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213 |
O Autor participou nas seguintes visitas de estudo:
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214 |
Visita a ... em 2008;
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215 |
Visita a ...;
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Visita a ... e ... em abril de 2009;
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219 |
Visita de estudo ao ... em 201
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220 |
O Autor era convocado para estar presente em reuniões de coordenação do curso e de cada ano do curso, reuniões da ... e do ..., reuniões de preparação dos anos letivos, reuniões de Orientadores, reuniões de avaliação de teses de mestrado e reuniões sobre outros assuntos que envolviam o curso de ..., o Mestrado e o ou Doutoramento.
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221 |
O Autor exerceu os seguintes cargos:
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222 |
do 3 ano do Curso de ..., nos anos de 1999 a 2008, 2010 e 2011;
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223 |
Regente da disciplina de ... do 3 ano do Curso de ..., nos anos de 1999 a 2006;
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224 |
Regente das disciplinas de ... e ... do 3 ano do Curso de ..., nos anos de 2007 e 2008;
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225 |
do 4 ano do ..., nos anos de 2009 e 2010;
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226 |
Regente das cadeiras de ... e ... do Mestrado integrado em ...;
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227 |
Regente das cadeiras de ... e ... do Mestrado integrado em ..., nos anos de 2010 e 2011;
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228 |
Regente da disciplina de ..., no curso de ..., nos anos de 2004 e 2005;
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229 |
Regente da cadeira de ... do 4 ano da ... e ..., nos anos de 2004 e 2005
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230 |
Membro da Comissão de ... no ano de 201
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231 |
Foi membro do ... do Departamento ....
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232 |
Foi membro do ....
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233 |
Foi membro da ... da ULHT.
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234 |
A ULHT, através do Departamento de ..., exigiu que o Autor não lecionasse, em regime de tempo integral, em qualquer outra instituição de ensino.
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235 |
O que o Autor tinha de declarar por escrito.
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236 |
A. O Autor participou nas reuniões de avaliação dos Cursos da ULHT por parte da A3Es, por ordens da Direção.
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237 |
Em setembro de 2013, o Autor pediu ao Diretor do Departamento de ... da ECATI/ULHT Professor Doutor a concessão de uma licença que apelidou de sabática, para o ano letivo de 2013/201
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238 |
Pedir documentação pessoal e relativa ao curso, aos docentes;
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239 |
Dar instruções sobre os elementos a exigir aos alunos,
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240 |
No ano de 2016 foi dito ao Autor para escolher um monitor para as aulas de ... que lecionava.
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241 |
A Ré tinha um Regulamento de Avaliação do Desempenho dos seus docentes.
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242 |
Ao A., e aos docentes da Ré, nunca foi instaurado qualquer processo disciplinar.
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243 |
Ao A. era marcada falta, sempre que não lecionava uma aula na hora marcada ou não comparecia a um exame.
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244 |
Este controlo era feito através do registo dos sumários numa plataforma digital.
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245 |
Eliminado.
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246 |
À remuneração acrescia sempre um valor pago a título de subsídio de férias e de Natal.
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247 |
A. O pagamento destes subsídios era feito com atrasos e em parcelas.
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248 |
Ao Autor, foram pagos pela Ré, os seguintes valores:
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249 |
Após o primeiro ano do contrato, a Ré, de forma unilateral e sem o consentimento do Autor, fez variar a sua remuneração nos termos relatados no facto 4 e afirmava que o pagamento era feito segundo uma tabela própria.
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250 |
A Ré nunca informou o Autor qual seria a tabela ou valor/hora que lhe era pago, nem qual era a alegada formula de cálculo.
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251 |
- Em março de 2012, a R. procedeu ao corte de 10% dos vencimentos dos docentes.
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252 |
Exmo. Sr. ... da COFAC
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253 |
Professor Doutor GG.
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254 |
Eu AA, Professor Doutor, sou docente do curso de ... da Universidade Lusófona desde 18 de Outubro de 1999, 15 com a categoria académica de Professor Catedrático Convidado, em regime de tempo integral. Tenho apoiado as distintas direções do Curso de ... ao longo de todos estes anos.
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255 |
Este semestre foi-me atribuída uma turma noturna a qual tem hoje 13 alunos inscritos.
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256 |
Venho pedir que despache o assunto junto ao departamento competente, para que seja reposto o meu salário de acordo o que foi combinado entre nós quando dar aulas para esta instituição deixando outras nomeadamente a Universidade ..., para me dedicar em exclusivo a lecionar nesta casa que tanto prezo, e onde pretendo continuar a lecionar.
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257 |
Após ter verificado uma redução no meu salário como professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa, falei com os recursos humanos da ULHT para esclarecer o assunto. Posteriormente estive reunido com o Exmo. ... da COFAC o Sr. Professor Doutor GG a 5 de dezembro de 2014, sobre o mesmo assunto, da qual enviei para a administração da COFAC, um memorando da reunião no próprio dia, a pedido do Exmo. ... da COFAC o Sr. Professor Doutor GG.
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258 |
Com os meus melhores cumprimentos
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259 |
Saudações académias.
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260 |
AA
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261 |
A R. não respondeu a estas reclamações.
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262 |
A Ré, aos valores entregues ao Autor, sempre procedeu aos descontos para efeitos de IRS, a título de trabalho dependente, bem como aos descontos para a Caixa Geral de Aposentações.
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263 |
Fundamentação de Direito:
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265 |
Se devem ser eliminados os pontos 7, 37-A, 37-B, 47 e 47-A dos factos assentes por conterem conceitos de direito;
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267 |
Se a relação entre Autor e Ré constitui um contrato de trabalho ou de prestação de serviços;
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269 |
Decidindo.
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270 |
questão:
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271 |
Analisemos os factos em causa:
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273 |
3-B E veio a conceder ao A. a licença para não lecionar pelo período de um ano.
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274 |
4 Á remuneração acrescia sempre um valor pago a título de subsídio de férias e de Natal.
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275 |
47-A. O pagamento destes subsídios era feito com atrasos e em parcelas.
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276 |
Os pontos , 3-Ae 3 B descrevem os termos acordados pelas partes, pelo que, se as partes acordaram na utilização da terminologia ali referida, tal é manifestamente um facto e não matéria conclusiva.
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277 |
Improcede assim, nesta parte, a revista.
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279 |
Se existe contradição entre os factos e 4-B dos factos assentes.
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280 |
- Em junho de 1999, o Autor foi abordado, em nome da ULHT, pelo Professor , Diretor do Departamento de ..., no sentido de vir a integrar o corpo docente da ULHT como professor Catedrático em regime de tempo integral.
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282 |
Se a relação entre Autor e Ré constitui um contrato de trabalho ou de prestação de serviço.
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283 |
Continuando.
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284 |
Antes de mais, por se mostrar determinante, importa decidir qual a lei aplicável ao caso concreto, nomeadamente se deve ser aplicada a T. ou o Código de Trabalho de 2003 e o Código de Trabalho de 2009, com impacto na aplicação da presunção de laboralidade ali prevista.
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285 |
Vejamos a factualidade relevante para determinar o início da relação entre Autor e Ré:
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290 |
1 Assim, nesta data, a Ré entregou ao Autor a minuta de contrato que se encontra a fls. 24v a 26 dos autos.
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291 |
1 Verificando que tal minuta não tinha a categoria profissional acordada, de professor catedrático, o Autor não o aceitou e não assinou a mesma.
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292 |
1 Tendo o A. assinado o contrato junto a fls. 26v-28, datado de 18-10-1999, do qual consta, designadamente, o seguinte.
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294 |
Da análise destes factos resulta que as partes iniciaram a sua relação em outubro de 1999, formalizando um contrato escrito em dezembro desse ano, com data de outubro de 1999, tendo posteriormente, em 2001, assinado um contrato com outra redação.
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295 |
Neste sentido, entre outros o Acórdão deste Supremo Tribunal de Justiça de 002018 proferido no processo n 1272/14T8SNT.L S17 no qual se decidiu que:
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296 |
Subsumindo os factos ao direito.
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297 |
Quanto ao objeto do contrato
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298 |
Não obstante, a realidade demonstra que, não poucas vezes, no contrato de trabalho está igualmente em causa a obtenção de um resultado e no contrato de prestação de serviço se tem em vista frequentemente uma prestação de meios.
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299 |
O contrato de trabalho é necessariamente oneroso, o contrato de prestação de serviço pode ser gratuito.
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300 |
Quanto ao modo de exercício da atividade
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301 |
A subordinação jurídica que caracteriza o contrato de trabalho traduz-se numa situação de sujeição em que se encontra o trabalhador de ver concretizada, por simples vontade do empregador, numa ou noutra direção, o dever de prestar em que está incurso.
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302 |
A vinculação do trabalhador a um horário de trabalho;
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303 |
A execução da prestação em local determinado pelo empregador;
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304 |
O pagamento da retribuição em função do tempo;
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305 |
O pagamento da retribuição de férias e dos subsídios de férias e de Natal;
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306 |
Pertencerem ao empregador os instrumentos de trabalho e serem por ele disponibilizados os meios complementares da prestação;
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307 |
Inscrição do trabalhador na segurança social como trabalhador por conta de outrem;
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308 |
Estar o trabalhador inscrito numa organização sindical;
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309 |
Não recair sobre o trabalhador o risco da inutilização ou perda do produto;
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310 |
Identificados estes indícios, há que confrontar a situação concreta com o modelo tipo de subordinação, através não de um juízo de mera subsunção, mas de um juízo de aproximação que terá de ser também um juízo de globalidade.
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311 |
De qualquer forma, como adverte o citado autor, temos de ter sempre presente que o contrato de prestação de serviço pode harmonizar-se com a inserção funcional dos resultados da atividade no metabolismo da organização empresarial.
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312 |
Ora, se é incontestável que a autonomia científica e pedagógica é uma característica essencial da atividade docente, sobretudo no ensino superior, tal como sucede com a autonomia técnica na atividade de um médico ou de um advogado, isso não impede que tais atividades constituam objeto de um contrato de trabalho, podendo a autonomia conviver com a subordinação jurídica nos termos sobreditos.
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313 |
não foram instaurados processos disciplinares aos docentes, sendo que daí não se pode inferir que não existia poder disciplinar, mas tão só que este não foi exercido.
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314 |
Posto isto, importa decidir se estamos perante um contrato de trabalho por tempo indeterminado ou por termo certo com relevo para efeitos do cálculo da compensação por.
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315 |
Sustenta a Recorrente que se trata assim de um contrato a termo.
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316 |
Vejamos.
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317 |
Aquando da aprovação do Estatuto do Ensino Superior Particular ou Cooperativo já estava em vigor o Estatuto da Carreira Docente Universitária Decreto-lei n 448/79 de 13 novembro, sucessivamente, não tendo sido opção do legislador a remissão para este Estatuto, nem sequer a sua aplicação transitória até que fosse aprovado um diploma próprio para a carreira dos docentes do ensino privado.
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318 |
Vejamos então.
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319 |
E, por ser este o contexto, os contratos destes professores apenas podem ser, desde 2009, celebrados com termo e a tempo parcial ou, em casos excecionais, a tempo integral e por um período máximo de 4 anos, incluindo as renovações anteriormente eram contratados.
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320 |
Contudo, atenta a factualidade provada e o modo como foi executado o contrato de trabalho, é manifesto que não se verifica nenhuma dessas especificidades que justificariam a aposição de um termo ao contrato.
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321 |
Note-se que em todas as atividades há flutuações de oferta e procura, há períodos de maior e menor faturação, mas o nosso legislador nunca considerou essa normal e regular flutuação como fundamento da contratação a termo.
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322 |
Deve, pois, em conformidade com o princípio da igualdade previsto no artigo 13 da R.P. ser aplicado o princípio da irredutibilidade previsto no artigo 129, n1 alínea do Código de Trabalho vigente em 2011, quando a Ré reduziu, por motivos não apurados, a remuneração mensal do Autor. Tendo o valor de 4560 euros sido pago em março de 2011, consideramos que a Ré se vinculou a esse pagamento, pelo que, em agosto de 2011 quando reduziu a retribuição mensal violou o referido princípio.
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323 |
Concordamos assim com o decidido no Acórdão do Tribunal da Relação, devendo ser esse o valor a considerar no cálculo das diferenças salariais em cujo pagamento a Ré foi condenada.
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325 |
Decisão:
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326 |
Face ao exposto acorda-se em negar a revista, confirmando-se o acórdão recorrido.
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Subsets and Splits
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