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Concílio de Arles I Concílio de Arles (314) O primeiro concílio de Arles condenou formalmente a heresia do Donatismo. Ele começou como um apelo dos donatistas ao imperador Constantino, o Grande contra a decisão do Concílio de Roma, em 313, no Latrão, sob o Papa Milcíades. Esta foi a primeira vez que um apelo de uma facção cristã foi feita a um poder secular. E ele acabou de maneira desfavorável para os donatistas que acabaram se tornando inimigos de Roma. O Concílio de Arles foi primeiro convocado por Constantino e é um precursor do Primeiro Concílio de Niceia. Santo Agostinho chamou-o de concílio ecumênico. O concílio excomungou Donato e promulgou vinte e duas cânones sobre a Páscoa (que deveria ser realizada no mesmo dia no mundo inteiro ao invés de ter sua data acertada localmente em cada igreja), da não-residência do clero, da participação em corridas e lutas de gladiadores (os que participassem seriam punidos com excomunhão), contra o rebatismo de heréticos e sobre outros assuntos disciplinares. Clérigos que comprovadamente tivessem entregado livros sagrados na perseguição de Diocleciano (os traditores) deveriam ser depostos, mas seus atos oficiais deveriam ser considerados como válidos. II Concílio de Arles (353) Foi convocado para apoiar o Arianismo. Foi presidido pelos bispos arianos Saturnino de Arles, Ursácio de Singiduno (Belgrado) e Valente de Mursa. Ursácio e Valente apresentaram aos bispos presentes um projeto do Imperador, propondo a condenação de Atanásio de Alexandria. A proposta foi causa de espanto, fosse porque o documento havia sido previamente editado, fosse porque não foi dada oportunidade para discussão e nenhuma alternativa foi fornecida para assinatura. Os dois legados papais, representando o Papa Libério sugeriram que deveria primeiro haver uma discussão teológica, e obtiveram como resposta que a única participação dos mesmos estava restrita à condenação de Atanásio. Estes, convencidos que foram, acabaram por rejeitar a comunhão com Atanásio de Alexandria e se recusaram a condenar Ário, ato este que recaiu pesadamente sobre o Papa Libério. Para arrematar Constâncio II emitiu um édito ameaçando cada bispo que não firmasse a sentença da condenação e exílio de Atanásio. As atas foram assinadas por todos os bispos presentes, com excepção de Paulino de Trier, que imediatamente após o concílio foi exilado para a Frígia, onde logo morreu. III Concílio de Arles (1234) Contra os Albigenses (ou cátaros). IV Concílio de Arles (1263) Condenou as doutrinas de Joaquim de Fiore, um monge e místico do século XII.
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Carolina Matilde da Grã-Bretanha Primeiros anos Carolina Matilde foi a filha mais nova de Frederico, Príncipe de Gales e da princesa Augusta de Saxe-Gota. O seu pai morreu subitamente cerca de três meses antes do seu nascimento. Nasceu em Leicester House, em Londres e recebeu o título de SAR, Princesa Carolina Matilde, sendo filha do príncipe de Gales, apesar de que, na altura em que nasceu, esse título já pertencesse ao seu irmão Jorge. Recebeu o nome em honra da sua tia Carolina que ainda era viva na época do seu nascimento. A princesa foi batizada dez dias depois, na mesma casa em que nascera, pelo bispo de Norwich, Thomas Hayter. Os seus padrinhos foram o seu irmão, o príncipe de Gales, sua tia paterna, a princesa Carolina, e a sua irmã, a princesa Augusta Carlota. Foi criada pela sua mãe austera, longe da corte inglesa, e os que conviveram com ela descrevem-na como natural e informal. Gostava da vida ao ar livre e de andar a cavalo. Falava italiano, francês e alemão e muitos diziam que era uma cantora talentosa, que possuía uma bela voz. Rainha da Dinamarca Os cortesãos dinamarqueses descreveram Matilde como energética e encantadora. Apesar de não ser considerada uma beldade, muitos achavam-na atraente e dizia-se que a sua aparência conseguia chamar a atenção dos homens sem gerar críticas entre as mulheres. Contudo, a sua personalidade natural e sincera não foi bem vista na austera corte dinamarquesa. Carolina era muito chegada à sua dama-de-companhia, Louise von Plessen, que achava os amigos do rei imorais e fez os possíveis para isolar a rainha do seu marido. A tarefa não foi difícil, visto que o rei não gostava dela e havia rumores de que pudesse ser homossexual. O rei dinamarquês foi persuadido a consumar o seu casamento pelo bem da sucessão e, depois do nascimento do desejado herdeiro, retomou o seu caso amoroso com a cortesã Støvlet-Cathrine, com quem visitava os bordéis de Copenhaga. Carolina sentia-se infeliz no casamento e ignorada e desdenhada pelo rei. Quando a sua dama-de-companhia foi expulsa da corte em 1768, perdeu a sua amiga mais chegada e ficou ainda mais isolada. Em maio de 1768, Cristiano VII iniciou uma longa viagem pela Europa que incluía paragens em Altona (Alemanha), Paris e Londres. Durante a sua ausência, Carolina Matilde chamou as atenções quando iniciou o hábito de dar passeios a pé por Copenhaga, algo que foi considerado escandaloso visto que, normalmente, as nobres dinamarquesas apenas viajavam de carruagem na cidade. Carolina passou o verão no Castelo de Frederiksborg com o seu filho recém-nascido antes de regressar a Copenhaga no outono. Caso amoroso O rei regressou a Copenhaga a 12 de janeiro de 1769, trazendo consigo Johann Friedrich Struensee que se tornou o seu médico real e, mais tarde, seria nomeado ministro da corte. Cristiano tinha conhecido Johann em Altona, no início da sua viagem e juntou-se ao séquito real aparentemente por conseguir acalmar os ataques de fúria do rei, algo que aliviava profundamente os seus conselheiros que rapidamente começaram a confiar nele. Struensee encorajou o rei a melhorar a relação com a sua esposa e Cristiano demonstrou a sua dedicação oferecendo-lhe uma festa de aniversário de três dias a 22 de julho de 1769. A rainha sabia bem que era Struensee que estava por detrás dessas melhoras e começou a interessar-se cada vez mais pelo jovem médico. Esse interesse rapidamente se transformou em atração. Em janeiro de 1770, Struensee passou a ter direito a ter um quarto só para si no palácio real e, na primavera de 1770, já era amante da rainha. Quando conseguiu administrar uma vacina com sucesso ao príncipe-herdeiro em maio desse ano, a sua influência aumentou ainda mais. Em 1770, o rei começou a isolar-se cada vez mais e tornou-se cada vez menos influente devido ao facto de o seu estado mental piorar cada vez mais. Carolina Matilde, até então ignorada na corte, tornou-se o centro das atenções e começou a juntar seguidores que se apelidavam "Dronningens Parti" (O Partido da Rainha). Começou a ganhar uma nova confiança e mostrava-se ao público montada a cavalo e vestida com roupas de homem. Aproveitando o novo poder que Carolina tinha na corte, Struensee começou a governar através do rei. A 15 de setembro de 1770, Cristiano dispensou Bernstorff e, dois dias depois, Struensee tornou-se conselheiro privado, consolidando assim o seu poder e dando inicio à chamada "Era de Struensee" que durou dezasseis meses. Quando, ao longo desse ano, o estado mental do rei o deixou em torpor, a autoridade do rei tornou-se inquestionável e o antigo médico tornou-se o governante absoluto da Dinamarca durante dez meses entre 20 de março de 1771 e 16 de janeiro de 1772. Durante esta época, Struensee não publicou menos de 1069 despachos, ou seja, mais de três por dia. Esta atitude foi criticada e o ministro foi acusado de ter uma "mania" imprudente por reformas. O antigo médico foi também criticado por não respeitar os costumes dinamarqueses e noruegueses e até de vê-los com preconceito e querer substituí-los por práticas mais abstractas. A relação entre Struensee e Carolina também foi muito criticada por uma nação que sempre tinha tido grande admiração pela Casa de Oldemburgo e a conduta pública da rainha ajudou a alimentar ainda mais o ódio pela coroa. A forma como demonstrava abertamente a sua nova felicidade e o facto de andar de cavalo em público vestida de homem eram considerados comportamentos chocantes. No dia de aniversário do rei, em 1771, criou a ordem de Mathilde-Ordenen. A 17 de junho de 1771, a corte passou a ter como residência de verão o Palácio de Hirschholm, situado no actual distrito de Hørsholm. Lá, Carolina viveu um período muito feliz na companhia do seu filho e do seu amante e foi retratada por um artista no estilo moderno de vida campestre; descreveu esse verão como idílico. A 7 de julho de 1771, deu à luz sua segunda filha, a princesa Luísa Augusta, cujo pai era, quase certamente, Struensee. O seu nascimento foi um escândalo e a menina era chamada de "la petite Struensee", apesar de ser oficialmente considerada uma princesa. A corte voltou ao Palácio de Frederiksborg a 19 de novembro e depois ao Palácio de Christiansborg a 8 de janeiro de 1772. Divórcio Struensee e Carolina foram presos a meio da noite de 16 de janeiro de 1772, depois de um baile de máscaras realizado no Palácio de Christiansborg. Carolina foi levada para o Castelo de Kronborg, onde esperou pelo seu julgamento e pôde ter a filha junto de si. Acredita-se que terá sido pressionada ou manipulada a admitir a relação com Struensee durante o interrogatório e não teve direito a conselheiros. Inicialmente tinha negado a relação para salvar o seu amante. O casamento de Carolina e Cristiano foi anulado em abril de 1772. Depois do divórcio, Struensee e Enevold Brant, considerado seu cúmplice, foram executados no dia 28 de abril de 1772. Últimos anos O irmão de Carolina, o rei Jorge III, enviou um diplomata britânico, Sir Robert Murray Keith, à Dinamarca para negociar a sua libertação. A 28 de maio de 1772, Carolina foi deportada, seguindo viagem para Celle, na Baixa Saxónia, a bordo de uma fragata britânica. Viveu o resto dos seus dias no Castelo de Celle, em Hanôver, estado pertencente ao seu irmão, e nunca mais voltou a ver os filhos. Em Celle, voltou a encontrar-se com Louise von Plessen e ficou conhecida pela ajuda que prestou a crianças e órfãos. Em 1774, tornou-se o centro de um golpe promovido por Ernst Schimmelmann e anunciado pelo inglês Nathaniel Wraxall, que tinha a intenção de torná-la regente da Dinamarca e guardiã do príncipe-herdeiro. Wraxall encontrou-se com Carolina várias vezes, e ela usava-o como mensageiro para transmitir notícias ao seu irmão, de quem desejava obter apoio. Em 1775, escreveu uma carta ao irmão Jorge III onde pedia a aprovação do seu plano, ao qual se referiu como "o esquema para a felicidade do meu filho." Morreu inesperadamente de febre escarlate, em Celle, a 10 de maio de 1775. Foi enterrada no Stadtkirche St. Marien em Celle. Cultura popular A vida curta e trágica de Carolina Matilde foi retratada no filme dinamarquês "En Kongelig Affære" (O Amante da Rainha) de 2012. A ação da película desenrola-se desde o momento em que Carolina descobre quem será o seu marido até à sua morte, centrando-se principalmente no seu caso amoroso com Struensee. Alicia Vikander desempenha o papel de Carolina Matilde enquanto Mads Mikkelsen representa Struensee, Mikkel Boe Følsgaard representa o rei Cristiano VII e a Trine Dyrholm cabe o papel da rainha-viúva Juliana Maria. O filme foi nomeado para os Óscares de 2013, na categoria de "Melhor Filme Estrangeiro" e teve sucesso mundial.
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The Ant and the Aardvark Lista de episódios Nomes originais (em inglês), entre parentêses (em português) 1) The Ant And The Aardvark (O Piquenique) Sinopse: A Formiga faz um piquenique e tenta relaxar, mas o Tamanduá aparece e tenta comê-la. 2) Hasty But Tasty (Picnic Frustado) Sinopse: A Formiga pega alimentos de um picnic e o Tamanduá aparece para tentar pegar ela, mas não consegue. 3) The Ant From Uncle (Tia Formiga) Sinopse: Em mais uma tentativa de capturar a Formiga, o Tamanduá se depara com um detalhe: ele conhece a Tia da Formiga, que tem o nome de Demé. Curiosidade: neste episódio, é revelado o nome da formiga: Charlie. 4) I've Got Ants In My Plans (Essa Formiga é Minha) Sinopse: O Tamanduá Azul ganha a concorrência de um rival da cor verde na busca incessante pela Formiga, fazendo com que eles se enfrentem, sem sucesso de ambos. 5) Technology, Phooey (Alta Tecnologia) Sinopse: O Tamanduá adquire um computador para ajudá-lo na caça a Formiga, tendo instruções dadas pela máquina, mas ele não consegue o objetivo. No final, ao discutir com o animal, o computador diz que, é na verdade, uma torradeira automática. 6) Never Bug An Ant (Não se meta com a Formiga) Sinopse: O Tamanduá sofre com as tentativas fracassadas de pegar a Formiga e fala que queria ser outra coisa. 7) Dune Bug (Tamanduá Vira-Latas) Sinopse: Tentando capturar a Formiga na praia, o Tamanduá é expulso da mesma por ser comparado a um cão que estava querendo entrar nela sem coleira. 8) Isle Of Caprice (Ilha das Formigas) Sinopse: Preso numa ilha somente com coco, o Tamanduá observa Formigas que estão no outro lado e tenta invadir, mas um tubarão estraga seus planos. 9) Scratch A Tiger (Amigo Tigro) Sinopse: Um Tigre que foi ajudado pela Formiga quando o animal teve seu pé machucado vira aliado dela para evitar que o Tamanduá pegue o pequeno. No final, o Tigre agradece ao grandalhão pela mesma coisa e acaba por ir atrás da Formiga. 10) Odd Ant Out (Tamanduá vs. Tamanduá) Sinopse: Os Tamanduás brigam por conta de uma lata cheia de Formigas cobertas de Chocolate. Eles tentam, mas não conseguem abrir-lo. No final, uma formiga abre a lata e encontra Charlie, que estava dentro dela. 11) Ants In The Pantry (Espaguete de Formigas) Sinopse: Sendo ajudado pelo Controle de Pestes de Bonga, o Tamanduá tenta capturar a Formiga, mas não consegue. No final, ele acaba por comer espaguete, pois é uma das poucas coisas que pode comer, devido ao tamanho do nariz. 12) Science Friction (Friçcão Científica) Sinopse: A Formiga é levada para um estudo científico, mas o Tamanduá tenta pegá-la de todas as maneiras, porém é impedido pelo cientista que estava trabalhando no estudo da Formiga. 13) Mumbo Jumbo (Irmãos da Floresta) Sinopse: A Formiga ganha ajuda de um elefante para se proteger do Tamanduá, pelo fato deles participarem de reuniões na cabana 202. 14) The Froze Nose Knows (Tamanduá Congelado) Sinopse: O Tamanduá desconfia da previsão que falava sobre uma grande nevasca, mas ele percebe que era verdade. Mesmo assim, ele tenta capturar a Formiga, porém sem sucesso. Para piorar as coisas, um urso ficou dormindo na cama dele. 15) Don't Hustle An Ant With Muscle (Cuidado com a Formiga Musculosa) Sinopse: A Formiga toma algumas cápsulas de uma vitamina que o deixa mais forte, tirando o Tamanduá do sério. Mas, ele perde a força após ter comido um lanche e o rival decide ir atrás dele. 16) Rough Brunch (O Cupim e a Formiga) Sinopse: Um Cupim vira amigo da Formiga e impede o Tamanduá de capturar o pequeno. 17) From Bed To Worse (Tamanduá Azarado) Sinopse: Após correrem, a Formiga e o Tamanduá são atropelados e levados ao Hospital, onde o grande tem problemas com um cão. No final, eles recebem alta, mas retornam ao hospital depois de correrem e serem atropelados novamente.
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Resistência de Tihamah Resistência de Tihamah é um grupo armado formado por residentes da região de Tihamah, no Iêmen, com o objetivo de tomar o controle da região da costa oeste iemenita controlada pelos houthis. O grupo foi formado em 2014, quando os Houthis se apoderaram de Al Hudaydah e do resto do norte do Iêmen. O grupo esteve ativo no começo da guerra de 2015, participando da Batalha de Taiz ao lado da coalizão pró Hadi. Em dezembro de 2017, o grupo participou da ofensiva na província de Al Hudaydah, juntamente com os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita, os partidários de Hadi e os combatentes do Movimento do Sul. O grupo está estreitamente alinhado com a Resistência Nacional de Tareq Saleh e com as Brigadas dos Gigantes.
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Rogelio Guerra Biografia Rogelio iniciou sua carreira durante a década de 1960, no cinema, foi o o herói do chamado Enchilada Western, que quer dizer filmes ambientados na estética e temática do Oeste Americano o western, mas com atores mexicanos e americanos, Rogelio aproveitou os estudos e cenários dos filmes estadunidenses filmados no México. Seus personagens de galã nas telenovelas provocaram nas décadas de 70 e 80 tumultos fora das locações de filmagem. Mostra disso foi a telenovela Los ricos también lloran de 1979, onde ela atuou com a atriz Verónica Castro obtendo êxito internacional. Ele é considerado um excelente ator, que já participou em comedias no teatro, assim como no cinema dos Estados Unidos e na televisão. No cinema já atuou com figuras notaveis tais como: Cantinflas e Luis Felipe Tovar. Se dedicou a atuação em cursos de verão para crianças e jovens atores. No ano de 2008, Rogelio reaparece na televisão firmando retorno a sua atinga casa em contrato com a Televisa, para a telenovela Mañana es para siempre do produtor Nicandro Díaz González. Isso marca o regreso do ator as telenovelas após o fracasso de "Golpe Bajo" telenovela da de TV Azteca, protagonizada por Lucía Méndez e Javier Gómez onde Rogelio Guerra tinha o papel antagônico. Tem dois filhos: Carlo e Aldo; e duas filhas: Hildegard e Phaedra. Rogelio trabalhou também com dublagem de filmes entre os quais se destacam suas interpretações de Perry White em Superman Returns e o Rei Théoden em O Senhor dos Anéis: As Duas Torres e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Ele foi convidado na Venezuela para dublar Bob Esponja nas (temporadas 1-5) e no filme. Em agosto de 2009, Rogelio se muda para Argentina, onde atua em mais um projeto internacional da Televisa, a telenovela Los Exitosos Pérez. Faleceu em 28 de fevereiro de 2018, aos 81 anos.
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José Ortega y Gasset Infância e juventude José Ortega y Gasset nasceu em Madrid, no dia 9 de maio de 1883, em uma família pertencente à burguesia liberal do final do século XIX. A família de sua mãe era dona do jornal El Imparcial, de Madri, e seu pai, José Ortega y Munilla, era jornalista e editor do jornal. O fato de ser criado por uma família tão intimamente ligada à atividade jornalística, será, com a passagem do tempo, algo essencialmente ligado ao desenvolvimento de sua formação intelectual e sua forma de expressão literária. De fato, uma grande parte de seus escritos filosóficos, e até mesmo uma grande parte de sua atividade profissional, serão desenvolvidos em contato com o jornalismo. Depois de aprender jornalismo em Madri, com Don Manuel Martínez e com Don José del Río Labandera, em 1891 o jovem Ortega foi enviado para estudar o bacharelado na escola que os jesuítas dirigiam no bairro de Málaga, em El Palo. O fato de que Ortega tenha recebido sua formação básica em uma escola jesuíta na cidade de Málaga também marcará sua vida intelectual. Começo de carreira Em 1897, depois de concluir seu bacharelado em Málaga, Ortega começou seus estudos universitários, primeiro em Deusto e logo depois em Madri. Aos os quinze anos, o jovem Ortega testemunhou um evento histórico da maior importância, um evento que levou toda uma geração de espanhóis a considerar o problema da Espanha. Este evento foi a perda dos últimos remanescentes do império colonial espanhol. Em 1898, pela Paz de Paris, que pôs fim à guerra hispano-americana, a Espanha teve de ceder aos jovens e poderosos Estados Unidos da América (que um dia ajudaram a alcançar sua própria independência), Última possessões coloniais: Cuba, Porto Rico e Filipinas. Este evento trabalhou na Espanha como um revulsivo da consciência nacional que levou as mentes mais lúcidas do momento (Miguel de Unamuno, Pío Baroja, Antonio Machado e o próprio Ortega) a considerar o problema do declínio físico e / ou moral da Espanha . A geração marcada pelo desastre nacional, a Geração de 98, concentrou grande parte de seus esforços intelectuais na reflexão sobre a etiologia e o diagnóstico da doença na Espanha. Dentro do espírito de sua geração, Ortega toma consciência do problema da Espanha e diagnostica que tal problema reside no individualismo de homens e regiões da Espanha, que não sentiam uma preocupação comum pelos assuntos nacionais. Por isso, ele propõe que a regeneração da Espanha só pode vir de uma consciência entusiasta de uma missão nacional. Para que esta missão seja realizada com sucesso, Ortega proporá a necessidade da existência de uma elite intelectual - na qual ele próprio se sente integrado - que, tirando o melhor do mundo ocidental, sabe como "promover a organização de uma minoria". encarregado da educação política das massas". É assim que o pensamento do jovem Ortega se relaciona com o regeneracionismo e um dos aspectos do krausismo espanhol. Embora os pressupostos filosóficos de Ortega e os dos krausistas difiram marcadamente na realização política e cultural de tais pressupostos, ambos coincidirão em vários pontos-chave: que a situação da Espanha na época é negativa e, portanto, deve ser superada; que esta superação só pode ser feita recorrendo à aclimatação do pensamento europeu à Espanha, e que para isso é necessária a existência de grupos dirigentes para permitir a atualização da cultura espanhola. Influências É precisamente neste contexto de desejo de beber em fontes culturais europeias para aclimatá-los à Espanha, é aí que devemos enquadrar a viagem de estudo que, ao terminar seu doutorado em filosofia, com a tese intitulada “Os terrores do ano mil. Crítico de uma lenda”, Ortega faz a Alemanha. De fato, em 1905 ele foi para a Alemanha para continuar seus estudos e visitou as universidades de Leipzig, Berlim e Marburg. Precisamente nesta última universidade será onde ele conhece os neokantianos H. Cohen e P. Natorp, a quem ele sempre considerará seus professores. Também para esta viagem de Ortega à Alemanha pode-se estabelecer um certo paralelismo com a permanência de Julián Sanz del Río, fundador do krausismo espanhol, em Heidelberg. Com este Ortega continua uma certa tradição espanhola que durou até os anos cinquenta, quando a meca da filosofia passou para os espanhóis para os países anglo-saxões. Essa tradição consistia em que todo jovem espanhol que aspirasse a uma formação intelectual mais completa do que a que a universidade espanhola poderia fornecer teria que viajar para a Alemanha. O panorama filosófico que o jovem doutor em filosofia da Universidade de Madri encontrou em Marburg foi presidido pelo neo-kantismo, ou seja, a doutrina filosófica que postulava o retorno a Kant como um caminho para superar as vielas às quais a filosofia idealista tinha chegado nas mãos de Hegel e seus seguidores. Mas, e aqui o paralelismo com Sanz del Río é quebrado, assim como o krausismo espanhol importou o pensamento de Krause de uma maneira monolítica e sem uma atitude excessivamente crítica, Ortega chegou à Alemanha com um espírito mais crítico e inteligente - não em vão mais de meio século de viagens de intelectuais espanhóis à Alemanha - e sua atitude para com os neo-kantianos não foi a da batedeira discipular, mas uma atitude ambivalente. Desta forma, embora reconhecendo a dívida impagável aos seus professores de Marburg, ele também adota uma atitude crítica em relação a eles e contra o próprio Kant. A dívida e a crítica a Kant e aos neo-kantianos resume-os magistralmente com as seguintes palavras: "Durante dez anos vivi no mundo do pensamento kantiano: respirei-o como atmosfera e tem sido tanto a minha casa como a minha prisão [ ...] Com grande esforço eu escapei da prisão kantiana e escapei de sua influência atmosférica ". Assim, Ortega ficou ciente de que o pensamento kantiano era tão necessário para ele quanto a atmosfera que qualquer homem respira, mas era também para ele uma prisão da qual ele tinha que se libertar para poder construir sua própria filosofia de maturidade. Além do significado que tinha para seu treinamento filosófico, sua estada na Alemanha também desempenhou um importante papel vital, pois os anos em que Ortega viveu, os anos em que ele iniciou sua maturidade humana, foram tão frutíferos que as lembranças dessa estada podem constituir algumas de suas melhores páginas literárias. Assim, quando ele tem que descrever El Escorial, em 1915, ele não pode tirar de si a imagem da cidade onde viveu o "equinócio de sua juventude", fornecendo uma descrição literária de uma beleza rara na guilda dos filósofos: "Permitam-me Neste ponto, trago-lhe uma lembrança particular, por causa de circunstâncias pessoais, nunca poderei olhar a paisagem do Escorial sem vagamente, como a filigrana de uma tela, vislumbrar a paisagem de outra aldeia remota e a mais oposta ao Escorial que pode ser imaginada. uma pequena cidade gótica situada ao lado de um rio escuro e escuro, cercada por colinas redondas que cobrem florestas totalmente profundas de abetos e pinheiros, árvores de faias claras e buxos esplêndidos. Apesar da profunda marca pessoal e intelectual que a Alemanha deixou nele, Ortega logo retornou à Espanha, tanto física quanto intelectualmente, pois, para ele, a viagem à Alemanha só deveria fazer sentido desde que sirva como subsídio para ele se voltar à Espanha. Nesse ponto houve uma osmose intelectual, de tal forma que a Espanha ficaria impregnada da Europa e, por sua vez, a Espanha permeia a Europa. Desta forma, já em 1910, ele exclamou: "Queremos uma interpretação espanhola do mundo [...] A Espanha é uma possibilidade europeia, só da Europa é a Espanha possível". Após seu retorno, em 1910, ele venceu a Cátedra de Metafísica na Universidade de Madri, onde sucedeu a N. Salmerón e iniciou sua carreira universitária como professor antes de publicar qualquer livro de filosofia. Nesse mesmo ano, ele se casa com Dona Rosa Spottorno e, a partir de então, começa sua vida pública. Vida pública Se até 1910 a vida de Ortega permanece na esfera privada, a partir dessa data começa a vida pública de Don José Ortega y Gasset, dividida entre ensino universitário e atividades culturais e políticas extra-acadêmicas. Após uma breve segunda permanência na Alemanha, em 1911, Ortega se entregou à sua cadeira na antiga casa de San Bernardo. Mas as preocupações políticas do jovem professor de metafísica logo vêm à luz, e em 1914 ele fundou a Liga Espanhola de Educação Política, com a qual ele tentará realizar seus projetos regeneracionistas a partir de posições democráticas. Nesse mesmo ano publicou Meditaciones del Quijote, seu primeiro livro. Em 1916 ele é co-fundador do jornal El Sol ; e em 1923, apenas no ano do início da ditadura do general Primo de Rivera, fundou e dirigiu a Revista de Occidente. Seu confronto doutrinário com a política da ditadura leva Ortega, em 1929, a renunciar ao seu cargo de professor universitário e a continuar suas aulas na "profanidade de um teatro", classes que mais tarde serão publicadas sob o título O que é filosofia? Assim, forçado pelas circunstâncias, Ortega se torna um dos primeiros filósofos espanhóis que transmite sua filosofia ao público em geral. Uma tarefa que, por outro lado, talvez ele fosse o filósofo mais adequado a realizar, porque nele eram dados os dons de um grande filósofo e a capacidade de disponibilizar a filosofia a qualquer homem culto. Em 1930, coincidindo com a "dictablanda" do general Berenguer, contra quem escreveu seu famoso artigo intitulado "O erro de Berenguer", que termina com a famosa frase "Delenda est Monarchia!", Ortega recupera sua cadeira e sua participação na política ativa Está aumentando, a ponto de se tornar o centro de um grupo de intelectuais que defendem o advento da Segunda República Espanhola. Assim, em 1931, quando a República chegou, fundou, juntamente com Gregorio Marañón e Pérez de Ayala, o Agrupamento ao Serviço da República. Graças à Associação é eleito deputado para as Cortes Constituintes para a província de León; mas, mais uma vez, o paradoxo de todo filósofo "envolvido na política" é repetido, porque nas Cortes ele é ouvido, mas não ouvido ou seguido. A desilusão que a vida do deputado lhe causa logo o leva a retirar-se da política ativa e a dissolver a Associação. Ortega, que deveria ter aprendido com o que aconteceu com Platão, teve que ver sua voz ignorada para entender que, infelizmente, nem sempre as doutrinas políticas de um filósofo são servidas por legisladores ou pelos governantes. Com isso, Ortega retorna à atividade acadêmica e pública novamente, em 1934, em torno de Galileo. Em 1935 ele recebeu uma homenagem da universidade que já é a figura mais destacada na cena filosófica espanhola da época. Também em 1935 ele publica outro livro importante: História como um sistema. Exílio Com o início da guerra civil espanhola, em julho de 1936, Ortega iniciou uma fase de angústia vital que o levou a percorrer o mundo. Primeiro ele viaja para Paris e Holanda, onde dá palestras em Leiden, Haia e Amsterdã. Mais tarde ele viajou para a Argentina, e lá viveu até que, em 1942, estabeleceu-se em Portugal, onde escreveu sua obra Origem e Epílogo da Filosofia, que em princípio foi uma reflexão feita para servir de epílogo à História da Filosofia. de seu discípulo Julián Marías. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Ortega regressa a Espanha, mas nos dez anos que vai levá-lo a morrer, a sua atividade pública é reduzida a um mínimo, dadas as circunstâncias políticas espanholas. Em 1946 ele deu uma série de palestras no Ateneo de Madrid e nesse mesmo ano seus trabalhos completos começaram a ser publicados. Desde que ainda está separado de sua cátedra, em 1948, junto a um grupo de colaboradores e discípulos, fundou o Instituto de Humanidades, com o qual, mais uma vez, o grande professor que era Ortega retorna para exercitar seu ensino diante do público fora do salas de aula universitárias e convidar "alguns para trabalhar em qualquer canto". Embora ele possa viver na Espanha, ele não se sente confortável em seu próprio país, que ele tanto amava e pelo qual lutou tanto. A partir de 1950, ele viajará novamente para a Alemanha de sua juventude, onde, naquele mesmo ano, realizou um debate filosófico com M. Heidegger, em Baden Baden, sobre o homem e sua língua. Ele continuou seu trabalho sem descanso e, em 1955, voltou definitivamente para a Espanha. Diagnosticado de câncer gástrico, e após uma operação sem esperança, ele morreu em Madri em 18 de outubro de 1955.
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Elif Şafak Carreira Os seus livros foram publicados em mais de 40 países, e foi distinguida, entre outros, com o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras francês em 2010. Şafak publicou treze livros, nove dos quais são romances, escrevendo ficção em turco e inglês. Şafak combina as tradições ocidentais e orientais da narrativa, tendo dado à estampa inumeráveis histórias de mulheres, minorias, imigrantes, subculturas, juventude e almas globais. A sua escrita baseia-se em diversas culturas e tradições literárias, reflectindo um interesse profundo por história, filosofia, sufismo, cultura oral e política cultural. Şafak também tem uma veia afiada para o humor negro, com "um talento especial para retratar as vielas de Istambul." Ficção Elif Şafak publicou treze livros, nove dos quais são romances. O primeiro romance de Şafak, Pinhan ("O Escondido") recebeu o prémio Rumi em 1998, que é dado ao melhor trabalho de literatura mística na Turquia. O seu segundo romance, Şehrin Aynaları ("Espelhos da Cidade"), conta a história de uma família de convertidos espanhóis, juntando o misticismo judaico e islâmico num cenário histórico do Mediterrâneo do século XVII. Şafak aumentou consideravelmente seu número de leitores com seu romance Mahrem ("O Olhar") que lhe rendeu no ano 2000 o prémio de melhor romance", atribuido pela União dos Escritores Turcos. Bit Palas ("O Palácio das Pulgas", 2002), vendeu imenso na Turquia e foi incluído na lista inicial do prémio do jornal inglês The Independent para melhor ficção estrangeira em 2005. Şafak escreveu o romance The Saint of Incipient Insanities ("O Santo das Incipientes Insanidades") em inglês, publicado por Farrar, Straus and Giroux em 2004. O seu segundo romance em inglês The Bastard of Istanbul ("A Bastarda de Istambul"), foi o livro mais vendido em 2006 na Turquia e foi incluido na lista para o "Baileys Women's Prize for Fiction" de 2008. O romance, que conta a história de um arménio e de uma família turca através dos olhos das mulheres, levou a que Şafak fosse acusada pela justiça, mas as acusações foram posteriormente retiradas. Após dar à luz a uma filha em 2006, Şafak sofreu de depressão pós-parto, uma experiência que ela tratou no seu primeiro livro autobiográfico, Siyah Süt ("Leite Negro"). Neste livro Şafak explorou a beleza e as dificuldades de ser escritora e mãe. O livro foi recebido com grande interesse e aclamado pelos críticos e leitores e tornou-se imediatamente um campeão de vendas. No romance The Forty Rules of Love ("As Quarenta Regras do Amor"), Şafak trata o amor segundo os ensinamentos de Rumi e Xamece de Tabriz. Vendeu mais de 750.000 cópias, tornando-se o livro mais vendido de sempre na Turquia, e em França, foi agraciado com o prémio Prix Alef - Menção Especial de Literatura Estrangeira. Também foi nomeado para o International Dublin Literary Award de 2012. Honour ("Honra") foca uma história de assassínio justificado pela honra, abrindo um debate apaixonado sobre família, amor, liberdade, redenção e o desenvolvimento da masculinidade. Foi nomeado para os prémios Man Asian de 2012 e prémio Man Asian Literary Prize e Women’s Prize for Fiction de 2013. O romance mais recente de Şafak, Architect’s Apprentice (Aprendiz de Arquiteto), gira em torno de Mimar Sinan, o arquiteto mais famoso otomano.
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