise das provas apresentadas ao processo mas tão somente de sua valoração”. Esta tese não viola a dignidade da pessoa humana e tampouco implica em violação do princípio da igualdade, por si só. No caso, o Tribunal Superior Eleitoral concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que a conduta da ora agravante foi abusiva e que os termos e meios utilizados para divulgação do comunicado objetivaram e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236414. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.023 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): A pretensão recursal, neste agravo interno, não merece acolhimento. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida, como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Ressalte-se, ainda, que a referida matéria já foi submetida ao crivo do Plenário Virtual desta Corte, nos autos do RE nº 748.371/RG-MT (relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1/8/13), oportunidade em que se reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão, não sendo admitida sua reapreciação, pelo Supremo Tribunal Federal, nesta via extraordinária. Ademais, inexistiu o prequestionamento específico dos dispositivos constitucionais mencionados neste agravo interno, não tendo esses sido objeto de decisão nos acórdãos do Tribunal Superior Eleitoral. Tampouco procede a alegação de que não se pode “permitir que a agravante arque com a multa estipulada no valor de 04 (quatro) vezes o mínimo legal, por ter praticado conduta tal como como foi descrita no acórdão recorrido e, ‘in casu’, não se faz necessária a análise das provas apresentadas ao processo mas tão somente de sua valoração”. Esta tese não viola a dignidade da pessoa humana e tampouco implica em violação do princípio da igualdade, por si só. No caso, o Tribunal Superior Eleitoral concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que a conduta da ora agravante foi abusiva e que os termos e meios utilizados para divulgação do comunicado objetivaram e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236414. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 779023 AGR / DF atingiram repercussão muito superior a que normalmente é obtida pelos comunicados oficiais. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido as seguintes ponderações decisivas, que foram acolhidas pela Corte eleitoral, ainda que por maioria de votos, tendo a penalidade sido arbitrada com fundamento no art. 50, § 4º, da Res.-TSE no. 23.191/2009, diante da configuração do tipo previsto no art. 73, inciso II, da Lei 9.504/97: “[...] Ademais, o alto cargo exercido pela primeira representada lhe exigia comportamento exemplar. Ainda que tenha ela sofrido acusações que merecem apuração, não lhe era lícito, mesmo que na defesa de sua honra, emitir – no exercício do cargo – comunicado oficial com referências eleitorais. Não há que se confundir a livre manifestação do pensamento do agente público que, como cidadão, apoia determinada candidatura, com a situação aqui examinada. A manifestação da primeira representada foi confeccionada e divulgada com o uso de serviços e matérias custeadas pelo Erário, em pleno exercício do cargo público, como expressamente reconhecido na defesa, que indicou o ato como um ‘dever de ofício’. Por essas razões, fixo a sanção no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). [...]” Verifica-se que, para divergir desse entendimento e concluir que a veiculação da matéria não teria causado o suposto dano, ou que o valor da multa fixada seria desproporcional ou não razoável, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. NOTÍCIA PUBLICADA EM JORNAL. DANOS MORAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236414. Supremo Tribunal Federal ARE 779023 AGR / DF atingiram repercussão muito superior a que normalmente é obtida pelos comunicados oficiais. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido as seguintes ponderações decisivas, que foram acolhidas pela Corte eleitoral, ainda que por maioria de votos, tendo a penalidade sido arbitrada com fundamento no art. 50, § 4º, da Res.-TSE no. 23.191/2009, diante da configuração do tipo previsto no art. 73, inciso II, da Lei 9.504/97: “[...] Ademais, o alto cargo exercido pela primeira representada lhe exigia comportamento exemplar. Ainda que tenha ela sofrido acusações que merecem apuração, não lhe era lícito, mesmo que na defesa de sua honra, emitir – no exercício do cargo – comunicado oficial com referências eleitorais. Não há que se confundir a livre manifestação do pensamento do agente público que, como cidadão, apoia determinada candidatura, com a situação aqui examinada. A manifestação da primeira representada foi confeccionada e divulgada com o uso de serviços e matérias custeadas pelo Erário, em pleno exercício do cargo público, como expressamente reconhecido na defesa, que indicou o ato como um ‘dever de ofício’. Por essas razões, fixo a sanção no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). [...]” Verifica-se que, para divergir desse entendimento e concluir que a veiculação da matéria não teria causado o suposto dano, ou que o valor da multa fixada seria desproporcional ou não razoável, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. NOTÍCIA PUBLICADA EM JORNAL. DANOS MORAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236414. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 779023 AGR / DF REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de norma infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de violação meramente reflexa do texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 766.309/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 27/11/09). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL. MATÉRIA JORNALÍSTICA. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A decisão do Relator que determina a subida do recurso extraordinário para melhor exame não tem caráter definitivo nem se confunde com o julgamento do recurso. É inexistente o recurso interposto por advogado que não tenha procuração nos autos. Precedentes. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas (Súmula 279). Ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (RE nº 464.916/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/10/08). Portanto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236414. Supremo Tribunal Federal ARE 779023 AGR / DF REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de norma infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de violação meramente reflexa do texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 766.309/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 27/11/09). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL. MATÉRIA JORNALÍSTICA. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A decisão do Relator que determina a subida do recurso extraordinário para melhor exame não tem caráter definitivo nem se confunde com o julgamento do recurso. É inexistente o recurso interposto por advogado que não tenha procuração nos autos. Precedentes. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas (Súmula 279). Ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (RE nº 464.916/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/10/08). Portanto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5236414. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.023 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ERENICE ALVES GUERRA ADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO O BRASIL PODE MAIS ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DILMA VANA ROUSSEFF Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245145 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.023 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ERENICE ALVES GUERRA ADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO O BRASIL PODE MAIS ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DILMA VANA ROUSSEFF Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245145 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5277175
2013-12-17T00:00:00
2014-02-14T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Matéria eleitoral. Violação dos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, da dignidade da pessoa humana e da igualdade. Ofensas indiretas ou reflexas à Constituição Federal. Ausência de repercussão geral das questões postas e de prequestionamento. Inadssimibilidade de sua reapreciação pelo Supremo Tribunal Federal na via extraordinária. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Repercussão geral. Ausência. Precedentes. 1. O Tribunal Superior Eleitoral concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que a conduta da ora agravante foi abusiva e que os termos e meios utilizados para divulgação do comunicado objetivaram e atingiram repercussão muito superior a que normalmente é obtida pelos comunicados oficiais. 2. A penalidade foi arbitrada com fundamento no art. 50, § 4º, da Res.-TSE no. 23.191/2009, diante da configuração do tipo previsto no art. 73, inciso II, da Lei 9.504/97. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmulas nº 279/STF. 3. Para divergir desse entendimento e concluir que a veiculação da matéria não teria causado o suposto dano, ou que valor da multa fixada seria desproporcional ou não razoável, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. 4. Ausência de repercussão geral e de prequestionamento. 5. As supostas violações aos princípios, na hipótese, configuram apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 6. Agravo regimental não provido.
sjur254912
- Acórdão(s) citado(s): (PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO, AMPLA DEFESA) ARE 748371 RG. (DANO MORAL, MATÉRIA JORNALÍSTICA) RE 464916 AgR (1ªT), AI 766309 AgR (2ªT). Número de páginas: 10. Análise: 20/02/2014, AUR.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
779023
[ "LEG-FED LEI-009504 ANO-1997\n ART-00073 INC-00002\n LEI ORDINÁRIA\n\n", "LEG-FED RES-023191 ANO-2009\n ART-00050 PAR-00004\n RESOLUÇÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL - TSE\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 779023 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ERENICE ALVES GUERRA ADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO O BRASIL PODE MAIS ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DILMA VANA ROUSSEFF
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779. 023", "S", "úm", "ulas [UNK] 279 / STF", "AR", "E 779023 AGR / DF", "AR", "E 779023 AGR / DF", "AR", "E 779023 AGR / DF eleitorais", "Que", "st", "ão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664. 567 / RS", "AR", "E 779023 AGR / DF", "AR", "E 779023 AGR / DF Federal", "A", "I [UNK] 594. 887 / SP", "Ag", "R, Primeira Turma", "AR", "E 779023", "A", "G", "R", "/", "D", "A", "I [UNK] 594. 887 / SP – AgR", "AR", "E 779023 AGR / DF", "A", "I [UNK] 360. 265 / RJ- AgR", "S", "úm", "ula [UNK] 279 desta Corte", "R", "E [UNK] 688. 312 / DF", "AR", "E [UNK] 654. 680 / DF", "AR", "E [UNK] 737. 778 / DF", "AR", "E 779023 AGR / DF", "A", "I [UNK] 360. 265 / RJ- AgR", "R", "E [UNK] 688. 312 / DF", "AR", "E [UNK] 654. 680 / DF", "AR", "E [UNK] 737. 778 / DF", "A", "G", ".", "REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779. 023", "R", "E [UNK] 748. 371 / RG- MT", "R", "E [UNK] 748. 371 / RG- MT", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "AR", "E 779023 AGR / DF", "S", "úm", "ula [UNK] 279 / STF", "S", "úm", "ula [UNK] 279 do Supremo Tribunal", "A", "I [UNK] 766. 309 / RS- AgR", "R", "E [UNK] 464. 916 / SP- AgR", "AR", "E 779023 AGR / DF", "S", "úm", "ula [UNK] 279 do Supremo Tribunal Federal", "Ag", "A", "I [UNK] 766. 309 / RS- AgR", "R", "E [UNK] 464. 916 / SP- AgR" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "art. 50, § [UNK], da Res.- TSE no. 23. 191 / 2009", "art. 73, inciso II, da Lei 9. 504 / 97", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 73 da Lei das Eleições", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 73 da Lei das Eleições", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 73 da Lei 9. 504 / 97", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 73 da Lei 9. 504 / 97", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Em", "end", "a Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "IT", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "art", "s. [UNK], inciso III e [UNK], caput, inciso XLVI, c da Constituição Federal", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "art", "s. [UNK], inciso III e [UNK], caput, inciso XLVI, c da Constituição Federal", "Constituição Federal", "Lei Maior", "MP n° 2. 200- 2 /", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 50, § [UNK], da Res.- TSE no. 23. 191 / 2009", "art. 73, inciso II, da Lei 9. 504 / 97", "IT", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 50, § [UNK], da Res.- TSE no. 23. 191 / 2009", "art. 73, inciso II, da Lei 9. 504 / 97", "CON", "ST", "IT", "U", "I", "Ç", "ÃO DO BRASIL", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição do Brasil", "Constituição", "art. 557, § [UNK], c / c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição do Brasil", "Constituição", "art. 557, § [UNK], c / c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "Brasília", "Brasília", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO F", "BR", "AS", "IL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL", "D", "IS", "T", "RI", "TO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CO", "L", "IG", "A", "Ç", "ÃO O BRASIL PODE MAIS", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Superior Eleitoral", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "CO", "L", 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Lúcia", "D", "IA", "S TOFFOLI", "E", "RE", "N", "IC", "E ALVES GUERRA", "SE", "BA", "ST", "I", "ÃO BOTTO DE BARROS TOJAL", "J", "OS", "É EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN", "D", "IL", "MA VANA ROUSSEFF", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "D", "IA", "S TOFFOLI", "E", "RE", "N", "IC", "E ALVES GUERRA", "SE", "BA", "ST", "I", "ÃO BOTTO DE BARROS TOJAL", "J", "OS", "É EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN", "D", "IL", "MA VANA ROUSSEFF", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Roberto Barroso", "Cláudia Sampaio Marques", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "17", "/", "12", "/", "2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17 de dezembro de 2013", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "12", "/", "2013", "2010", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.734 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :AMARO LOPES DA SILVA ADV.(A/S) :MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. PREENCHIMENTO DE REQUISITOS. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Cármen Lúcia - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126358. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.734 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :AMARO LOPES DA SILVA ADV.(A/S) :MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 1º de outubro de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Amaro Lopes da Silva contra julgado do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que julgara improcedente pedido de aposentadoria proporcional. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente em recurso extraordinário, conforme dispõe a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. IMPLEMENTO DAS CONDIÇÕES PARA CONCESSÃO ANTES DA EDIÇÃO DA EMENDA CONSTITUIONAL N. 20/98. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI 724.168-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126359. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.734 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :AMARO LOPES DA SILVA ADV.(A/S) :MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 1º de outubro de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Amaro Lopes da Silva contra julgado do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que julgara improcedente pedido de aposentadoria proporcional. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente em recurso extraordinário, conforme dispõe a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. IMPLEMENTO DAS CONDIÇÕES PARA CONCESSÃO ANTES DA EDIÇÃO DA EMENDA CONSTITUIONAL N. 20/98. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI 724.168-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 781734 AGR / PE 18.12.2009). ‘Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria de trabalhador rural. Requisitos para concessão do benefício não demonstrados na origem. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas ns. 636 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido’ (ARE 674.431-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 27.6.2013). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 26.11.2013, interpõe Amaro Lopes da Silva, em 2.12.2013, tempestivamente, agravo regimental. 3. O Agravante afirma que ”não há que se falar em reexame de provas na presente hipótese. Pugna-se pela aplicação da norma constitucional adequada ao caso concreto, ou seja, a estabelecida pelo artigo 9º da EC 20/98, que trata dos requisitos necessários à aposentadoria por tempo de contribuição com proventos proporcionais” (fl. 167). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126359. Supremo Tribunal Federal ARE 781734 AGR / PE 18.12.2009). ‘Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria de trabalhador rural. Requisitos para concessão do benefício não demonstrados na origem. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas ns. 636 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido’ (ARE 674.431-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 27.6.2013). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 26.11.2013, interpõe Amaro Lopes da Silva, em 2.12.2013, tempestivamente, agravo regimental. 3. O Agravante afirma que ”não há que se falar em reexame de provas na presente hipótese. Pugna-se pela aplicação da norma constitucional adequada ao caso concreto, ou seja, a estabelecida pelo artigo 9º da EC 20/98, que trata dos requisitos necessários à aposentadoria por tempo de contribuição com proventos proporcionais” (fl. 167). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.734 PERNAMBUCO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Tribunal de origem decidiu: “Na hipótese, o autor não fez prova de que estava exposto aos agentes nocivos, quando exerceu o cargo de trabalhador rural, prova esta necessária para obter a sua pretensão, visto que a referida atividade não foi acolhida pelo Decreto n. 53.831/64, sendo necessário a demonstração de que efetivamente laborou sob condições especiais nos períodos indicados na inicial. Por outro lado, não prospera a alegação do autor em possuir direito adquirido à aposentadoria proporcional, conforme critérios da legislação anterior às regras estabelecidas pela EC 20/98, por não satisfazer as condições necessárias à concessão do benefício antes de 15.12.98. Sabe-se que aos segurados do Regime Geral da Previdência Social, que tenham cumprido todos os requisitos para a concessão de aposentadoria por tempo de serviço, na forma da legislação vigente até a data da publicação da EC 20/98, seus direitos ficaram ressalvados pelo preceito constante do caput do art. 3º desta Emenda. Nos termos da legislação anterior, a aposentadoria por tempo de serviço é devida ao segurado da Previdência Social que completar 25 anos de serviço, se mulher, ou 30 anos, se homem, independentemente de idade mínima ou pedágio. Compulsando os autos verifica-se os seguintes períodos trabalhado pelo autor: (…) Levando em consideração o tempo de serviço trabalhado de 1967 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126360. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.734 PERNAMBUCO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Tribunal de origem decidiu: “Na hipótese, o autor não fez prova de que estava exposto aos agentes nocivos, quando exerceu o cargo de trabalhador rural, prova esta necessária para obter a sua pretensão, visto que a referida atividade não foi acolhida pelo Decreto n. 53.831/64, sendo necessário a demonstração de que efetivamente laborou sob condições especiais nos períodos indicados na inicial. Por outro lado, não prospera a alegação do autor em possuir direito adquirido à aposentadoria proporcional, conforme critérios da legislação anterior às regras estabelecidas pela EC 20/98, por não satisfazer as condições necessárias à concessão do benefício antes de 15.12.98. Sabe-se que aos segurados do Regime Geral da Previdência Social, que tenham cumprido todos os requisitos para a concessão de aposentadoria por tempo de serviço, na forma da legislação vigente até a data da publicação da EC 20/98, seus direitos ficaram ressalvados pelo preceito constante do caput do art. 3º desta Emenda. Nos termos da legislação anterior, a aposentadoria por tempo de serviço é devida ao segurado da Previdência Social que completar 25 anos de serviço, se mulher, ou 30 anos, se homem, independentemente de idade mínima ou pedágio. Compulsando os autos verifica-se os seguintes períodos trabalhado pelo autor: (…) Levando em consideração o tempo de serviço trabalhado de 1967 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126360. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 781734 AGR / PE a 1978 computa-se 8 (oito) anos 10 (dez) meses e 9 (nove) dias. Somando-se esse tempo ao período de 01.03.1980 até 31.12.1998 não se perfaz um total de 30 (trinta) anos de serviço, mas, sim, aproximadamente 28 (vinte e oito) e alguns meses. Dessa forma, não tendo o autor completado mais 30 anos até a data da publicação da EC 20/98, não tem direito ao benefício de Aposentadoria Proporcional por Tempo de Serviço, segundo as regras vigentes no momento do preenchimento dos requisitos para o gozo” (fls. 88-90, grifos nossos). 3. Concluir de modo diverso do julgado recorrido demandaria a análise de legislação infraconstitucional e o reexame de provas, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIFERENÇAS DECORRENTES DE PROGRESSÃO FUNCIONAL. LITSPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 2. In casu, o acórdão recorrido decidiu a lide com aplicação de normas infraconstitucionais, por isso que eventual violação à Constituição o foi de forma indireta ou reflexa, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso extraordinário. 3. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da súmula 282 do Supremo Tribunal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126360. Supremo Tribunal Federal ARE 781734 AGR / PE a 1978 computa-se 8 (oito) anos 10 (dez) meses e 9 (nove) dias. Somando-se esse tempo ao período de 01.03.1980 até 31.12.1998 não se perfaz um total de 30 (trinta) anos de serviço, mas, sim, aproximadamente 28 (vinte e oito) e alguns meses. Dessa forma, não tendo o autor completado mais 30 anos até a data da publicação da EC 20/98, não tem direito ao benefício de Aposentadoria Proporcional por Tempo de Serviço, segundo as regras vigentes no momento do preenchimento dos requisitos para o gozo” (fls. 88-90, grifos nossos). 3. Concluir de modo diverso do julgado recorrido demandaria a análise de legislação infraconstitucional e o reexame de provas, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIFERENÇAS DECORRENTES DE PROGRESSÃO FUNCIONAL. LITSPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 2. In casu, o acórdão recorrido decidiu a lide com aplicação de normas infraconstitucionais, por isso que eventual violação à Constituição o foi de forma indireta ou reflexa, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso extraordinário. 3. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da súmula 282 do Supremo Tribunal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126360. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 781734 AGR / PE federal. 4. O recurso extraordinário não é servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-probatório encartado nos autos, em face do óbice erigido pela súmula 279 do STF, de seguinte teor: Para reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 5. Agravo regimental desprovido” (AI 848.555-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 27.9.2011). “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO QUE NÃO ATACA O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA STF 283. AÇÃO POPULAR. EXTINÇÃO DO PROCESSO POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. SÚMULA STF 279. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA À CF. 1. As razões do agravo regimental não atacam todos os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a aplicação, no presente caso, da Súmula STF 283. Precedentes. 2. O exame da violação do art. 5º, LXXIII, da CF, no caso, demanda o reexame de fatos e provas dos autos (Súmula STF 279), bem como a análise de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 4.717/65 e CPC), hipóteses inviáveis em sede extraordinária. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 736.336-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 17.5.2011 – grifos nossos). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126360. Supremo Tribunal Federal ARE 781734 AGR / PE federal. 4. O recurso extraordinário não é servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-probatório encartado nos autos, em face do óbice erigido pela súmula 279 do STF, de seguinte teor: Para reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 5. Agravo regimental desprovido” (AI 848.555-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 27.9.2011). “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO QUE NÃO ATACA O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA STF 283. AÇÃO POPULAR. EXTINÇÃO DO PROCESSO POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. SÚMULA STF 279. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA À CF. 1. As razões do agravo regimental não atacam todos os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a aplicação, no presente caso, da Súmula STF 283. Precedentes. 2. O exame da violação do art. 5º, LXXIII, da CF, no caso, demanda o reexame de fatos e provas dos autos (Súmula STF 279), bem como a análise de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 4.717/65 e CPC), hipóteses inviáveis em sede extraordinária. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 736.336-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 17.5.2011 – grifos nossos). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126360. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.734 PROCED. : PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : AMARO LOPES DA SILVA ADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089543 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.734 PROCED. : PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : AMARO LOPES DA SILVA ADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089543 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5226513
2013-12-17T00:00:00
2014-02-06T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. PREENCHIMENTO DE REQUISITOS. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur253856
- Acórdão(s) citado(s): (SÚMULA 279) AI 736336 AgR (2ªT), AI 848555 AgR (1ªT). Número de páginas: 7. Análise: 10/02/2014, MAR.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
781734
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 781734 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : AMARO LOPES DA SILVA ADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "A", "G", ".", "RE", "G. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781. 734", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "S", "úm", "ula 279 do Supremo", "A", "I 724. 168- AgR", "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO CO", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "S", "úm", "ula 279 do Supremo Tribunal Federal", "A", "I 724. 168- AgR", "AR", "E 781734 AGR / PE", "S", "úm", "ulas ns. 636", "27", "9", "/", "ST", "F", "AR", "E 674. 431- AgR", "AR", "E 781734 AGR / PE", "S", "úm", "ulas ns. 636 e 279 / STF", "AR", "E 674. 431- AgR", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 / STF", "UL", "A 279 DO STF", "A", "I n. 738. 145- AgR", "A", "I n. 482. 317- AgR", "A", "I n. 646. 103- AgR", "sú", "mul", "a 282 do Supremo Tribunal 2", "AR", "E 781734 AGR / PE", "S", "úm", "ula n. 279 do Supremo Tribunal Federal", "S", "Ú", "M", "UL", "A 282 / STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "A", "I n. 738. 145- AgR", "A", "I n. 482. 317- AgR", "A", "I n. 646. 103- AgR", "sú", "mul", "a 282 do Supremo Tribunal", "sú", "mul", "a 279 do STF", "A", "I 848. 555- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 283", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 279", "S", "úm", "ula STF 283", "S", "úm", "ula STF 279", "A", "I 736. 336- AgR", "AR", "E 781734 AGR / PE", "sú", "mul", "a 279 do STF", "A", "I 848. 555- AgR", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 283", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 279", "S", "úm", "ula STF 283", "S", "úm", "ula STF 279", "A", "I 736. 336- AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "E", "ME", "N", "DA CONSTITUIONAL N. 20 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "E", "ME", "N", "DA CONSTITUIONAL N. 20 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 544, § [UNK], inc. I, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "artigo [UNK] da EC 20 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 544, § [UNK], inc. I, do Código de Processo Civil", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "artigo [UNK] da EC 20 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto n. 53. 831 / 64", "EC 20 / 98", "EC 20 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Decreto n. 53. 831 / 64", "EC 20 / 98", "EC 20 / 98", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "EC 20 / 98", "AR", "TI", "GO [UNK], XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "EC 20 / 98", "AR", "TI", "GO [UNK], XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F", "art. [UNK], LXXIII, da CF", "Lei 4. 717 / 65", "CP", "C", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F", "art. [UNK], LXXIII, da CF", "Lei 4. 717 / 65", "CP", "C", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n", "2", ".", "200", "-", "2", "/", "2001" ], "LOCAL": [ "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "Brasília", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ER", "NA", "MB", "UC", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "IN", "SS", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "IN", "SS", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "IN", "SS", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Reg", "ime", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "IN", "SS", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "IN", "ST", "IT", "UT", "O NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "IN", "SS", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "AM", "AR", "O LOPES DA SILVA", "MA", "RC", "OS ANTONIO INÁCIO DA SILVA", "Cá", "r", "men Lúcia", "Cá", "r", "men Lúcia", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "AM", "AR", "O LOPES DA SILVA", "MA", "RC", "OS ANTONIO INÁCIO DA SILVA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Amaro Lopes da Silva", "Er", "os Grau", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "AM", "AR", "O LOPES DA SILVA", "MA", "RC", "OS ANTONIO INÁCIO DA SILVA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Amaro Lopes da Silva", "Er", "os Grau", "Dias Toffoli", "Amaro Lopes da Silva", "Dias Toffoli", "Amaro Lopes da Silva", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "CE", "LS", "O DE MELLO", "E", "L", "L", "EN GRACIE", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "Ellen Gracie", "C", "Á", "R", "ME", "N LÚCIA", "AM", "AR", "O LOPES DA SILVA", "MA", "RC", "OS 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :LEONARDO CONSANI NOBREGA KOURY ADV.(A/S) :ANA CRISTINA SCHEFFER EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Concurso público. Reserva de vagas para portadores de deficiência física. Caracterização dessa condição. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Conquanto a Constituição Federal haja assegurado a reserva de vagas para os participantes de concurso público que possuam algum tipo de deficiência física, a definição dos casos que se caracterizam como deficiência para o citado fim compete à legislação infraconstitucional, sendo certo que a verificação do enquadramento do candidato nas hipóteses previstas em lei não prescinde da análise do contexto fático. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos (Súmula nº 279/STF). 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276918. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão ARE 768402 AGR / RJ notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276918. Supremo Tribunal Federal ARE 768402 AGR / RJ notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276918. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :LEONARDO CONSANI NOBREGA KOURY ADV.(A/S) :ANA CRISTINA SCHEFFER RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município do Rio de Janeiro interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 303 a 306), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado: ‘AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO PORTADOR DE VISÃO MONOCULAR. DIREITO DE RECORRER ÀS VAGAS DESTINADAS AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. SÚMULA 377 DO STJ. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO QUE MERECE SER MANTIDA NA ÍNTEGRA. APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO AOS QUAIS SE NEGOU SEGUIMENTO NA FORMA DO ARTIGO 557 DO CPC. AUSÊNCIA DE NOVOS FUNDAMENTOS CAPAZES DE INFIRMAR A DECISÃO AGRAVADA. RECURSO A QUE SE NEGA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :LEONARDO CONSANI NOBREGA KOURY ADV.(A/S) :ANA CRISTINA SCHEFFER RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município do Rio de Janeiro interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 303 a 306), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado: ‘AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO PORTADOR DE VISÃO MONOCULAR. DIREITO DE RECORRER ÀS VAGAS DESTINADAS AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. SÚMULA 377 DO STJ. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO QUE MERECE SER MANTIDA NA ÍNTEGRA. APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO AOS QUAIS SE NEGOU SEGUIMENTO NA FORMA DO ARTIGO 557 DO CPC. AUSÊNCIA DE NOVOS FUNDAMENTOS CAPAZES DE INFIRMAR A DECISÃO AGRAVADA. RECURSO A QUE SE NEGA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório ARE 768402 AGR / RJ PROVIMENTO’ (fl. 221). Opostos embargos de declaração (fls. 227 a 231), não foram providos (fls. 234 a 239). Sustenta o agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação dos artigos 5º, caput, e 37, caput e incisos II e VIII, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas na legislação local pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Especificamente sobre o tema ora em análise, destaco o seguinte precedente: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Supremo Tribunal Federal ARE 768402 AGR / RJ PROVIMENTO’ (fl. 221). Opostos embargos de declaração (fls. 227 a 231), não foram providos (fls. 234 a 239). Sustenta o agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação dos artigos 5º, caput, e 37, caput e incisos II e VIII, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas na legislação local pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Especificamente sobre o tema ora em análise, destaco o seguinte precedente: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório ARE 768402 AGR / RJ ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. COMPROVAÇÃO DE DEFICIÊNCIA PARA FINS DE OCUPAÇÃO DE VAGA DESTINADA AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. VISÃO MONOCULAR. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. QUESTÃO QUE DEMANDA ANÁLISE DE DISPOSITIVOS DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AGRAVO INTERNO. Apelação Cível que enquadrou a hipótese à regra do art. 557 do CPC, negando seguimento ao recurso manifestamente improcedente. Agravo interno buscando a reforma da decisão prolatada. Razões de recurso falto de juridicidade e a infirmá-lo. Decisão confirmada. Desprovimento do agravo.’ 6. Agravo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Supremo Tribunal Federal ARE 768402 AGR / RJ ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. COMPROVAÇÃO DE DEFICIÊNCIA PARA FINS DE OCUPAÇÃO DE VAGA DESTINADA AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. VISÃO MONOCULAR. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. QUESTÃO QUE DEMANDA ANÁLISE DE DISPOSITIVOS DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AGRAVO INTERNO. Apelação Cível que enquadrou a hipótese à regra do art. 557 do CPC, negando seguimento ao recurso manifestamente improcedente. Agravo interno buscando a reforma da decisão prolatada. Razões de recurso falto de juridicidade e a infirmá-lo. Decisão confirmada. Desprovimento do agravo.’ 6. Agravo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório ARE 768402 AGR / RJ regimental desprovido’ (ARE nº 658.703/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 21/8/12). Nesse mesmo sentido: ‘CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCURSO PÚBLICO. RESERVA DE VAGA PARA DEFICIENTE. ART. 37, VIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A reserva de vagas em concurso público destinadas aos portadores de deficiência é garantia da norma do art. 37, VIII, da Constituição Federal. 2. Analisar a alegada ofensa à norma constitucional para alterar a conclusão do Tribunal de origem demandaria o reexame dos fatos e das provas da causa, inviável em sede extraordinária. Súmula STF 279. 3. Agravo regimental improvido’ (AI nº 777.391/RO-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/5/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL. CONCURSO PÚBLICO. ILEGALIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279. AGRAVO DESPROVIDO. Não é possível, na via extraordinária, o reexame de fatos e provas do processo, ante o óbice consagrado pelo enunciado da Súmula 279 deste Supremo Tribunal Federal’ (AI nº 558.199/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 9/2/2007). Ainda sobre o tema, anotem-se, também, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 857.592/MG, de minha relatoria, DJe de 6/2/13, e AI nº 835.945/RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 21/2/11. Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Supremo Tribunal Federal ARE 768402 AGR / RJ regimental desprovido’ (ARE nº 658.703/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 21/8/12). Nesse mesmo sentido: ‘CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCURSO PÚBLICO. RESERVA DE VAGA PARA DEFICIENTE. ART. 37, VIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A reserva de vagas em concurso público destinadas aos portadores de deficiência é garantia da norma do art. 37, VIII, da Constituição Federal. 2. Analisar a alegada ofensa à norma constitucional para alterar a conclusão do Tribunal de origem demandaria o reexame dos fatos e das provas da causa, inviável em sede extraordinária. Súmula STF 279. 3. Agravo regimental improvido’ (AI nº 777.391/RO-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/5/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL. CONCURSO PÚBLICO. ILEGALIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279. AGRAVO DESPROVIDO. Não é possível, na via extraordinária, o reexame de fatos e provas do processo, ante o óbice consagrado pelo enunciado da Súmula 279 deste Supremo Tribunal Federal’ (AI nº 558.199/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 9/2/2007). Ainda sobre o tema, anotem-se, também, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 857.592/MG, de minha relatoria, DJe de 6/2/13, e AI nº 835.945/RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 21/2/11. Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao recurso extraordinário. Publique-se”. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Relatório ARE 768402 AGR / RJ Insiste o agravante que teriam sido violados os arts. 2º; 5º, caput; 37, incisos II e VIII, da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que “[a] questão que efetivamente se discute no âmbito do recurso extraordinário é exclusivamente de direito e refere-se ao enquadramento do portador de visão mononuclear como deficiente. (…) (…) partindo-se do panorama fático assentado na instância inferior (ou seja, partindo-se da premissa de que o impetrante é portador de visão monocular), deve este Colendo Tribunal decidir, à luz das normas constitucionais e legais aplicáveis: o portador de visão monocular é deficiente? (…) Destarte, seja pela Lei Municipal 2.111/94, com a redação dada pela Lei 4.950/2008, que regula em âmbito municipal a participação em concursos, seja pela Lei Nacional atinente à matéria (Lei 7853/89, regulamentada pelo Decreto 3298/99), além de ser exigido o acometimento de ambos os olhos, o enquadramento dos deficientes visuais na condição de beneficiário de reserva de vagas em concurso, depende da existência de acuidade visual igual ou menor do que 0,3, no melhor olho. Isto equivale a dizer que, se o candidato for portador da visão maior do que 0,3 em pelo menos um olho, não estará enquadrado na legislação em comento. (…) Importante destacar que a aplicação automática do entendimento predominante no E. STJ por certo viola a Constituição Federal, eis que a legislação municipal define a deficiência visual com distintos critérios. Trata-se de clara afronta à autonomia dos entes federativos e ao princípio da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/88), na medida em que o verbete n. 377 foi editado com base em julgados que apreciaram a questão à luz da legislação federal pertinente, inaplicável ao Município do Rio de Janeiro, e incursiona em 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Supremo Tribunal Federal ARE 768402 AGR / RJ Insiste o agravante que teriam sido violados os arts. 2º; 5º, caput; 37, incisos II e VIII, da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que “[a] questão que efetivamente se discute no âmbito do recurso extraordinário é exclusivamente de direito e refere-se ao enquadramento do portador de visão mononuclear como deficiente. (…) (…) partindo-se do panorama fático assentado na instância inferior (ou seja, partindo-se da premissa de que o impetrante é portador de visão monocular), deve este Colendo Tribunal decidir, à luz das normas constitucionais e legais aplicáveis: o portador de visão monocular é deficiente? (…) Destarte, seja pela Lei Municipal 2.111/94, com a redação dada pela Lei 4.950/2008, que regula em âmbito municipal a participação em concursos, seja pela Lei Nacional atinente à matéria (Lei 7853/89, regulamentada pelo Decreto 3298/99), além de ser exigido o acometimento de ambos os olhos, o enquadramento dos deficientes visuais na condição de beneficiário de reserva de vagas em concurso, depende da existência de acuidade visual igual ou menor do que 0,3, no melhor olho. Isto equivale a dizer que, se o candidato for portador da visão maior do que 0,3 em pelo menos um olho, não estará enquadrado na legislação em comento. (…) Importante destacar que a aplicação automática do entendimento predominante no E. STJ por certo viola a Constituição Federal, eis que a legislação municipal define a deficiência visual com distintos critérios. Trata-se de clara afronta à autonomia dos entes federativos e ao princípio da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/88), na medida em que o verbete n. 377 foi editado com base em julgados que apreciaram a questão à luz da legislação federal pertinente, inaplicável ao Município do Rio de Janeiro, e incursiona em 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Relatório ARE 768402 AGR / RJ matéria de caráter essencialmente técnico-administrativo. Não é demais salientar que a opção feita pela legislação municipal é inquestionavelmente adequada e atende ao princípio da isonomia (artigo 5º, caput da CRFB/88), na medida em que a visão normal em um olho propicia enorme vantagem em face dos deficientes visuais com limitação em ambos olhos, desequilibrando as condições de igualdade que devem prevalecer entre aqueles que disputam as vagas oferecidas em concursos públicos” (fls. 322/325). É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Supremo Tribunal Federal ARE 768402 AGR / RJ matéria de caráter essencialmente técnico-administrativo. Não é demais salientar que a opção feita pela legislação municipal é inquestionavelmente adequada e atende ao princípio da isonomia (artigo 5º, caput da CRFB/88), na medida em que a visão normal em um olho propicia enorme vantagem em face dos deficientes visuais com limitação em ambos olhos, desequilibrando as condições de igualdade que devem prevalecer entre aqueles que disputam as vagas oferecidas em concursos públicos” (fls. 322/325). É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conquanto a Constituição Federal haja assegurado a reserva de vagas para os participantes de concurso público que possuam algum tipo de deficiência física, a definição dos casos que se caracterizam como deficiência para o citado fim compete à legislação infraconstitucional, sendo certo que a verificação do enquadramento do candidato nas hipóteses previstas em lei não prescinde da análise do contexto fático. No presente feito, a Corte de origem limitou-se a analisar a situação do candidato à luz dos entendimentos jurisprudenciais sobre a matéria firmados a partir da análise das normas infraconstitucionais que regulam a participação de candidatos portadores de deficiência física em concursos públicos. Desse modo, para acolher a tese do agravante de que o agravado não seria deficiente físico, de acordo com as previsões legais aplicáveis, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Além dos precedentes citados na decisão agravada, anotem-se os seguintes julgados: “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Ofensa ao art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Concurso público. Vagas destinadas à portadores de deficiência. Caracterização da deficiência do candidato. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pela Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276916. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conquanto a Constituição Federal haja assegurado a reserva de vagas para os participantes de concurso público que possuam algum tipo de deficiência física, a definição dos casos que se caracterizam como deficiência para o citado fim compete à legislação infraconstitucional, sendo certo que a verificação do enquadramento do candidato nas hipóteses previstas em lei não prescinde da análise do contexto fático. No presente feito, a Corte de origem limitou-se a analisar a situação do candidato à luz dos entendimentos jurisprudenciais sobre a matéria firmados a partir da análise das normas infraconstitucionais que regulam a participação de candidatos portadores de deficiência física em concursos públicos. Desse modo, para acolher a tese do agravante de que o agravado não seria deficiente físico, de acordo com as previsões legais aplicáveis, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Além dos precedentes citados na decisão agravada, anotem-se os seguintes julgados: “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Ofensa ao art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Concurso público. Vagas destinadas à portadores de deficiência. Caracterização da deficiência do candidato. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pela Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276916. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 768402 AGR / RJ Corte de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (ARE nº 742.890/PE-AgR, Primeira Turma, minha relatoria, DJe de 29/10/13). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 767.323/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/2/11). Anote-se, por fim, que não há falar em violação do art. 2º da Constituição Federal, haja vista que não houve ingerência indevida do poder judiciário, havendo o Tribunal de origem se limitado a aplicar a jurisprudência firmada acerca das normas que regulam a matéria ao caso concreto, exercendo assim o seu mister constitucional de entregar jurisdição. Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276916. Supremo Tribunal Federal ARE 768402 AGR / RJ Corte de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (ARE nº 742.890/PE-AgR, Primeira Turma, minha relatoria, DJe de 29/10/13). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 767.323/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/2/11). Anote-se, por fim, que não há falar em violação do art. 2º da Constituição Federal, haja vista que não houve ingerência indevida do poder judiciário, havendo o Tribunal de origem se limitado a aplicar a jurisprudência firmada acerca das normas que regulam a matéria ao caso concreto, exercendo assim o seu mister constitucional de entregar jurisdição. Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5276916. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : LEONARDO CONSANI NOBREGA KOURY ADV.(A/S) : ANA CRISTINA SCHEFFER Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245120 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : LEONARDO CONSANI NOBREGA KOURY ADV.(A/S) : ANA CRISTINA SCHEFFER Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245120 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5298357
2013-12-17T00:00:00
2014-02-20T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Concurso público. Reserva de vagas para portadores de deficiência física. Caracterização dessa condição. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Conquanto a Constituição Federal haja assegurado a reserva de vagas para os participantes de concurso público que possuam algum tipo de deficiência física, a definição dos casos que se caracterizam como deficiência para o citado fim compete à legislação infraconstitucional, sendo certo que a verificação do enquadramento do candidato nas hipóteses previstas em lei não prescinde da análise do contexto fático. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos (Súmula nº 279/STF). 3. Agravo regimental não provido.
sjur255502
- Acórdão(s) citado(s): (SÚMULA 279) AI 767323 AgR (2ªT), ARE 742890 AgR (1ªT). Número de páginas: 11. Análise: 25/02/2014, TIA.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
768402
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 768402 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : LEONARDO CONSANI NOBREGA KOURY ADV.(A/S) : ANA CRISTINA SCHEFFER
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "REG. 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[UNK]; [UNK], caput; 37, incisos II e VIII, da Constituição Federal", "Lei Municipal 2. 111 / 94", "Lei 4. 950 / 2008", "Lei Nacional", "Lei 7853 / 89", "Decreto 3298 / 99", "Constituição Federal", "art. [UNK] da CRFB / 88", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art", "s. [UNK]; [UNK], caput; 37, incisos II e VIII, da Constituição Federal", "Lei Municipal 2. 111 / 94", "Lei 4. 950 / 2008", "Lei Nacional", "Lei 7853 / 89", "Decreto 3298 / 99", "Constituição Federal", "art. [UNK] da CRFB / 88", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigo [UNK], caput da CRFB / 88", "MP n", "° 2. 200- 2 / 2001", "artigo [UNK], caput da CRFB / 88", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "art. [UNK], inciso XXXV, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição Federal", "art. [UNK], inciso XXXV, da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "art. [UNK] da Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição da República", "art. 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.411 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) :DARIEL SILVA DE MORAES PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA. FACULTATIVIDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO DA DEFESA. UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS A QUE SE NEGA PROVIMENTO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO PARA QUE O RESTANTE DA PENA SEJA CUMPRIDA EM REGIME ABERTO. 1. O juízo da instrução é competente para analisar, no caso concreto, a necessidade, ou não, da realização de exame de dependência toxicológica requerido pela defesa a fim de comprovar eventual inimputabilidade do acusado. Precedentes: HC 95.983, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 20.03.09; RHC 86.190, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 07.12.06; HC 84.431, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 22.10.04; HC 69.733, Segunda Turma, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 21.05.93. 2. In casu, o juiz singular condenou o paciente a 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, tendo reduzido a reprimenda em 2/3, com fundamento no artigo 46 da Lei 11.343/06, em razão da semi-imputabilidade do agente. Destarte, a pena foi definitivamente fixada em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado. 3. A Corte Estadual, contudo, em sede de apelação, afastou a causa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082910. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão RHC 120411 / MS de diminuição de pena prevista no artigo 46 da nova Lei de Drogas, sob o fundamento de que “o único elemento de prova utilizado para fundamentar a conclusão da semi-imputabilidade do recorrido são suas próprias declarações de que era viciado”. 4. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do writ lá impetrado, destacou que “a defesa sequer pediu a realização do sobredito laudo de dependência, somente mencionando a possibilidade de incidência da causa de diminuição de pena descrita no art. 46 da Lei n.º 11.343/2006 nas alegações finais, omissão que retira a plausibilidade jurídica da pretensão apontada na inicial” - Sem grifos no original. 5. O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Precedentes: HC 116.442, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11.11.13; HC 113.738-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 14.11.13. 6. In casu, a condenação transitou em julgado em 28.03.12 (informação obtida no site do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul). 7. Por outro lado, o paciente foi preso em 23 de outubro de 2010, não havendo nos autos informação de que tenha sido posto em liberdade após esta data. Destarte, tendo ele sido condenado a 6 (seis) anos de reclusão pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, já teria cumprido, em tese, metade da reprimenda no regime fechado. 8. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento. Ordem concedida de ofício para que o restante da pena seja cumprida em regime aberto. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, mas em conceder a ordem, de ofício, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082910. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS de diminuição de pena prevista no artigo 46 da nova Lei de Drogas, sob o fundamento de que “o único elemento de prova utilizado para fundamentar a conclusão da semi-imputabilidade do recorrido são suas próprias declarações de que era viciado”. 4. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do writ lá impetrado, destacou que “a defesa sequer pediu a realização do sobredito laudo de dependência, somente mencionando a possibilidade de incidência da causa de diminuição de pena descrita no art. 46 da Lei n.º 11.343/2006 nas alegações finais, omissão que retira a plausibilidade jurídica da pretensão apontada na inicial” - Sem grifos no original. 5. O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Precedentes: HC 116.442, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11.11.13; HC 113.738-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 14.11.13. 6. In casu, a condenação transitou em julgado em 28.03.12 (informação obtida no site do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul). 7. Por outro lado, o paciente foi preso em 23 de outubro de 2010, não havendo nos autos informação de que tenha sido posto em liberdade após esta data. Destarte, tendo ele sido condenado a 6 (seis) anos de reclusão pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, já teria cumprido, em tese, metade da reprimenda no regime fechado. 8. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento. Ordem concedida de ofício para que o restante da pena seja cumprida em regime aberto. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, mas em conceder a ordem, de ofício, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082910. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Ementa e Acórdão RHC 120411 / MS nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082910. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082910. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.411 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) :DARIEL SILVA DE MORAES PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto por DARIEL SILVA DE MORAES, por intermédio da DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, sintetizado na seguinte ementa, verbis: “AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART. 46 DA LEI N.º 11.343/2006. RECONHECIMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA. LAUDO PERICIAL. AUSÊNCIA. DESCONSTITUIÇÃO DA DECISÃO APONTADA COMO COATORA. INVIABILIDADE. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. A par de o impetrante não ter se utilizado, na espécie, do recurso previsto na legislação ordinária para a impugnação da decisão, em homenagem à garantia constitucional constante do art. 5º, inciso LXVIII, foram analisadas as questões suscitadas na inicial para verificar a existência de constrangimento ilegal evidente, a ser sanado mediante a concessão de habeas corpus de ofício, evitando-se prejuízos à ampla defesa e ao devido processo legal. 2. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em tema de ‘inimputabilidade (ou semi- Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.411 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) :DARIEL SILVA DE MORAES PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto por DARIEL SILVA DE MORAES, por intermédio da DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, sintetizado na seguinte ementa, verbis: “AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART. 46 DA LEI N.º 11.343/2006. RECONHECIMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA. LAUDO PERICIAL. AUSÊNCIA. DESCONSTITUIÇÃO DA DECISÃO APONTADA COMO COATORA. INVIABILIDADE. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. A par de o impetrante não ter se utilizado, na espécie, do recurso previsto na legislação ordinária para a impugnação da decisão, em homenagem à garantia constitucional constante do art. 5º, inciso LXVIII, foram analisadas as questões suscitadas na inicial para verificar a existência de constrangimento ilegal evidente, a ser sanado mediante a concessão de habeas corpus de ofício, evitando-se prejuízos à ampla defesa e ao devido processo legal. 2. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em tema de ‘inimputabilidade (ou semi- Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório RHC 120411 / MS imputabilidade), vigora, entre nós, o critério biopsicológico normativo. Assim, não basta simplesmente que o agente padeça de alguma enfermidade mental (critério biológico), faz-se mister, ainda, que exista prova (v.g. perícia) de que este transtorno realmente afetou a capacidade de compreensão do caráter ilícito do fato (requisito intelectual) ou de determinação segundo esse conhecimento (requisito volitivo) à época do fato, i.e., no momento da ação criminosa’ (HC n.º 55.230/RJ, Relator o Ministro Felix Fischer, DJ 1º/8/2006). 3. Ademais, para se chegar a conclusão diversa quanto à imputabilidade do paciente, seria necessário o reexame dos elementos fático-probatórios dos autos, o que é vedado em habeas corpus. O que sempre sustentei e sustento é que o habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável, que se mostra de plano ao julgador. Não se destina à correção de controvérsias ou de situações que, ainda que existentes, demandam para sua identificação, aprofundado exame de fatos e provas. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” Colhe-se dos autos que o paciente mantinha em depósito, para comercialização, 1 (uma) pedra de crack, contendo, aproximadamente, 9 (nove) gramas da droga, e 3 (três) quilos de maconha. Destarte, foi condenado a 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes (artigo 33, caput, da Lei 11.343/06). A pena foi reduzida em 2/3 (dois terços), com fundamento no artigo 46 da Lei 11.343/06, sendo definitivamente fixada em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, mantido o regime inicial fechado. O Ministério Público apelou e o Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul deu provimento ao recurso “a fim de afastar a aplicação da minorante do artigo 46, da Lei 11.343/06 da dosimetria da pena de DARIEL SILVA DE MORAES e, de ofício, compensar a atenuante da confissão com a 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS imputabilidade), vigora, entre nós, o critério biopsicológico normativo. Assim, não basta simplesmente que o agente padeça de alguma enfermidade mental (critério biológico), faz-se mister, ainda, que exista prova (v.g. perícia) de que este transtorno realmente afetou a capacidade de compreensão do caráter ilícito do fato (requisito intelectual) ou de determinação segundo esse conhecimento (requisito volitivo) à época do fato, i.e., no momento da ação criminosa’ (HC n.º 55.230/RJ, Relator o Ministro Felix Fischer, DJ 1º/8/2006). 3. Ademais, para se chegar a conclusão diversa quanto à imputabilidade do paciente, seria necessário o reexame dos elementos fático-probatórios dos autos, o que é vedado em habeas corpus. O que sempre sustentei e sustento é que o habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável, que se mostra de plano ao julgador. Não se destina à correção de controvérsias ou de situações que, ainda que existentes, demandam para sua identificação, aprofundado exame de fatos e provas. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” Colhe-se dos autos que o paciente mantinha em depósito, para comercialização, 1 (uma) pedra de crack, contendo, aproximadamente, 9 (nove) gramas da droga, e 3 (três) quilos de maconha. Destarte, foi condenado a 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes (artigo 33, caput, da Lei 11.343/06). A pena foi reduzida em 2/3 (dois terços), com fundamento no artigo 46 da Lei 11.343/06, sendo definitivamente fixada em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, mantido o regime inicial fechado. O Ministério Público apelou e o Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul deu provimento ao recurso “a fim de afastar a aplicação da minorante do artigo 46, da Lei 11.343/06 da dosimetria da pena de DARIEL SILVA DE MORAES e, de ofício, compensar a atenuante da confissão com a 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório RHC 120411 / MS agravante da reincidência, restando a pena do apelado por infração ao artigo 33, caput, da Lei 11.343/06 fixada em 6 anos de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado”. Transcrevo a ementa do julgado, verbis: “EMENTA – APELAÇÃO – PENAL – TRÁFICO DE DROGAS – SEMI-IMPUTABILIDADE – INEXISTÊNCIA DE LAUDO PERICIAL – IMPOSSIBILIDADE DE CONCLUSÃO SE FUNDAR EXCLUSIVAMENTE NAS DECLARAÇÕES DO DENUNCIADO – AFASTAMENTO – EX OFFICIO – COMPENSAÇÃO – CONFISSÃO E REINCIDÊNCIA – RECURSO PROVIDO – PENA REDIMENSIONADA DE OFÍCIO. A aplicação da causa de diminuição da semi- imputabilidade (art. 46 da Lei n. 11.343/06) imprescinde de confecção de laudo pericial, não podendo se fundamentar exclusivamente nas declarações do denunciado. ‘A Sexta Turma desta Corte tem entendido que a atenuante da confissão espontânea, por envolver a personalidade do agente, também é preponderante, nos termos do artigo 67 do Código Penal, devendo, portanto, ser compensada com a agravante da reincidência.’ (STJ, Resp 1094485/MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 03/11/2011, DJe 17/11/2011).” Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. O Ministro Marco Aurélio Bellizze negou seguimento ao writ. Ainda inconformada, interpôs agravo regimental, improvido pelo colegiado do STJ. Neste recurso ordinário, sustenta, em síntese, que a dependência química do paciente seria causa de semi-imputabilidade penal, nos termos do artigo 46 da Lei 11.343/06, destacando que a ausência de realização de exame pericial para comprovar que o paciente não tinha, no tempo da ação, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS agravante da reincidência, restando a pena do apelado por infração ao artigo 33, caput, da Lei 11.343/06 fixada em 6 anos de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado”. Transcrevo a ementa do julgado, verbis: “EMENTA – APELAÇÃO – PENAL – TRÁFICO DE DROGAS – SEMI-IMPUTABILIDADE – INEXISTÊNCIA DE LAUDO PERICIAL – IMPOSSIBILIDADE DE CONCLUSÃO SE FUNDAR EXCLUSIVAMENTE NAS DECLARAÇÕES DO DENUNCIADO – AFASTAMENTO – EX OFFICIO – COMPENSAÇÃO – CONFISSÃO E REINCIDÊNCIA – RECURSO PROVIDO – PENA REDIMENSIONADA DE OFÍCIO. A aplicação da causa de diminuição da semi- imputabilidade (art. 46 da Lei n. 11.343/06) imprescinde de confecção de laudo pericial, não podendo se fundamentar exclusivamente nas declarações do denunciado. ‘A Sexta Turma desta Corte tem entendido que a atenuante da confissão espontânea, por envolver a personalidade do agente, também é preponderante, nos termos do artigo 67 do Código Penal, devendo, portanto, ser compensada com a agravante da reincidência.’ (STJ, Resp 1094485/MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 03/11/2011, DJe 17/11/2011).” Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. O Ministro Marco Aurélio Bellizze negou seguimento ao writ. Ainda inconformada, interpôs agravo regimental, improvido pelo colegiado do STJ. Neste recurso ordinário, sustenta, em síntese, que a dependência química do paciente seria causa de semi-imputabilidade penal, nos termos do artigo 46 da Lei 11.343/06, destacando que a ausência de realização de exame pericial para comprovar que o paciente não tinha, no tempo da ação, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Relatório RHC 120411 / MS de determinar-se de acordo com esse entendimento, consubstancia nulidade absoluta. Requer, ao final, o provimento do recurso “para que seja declarada a nulidade do processo em razão da ausência do laudo pericial ou, alternativamente, que seja restabelecida a sentença condenatória, que reconheceu a semi-imputabilidade do paciente”. O Ministério Público Federal manifesta-se pelo não provimento do recurso. Transcrevo a ementa do parecer ministerial, verbis: “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA VIA ELEITA COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. NULIDADE PROCESSUAL POR AUSÊNCIA DE LAUDO PERICIAL. PROVA NÃO REQUERIDA PELA DEFESA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PARECER PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO.” É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS de determinar-se de acordo com esse entendimento, consubstancia nulidade absoluta. Requer, ao final, o provimento do recurso “para que seja declarada a nulidade do processo em razão da ausência do laudo pericial ou, alternativamente, que seja restabelecida a sentença condenatória, que reconheceu a semi-imputabilidade do paciente”. O Ministério Público Federal manifesta-se pelo não provimento do recurso. Transcrevo a ementa do parecer ministerial, verbis: “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA VIA ELEITA COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. NULIDADE PROCESSUAL POR AUSÊNCIA DE LAUDO PERICIAL. PROVA NÃO REQUERIDA PELA DEFESA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PARECER PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO.” É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082911. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.411 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que compete ao juízo da instrução analisar, no caso concreto, a necessidade, ou não, da realização de exame de dependência toxicológica requerido pela defesa a fim de comprovar eventual inimputabilidade do acusado. No mesmo sentido, os seguintes julgados: “EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR. DESERÇÃO. DEPENDÊNCIA QUÍMICA. CULPABILIDADE. CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE. EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA. FACULDADE. 1. Crime de deserção. Inimputabilidade do paciente que, viciado em cocaína, não tinha consciência da ilicitude de sua conduta. Prova em contrário consubstanciada em depoimento de testemunha. 2. Declaração de inimputabilidade a depender do exame de dependência toxicológica não requerido pela defesa nem determinado pelo Juiz. Exame facultativo, na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Ordem denegada.” (HC 95.983, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 20.03.09) “EMENTA: AÇÃO PENAL. Tráfico ilícito de entorpecentes. Sentença condenatória. Exame de dependência toxicológica. Inexistência. Irrelevância. Prova não requerida pela defesa e cuja necessidade dependeria de aferição do juízo da causa. Nulidade, ademais, só argüida em habeas corpus, após o trânsito em julgado da sentença. Preclusão consumada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.411 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que compete ao juízo da instrução analisar, no caso concreto, a necessidade, ou não, da realização de exame de dependência toxicológica requerido pela defesa a fim de comprovar eventual inimputabilidade do acusado. No mesmo sentido, os seguintes julgados: “EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR. DESERÇÃO. DEPENDÊNCIA QUÍMICA. CULPABILIDADE. CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE. EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA. FACULDADE. 1. Crime de deserção. Inimputabilidade do paciente que, viciado em cocaína, não tinha consciência da ilicitude de sua conduta. Prova em contrário consubstanciada em depoimento de testemunha. 2. Declaração de inimputabilidade a depender do exame de dependência toxicológica não requerido pela defesa nem determinado pelo Juiz. Exame facultativo, na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Ordem denegada.” (HC 95.983, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 20.03.09) “EMENTA: AÇÃO PENAL. Tráfico ilícito de entorpecentes. Sentença condenatória. Exame de dependência toxicológica. Inexistência. Irrelevância. Prova não requerida pela defesa e cuja necessidade dependeria de aferição do juízo da causa. Nulidade, ademais, só argüida em habeas corpus, após o trânsito em julgado da sentença. Preclusão consumada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RHC 120411 / MS Recurso improvido. Precedentes. A falta de exame de dependência toxicológica, cuja necessidade depende de requerimento da defesa e aferição do juízo da causa, constitui nulidade teórica que, argüida apenas após o trânsito em julgado da sentença condenatória, é coberta pela preclusão.” (RHC 86.190, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 07.12.06) “EMENTA: HABEAS CORPUS. DENEGAÇÃO DO PEDIDO DE INSTAURAÇÃO DE INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA DO PACIENTE, DENUNCIADO POR TRÁFICO DE ENTORPECENTES. ALEGAÇÃO NO SENTIDO DA OBRIGATORIEDADE DO EXAME QUANDO O RÉU AFIRMA SUA CONDIÇÃO DE DEPENDENTE QUÍMICO DA DROGA. Cabe ao magistrado da instrução o juízo acerca da instauração ou não do incidente de dependência toxicológica. Precedentes. Tal juízo deve ser feito caso a caso e, principalmente, na hipótese de denegação do pedido, o juiz estará obrigado a declinar os motivos da recusa; que, a seu turno, deve ter lastro em dados concretos do caso analisado. Constrangimento ilegal inexistente, havendo o douto magistrado observado tais parâmetros, declinando motivadamente as razões do indeferimento, após a detida apreciação do caso que o levou, inclusive, a asseverar o caráter protelatório da pretensão. Habeas corpus indeferido.” (HC 84.431, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 22.10.04) “HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO DO PACIENTE A TRES ANOS DE RECLUSÃO, COMO INCURSO NO ART. 12 DA LEI N. 6.368/1976. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA, PORQUE NÃO DETERMINADO EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLOGICA. IMPROCEDENCIA. A CIRCUNSTANCIA DE O RÉU DECLARAR-SE VICIADO NÃO LEVA, NECESSARIAMENTE, A OBRIGATORIEDADE DE REALIZAÇÃO DO EXAME, CABENDO AO JUIZ AFERIR, EM 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS Recurso improvido. Precedentes. A falta de exame de dependência toxicológica, cuja necessidade depende de requerimento da defesa e aferição do juízo da causa, constitui nulidade teórica que, argüida apenas após o trânsito em julgado da sentença condenatória, é coberta pela preclusão.” (RHC 86.190, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 07.12.06) “EMENTA: HABEAS CORPUS. DENEGAÇÃO DO PEDIDO DE INSTAURAÇÃO DE INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA DO PACIENTE, DENUNCIADO POR TRÁFICO DE ENTORPECENTES. ALEGAÇÃO NO SENTIDO DA OBRIGATORIEDADE DO EXAME QUANDO O RÉU AFIRMA SUA CONDIÇÃO DE DEPENDENTE QUÍMICO DA DROGA. Cabe ao magistrado da instrução o juízo acerca da instauração ou não do incidente de dependência toxicológica. Precedentes. Tal juízo deve ser feito caso a caso e, principalmente, na hipótese de denegação do pedido, o juiz estará obrigado a declinar os motivos da recusa; que, a seu turno, deve ter lastro em dados concretos do caso analisado. Constrangimento ilegal inexistente, havendo o douto magistrado observado tais parâmetros, declinando motivadamente as razões do indeferimento, após a detida apreciação do caso que o levou, inclusive, a asseverar o caráter protelatório da pretensão. Habeas corpus indeferido.” (HC 84.431, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 22.10.04) “HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO DO PACIENTE A TRES ANOS DE RECLUSÃO, COMO INCURSO NO ART. 12 DA LEI N. 6.368/1976. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA, PORQUE NÃO DETERMINADO EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLOGICA. IMPROCEDENCIA. A CIRCUNSTANCIA DE O RÉU DECLARAR-SE VICIADO NÃO LEVA, NECESSARIAMENTE, A OBRIGATORIEDADE DE REALIZAÇÃO DO EXAME, CABENDO AO JUIZ AFERIR, EM 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RHC 120411 / MS CADA CASO, DA SUA NECESSIDADE. REAPRECIAÇÃO DE PROVAS INVIAVEL EM HABEAS CORPUS. SOMENTE EM REVISÃO CRIMINAL SERIA POSSIVEL REEXAME DO CONJUNTO DE PROVAS CONSIDERADO NA SENTENÇA CONDENATÓRIA E NO ACÓRDÃO QUE A CONFIRMOU. FIXAÇÃO DAS PENAS NO MINIMO LEGAL. HABEAS CORPUS INDEFERIDO.” (HC 69.733, Segunda Turma, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 21.05.93) In casu, o Juízo da Primeira Vara Criminal de Dourados/MS condenou o paciente a 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, tendo reduzido a reprimenda em 2/3, com fundamento no artigo 46 da Lei 11.343/06, em razão da semi-imputabilidade do agente. Destarte, a pena foi definitivamente fixada em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado. Contudo, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, em sede de apelação, afastou a causa de diminuição de pena prevista no artigo 46 da nova Lei de Drogas, sob o fundamento de que “o único elemento de prova utilizado para fundamentar a conclusão da semi-imputabilidade do recorrido são suas próprias declarações de que era viciado”. Transcrevo o seguinte trecho do voto condutor daquele julgado, verbis: “(...) A inexistência de laudo pericial que ateste a condição de semi-imputável do apelado é incontestável. Assim sendo, retira- se da fundamentação judicial o sustentáculo fático imprescindível para a sua validade: a realização de exame pericial por profissional da área médica. No caso dos autos, verifica-se que ao único elemento de prova utilizado para fundamentar a conclusão da semi- imputabilidade do recorrido são as suas próprias declarações de que seria viciado. Desta forma, não há como compactuar 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS CADA CASO, DA SUA NECESSIDADE. REAPRECIAÇÃO DE PROVAS INVIAVEL EM HABEAS CORPUS. SOMENTE EM REVISÃO CRIMINAL SERIA POSSIVEL REEXAME DO CONJUNTO DE PROVAS CONSIDERADO NA SENTENÇA CONDENATÓRIA E NO ACÓRDÃO QUE A CONFIRMOU. FIXAÇÃO DAS PENAS NO MINIMO LEGAL. HABEAS CORPUS INDEFERIDO.” (HC 69.733, Segunda Turma, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 21.05.93) In casu, o Juízo da Primeira Vara Criminal de Dourados/MS condenou o paciente a 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, tendo reduzido a reprimenda em 2/3, com fundamento no artigo 46 da Lei 11.343/06, em razão da semi-imputabilidade do agente. Destarte, a pena foi definitivamente fixada em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado. Contudo, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, em sede de apelação, afastou a causa de diminuição de pena prevista no artigo 46 da nova Lei de Drogas, sob o fundamento de que “o único elemento de prova utilizado para fundamentar a conclusão da semi-imputabilidade do recorrido são suas próprias declarações de que era viciado”. Transcrevo o seguinte trecho do voto condutor daquele julgado, verbis: “(...) A inexistência de laudo pericial que ateste a condição de semi-imputável do apelado é incontestável. Assim sendo, retira- se da fundamentação judicial o sustentáculo fático imprescindível para a sua validade: a realização de exame pericial por profissional da área médica. No caso dos autos, verifica-se que ao único elemento de prova utilizado para fundamentar a conclusão da semi- imputabilidade do recorrido são as suas próprias declarações de que seria viciado. Desta forma, não há como compactuar 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RHC 120411 / MS com a manutenção da causa de diminuição. A jurisprudência é pacífica quanto à necessidade de exame pericial para a comprovação da incapacidade, podendo até mesmo a autoridade judicial discordar das conclusões do expert, mas sendo imprescindível a confecção do laudo. (…) Desta forma, ante a ausência de elementos de convicção da semi-imputabilidade do apelado, deve ser excluída a causa de diminuição do art. 46 da Lei nº 11.343/06, restando a pena definitiva em 07 (sete) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 750 (setecentos e cinquenta) dias multa. (…).” Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do writ lá impetrado, destacou que “a defesa sequer pediu a realização do sobredito laudo de dependência, somente mencionando a possibilidade de incidência da causa de diminuição de pena descrita no art. 46 da Lei n.º 11.343/2006 nas alegações finais, omissão que retira a plausibilidade jurídica da pretensão apontada na inicial” - Sem grifos no original. Por outro lado, a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que o habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal, consoante verifica-se nas ementas das seguintes decisões: “EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE ESTUPRO. TRÂNSITO EM JULGADO DO ACÓRDÃO PROFERIDO NO JULGAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO DA DEFESA. IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA APÓS O TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS IMPRÓPRIO NA VIA ELEITA. 1. Trânsito em julgado do acórdão objeto da impetração no Superior Tribunal de Justiça. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS com a manutenção da causa de diminuição. A jurisprudência é pacífica quanto à necessidade de exame pericial para a comprovação da incapacidade, podendo até mesmo a autoridade judicial discordar das conclusões do expert, mas sendo imprescindível a confecção do laudo. (…) Desta forma, ante a ausência de elementos de convicção da semi-imputabilidade do apelado, deve ser excluída a causa de diminuição do art. 46 da Lei nº 11.343/06, restando a pena definitiva em 07 (sete) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 750 (setecentos e cinquenta) dias multa. (…).” Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do writ lá impetrado, destacou que “a defesa sequer pediu a realização do sobredito laudo de dependência, somente mencionando a possibilidade de incidência da causa de diminuição de pena descrita no art. 46 da Lei n.º 11.343/2006 nas alegações finais, omissão que retira a plausibilidade jurídica da pretensão apontada na inicial” - Sem grifos no original. Por outro lado, a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que o habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal, consoante verifica-se nas ementas das seguintes decisões: “EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE ESTUPRO. TRÂNSITO EM JULGADO DO ACÓRDÃO PROFERIDO NO JULGAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO DA DEFESA. IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA APÓS O TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS IMPRÓPRIO NA VIA ELEITA. 1. Trânsito em julgado do acórdão objeto da impetração no Superior Tribunal de Justiça. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RHC 120411 / MS Nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal, o habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal. 2. A análise da inexistência de material probatório que corrobore a condenação impõe, na espécie vertente, revolvimento de fatos e provas, o que ultrapassa os limites do procedimento sumário e documental do habeas corpus. 3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afirma inviável a anulação do processo penal em razão das irregularidades detectadas no inquérito, pois as nulidades processuais concernem, tão-somente, aos defeitos de ordem jurídica que afetam os atos praticados ao longo da ação penal condenatória. Precedentes. 4. Ordem denegada” - Sem grifos no original. (HC 116.442, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11.11.13) “Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. 1. O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal ou como instrumento para o reexame da prova judicialmente colhida. 2. A condenação dos pacientes não foi embasada exclusivamente em elementos colhidos no inquérito policial. 3. Decisão agravada em conformidade com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo regimental desprovido” - Sem grifos no original. (HC 113.738-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 14.11.13) In casu, em consulta ao site do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul, verifica-se que a condenação transitou em julgado em 28.03.12. De outra banda, verifica-se que o paciente foi preso em 23 de outubro de 2010, não havendo nos autos informação de que tenha sido posto em liberdade após esta data. Destarte, tendo ele sido condenado a 6 (seis) anos de reclusão pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS Nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal, o habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal. 2. A análise da inexistência de material probatório que corrobore a condenação impõe, na espécie vertente, revolvimento de fatos e provas, o que ultrapassa os limites do procedimento sumário e documental do habeas corpus. 3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afirma inviável a anulação do processo penal em razão das irregularidades detectadas no inquérito, pois as nulidades processuais concernem, tão-somente, aos defeitos de ordem jurídica que afetam os atos praticados ao longo da ação penal condenatória. Precedentes. 4. Ordem denegada” - Sem grifos no original. (HC 116.442, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11.11.13) “Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. 1. O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal ou como instrumento para o reexame da prova judicialmente colhida. 2. A condenação dos pacientes não foi embasada exclusivamente em elementos colhidos no inquérito policial. 3. Decisão agravada em conformidade com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo regimental desprovido” - Sem grifos no original. (HC 113.738-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 14.11.13) In casu, em consulta ao site do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul, verifica-se que a condenação transitou em julgado em 28.03.12. De outra banda, verifica-se que o paciente foi preso em 23 de outubro de 2010, não havendo nos autos informação de que tenha sido posto em liberdade após esta data. Destarte, tendo ele sido condenado a 6 (seis) anos de reclusão pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RHC 120411 / MS já teria cumprido, em tese, metade da reprimenda no regime fechado. Ex positis, nego provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, mas concedo a ordem de ofício para que o restante da pena seja cumprida em regime aberto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Supremo Tribunal Federal RHC 120411 / MS já teria cumprido, em tese, metade da reprimenda no regime fechado. Ex positis, nego provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, mas concedo a ordem de ofício para que o restante da pena seja cumprida em regime aberto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5082912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.411 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) : DARIEL SILVA DE MORAES PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, mas concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245006 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.411 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) : DARIEL SILVA DE MORAES PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, mas concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245006 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5276772
2013-12-17T00:00:00
2014-02-14T00:00:00
A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, mas concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
Ementa: PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA. FACULTATIVIDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO DA DEFESA. UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS A QUE SE NEGA PROVIMENTO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO PARA QUE O RESTANTE DA PENA SEJA CUMPRIDA EM REGIME ABERTO. 1. O juízo da instrução é competente para analisar, no caso concreto, a necessidade, ou não, da realização de exame de dependência toxicológica requerido pela defesa a fim de comprovar eventual inimputabilidade do acusado. Precedentes: HC 95.983, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 20.03.09; RHC 86.190, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 07.12.06; HC 84.431, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 22.10.04; HC 69.733, Segunda Turma, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 21.05.93. 2. In casu, o juiz singular condenou o paciente a 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, tendo reduzido a reprimenda em 2/3, com fundamento no artigo 46 da Lei 11.343/06, em razão da semi-imputabilidade do agente. Destarte, a pena foi definitivamente fixada em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado. 3. A Corte Estadual, contudo, em sede de apelação, afastou a causa de diminuição de pena prevista no artigo 46 da nova Lei de Drogas, sob o fundamento de que “o único elemento de prova utilizado para fundamentar a conclusão da semi-imputabilidade do recorrido são suas próprias declarações de que era viciado”. 4. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do writ lá impetrado, destacou que “a defesa sequer pediu a realização do sobredito laudo de dependência, somente mencionando a possibilidade de incidência da causa de diminuição de pena descrita no art. 46 da Lei n.º 11.343/2006 nas alegações finais, omissão que retira a plausibilidade jurídica da pretensão apontada na inicial” - Sem grifos no original. 5. O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Precedentes: HC 116.442, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11.11.13; HC 113.738-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 14.11.13. 6. In casu, a condenação transitou em julgado em 28.03.12 (informação obtida no site do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul). 7. Por outro lado, o paciente foi preso em 23 de outubro de 2010, não havendo nos autos informação de que tenha sido posto em liberdade após esta data. Destarte, tendo ele sido condenado a 6 (seis) anos de reclusão pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, já teria cumprido, em tese, metade da reprimenda no regime fechado. 8. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento. Ordem concedida de ofício para que o restante da pena seja cumprida em regime aberto.
sjur254909
- Acórdão(s) citado(s): (EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA) HC 69733, HC 84431 (1ªT), RHC 86190 (2ªT), HC 95983 (2ªT). (HC, SUBSTITUIÇÃO, REVISÃO CRIMINAL) HC 113738 AgR (1ªT), HC 116442 (2ªT). Número de páginas: 14. Análise: 18/02/2014, AUR.
LUIZ FUX
Primeira Turma
120411
[ "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\n ART-00046\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
RHC
acordaos
RHC 120411
[ "" ]
RECTE.(S) : DARIEL SILVA DE MORAES PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 411", "H", "C 95. 983", "R", "HC 86. 190", "H", "C 84. 431", "H", "C 69. 733", "R", "HC 120411 / MS", "H", "C 116. 442", "C 113. 738- AgR", "R", "HC 120411 / MS", "H", "C 116. 442", "H", "C 113. 738- AgR", "R", "HC 120411 / MS", "R", "HC 120411 / MS", "R", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 411", "H", "AB", "EA", "S CORPUS 120. 411", "R", "HC 120411 / MS", "H", "C n. [UNK] 55. 230 / RJ", "R", "HC 120411 / MS", "H", "C n. 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.772 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A ADV.(A/S) :LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E TRABALHISTA. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. JULGADO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126170. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão ARE 678772 AGR / MG Ministra Cármen Lúcia - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126170. Supremo Tribunal Federal ARE 678772 AGR / MG Ministra Cármen Lúcia - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126170. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.772 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A ADV.(A/S) :LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 19 de agosto de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Banco Alfa de Investimento S/A contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, que não conhecera de recurso de revista. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, ‘o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional’ (RE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126171. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.772 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A ADV.(A/S) :LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 19 de agosto de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Banco Alfa de Investimento S/A contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, que não conhecera de recurso de revista. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, ‘o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional’ (RE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126171. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório ARE 678772 AGR / MG 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 7. Em caso idêntico ao presente, este Supremo Tribunal assentou ser a Justiça do Trabalho competente para o julgamento do feito e que a solução de mérito demandaria análise da interpretação conferida pelo Tribunal de origem à legislação local: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento(AI 761.031 AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJ 13.11.2009). Contra esse julgado foram opostos embargos de declaração, nos quais se assentou a consonância do que decidido pelo Tribunal Superior do Trabalho com a jurisprudência deste Supremo Tribunal: Embargos de declaração em embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. 3. Lei estadual n. 12.971/98. Segurança das relações de consumo. Agências bancárias. Matéria legislativa de competência concorrente. Possibilidade de edição de lei estadual sobre o tema. Precedentes. 4. Embargos de declaração rejeitados (AI 761031 AgR-ED-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 29.4.2013). 8. Os argumentos trazidos neste recurso são idênticos aos veiculados por outra instituição bancária no precedente mencionado e também questionam a validade constitucional da Lei mineira n. 12.971/1998, o que já foi rechaçado por este Supremo Tribunal. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126171. Supremo Tribunal Federal ARE 678772 AGR / MG 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 7. Em caso idêntico ao presente, este Supremo Tribunal assentou ser a Justiça do Trabalho competente para o julgamento do feito e que a solução de mérito demandaria análise da interpretação conferida pelo Tribunal de origem à legislação local: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento(AI 761.031 AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJ 13.11.2009). Contra esse julgado foram opostos embargos de declaração, nos quais se assentou a consonância do que decidido pelo Tribunal Superior do Trabalho com a jurisprudência deste Supremo Tribunal: Embargos de declaração em embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. 3. Lei estadual n. 12.971/98. Segurança das relações de consumo. Agências bancárias. Matéria legislativa de competência concorrente. Possibilidade de edição de lei estadual sobre o tema. Precedentes. 4. Embargos de declaração rejeitados (AI 761031 AgR-ED-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 29.4.2013). 8. Os argumentos trazidos neste recurso são idênticos aos veiculados por outra instituição bancária no precedente mencionado e também questionam a validade constitucional da Lei mineira n. 12.971/1998, o que já foi rechaçado por este Supremo Tribunal. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126171. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório ARE 678772 AGR / MG 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2013, interpõe o Banco Alfa de Investimento S/A, em 25.10.2013, tempestivamente, agravo regimental. 3. O Agravante alega que a ação civil pública teria perdido o objeto porque o inc. II do art. 2º da Lei n. 12.971/1989, fundamento legal da condenação imposta pelo Tribunal a quo, foi revogado pelo art. 3º da Lei n. 20.375/2012 no tópico objeto da condenação imposta. Assevera que “o precedente utilizado para sustentar a declaração de constitucionalidade da Lei 12.971/98, de lavra do Min. Gilmar Mendes, está baseado no reconhecimento de que se trataria de relação de consumo”. Afirma haver “apontamentos de questão superveniente no sentido de que não é possível o cumprimento da obrigação em função de o edifício não comportar a instalação dos equipamentos exigidos pela indigitada Lei Estadual pelo seu sobrepeso”. Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126171. Supremo Tribunal Federal ARE 678772 AGR / MG 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2013, interpõe o Banco Alfa de Investimento S/A, em 25.10.2013, tempestivamente, agravo regimental. 3. O Agravante alega que a ação civil pública teria perdido o objeto porque o inc. II do art. 2º da Lei n. 12.971/1989, fundamento legal da condenação imposta pelo Tribunal a quo, foi revogado pelo art. 3º da Lei n. 20.375/2012 no tópico objeto da condenação imposta. Assevera que “o precedente utilizado para sustentar a declaração de constitucionalidade da Lei 12.971/98, de lavra do Min. Gilmar Mendes, está baseado no reconhecimento de que se trataria de relação de consumo”. Afirma haver “apontamentos de questão superveniente no sentido de que não é possível o cumprimento da obrigação em função de o edifício não comportar a instalação dos equipamentos exigidos pela indigitada Lei Estadual pelo seu sobrepeso”. Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126171. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.772 MINAS GERAIS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Inicialmente, quanto à alegada insuficiência de fundamentação da decisão, cumpre esclarecer que “o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão” (RE 791.292 QO- RG, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.8.2010). 3. Na origem, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu: “RECURSO DE REVISTA DO BANCO RECLAMADO. 1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. O Supremo Tribunal Federal, por meio da Súmula n. 736, fixou entendimento de que se inscreve na competência material da Justiça do Trabalho dirimir controvérsias que envolvam a segurança do meio ambiente do trabalho. Recurso de Revista não conhecido. 2. PRELIMINAR DE NULIDADE DO ACÓRDÃO REGIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Não há falar em nulidade do julgado por negativa de prestação jurisdicional, porquanto a Corte Regional emitiu pronunciamento explícito acerca das questões postas ao seu crivo, embora de forma contrária aos interesses do reclamado. Incólumes os artigos 832 da CLT, 458 do CPC e 93, IX, da CF. Recurso de revista não conhecido. (…) 5. PRELIMINAR. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. O interesse de agir surge da necessidade de se acionar o Poder Judiciário diante da negativa da parte de adequar sua conduta às prescrições legais por meio de instrumentos extrajudiciais. No caso sub judice Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.772 MINAS GERAIS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Inicialmente, quanto à alegada insuficiência de fundamentação da decisão, cumpre esclarecer que “o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão” (RE 791.292 QO- RG, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.8.2010). 3. Na origem, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu: “RECURSO DE REVISTA DO BANCO RECLAMADO. 1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. O Supremo Tribunal Federal, por meio da Súmula n. 736, fixou entendimento de que se inscreve na competência material da Justiça do Trabalho dirimir controvérsias que envolvam a segurança do meio ambiente do trabalho. Recurso de Revista não conhecido. 2. PRELIMINAR DE NULIDADE DO ACÓRDÃO REGIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Não há falar em nulidade do julgado por negativa de prestação jurisdicional, porquanto a Corte Regional emitiu pronunciamento explícito acerca das questões postas ao seu crivo, embora de forma contrária aos interesses do reclamado. Incólumes os artigos 832 da CLT, 458 do CPC e 93, IX, da CF. Recurso de revista não conhecido. (…) 5. PRELIMINAR. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. O interesse de agir surge da necessidade de se acionar o Poder Judiciário diante da negativa da parte de adequar sua conduta às prescrições legais por meio de instrumentos extrajudiciais. No caso sub judice Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 678772 AGR / MG verifica-se que os pedidos inseridos na petição inicial (instalação e uso de artefatos de segurança) são possíveis juridicamente e não há vedação no ordenamento jurídico para o seu requerimento Ressalte-se que a necessidade e utilidade da prestação jurisdicional tornou-se imprescindível diante da negativa do reclamado de praticar e atender as determinações exigidas pela Lei Estadual n. 12.971/98. Recurso de revista não conhecido. LEI ESTADUAL N. 12.971/98 DOE STADO DE MINAS GERAIS. Em recente decisão proferida elo Egrégio Pleno do Tribunal Superior do Trabalho no julgamento do ArgInc57400- 70.2004.5.03.0018, em 25/10/2010, esta Corte decidiu pela constitucionalidade da Lei Estadual n. 12.971/98, por entender-se que não há invasão de competência, - quando o Estado legisla impondo aos bancos e instituições financeiras normas que visam à instalação de equipamentos de segurança – por ser esta competência concorrente de Estados e Municípios, porquanto relacionada à segurança do meio ambiente de trabalho, previsão contida no art. 24, VI, bem como, nos artigos 7º, XXII e 200, incisos II e VIII da CF. Recurso de Revista na conhecido. 7. CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS. FINANCEIRA. MEDIDAS DE SEGURANÇA. DESPROPORCIONALIDADE. INSTALAÇÃO E USO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA. Nãos e caracteriza a ofensa aos arts. 131 do CPC e 832 da CLT , porquanto totalmente dispensável a apreciação das conclusões fáticas trazidas pelo recorrente acerca de características próprias, uma vez que o art. 1º, caput, da Lei Estadual n. 12.971/98, que é fundamento legal das obrigações impostas, determina na própria lei, que as exigências nela previstas são dirigidas a todos os bancos e a todas as financeiras, não existindo nenhuma especificação, detalhamento ou distinção que possibilite a exclusão de qualquer instituição ou estabelecimento. Ressalte-se que deve ser obedecida a máxima que diz “onde o legislador não distingue, não cabe ao interprete fazê-lo.” Recurso de revista não conhecido” (fls. 977-980, grifos nossos). 4. Em caso idêntico ao presente, este Supremo Tribunal assentou que a Justiça do Trabalho é competente para o julgamento do feito e que a solução de mérito demanda análise da interpretação conferida pelo Tribunal de origem à legislação local: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Supremo Tribunal Federal ARE 678772 AGR / MG verifica-se que os pedidos inseridos na petição inicial (instalação e uso de artefatos de segurança) são possíveis juridicamente e não há vedação no ordenamento jurídico para o seu requerimento Ressalte-se que a necessidade e utilidade da prestação jurisdicional tornou-se imprescindível diante da negativa do reclamado de praticar e atender as determinações exigidas pela Lei Estadual n. 12.971/98. Recurso de revista não conhecido. LEI ESTADUAL N. 12.971/98 DOE STADO DE MINAS GERAIS. Em recente decisão proferida elo Egrégio Pleno do Tribunal Superior do Trabalho no julgamento do ArgInc57400- 70.2004.5.03.0018, em 25/10/2010, esta Corte decidiu pela constitucionalidade da Lei Estadual n. 12.971/98, por entender-se que não há invasão de competência, - quando o Estado legisla impondo aos bancos e instituições financeiras normas que visam à instalação de equipamentos de segurança – por ser esta competência concorrente de Estados e Municípios, porquanto relacionada à segurança do meio ambiente de trabalho, previsão contida no art. 24, VI, bem como, nos artigos 7º, XXII e 200, incisos II e VIII da CF. Recurso de Revista na conhecido. 7. CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS. FINANCEIRA. MEDIDAS DE SEGURANÇA. DESPROPORCIONALIDADE. INSTALAÇÃO E USO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA. Nãos e caracteriza a ofensa aos arts. 131 do CPC e 832 da CLT , porquanto totalmente dispensável a apreciação das conclusões fáticas trazidas pelo recorrente acerca de características próprias, uma vez que o art. 1º, caput, da Lei Estadual n. 12.971/98, que é fundamento legal das obrigações impostas, determina na própria lei, que as exigências nela previstas são dirigidas a todos os bancos e a todas as financeiras, não existindo nenhuma especificação, detalhamento ou distinção que possibilite a exclusão de qualquer instituição ou estabelecimento. Ressalte-se que deve ser obedecida a máxima que diz “onde o legislador não distingue, não cabe ao interprete fazê-lo.” Recurso de revista não conhecido” (fls. 977-980, grifos nossos). 4. Em caso idêntico ao presente, este Supremo Tribunal assentou que a Justiça do Trabalho é competente para o julgamento do feito e que a solução de mérito demanda análise da interpretação conferida pelo Tribunal de origem à legislação local: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 678772 AGR / MG “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 761.031 AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJ 13.11.2009). Contra esse julgado foram opostos embargos de declaração, nos quais se assentou a consonância do que decidido pelo Tribunal Superior do Trabalho com a jurisprudência deste Supremo Tribunal: “Embargos de declaração em embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. 3. Lei estadual n. 12.971/98. Segurança das relações de consumo. Agências bancárias. Matéria legislativa de competência concorrente. Possibilidade de edição de lei estadual sobre o tema. Precedentes. 4. Embargos de declaração rejeitados” (AI 761031 AgR-ED-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 29.4.2013, grifos nossos). 5. Ademais, a alegação de que o inc. II do art. 2º da Lei n. 12.971/1989 teria sido revogado pelo art. 3º da Lei n. 20.375/2012, fundamento de mérito da ação civil pública, não pode ser analisada em agravo regimental. É que a questão de mérito da ação civil pública não foi apreciada no recurso extraordinário nem poderia, pois, além de não ter sido devolvida a este Supremo Tribunal, envolveria a análise de legislação infraconstitucional, procedimento inviável em recurso extraordinário. Pelo mesmo motivo e com maior razão, não se poderia analisar eventual lei posterior que teria derrogado dispositivos específicos tidos como 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Supremo Tribunal Federal ARE 678772 AGR / MG “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 761.031 AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJ 13.11.2009). Contra esse julgado foram opostos embargos de declaração, nos quais se assentou a consonância do que decidido pelo Tribunal Superior do Trabalho com a jurisprudência deste Supremo Tribunal: “Embargos de declaração em embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. 3. Lei estadual n. 12.971/98. Segurança das relações de consumo. Agências bancárias. Matéria legislativa de competência concorrente. Possibilidade de edição de lei estadual sobre o tema. Precedentes. 4. Embargos de declaração rejeitados” (AI 761031 AgR-ED-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 29.4.2013, grifos nossos). 5. Ademais, a alegação de que o inc. II do art. 2º da Lei n. 12.971/1989 teria sido revogado pelo art. 3º da Lei n. 20.375/2012, fundamento de mérito da ação civil pública, não pode ser analisada em agravo regimental. É que a questão de mérito da ação civil pública não foi apreciada no recurso extraordinário nem poderia, pois, além de não ter sido devolvida a este Supremo Tribunal, envolveria a análise de legislação infraconstitucional, procedimento inviável em recurso extraordinário. Pelo mesmo motivo e com maior razão, não se poderia analisar eventual lei posterior que teria derrogado dispositivos específicos tidos como 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 678772 AGR / MG fundamento legal da condenação imposta pelo Tribunal a quo. 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Supremo Tribunal Federal ARE 678772 AGR / MG fundamento legal da condenação imposta pelo Tribunal a quo. 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126172. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.772 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A ADV.(A/S) : LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089394 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.772 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A ADV.(A/S) : LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089394 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5226980
2013-12-17T00:00:00
2014-02-06T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E TRABALHISTA. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. JULGADO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur253861
- Acórdão(s) citado(s): (FUNDAMENTAÇÃO) AI 791292 QO-RG. (SEGURANÇA DAS RELAÇÕES DE CONSUMO, AGÊNCIA BANCÁRIA) AI 761031 AgR-ED-ED (2ªT). Número de páginas: 10. Análise: 10/02/2014, MAR.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
678772
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00093 INC-00009\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-EST LEI-012971 ANO-1998\n LEI ORDINÁRIA, MG" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 678772 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A ADV.(A/S) : LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678. 772", "AR", "E 678772", "A", "G", "R", "/", "MG", "AR", "E 678772 AGR / MG", "A", "G", "RA", "V", "O", "R", "E", "RAOR", "DINÁRI", "O COM", "A", "G", "RA", "VO 678. 772", "R", "E", "AR", "E 678772 AGR /", "MG 140. 370", "R", "T", "J 150 / 269", "S", "úm", "ula n. 280 deste Tribunal", "A", "I 761. 031 AgR", "A", "I 761031 AgR- ED- ED", "AR", "E 678772 A", "G", "R", "/", "MG 140. 370", "R", "T", "J 150 / 269", "úm", "ula n. 280 deste Tribunal", "A", "I 761. 031 AgR", "A", "I 761031 AgR-", "ED", "-", "E", "D", "AR", "E 678772 AGR / MG", "AR", "E 678772", "A", "G", "R /", "MG", "REG", "R", "E 791. 292 QO- RG", "S", "úm", "ula n. 736", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ".", "NO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678. 772", "R", "E 791. 292 QO- RG", "S", "úm", "ula n. 736", "E 678772 AGR / MG", "Arg", "In", "c57400- 70. 2004. 5. 03. 0018", "AR", "E 678772 AGR / MG", "Arg", "In", "c", "57", "400", "-", "70", ".", "2004", ".", "5", ".", "03", ".", "00", "18", "AR", "E 678772 AGR / MG", "S", "úm", "ula n. 280 deste Tribunal", "A", "I 761. 031 AgR", "A", "I 761031 AgR- ED- ED", "AR", "E 678772 AGR / MG", "A", "I 761. 031 AgR", "A", "I 761031 Ag", "R", "-", "E", "D", "-", "E", "D", "AR", "E 678772 AGR / MG" ], "LEGISLACAO": [ "AR", "T. 93, INC. 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.431 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :EVARISTO DA SILVA ALVES ADV.(A/S) :JOAQUIM QUEIROGA NETO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) :NELSON SIEIRA DA ROCHA EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA. INSTÂNCIA NÃO ESGOTADA. SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e a ele negar provimento, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministra Cármen Lúcia - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126190. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.431 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :EVARISTO DA SILVA ALVES ADV.(A/S) :JOAQUIM QUEIROGA NETO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) :NELSON SIEIRA DA ROCHA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 7 de fevereiro de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Evaristo da Silva Alves contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que manteve a condenação do Agravante à pena de três anos de reclusão (regime inicial aberto) pela prática do crime do art. 332, parágrafo único, do Código Penal. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. Este Supremo Tribunal assentou que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, conforme o disposto no inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois é necessário o esgotamento da jurisdição na origem. Na espécie vertente, o recurso extraordinário foi interposto contra decisão monocrática proferida em embargos declaratórios (contra decisão monocrática prolatada em agravo em recurso especial), quando ainda seria cabível a interposição do agravo interno. Incide na espécie a Súmula 281 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126191. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.431 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :EVARISTO DA SILVA ALVES ADV.(A/S) :JOAQUIM QUEIROGA NETO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) :NELSON SIEIRA DA ROCHA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 7 de fevereiro de 2013, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Evaristo da Silva Alves contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que manteve a condenação do Agravante à pena de três anos de reclusão (regime inicial aberto) pela prática do crime do art. 332, parágrafo único, do Código Penal. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. Este Supremo Tribunal assentou que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, conforme o disposto no inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois é necessário o esgotamento da jurisdição na origem. Na espécie vertente, o recurso extraordinário foi interposto contra decisão monocrática proferida em embargos declaratórios (contra decisão monocrática prolatada em agravo em recurso especial), quando ainda seria cabível a interposição do agravo interno. Incide na espécie a Súmula 281 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126191. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 730431 ED / RJ NÃO ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. SÚMULA STF 281. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, consoante iterativa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. É incabível recurso extraordinário quando não esgotados os recursos de natureza ordinária. Incidência da Súmula STF 281. 3. Agravo regimental improvido” (AI 762.198-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, Dje 25.6.2010). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 808.643-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 30.11.2010). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n. 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.2.2013, opõe Evaristo da Silva Alves, tempestivamente, em 22.2.2013, embargos de declaração. 3. O Embargante afirma que “a r. decisão monocrática deixa de atacar todos os pedidos formulados no recurso, daí resultar omissão sendo perfeitamente admitida sua apreciação em sede de Embargos de Declaração, uma vez que não foram apreciadas todas as questões suscitadas”. Argumenta, ainda, que “a citada decisão desfavorável proferida em sede de Recurso Extraordinário atinge não somente a garantia constitucional do Embargante, na forma de direito subjetivo individual, mas de direito difuso que atinge interesses de uma indeterminação de sujeitos que tem caráter de indivisibilidade, sendo que tal lesão, por consequência, também atingirá um número indeterminado de pessoas na mesma situação fática do Recorrente, que poderá ser aplicada ao País inteiro, haja vista tais direitos serem cláusulas pétreas”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126191. Supremo Tribunal Federal ARE 730431 ED / RJ NÃO ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. SÚMULA STF 281. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, consoante iterativa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. É incabível recurso extraordinário quando não esgotados os recursos de natureza ordinária. Incidência da Súmula STF 281. 3. Agravo regimental improvido” (AI 762.198-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, Dje 25.6.2010). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 808.643-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 30.11.2010). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n. 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.2.2013, opõe Evaristo da Silva Alves, tempestivamente, em 22.2.2013, embargos de declaração. 3. O Embargante afirma que “a r. decisão monocrática deixa de atacar todos os pedidos formulados no recurso, daí resultar omissão sendo perfeitamente admitida sua apreciação em sede de Embargos de Declaração, uma vez que não foram apreciadas todas as questões suscitadas”. Argumenta, ainda, que “a citada decisão desfavorável proferida em sede de Recurso Extraordinário atinge não somente a garantia constitucional do Embargante, na forma de direito subjetivo individual, mas de direito difuso que atinge interesses de uma indeterminação de sujeitos que tem caráter de indivisibilidade, sendo que tal lesão, por consequência, também atingirá um número indeterminado de pessoas na mesma situação fática do Recorrente, que poderá ser aplicada ao País inteiro, haja vista tais direitos serem cláusulas pétreas”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126191. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 730431 ED / RJ Requer sejam acolhidos os presentes embargos. 4. Intimado para se manifestar, o Ministério Público sustentou a incidência no caso vertente das súmulas deste Supremo Tribunal pela ausência de esgotamento de instância (Súmula n. 281) e pela falta de impugnação do fundamento da decisão agravada (Súmula n. 287). Requereu o recebimento dos embargos como agravo regimental e o seu não provimento. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126191. Supremo Tribunal Federal ARE 730431 ED / RJ Requer sejam acolhidos os presentes embargos. 4. Intimado para se manifestar, o Ministério Público sustentou a incidência no caso vertente das súmulas deste Supremo Tribunal pela ausência de esgotamento de instância (Súmula n. 281) e pela falta de impugnação do fundamento da decisão agravada (Súmula n. 287). Requereu o recebimento dos embargos como agravo regimental e o seu não provimento. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126191. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.431 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. O Agravante interpôs recurso extraordinário contra decisão monocrática em embargos de declaração. Contra a decisão do Relator caberia, ainda, o agravo interno previsto no § 1º do art. 557 do Código de Processo Civil. Assim, como afirmado na decisão agravada, não houve o esgotamento das vias ordinárias, circunstância necessária ao cabimento de recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 281 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental em agravo interposto nos autos do recurso extraordinário. 2. Decisão monocrática. Não exaurimento de instâncias. Enunciado 281 da Súmula do STF. 3. Processo Penal. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 731.783-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 11.3.2013). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. 1) INTIMAÇÃO DO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126192. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.431 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. O Agravante interpôs recurso extraordinário contra decisão monocrática em embargos de declaração. Contra a decisão do Relator caberia, ainda, o agravo interno previsto no § 1º do art. 557 do Código de Processo Civil. Assim, como afirmado na decisão agravada, não houve o esgotamento das vias ordinárias, circunstância necessária ao cabimento de recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 281 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental em agravo interposto nos autos do recurso extraordinário. 2. Decisão monocrática. Não exaurimento de instâncias. Enunciado 281 da Súmula do STF. 3. Processo Penal. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 731.783-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 11.3.2013). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. 1) INTIMAÇÃO DO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 730431 ED / RJ JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. 2) AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DE INSTÂNCIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 817.265-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.12.2010). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126192. Supremo Tribunal Federal ARE 730431 ED / RJ JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. 2) AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DE INSTÂNCIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 817.265-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.12.2010). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5126192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.431 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : EVARISTO DA SILVA ALVES ADV.(A/S) : JOAQUIM QUEIROGA NETO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) : NELSON SIEIRA DA ROCHA Decisão: A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089420 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.431 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : EVARISTO DA SILVA ALVES ADV.(A/S) : JOAQUIM QUEIROGA NETO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) : NELSON SIEIRA DA ROCHA Decisão: A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089420 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5235999
2013-12-17T00:00:00
2014-02-07T00:00:00
A Turma, por votação unânime, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, a que negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 17.12.2013.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA. INSTÂNCIA NÃO ESGOTADA. SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur253993
- Acórdão(s) citado(s): (ED, CONVERSÃO, AGRAVO REGIMENTAL) RE 195578 ED (2ªT), Pet 1245 ED-AgR (2ªT). (SÚMULA 281) AI 817265 AgR (1ªT), ARE 731783 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 10/02/2014, TIA.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
730431
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\n ART-00557 PAR-00001\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000281 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 730431 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : EVARISTO DA SILVA ALVES ADV.(A/S) : JOAQUIM QUEIROGA NETO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) : NELSON SIEIRA DA ROCHA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730. 431", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "S", "úm", "ula 281 do Supremo Tribunal Federal", "R", "EC", "UR", "SO", "S", "úm", "ula 281 do Supremo Tribunal Federal", "AR", "E 730431", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF 281", "S", "úm", "ula STF 281", "A", "I 762. 198- ED", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "A", "I 808. 643- AgR", "AR", "E 730431 ED / RJ", "S", "Ú", "M", "UL", "A STF", "úm", "ula STF", "A", "I 762. 198- ED", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 281 DO SUPREMO T", "A", "I 808. 643- AgR", "AR", "E 730431 ED / RJ", "S", "úm", "ula n. 281", "S", "úm", "ula n. 287", "AR", "E 730431 ED / RJ", "S", "úm", "ula n. 281", "S", "úm", "ula n. 287", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO COM", "A", "G", "RA", "VO 730. 431", "Pet 1. 245- ED- AgR", "R", "E 195. 578- ED", "S", "úm", "ula n. 281 do Supremo Tribunal Federal", "En", "unciado 281 da Súmula do STF", "AR", "E 731. 783- AgR", "G", "RA", "V", "O 730. 431", "Pet 1. 245- ED- AgR", "R", "E 195. 578- ED", "S", "úm", "ula n. 281 do Supremo Tribunal Federal", "En", "unciado 281 da Súmula do STF", "AR", "E 731. 783- AgR", "AR", "E 730431 ED /", "RJ", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "A", "I 817. 265- AgR", "AR", "E 730431 ED / RJ", "S", "Ú", "M", "UL", "A N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "A", "I 817", ".", "26", "5", "-", "Ag", "R" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 332, parágrafo único, do Código Penal", "inc. III do art. 102 da Constituição da República", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 332, parágrafo único, do Código Penal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 38 da Lei n. 8. 038 / 90", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 38 da Lei n. 8. 038 / 90", "art. 21, § [UNK], do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do art. 557 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "§ [UNK] do art. 557 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "R", "IO DE JANEIRO", "Brasília", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO", "R", "IO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO FEDERAL", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.015 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO - SINDAÇÚCAR ADV.(A/S) :ANGÉLIKA SOUZA VERÍSSIMO DA COSTA INTDO.(A/S) :USINA TRAPICHE S.A ADV.(A/S) :IVO DE LIMA BARBOZA EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREPARO. COMPROVAÇÃO. MOMENTO DA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. INTIMAÇÃO PARA COMPLEMENTAÇÃO. POSSIBILIDADE. CPC, ART. 511, § 2º. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5083067. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.015 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO - SINDAÇÚCAR ADV.(A/S) :ANGÉLIKA SOUZA VERÍSSIMO DA COSTA INTDO.(A/S) :USINA TRAPICHE S.A ADV.(A/S) :IVO DE LIMA BARBOZA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão que deu provimento a agravo de instrumento ao fundamento de que “houve o pagamento das despesas do preparo, mas com valor insuficiente e sem a devida intimação para complementá-lo” (fl. 362). Sustenta a agravante, em suma, que “o caso concreto não trata de insuficiência do valor referente ao pagamento das despesas de preparo (fls. 362), a revelar a improcedência dos fundamentos ínsitos à v. decisão ora agravada” (fl. 366). É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5083086. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.015 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO - SINDAÇÚCAR ADV.(A/S) :ANGÉLIKA SOUZA VERÍSSIMO DA COSTA INTDO.(A/S) :USINA TRAPICHE S.A ADV.(A/S) :IVO DE LIMA BARBOZA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão que deu provimento a agravo de instrumento ao fundamento de que “houve o pagamento das despesas do preparo, mas com valor insuficiente e sem a devida intimação para complementá-lo” (fl. 362). Sustenta a agravante, em suma, que “o caso concreto não trata de insuficiência do valor referente ao pagamento das despesas de preparo (fls. 362), a revelar a improcedência dos fundamentos ínsitos à v. decisão ora agravada” (fl. 366). É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5083086. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.015 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A decisão agravada é do seguinte teor: 2. Com razão o agravante. O Plenário desta Corte, no julgamento do AI nº 209.885- QO, Relator para acórdão Ministro MARCO AURÉLIO, DJ de 10.05.2002, ressaltou a necessidade de implementação do preparo no ato da interposição do recurso: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREPARO. Conjugam-se os artigos 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e 511 do Código de Processo Civil. Impõe-se a comprovação do preparo do extraordinário no prazo relativo à interposição deste. O fato de não haver coincidência entre o expediente forense e o de funcionamento das agências bancárias longe fica de projetar o termo final do prazo concernente ao preparo para o dia subseqüente ao do término do recursal.” Situação diferente da ausência de preparo é a de sua insuficiência. Neste caso, a lei e a jurisprudência autorizam a concessão do prazo de cinco dias para que a parte efetue a complementação das custas recolhidas a menor (AI nº 315.348- AgR-AgR/PR, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 25.03.2002; AI nº 478.100, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 12.11.2004, e AI nº 301.912-AgR/RS, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 17.9.2002). É o caso dos autos. Houve o pagamento das despesas de preparo, mas com valor insuficiente e sem a devida intimação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5083087. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.015 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A decisão agravada é do seguinte teor: 2. Com razão o agravante. O Plenário desta Corte, no julgamento do AI nº 209.885- QO, Relator para acórdão Ministro MARCO AURÉLIO, DJ de 10.05.2002, ressaltou a necessidade de implementação do preparo no ato da interposição do recurso: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREPARO. Conjugam-se os artigos 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e 511 do Código de Processo Civil. Impõe-se a comprovação do preparo do extraordinário no prazo relativo à interposição deste. O fato de não haver coincidência entre o expediente forense e o de funcionamento das agências bancárias longe fica de projetar o termo final do prazo concernente ao preparo para o dia subseqüente ao do término do recursal.” Situação diferente da ausência de preparo é a de sua insuficiência. Neste caso, a lei e a jurisprudência autorizam a concessão do prazo de cinco dias para que a parte efetue a complementação das custas recolhidas a menor (AI nº 315.348- AgR-AgR/PR, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 25.03.2002; AI nº 478.100, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 12.11.2004, e AI nº 301.912-AgR/RS, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 17.9.2002). É o caso dos autos. Houve o pagamento das despesas de preparo, mas com valor insuficiente e sem a devida intimação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5083087. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI AI 765015 AGR / PE para complementá-lo. O agravo regimental não traz qualquer subsídio apto a alterar esses fundamentos, razão pela qual deve ser mantido incólume o entendimento da decisão agravada. 2. Saliente-se, ademais, que não assiste razão à parte agravante ao afirmar que não houve pagamento insuficiente do preparo, mas sim recolhimento por meio indevido. Isso porque, no caso dos autos, o ora agravado recolheu as custas e o porte de remessa e retorno dos autos através da GRU. Entretanto, aquela verba deveria ter sido paga por meio do DARF. Fica claro, portanto, que houve o recolhimento insuficiente do preparo, já que o porte de remessa e retorno dos autos foi devidamente pago. 3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5083087. Supremo Tribunal Federal AI 765015 AGR / PE para complementá-lo. O agravo regimental não traz qualquer subsídio apto a alterar esses fundamentos, razão pela qual deve ser mantido incólume o entendimento da decisão agravada. 2. Saliente-se, ademais, que não assiste razão à parte agravante ao afirmar que não houve pagamento insuficiente do preparo, mas sim recolhimento por meio indevido. Isso porque, no caso dos autos, o ora agravado recolheu as custas e o porte de remessa e retorno dos autos através da GRU. Entretanto, aquela verba deveria ter sido paga por meio do DARF. Fica claro, portanto, que houve o recolhimento insuficiente do preparo, já que o porte de remessa e retorno dos autos foi devidamente pago. 3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5083087. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.015 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO - SINDAÇÚCAR ADV.(A/S) : ANGÉLIKA SOUZA VERÍSSIMO DA COSTA INTDO.(A/S) : USINA TRAPICHE S.A ADV.(A/S) : IVO DE LIMA BARBOZA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089470 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.015 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO - SINDAÇÚCAR ADV.(A/S) : ANGÉLIKA SOUZA VERÍSSIMO DA COSTA INTDO.(A/S) : USINA TRAPICHE S.A ADV.(A/S) : IVO DE LIMA BARBOZA Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089470 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5254031
2013-12-17T00:00:00
2014-02-11T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREPARO. COMPROVAÇÃO. MOMENTO DA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. INTIMAÇÃO PARA COMPLEMENTAÇÃO. POSSIBILIDADE. CPC, ART. 511, § 2º. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
sjur254329
Número de páginas: 5. Análise: 13/02/2014, MAR.
TEORI ZAVASCKI
Segunda Turma
765015
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\n ART-00511 PAR-00002\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 765015 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO - SINDAÇÚCAR ADV.(A/S) : ANGÉLIKA SOUZA VERÍSSIMO DA COSTA INTDO.(A/S) : USINA TRAPICHE S.A ADV.(A/S) : IVO DE LIMA BARBOZA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 765. 015", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 765. 015", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765. 015", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765. 015", "A", "I [UNK] 209. 885- QO", "A", "I [UNK] 315. 348- AgR- AgR / PR", "A", "I [UNK] 478. 100", "A", "I [UNK] 301. 912- AgR / RS", "A", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO AGRAV", "O DE INSTRUMENTO 765. 015", "A", "I [UNK] 209. 885- QO", "EC", "A", "I [UNK] 315. 348- AgR- AgR / PR", "A", "I [UNK] 478. 100", "A", "I [UNK] 301. 912- AgR / RS", "A", "I 765015 AG", "R", "/", "P", "E", "A", "I 765015 AGR / PE", "A", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 765. 015", "G", "R", "E", "G", "RA", "V", "O DE INSTRUMENTO 765. 015" ], "LEGISLACAO": [ "CP", "C, ART. 511, § [UNK]", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "51", "1 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "artigos 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "51", "1 do Código de Processo Civil", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "Brasília", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "S", "IN", "DA", "Ç", "Ú", "CAR", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "P", "ER", "NA", "MB", "UCO", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "P", "ER", "NA", "MB", "UC", "O", "ES", "TA", "DO DE PERNAMBUCO", "S", "IN", "DA", "Ç", "Ú", "CA", "R" ], "ORGANIZACAO": [ "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "Z", "EN", "DA NACIONAL", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL", "US", "IN", "A TRAPICHE S. A", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL", "S", "IN", "DA", "Ç", "Ú", "CA", "R", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Ple", "nário", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "Ple", "nário", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL", "[UNK] Turma", "Inf", "ra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SE", "G", "UN", "DA TURMA", "UN", "I", "ÃO", "FA", "S", "IN", "DI", "CA", "TO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL", "US", "IN", "A TRAPICHE S. 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.072 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ AGDO.(A/S) :VÂNIO JOSÉ GOMES BACELAR DE CARVALHO ADV.(A/S) :VIRGÍLIO BACELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 13/1994. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA INDIRETA. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, IX, DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - Ausência de prequestionamento dos arts. 5º, LXIX, e 40, § 2º e § 3º, da CF. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080749. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão RE 768072 AGR / PI Precedentes. IV - O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar estadual 13/1994). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF. Precedentes. V - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. VI - O acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Precedentes. VII – Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por votação unânime, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080749. Supremo Tribunal Federal RE 768072 AGR / PI Precedentes. IV - O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar estadual 13/1994). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF. Precedentes. V - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. VI - O acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Precedentes. VII – Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por votação unânime, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 17 de dezembro de 2013. RICARDO LEWANDOWSKI - RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.072 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ AGDO.(A/S) :VÂNIO JOSÉ GOMES BACELAR DE CARVALHO ADV.(A/S) :VIRGÍLIO BACELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário. O agravante, inconformado, interpõe este agravo regimental pelas razões expostas às fls. 1-10 do documento eletrônico 7 e requer o provimento do recurso. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080750. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.072 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ AGDO.(A/S) :VÂNIO JOSÉ GOMES BACELAR DE CARVALHO ADV.(A/S) :VIRGÍLIO BACELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário. O agravante, inconformado, interpõe este agravo regimental pelas razões expostas às fls. 1-10 do documento eletrônico 7 e requer o provimento do recurso. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.072 PIAUÍ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque, conforme consignado na decisão ora agravada, os arts. 5º, LXIX, e 40, § 2º e § 3º, da Lei Maior não foram prequestionados. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080751. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.072 PIAUÍ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque, conforme consignado na decisão ora agravada, os arts. 5º, LXIX, e 40, § 2º e § 3º, da Lei Maior não foram prequestionados. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 768072 AGR / PI Reitera-se, ainda, que o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar estadual 13/1994). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AÇÃO RESCISÓRIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO POR REPRESENTAÇÃO. CARGO EM COMISSÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 13/1994. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO. 1. A incorporação de gratificação, quando sub judice a controvérsia, não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, por envolver discussão de tema de caráter eminentemente infraconstitucional. Precedente: RE 628.819-AgR/PI, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1º/2/2011. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. (...)” (AI 829.796-AgR/PI, Rel. Min. Luiz Fux). “Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público estadual. Incorporação de gratificação. Reexame de legislação estadual. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem decidiu a lide amparado na legislação local e no exame do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280/STF. 2. Agravo regimental não provido” (AI 644.804- AgR/PI, Rel. Min. Dias Toffoli). Ademais, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático- 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080751. Supremo Tribunal Federal RE 768072 AGR / PI Reitera-se, ainda, que o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar estadual 13/1994). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AÇÃO RESCISÓRIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO POR REPRESENTAÇÃO. CARGO EM COMISSÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 13/1994. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO. 1. A incorporação de gratificação, quando sub judice a controvérsia, não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, por envolver discussão de tema de caráter eminentemente infraconstitucional. Precedente: RE 628.819-AgR/PI, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1º/2/2011. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. (...)” (AI 829.796-AgR/PI, Rel. Min. Luiz Fux). “Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público estadual. Incorporação de gratificação. Reexame de legislação estadual. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem decidiu a lide amparado na legislação local e no exame do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280/STF. 2. Agravo regimental não provido” (AI 644.804- AgR/PI, Rel. Min. Dias Toffoli). Ademais, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático- 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 768072 AGR / PI probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. Por fim, o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 778.282-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 451.647-AgR/CE, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 228.270-AgR/SP, Rel. Min. Ayres Britto; RE 598.125-AgR/PI, Rel. Min. Eros Grau; AI 522.622-AgR/RO, Rel. Min. Cezar Peluso. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080751. Supremo Tribunal Federal RE 768072 AGR / PI probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. Por fim, o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 778.282-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 451.647-AgR/CE, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 228.270-AgR/SP, Rel. Min. Ayres Britto; RE 598.125-AgR/PI, Rel. Min. Eros Grau; AI 522.622-AgR/RO, Rel. Min. Cezar Peluso. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5080751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 17/12/2013 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.072 PROCED. : PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ AGDO.(A/S) : VÂNIO JOSÉ GOMES BACELAR DE CARVALHO ADV.(A/S) : VIRGÍLIO BACELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089477 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.072 PROCED. : PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ AGDO.(A/S) : VÂNIO JOSÉ GOMES BACELAR DE CARVALHO ADV.(A/S) : VIRGÍLIO BACELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki. Subprocurador-Geral da República, Dr. Odim Brandão Ferreira. Ravena Siqueira Secretária Substituta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5089477 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5269525
2013-12-17T00:00:00
2014-02-13T00:00:00
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 17.12.2013.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 13/1994. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA INDIRETA. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, IX, DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - Ausência de prequestionamento dos arts. 5º, LXIX, e 40, § 2º e § 3º, da CF. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. IV - O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar estadual 13/1994). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF. Precedentes. V - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. VI - O acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Precedentes. VII – Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur254595
- Acórdão(s) citado(s): (PRESTAÇÃO JURISDICIONAL) AI 508047 AgR (2ªT), AI 643180 AgR (2ªT), AI 634217 AgR (2ªT), AI 663125 AgR (1ªT), AI 764042 AgR (2ªT), AI 756336 AgR (2ªT), AI 787991 AgR (1ªT), AI 806313 AgR (2ªT). (SÚMULA 280) AI 644804 AgR (1ªT), AI 829796 AgR (1ªT). (RE, DESCABIMENTO) AI 522622 AgR (2ªT), AI 228270 AgR (1ªT), RE 598125 AgR (2ªT), RE 451647 AgR (2ªT), AI 778282 AgR (1ªT). Número de páginas: 7. Análise: 17/02/2014, BRU.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
768072
[ "LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 INC-00054 INC-00055 ART-00093 \n INC-00009\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n", "LEG-EST LCP-000013 ANO-1994\n LEI COMPLEMENTAR, PI" ]
RE-AgR
acordaos
RE 768072 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ AGDO.(A/S) : VÂNIO JOSÉ GOMES BACELAR DE CARVALHO ADV.(A/S) : VIRGÍLIO BACELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 768. 072", "S", "Ú", "M", "UL", "A 280 DO STF", "S", "Ú", "M", "UL", "A 279 DO STF", "S", "Ú", "M", "UL", "AS 282", "S", "úm", "ula 282 do STF", "S", "úm", "ula 356 do STF", "R", "E 768072 AGR / PI", "S", "úm", "ula 280 do STF", "R", "E 768072 AGR / PI", "S", "úm", "ula", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 768. 072", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 768. 072", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 768. 072", "S", "úm", "ula 356 do STF", "A", "I 663. 125- AgR / PE", "A", "I 806. 313- AgR / RN", "A", "I 756. 336- AgR / MG", "A", "I 634. 217- AgR / G", "O", "A", "I 764. 042- AgR / MA", "A", "I 508. 047- AgR / RJ", "A", "I 643. 180- AgR / BA", "A", "I 787. 991- AgR / DF", "G", ".", "R", "E", "G", ". NO", "RECUR", "SO EXTRAORDINÁRIO 768. 072", "S", "úm", "ula 356 do STF", "A", "I 663. 125- AgR / PE", "A", "I 806. 313- AgR / RN", "A", "I 756. 336- AgR / MG", "A", "I 634. 217- AgR / GO", "A", "I 764. 042- AgR / MA", "A", "I 508. 047- AgR / RJ", "A", "I 643. 180- AgR / BA", "A", "I 787. 991- AgR / DF", "R", "E 768072 AGR / PI", "S", "úm", "ula 280 do STF", "R", "E 628. 819", "-", "Ag", "R", "/", "P", "I", "A", "I 829. 796- AgR / PI", "S", "úm", "ulas [UNK] 279 e 280 / STF", "A", "I 644. 804- AgR / PI", "R", "E 768072 AGR / PI", "S", "úm", "ula 280 do STF", "R", "E 628. 819- AgR / PI", "A", "I 829. 796- AgR / PI", "S", "úm", "ulas [UNK] 279 e 280 / STF", "A", "I 644. 804- AgR / PI", "R", "E 768072 AGR / PI", "A", "I 778. 282- AgR / SP", "R", "E 451. 647- AgR / CE", "A", "I 228. 270- AgR / SP", "R", "E 598. 125- AgR / PI", "A", "I 522. 622- AgR / RO", "R", "E 768072 AGR / PI", "A", "I 778. 282- AgR / SP", "R", "E 451. 647- AgR / CE", "A", "I 228. 270- AgR / SP", "R", "E 598. 125- AgR / PI", "A", "I 522. 622- AgR / RO", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 768. 072", "R", "EC", "UR", "SO EXTRAORDINÁRIO 768. 072" ], "LEGISLACAO": [ "L", "EI COMPLEMENTAR ESTADUAL 13 / 1994", "AR", "T. 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[UNK], LXIX, e 40, § [UNK] e § [UNK], da Lei Maior", "art. 93, IX, da Carta Magna", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei Complementar estadual 13 / 1994", "L", "EI COMPLEMENTAR ESTADUAL 13 / 1994", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Lei Complementar estadual 13 / 1994", "L", "EI COMPLEMENTAR ESTADUAL 13 / 1994", "Constituição Federal", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "al", "íne", "a c do art. 102, III, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "Constituição", "al", "íne", "a c do art. 102, III, da Constituição", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "P", "IA", "U", "Í", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", "Brasília", "Brasília", "P", "IA", "U", "Í", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", "P", "IA", "U", "Í", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", "P", "IA", "U", "Í", "P", "IA", "U", "Í", "P", "IA", "U", "Í", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", "ES", "TA", "DO DO PIAUÍ", 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Ementa e Acórdão 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.966 SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :FLORENTINO PERONDI ADV.(A/S) :JOSÉ MÁRIO SPERCHI EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA E M E N T A EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. CONTRADIÇÃO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. CARÁTER INFRINGENTE. 1. Ausentes ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão justificadoras da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 619 do Código de Processo Penal, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência. 2. Embargos de declaração rejeitados. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312292. Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 751966 AGR-ED / SP Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312292. Supremo Tribunal Federal ARE 751966 AGR-ED / SP Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312292. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.966 SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :FLORENTINO PERONDI ADV.(A/S) :JOSÉ MÁRIO SPERCHI EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de embargos de declaração opostos ao acórdão desta Primeira Turma, da minha lavra, em que se negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão denegatória de seguimento a agravo de anterior inadmissão do extraordinário no Tribunal a quo. Eis a ementa do acórdão embargado: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Não se admite recurso extraordinário interposto após a publicação da Emenda Regimental nº 21 desta Suprema Corte, ocorrida em 03.5.2007, se ausente a preliminar formal de repercussão geral, inclusive em matéria criminal. Precedentes. 2. Agravo regimental conhecido e não provido.”. Nos presentes embargos declaratórios, aponta a Defesa Embargante contradição no acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que condenou o Embargante pela prática do crime de atentado violento ao pudor com violência presumida, tipificado no art. 214 c/c 224, a, do Código Penal, “de forma exageradamente genérica e contrária à lei e à evidência dos autos”. Requer o acolhimento dos embargos de declaração para que, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312293. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.966 SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :FLORENTINO PERONDI ADV.(A/S) :JOSÉ MÁRIO SPERCHI EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de embargos de declaração opostos ao acórdão desta Primeira Turma, da minha lavra, em que se negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão denegatória de seguimento a agravo de anterior inadmissão do extraordinário no Tribunal a quo. Eis a ementa do acórdão embargado: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Não se admite recurso extraordinário interposto após a publicação da Emenda Regimental nº 21 desta Suprema Corte, ocorrida em 03.5.2007, se ausente a preliminar formal de repercussão geral, inclusive em matéria criminal. Precedentes. 2. Agravo regimental conhecido e não provido.”. Nos presentes embargos declaratórios, aponta a Defesa Embargante contradição no acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que condenou o Embargante pela prática do crime de atentado violento ao pudor com violência presumida, tipificado no art. 214 c/c 224, a, do Código Penal, “de forma exageradamente genérica e contrária à lei e à evidência dos autos”. Requer o acolhimento dos embargos de declaração para que, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312293. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 751966 AGR-ED / SP “dirimindo as dúvidas tocantes à contradição existente”, se proceda à “absolvição do embargante”. O Ministério Público Federal, em manifestação da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opina pela rejeição dos embargos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312293. Supremo Tribunal Federal ARE 751966 AGR-ED / SP “dirimindo as dúvidas tocantes à contradição existente”, se proceda à “absolvição do embargante”. O Ministério Público Federal, em manifestação da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opina pela rejeição dos embargos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312293. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. ROSA WEBER 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.966 SÃO PAULO VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Os embargos de declaração têm o propósito de permitir a completude e o aclaramento das decisões judiciais, com a correção ainda de eventuais erros materiais. Não é própria a sua utilização para manifestar a parte irresignação e discordância quanto ao decidido, pretendendo a reforma do julgado. Em verdade, o Embargante aponta contradição no acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que reformou a sentença absolutória e o condenou pela prática do crime de atentado violento ao pudor com violência presumida, tipificado no art. 214 c/c 224, a, do Código Penal. Busca, assim, o destrancamento de recurso extraordinário para permitir a rediscussão sobre as provas da condenação. Contudo, o agravo de instrumento foi inadmitido por falta de apresentação da preliminar formal de repercussão geral. Esse entendimento foi confirmado pelo Colegiado no julgamento do agravo regimental por esta Primeira Turma. Nesse contexto, inviável reparar, nesta via processual, a contradição invocada, sobretudo porque sequer infirmadas as razões pelas quais inadmitido o apelo extremo. Pode a parte discordar do decidido, mas não há nada a esclarecer. Reafirmo a inadmissibilidade do recurso extraordinário por falta de apresentação da preliminar formal de repercussão geral. O Plenário desta Suprema Corte, na sessão de 18 de junho de 2007, ao apreciar questão de ordem no AI 664.567/RS, fixou orientação de que a demonstração da repercussão geral das questões constitucionais discutidas em recurso extraordinário só teria aplicação naqueles interpostos após a publicação da Emenda Regimental 21 desta Corte, ocorrida em 03.5.2007, incluído o que trata de matéria criminal: “I. Questão de ordem. Recurso extraordinário, em matéria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312294. Supremo Tribunal Federal 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.966 SÃO PAULO VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Os embargos de declaração têm o propósito de permitir a completude e o aclaramento das decisões judiciais, com a correção ainda de eventuais erros materiais. Não é própria a sua utilização para manifestar a parte irresignação e discordância quanto ao decidido, pretendendo a reforma do julgado. Em verdade, o Embargante aponta contradição no acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que reformou a sentença absolutória e o condenou pela prática do crime de atentado violento ao pudor com violência presumida, tipificado no art. 214 c/c 224, a, do Código Penal. Busca, assim, o destrancamento de recurso extraordinário para permitir a rediscussão sobre as provas da condenação. Contudo, o agravo de instrumento foi inadmitido por falta de apresentação da preliminar formal de repercussão geral. Esse entendimento foi confirmado pelo Colegiado no julgamento do agravo regimental por esta Primeira Turma. Nesse contexto, inviável reparar, nesta via processual, a contradição invocada, sobretudo porque sequer infirmadas as razões pelas quais inadmitido o apelo extremo. Pode a parte discordar do decidido, mas não há nada a esclarecer. Reafirmo a inadmissibilidade do recurso extraordinário por falta de apresentação da preliminar formal de repercussão geral. O Plenário desta Suprema Corte, na sessão de 18 de junho de 2007, ao apreciar questão de ordem no AI 664.567/RS, fixou orientação de que a demonstração da repercussão geral das questões constitucionais discutidas em recurso extraordinário só teria aplicação naqueles interpostos após a publicação da Emenda Regimental 21 desta Corte, ocorrida em 03.5.2007, incluído o que trata de matéria criminal: “I. Questão de ordem. Recurso extraordinário, em matéria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 751966 AGR-ED / SP criminal e a exigência constitucional da repercussão geral. 1. O requisito constitucional da repercussão geral (CF, art. 102, § 3º, red. EC 45/2004), com a regulamentação da L. 11.418/06 e as normas regimentais necessárias à sua execução, aplica-se aos recursos extraordinários em geral, e, em conseqüência, às causas criminais. 2. Os recursos ordinários criminais de um modo geral, e, em particular o recurso extraordinário criminal e o agravo de instrumento da decisão que obsta o seu processamento, possuem um regime jurídico dotado de certas peculiaridades - referentes a requisitos formais ligados a prazos, formas de intimação e outros - que, no entanto, não afetam substancialmente a disciplina constitucional reservada a todos os recursos extraordinários (CF, art. 102, III). 3. A partir da EC 45, de 30 de dezembro de 2004 - que incluiu o § 3º no art. 102 da Constituição -, passou a integrar o núcleo comum da disciplina constitucional do recurso extraordinário a exigência da repercussão geral da questão constitucional. 4. Não tem maior relevo a circunstância de a L. 11.418/06, que regulamentou esse dispositivo, ter alterado apenas texto do Código de Processo Civil, tendo em vista o caráter geral das normas nele inseridas. 5. Cuida-se de situação substancialmente diversa entre a L. 11.418/06 e a L. 8.950/94 que, quando editada, estava em vigor norma anterior que cuidava dos recursos extraordinários em geral, qual seja a L. 8.038/90, donde não haver óbice, na espécie, à aplicação subsidiária ou por analogia do Código de Processo Civil. 6. Nem há falar em uma imanente repercussão geral de todo recurso extraordinário em matéria criminal, porque em jogo, de regra, a liberdade de locomoção: o RE busca preservar a autoridade e a uniformidade da inteligência da Constituição, o que se reforça com a necessidade de repercussão geral das questões constitucionais nele versadas, assim entendidas aquelas que "ultrapassem os interesses subjetivos da causa" (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 1º, incluído pela L. 11.418/06). 7. Para obviar a ameaça ou lesão à liberdade de locomoção - por remotas que sejam -, há sempre a garantia constitucional do habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII)”. Assim, segundo o precedente do Plenário, a preliminar de repercussão geral da questão constitucional discutida é requisito de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312294. Supremo Tribunal Federal ARE 751966 AGR-ED / SP criminal e a exigência constitucional da repercussão geral. 1. O requisito constitucional da repercussão geral (CF, art. 102, § 3º, red. EC 45/2004), com a regulamentação da L. 11.418/06 e as normas regimentais necessárias à sua execução, aplica-se aos recursos extraordinários em geral, e, em conseqüência, às causas criminais. 2. Os recursos ordinários criminais de um modo geral, e, em particular o recurso extraordinário criminal e o agravo de instrumento da decisão que obsta o seu processamento, possuem um regime jurídico dotado de certas peculiaridades - referentes a requisitos formais ligados a prazos, formas de intimação e outros - que, no entanto, não afetam substancialmente a disciplina constitucional reservada a todos os recursos extraordinários (CF, art. 102, III). 3. A partir da EC 45, de 30 de dezembro de 2004 - que incluiu o § 3º no art. 102 da Constituição -, passou a integrar o núcleo comum da disciplina constitucional do recurso extraordinário a exigência da repercussão geral da questão constitucional. 4. Não tem maior relevo a circunstância de a L. 11.418/06, que regulamentou esse dispositivo, ter alterado apenas texto do Código de Processo Civil, tendo em vista o caráter geral das normas nele inseridas. 5. Cuida-se de situação substancialmente diversa entre a L. 11.418/06 e a L. 8.950/94 que, quando editada, estava em vigor norma anterior que cuidava dos recursos extraordinários em geral, qual seja a L. 8.038/90, donde não haver óbice, na espécie, à aplicação subsidiária ou por analogia do Código de Processo Civil. 6. Nem há falar em uma imanente repercussão geral de todo recurso extraordinário em matéria criminal, porque em jogo, de regra, a liberdade de locomoção: o RE busca preservar a autoridade e a uniformidade da inteligência da Constituição, o que se reforça com a necessidade de repercussão geral das questões constitucionais nele versadas, assim entendidas aquelas que "ultrapassem os interesses subjetivos da causa" (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 1º, incluído pela L. 11.418/06). 7. Para obviar a ameaça ou lesão à liberdade de locomoção - por remotas que sejam -, há sempre a garantia constitucional do habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII)”. Assim, segundo o precedente do Plenário, a preliminar de repercussão geral da questão constitucional discutida é requisito de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 751966 AGR-ED / SP admissibilidade do recurso extraordinário, cabendo ao Relator recusar os recursos que não a apresentem, forte no art. 327, § 1º, do RISTF. Conforme consignado na decisão atacada, embora intimado o Recorrente do acórdão hostilizado já em 2013, não consta do recurso extraordinário qualquer alusão à repercussão geral da questão constitucional, tampouco preliminar específica. Sem esclarecimentos a serem prestados, evidenciada a intenção de submeter a esta Corte tão somente o inconformismo com a decisão que lhe foi desfavorável, rejeito os embargos declaratórios. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312294. Supremo Tribunal Federal ARE 751966 AGR-ED / SP admissibilidade do recurso extraordinário, cabendo ao Relator recusar os recursos que não a apresentem, forte no art. 327, § 1º, do RISTF. Conforme consignado na decisão atacada, embora intimado o Recorrente do acórdão hostilizado já em 2013, não consta do recurso extraordinário qualquer alusão à repercussão geral da questão constitucional, tampouco preliminar específica. Sem esclarecimentos a serem prestados, evidenciada a intenção de submeter a esta Corte tão somente o inconformismo com a decisão que lhe foi desfavorável, rejeito os embargos declaratórios. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5312294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Extrato de Ata - 17/12/2013 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.966 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : FLORENTINO PERONDI ADV.(A/S) : JOSÉ MÁRIO SPERCHI EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245087 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.966 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : FLORENTINO PERONDI ADV.(A/S) : JOSÉ MÁRIO SPERCHI EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Roberto Barroso. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 5245087 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5322622
2013-12-17T00:00:00
2014-02-24T00:00:00
A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 17.12.2013.
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. CONTRADIÇÃO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. CARÁTER INFRINGENTE. 1. Ausentes ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão justificadoras da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 619 do Código de Processo Penal, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência. 2. Embargos de declaração rejeitados.
sjur255772
- Acórdão(s) citado(s): (PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSÃO GERAL) AI 664567 QO (TP). Número de páginas: 8. Análise: 24/02/2014, MAR.
ROSA WEBER
Primeira Turma
751966
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00619\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00327 PAR-00001\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" ]
ARE-AgR-ED
acordaos
ARE 751966 AgR-ED
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EMBTE.(S) : FLORENTINO PERONDI ADV.(A/S) : JOSÉ MÁRIO SPERCHI EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
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EC 45 / 2004", "L. 11. 418 / 06", "C", "F, art. 102, III", "EC 45", "§ [UNK] no art. 102 da Constituição", "L. 11. 418 / 06", "Código de Processo Civil", "L. 11. 418 / 06", "L. 8. 950 / 94", "L. 8. 038 / 90", "Código de Processo Civil.", "Constituição", "C. Pr. Civil, art. 543- A, § [UNK], incluído", "L. 11. 418 / 06", "C", "F, art. [UNK], LXVIII", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "C", "F, art. 102, § [UNK], red. EC 45 / 2004", "L. 11. 418 / 06", "C", "F, art. 102, III", "EC 45", "§ [UNK] no art. 102 da Constituição", "L. 11. 418 / 06", "Código de Processo Civil", "L. 11. 418 / 06", "L. 8. 950 / 94", "L. 8. 038 / 90", "Código de Processo Civil", "Constituição", "C", ".", "Pr. Civil, art. 543- A, § [UNK], incluído", "L. 11. 418 / 06", "C", "F, art. [UNK], LX", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 327, § [UNK], do RISTF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "art. 327, § [UNK], do RISTF", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001", "MP n° 2. 200- 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "S", "ÃO PAULO", "Brasília", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO", "S", "ÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Inf", "ra", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "IC", "P", "-", "Brasil", "PR", "IM", "EI", "RA TURMA", "M", "IN", "IS", "T", "É", "RI", "O PÚBLICO FEDERAL", 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